Importante. Necessário. Um resgate memorialístico de histórias e personagens que se conecta com delicadeza às novas gerações. O Brasil relega suas histórias, mas muitos brasileiros resistem para contar.
Laura Linney, Rebecca Hall, Richard Gere e Steve Coogan. Eu não sei o que pode ter motivado o 4 a participarem deste exercício canhestro de roteiro, um sub Deus da Carnificina. E Coogan, um grande ator, empresta seu talento para aquele que provavelmente é um dos personagens mais insuportáveis do século XXI. Fiquei curioso para ver um making-of dos bastidores, deve ser revelador.
O maior amontoado de cenas sem sentido na história recente do cinema, seguindo um arremedo de roteiro que, por sinal, segue uma premissa que pode ser definida assim: como um mal entendido em um jantar resulta em uma guerra. P.S: é bom Angelina Jolie ir preparando o vestido de gala para o Framboesa de Ouro 2020. Vai acontecer.
Processo criativo e vingança: aqui é um prato instigante. A transformação facial da Amy Adams na cena final, sem que uma palavra seja dita, fala alto sobre a direção elegante de Tom Ford, revelando sutilmente as camadas de seu "Animais Noturnos". "Escreva alguma coisa que não seja sobre você". Essa frase ecoa e ecoa e ecoa...
Uma viagem ególatra da diretora, toda orgulhosinha de ser amiga da banda. Para os fãs da banda, um registro muito pobre dos shows da turnê, para os fãs de documentários musicais, paupérrimo na tentativa de captar alguma verdade ou relevância artística ali. 30 minutos de conversa com cada um, fazendo as perguntas certas, enriqueceriam essa pseudo ode aos pequenos momentos da vida. Ela não enganou ninguém.
Tem seu charme, mas o o roteiro é tão frágil quanto a heterossexualidade de alguns por aí. E achei bem conservador também, perto dos episódios regulares. Enfim, fim de feira.
Eu não sou fã desse leva recente de filmes de super heróis. Meu interesse por eles, dentro do universo cinematográfico, terminou com Batman - O Retorno, embora nesse meio tempo vi e gostei de alguns (X-Men e mais um ou outro). Acho a maioria do que tem sido feito um reflexo do que há de pior no cinema hollywoodiano contemporâneo: infantilização extrema, ação acéfala, roteiros pobres e direção preguiçosa. Posto isso, não esperava nada desse "Logan" e fui ver pq o Mangold é um fã de Western e do Cash (como eu) e botei que ele pudesse trazer algo a mais. E meus amigos, que filme é esse "Logan"? Eu saí chapado do cinema com a força, a potência, a dureza e a beleza de tudo aquilo. É cinema adulto no que há de melhor, exibindo um vazio, um pessimismo, uma crueza que há tempos não via no chamado "cinemão de hollywood". Mangold, realizou um "road movie apocalíptico" que surpreende por falar de tantas questões existenciais sem falar abertamente sobre isso. É sutil dentro de tanta violência e nada ali é gratuito. Para quem, como eu, gosta de mergulhar vez ou outra por questões psicanalíticas, encontra um banquete nesse grande filme. A forma como o personagem central vai "escapando" da sua persona, o confronto com o fim, a desesperança que toma conta de tudo e, mesmo assim, como na vida real, vivenciamos lapsos de alegria e de repente, quando nada mais parece valer a pena, ainda resta amor, como uma rosa que floresce na rocha.
Belo para os olhos e para o coração. Vejo esse "Meu amigo hindu" como a terceira parte de uma trilogia composta, também, por "Coração Iluminado" e "O Passado". A morte está à espreita nos três, a vida sempre em perspectiva, o vazio, a falta de sentido das coisas. Mas o amor pela arte, a força da vida, sempre se impõe. Babenco, aqui, declara seu amor ao cinema e agarra a sétima arte como quem se amarra a um pedaço de vida. Fez aqui o seu "Blackstar". Ele dá adeus da forma mais generosa possível: com uma música, uma dança, um abraço.
Bom diretor, um grande ator e uma excepcional estrela mas...nada salva um texto desses. Muitas questões interessantes, pinceladas sobre envelhecimento e inadequação, mas tudo muito frio, careta. E a Keaton é muito mal explorada, engessada. Que pena.
Sobre os sustos todo mundo falou (e assusta mesmo, eu achei), mas gostaria de falar sobre como investe em ser um filme "classudo" à moda dos bons e velhos suspenses de outrora. O cuidado com a fotografia - compondo uma ambientação de tons pálidos - o som e a trilha encantam. Até mesmo o momento com "I started a joke", um tanto desconexo, é louvável, assim como o uso de um clássico do Elvis. Pequenas coisas que adicionam camadas e enchem o filme de charme. O que Vera Farmiga e Patrick Wilson também fazem, com louvor.
É um filme convencional, extremamente convencional. À parte todo o frisson causado pelas toneladas de cenas de sexo, o que fica é um filme quadradinho e com roteiro juvenil cheio de "frases importantes" sobre amor e a impossibilidade de se ter alguém. O que vemos na tela é uma série de relações fraturadas, estruturadas nos ombros de um personagem odioso, violento e machista. Em nenhum instante do filme é possível simpatizar com o protagonista. O que não é necessariamente um problema, afinal de contas, parece ser essa uma escolha bem clara do diretor - impressionante como Gaspar Noé despreza seus personagens, o que não deixa de ser curioso.
As tão faladas cenas de sexo quase sempre são espetacularmente bem filmadas, apesar de alguns momentos de gosto duvidoso (a gozada "na cara" me causou uma sensação de vergonha alheia que eu não sentia desde "Interestelar").
No mais, Gaspar Noé ainda não conseguiu escapar de suas influências diluindo-as em referências nada sutis. Nunca fica claro se é homenagem ou cópia mesmo. Engraçado como em parte de "Love" ele se conecta a "O Último Tango em Paris" emulando situações, cenas, cortes (a sequencia dos dois caminhando sob a ponte, a do sexo anal). Na minha visão é pobre. O filme do Bertolucci é muito mais denso, picante e sexy. "Love" não consegue ser sexy,apesar de investir tanto em ângulos que explorem o corpo do protagonista.
O golpe final foi o acovardamento do diretor em omitir o sexo anal e o sexo com a travesti. Oras, não foi o próprio Noé quem disse que não entende o pq de se cortar o explícito do cinema? Ele afinou legal e ainda optou por uma saída boba,infantil,machista e grotesca para o protagonista na sua "emboscada" com a travesti.
Se "O Último Tango em Paris" e "Shame, pra ficarmos com um clássico e um recente, usam o sexo pra falar do vazio, "Love" mostra apenas o sexo pq é vazio.
P.S: O filme poderia ter terminado antes da infame frase sobre o sentido da vida né?
Chega a ser curioso como um doc sobre um cara tão inovador na linguagem, ousado e criativo, consegue ser tão careta,tão absurdamente careta. Além de mal resolvido. É uma pena. Altman é um super personagem e há muito assunto a ser dito. Esse doc serve para vermos imagens inéditas e outras tantas raras. No mais,é de doer.
Sofia dissertando sobre o vazio,mais uma vez. E ela faz isso como ninguém. Esse "Bling Ring" é mais sério e alarmante que a trilha pop e os teens fofos em roupas de marca fazem pensar. É soturno.
A Deborah Secco se esforça,mas aquela voz e aquele silicone que derruba qualquer tentativa de verossimilhança do filme, nos lembram que ela é alguma coisa que se parece com uma atriz,mas ainda não é uma. O roteiro cheio de "frases importante" e "momentos de reflexão" mostra seu vazio justamente por isso, por querer ser tão importante e denso. Nunca chega lá. O rapaz se salva.
Fanny Ardant sempre me seduziu e fez o que quis de mim,mas nesse "Os Belos dias" é um absurdo o que ela faz. Uma atuação monstruosa desse mito do cinema mundial. Ela transita entre a sensualidade e a fragilidade com a desenvoltura que só os grandes tem. Ela se faz desejar e só então você percebe que já caiu dentro da história como um patinho. A reflexão sobre a passagem do tempo, a insegurança que isso traz, a solidão,enfim,é um belo filme. E Fanny Ardant faz todos de gato e sapato.
Domingos
3.7 7Sorte teve quem foi amigo do Domingos. Mas assistindo esse filme você se sente um pouco assim.
É Apenas o Fim do Mundo
3.5 302 Assista AgoraNão dá pra dizer que o Vincent Cassel não se esforça. Eu só pensava nisso conforme os minutos avançavam.
Carta Para Além dos Muros
4.4 94Importante. Necessário. Um resgate memorialístico de histórias e personagens que se conecta com delicadeza às novas gerações.
O Brasil relega suas histórias, mas muitos brasileiros resistem para contar.
Obsessão
2.9 482 Assista AgoraCadê o Neil Jordan?
O Jantar
2.2 90 Assista AgoraLaura Linney, Rebecca Hall, Richard Gere e Steve Coogan. Eu não sei o que pode ter motivado o 4 a participarem deste exercício canhestro de roteiro, um sub Deus da Carnificina. E Coogan, um grande ator, empresta seu talento para aquele que provavelmente é um dos personagens mais insuportáveis do século XXI.
Fiquei curioso para ver um making-of dos bastidores, deve ser revelador.
Malévola: Dona do Mal
3.4 617 Assista AgoraO maior amontoado de cenas sem sentido na história recente do cinema, seguindo um arremedo de roteiro que, por sinal, segue uma premissa que pode ser definida assim: como um mal entendido em um jantar resulta em uma guerra.
P.S: é bom Angelina Jolie ir preparando o vestido de gala para o Framboesa de Ouro 2020. Vai acontecer.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraProcesso criativo e vingança: aqui é um prato instigante.
A transformação facial da Amy Adams na cena final, sem que uma palavra seja dita, fala alto sobre a direção elegante de Tom Ford, revelando sutilmente as camadas de seu "Animais Noturnos".
"Escreva alguma coisa que não seja sobre você". Essa frase ecoa e ecoa e ecoa...
A Sereia: Lago dos Mortos
1.7 111 Assista AgoraSe eu não estivesse em excelente companhia e fosse obrigado a prestar atenção de verdade no filme...seria bem puxado.
A Freira
2.5 1,5K Assista AgoraNão serve nem pra ser trash.
Los Hermanos - Esse é só o começo do fim …
3.7 76Uma viagem ególatra da diretora, toda orgulhosinha de ser amiga da banda. Para os fãs da banda, um registro muito pobre dos shows da turnê, para os fãs de documentários musicais, paupérrimo na tentativa de captar alguma verdade ou relevância artística ali. 30 minutos de conversa com cada um, fazendo as perguntas certas, enriqueceriam essa pseudo ode aos pequenos momentos da vida. Ela não enganou ninguém.
Looking: O Filme
4.0 250 Assista AgoraTem seu charme, mas o o roteiro é tão frágil quanto a heterossexualidade de alguns por aí. E achei bem conservador também, perto dos episódios regulares. Enfim, fim de feira.
Logan
4.3 2,6K Assista AgoraEu não sou fã desse leva recente de filmes de super heróis. Meu interesse por eles, dentro do universo cinematográfico, terminou com Batman - O Retorno, embora nesse meio tempo vi e gostei de alguns (X-Men e mais um ou outro). Acho a maioria do que tem sido feito um reflexo do que há de pior no cinema hollywoodiano contemporâneo: infantilização extrema, ação acéfala, roteiros pobres e direção preguiçosa. Posto isso, não esperava nada desse "Logan" e fui ver pq o Mangold é um fã de Western e do Cash (como eu) e botei que ele pudesse trazer algo a mais. E meus amigos, que filme é esse "Logan"? Eu saí chapado do cinema com a força, a potência, a dureza e a beleza de tudo aquilo. É cinema adulto no que há de melhor, exibindo um vazio, um pessimismo, uma crueza que há tempos não via no chamado "cinemão de hollywood". Mangold, realizou um "road movie apocalíptico" que surpreende por falar de tantas questões existenciais sem falar abertamente sobre isso. É sutil dentro de tanta violência e nada ali é gratuito. Para quem, como eu, gosta de mergulhar vez ou outra por questões psicanalíticas, encontra um banquete nesse grande filme. A forma como o personagem central vai "escapando" da sua persona, o confronto com o fim, a desesperança que toma conta de tudo e, mesmo assim, como na vida real, vivenciamos lapsos de alegria e de repente, quando nada mais parece valer a pena, ainda resta amor, como uma rosa que floresce na rocha.
Meu Amigo Hindu
2.6 108Belo para os olhos e para o coração. Vejo esse "Meu amigo hindu" como a terceira parte de uma trilogia composta, também, por "Coração Iluminado" e "O Passado". A morte está à espreita nos três, a vida sempre em perspectiva, o vazio, a falta de sentido das coisas. Mas o amor pela arte, a força da vida, sempre se impõe. Babenco, aqui, declara seu amor ao cinema e agarra a sétima arte como quem se amarra a um pedaço de vida. Fez aqui o seu "Blackstar". Ele dá adeus da forma mais generosa possível: com uma música, uma dança, um abraço.
Ruth & Alex
3.3 69Bom diretor, um grande ator e uma excepcional estrela mas...nada salva um texto desses. Muitas questões interessantes, pinceladas sobre envelhecimento e inadequação, mas tudo muito frio, careta. E a Keaton é muito mal explorada, engessada. Que pena.
Invocação do Mal 2
3.8 2,1K Assista AgoraSobre os sustos todo mundo falou (e assusta mesmo, eu achei), mas gostaria de falar sobre como investe em ser um filme "classudo" à moda dos bons e velhos suspenses de outrora. O cuidado com a fotografia - compondo uma ambientação de tons pálidos - o som e a trilha encantam. Até mesmo o momento com "I started a joke", um tanto desconexo, é louvável, assim como o uso de um clássico do Elvis. Pequenas coisas que adicionam camadas e enchem o filme de charme. O que Vera Farmiga e Patrick Wilson também fazem, com louvor.
Love
3.5 883 Assista AgoraÉ um filme convencional, extremamente convencional. À parte todo o frisson causado pelas toneladas de cenas de sexo, o que fica é um filme quadradinho e com roteiro juvenil cheio de "frases importantes" sobre amor e a impossibilidade de se ter alguém. O que vemos na tela é uma série de relações fraturadas, estruturadas nos ombros de um personagem odioso, violento e machista. Em nenhum instante do filme é possível simpatizar com o protagonista. O que não é necessariamente um problema, afinal de contas, parece ser essa uma escolha bem clara do diretor - impressionante como Gaspar Noé despreza seus personagens, o que não deixa de ser curioso.
As tão faladas cenas de sexo quase sempre são espetacularmente bem filmadas, apesar de alguns momentos de gosto duvidoso (a gozada "na cara" me causou uma sensação de vergonha alheia que eu não sentia desde "Interestelar").
No mais, Gaspar Noé ainda não conseguiu escapar de suas influências diluindo-as em referências nada sutis. Nunca fica claro se é homenagem ou cópia mesmo. Engraçado como em parte de "Love" ele se conecta a "O Último Tango em Paris" emulando situações, cenas, cortes (a sequencia dos dois caminhando sob a ponte, a do sexo anal). Na minha visão é pobre. O filme do Bertolucci é muito mais denso, picante e sexy. "Love" não consegue ser sexy,apesar de investir tanto em ângulos que explorem o corpo do protagonista.
O golpe final foi o acovardamento do diretor em omitir o sexo anal e o sexo com a travesti. Oras, não foi o próprio Noé quem disse que não entende o pq de se cortar o explícito do cinema? Ele afinou legal e ainda optou por uma saída boba,infantil,machista e grotesca para o protagonista na sua "emboscada" com a travesti.
Se "O Último Tango em Paris" e "Shame, pra ficarmos com um clássico e um recente, usam o sexo pra falar do vazio, "Love" mostra apenas o sexo pq é vazio.
P.S: O filme poderia ter terminado antes da infame frase sobre o sentido da vida né?
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraMichael Keaton é muito maior que o filme. Ou como foi dito: "Larger than life". Ahhh, e tem Raymond Carver.
Um Santo Vizinho
3.7 422 Assista AgoraBill Murray mata a pau,em um personagem repleto de armadilhas e clichês,mas que ele torna adorável e cheio de nuances. Maior ator!
Altman, um Cineasta Americano
3.5 8 Assista AgoraChega a ser curioso como um doc sobre um cara tão inovador na linguagem, ousado e criativo, consegue ser tão careta,tão absurdamente careta. Além de mal resolvido. É uma pena. Altman é um super personagem e há muito assunto a ser dito.
Esse doc serve para vermos imagens inéditas e outras tantas raras. No mais,é de doer.
O Homem Irracional
3.5 555 Assista AgoraO pôster é lindo e remete a alguns dos grandes filmes de Allen, como "Maridos e Esposas" e "Hanna e suas Irmãs".
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraSofia dissertando sobre o vazio,mais uma vez. E ela faz isso como ninguém. Esse "Bling Ring" é mais sério e alarmante que a trilha pop e os teens fofos em roupas de marca fazem pensar. É soturno.
A Mão Assassina
3.0 223Um mini-clássico noventista. Assisti em VHS, locado na finada locadora do bairro.
Boa Sorte
3.6 440A Deborah Secco se esforça,mas aquela voz e aquele silicone que derruba qualquer tentativa de verossimilhança do filme, nos lembram que ela é alguma coisa que se parece com uma atriz,mas ainda não é uma. O roteiro cheio de "frases importante" e "momentos de reflexão" mostra seu vazio justamente por isso, por querer ser tão importante e denso. Nunca chega lá. O rapaz se salva.
Os Belos Dias
3.5 40 Assista AgoraFanny Ardant sempre me seduziu e fez o que quis de mim,mas nesse "Os Belos dias" é um absurdo o que ela faz. Uma atuação monstruosa desse mito do cinema mundial. Ela transita entre a sensualidade e a fragilidade com a desenvoltura que só os grandes tem. Ela se faz desejar e só então você percebe que já caiu dentro da história como um patinho. A reflexão sobre a passagem do tempo, a insegurança que isso traz, a solidão,enfim,é um belo filme. E Fanny Ardant faz todos de gato e sapato.