Pela fama e pelo estilo do pôster, sempre confundo esse com "Fireworks", de Kenneth Anger. Faz mais ou menos um ano que assisti ambos e não sei mais qual é qual.
Inusitada e bem construída, a animação guia seu olhar no cenário de maneira virtuosa e inteligente, sem deixá-lo perder qualquer detalhe. Um curta chinês em realidade virtual que mostra bem o potencial do formato como ferramenta narrativa.
Os pontos pretos que aparecem em um pilar representam a frase "se os sintomas persistirem" em braile – segundo um comentário no Youtube, não consegui confirmar rs
"The physical world is transient, it's impermanent, it falls apart and bodies that were once strong, smooth and lovely in youth begin to witter and become corrupt and turn at last into skeletons to the degree that you identify yourself with the body and with the pleasures of the body.
To that degree, you are simply going to be something that is sucked away in the course of transiency. So therefore hold yourself to keep your mind like a mirror, pure and clean, free from dust, free from flaws, free from stains and just reflect everything that goes on but don't be attached. You are an irrational soul in charge of an animal body. If you belong to the old fashioned fool, you beat it into the mission [...] I beat my body into submission."
Ao mesmo tempo uma breve e sincera apresentação da cineasta catalã Isabel Coixet — diretora do filme Paris, Te Amo — e também o perfil sobre um homem enigmático que, durante um festival de cinema na Sibéria, lhe entrega uma sacola cheia de fotos antigas sem lhe dar maiores explicações.
Uma curiosa competição artística é organizada no interior da Polônia para promover a atitude patriótica de seus moradores. Com apresentações de música, teatro e outras performances que sirvam de homenagem ao país, o concurso visto no curta-metragem acaba sendo uma tentativa incrivelmente cômica e frustrada de reavivar o patriotismo na região.
Reúne nove histórias reflexivas e bem-humoradas sobre escritores e artistas que viveram na antiga Iugoslávia e na Sérvia. Com 25 minutos de duração, o curta foi produzido em formato de animação com arquivos de uma das rádios públicas mais antigas da Europa, a Rádio Belgrado.
Do holandês Joost Van Der Wiel, o filme acompanha a rotina de um médico que há 60 anos faz, em média, 10 atendimentos domiciliares por dia, um padrão mais humanizado e individual que tem sido confrontado pelas operadoras de saúde. A aparência e o roteiro da produção de 22 minutos têm uma naturalidade capazes de nos fazer esquecer que esse é um filme de não ficção.
Vencedor na categoria de curta-metragem internacional no Festival É Tudo Verdade.
Terceiro curta documental do diretor Adam Roffman, O Acervo exibe a rara coleção de blocos de impressão usados para estampar as propagandas de filmes nos jornais até a década de 70, quando o formato publicitário caiu em desuso. Os objetos encontrados por dois amigos em Nebraska foram restaurados e serão oferecidos para venda com um valor estimado em pelo menos 8 milhões de dólares. Este é o único acervo que restou dessa época, com anúncios de filmes clássicos — alguns anteriores ao cinema falado — também exibidos no curta.
Hoje o cinema em realidade virtual vive uma fase equivalente ao Le Voyage dans la Lune, de Georges Méliès, ou algo próximo da histórica cena do trem que chega à estação, filmada pelos irmãos Lumière. O início desse novo formato ainda apresenta algumas limitações técnicas, como a resolução de imagem, mas parece progredir muito rapidamente, com vários modelos de câmera sendo lançados todo ano.
É curioso notar que essa restrição não incomoda tanto o público e nem mesmo os cineastas, ambos mais interessados no valor do vídeo em 360º como nova ferramenta narrativa e como o verdadeiro início da produção audiovisual imersiva. Sua relevância também cresce em outras áreas, como na educação e medicina, e já demonstra grande potencial para abordar temas cuja proximidade com o público teria sido difícil de construir.
Isso acontece em Fogo na Floresta, o primeiro curta-metragem em realidade virtual a retratar uma tribo indígena brasileira. Por nos fazer ver bem de perto a realidade e cultura de um povo do qual pouco ouvimos falar através das mídias tradicionais, a produção logo de cara alcança argumentos suficientes para utilizar o novo formato e dessa forma denunciar o desmatamento e queimadas irregulares que ameaçam o Parque Indígena do Xingu.
O filme de Tadeu Jungle é o segundo em realidade virtual, depois de já ter lançado Rio de Lama, sobre o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, Minas Gerais. Tive o privilégio de conferir Fogo na Floresta durante sua première mundial, na 22ª edição do Festival É Tudo Verdade, e ficou claro que as imperfeições técnicas realmente não atrapalham a experiência de imersão, um recurso que promete ser disruptivo para a história do cinema em proporções que não vemos há décadas.
Senti falta de uma pequena entrevista com a médica, nem que fosse só uma pergunta, para saber como ela se sentia assistindo aquelas decisões e lidando com uma situação tão delicada em sua profissão. É um curta-metragem, mas mesmo assim é inconsistente e expositivo demais, apoiado apenas no drama de tomar uma decisão difícil por algum membro da família.
Seria marcante se ganhasse o Oscar, particularmente por ser em 360º, além de encorajar novas produções neste formato. A produção é da Google Spotlight Story e ficou bacana demais! Uma história capaz de nos conquistar em poucos minutos.
Interessante que pelo menos dois dos documentários em curta-metragem indicados ao Oscar deste ano foram produzidos por veículos midiáticos. Esse é um Op-Docs do jornal The New York Times, muito bem produzido inclusive, e Joe's Violin é da revista The New Yorker. Não sei se isso já era comum nas edições anteriores, mas o formato merece esse espaço e vários temas podem ser bem abordados como curtas-metragens.
Documentário bem curto e delicioso de assistir. Achei divertida a maneira pragmática com que Carmen costuma descrever seu processo criativo, conservando, ao mesmo tempo, uma certa dose de romantismo sobre o longo período que levou até finalmente se tornar popular. E é ótimo que, em um filme de apenas 30 minutos, Alison Klayman tenha sido capaz de explorar todas as principais razões pelas quais Carmen Herrera não foi reconhecida como artista durante tantas décadas.
A jornalista independente Eva Bartlett revelou em dezembro de 2016, em uma conferência das Nações Unidas, algumas observações sobre os Capacetes Brancos que destoam notavelmente do retrato criado por este documentário multimilionário. Bartlett já visitou algumas cidades na Síria e passou por Alepo quatro vezes, entrevistando moradores em árabe. Segundo ela, as pessoas da região nunca ouviram falar no grupo voluntário e, embora eles aleguem neutralidade, membros já foram vistos carregando armas e parados sobre os corpos de soldados sírios.
Alguns registros de crianças resgatadas, nas palavras da jornalista, têm sido "reciclados" e repetem o nome das mesmas pessoas em datas e locais diferentes. O grupo, que declara já ter salvado mais de 60 mil vidas, "não tem credibilidade", finalizou Bartlett.
Que genial. Durante todo o curta fiquei achando tudo meio estranho, um pouco forçado, mas no final você descobre ter sido vítima da metáfora mais prática e inteligente para ilustrar um problema frequente e muito triste.
Maravilhoso. Quanto mais produções desse tipo puderem existir, melhor, porque são uma boa maneira de levantar discussões sérias sobre o empobrecimento da comunicação humana atualmente, com todo mundo perdido em uma tela de celular.
Um curta romantizado, mas achei a história um pouco boba. Quer dizer, tem curtas sobre amor e casais muito mais profundos. Mas a animação em si é bem feita, claro.
Um Canto de Amor
4.1 52Pela fama e pelo estilo do pôster, sempre confundo esse com "Fireworks", de Kenneth Anger. Faz mais ou menos um ano que assisti ambos e não sei mais qual é qual.
O Colecionador de Sonhos
4.5 1Inusitada e bem construída, a animação guia seu olhar no cenário de maneira virtuosa e inteligente, sem deixá-lo perder qualquer detalhe. Um curta chinês em realidade virtual que mostra bem o potencial do formato como ferramenta narrativa.
Boys Village
2.8 1Os pontos pretos que aparecem em um pilar representam a frase "se os sintomas persistirem" em braile – segundo um comentário no Youtube, não consegui confirmar rs
Teens Like Phil
3.4 5"The physical world is transient, it's impermanent, it falls apart and bodies that were once strong, smooth and lovely in youth begin to witter and become corrupt and turn at last into skeletons to the degree that you identify yourself with the body and with the pleasures of the body.
To that degree, you are simply going to be something that is sucked away in the course of transiency. So therefore hold yourself to keep your mind like a mirror, pure and clean, free from dust, free from flaws, free from stains and just reflect everything that goes on but don't be attached. You are an irrational soul in charge of an animal body. If you belong to the old fashioned fool, you beat it into the mission [...] I beat my body into submission."
A Sibéria Não é Tão Gélida
3.8 1Ao mesmo tempo uma breve e sincera apresentação da cineasta catalã Isabel Coixet — diretora do filme Paris, Te Amo — e também o perfil sobre um homem enigmático que, durante um festival de cinema na Sibéria, lhe entrega uma sacola cheia de fotos antigas sem lhe dar maiores explicações.
Polonesa
3.5 1 Assista AgoraUma curiosa competição artística é organizada no interior da Polônia para promover a atitude patriótica de seus moradores. Com apresentações de música, teatro e outras performances que sirvam de homenagem ao país, o concurso visto no curta-metragem acaba sendo uma tentativa incrivelmente cômica e frustrada de reavivar o patriotismo na região.
Radiovisão
3.2 1Reúne nove histórias reflexivas e bem-humoradas sobre escritores e artistas que viveram na antiga Iugoslávia e na Sérvia. Com 25 minutos de duração, o curta foi produzido em formato de animação com arquivos de uma das rádios públicas mais antigas da Europa, a Rádio Belgrado.
O Cuidador
4.0 1Do holandês Joost Van Der Wiel, o filme acompanha a rotina de um médico que há 60 anos faz, em média, 10 atendimentos domiciliares por dia, um padrão mais humanizado e individual que tem sido confrontado pelas operadoras de saúde. A aparência e o roteiro da produção de 22 minutos têm uma naturalidade capazes de nos fazer esquecer que esse é um filme de não ficção.
Vencedor na categoria de curta-metragem internacional no Festival É Tudo Verdade.
O Acervo
3.8 1Terceiro curta documental do diretor Adam Roffman, O Acervo exibe a rara coleção de blocos de impressão usados para estampar as propagandas de filmes nos jornais até a década de 70, quando o formato publicitário caiu em desuso. Os objetos encontrados por dois amigos em Nebraska foram restaurados e serão oferecidos para venda com um valor estimado em pelo menos 8 milhões de dólares. Este é o único acervo que restou dessa época, com anúncios de filmes clássicos — alguns anteriores ao cinema falado — também exibidos no curta.
Fogo na Floresta
4.0 1Hoje o cinema em realidade virtual vive uma fase equivalente ao Le Voyage dans la Lune, de Georges Méliès, ou algo próximo da histórica cena do trem que chega à estação, filmada pelos irmãos Lumière. O início desse novo formato ainda apresenta algumas limitações técnicas, como a resolução de imagem, mas parece progredir muito rapidamente, com vários modelos de câmera sendo lançados todo ano.
É curioso notar que essa restrição não incomoda tanto o público e nem mesmo os cineastas, ambos mais interessados no valor do vídeo em 360º como nova ferramenta narrativa e como o verdadeiro início da produção audiovisual imersiva. Sua relevância também cresce em outras áreas, como na educação e medicina, e já demonstra grande potencial para abordar temas cuja proximidade com o público teria sido difícil de construir.
Isso acontece em Fogo na Floresta, o primeiro curta-metragem em realidade virtual a retratar uma tribo indígena brasileira. Por nos fazer ver bem de perto a realidade e cultura de um povo do qual pouco ouvimos falar através das mídias tradicionais, a produção logo de cara alcança argumentos suficientes para utilizar o novo formato e dessa forma denunciar o desmatamento e queimadas irregulares que ameaçam o Parque Indígena do Xingu.
O filme de Tadeu Jungle é o segundo em realidade virtual, depois de já ter lançado Rio de Lama, sobre o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, Minas Gerais. Tive o privilégio de conferir Fogo na Floresta durante sua première mundial, na 22ª edição do Festival É Tudo Verdade, e ficou claro que as imperfeições técnicas realmente não atrapalham a experiência de imersão, um recurso que promete ser disruptivo para a história do cinema em proporções que não vemos há décadas.
Extremis
3.8 105 Assista AgoraSenti falta de uma pequena entrevista com a médica, nem que fosse só uma pergunta, para saber como ela se sentia assistindo aquelas decisões e lidando com uma situação tão delicada em sua profissão. É um curta-metragem, mas mesmo assim é inconsistente e expositivo demais, apoiado apenas no drama de tomar uma decisão difícil por algum membro da família.
Pearl
3.9 42Seria marcante se ganhasse o Oscar, particularmente por ser em 360º, além de encorajar novas produções neste formato. A produção é da Google Spotlight Story e ficou bacana demais! Uma história capaz de nos conquistar em poucos minutos.
4.1 Miles
3.7 24Interessante que pelo menos dois dos documentários em curta-metragem indicados ao Oscar deste ano foram produzidos por veículos midiáticos. Esse é um Op-Docs do jornal The New York Times, muito bem produzido inclusive, e Joe's Violin é da revista The New Yorker. Não sei se isso já era comum nas edições anteriores, mas o formato merece esse espaço e vários temas podem ser bem abordados como curtas-metragens.
O Violino de Joe
3.6 22Emocionante. Simplesmente uma história que merecia muito ser contada.
"To me, this is like an adventure. I always wanted an adventure."
The 100 Years Show
4.4 10Documentário bem curto e delicioso de assistir. Achei divertida a maneira pragmática com que Carmen costuma descrever seu processo criativo, conservando, ao mesmo tempo, uma certa dose de romantismo sobre o longo período que levou até finalmente se tornar popular. E é ótimo que, em um filme de apenas 30 minutos, Alison Klayman tenha sido capaz de explorar todas as principais razões pelas quais Carmen Herrera não foi reconhecida como artista durante tantas décadas.
"Usually artists are not the best people to talk about art. [...] You cannot talk about art, you have to art about art."
O Natal de Charlie Brown
4.3 54 Assista AgoraUma bela e simples história de Natal com a doçura e sensibilidade comum em todos os desenhos de Charlie Brown — além da trilha sonora inesquecível.
Os Capacetes Brancos
4.1 144 Assista AgoraA jornalista independente Eva Bartlett revelou em dezembro de 2016, em uma conferência das Nações Unidas, algumas observações sobre os Capacetes Brancos que destoam notavelmente do retrato criado por este documentário multimilionário. Bartlett já visitou algumas cidades na Síria e passou por Alepo quatro vezes, entrevistando moradores em árabe. Segundo ela, as pessoas da região nunca ouviram falar no grupo voluntário e, embora eles aleguem neutralidade, membros já foram vistos carregando armas e parados sobre os corpos de soldados sírios.
Alguns registros de crianças resgatadas, nas palavras da jornalista, têm sido "reciclados" e repetem o nome das mesmas pessoas em datas e locais diferentes. O grupo, que declara já ter salvado mais de 60 mil vidas, "não tem credibilidade", finalizou Bartlett.
A Culpa é do Samba
4.1 1Uma das belas criações de Walt Disney nos anos 40.
We Can't Live Without Cosmos
4.0 26Lírico.
Os Heróis de Sanjay
4.0 46 Assista AgoraAlgo bem diferente daquilo que a Pixar costuma fazer, mas com a qualidade e delicadeza que só a Pixar saberia reproduzir.
Gift
4.6 26Que genial. Durante todo o curta fiquei achando tudo meio estranho, um pouco forçado, mas no final você descobre ter sido vítima da metáfora mais prática e inteligente para ilustrar um problema frequente e muito triste.
Phubbing: Life in the Bow
3.9 4Maravilhoso. Quanto mais produções desse tipo puderem existir, melhor, porque são uma boa maneira de levantar discussões sérias sobre o empobrecimento da comunicação humana atualmente, com todo mundo perdido em uma tela de celular.
A Chamada
3.6 7Sally Hawkins atua maravilhosamente, mas o curta em si não me conquistou.
O Avião de Papel
4.4 756 Assista AgoraUm curta romantizado, mas achei a história um pouco boba. Quer dizer, tem curtas sobre amor e casais muito mais profundos. Mas a animação em si é bem feita, claro.