Uma escultura do tempo através de memórias. Poético, hermético e sensível. Direção absolutamente genial e cinematografia sublime. Aquele tipo de filme que ganha ainda mais genialidade em revisitações futuras.
Uma obra revolucionária. Um dos balizadores da Nova Hollywood. Planos memoráveis, cenas icônicas, trilha sonora antológica e direção magistral do mestre Nichols.
"Hello darkness, my old friend / I’ve come to talk with you again."
É um bom filme com uma premissa muito interessante. Trilha sonora incrível. Peca um pouco por conta do ritmo instável em alguns momentos e situações um tanto quanto canastronas.
A primeira hora da película é bastante instigante, uma pena que depois sofra com evidentes problemas de ritmo, exageros e mudanças bruscas de tom. Fotografia absolutamente esplêndida. Boa atuação do DiCaprio - o garoto sensação à época. Tinha potencial para ser um grande filme, mas acaba sendo apenas um bom entretenimento.
É engraçado que tenha sido trucidado pela crítica em seu lançamento. O filme tem vários elementos de sátira em seu desenvolvimento. Creio que a melhor maneira de compreendê-lo é sob a perspectiva da ironia; todos os excessos, atuações caricaturais e vulgaridade servem como uma crítica ao sonho americano e o famigerado glamour de Las Vegas.
Um thriller político eletrizante. Talvez, a melhor reconstituição do período já feita no cinema nacional. Chama atenção a estreia do Wagner na direção; seguro, disciplinado, mise-en-scene perfeita, cenas de ação espetaculares filmadas com a câmera na mão, planos esteticamente belíssimos, plano-sequências maravilhosos. Subtramas emocionantes que aumentam ainda mais o clima de tensão que permeia o longa desde a primeira cena. Trilha sonora lindíssima e um cena pós-credito que já nasce icônica. Filme absolutamente necessário nesse mar de obscurantismo que tomou o país.
À ditadura, todo nosso nojo e repúdio. Aos companheiros que se foram, nenhum minuto de silêncio, mas toda uma vida de luta.
Meu primeiro contato com a obra de Buñuel. Uma experiência maravilhosa. Além da evidente crítica à artificialidade da burguesia, me chama atenção a naturalidade que o inverossímil torna-se palpável no mundo onírico do diretor. A câmera - sempre inquieta, também é um espetáculo a parte.
Simbologias à parte, há um evidente problema de ritmo aqui; cenas e planos excessivamente extensos. É complicado nesse tipo de abordagem atmosférica e sensorial, negar - ao menos, mínimas,- chaves de interpretação da estória. Cinematografia belíssima com belas locações que versam bem com a sensação de isolamento, confusão mental e ameaça que permeia à obra.
Uma obra-prima. O melhor filme da trilogia "Coração de Ouro" e um dos melhores da filmografia do Lars. É impressionante como o diretor trabalha bem conceitos como violência, religião e sexualidade. É uma pena que alguns, de maneira simplória - ainda insistam em tachá-lo como misógino. A crítica à culpabilização da mulher está inserida em sua obra desde os primórdios, assim como o repúdio pelas amarras sociais que respaldam essa opressão: seja Igreja, casamento, sociedade, conservadorismo, machismo, etc. Trilha sonora esplêndida que vai de Elton John até Bowie, passando por Jethro Tull, Thin Lizzy, Leonard Cohen, Rod Stewart, Deep Purple e Bob Dylan. Fotografia saturada que tem seu charme. Atuação magnífica de Emilly Watson e um final icônico.
Olhando em retrospectiva, o longa acaba sendo autosabotado pela brilhante filmografia do Lars. É um bom filme. Eficiente como comédia absurdista/dramática. Porém, acaba falhando em desenvolver premissas postas pela própria película. Fica a impressão que trata-se apenas de rebeldes jovens de classe média sem causa e cenas feitas unicamente para chocar. O que é muito pouco para um diretor como Von Trier. Vale como experiência estética em pleno auge do Dogma 95.
Obra prima gravada em plena Segunda Guerra Mundial. Impressionante como quase 80 anos depois, não soa datado ou piegas. Roteiro e atuações marcantes. Um dos cânones da sétima arte.
Dentre a filmografia do Lars, certamente é a obra que o diretor mais expressa sua repulsa pelos valores morais e institucionais norte-americanos. O musical mais anti-musical de todos os tempos. O longa é brutal, desconfortante e impactante. Apesar de não conseguir sentir muita empatia pela Selma (culpa do excesso de ingenuidade da moça!), a narrativa tem uma lógica fílmica - e dentro da própria trilogia "coração de ouro" - eficiente e brilhante. Atuação e trilha sonora excepcional da Bjork. Não tem jeito… quando Lars Von Trier acerta a mão, o cinema agradece.
Há um certo ar de estranheza que é hipnotizante. Entretanto, o filme tenta enveredar por um caminho mais autoral e acaba soando trash em diversos momentos. A narrativa em off não favorece o longa e o deixa ainda mais confuso. Mesmo com o compreensível baixo orçamento, o filme aproxima-se do tosco em algumas cenas.
[Aliás, que momento wtf foi aquele com o casal vampiro dançando música gótica suave numa caixinha de som???]
Apesar do excesso de white people problems, o longa tem certa eficiência ao abordar de maneira sensorial temas como depressão, isolamento, ressentimento e loucura. Trilha sonora tenta evocar Hitchcock, mas acaba soando como um guia de emoções para o espectador. Boa atuação da sempre incrível e belíssima Elisabeth Moss.
Dizer que o filme é um deleite estético e cinematográfico seria pouco. Trata-se da obra definitiva sobre vida e espécie humana. A dicotomia entre Natureza e Graça vai além do exímio recurso narrativo e filosófico brilhante, transformando o longa numa peça ímpar de arte espiritual. Uma das maiores obra-primas que à sétima arte já produziu. Obrigado, Malick!
Documentário e relatos impactantes. Direção e montagem muito bem conduzida. As fotografias auxiliam na construção do imaginário, enquanto que o silêncio/tela preta constroem momentos de contemplação.
Aos nossos companheiros mortos, nenhum minuto de silêncio, mas toda uma vida de luta!
Que diretor fabuloso é esse Affonso Uchoa. impossível não sentir afeto por esses garotos. O aspecto quase documental e a utilização de atores não profissionais conferem ao longa uma veracidade ainda maior. Retrato da desesperança, falta de perspectiva e abissal desigualdade social das nossas periferias. Impossível não fazer uma analogia do desfecho de Juninho com o também espetacular "Arábia".
Trilha sonora excepcional. Cenas de ação muito bem coreografadas. Boa atuação do Bob. O mesmo estopim aleatório do protagonista que faz a trama se desencadear. A velha fórmula hollywoodiana de colocar latinos e russos como criminosos. Uma roupagem que tenta ser moderna mas que acaba sendo piegas em diversos momentos. Uma família chata pra CARALHO! Enfim... Era melhor chamar o Saul!
O Espelho
4.3 264 Assista AgoraUma escultura do tempo através de memórias. Poético, hermético e sensível. Direção absolutamente genial e cinematografia sublime. Aquele tipo de filme que ganha ainda mais genialidade em revisitações futuras.
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraObra-prima atemporal. Obrigado por tudo, Mike Nichols!
A Primeira Noite de Um Homem
4.1 810 Assista AgoraUma obra revolucionária. Um dos balizadores da Nova Hollywood. Planos memoráveis, cenas icônicas, trilha sonora antológica e direção magistral do mestre Nichols.
"Hello darkness, my old friend / I’ve come to talk with you again."
Estranhos Prazeres
3.6 134 Assista AgoraÉ um bom filme com uma premissa muito interessante. Trilha sonora incrível. Peca um pouco por conta do ritmo instável em alguns momentos e situações um tanto quanto canastronas.
A Praia
3.2 694 Assista AgoraA primeira hora da película é bastante instigante, uma pena que depois sofra com evidentes problemas de ritmo, exageros e mudanças bruscas de tom. Fotografia absolutamente esplêndida. Boa atuação do DiCaprio - o garoto sensação à época. Tinha potencial para ser um grande filme, mas acaba sendo apenas um bom entretenimento.
Showgirls
3.0 210 Assista AgoraÉ engraçado que tenha sido trucidado pela crítica em seu lançamento. O filme tem vários elementos de sátira em seu desenvolvimento. Creio que a melhor maneira de compreendê-lo é sob a perspectiva da ironia; todos os excessos, atuações caricaturais e vulgaridade servem como uma crítica ao sonho americano e o famigerado glamour de Las Vegas.
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraUm thriller político eletrizante. Talvez, a melhor reconstituição do período já feita no cinema nacional. Chama atenção a estreia do Wagner na direção; seguro, disciplinado, mise-en-scene perfeita, cenas de ação espetaculares filmadas com a câmera na mão, planos esteticamente belíssimos, plano-sequências maravilhosos. Subtramas emocionantes que aumentam ainda mais o clima de tensão que permeia o longa desde a primeira cena. Trilha sonora lindíssima e um cena pós-credito que já nasce icônica. Filme absolutamente necessário nesse mar de obscurantismo que tomou o país.
À ditadura, todo nosso nojo e repúdio. Aos companheiros que se foram, nenhum minuto de silêncio, mas toda uma vida de luta.
O Discreto Charme da Burguesia
4.1 284 Assista AgoraMeu primeiro contato com a obra de Buñuel. Uma experiência maravilhosa. Além da evidente crítica à artificialidade da burguesia, me chama atenção a naturalidade que o inverossímil torna-se palpável no mundo onírico do diretor. A câmera - sempre inquieta, também é um espetáculo a parte.
Os 3
3.4 561Bem divertido. A adição do reality show criou uma metalinguagem muito interessante. Montagem excelente do mestre Daniel Rezende.
A Maldição da Bruxa
3.2 172 Assista AgoraSimbologias à parte, há um evidente problema de ritmo aqui; cenas e planos excessivamente extensos. É complicado nesse tipo de abordagem atmosférica e sensorial, negar - ao menos, mínimas,- chaves de interpretação da estória. Cinematografia belíssima com belas locações que versam bem com a sensação de isolamento, confusão mental e ameaça que permeia à obra.
Ondas do Destino
4.2 335 Assista AgoraUma obra-prima. O melhor filme da trilogia "Coração de Ouro" e um dos melhores da filmografia do Lars. É impressionante como o diretor trabalha bem conceitos como violência, religião e sexualidade. É uma pena que alguns, de maneira simplória - ainda insistam em tachá-lo como misógino. A crítica à culpabilização da mulher está inserida em sua obra desde os primórdios, assim como o repúdio pelas amarras sociais que respaldam essa opressão: seja Igreja, casamento, sociedade, conservadorismo, machismo, etc. Trilha sonora esplêndida que vai de Elton John até Bowie, passando por Jethro Tull, Thin Lizzy, Leonard Cohen, Rod Stewart, Deep Purple e Bob Dylan. Fotografia saturada que tem seu charme. Atuação magnífica de Emilly Watson e um final icônico.
Os Idiotas
3.5 283 Assista AgoraOlhando em retrospectiva, o longa acaba sendo autosabotado pela brilhante filmografia do Lars. É um bom filme. Eficiente como comédia absurdista/dramática. Porém, acaba falhando em desenvolver premissas postas pela própria película. Fica a impressão que trata-se apenas de rebeldes jovens de classe média sem causa e cenas feitas unicamente para chocar. O que é muito pouco para um diretor como Von Trier. Vale como experiência estética em pleno auge do Dogma 95.
Casablanca
4.3 1,0K Assista AgoraObra prima gravada em plena Segunda Guerra Mundial. Impressionante como quase 80 anos depois, não soa datado ou piegas. Roteiro e atuações marcantes. Um dos cânones da sétima arte.
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraDentre a filmografia do Lars, certamente é a obra que o diretor mais expressa sua repulsa pelos valores morais e institucionais norte-americanos. O musical mais anti-musical de todos os tempos. O longa é brutal, desconfortante e impactante. Apesar de não conseguir sentir muita empatia pela Selma (culpa do excesso de ingenuidade da moça!), a narrativa tem uma lógica fílmica - e dentro da própria trilogia "coração de ouro" - eficiente e brilhante. Atuação e trilha sonora excepcional da Bjork. Não tem jeito… quando Lars Von Trier acerta a mão, o cinema agradece.
Canto dos Ossos
3.0 12Há um certo ar de estranheza que é hipnotizante. Entretanto, o filme tenta enveredar por um caminho mais autoral e acaba soando trash em diversos momentos. A narrativa em off não favorece o longa e o deixa ainda mais confuso. Mesmo com o compreensível baixo orçamento, o filme aproxima-se do tosco em algumas cenas.
[Aliás, que momento wtf foi aquele com o casal vampiro dançando música gótica suave numa caixinha de som???]
7° filme visto na mostra 10 olhares
30/04/21
Rainha do Mundo
3.2 90 Assista AgoraApesar do excesso de white people problems, o longa tem certa eficiência ao abordar de maneira sensorial temas como depressão, isolamento, ressentimento e loucura. Trilha sonora tenta evocar Hitchcock, mas acaba soando como um guia de emoções para o espectador. Boa atuação da sempre incrível e belíssima Elisabeth Moss.
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraDizer que o filme é um deleite estético e cinematográfico seria pouco. Trata-se da obra definitiva sobre vida e espécie humana. A dicotomia entre Natureza e Graça vai além do exímio recurso narrativo e filosófico brilhante, transformando o longa numa peça ímpar de arte espiritual. Uma das maiores obra-primas que à sétima arte já produziu. Obrigado, Malick!
Retratos de Identificação
4.3 13Documentário e relatos impactantes. Direção e montagem muito bem conduzida. As fotografias auxiliam na construção do imaginário, enquanto que o silêncio/tela preta constroem momentos de contemplação.
Aos nossos companheiros mortos, nenhum minuto de silêncio, mas toda uma vida de luta!
5° filme visto na mostra 10 olhares.
28/04/21
Como se Tornar o Pior Aluno da Escola
2.5 3402 estrelas; 1 para o Carlos, 1 para o Skylab.
A Vizinhança do Tigre
3.9 44Que diretor fabuloso é esse Affonso Uchoa. impossível não sentir afeto por esses garotos. O aspecto quase documental e a utilização de atores não profissionais conferem ao longa uma veracidade ainda maior. Retrato da desesperança, falta de perspectiva e abissal desigualdade social das nossas periferias. Impossível não fazer uma analogia do desfecho de Juninho com o também espetacular "Arábia".
4° filme visto na mostra 10 olhares.
Anônimo
3.7 741Trilha sonora excepcional. Cenas de ação muito bem coreografadas. Boa atuação do Bob. O mesmo estopim aleatório do protagonista que faz a trama se desencadear. A velha fórmula hollywoodiana de colocar latinos e russos como criminosos. Uma roupagem que tenta ser moderna mas que acaba sendo piegas em diversos momentos. Uma família chata pra CARALHO! Enfim... Era melhor chamar o Saul!
Vermelha
3.1 2Enigmático, confuso e instigante.
David Lynch aplaudiria!
2° filme visto na mostra 10 olhares.
26/04/21
Os 7 de Chicago
4.0 581 Assista AgoraExcelente produção. Texto interessantíssimo sobre pensamentos distintos dentro da esquerda norte-americana e a famigerada "democracia" liberal.
António Um Dois Três
3.5 9 Assista AgoraObra muito instigante. Nouvelle Vague à portuguesa. Interessante metalinguagem entre vida e arte.
1° filme visto na mostra 10 olhares.
24/04/21