Poderoso e forte drama familiar japonês com pitadas do niilismo e sadismo do cinema de Haneke. Destaque pra bela e excelente atriz q faz a mãe! Encarem de estômago vazio, pois o soco é grande!
Vamos pela hipótese de q serve para um publico adolescente identificar-se ou achar vantagem e quem sabe aprender com a experiência dos jovens do filme. O q n tira o infantil roteiro, atuações apáticas, e por aí vai. Vergonha alheia!
Já gosto pelo título abordado assim "o processo", em minúsculo. Já coloca em seu devido lugar a pequenez do fato histórico da articulação política-jurídica-mediática que tomou de conta do fatídico país, cuja elite com seu eterno interesse privado e complexo de vira-lata promoveu, e continua, em 2016 para submeter mais uma vez, a nação aos interesses do capitalismo internacional. Confesso que fui preparado para sentir embrulho no estômago ao reviver todo aquele circo de horrores mas no fundo serviu mais pra consolidar a certeza da falência do golpe e dos desdobramentos dos acontecimentos q ainda estão rolando na nossa política atual. A diretora deixa claro q seu viés ideológico está ao lado da defesa da presidenta Dilma, mas n faz de seu documentário algo panfletário. Ela mesma justificou em entrevistas q a proximidade q a equipe da defesa da presidenta lhe permitiu acompanhar e filmar os bastidores, resultou naturalmente numa ênfase maior neles. Até pq tb torna-se importante pensar no fato q a grande mídia, corrupta e manipulativa, pouco expôs esse lado. N me sinto confortável em ridicularizar a Janaína Paschoal, mais do q ela já o faz por si só, mas inevitável n impressionar-se e até horrorizar-se com a figura patética q beira ao desequilíbrio dessa 'atriz' contratada estrategicamente para embasar de forma frágil o tal processo q nos jogou na lama novamente. Caso se confirme como vice do fascistoide lá, vai bem a calhar no q ela sempre pareceu querer: aparecer com poder. Outra articulação q se fez clara e meramente manipulativa, e q vai de encontro ao culto do ego do judiciário, é a turminha da PRG e lava-jato com a fase dos vazamentos (vide o clássico do Jucá), q hj vê-se puramente com o objetivo de dar a entender da imparcialidade de seus trabalhos, mas q com os desdobramentos, demonstra q n teve outra função senão a de impedir q Lula candidatar-se à presidência. O golpe, diferente de 64, é puramente jurídico e igual ao anterior é todo muito bem estruturado em torno dos interesses e força do dinheiro dos eua. Mas isso n está no documentário. Sem dúvidas um importante documento histórico a ser visto e explorado dessa fatídica recente mancha da nossa história.Maria Augusta teve uma sacada genial.
É primoroso na construção da narrativa em torno do mistério pelo qual dois judeus estão voltando à pequena cidade húngara, cuja população foi conivente com a deduração, expulsão e extermínio deles promovida pelos nazistas durante a II guerra. Peca no tom novelesco e um tanto superficial em alguns momentos. Mas n tira o brilho do roteiro e da abordagem da vida pautada em medo e desequilíbrio, quando sua vida é construída através de tragédias.
Experimentando e desafiando os limites do ser humano, da natureza e do voyeurismo. Existem cenas lindas que te permitem uma imersão ao ambiente indiferente e calmo mas extremamente hostil aos quais os personagens passam. Mas fica aquém de atingir uma profundidade que se propõe!
Das melhores cenas de sexo sem sem contato físico do cimema vc encontra aqui! Haha mas o filme n é só isso. Poderia adjetiva-lo como mais um filme sobre a doentia sociedade norte-americana impressionada com seriais-killers e grandes assassinatos, mas vai além. A ferida do racismo através da personagem da Macy Grey (sim, a cantora) demonstra bem a abrangência de temas. O elenco está ótimo, gosto da pegada bem artesanal, tem momentos bem sexy, mas um grande erro: muitas descontinuidades. Vale se vc quer ver uma parada sensual e meio maluca.
Brilhante filme sobre feridas e fronteiras. Seu ritmo ldento e silencioso, aparentemente calmo, n esconde o processo de hostilidade vivido pelas personagens e países envolvidos. Num universo masculino onde o rio logo ao início deixa clara a homosociabilidade, mulheres n entram alí. E é interessante como a diretora capta bem esse "não estar e mal estar". De forma bastante sutil ela confronta os interesses privados (através da empresa) e a condição dos aldeões, q sob propósito de melhorias, deveriam submeter-se às obras daquela. Sabemos dessas melhorias... Além de tocar na ferida da admiração ao terceiro reich, tão caro à humanidade, mas com fantasmas tão pungentes mundo a fora, inclusive no Brasil. A forma como ela conduz a narrativa, me lembrou muito os últimos filmes do Guiraudie. Filmão!
Permitam-me: GODARD: IDIOTA SUÍÇO MAOÍSTA! Rsrs Muito boa a sacada do roteiro em abordar o processo de transformação pessoal e artística do cineasta e da atriz em pleno processo revolucionário da Paris de 68! Q Godard é um porre todos sabemos, mas aqui exponenciou, mesmo q sem tirar sua genialidade para questionamentos e intriga (q continua em seu cinema ate hj). Agora palmas para a belíssima e cativante Satcy Martin q faz o papel de sua esposa à época Anne Wiazemsky! Além da brincadeira de filmar aos moldes 'godard'! Filme delicioso!
Confesso q fui sem muitas ecpectativas assisti-lo, mas Claire Denis nunca decepciona! Um filme sobre impasses: impasses no amor, no mercado, no sexo, impasses de classe social. Através do caminhar da personagem de uma BRILHANTE Juliette Binoche, uma artista plastica cinquentona perdida em suas frustrações, traumas, vai desenrolando um filme de personagens riquíssimas cheias de subterfúgios, aflitas, insatisfeitas e até tristes, mas q gozam, ou buscam gozar, mesmo com todos os impasses. A diretora conseguiu uma proeza em sutilmente fazer-nos sentir de forma natural e espontânea as aflições das personagens contrastando com a vida q 'dança lá fora', sempre ela da um jeito de inserir a música e dança como formas de libertação ou de caminho a algum tipo de salvação. A forma como aborda questões de classe através da relação fo banqueiro com a Binoche, em especial na cena do bar é espertíssima! É um filme sobre classes e gêneto tb, no q tange às dificuldades enfrentadas por uma mulher adulta q n sabe lidar com a solidão. Um primor! N acreditem nesse bando de comentários medíocres abaixo e permitam-se! Hehe
Definiria-o como um filme de composições! Milimetricamente orquestrado com toques de um surrealismo tropical! Dividido em três partes, passeará criativamente sobre temas q suscitam reflexões em torno de questões de gênero, objetificação do corpo feminino, incomunicabilidade, isolamento/egocentrismo na era tecnologica, sobre o lar (casa prisão/ casa viva), natureza morta (o corpo morto?), entre outros. Vá com o coração aberto q é garantia de uma boa e irônica sessão de filme de arte. ,)
Gosto do lugar q Fatih Akin ocupa (o fato de ser meio alemão e turco), pois permite construir ricas e sensíveis histórias q entrecruzam características orientais com a Alemanha em especial. Aqui n é diferente de seus outros filmes: uma alemã casada com um ex presidiário sírio (se n me engano). É um bom filme q suscita varias reflexões sobre uma alemanha cosmopolita e n tão tolerante assim. Porém, mesmo com a sensibilidade e originalidade de seus roteiros, sempre falta algo a mais em seus filmes. A condução dificilmente n cai em um drama com soluções meio obvias. O q era pra ser um baita filme, acaba com aquela sensação de q poderia ter ido além. Refiro-me a todos dele, n só esse. Cabe elogiar a forma excelente em q Diane encontra-se!
Com a sagacidade e naturalismo costumeiros de seus filmes Varda acrescenta uma boa dose de ironia, beirando quase ao cinismo, nessa narrativa q tem como eixo central a condição feminina (a mulher como instituição moldada ao padrão e sem individualidade), e a fidelidade. Em plena década da revolução sexual ela trata com lirismo as possibilidade do poliamor através de um casal o mais padrão possível. Por mais q tudo pareça ocorrer bem, algo n se encaixará plenamente... Destaque ao estudo de cores e à ágil montagem e edição, mas principalmente a fantástica trilha sonora nitidamente representando as emoções masculinas do personagem central. Podemos dizer q Varda conseguiu a proeza de ver-se homem na socieade. Afrontosa e maravilhosa como sempre!
O título no Brasil ficou medíocre! Mas só imagine Sandrine Bonnaire e Isabelle Huppert unindo-se contra uma elegante família burguesa capitaneada pela Jaqueline Bisset e a diversão já estará garantida! Hehe
Tudo o q se trata de Fellini é válido! Um maestro da vida! Da fantasia! Como Giulietta falou "mentira pra ele n é mentira, é fantasia"! Louvável a iniciativa de Score homenagea-lo a partir do cruzamento de suas histórias, mas o resultado fica muito aquém da persona e obra do mestre! Um tanto sem emoção e brilho até q, quando ao final, Scola, quase como criança, sai para brincar do famoso estudio 5 de Fellini e somos enxarcados de cenas dos seus filmes com a musica de Nino Rito e tudo vira magia! Obg Fellini!
O destaque vai pro ápice do vazio e apatia dos tempos recentes a partir dos acontecimentos com a personagem central. Mas penso ser o primeiro filme do Visconti q n curto!
Em busca de uma maior compreensão de si e do seu cinema, Scorsese presenteia-nos com este doc maravilhoso com uma aula de sensibilidade, técnica, produção, contexto histórico, daquele q pro Scorsese (e pra mim e muita gente) foi a maior 'escola' q o cinema já viu: neo-realismo italiano! O foco estão nas obras de Rossellini, De Sica, Visconti e doo apoteótico pós-neorealista Fellini. Sentí falta de Pasolini, mas quem tá dando a 'aula' é Scorsese! Impossível sair com o mesmo olhar depois dele, e vontade de reassistir tudo e ver os q ainda n! BRILHANTE E ESSENCIAL!
"Se queres uma vida é preciso q a roubes". Caracteriza bem a luta por um lugar ao sol e a quebra de paradigmas ao qual Lou buscou numa sociedade onde o destino da mulher era procriar e submeter-se ao homem. O filme é bem padrão e n curto muito o formato de reviver as lembranças de forma didática, mas só em conhecermos mais esta persona q sambou na cara da sociedade e de Nitzsche, Paul Ree e Rilke, além de ter uma admiração com Freud já vale! Eternos vivas a Lou!
Queria q o cinema atual conseguisse a proeza da construção de personagens e produções fortes e marcantes como as do neorrealismo italiano! São inigualáveis ao transpor pra tela as pulsões e frustrações inseridas na grandiosidade e complexidade do q é a vida! Aqui Rossellini chega a quase uma transcendência! O embate entre a personagem de Ingrid Bergman entre fugir da sociedade tacanha e sucumbir à potência da natureza é desolador e maravilhoso!
Louis Malle é mestre em abordar indivíduos que fazem parte de uma sociedade q se destruiu. O filme retrata o universo de traições, impotências, incomunicabilidade, solidão, medo, corrupções e desejos de um jovem que saindo de sua adolescência tem de aprender a lidar com essa realidade! A introspecção da personagem é quase uma rocha! N há cativações aqui, é um filme extremamente seco. N é pra qlqr momento, mas quem disse q ser humano, ainda mais em meio uma tragedia ocorrendo, é pra qlqr momento? Malle sempre tratando do podre q existe em nossa 'condição humana'.
Extasiado com a obra dessa magnífica escritora! A ponte q ela faz entre a literatura e o cinema é de arrepiar, criando uma profundida q é preenchida pelo nosso próprio envolvimento com o q está sendo narrado! E sobre o q ela trata? A dor, o abandono, o gozo, a solidao, o amor, o horror, a morte, a eternidade! Cinema pra deleite e choque!
"Os escravos vão vender seus donos e criar asas". Embora a fotografia espetacular, as performances apoteóticas tanto do Kinski, qt dos grupos étnicos africanos e a ambição marcantes do Herzog nesse período, é uma obra q n alcança a grandiosidade de Fitzcarraldo e Aguirre. Destaque para a cena final SURREAL q considero das maiores do cinema no q tange à representação da relação entre branco e negro!
Quanto mais temos acesso a obras q dialogam com o continente africano, mais rica, vasta e complexa torna nossa compreensão da vida no continente. Produção extremamente sensível da diretora zambiana (residente na Inglaterra), sobre uma garotinha (como n estremecer com a seriedade e frieza de um nó ou amargura entalado na garganta ou emocionar-se com um simples e tímido sorriso dela na película) q é acusada de bruxa e passa a viver com um grupo de anciãs tb acusadas. Com uma cajadada só a diretora expõe a problemática da exploração do trabalho (praticamente escravidão), reaviva a vergonhosa ação dos "zoológicos humanos" e principalmente trata da questão do controle e poder sobre o corpo feminino. Ultrapassa as questões românticas atreladas ao olhar q o ocidental tem muitas vezes sobre as tribos africanas, desnaturalizando a ideia de convivência harmônica intra-tribos, além de denunciar o sistema de exploração e manipulações do misticismo em prol dos q detém poder (esses atrelados aos poderes ocidentais). Chega a ser risível ou patética a tentativa de dar sentido às instituições ocidentais na sociedade tribal onde decorrem as ações do filme. Risível, porém trágica. Tudo isso acompanhado de uma excelente direção de fotografia e arte, as mudanças de cor da película nos aproxima muito da realidade e sensações das personagens. Inevitável não ficar com um nó engasgado na garganta após seu término, mesmo com a belíssima msg de libertação! Obra ESSENCIAL!
Visionários, cômicos, atentos à realidade social dos fins do sec XIX. Estes foram os Lumiere, a quem o cinema e a humanidade devem eternamente ao seu brilhante nascimento (mesmo com as polêmicas em torno). Imperdível!
Harmonium
3.8 12Poderoso e forte drama familiar japonês com pitadas do niilismo e sadismo do cinema de Haneke. Destaque pra bela e excelente atriz q faz a mãe! Encarem de estômago vazio, pois o soco é grande!
Bang Gang
2.9 13Vamos pela hipótese de q serve para um publico adolescente identificar-se ou achar vantagem e quem sabe aprender com a experiência dos jovens do filme. O q n tira o infantil roteiro, atuações apáticas, e por aí vai. Vergonha alheia!
Eu Sou Divine
4.2 26Ícone. Eu tenho um irmão Divine! E é a melhor coisa q existe! hehe <3
O Processo
4.0 240Já gosto pelo título abordado assim "o processo", em minúsculo. Já coloca em seu devido lugar a pequenez do fato histórico da articulação política-jurídica-mediática que tomou de conta do fatídico país, cuja elite com seu eterno interesse privado e complexo de vira-lata promoveu, e continua, em 2016 para submeter mais uma vez, a nação aos interesses do capitalismo internacional. Confesso que fui preparado para sentir embrulho no estômago ao reviver todo aquele circo de horrores mas no fundo serviu mais pra consolidar a certeza da falência do golpe e dos desdobramentos dos acontecimentos q ainda estão rolando na nossa política atual. A diretora deixa claro q seu viés ideológico está ao lado da defesa da presidenta Dilma, mas n faz de seu documentário algo panfletário. Ela mesma justificou em entrevistas q a proximidade q a equipe da defesa da presidenta lhe permitiu acompanhar e filmar os bastidores, resultou naturalmente numa ênfase maior neles. Até pq tb torna-se importante pensar no fato q a grande mídia, corrupta e manipulativa, pouco expôs esse lado. N me sinto confortável em ridicularizar a Janaína Paschoal, mais do q ela já o faz por si só, mas inevitável n impressionar-se e até horrorizar-se com a figura patética q beira ao desequilíbrio dessa 'atriz' contratada estrategicamente para embasar de forma frágil o tal processo q nos jogou na lama novamente. Caso se confirme como vice do fascistoide lá, vai bem a calhar no q ela sempre pareceu querer: aparecer com poder. Outra articulação q se fez clara e meramente manipulativa, e q vai de encontro ao culto do ego do judiciário, é a turminha da PRG e lava-jato com a fase dos vazamentos (vide o clássico do Jucá), q hj vê-se puramente com o objetivo de dar a entender da imparcialidade de seus trabalhos, mas q com os desdobramentos, demonstra q n teve outra função senão a de impedir q Lula candidatar-se à presidência. O golpe, diferente de 64, é puramente jurídico e igual ao anterior é todo muito bem estruturado em torno dos interesses e força do dinheiro dos eua. Mas isso n está no documentário. Sem dúvidas um importante documento histórico a ser visto e explorado dessa fatídica recente mancha da nossa história.Maria Augusta teve uma sacada genial.
1945
3.6 28 Assista AgoraÉ primoroso na construção da narrativa em torno do mistério pelo qual dois judeus estão voltando à pequena cidade húngara, cuja população foi conivente com a deduração, expulsão e extermínio deles promovida pelos nazistas durante a II guerra. Peca no tom novelesco e um tanto superficial em alguns momentos. Mas n tira o brilho do roteiro e da abordagem da vida pautada em medo e desequilíbrio, quando sua vida é construída através de tragédias.
Gerry
3.3 92Experimentando e desafiando os limites do ser humano, da natureza e do voyeurismo. Existem cenas lindas que te permitem uma imersão ao ambiente indiferente e calmo mas extremamente hostil aos quais os personagens passam. Mas fica aquém de atingir uma profundidade que se propõe!
Obsessão
3.0 466Das melhores cenas de sexo sem sem contato físico do cimema vc encontra aqui! Haha mas o filme n é só isso. Poderia adjetiva-lo como mais um filme sobre a doentia sociedade norte-americana impressionada com seriais-killers e grandes assassinatos, mas vai além. A ferida do racismo através da personagem da Macy Grey (sim, a cantora) demonstra bem a abrangência de temas. O elenco está ótimo, gosto da pegada bem artesanal, tem momentos bem sexy, mas um grande erro: muitas descontinuidades. Vale se vc quer ver uma parada sensual e meio maluca.
Western
3.5 15 Assista AgoraBrilhante filme sobre feridas e fronteiras. Seu ritmo ldento e silencioso, aparentemente calmo, n esconde o processo de hostilidade vivido pelas personagens e países envolvidos. Num universo masculino onde o rio logo ao início deixa clara a homosociabilidade, mulheres n entram alí. E é interessante como a diretora capta bem esse "não estar e mal estar". De forma bastante sutil ela confronta os interesses privados (através da empresa) e a condição dos aldeões, q sob propósito de melhorias, deveriam submeter-se às obras daquela. Sabemos dessas melhorias... Além de tocar na ferida da admiração ao terceiro reich, tão caro à humanidade, mas com fantasmas tão pungentes mundo a fora, inclusive no Brasil. A forma como ela conduz a narrativa, me lembrou muito os últimos filmes do Guiraudie. Filmão!
O Formidável
3.7 67 Assista AgoraPermitam-me: GODARD: IDIOTA SUÍÇO MAOÍSTA! Rsrs Muito boa a sacada do roteiro em abordar o processo de transformação pessoal e artística do cineasta e da atriz em pleno processo revolucionário da Paris de 68! Q Godard é um porre todos sabemos, mas aqui exponenciou, mesmo q sem tirar sua genialidade para questionamentos e intriga (q continua em seu cinema ate hj). Agora palmas para a belíssima e cativante Satcy Martin q faz o papel de sua esposa à época Anne Wiazemsky! Além da brincadeira de filmar aos moldes 'godard'! Filme delicioso!
Deixe a Luz do Sol Entrar
3.0 76Confesso q fui sem muitas ecpectativas assisti-lo, mas Claire Denis nunca decepciona! Um filme sobre impasses: impasses no amor, no mercado, no sexo, impasses de classe social. Através do caminhar da personagem de uma BRILHANTE Juliette Binoche, uma artista plastica cinquentona perdida em suas frustrações, traumas, vai desenrolando um filme de personagens riquíssimas cheias de subterfúgios, aflitas, insatisfeitas e até tristes, mas q gozam, ou buscam gozar, mesmo com todos os impasses. A diretora conseguiu uma proeza em sutilmente fazer-nos sentir de forma natural e espontânea as aflições das personagens contrastando com a vida q 'dança lá fora', sempre ela da um jeito de inserir a música e dança como formas de libertação ou de caminho a algum tipo de salvação. A forma como aborda questões de classe através da relação fo banqueiro com a Binoche, em especial na cena do bar é espertíssima! É um filme sobre classes e gêneto tb, no q tange às dificuldades enfrentadas por uma mulher adulta q n sabe lidar com a solidão. Um primor! N acreditem nesse bando de comentários medíocres abaixo e permitam-se! Hehe
Imo
3.8 1Definiria-o como um filme de composições! Milimetricamente orquestrado com toques de um surrealismo tropical! Dividido em três partes, passeará criativamente sobre temas q suscitam reflexões em torno de questões de gênero, objetificação do corpo feminino, incomunicabilidade, isolamento/egocentrismo na era tecnologica, sobre o lar (casa prisão/ casa viva), natureza morta (o corpo morto?), entre outros. Vá com o coração aberto q é garantia de uma boa e irônica sessão de filme de arte. ,)
Em Pedaços
3.9 236 Assista AgoraGosto do lugar q Fatih Akin ocupa (o fato de ser meio alemão e turco), pois permite construir ricas e sensíveis histórias q entrecruzam características orientais com a Alemanha em especial. Aqui n é diferente de seus outros filmes: uma alemã casada com um ex presidiário sírio (se n me engano). É um bom filme q suscita varias reflexões sobre uma alemanha cosmopolita e n tão tolerante assim. Porém, mesmo com a sensibilidade e originalidade de seus roteiros, sempre falta algo a mais em seus filmes. A condução dificilmente n cai em um drama com soluções meio obvias. O q era pra ser um baita filme, acaba com aquela sensação de q poderia ter ido além. Refiro-me a todos dele, n só esse. Cabe elogiar a forma excelente em q Diane encontra-se!
As Duas Faces Da Felicidade
4.0 120 Assista AgoraCom a sagacidade e naturalismo costumeiros de seus filmes Varda acrescenta uma boa dose de ironia, beirando quase ao cinismo, nessa narrativa q tem como eixo central a condição feminina (a mulher como instituição moldada ao padrão e sem individualidade), e a fidelidade. Em plena década da revolução sexual ela trata com lirismo as possibilidade do poliamor através de um casal o mais padrão possível. Por mais q tudo pareça ocorrer bem, algo n se encaixará plenamente... Destaque ao estudo de cores e à ágil montagem e edição, mas principalmente a fantástica trilha sonora nitidamente representando as emoções masculinas do personagem central. Podemos dizer q Varda conseguiu a proeza de ver-se homem na socieade. Afrontosa e maravilhosa como sempre!
Mulheres Diabólicas
4.0 86 Assista AgoraO título no Brasil ficou medíocre! Mas só imagine Sandrine Bonnaire e Isabelle Huppert unindo-se contra uma elegante família burguesa capitaneada pela Jaqueline Bisset e a diversão já estará garantida! Hehe
Que Estranho Chamar-se Federico
4.0 28Tudo o q se trata de Fellini é válido! Um maestro da vida! Da fantasia! Como Giulietta falou "mentira pra ele n é mentira, é fantasia"! Louvável a iniciativa de Score homenagea-lo a partir do cruzamento de suas histórias, mas o resultado fica muito aquém da persona e obra do mestre! Um tanto sem emoção e brilho até q, quando ao final, Scola, quase como criança, sai para brincar do famoso estudio 5 de Fellini e somos enxarcados de cenas dos seus filmes com a musica de Nino Rito e tudo vira magia! Obg Fellini!
O Estrangeiro
3.8 49O destaque vai pro ápice do vazio e apatia dos tempos recentes a partir dos acontecimentos com a personagem central. Mas penso ser o primeiro filme do Visconti q n curto!
Minha Viagem à Itália
4.5 24Em busca de uma maior compreensão de si e do seu cinema, Scorsese presenteia-nos com este doc maravilhoso com uma aula de sensibilidade, técnica, produção, contexto histórico, daquele q pro Scorsese (e pra mim e muita gente) foi a maior 'escola' q o cinema já viu: neo-realismo italiano! O foco estão nas obras de Rossellini, De Sica, Visconti e doo apoteótico pós-neorealista Fellini. Sentí falta de Pasolini, mas quem tá dando a 'aula' é Scorsese! Impossível sair com o mesmo olhar depois dele, e vontade de reassistir tudo e ver os q ainda n! BRILHANTE E ESSENCIAL!
Lou
3.5 38"Se queres uma vida é preciso q a roubes". Caracteriza bem a luta por um lugar ao sol e a quebra de paradigmas ao qual Lou buscou numa sociedade onde o destino da mulher era procriar e submeter-se ao homem. O filme é bem padrão e n curto muito o formato de reviver as lembranças de forma didática, mas só em conhecermos mais esta persona q sambou na cara da sociedade e de Nitzsche, Paul Ree e Rilke, além de ter uma admiração com Freud já vale! Eternos vivas a Lou!
Stromboli
4.0 40Queria q o cinema atual conseguisse a proeza da construção de personagens e produções fortes e marcantes como as do neorrealismo italiano! São inigualáveis ao transpor pra tela as pulsões e frustrações inseridas na grandiosidade e complexidade do q é a vida! Aqui Rossellini chega a quase uma transcendência! O embate entre a personagem de Ingrid Bergman entre fugir da sociedade tacanha e sucumbir à potência da natureza é desolador e maravilhoso!
Lacombe Lucien
3.8 36Louis Malle é mestre em abordar indivíduos que fazem parte de uma sociedade q se destruiu. O filme retrata o universo de traições, impotências, incomunicabilidade, solidão, medo, corrupções e desejos de um jovem que saindo de sua adolescência tem de aprender a lidar com essa realidade! A introspecção da personagem é quase uma rocha! N há cativações aqui, é um filme extremamente seco. N é pra qlqr momento, mas quem disse q ser humano, ainda mais em meio uma tragedia ocorrendo, é pra qlqr momento? Malle sempre tratando do podre q existe em nossa 'condição humana'.
Aurélia Steiner (Vancouver)
4.2 3Extasiado com a obra dessa magnífica escritora! A ponte q ela faz entre a literatura e o cinema é de arrepiar, criando uma profundida q é preenchida pelo nosso próprio envolvimento com o q está sendo narrado! E sobre o q ela trata? A dor, o abandono, o gozo, a solidao, o amor, o horror, a morte, a eternidade! Cinema pra deleite e choque!
Cobra Verde
3.8 20"Os escravos vão vender seus donos e criar asas". Embora a fotografia espetacular, as performances apoteóticas tanto do Kinski, qt dos grupos étnicos africanos e a ambição marcantes do Herzog nesse período, é uma obra q n alcança a grandiosidade de Fitzcarraldo e Aguirre. Destaque para a cena final SURREAL q considero das maiores do cinema no q tange à representação da relação entre branco e negro!
Eu Não Sou uma Bruxa
3.9 50 Assista AgoraQuanto mais temos acesso a obras q dialogam com o continente africano, mais rica, vasta e complexa torna nossa compreensão da vida no continente. Produção extremamente sensível da diretora zambiana (residente na Inglaterra), sobre uma garotinha (como n estremecer com a seriedade e frieza de um nó ou amargura entalado na garganta ou emocionar-se com um simples e tímido sorriso dela na película) q é acusada de bruxa e passa a viver com um grupo de anciãs tb acusadas. Com uma cajadada só a diretora expõe a problemática da exploração do trabalho (praticamente escravidão), reaviva a vergonhosa ação dos "zoológicos humanos" e principalmente trata da questão do controle e poder sobre o corpo feminino. Ultrapassa as questões românticas atreladas ao olhar q o ocidental tem muitas vezes sobre as tribos africanas, desnaturalizando a ideia de convivência harmônica intra-tribos, além de denunciar o sistema de exploração e manipulações do misticismo em prol dos q detém poder (esses atrelados aos poderes ocidentais). Chega a ser risível ou patética a tentativa de dar sentido às instituições ocidentais na sociedade tribal onde decorrem as ações do filme. Risível, porém trágica. Tudo isso acompanhado de uma excelente direção de fotografia e arte, as mudanças de cor da película nos aproxima muito da realidade e sensações das personagens. Inevitável não ficar com um nó engasgado na garganta após seu término, mesmo com a belíssima msg de libertação! Obra ESSENCIAL!
Lumière! A Aventura Começa
4.4 21 Assista AgoraVisionários, cômicos, atentos à realidade social dos fins do sec XIX. Estes foram os Lumiere, a quem o cinema e a humanidade devem eternamente ao seu brilhante nascimento (mesmo com as polêmicas em torno). Imperdível!