Neste filme, Fassbinder homenageia o cinema noir na fotografia, nos figurinos, nos ângulos de câmera e na amoralidade dos personagens. Também há referências a dois filmes de Jean-Luc Goddard, "Acossado" (nas cenas em que o protagonista dirige pelo campo) e "Alphaville" (que, por sua vez, também era uma homenagem ao noir). O diretor também alfineta os EUA, já que o protagonista é um ex-soldado que lutou no Vietnã e se revela um assassino frio e implacável.
Este filme tem importância por ter sido o primeiro que Fritz Lang fez no exílio, fugindo do nazismo. Mas assim como no posterior Carrossel (1956) não consegui me conectar com a história. Pra mim é impossível se importar com um sujeito tão bruto e egoísta quanto Liliom. O pior é que não há nenhum arco dramático, nada que realmente redima o protagonista. A direção de Lang é eficiente mas nada que se compare a seus trabalhos anteriores na Alemanha. A direção de arte que cria um "céu" dominado pela burocracia é a parte mais divertida. P.S.: Se eu fosse espírita diria que Oscar Isaac é a reencarnação de Charles Boyer. A semelhança é muito grande.
Neste terceiro filme da série as cenas de ação estão mais caprichadas mas em compensação, o universo em que elas ocorrem está cada vez mais absurdo. Basta dizer que em certo momento várias pessoas são violentamente assassinadas em uma estação de metrô lotada e ninguém presta atenção! Keanu Reeves se apoia apenas em seu carisma para sustentar o protagonista que parece cada vez mais um personagem de videogame (algumas cenas emulam claramente um jogo de tiro). Parece que o diretor e os roteiristas tentam fazer de John Wick um "Velozes e Furiosos" dos filmes de artes marciais. Filmes cada vez mais longos e um herói mais inquebrável como fica claro na cena em que John "sai" do Hotel Continental pela última vez.
A soberba direção de arte e figurinos não ofuscam a forma terrivelmente depreciativa com que os chineses são retratados no filme, bárbaros, traiçoeiros e pouco confiáveis. Ou seja, não muito diferentes dos afro-americanos vistos em "O Nascimento de Uma Nação" (1915). Nils Asther se esforça para criar um personagem com complexidade e é até bem sucedido, enquanto Barbara Stanwyck faz a típica americana perfeitinha demais.
Normalmente gosto do cinema pré-code mas este me decepcionou. O primeiro ato parece uma agradável comédia romântica mas depois a protagonista vai se revelando cada vez mais masoquista. Ela simplesmente abre mão de tudo na vida
(inclusive a filha) por um homem que ela sabe que não pode ter. Tudo isso para proteger a carreira politica dele! E mesmo quando ele resolve ficar com ela e revelar tudo ao público ela se recusa!
Da mesma forma as motivações do personagem de Ralph Bellamy nunca ficam claras. Afinal por que ele odiava tanto Bob Grover (Adolphe Menjou)? Assim este filme acaba virando uma nota de rodapé nas filmografias de Frank Capra e Barbara Stanwyck.
Um roteiro que investe em constantes reviravoltas para manter a atenção do público mas que perde força justamente quando o filme acaba e paramos para pensar um pouco sobre essas mesmas reviravoltas.
Se o cara era um agente infiltrado fica difícil acreditar que ele não pediria ajuda ao FBI mesmo com sua família em perigo.
O enredo também tem tantas coincidências que, em retrospecto, fica implausível. Por outro lado a direção de Wayne Kramer é super estilizada e cheia de energia. Paul Walker e Vera Farmiga tem ótimo desempenhos. Divertido mas não memorável.
A minissérie se mantém fiel ao romance epistolar de Choderlos de Laclos (e ao filme homônimo de 1988) embora faça algumas alterações já vistas na adaptação de 1989, Valmont, de Milos Forman*. Com ótima recriação de época e desempenhos competentes do elenco só penso que poderia ser uns dois capítulos mais curta. A subtrama da enfermidade de Mariana se estende um pouco mais do que o necessário. Mesmo assim é uma obra muito bem realizada pela TV brasileira. *Spoiler do livro e do filme de Stephen Frears:
Os diretores dessa sequencia apelam para uma montagem histérica que torna incompreensível a maior parte das lutas. O protagonista do primeiro filme aparece bem pouco aqui, só ganhando destaque no terceiro ato, quando ocorre um massacre que salva o filme do fracasso. Uma sequencia bem inferior ao primeiro filme mais ainda vela uma espiada.
Grande parte da trama lembra a de "Por Uns Dólares a Mais" (1965), de Sergio Leone. o tema do Europeu/Americano no meio dos revolucionários mexicanos tinha sido usado em Uma Bala Para o General (1967), de Damiano Damiani e apareceria novamente no excelente "Quando Explode a Vingança" (1975), também de Leone. Tomas Milian e John Steiner se saem bem em seus papéis mas Orson Welles aparece no piloto automático. Destaque para o desfecho bem incomum no gênero.
História confusa, com excesso de personagens. As lutas não são das melhores principalmente se comparadas a outros clássicos wuxia como A Tocha de Zen (1971), O Tigre e o Dragão (2000) e Herói (2002).
Um dos filmes mais apelativos do estúdio Shaw Brothers, com muitas cenas de nudez, sexo e temas mais pesados, como aborto, estupro e castração infantil (!) Há poucas cenas de lutas mas estas são bem coreografadas e violentas. O roteiro dá uma derrapada no final pois uma personagem de destaque some da história sem explicação. Mas o resultado final é bem satisfatório.
Gostei mais do último episódio, que faz uma homenagem ao filme O Dia do Chacal (1973) e tem um vilão inteligente, um McGyver invertido. Ele e o herói estabelecem uma dinâmica Sherlock Holmes x Prof. Moriarty.
Tenso noir onde a brilhante diretora Ida Lupino desconstrói a figura do machão americano. Não há heroísmo, só tentativas de sobreviver. Nisso o roteiro é consistente até no ótimo desfecho:
o protagonista só consegue se vingar do vilão quando este já está algemado. O fato de o bandido não morrer também é consistente, já que ele temia mais a cadeia do que a morte. Aliás o criminoso verdadeiro, que inspirou o filme foi mesmo preso no México, deportado para os EUA e executado na câmara de gás em 1952.
Uma pequena obra-prima de uma diretora que merecia mais reconhecimento.
Os irmãos Pang tem um enorme talento para construir uma atmosfera opressora e cenas realmente tensas, como demonstra o terço inicial deste filme. Mas quase estragam tudo ao transformar o resto da história em um Alice no País das Maravilhas asiático. Mesmo com zumbis não há nada de aterrorizante nos lugares fantásticos visitados pela protagonista e os efeitos visuais são irregulares, alguns funcionam, outros envelheceram muito mal (como na cena em que duas personagens correm em cima de um trem). Pra piorar o desfecho do filme é sentimentaloide e apelativo.
Um dos diferenciais desse filme é a grande quantidade de reviravoltas na história. O espectador nunca sabe em quem confiar, quem vai trair quem. Em vários momentos a trama lembra a de "Por Uns Dólares a Mais" (1965). Outro diferencial são os ângulos e movimentos de câmera incomuns na maioria dos filmes do gênero. O final, embora tenha uma revelação muito previsível, também consegue, paradoxalmente, se diferenciar da grande maioria dos filmes de ação.
Um anime em 26 episódios bem peculiares: Há bastante violência, principalmente contra animais. Outro detalhe é que a maioria dos episódios começa in media res, ou seja, com Sanshiro já inserido na história, seja perseguido por criminosos ou alistado como soldado em um exercito estrangeiro. Os nomes dos países e cidades visitados por Sanshiro quase nunca são especificados. O que a série tem de melhor é um clima psicodélico em vários episódios, refletindo bem o final dos anos 60, além de uma contagiante canção de abertura. Foi lançada em DVD no Brasil pela Cult Classic, com o áudio original em japonês e dublagem em francês.
Típica produção trash dos anos 50 com todos os clichês possíveis e grande parte das imagens enxertadas de outros filmes. Barbara Turner (mãe de Jennifer Jason Leigh) é um desastre como atriz, sem dúvida uma das piores da história. Vale algumas risadas com a tosquice.
O diretor Hsueh Li Pao tenta dar um tom épico a "Os 5 Implacáveis". O filme tem uma trama mais complicada do que maioria dos filmes do gênero, apresentando também uma grande quantidade de personagens. As lutas são bem divertidas e utilizam bem os objetos de cena.
Esqueça os índios de tanga dos filmes estrangeiros e novelas: aqui índio anda pelado mesmo. Assim como no clássico "Como Era Gostoso Meu Francês", de Nelson Pereira dos Santos (também baseado em parte do relato de Staden), o diretor Luiz Alberto Pereira não oferece uma visão idílica dos nativos, mas sim naturalista, recriando em detalhes a cultura dos tupinambás como foi narrada pelo personagem título. Curioso que o protagonista sofreu não só o risco de ser morto pelos nativos como também com vários europeus que não fizeram o menor esforço para salvá-lo.
Um bom roteiro muito bem dirigido por John Brahm, cujo maior mérito é o continuo recuo no tempo sem deixar o espectador confuso em nenhum momento. Laraine Day tem um ótimo desempenho como a mulher dissimulada, assim como Robert Mitchum como um pintor arrogante. Infelizmente o filme apresenta algumas situações inconsistentes na segunda metade:
Difícil aceitar que um homem egocêntrico como Norman (Mitchum) cometeria suicídio naquelas circunstâncias. O terceiro ato também apela muito para coincidências e o remorso final de Nancy acaba não convencendo totalmente.
Uma das premissas mais exploradas pelo cinema dos anos 80, a da dupla de policiais com personalidades diferentes é aqui usada em contexto de ficção científica, com resultados muito satisfatórios. James Caan oferece uma de suas melhores atuações. Um homem de meia idade que ostenta um figurino juvenil (que contrasta com seus valores reacionários), seu personagem é ranzinza, xenófobo e grosseiro. Difícil não antipatizar com ele no inicio mas seu arco dramático é bem explorado assim como o do personagem de Mandy Patinkin, um alienígena calmo e prestativo mas que pode se revelar violento quando sua comunidade é ameaçada. Uma ficção científica pouco lembrada mas com um enredo (infelizmente) ainda atual.
O primeiro ato mais parece uma refilmagem do filme de 1996: toda a dinâmica dos personagens é praticamente igual (e haja coincidências). Depois há uma tentativa de mudança mas o roteiro é pouco inspirado, a direção é burocrática e as atuações, irregulares. David Duchovny está fraco como sempre, Michelle Monaghan faz o possível com o que o roteiro oferece e consegue uma boa química com Cailee Spaeny, o grande destaque do longa e que se revela uma atriz de potencial, com expressividade e carisma. Ela evita o estereótipo da adolescente rebelde e acaba sendo um bom motivo para ver esse filme tão medíocre. P.S. Tenho a impressão de que David Duchovny está cada vez mais parecido com o cantor Leonardo.
O Soldado Americano
3.2 4Neste filme, Fassbinder homenageia o cinema noir na fotografia, nos figurinos, nos ângulos de câmera e na amoralidade dos personagens. Também há referências a dois filmes de Jean-Luc Goddard, "Acossado" (nas cenas em que o protagonista dirige pelo campo) e "Alphaville" (que, por sua vez, também era uma homenagem ao noir).
O diretor também alfineta os EUA, já que o protagonista é um ex-soldado que lutou no Vietnã e se revela um assassino frio e implacável.
Coração Vadio
4.0 8Este filme tem importância por ter sido o primeiro que Fritz Lang fez no exílio, fugindo do nazismo. Mas assim como no posterior Carrossel (1956) não consegui me conectar com a história. Pra mim é impossível se importar com um sujeito tão bruto e egoísta quanto Liliom. O pior é que não há nenhum arco dramático, nada que realmente redima o protagonista. A direção de Lang é eficiente mas nada que se compare a seus trabalhos anteriores na Alemanha. A direção de arte que cria um "céu" dominado pela burocracia é a parte mais divertida.
P.S.: Se eu fosse espírita diria que Oscar Isaac é a reencarnação de Charles Boyer. A semelhança é muito grande.
John Wick 3: Parabellum
3.9 1,0K Assista AgoraNeste terceiro filme da série as cenas de ação estão mais caprichadas mas em compensação, o universo em que elas ocorrem está cada vez mais absurdo. Basta dizer que em certo momento várias pessoas são violentamente assassinadas em uma estação de metrô lotada e ninguém presta atenção!
Keanu Reeves se apoia apenas em seu carisma para sustentar o protagonista que parece cada vez mais um personagem de videogame (algumas cenas emulam claramente um jogo de tiro). Parece que o diretor e os roteiristas tentam fazer de John Wick um "Velozes e Furiosos" dos filmes de artes marciais. Filmes cada vez mais longos e um herói mais inquebrável como fica claro na cena em que John "sai" do Hotel Continental pela última vez.
O Último Chá do General Yen
3.5 17A soberba direção de arte e figurinos não ofuscam a forma terrivelmente depreciativa com que os chineses são retratados no filme, bárbaros, traiçoeiros e pouco confiáveis. Ou seja, não muito diferentes dos afro-americanos vistos em "O Nascimento de Uma Nação" (1915).
Nils Asther se esforça para criar um personagem com complexidade e é até bem sucedido, enquanto Barbara Stanwyck faz a típica americana perfeitinha demais.
A Espada Manchada de Sangue
3.1 4Muita conversa e pouca ação.
Mulher Proibida
3.7 3Normalmente gosto do cinema pré-code mas este me decepcionou. O primeiro ato parece uma agradável comédia romântica mas depois a protagonista vai se revelando cada vez mais masoquista. Ela simplesmente abre mão de tudo na vida
(inclusive a filha) por um homem que ela sabe que não pode ter. Tudo isso para proteger a carreira politica dele! E mesmo quando ele resolve ficar com ela e revelar tudo ao público ela se recusa!
Da mesma forma as motivações do personagem de Ralph Bellamy nunca ficam claras. Afinal por que ele odiava tanto Bob Grover (Adolphe Menjou)?
Assim este filme acaba virando uma nota de rodapé nas filmografias de Frank Capra e Barbara Stanwyck.
No Rastro da Bala
3.6 298Um roteiro que investe em constantes reviravoltas para manter a atenção do público mas que perde força justamente quando o filme acaba e paramos para pensar um pouco sobre essas mesmas reviravoltas.
Se o cara era um agente infiltrado fica difícil acreditar que ele não pediria ajuda ao FBI mesmo com sua família em perigo.
O enredo também tem tantas coincidências que, em retrospecto, fica implausível.
Por outro lado a direção de Wayne Kramer é super estilizada e cheia de energia. Paul Walker e Vera Farmiga tem ótimo desempenhos. Divertido mas não memorável.
Ligações Perigosas
3.9 51A minissérie se mantém fiel ao romance epistolar de Choderlos de Laclos (e ao filme homônimo de 1988) embora faça algumas alterações já vistas na adaptação de 1989, Valmont, de Milos Forman*. Com ótima recriação de época e desempenhos competentes do elenco só penso que poderia ser uns dois capítulos mais curta. A subtrama da enfermidade de Mariana se estende um pouco mais do que o necessário. Mesmo assim é uma obra muito bem realizada pela TV brasileira.
*Spoiler do livro e do filme de Stephen Frears:
No romance, Cecilia sofre um aborto.
A Guilhotina Voadora 2
3.4 6Os diretores dessa sequencia apelam para uma montagem histérica que torna incompreensível a maior parte das lutas. O protagonista do primeiro filme aparece bem pouco aqui, só ganhando destaque no terceiro ato, quando ocorre um massacre que salva o filme do fracasso. Uma sequencia bem inferior ao primeiro filme mais ainda vela uma espiada.
Tepepa
3.5 8 Assista AgoraGrande parte da trama lembra a de "Por Uns Dólares a Mais" (1965), de Sergio Leone. o tema do Europeu/Americano no meio dos revolucionários mexicanos tinha sido usado em Uma Bala Para o General (1967), de Damiano Damiani e apareceria novamente no excelente "Quando Explode a Vingança" (1975), também de Leone. Tomas Milian e John Steiner se saem bem em seus papéis mas Orson Welles aparece no piloto automático. Destaque para o desfecho bem incomum no gênero.
Sabre do Dragão
3.7 1História confusa, com excesso de personagens. As lutas não são das melhores principalmente se comparadas a outros clássicos wuxia como A Tocha de Zen (1971), O Tigre e o Dragão (2000) e Herói (2002).
A Vingança do Mestre
3.8 2Um dos filmes mais apelativos do estúdio Shaw Brothers, com muitas cenas de nudez, sexo e temas mais pesados, como aborto, estupro e castração infantil (!)
Há poucas cenas de lutas mas estas são bem coreografadas e violentas. O roteiro dá uma derrapada no final pois uma personagem de destaque some da história sem explicação. Mas o resultado final é bem satisfatório.
MacGyver - Profissão: Perigo (1ª Temporada)
4.0 75Gostei mais do último episódio, que faz uma homenagem ao filme O Dia do Chacal (1973) e tem um vilão inteligente, um McGyver invertido. Ele e o herói estabelecem uma dinâmica Sherlock Holmes x Prof. Moriarty.
O Mundo Odeia-Me
3.6 33 Assista AgoraTenso noir onde a brilhante diretora Ida Lupino desconstrói a figura do machão americano. Não há heroísmo, só tentativas de sobreviver. Nisso o roteiro é consistente até no ótimo desfecho:
o protagonista só consegue se vingar do vilão quando este já está algemado. O fato de o bandido não morrer também é consistente, já que ele temia mais a cadeia do que a morte. Aliás o criminoso verdadeiro, que inspirou o filme foi mesmo preso no México, deportado para os EUA e executado na câmara de gás em 1952.
Uma pequena obra-prima de uma diretora que merecia mais reconhecimento.
Assombração
3.0 158Os irmãos Pang tem um enorme talento para construir uma atmosfera opressora e cenas realmente tensas, como demonstra o terço inicial deste filme. Mas quase estragam tudo ao transformar o resto da história em um Alice no País das Maravilhas asiático. Mesmo com zumbis não há nada de aterrorizante nos lugares fantásticos visitados pela protagonista e os efeitos visuais são irregulares, alguns funcionam, outros envelheceram muito mal (como na cena em que duas personagens correm em cima de um trem). Pra piorar o desfecho do filme é sentimentaloide e apelativo.
O Assassino da Corrente de Ferro
3.4 3Um dos diferenciais desse filme é a grande quantidade de reviravoltas na história. O espectador nunca sabe em quem confiar, quem vai trair quem. Em vários momentos a trama lembra a de "Por Uns Dólares a Mais" (1965). Outro diferencial são os ângulos e movimentos de câmera incomuns na maioria dos filmes do gênero. O final, embora tenha uma revelação muito previsível, também consegue, paradoxalmente, se diferenciar da grande maioria dos filmes de ação.
O Judoca
4.1 2Um anime em 26 episódios bem peculiares: Há bastante violência, principalmente contra animais. Outro detalhe é que a maioria dos episódios começa in media res, ou seja, com Sanshiro já inserido na história, seja perseguido por criminosos ou alistado como soldado em um exercito estrangeiro. Os nomes dos países e cidades visitados por Sanshiro quase nunca são especificados. O que a série tem de melhor é um clima psicodélico em vários episódios, refletindo bem o final dos anos 60, além de uma contagiante canção de abertura.
Foi lançada em DVD no Brasil pela Cult Classic, com o áudio original em japonês e dublagem em francês.
Monster From Green Hell
2.8 3 Assista AgoraTípica produção trash dos anos 50 com todos os clichês possíveis e grande parte das imagens enxertadas de outros filmes. Barbara Turner (mãe de Jennifer Jason Leigh) é um desastre como atriz, sem dúvida uma das piores da história. Vale algumas risadas com a tosquice.
Os 5 Implacáveis
3.8 1O diretor Hsueh Li Pao tenta dar um tom épico a "Os 5 Implacáveis". O filme tem uma trama mais complicada do que maioria dos filmes do gênero, apresentando também uma grande quantidade de personagens. As lutas são bem divertidas e utilizam bem os objetos de cena.
Hans Staden
3.4 37Esqueça os índios de tanga dos filmes estrangeiros e novelas: aqui índio anda pelado mesmo. Assim como no clássico "Como Era Gostoso Meu Francês", de Nelson Pereira dos Santos (também baseado em parte do relato de Staden), o diretor Luiz Alberto Pereira não oferece uma visão idílica dos nativos, mas sim naturalista, recriando em detalhes a cultura dos tupinambás como foi narrada pelo personagem título. Curioso que o protagonista sofreu não só o risco de ser morto pelos nativos como também com vários europeus que não fizeram o menor esforço para salvá-lo.
Angústia
3.9 12Um bom roteiro muito bem dirigido por John Brahm, cujo maior mérito é o continuo recuo no tempo sem deixar o espectador confuso em nenhum momento. Laraine Day tem um ótimo desempenho como a mulher dissimulada, assim como Robert Mitchum como um pintor arrogante. Infelizmente o filme apresenta algumas situações inconsistentes na segunda metade:
Difícil aceitar que um homem egocêntrico como Norman (Mitchum) cometeria suicídio naquelas circunstâncias. O terceiro ato também apela muito para coincidências e o remorso final de Nancy acaba não convencendo totalmente.
Missão Alien
3.2 20Uma das premissas mais exploradas pelo cinema dos anos 80, a da dupla de policiais com personalidades diferentes é aqui usada em contexto de ficção científica, com resultados muito satisfatórios. James Caan oferece uma de suas melhores atuações. Um homem de meia idade que ostenta um figurino juvenil (que contrasta com seus valores reacionários), seu personagem é ranzinza, xenófobo e grosseiro. Difícil não antipatizar com ele no inicio mas seu arco dramático é bem explorado assim como o do personagem de Mandy Patinkin, um alienígena calmo e prestativo mas que pode se revelar violento quando sua comunidade é ameaçada.
Uma ficção científica pouco lembrada mas com um enredo (infelizmente) ainda atual.
Jovens Bruxas: Nova Irmandade
2.3 236 Assista AgoraO primeiro ato mais parece uma refilmagem do filme de 1996: toda a dinâmica dos personagens é praticamente igual (e haja coincidências). Depois há uma tentativa de mudança mas o roteiro é pouco inspirado, a direção é burocrática e as atuações, irregulares. David Duchovny está fraco como sempre, Michelle Monaghan faz o possível com o que o roteiro oferece e consegue uma boa química com Cailee Spaeny, o grande destaque do longa e que se revela uma atriz de potencial, com expressividade e carisma. Ela evita o estereótipo da adolescente rebelde e acaba sendo um bom motivo para ver esse filme tão medíocre.
P.S. Tenho a impressão de que David Duchovny está cada vez mais parecido com o cantor Leonardo.
Bon Voyage
3.3 10 Assista AgoraJanique Joelle viveu até os 101 anos e este foi seu único filme como atriz.