Tudo em O Espelho é extremamente sensível: a belíssima fotografia, que consegue transmitir uma enorme gama de sentimentos numa imensidão de tonalidades; a sonoplastia, que faz com que pequenos sons, como as gotas da chuva que cai, se tornem protagonistas de certas cenas; a quietude dos momentos, onde falta diálogo, mas as palavras acabam por desnecessárias.
Royal Wedding me parece um musical feito sob medida para capitalizar no sucesso de Easter Parade. O filme inteiro parece ser uma versão daquilo que já tinha sido feito. A ironia do destino está no fato de que Easter Parade teve como protagonistas Judy Garland e Fred Astaire.
Para Royal Wedding, M-G-M quis Ginger Rogers (como nos velhos tempos) para parceira de Astaire. Rogers não aceitou o papel, que então ficou com June Allyson, que por sua vez ficou grávida durante o período e não pode seguir com o filme, em consequência disto, o papel foi para Judy Garland, que acabou sendo demitida da M-G-M após Summer Stock, e o papel finalmente ficou com Jane Powell.
Um dos filmes mais dolorosos de se assistir de toda filmografia do Bergman.
Quando um evento trágico termina, outro começa logo em seguida. Em um determinado ponto, como em uma morte dolorosa e agonizante, você pede pra que acabe logo porque você não suporta mais.
A maioria dos grandes compositores da música americana ganharam musicais "semi-biográficos": Irving Berlin, Jerome Kern, Cole Porter, os irmãos Gershwin, etc. Alguns destes musicais serviam apenas como showcase das maravilhosas composições dos homenageados, outros tentaram criar uma biografia livremente baseada na verdade e com forte influência de ficção e outros tinham um roteiro construído em volta das composições, o que tinha como resultado alguns roteiros um tanto estranhos.
There's no Business Like Show Business (uma das canções-lema do ramo do espetáculo, faz parte de um musical de Irving Berlin chamado Annie Get Your Gun) é um dos melhores em seu gênero, pois não caiu na fórmula pronta de simplesmente montar os números musicias um atrás do outro, ao invés, temos a estória dos Donahue, uma família de vaudevillians que serve de pano de fundo para as canções.
A única crítica que me atrevo a fazer é quanto à escolha das músicas, Irving Berlin tinha algumas composições melhores que deveriam ter feito parte do filme.
A trilha sonora é totalmente anos 30. Orquestrações que eram usadas ainda na transição do cinema mudo para o cinema falado. Influência de música clássica.
O cinema de algumas regiões da europa é sempre cru, visceral...ao ponto de parecer feito sob encomenda puramente para chocar o expectador. Mas não. Isso tudo é reflexo da realidade desses países. Mas como cinema, geralmente, é uma arte de escape à realidadde, podemos dizer que esses países estão se aproveitando de certa forma dessa realidade para lucrar (algo que acontece com o cinema brasileiro, que se tornou exportador oficial de filmes de bandido).
Em Daisy Diamond temos uma menina envolvida com drogas que sonha ser atriz. Engravidando de um estupro, ela acaba canalizando toda a raiva que sente pelo estuprador, na criança (algo muito comum nesse tipo de situação). Desesperada, a procura de um papel no cinema, sem ter treinamento na área, e com um bebê que não pára de chorar, tem um episódio psicótico e acaba matando a filha afogada.
Daisy, que creditava o fato de não conseguir um papel no cinema ao choro incessante da filha, se depara com a realidade quando mesmo sem ela, não consegue papeis. Isso, e somente isso, gera um sentimento de culpa que vai sendo aliviado com conversas e pedidos de perdão à filha morta, que vai crescendo na cabeça de Anna.
A partir de então, a culpa se torna tamanha que Anna se deixa levar por um caminho de degradação moral e física como forma de expiar a morte da filha. Mudando a forma de encarar a situação, Anna finalmente consegue realizar o sonho de ser atriz, estrelando um filme sobre sua vida. O que nos leva a pensar até que ponto o remorso, o sofrimento e a degradação moral eram reais ou apenas truques da mente de Anna para que ela conseguisse o que queria.
O filme é bom. Mas o autor vai pra categoria dos cafajestes que se aproveitaram de Marilyn, não na época em que conviveram, mas quando tornou a relação pública ao escrever o livro e depois ao fazer o filme.
O filme, na verdade, é um grande afago no ego do autor do livro e deveria chamar-se: "Hey, Todo Mundo! Eu Transei com Marilyn Monroe". Deplorável.
Ao contrário do que diz a sinopse, o filme não segue "três gerações de homens com obsessões e comportamentos muito peculiares"....é uma narrativa continua, interrompida apenas pela passagem dos anos, entre os 3 atos.
A primeira parte lida com a solidão, onde a falta de calor e contato humano - numa região extremamente fria - é levada a cabo através da chama de uma vela. Extremamente cruel e triste.
A segunda parte - a mais fraca do filme - fala basicamente da obsessão em conseguir sucesso.
A terceira parte traça um retrato psicológico interessante a respeito da relação do pai com o filho. O final é um tanto decepcionante, porque não faz muito sentido, na minha opinião.
O Espelho
4.3 264 Assista AgoraObra-prima do Tarkovsky.
Tudo em O Espelho é extremamente sensível: a belíssima fotografia, que consegue transmitir uma enorme gama de sentimentos numa imensidão de tonalidades; a sonoplastia, que faz com que pequenos sons, como as gotas da chuva que cai, se tornem protagonistas de certas cenas; a quietude dos momentos, onde falta diálogo, mas as palavras acabam por desnecessárias.
O Batedor de Carteiras
3.9 117As sutilezas do Bresson me deixam boquiaberto.
Fedora
3.9 32O livro foi feito com Marlene Dietrich em mente. Vou baixar por isto e porque gosto muito do trabalho do Wilder.
Núpcias Reais
3.6 34 Assista AgoraRoyal Wedding me parece um musical feito sob medida para capitalizar no sucesso de Easter Parade. O filme inteiro parece ser uma versão daquilo que já tinha sido feito. A ironia do destino está no fato de que Easter Parade teve como protagonistas Judy Garland e Fred Astaire.
Para Royal Wedding, M-G-M quis Ginger Rogers (como nos velhos tempos) para parceira de Astaire. Rogers não aceitou o papel, que então ficou com June Allyson, que por sua vez ficou grávida durante o período e não pode seguir com o filme, em consequência disto, o papel foi para Judy Garland, que acabou sendo demitida da M-G-M após Summer Stock, e o papel finalmente ficou com Jane Powell.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraEllen Burstyn ter perdido o Oscar pra Julia Roberts foi uma das incontáveis injustiças da Academia.
Vergonha
4.3 118Um dos filmes mais dolorosos de se assistir de toda filmografia do Bergman.
Quando um evento trágico termina, outro começa logo em seguida. Em um determinado ponto, como em uma morte dolorosa e agonizante, você pede pra que acabe logo porque você não suporta mais.
O Mundo da Fantasia
3.5 35A maioria dos grandes compositores da música americana ganharam musicais "semi-biográficos": Irving Berlin, Jerome Kern, Cole Porter, os irmãos Gershwin, etc. Alguns destes musicais serviam apenas como showcase das maravilhosas composições dos homenageados, outros tentaram criar uma biografia livremente baseada na verdade e com forte influência de ficção e outros tinham um roteiro construído em volta das composições, o que tinha como resultado alguns roteiros um tanto estranhos.
There's no Business Like Show Business (uma das canções-lema do ramo do espetáculo, faz parte de um musical de Irving Berlin chamado Annie Get Your Gun) é um dos melhores em seu gênero, pois não caiu na fórmula pronta de simplesmente montar os números musicias um atrás do outro, ao invés, temos a estória dos Donahue, uma família de vaudevillians que serve de pano de fundo para as canções.
A única crítica que me atrevo a fazer é quanto à escolha das músicas, Irving Berlin tinha algumas composições melhores que deveriam ter feito parte do filme.
Um Grito no Escuro
3.6 73O circo da imprensa em toda sua glória.
Tara Maldita
4.0 224A trilha sonora é totalmente anos 30. Orquestrações que eram usadas ainda na transição do cinema mudo para o cinema falado. Influência de música clássica.
Tara Maldita
4.0 224Ela me dá medo.
Shame
3.6 2,0K Assista AgoraO vício como tentativa de preenchimento de um vazio existencial de um personagem que aparentemente tem tudo, tratado de uma forma bastante sutil.
Luz de Inverno
4.3 173Essa sinopse não tem nada a ver com o filme.
Face a Face
4.2 131Uma crítica pesada à família como instituição. Bergman num surrealismo e metalinguagem impressionantes. Liv Ullmann mostrando por que era sua musa.
Eraserhead
3.9 922 Assista AgoraA interpretação de tudo na vida é subjetiva. Cada um vê aquilo que consegue ver e escuta aquilo que consegue escutar.
Daisy Diamond
3.9 127O cinema de algumas regiões da europa é sempre cru, visceral...ao ponto de parecer feito sob encomenda puramente para chocar o expectador. Mas não. Isso tudo é reflexo da realidade desses países. Mas como cinema, geralmente, é uma arte de escape à realidadde, podemos dizer que esses países estão se aproveitando de certa forma dessa realidade para lucrar (algo que acontece com o cinema brasileiro, que se tornou exportador oficial de filmes de bandido).
Em Daisy Diamond temos uma menina envolvida com drogas que sonha ser atriz. Engravidando de um estupro, ela acaba canalizando toda a raiva que sente pelo estuprador, na criança (algo muito comum nesse tipo de situação). Desesperada, a procura de um papel no cinema, sem ter treinamento na área, e com um bebê que não pára de chorar, tem um episódio psicótico e acaba matando a filha afogada.
Daisy, que creditava o fato de não conseguir um papel no cinema ao choro incessante da filha, se depara com a realidade quando mesmo sem ela, não consegue papeis. Isso, e somente isso, gera um sentimento de culpa que vai sendo aliviado com conversas e pedidos de perdão à filha morta, que vai crescendo na cabeça de Anna.
A partir de então, a culpa se torna tamanha que Anna se deixa levar por um caminho de degradação moral e física como forma de expiar a morte da filha. Mudando a forma de encarar a situação, Anna finalmente consegue realizar o sonho de ser atriz, estrelando um filme sobre sua vida. O que nos leva a pensar até que ponto o remorso, o sofrimento e a degradação moral eram reais ou apenas truques da mente de Anna para que ela conseguisse o que queria.
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraUm plágio de vários filmes.
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7K Assista AgoraO filme é bom. Mas o autor vai pra categoria dos cafajestes que se aproveitaram de Marilyn, não na época em que conviveram, mas quando tornou a relação pública ao escrever o livro e depois ao fazer o filme.
O filme, na verdade, é um grande afago no ego do autor do livro e deveria chamar-se: "Hey, Todo Mundo! Eu Transei com Marilyn Monroe". Deplorável.
Brinquedo Proibido
4.2 70 Assista AgoraMichel!
Visitor Q
3.4 166Okay, um dia hei de entender a fixação dos japoneses com leite feminino.
Sonhos
4.4 380 Assista Agora- Mas a noite é tão escura.
- É isso que ela deve ser.
Parting Glances - Olhares de Despedida
3.5 10 Assista AgoraMe senti triste.
À Meia-Noite Levarei Sua Alma
3.9 286 Assista AgoraMais gente precisa ver!!
Taxidermia: Histórias Grotescas
3.4 345 Assista AgoraPS: o filme tem pesada influência do Jan Svankmajer.
Taxidermia: Histórias Grotescas
3.4 345 Assista AgoraAo contrário do que diz a sinopse, o filme não segue "três gerações de homens com obsessões e comportamentos muito peculiares"....é uma narrativa continua, interrompida apenas pela passagem dos anos, entre os 3 atos.
A primeira parte lida com a solidão, onde a falta de calor e contato humano - numa região extremamente fria - é levada a cabo através da chama de uma vela. Extremamente cruel e triste.
A segunda parte - a mais fraca do filme - fala basicamente da obsessão em conseguir sucesso.
A terceira parte traça um retrato psicológico interessante a respeito da relação do pai com o filho. O final é um tanto decepcionante, porque não faz muito sentido, na minha opinião.