Nada me deixa mais irritado que um visual estonteante sendo desperdiçado numa narrativa desinteressante, boba e com personagens que eu não poderia ter me importado menos. É chocante a pobreza desse roteiro.
Apesar de um universo conceitualmente interessante, e que é apresentado num ritmo fluido e nada cansativo, o filme peca por uma narrativa que facilita demais a vida dos protagonistas - incluindo a cena clímax, que até agora eu não sei como foi aprovada pelo resto da equipe quando leram o roteiro.
A gente percebe que a "marvelização" do cinema atual chegou a níveis alarmantes quando todo o filme serve apenas como preparo para algo maior, mais perigoso e mais apocalíptico, dando a entender que tudo que vimos aqui de nada serviu e que só a continuação é o que importa. O mais triste, porém, é perceber que basta umas duas lutas bem coreografadas e o filme já não é mais uma completa tragédia, em vista do que temos a disposição hoje em dia no cinema de ação. A experiência está a anos luz de um Operação Invasão, é lógico, mas só de saber onde e como estão os personagens nas cenas de luta eu já me considero com sorte. Por fim, acredito que a nostalgia esteja bem presente na minha vida - sou totalmente apegado a prazeres relacionados ao passado - mas não a ponto de ignorar a vergonha alheia que são alguns dos diálogos, principalmente aqueles que visam "homenagear" os antigos jogos. O verdadeiro combate aqui é entre o espectador e o constrangimento - e a gente sai derrotado pra caralho.
Apesar de não manter uma regularidade em seus segmentos (especialmente os dois iniciais, que não me despertaram muito interesse), o filme acerta quando consegue balancear os diferentes tons emocionais propostos pela narrativa. E mesmo que os holofotes eventualmente recaíam sobre "A História de Caterina" - com total justiça, vale dizer - foi no "Paraíso por Quatro Horas" que o filme me ganhou.
Por mais ruim que o filme seja como propaganda (até porque eu tive que fumar meio quilo de maconha só pra conseguir terminar, me obrigando a contrariar sua proposta), e como cinema propriamente dito (quando os personagens ficavam "chapados" eu passava mal aqui), o que mais me incomodou foram as falsas esperanças que ele dá ao espectador, como uma maconha tão poderosa a ponto das pessoas agirem feito animais e sua fumaça ser colorida. Agora meu sonho é assoprar uma fumaça roxa, muito obrigado seu filme de merda.
Na moral, depois que os Gremlins malucões começam a aparecer, o filme fica absurdamente divertido, é impossível não passar mal. E Gizmo é o personagem mais fofo da história do cinema.
Os números musicais são plenamente executados, e as canções realmente são marcantes, assim como as duas personagens principais; o problema, porém, são os dois personagens masculinos, que conseguem a proeza de enfraquecer todos os momentos que protagonizam - sejam eles musicais ou não. Se o filme se baseasse apenas nas mulheres da trama, seria infinitamente melhor. #ésobreisso
O filme até que tem seus momentos divertidos, muito graças a Sean Conney e seu irrefreável charme, que conseguem tornar interessantes quase todas as suas falas, mas não dá pra ignorar um roteiro que trata seu protagonista com tanta benevolência, não oferecendo nenhum momento de tensão justamente porque James Bond nunca se encontra em verdadeiro perigo. Miraram no 007, acertaram nos Power Rangers.
Peço até perdão pela possível hipérbole, mas sinto tranquilidade em dizer que aqui reside uma das edições mais criativas da história do cinema - e não só pela montagem, insana do início ao fim, mas porque o coração do filme está em suas composições visuais, em suas transições, em suas inserções animadas e no alto contraste de cor e luz, o que rende planos de rara beleza. E eu nem vou comentar sobre o carisma absurdo das personagens, divertidas mesmo nas ocasiões mais inoportunas. A mais original arte, isso que é esse filme.
Nada de novo por aqui, a mesma fórmula de tensão básica já estabelecida pelo Krasinski no primeiro, só que é bem feito, as situações funcionam e a gente liga pros personagens. Um bom saldo positivo no fim das contas.
Garota Infernal
2.7 2,7K Assista AgoraCristal injustiçado.
Gritos Mortais
3.0 781 Assista AgoraAh cara, essa reviravolta foi maneira demais, diferenciado o filme é.
O Jardim de Allah
3.5 25É meio que inconcebível que esse filme seja de 1936. O visual é um negócio espetacular.
A Família Addams
3.6 741 Assista Agora"Viver sem você, só isso seria tortura.
Um dia sozinha, só isso seria morte."
Maravilhoso.
High Life: Uma Nova Vida
3.1 175 Assista AgoraO banho em Interestelar, meu pai.
Carruagens de Fogo
3.5 159Nada me deixa mais irritado que um visual estonteante sendo desperdiçado numa narrativa desinteressante, boba e com personagens que eu não poderia ter me importado menos. É chocante a pobreza desse roteiro.
O Balconista 2
3.6 126 Assista AgoraÉ muito bom (resumo de SdA, cena do burro, Jay parodiando Buffalo Bill), mas também é muito cafona. Cafonice boa de ver, mas ainda cafona.
A Imperatriz Vermelha
4.1 22O pecado que é esse filme não ser em cores.
Os Esquecidos
4.3 110Impactante, atemporal e inesquecível - o trabalho mais "pé no chão" de Buñuel é justamente o mais dilacerante. Ninguém é inocente, ninguém é perdoado.
Ninotchka
4.1 113 Assista AgoraEstou apaixonado por Greta Garbo.
O Preço do Amanhã
3.6 2,9K Assista AgoraApesar de um universo conceitualmente interessante, e que é apresentado num ritmo fluido e nada cansativo, o filme peca por uma narrativa que facilita demais a vida dos protagonistas - incluindo a cena clímax, que até agora eu não sei como foi aprovada pelo resto da equipe quando leram o roteiro.
Mortal Kombat
2.7 1,0K Assista AgoraA gente percebe que a "marvelização" do cinema atual chegou a níveis alarmantes quando todo o filme serve apenas como preparo para algo maior, mais perigoso e mais apocalíptico, dando a entender que tudo que vimos aqui de nada serviu e que só a continuação é o que importa. O mais triste, porém, é perceber que basta umas duas lutas bem coreografadas e o filme já não é mais uma completa tragédia, em vista do que temos a disposição hoje em dia no cinema de ação. A experiência está a anos luz de um Operação Invasão, é lógico, mas só de saber onde e como estão os personagens nas cenas de luta eu já me considero com sorte. Por fim, acredito que a nostalgia esteja bem presente na minha vida - sou totalmente apegado a prazeres relacionados ao passado - mas não a ponto de ignorar a vergonha alheia que são alguns dos diálogos, principalmente aqueles que visam "homenagear" os antigos jogos. O verdadeiro combate aqui é entre o espectador e o constrangimento - e a gente sai derrotado pra caralho.
Almas Gêmeas
3.8 438É meio que inacreditável pensar que esse foi o primeiro papel de Kate Winslet.
The Room
2.3 492Memorável é, não tem como.
Amores na Cidade
3.7 14 Assista AgoraApesar de não manter uma regularidade em seus segmentos (especialmente os dois iniciais, que não me despertaram muito interesse), o filme acerta quando consegue balancear os diferentes tons emocionais propostos pela narrativa. E mesmo que os holofotes eventualmente recaíam sobre "A História de Caterina" - com total justiça, vale dizer - foi no "Paraíso por Quatro Horas" que o filme me ganhou.
Downhill
2.4 28 Assista AgoraA americanização arruinou o brilhante final do filme original. Sem a presença de Louis-Dreyfus essa seria uma experiência totalmente esquecível.
Enterro Prematuro
3.5 36 Assista AgoraRay Milland consegue deixar qualquer filme interessante, é impressionante.
A Porta da Loucura
2.7 25 Assista AgoraPor mais ruim que o filme seja como propaganda (até porque eu tive que fumar meio quilo de maconha só pra conseguir terminar, me obrigando a contrariar sua proposta), e como cinema propriamente dito (quando os personagens ficavam "chapados" eu passava mal aqui), o que mais me incomodou foram as falsas esperanças que ele dá ao espectador, como uma maconha tão poderosa a ponto das pessoas agirem feito animais e sua fumaça ser colorida. Agora meu sonho é assoprar uma fumaça roxa, muito obrigado seu filme de merda.
Gremlins 2: A Nova Geração
3.3 283 Assista AgoraNa moral, depois que os Gremlins malucões começam a aparecer, o filme fica absurdamente divertido, é impossível não passar mal. E Gizmo é o personagem mais fofo da história do cinema.
Chicago
4.0 997Os números musicais são plenamente executados, e as canções realmente são marcantes, assim como as duas personagens principais; o problema, porém, são os dois personagens masculinos, que conseguem a proeza de enfraquecer todos os momentos que protagonizam - sejam eles musicais ou não. Se o filme se baseasse apenas nas mulheres da trama, seria infinitamente melhor. #ésobreisso
007: Os Diamantes são Eternos
3.4 159 Assista AgoraO filme até que tem seus momentos divertidos, muito graças a Sean Conney e seu irrefreável charme, que conseguem tornar interessantes quase todas as suas falas, mas não dá pra ignorar um roteiro que trata seu protagonista com tanta benevolência, não oferecendo nenhum momento de tensão justamente porque James Bond nunca se encontra em verdadeiro perigo. Miraram no 007, acertaram nos Power Rangers.
Hausu
3.7 241Peço até perdão pela possível hipérbole, mas sinto tranquilidade em dizer que aqui reside uma das edições mais criativas da história do cinema - e não só pela montagem, insana do início ao fim, mas porque o coração do filme está em suas composições visuais, em suas transições, em suas inserções animadas e no alto contraste de cor e luz, o que rende planos de rara beleza. E eu nem vou comentar sobre o carisma absurdo das personagens, divertidas mesmo nas ocasiões mais inoportunas. A mais original arte, isso que é esse filme.
Um Lugar Silencioso - Parte II
3.6 1,2K Assista AgoraNada de novo por aqui, a mesma fórmula de tensão básica já estabelecida pelo Krasinski no primeiro, só que é bem feito, as situações funcionam e a gente liga pros personagens. Um bom saldo positivo no fim das contas.
Os Crimes de Limehouse
3.1 56 Assista AgoraTá bom eu sou idiota então.