Não importa o clichê, não importa se o tema já é batido, cada história das grandes guerras vão sempre ser bem-vindas. Me alivia o coração saber que em meio a tanto horror alguns seres humanos conseguiram passar por tudo isso e terminaram suas vidas felizes.
A doçura dos dois garotos me encantou. O filme é leve se comparado com outros do mesmo tema. Em certos momentos, a fotografia contribui para aliviar a tensão provocada no decorrer do filme. As cenas do Joseph e Françoise na ponte é um desses momentos. Mesmo estando prestes a presenciar uma atrocidade, a forma como a paleta de cores é nos apresentada dá uma aliviada no que vem a seguir. Joseph e Maurice foram muito corajosos, principalmente Joseph. Foi lindo demais a atitude dele para com a família da Françoise.
Os Meninos... e o Zoológico de Varsóvia são dois dos filmes que abordam as grandes guerras e me cativaram bastante, inclusive quem não assistiu, recomento fortemente.
No decorrer do filme, minha única preocupação eram com os animais usados para as gravações. Espero que não tenham sido maltratados. Fora isso, entrou pra minha lista de FILMES DO CARALHO. É raro assistir um filme abordando as duas grandes guerras com uma final feliz.
Terminei o filme muito aflito, não com o filme em si, mas sim com o Jacob Tremblay. Não sei se estou sendo paranoico demais, mas eu tenho um certo receio em ver crianças interpretando certos papeis e lidando com algumas situação com medo de que elas não saibam dissociar o real do fictício e acabem se prendendo ao papel ou até desenvolvendo transtornos devido aos traumas vividos pelo personagem. Se até com adultos isso acontece, vide Ana Paula Arózio, imaginem com crianças.
De qualquer forma, fiquei bastante contente com a atuação dele no filme. Se mostrou um ator muito competente e quiçá deveria ter sido indicado ao Oscar. O filme por sua vez, me deixou cansado em algumas cenas, mas após ler alguns comentários aqui no filmow, passei a entender que esse cansaço e essa sensação de que haviam lacunas no roteiro, era devido ao filme ser contado a partir do ponto de vistando Jack e que o mesmo não tinha acesso a todas as informações para nos dar um melhor vislumbre sobre o que estava acontecendo ao seu redor.
Divinas Divas é um documentário incrível. Assisti no encantador Cinema São Luiz, em Recife, e na sessão todos pareciam bastante empolgados. Leandra desenhou a história que já estava em suas lembranças de uma forma primordial. Aqui, a gente se encontra, não apenas com essas figuras exuberantes que são nossas Divas, mas também com um pouco de suas histórias, com suas mais cruas facetas para o que viria a se tornar um grande espetáculo de mulheres fortes e que apesar da censura da ditadura e das demais barreiras, venceram. Eu sou admirador dessas divinas e principalmente da estreante diretora por trás dessa história.
Terminei de assistir esse filme agora, em uma noite chuvosa de domingo e Everybody's Got to Learn Sometime não sai da minha cabeça, assim como as cores do cabelo da Clementine. Visualmente atrativo, com um bom desenrolar e chamativo por suas reflexões acerca dos relacionamentos amorosos que nos rodeiam.
Dora mostra-se egoísta e insensível, mas ao mesmo tempo, consegue despertar empatia por sua capacidade humana de amar, de acolher e de autoconhecimento. Central do Brasil lida com isso brilhantemente, mostrando um Brasil tão real, mostrando pessoas depositando sua fé numa "escrevedora de cartas", enquanto esperanças, muitas vezes rasgadas antes de chegar aos correios, são lidas em tom de zombaria, por Dora e sua companheira, Irene.
Entre cartas rasgadas, algumas guardadas o que viria seria uma das maiores jornadas de autoconhecimento da dramaturgia brasileira. Onde uma mulher, do alto de seu e conforto, iria se jogar na estrada, em busca de uma família para um garoto que acabara de tornar-se órfão e cujo pai morava no interior do nordeste.
Quando nos damos conta de que o ato final está por vir, começa o bombardeio emocional, onde temos Josué e Dora se entrelaçando num final que por sua simplicidade e diálogos carregados nos mostra toda a essencial do que nos foi apresentado em 112 min de filme. Central do Brasil é isso: é sertão, é cotidiano, é Brasil e é humano.
Documentário muito pertinente. O sistema endocanabinóide ainda é pouco explorado e muito complexo. Precisamos de mais investimentos no estudo desse sistema. Imaginem o quanto ele tem a oferecer para o bem da humanidade? Mas o que me choca é que alguns compostos derivados da cannabis são totalmente aplicáveis em algumas doenças, e mesmo assim, as autoridades insistem em dificultar o acesso, dificultar os estudos. Acredito que isso tenha algo a ver com a grande indústria farmacêutica. De qualquer forma, eu sou muito otimista ao assunto.
Assisti duas vezes pra poder me conectar totalmente ao que o filme se propõe a dialogar. Mesmo assim, ainda estou imerso nos questionamentos filosóficos que o mesmo aborda acerca do tempo, do futuro não-linear e da tomada de decisões e suas implicações no nosso futuro individual e coletivo. Visualmente, me encantou a fotografia acinzentada, dando um ar misterioso, contrastando com o que havia dentro das conchas e o que queriam. Todavia, ainda terei que assisti-lo mais algumas vezes, pois sinto que deixei algo passar. Por enquanto, eu o recomendo para quem estiver disposto a uma ficção científica fora do convencional, onde os visitantes vieram para nos presentear e não nos destruir, como na grande maioria dos filmes do gênero.
A princípio gostaria de mencionar, que mesmo se o filme, em sua totalidade fosse ruim, a primeira cena, com Another Day Of Sun sendo encenada em um trânsito congestionado, já seria suficiente para uma nota 3,5. Ao fim de tal cena, o filme caminha para o que pareceu ser uma longa e tediosa jornada para fixar o espectador na cadeira e não fazê-lo desistir de assistir, mas logo em seguida vem mais uma música e tudo o que você não vai querer é se levantar e deixar de ver como vai ser o desenrolar.
Ao sermos apresentados à Mia, cria-se uma certa antipatia com sua personagem. Antipatia essa, que só seria desfeita após seus passos muito bem ensaiados, diga-se de passagem, em A Lovely Night. Emma Stone pode não ter sido merecedora do Oscar de Melhor Atriz, como muitos esbravejaram, na noite em que recebeu o prêmio, mas seu desempenho aqui foi digno da indicação e, sem dúvidas alguma, ela estava pronta para pelo menos competir de igual com as demais concorrentes. Já o senhor Ryan Gosling... bem, me incomodou apenas em uma cena específica sua falta de expressão, mas não entrarei nesse âmbito, pois não estou aqui para avaliá-lo e sim para avaliar o filme no âmbito geral e que, para mim, cumpriu bem sua função de entreter.
Ao subir dos créditos, pude respirar aliviado por não ter perdido 2 horas do meu domingo e essa sensação não tem preço.
The Pixar Story vem como uma chama de criatividade e inspiração para sonhadores que almejam, um dia, chegar tão longe como esses três revolucionários Ed Catmull, Steve Jobs e John Lasseter, sendo esse último responsável pela criação dos filmes mais marcantes do estúdio.
Aqui são mostrados o início de tudo, as dificuldades e ascensão do que se tornaria um dos maiores estúdios de animação do mundo. Interessante, divertido e muito inspirador, até para os não familiarizados com o estúdio. Divirtam-se!
29 de Abril de 2017 às 23:51. Essa foi a noite em que eu morri. Sim, morri em silêncio, enquanto os créditos subiam e a trilha sonora impactavam o que sobrou do meu estado emocional.
Túmulo dos Vaga-lumes nos mostra a versão pouco conhecida da II Grande Guerra. Mostra a escassez de comida, a separação de famílias e o desespero das pessoas para sobreviverem a um Japão que estava sendo devastado pelas tropas norte-americanas.
De início, já somos impactados com uma cena muito forte -
Seita e Setsuko indo na praia, o lago onde eles costumavam brincar, os dois na floresta dos vaga-lumes, a compilação de imagens de Setsuko logo após sua morte.
Todavia, não é um filme fácil de ser assistido e muito menos recomendado para crianças. Muitas cenas, apesar da leveza com que são mostradas, transpassam uma violência sutil, que se fixam na memória por dias. Um exemplo disso é a cena em que
o Seita vai visitar sua mãe machucada pelo bombardeio e algumas cenas mais tarde temos sua imagem morta com vários vermes roendo seu corpo, destruído pelas queimaduras.
O grande lance aqui se trata da perda: a perda da família, da paz, da inocência, da infância... Eles perderam tudo e no final de tudo ainda perdem a esperança. É por isso que se trata de um filme com uma áurea tão triste. Vamos acompanhar duas crianças perdendo tudo ao longo dos mais de 90 minutos de filme.
Em tempos de guerra as pessoas tendem a incorporar seus piores lados. Vemos a tia do Seita se transformar numa mulher amarga, o fazendeiro - que outrora o ajudara trocando pequenos objetos por comida - se transformar num homem egoísta e violento.
Para finalizar, temos uma trilha sonora belíssima, que traz suavidade ao horror, que grita por esperança em meio ao caótico mundo em guerra. E que tiremos uma lição daqui: que os milhares de Setsukos e Seitas tenham nos ensinado a não desistir, a buscar esperança - mesmo quando bombas caírem ao nosso redor e perdermos aqueles que mais amamos - e até aqueles que não conhecemos, mas que sabemos de sua dor e que estão passando por algo parecido. E não precisamos ir muito longe para encontrar exemplos de Seitas e Setsukos. basta olhar para a Síria, África, Sri Lanka, Índia e outros países que estão passando por guerras horríveis e muitas vezes nem sequer nos damos conta de que essa história que acabamos de ver está sendo repetida num loop infinito ao redor do mundo.
Gostaria de compartilhar com os colegas do site o sentimento de euforia pós-filme pois eu, que há muito vivia em estado de letargia, recebi uma dose de êxtase ao film dessa belíssima e mindfuck película.
Quão merdas nós somos? Tentando mascarar nossa realidade achando que podemos enganar alguém. Escondendo ferozmente nossas inseguranças, mas amamos ver a do nosso vizinho e sempre que necessário apontá-la afinal, por que não?
O ser comum é assustador, mas deixe-me contar um segredo: todos nós somos e essa é uma verdade incontestável. No fim do dia, depois do trabalho ou escola, quando você deita para dormir, você é o mais comum dos seres humanos, mas há beleza nisso e foi essa beleza que o filme quis passar.
Ao mostrar personagens comuns e fazer com que o telespectador incorpore o que está sendo visualizado e gerar o sentimento de euforia ao qual eu mencionei no início do texto.
O problema está justamente em quando percebemos que o ser comum nos torna ÓTIMOS, como o Lester diz em uma das cenas finais. Quando percebemos que tal condição nos torna ótimos, começamos a virar ameaças e é aí que eu, você, todos nós queremos chegar, não é mesmo?
Preciso conhecer mais sobre este movimento sócio-cultural tão controverso, o Movimento Beat. Daniel e Dane estavam maravilhosos e uma pena que aquela cena de sexo não tenha sido entre os dois.
Foi uma surpresa conhecer o trabalho do Tom Ford como diretor, e convenhamos, foi belíssimo os recursos utilizados para dar um toque deveras sombrio e alegre ao enredo. Uma ótima película com um desfecho irônico, poético e uma trilha sonora magnífica.
Depois de anos na geladeira, resolvi assistir Little Miss Sunshine e o resultado foi além do que eu esperava. Acompanhar uma família, em busca de auto conhecimento e na tentativa de realizar o sonho de uma garotinha, a ser coroada como a pequena Miss Sunshine, tudo isso é de tirar o fôlego. Em uma sociedade onde crianças hiper sexualizadas são vistas com bons olhos, enquanto uma criança que age como qualquer outra, conseguiu choca o juri do concurso, pela coreografia usada, mesmo que em um tom cômico. Parafraseando o Dwayne, "A vida não passa de um concurso de beleza depois do outro. A escola, depois faculdade, depois trabalho, que se dane."
Little Miss Sunshine é um filme para ser visto em família, pois gera reflexões onde todos precisam participar.
Acredito que o documentário deveria ser melhor explorado em alguns pontos, como por exemplo a vinda dela ao Brasil, a morte, os relacionamentos, mas no geral a proposta foi ótima ao colocar Janis como o simbolo da contracultura que ela foi e me deixou ainda mais admirado por sua arte singular.
Os Meninos que Enganavam Nazistas
4.1 179 Assista AgoraNão importa o clichê, não importa se o tema já é batido, cada história das grandes guerras vão sempre ser bem-vindas. Me alivia o coração saber que em meio a tanto horror alguns seres humanos conseguiram passar por tudo isso e terminaram suas vidas felizes.
A doçura dos dois garotos me encantou. O filme é leve se comparado com outros do mesmo tema. Em certos momentos, a fotografia contribui para aliviar a tensão provocada no decorrer do filme. As cenas do Joseph e Françoise na ponte é um desses momentos. Mesmo estando prestes a presenciar uma atrocidade, a forma como a paleta de cores é nos apresentada dá uma aliviada no que vem a seguir. Joseph e Maurice foram muito corajosos, principalmente Joseph. Foi lindo demais a atitude dele para com a família da Françoise.
Os Meninos... e o Zoológico de Varsóvia são dois dos filmes que abordam as grandes guerras e me cativaram bastante, inclusive quem não assistiu, recomento fortemente.
Flw, vlw!
O Zoológico de Varsóvia
3.9 275 Assista AgoraNo decorrer do filme, minha única preocupação eram com os animais usados para as gravações. Espero que não tenham sido maltratados. Fora isso, entrou pra minha lista de FILMES DO CARALHO.
É raro assistir um filme abordando as duas grandes guerras com uma final feliz.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraTerminei o filme muito aflito, não com o filme em si, mas sim com o Jacob Tremblay. Não sei se estou sendo paranoico demais, mas eu tenho um certo receio em ver crianças interpretando certos papeis e lidando com algumas situação com medo de que elas não saibam dissociar o real do fictício e acabem se prendendo ao papel ou até desenvolvendo transtornos devido aos traumas vividos pelo personagem. Se até com adultos isso acontece, vide Ana Paula Arózio, imaginem com crianças.
De qualquer forma, fiquei bastante contente com a atuação dele no filme. Se mostrou um ator muito competente e quiçá deveria ter sido indicado ao Oscar. O filme por sua vez, me deixou cansado em algumas cenas, mas após ler alguns comentários aqui no filmow, passei a entender que esse cansaço e essa sensação de que haviam lacunas no roteiro, era devido ao filme ser contado a partir do ponto de vistando Jack e que o mesmo não tinha acesso a todas as informações para nos dar um melhor vislumbre sobre o que estava acontecendo ao seu redor.
Animal Político
3.5 57Eu sai hoje do São Luiz pior do que a vaca do filme.
Divinas Divas
4.3 133 Assista AgoraDivinas Divas é um documentário incrível. Assisti no encantador Cinema São Luiz, em Recife, e na sessão todos pareciam bastante empolgados. Leandra desenhou a história que já estava em suas lembranças de uma forma primordial. Aqui, a gente se encontra, não apenas com essas figuras exuberantes que são nossas Divas, mas também com um pouco de suas histórias, com suas mais cruas facetas para o que viria a se tornar um grande espetáculo de mulheres fortes e que apesar da censura da ditadura e das demais barreiras, venceram. Eu sou admirador dessas divinas e principalmente da estreante diretora por trás dessa história.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraTerminei de assistir esse filme agora, em uma noite chuvosa de domingo e Everybody's Got to Learn Sometime não sai da minha cabeça, assim como as cores do cabelo da Clementine. Visualmente atrativo, com um bom desenrolar e chamativo por suas reflexões acerca dos relacionamentos amorosos que nos rodeiam.
Central do Brasil
4.1 1,8K Assista AgoraDora mostra-se egoísta e insensível, mas ao mesmo tempo, consegue despertar empatia por sua capacidade humana de amar, de acolher e de autoconhecimento. Central do Brasil lida com isso brilhantemente, mostrando um Brasil tão real, mostrando pessoas depositando sua fé numa "escrevedora de cartas", enquanto esperanças, muitas vezes rasgadas antes de chegar aos correios, são lidas em tom de zombaria, por Dora e sua companheira, Irene.
Entre cartas rasgadas, algumas guardadas o que viria seria uma das maiores jornadas de autoconhecimento da dramaturgia brasileira. Onde uma mulher, do alto de seu e conforto, iria se jogar na estrada, em busca de uma família para um garoto que acabara de tornar-se órfão e cujo pai morava no interior do nordeste.
Quando nos damos conta de que o ato final está por vir, começa o bombardeio emocional, onde temos Josué e Dora se entrelaçando num final que por sua simplicidade e diálogos carregados nos mostra toda a essencial do que nos foi apresentado em 112 min de filme. Central do Brasil é isso: é sertão, é cotidiano, é Brasil e é humano.
O Cientista
4.6 3Documentário muito pertinente. O sistema endocanabinóide ainda é pouco explorado e muito complexo. Precisamos de mais investimentos no estudo desse sistema. Imaginem o quanto ele tem a oferecer para o bem da humanidade? Mas o que me choca é que alguns compostos derivados da cannabis são totalmente aplicáveis em algumas doenças, e mesmo assim, as autoridades insistem em dificultar o acesso, dificultar os estudos. Acredito que isso tenha algo a ver com a grande indústria farmacêutica. De qualquer forma, eu sou muito otimista ao assunto.
F*cking People
2.5 2 Assista AgoraCarly e Samira? Ah, eu quero muito ver isso aqui!
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraA imagem do olhar assustado do Little vai ficar na minha memória por algumas semanas.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraAssisti duas vezes pra poder me conectar totalmente ao que o filme se propõe a dialogar. Mesmo assim, ainda estou imerso nos questionamentos filosóficos que o mesmo aborda acerca do tempo, do futuro não-linear e da tomada de decisões e suas implicações no nosso futuro individual e coletivo. Visualmente, me encantou a fotografia acinzentada, dando um ar misterioso, contrastando com o que havia dentro das conchas e o que queriam. Todavia, ainda terei que assisti-lo mais algumas vezes, pois sinto que deixei algo passar. Por enquanto, eu o recomendo para quem estiver disposto a uma ficção científica fora do convencional, onde os visitantes vieram para nos presentear e não nos destruir, como na grande maioria dos filmes do gênero.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraA princípio gostaria de mencionar, que mesmo se o filme, em sua totalidade fosse ruim, a primeira cena, com Another Day Of Sun sendo encenada em um trânsito congestionado, já seria suficiente para uma nota 3,5. Ao fim de tal cena, o filme caminha para o que pareceu ser uma longa e tediosa jornada para fixar o espectador na cadeira e não fazê-lo desistir de assistir, mas logo em seguida vem mais uma música e tudo o que você não vai querer é se levantar e deixar de ver como vai ser o desenrolar.
Ao sermos apresentados à Mia, cria-se uma certa antipatia com sua personagem. Antipatia essa, que só seria desfeita após seus passos muito bem ensaiados, diga-se de passagem, em A Lovely Night.
Emma Stone pode não ter sido merecedora do Oscar de Melhor Atriz, como muitos esbravejaram, na noite em que recebeu o prêmio, mas seu desempenho aqui foi digno da indicação e, sem dúvidas alguma, ela estava pronta para pelo menos competir de igual com as demais concorrentes. Já o senhor Ryan Gosling... bem, me incomodou apenas em uma cena específica sua falta de expressão, mas não entrarei nesse âmbito, pois não estou aqui para avaliá-lo e sim para avaliar o filme no âmbito geral e que, para mim, cumpriu bem sua função de entreter.
Ao subir dos créditos, pude respirar aliviado por não ter perdido 2 horas do meu domingo e essa sensação não tem preço.
A História da Pixar
4.2 57 Assista AgoraThe Pixar Story vem como uma chama de criatividade e inspiração para sonhadores que almejam, um dia, chegar tão longe como esses três revolucionários Ed Catmull, Steve Jobs e John Lasseter, sendo esse último responsável pela criação dos filmes mais marcantes do estúdio.
Aqui são mostrados o início de tudo, as dificuldades e ascensão do que se tornaria um dos maiores estúdios de animação do mundo.
Interessante, divertido e muito inspirador, até para os não familiarizados com o estúdio.
Divirtam-se!
Vermelho Russo
3.5 42Em cartaz no Cinema São Luiz, aqui em Recife.
Alguém pretende assistir?
Túmulo dos Vagalumes
4.6 2,2K29 de Abril de 2017 às 23:51. Essa foi a noite em que eu morri. Sim, morri em silêncio, enquanto os créditos subiam e a trilha sonora impactavam o que sobrou do meu estado emocional.
Túmulo dos Vaga-lumes nos mostra a versão pouco conhecida da II Grande Guerra. Mostra a escassez de comida, a separação de famílias e o desespero das pessoas para sobreviverem a um Japão que estava sendo devastado pelas tropas norte-americanas.
De início, já somos impactados com uma cena muito forte -
onde temos um dos personagens principais à beira da morte, no que se assemelha à uma estação de trem.
Com uma fotografia de traços simples e cores vivas, assistir se torna um espetáculo visualmente encantador, ênfase nesses momentos:
Seita e Setsuko indo na praia, o lago onde eles costumavam brincar, os dois na floresta dos vaga-lumes, a compilação de imagens de Setsuko logo após sua morte.
Todavia, não é um filme fácil de ser assistido e muito menos recomendado para crianças. Muitas cenas, apesar da leveza com que são mostradas, transpassam uma violência sutil, que se fixam na memória por dias. Um exemplo disso é a cena em que
o Seita vai visitar sua mãe machucada pelo bombardeio e algumas cenas mais tarde temos sua imagem morta com vários vermes roendo seu corpo, destruído pelas queimaduras.
O grande lance aqui se trata da perda: a perda da família, da paz, da inocência, da infância... Eles perderam tudo e no final de tudo ainda perdem a esperança. É por isso que se trata de um filme com uma áurea tão triste. Vamos acompanhar duas crianças perdendo tudo ao longo dos mais de 90 minutos de filme.
Em tempos de guerra as pessoas tendem a incorporar seus piores lados. Vemos a tia do Seita se transformar numa mulher amarga, o fazendeiro - que outrora o ajudara trocando pequenos objetos por comida - se transformar num homem egoísta e violento.
Para finalizar, temos uma trilha sonora belíssima, que traz suavidade ao horror, que grita por esperança em meio ao caótico mundo em guerra. E que tiremos uma lição daqui: que os milhares de Setsukos e Seitas tenham nos ensinado a não desistir, a buscar esperança - mesmo quando bombas caírem ao nosso redor e perdermos aqueles que mais amamos - e até aqueles que não conhecemos, mas que sabemos de sua dor e que estão passando por algo parecido. E não precisamos ir muito longe para encontrar exemplos de Seitas e Setsukos. basta olhar para a Síria, África, Sri Lanka, Índia e outros países que estão passando por guerras horríveis e muitas vezes nem sequer nos damos conta de que essa história que acabamos de ver está sendo repetida num loop infinito ao redor do mundo.
PAZ, FILHOS DA PUTA!!!!!!!!!
Teus Olhos Meus
4.0 577Minha vontade era só de gritar, gritar bem alto, enquanto os créditos subiam e a voz da Maria Gadú entonavam minha angústia.
Que filmão!
A Bela e a Fera
3.9 1,6K Assista AgoraTudo soa tão magnífico, até aparecer a fera.
Nota: 8,5.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraGostaria de compartilhar com os colegas do site o sentimento de euforia pós-filme pois eu, que há muito vivia em estado de letargia, recebi uma dose de êxtase ao film dessa belíssima e mindfuck película.
Quão merdas nós somos? Tentando mascarar nossa realidade achando que podemos enganar alguém. Escondendo ferozmente nossas inseguranças, mas amamos ver a do nosso vizinho e sempre que necessário apontá-la afinal, por que não?
O ser comum é assustador, mas deixe-me contar um segredo: todos nós somos e essa é uma verdade incontestável. No fim do dia, depois do trabalho ou escola, quando você deita para dormir, você é o mais comum dos seres humanos, mas há beleza nisso e foi essa beleza que o filme quis passar.
Ao mostrar personagens comuns e fazer com que o telespectador incorpore o que está sendo visualizado e gerar o sentimento de euforia ao qual eu mencionei no início do texto.
O problema está justamente em quando percebemos que o ser comum nos torna ÓTIMOS, como o Lester diz em uma das cenas finais. Quando percebemos que tal condição nos torna ótimos, começamos a virar ameaças e é aí que eu, você, todos nós queremos chegar, não é mesmo?
De Repente, Califórnia
4.0 823 Assista AgoraDespretensioso, não busca gerar grandes reflexões acerca do tema, serve mais como um entretenimento de fim e domingo.
Versos de um Crime
3.6 666 Assista AgoraPreciso conhecer mais sobre este movimento sócio-cultural tão controverso, o Movimento Beat. Daniel e Dane estavam maravilhosos e uma pena que aquela cena de sexo não tenha sido entre os dois.
Direito de Amar
4.0 1,1K Assista AgoraFoi uma surpresa conhecer o trabalho do Tom Ford como diretor, e convenhamos, foi belíssimo os recursos utilizados para dar um toque deveras sombrio e alegre ao enredo. Uma ótima película com um desfecho irônico, poético e uma trilha sonora magnífica.
Pequena Miss Sunshine
4.1 2,8K Assista AgoraDepois de anos na geladeira, resolvi assistir Little Miss Sunshine e o resultado foi além do que eu esperava. Acompanhar uma família, em busca de auto conhecimento e na tentativa de realizar o sonho de uma garotinha, a ser coroada como a pequena Miss Sunshine, tudo isso é de tirar o fôlego.
Em uma sociedade onde crianças hiper sexualizadas são vistas com bons olhos, enquanto uma criança que age como qualquer outra, conseguiu choca o juri do concurso, pela coreografia usada, mesmo que em um tom cômico. Parafraseando o Dwayne, "A vida não passa de um concurso de beleza depois do outro. A escola, depois faculdade, depois trabalho, que se dane."
Little Miss Sunshine é um filme para ser visto em família, pois gera reflexões onde todos precisam participar.
Janis: Little Girl Blue
4.3 166Acredito que o documentário deveria ser melhor explorado em alguns pontos, como por exemplo a vinda dela ao Brasil, a morte, os relacionamentos, mas no geral a proposta foi ótima ao colocar Janis como o simbolo da contracultura que ela foi e me deixou ainda mais admirado por sua arte singular.
Oh, Janis, como eu me encontro em você!
Bullying - Provocações Sem Limites
3.1 265Eu sonho com o dia em que, filmes como esse, não sejam mais uma realidade.