Se o primeiro filme era uma superprodução, esta continuação é um autêntico filme B, mais curto, menos orçamento e com um roteiro mais esquemático. A roteirista Ruth Rose investiu mais no humor do que no primeiro filme. Os efeitos visuais são tão eficientes quanto os do original mas usados por bem menos tempo.
Com um roteiro pífio e atuações medíocres, esse "Trilha de Sangue" não chega aos pés dos melhores exploitations dos anos 70 nem dos do New French Extreme. O diretor Robert Krause parece não saber fazer outra coisa a não ser closes. Eu diria que 90% do tempo desse filme foi com closes e planos fechados além de uma fotografia em constante luz verde. Pura perda de tempo.
Fazia tempo que procurava esse filme. Me lembro dele ter passado na Globo quando eu era criança. Lembrava apenas duas cenas, a de quando Mary morde o braço de Larry e o carro sai da estrada e o inesperado final. Como não recordava o título cheguei a pensar que fosse "Louca Escapada" mas quando assisti o filme de Spielberg percebi que não era. Há pouco tempo vi o título em um comentário sobre "Corrida Contra o Destino" e fui conferir. Finalmente era o filme certo.
Filme que marca a estreia de Jackie Chan como diretor. E ele surpreende, já que conduz a história (simplória, é verdade) com habilidade. No auge da forma física ele coreografa lutas cheias de humor. O filme também tem algo de metalinguístico, já que o protagonista se dá conta de que precisa de humor nas lutas para derrotar os vilões. O humor também está presente na canastrice dos atores e no design de som, cheio de onomatopeias que remetem a desenhos animados (ou a seriados como Chaves e Chapolin). Botaram até uma rápida referência à Pantera Cor-de-Rosa. Uma pérola divertidíssima.
Makavejev entrega um filme ainda mais radical e provocador que W.R.: Mistérios do Organismo. Em Um Filme Doce ele se estabelece como uma mescla de Jean-Luc Godard com John Waters, atirando na cara do espectador politica, filosofia, escatologia, pedofilia. Difícil saber onde termina a reflexão e começa a simples apelação. Assista mas antes prepare o estômago.
O roteiro acerta no inicio ao mostrar os problemas enfrentados pelas jovens, como racismo, machismo e pais problemáticos. O diretor Andrew Fleming conduz a narrativa com segurança, com bons desempenhos do elenco e a trilha sonora pop dá um clima bem adolescente à história. Mas no terceiro ato a coisa desanda, como se os realizadores não soubessem bem que rumo dar ao filme:
Por que, por exemplo, a loja de magia e sua dona são descartadas da história de forma abrupta? Por que o passado da mãe de Sarah não é melhor explorado?
No fim das contas Jovens Bruxas é um filme legal mas sua magia se acaba rápido.
Parece que Baz Lurhmann queria dirigir dois filmes ao mesmo tempo: na primeira metade temos um western explorando as belezas naturais da Austrália e na segunda um drama ambientado na II Guerra Mundial. Infelizmente as duas partes tem mais defeitos que virtudes. A direção de Luhrmann adota uma montagem cheia de cortes rápidos (estilo Michael Bay) na primeira metade e um tom mais contido e melodramático na segunda. E o diretor dá uma aula de falta de sutileza em uma cena onde o casal dança enquanto todos os casais ao redor olham para eles com desprezo. Nesse filme já dá pra notar os estragos que a computação gráfica e o green screen começavam a fazer no cinema (coincidentemente lançado no mesmo ano que "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal"). Várias cenas grandiosas são sabotadas pelos efeitos visuais que não envelheceram bem. Da mesma forma o elenco também se mostra irregular: Hugh Jackman se sai bem fazendo um cosplay de Clint Eastwood mas Nicole Kidman oscila entre o caricato e o dramático. Para piorar o roteiro dá muito destaque ao garoto aborígene interpretado pelo terrivelmente inexpressivo Brandon Walters. No fim das contas Austrália não funciona como homenagem ao país natal do diretor nem como crítica ao tratamento dado aos nativos durante séculos.
Tentei mas não consegui gostar pra valer dessa primeira temporada de DS9. Nem de longe os personagens são tão interessantes quanto os da série original e os da Nova Geração. O comandante Sisko já entra na história ganhando a antipatia do espectador
ao lançar um olhar de raiva ao capitão Picard, a quem culpa pela morte da esposa (quando ele sabia muito bem que Picard estava sob domínio dos Borgs na ocasião fatídica).
Não apenas isso como Sisko exibe um comportamento indigno em várias ocasiões, como quando puxa Kira pelo braço ou pragueja. Isso seria compreensível em alienígenas como Kira ou Odo mas soa estranho em um membro da Federação. O'Brien é outro membro da Federação que aparece frequentemente praguejando contra os cardassianos. Já outros personagens são menos desenvolvidos em suas funções: o Dr. Bashir por exemplo, raramente é visto praticando a medicina, ao contrário do Dr. McCoy e da Dra. Crusher nas séries predecessoras. Vou fazer um esforço para assistir a segunda temporada mas sem nenhum entusiasmo.
Depois de vários anos revi este filme e percebi os vários equívocos. Um dos piores é que tiraram quase todo o mistério da Ilha da Caveira. No litoral ela é uma ilha paradisíaca (foi filmada no Havaí) e no interior os cenários são mais artificiais que os da versão de 1933 (!) Além disso quase toda a "fauna" da ilha foi extinta: nada de dinossauros ou pterodáctilos, só uma serpente gigante (e terrivelmente mal feita). Salva-se o elenco bem escalado e o embate final no World Trade Center, mais brutal até que na versão de 2005.
Nicole Kidman oferece aqui uma de suas melhores performances como uma mulher determinada e arrogante e mãe protetora. A veterana Fionnula Flanagan também se destaca assim como a pequena Alakina Mann (e é uma pena que ela tenha deixado a carreira de atriz após "Moça com Brinco de Pérola"). Embora muitos achem o ritmo lento, penso que é perfeito para construir a atmosfera claustrofóbica e o clímax apavorante.
Excelente drama de tribunal retratando um dos casos mais escandalosos do seculo XX. Incompreensível que Gian Maria Volonté não tenha ganhado o prêmio de atuação em Cannes junto com Riccardo Cucciolla, já que sua atuação é ainda mais apaixonada. Milo O'Shea também oferece uma performance visceral como o advogado Moore. Se você gostou, não deixe de ver "Em Nome do Pai" (1993) de Jim Sheridan. Também baseado em fato real, tem alguns pontos em comum com este magnífico filme.
Esta primeira adaptação sonora do romance de Louisa May Alcott tem uma excelente direção de arte e figurinos, desde a opulenta mansão dos Laurence até a modesta (mas aconchegante) residencia da família March. O roteiro força a barra para o melodrama em muitos momentos mas também há várias cenas bem humoradas. Curiosidade: das atrizes que interpretaram as irmãs, três (Hepburn, Dee e Parker) morreram com mais 90 anos. Apenas Joan Bennet morreu com menos (80 anos).
Um musical que não envelheceu muito bem. Na maior parte do tempo é um teatro filmado, com poucas (ou nenhuma) coreografia. A exceção é "June is Bustin' Out All Over", que tem uma coreografia de tirar o fôlego. Mas a maior dificuldade é acompanhar por duas horas um protagonista tão chato, grosseirão e egoísta quanto o vivido por Gordon McRae.
Adaptação que quase nada tem a ver com o romance clássico de Herman Melville. Aqui, Ahab não é capitão e sim um marinheiro beberrão, sujo e grosseiro. Fica impossível compreender como a filha bem educada de um pastor se apaixona por ele. Vale só como curiosidade do inicio do cinema sonoro.
Ingrid Bergman mais uma vez provando seu talento: sua personagem em nada lembra a psiquiatra vista um ano antes em "Quando Fala o Coração". Em alguns momentos parece ser outra atriz. O filme começa em tom de romance e o suspense vai crescendo até o desfecho. Assisti pela primeira vez no Cine Vida, da Rede Vida, no inicio dos anos 2000.
Hugh Marlowe, que tinha sido vilão em "O Dia em Que a Terra Parou" (1951) assume aqui o papel de herói com bastante carisma, além de uma boa química com Joan Taylor. Eles formam um casal bem mais expressivo do que Gene Barry e Ann Robinson em "A Guerra dos Mundos" (1953). Não só eles! Os invasores alienígenas também são mais interessantes aqui,
Anjelica Huston estreia na direção com o tema bastante pesado do abuso infantil. Ela faz um trabalho correto, sem chamar a atenção para si. A fotografia investe em tons dessaturados, dando um aspecto triste e decadente à cidade onde se passa a história. Isso é enfatizado pela impecável direção de arte, que cria locais que parecem prestes a ruir, como a lanchonete onde Anney trabalha ou a casa de sua mãe. Em um mundo justo, Jena Malone teria sido premiada por sua incrível atuação. Seus olhares de medo são mesmo angustiantes. O restante do elenco também se sai bem, em especial Ron Eldard. Um filme para mexer com os nervos do espectador.
Um diferencial entre este filme e outros apelativos dos anos 70 reside na ambiguidade do casal de protagonistas, algo já demonstrado na cena inicial. O marido não tem nada de bonzinho ou heroico: é um completo tranqueira, sempre bêbado e maltratando a esposa. Esta, por sua vez vive reclamando do comportamento dele mas continua casada com o mala-sem-alça
Já o psicótico vivido por David Hess também se revela mais interessante que outros vilões do gênero, fazendo uma inusitada proposta ao jornalista. O roteiro se diferencia de outros exemplares do exploitation ao colocar a cena clímax no final do segundo ato e não do terceiro. Então o filme se estende por mais vinte minutos surpreendentes. O problema desse terceiro ato é que
os roteiristas não conseguem pensar em nada melhor do que colocar um grupo de adolescentes marginais no caminho do casal. Ora, depois de tantos percalços fica forçado colocar mais bandidos na história. O marido poderia ter se livrado da esposa sem eles.
Outro detalhe que chama a atenção é o design de produção (postos de gasolina, automóveis, lanchonetes) que nos faz crer que o filme foi rodado nos EUA, quando na verdade foi na Itália.
O próprio Hawking escreveu o roteiro deste documentário e preferiu priorizar suas teorias em vez de sua biografia. Assim temos uma noção de sua genialidade mas não muito do ser humano naquela cadeira de rodas. O que ele gostava de fazer quando não estava pesquisando física? Quais eram seus gosto musicais e literários? Que pratos (além de ganso) ele gostava de comer? Estranhamente sua esposa e seus filhos só são vistos em fotografias e também ficamos sem saber nada sobre eles e sua relação com Stephen. Para um cientista da envergadura de Hawking e um cineasta do calibre de Errol Morris era de se esperar mais.
Esta continuação gasta mais tempo no desenvolvimento dos personagens e numa trama mais complexa. Mas a espera vale a pena já que as lutas são tão sublimes quanto as do primeiro filme. O diretor Gareth Evans e o astro Iko Uwais orquestram um verdadeiro balé de brutalidade e sangue! A série John Wick pode ter ótimas cenas de ação mas Operação Invasão 1 e 2 são os melhores exemplares do gênero neste século.
O roteiro tenta dar tridimensionalidade aos vilões indígenas, nos fazendo entender asa motivações por trás de seus atos brutais. Mas estranhamente (ou convenientemente?) se cala para as atrocidades que os brancos fizeram aos indígenas. Nesse aspecto não tem quase nada de revisionista. Lembra mais os faroestes tradicionais de cavalaria, como Legião de Heróis (1949). Outro problema é o personagem ilógico de Bruce Davison: em um momento ele demonstra compaixão para com os apaches, se referindo a eles como seres humanos, e minutos depois diz ter ódio deles, para voltar a demonstrar empatia logo depois. Ou seja, sua personalidade muda de acordo com as conveniências do roteiro. Mesmo assim o diretor Robert Aldrich imprime ritmo e tensão ao filme e Burt Lancaster tem um ótimo desempenho (Jorge Luke e Richard Jaeckel também aproveitam bem seu pouco tempo de tela).
A parte mais interessante do filme é o segundo ato que é um grande flashback onde acompanhamos as peripécias do casal no submundo parisiense logo após a II Guerra Mundial. Mas os vinte minutos finais são decepcionantes,
se resumindo a um calvário dos protagonistas, junto à refugiados em Israel, que atravessam o deserto só para serem massacrados. São momentos angustiantes mas se alongam mais do que o necessário.
Mais um exemplar dos faroestes realistas que surgiram a partir da segunda metade dos anos 60, sem nada do heroísmo da Hollywood clássica. Aqui os cowboys são brutos, até tentam levar uma vida honesta mas estão constantemente oscilando entre a lei e o crime, não hesitando em matar à sangue frio qualquer um que ameace sua jornada. Os figurinos surrados e a direção de arte minimalista também procuram um teor realista: Repare nos pequenos saloons que em nada lembram o glamour dos faroestes das décadas anteriores. Com muita violência, personagens marcantes e uma visão amarga do velho oeste, esta é uma pérola da Nova Hollywood que merece ser redescoberta. P.S.: Este foi o primeiro trabalho de Jerry Bruckenheimer como produtor no cinema, que depois ficaria famoso pelos blockbusters que produziu.
O filme tenta seguir o estilo de "Um Drink no Inferno", apostando em humor, violência e inúmeras reviravoltas absurdas. Mas ao contrário do filme de Robert Rodriguez, aqui nada dá certo. Como comédia é totalmente sem graça. O diretor chega a apelar para o batido recurso cômico das câmeras aceleradas. Já o elenco apela para a caricatura dos russos, falando alto o tempo todo. Alguns atores até perdem o sotaque russo em alguns momentos. Já Stephen Dorff parece estar em outro filme, permanecendo sério o tempo todo. Como comédia é sem graça e como terror não dá pra levar à sério. Pura perda de tempo.
O Filho de King Kong
2.7 10Se o primeiro filme era uma superprodução, esta continuação é um autêntico filme B, mais curto, menos orçamento e com um roteiro mais esquemático. A roteirista Ruth Rose investiu mais no humor do que no primeiro filme. Os efeitos visuais são tão eficientes quanto os do original mas usados por bem menos tempo.
Trilha de Sangue
2.0 30Com um roteiro pífio e atuações medíocres, esse "Trilha de Sangue" não chega aos pés dos melhores exploitations dos anos 70 nem dos do New French Extreme. O diretor Robert Krause parece não saber fazer outra coisa a não ser closes. Eu diria que 90% do tempo desse filme foi com closes e planos fechados além de uma fotografia em constante luz verde.
Pura perda de tempo.
Fuga Alucinada
3.8 47Fazia tempo que procurava esse filme. Me lembro dele ter passado na Globo quando eu era criança. Lembrava apenas duas cenas, a de quando Mary morde o braço de Larry e o carro sai da estrada e o inesperado final. Como não recordava o título cheguei a pensar que fosse "Louca Escapada" mas quando assisti o filme de Spielberg percebi que não era. Há pouco tempo vi o título em um comentário sobre "Corrida Contra o Destino" e fui conferir. Finalmente era o filme certo.
A Vingança do Dragão
3.7 24 Assista AgoraFilme que marca a estreia de Jackie Chan como diretor. E ele surpreende, já que conduz a história (simplória, é verdade) com habilidade. No auge da forma física ele coreografa lutas cheias de humor. O filme também tem algo de metalinguístico, já que o protagonista se dá conta de que precisa de humor nas lutas para derrotar os vilões. O humor também está presente na canastrice dos atores e no design de som, cheio de onomatopeias que remetem a desenhos animados (ou a seriados como Chaves e Chapolin). Botaram até uma rápida referência à Pantera Cor-de-Rosa. Uma pérola divertidíssima.
Um Filme Doce
3.5 60Makavejev entrega um filme ainda mais radical e provocador que W.R.: Mistérios do Organismo. Em Um Filme Doce ele se estabelece como uma mescla de Jean-Luc Godard com John Waters, atirando na cara do espectador politica, filosofia, escatologia, pedofilia. Difícil saber onde termina a reflexão e começa a simples apelação.
Assista mas antes prepare o estômago.
Jovens Bruxas
3.3 710 Assista AgoraO roteiro acerta no inicio ao mostrar os problemas enfrentados pelas jovens, como racismo, machismo e pais problemáticos. O diretor Andrew Fleming conduz a narrativa com segurança, com bons desempenhos do elenco e a trilha sonora pop dá um clima bem adolescente à história.
Mas no terceiro ato a coisa desanda, como se os realizadores não soubessem bem que rumo dar ao filme:
Por que, por exemplo, a loja de magia e sua dona são descartadas da história de forma abrupta? Por que o passado da mãe de Sarah não é melhor explorado?
No fim das contas Jovens Bruxas é um filme legal mas sua magia se acaba rápido.
Austrália
3.5 1,1K Assista AgoraParece que Baz Lurhmann queria dirigir dois filmes ao mesmo tempo: na primeira metade temos um western explorando as belezas naturais da Austrália e na segunda um drama ambientado na II Guerra Mundial. Infelizmente as duas partes tem mais defeitos que virtudes. A direção de Luhrmann adota uma montagem cheia de cortes rápidos (estilo Michael Bay) na primeira metade e um tom mais contido e melodramático na segunda. E o diretor dá uma aula de falta de sutileza em uma cena onde o casal dança enquanto todos os casais ao redor olham para eles com desprezo.
Nesse filme já dá pra notar os estragos que a computação gráfica e o green screen começavam a fazer no cinema (coincidentemente lançado no mesmo ano que "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal"). Várias cenas grandiosas são sabotadas pelos efeitos visuais que não envelheceram bem. Da mesma forma o elenco também se mostra irregular: Hugh Jackman se sai bem fazendo um cosplay de Clint Eastwood mas Nicole Kidman oscila entre o caricato e o dramático. Para piorar o roteiro dá muito destaque ao garoto aborígene interpretado pelo terrivelmente inexpressivo Brandon Walters.
No fim das contas Austrália não funciona como homenagem ao país natal do diretor nem como crítica ao tratamento dado aos nativos durante séculos.
Jornada nas Estrelas: Deep Space Nine (1ª Temporada)
3.9 23 Assista AgoraTentei mas não consegui gostar pra valer dessa primeira temporada de DS9. Nem de longe os personagens são tão interessantes quanto os da série original e os da Nova Geração. O comandante Sisko já entra na história ganhando a antipatia do espectador
ao lançar um olhar de raiva ao capitão Picard, a quem culpa pela morte da esposa (quando ele sabia muito bem que Picard estava sob domínio dos Borgs na ocasião fatídica).
Já outros personagens são menos desenvolvidos em suas funções: o Dr. Bashir por exemplo, raramente é visto praticando a medicina, ao contrário do Dr. McCoy e da Dra. Crusher nas séries predecessoras.
Vou fazer um esforço para assistir a segunda temporada mas sem nenhum entusiasmo.
King Kong
3.2 176 Assista AgoraDepois de vários anos revi este filme e percebi os vários equívocos. Um dos piores é que tiraram quase todo o mistério da Ilha da Caveira. No litoral ela é uma ilha paradisíaca (foi filmada no Havaí) e no interior os cenários são mais artificiais que os da versão de 1933 (!) Além disso quase toda a "fauna" da ilha foi extinta: nada de dinossauros ou pterodáctilos, só uma serpente gigante (e terrivelmente mal feita).
Salva-se o elenco bem escalado e o embate final no World Trade Center, mais brutal até que na versão de 2005.
Os Outros
4.1 2,5K Assista AgoraNicole Kidman oferece aqui uma de suas melhores performances como uma mulher determinada e arrogante e mãe protetora. A veterana Fionnula Flanagan também se destaca assim como a pequena Alakina Mann (e é uma pena que ela tenha deixado a carreira de atriz após "Moça com Brinco de Pérola").
Embora muitos achem o ritmo lento, penso que é perfeito para construir a atmosfera claustrofóbica e o clímax apavorante.
Sacco e Vanzetti
4.3 29Excelente drama de tribunal retratando um dos casos mais escandalosos do seculo XX. Incompreensível que Gian Maria Volonté não tenha ganhado o prêmio de atuação em Cannes junto com Riccardo Cucciolla, já que sua atuação é ainda mais apaixonada. Milo O'Shea também oferece uma performance visceral como o advogado Moore.
Se você gostou, não deixe de ver "Em Nome do Pai" (1993) de Jim Sheridan. Também baseado em fato real, tem alguns pontos em comum com este magnífico filme.
As Quatro Irmãs
3.7 22 Assista AgoraEsta primeira adaptação sonora do romance de Louisa May Alcott tem uma excelente direção de arte e figurinos, desde a opulenta mansão dos Laurence até a modesta (mas aconchegante) residencia da família March.
O roteiro força a barra para o melodrama em muitos momentos mas também há várias cenas bem humoradas.
Curiosidade: das atrizes que interpretaram as irmãs, três (Hepburn, Dee e Parker) morreram com mais 90 anos. Apenas Joan Bennet morreu com menos (80 anos).
Carrossel
3.2 20Um musical que não envelheceu muito bem. Na maior parte do tempo é um teatro filmado, com poucas (ou nenhuma) coreografia. A exceção é "June is Bustin' Out All Over", que tem uma coreografia de tirar o fôlego.
Mas a maior dificuldade é acompanhar por duas horas um protagonista tão chato, grosseirão e egoísta quanto o vivido por Gordon McRae.
E o pior é que sua redenção no final é rápida demais, praticamente sem um arco dramático.
Para quem está começando a assistir musicais, este sem dúvida não é a melhor opção.
Moby Dick
2.6 1Adaptação que quase nada tem a ver com o romance clássico de Herman Melville. Aqui, Ahab não é capitão e sim um marinheiro beberrão, sujo e grosseiro. Fica impossível compreender como a filha bem educada de um pastor se apaixona por ele. Vale só como curiosidade do inicio do cinema sonoro.
Interlúdio
4.0 269 Assista AgoraIngrid Bergman mais uma vez provando seu talento: sua personagem em nada lembra a psiquiatra vista um ano antes em "Quando Fala o Coração". Em alguns momentos parece ser outra atriz.
O filme começa em tom de romance e o suspense vai crescendo até o desfecho.
Assisti pela primeira vez no Cine Vida, da Rede Vida, no inicio dos anos 2000.
A Invasão dos Discos Voadores
3.5 42 Assista AgoraHugh Marlowe, que tinha sido vilão em "O Dia em Que a Terra Parou" (1951) assume aqui o papel de herói com bastante carisma, além de uma boa química com Joan Taylor. Eles formam um casal bem mais expressivo do que Gene Barry e Ann Robinson em "A Guerra dos Mundos" (1953). Não só eles! Os invasores alienígenas também são mais interessantes aqui,
chegando a explicar para os humanos o motivo da invasão e tentando convencer os líderes mundiais a aceitar a dominação para evitar destruição!
Os discos voadores criados por Ray Harryhausen foram homenageados por Tim Burton em "Marte Ataca!" (1996)
Marcas do Silêncio
4.0 92Anjelica Huston estreia na direção com o tema bastante pesado do abuso infantil. Ela faz um trabalho correto, sem chamar a atenção para si. A fotografia investe em tons dessaturados, dando um aspecto triste e decadente à cidade onde se passa a história. Isso é enfatizado pela impecável direção de arte, que cria locais que parecem prestes a ruir, como a lanchonete onde Anney trabalha ou a casa de sua mãe.
Em um mundo justo, Jena Malone teria sido premiada por sua incrível atuação. Seus olhares de medo são mesmo angustiantes. O restante do elenco também se sai bem, em especial Ron Eldard.
Um filme para mexer com os nervos do espectador.
O Fugitivo Sanguinário
3.5 7Um diferencial entre este filme e outros apelativos dos anos 70 reside na ambiguidade do casal de protagonistas, algo já demonstrado na cena inicial. O marido não tem nada de bonzinho ou heroico: é um completo tranqueira, sempre bêbado e maltratando a esposa. Esta, por sua vez vive reclamando do comportamento dele mas continua casada com o mala-sem-alça
(e parece querer provocá-lo quando é estuprada).
Já o psicótico vivido por David Hess também se revela mais interessante que outros vilões do gênero, fazendo uma inusitada proposta ao jornalista.
O roteiro se diferencia de outros exemplares do exploitation ao colocar a cena clímax no final do segundo ato e não do terceiro. Então o filme se estende por mais vinte minutos surpreendentes. O problema desse terceiro ato é que
os roteiristas não conseguem pensar em nada melhor do que colocar um grupo de adolescentes marginais no caminho do casal. Ora, depois de tantos percalços fica forçado colocar mais bandidos na história. O marido poderia ter se livrado da esposa sem eles.
Outro detalhe que chama a atenção é o design de produção (postos de gasolina, automóveis, lanchonetes) que nos faz crer que o filme foi rodado nos EUA, quando na verdade foi na Itália.
Uma Breve História do Tempo
4.0 13O próprio Hawking escreveu o roteiro deste documentário e preferiu priorizar suas teorias em vez de sua biografia. Assim temos uma noção de sua genialidade mas não muito do ser humano naquela cadeira de rodas. O que ele gostava de fazer quando não estava pesquisando física? Quais eram seus gosto musicais e literários? Que pratos (além de ganso) ele gostava de comer? Estranhamente sua esposa e seus filhos só são vistos em fotografias e também ficamos sem saber nada sobre eles e sua relação com Stephen.
Para um cientista da envergadura de Hawking e um cineasta do calibre de Errol Morris era de se esperar mais.
Operação Invasão 2
4.1 365 Assista AgoraEsta continuação gasta mais tempo no desenvolvimento dos personagens e numa trama mais complexa. Mas a espera vale a pena já que as lutas são tão sublimes quanto as do primeiro filme. O diretor Gareth Evans e o astro Iko Uwais orquestram um verdadeiro balé de brutalidade e sangue!
A série John Wick pode ter ótimas cenas de ação mas Operação Invasão 1 e 2 são os melhores exemplares do gênero neste século.
A Vingança de Ulzana
3.6 17 Assista AgoraO roteiro tenta dar tridimensionalidade aos vilões indígenas, nos fazendo entender asa motivações por trás de seus atos brutais. Mas estranhamente (ou convenientemente?) se cala para as atrocidades que os brancos fizeram aos indígenas. Nesse aspecto não tem quase nada de revisionista. Lembra mais os faroestes tradicionais de cavalaria, como Legião de Heróis (1949).
Outro problema é o personagem ilógico de Bruce Davison: em um momento ele demonstra compaixão para com os apaches, se referindo a eles como seres humanos, e minutos depois diz ter ódio deles, para voltar a demonstrar empatia logo depois. Ou seja, sua personalidade muda de acordo com as conveniências do roteiro.
Mesmo assim o diretor Robert Aldrich imprime ritmo e tensão ao filme e Burt Lancaster tem um ótimo desempenho (Jorge Luke e Richard Jaeckel também aproveitam bem seu pouco tempo de tela).
Manon - Anjo Perverso
3.6 8A parte mais interessante do filme é o segundo ato que é um grande flashback onde acompanhamos as peripécias do casal no submundo parisiense logo após a II Guerra Mundial. Mas os vinte minutos finais são decepcionantes,
se resumindo a um calvário dos protagonistas, junto à refugiados em Israel, que atravessam o deserto só para serem massacrados. São momentos angustiantes mas se alongam mais do que o necessário.
Assim Nasce um Homem
3.6 3Mais um exemplar dos faroestes realistas que surgiram a partir da segunda metade dos anos 60, sem nada do heroísmo da Hollywood clássica. Aqui os cowboys são brutos, até tentam levar uma vida honesta mas estão constantemente oscilando entre a lei e o crime, não hesitando em matar à sangue frio qualquer um que ameace sua jornada. Os figurinos surrados e a direção de arte minimalista também procuram um teor realista: Repare nos pequenos saloons que em nada lembram o glamour dos faroestes das décadas anteriores.
Com muita violência, personagens marcantes e uma visão amarga do velho oeste, esta é uma pérola da Nova Hollywood que merece ser redescoberta.
P.S.: Este foi o primeiro trabalho de Jerry Bruckenheimer como produtor no cinema, que depois ficaria famoso pelos blockbusters que produziu.
13º Andar
2.3 67O filme tenta seguir o estilo de "Um Drink no Inferno", apostando em humor, violência e inúmeras reviravoltas absurdas. Mas ao contrário do filme de Robert Rodriguez, aqui nada dá certo. Como comédia é totalmente sem graça. O diretor chega a apelar para o batido recurso cômico das câmeras aceleradas.
Já o elenco apela para a caricatura dos russos, falando alto o tempo todo. Alguns atores até perdem o sotaque russo em alguns momentos. Já Stephen Dorff parece estar em outro filme, permanecendo sério o tempo todo.
Como comédia é sem graça e como terror não dá pra levar à sério. Pura perda de tempo.