Entre os fãs de Tolkien, dada a imensa gama de detalhes geográficos, demográficos, filológicos..., é dito que o escritor, na verdade, era um elfo vivendo disfarçado entre nós. Pois se Tolkien era um elfo, acho justo dizer que Peter Jackson é um Hobbit.
À exceção de Lucas e seu espólio espacial, notória e curiosamente inspirado em O Senhor Dos Anéis, nenhum outro cineasta dedicou tanto tempo ou demonstrou tanta paixão pela realização de “um” projeto – quando em 2014, ao término da terceira parte dessa nova trilogia, lá terão se passado cerca de 20 anos desde que Peter começou sua jornada para construir a ponte que nos conduziria à Terra Média... É uma vida!
Ainda que Guillermo Del Toro tenha encabeçado a produção nos estágios iniciais – cerca de um ano durante a pré-produção -, e participado inclusive da criação do roteiro, nada acontecera, de fato, sem a participação de PJ, logo após ele botar em pratos limpos questões ($$$) pendentes com a New Line, detentora dos direitos e produtora de ambas as trilogias. É como se o destino conspirasse para a manutenção do universo já estabelecido. E deu certo!
Em O Hobbit [...], Jackson nos leva a tal Jornada Inesperada do título como um guia, totalmente à vontade, conhecedor do ambiente que é, como só um nativo da Terra Média poderia fazer.
O filme abre com um prólogo não existente no livro, onde o velho Bilbo (Iam Holm) escreve suas memórias, deixando clara a intenção de se estabelecer conexões narrativas com a trilogia do anel - a presença de Frodo, Galadriel e Saruman, bem como a ocorrência de fatos específicos referentes aos filmes anteriores corrobora essa intenção - o que comercialmente já era esperado e, criativamente torna o produto coerente com as manobras de Tolkien quando precisou revisar, sucessivamente, a versão original de sua obra para encaixá-la em sua sequência.
Após essa breve introdução, todo o primeiro ato segue quase que à risca os acontecimentos do livro. O agora jovem Bilbo, interpretado com graça e leveza por Martin Freeman, Influenciado pelo mago Gandalf, novamente vivido por Ian MacKellen, deixa o conforto e segurança de sua toca no Condado para acompanhar a trupe de anões rumo à Eredor na Montanha Solitária, outrora lar e símbolo de riqueza e prosperidade do povo anão, usurpados pelo dragão Smaug.
Uma das preocupações do diretor era não deixar o filme tão parecido com OSDA, o que poderia ser repetitivo, mas o tom ameno e jocoso do material original foi preservado e norteou a produção, visual e narrativamente. E ainda que no final o resultado soe menos infantil que o se lê em páginas, com a eliminação de diálogos entre animais e humanos, por exemplo, as pantomimas de Dori, Nori, Ori, Oin, Gloin, Dwalin, Balin, Thorin, Fili, Kili, Bifur, Bofur e Bombur não nos deixam esquecer que estamos diante de uma história infanto juvenil. Não por ser esse um objetivo em si, mas porque a história trata de uma época distinta, onde o mundo era assim, menos urgente e sombrio. Não à-toa a primeira frase dita pela rainha élfica em A Sociedade do Anel, que cronologicamente sucede O Hobbit, é “O mundo mudou...”.
A fotografia do já parceiro Andrew Lesne em consonância com os travellings habituais que o diretor transformou em marca registrada na franquia e a trilha do duplamente “oscarizado em Terra Média” Howard Shore compõem uma experiência indistinguivelmente “Tolkiana”, no que se refere à coesão com os filmes pregressos.
Não seria, então, uma tarefa das mais fáceis: Distinguir as franquias, mas estabelecer conexões; preservar o tom leve e dinâmico para não destoar do livro, mas inserir certo grau de tensão e dramaticidade para manter a audiência dos adoradores dos filmes consolidados... Mas ao contrário de Bilbo, PJ é um Hobbit experiente!... Ok, ele peca na dose escatológica e “força a amizade” com Radagast (Sylvester McCoy), que é jogado no meio da trama e desaparece quase tão rápido quanto surgiu, com seus coelhos turbinados, mas nada que comprometa. E então, chegamos aos acertos:
Nitidamente, o personagem central Bilbo adquire um contorno heroico e mais dramático, assim como o Thorin de Richard Armitage, altivo como nenhum outro anão jamais fora, mesmo quando comparado com sua versão literária. Algumas partes foram estrategicamente alteradas ou incluídas com esse objetivo: Thorin VS Azog, em dois momentos, e Bilbo enfrentando o mesmo vilão. Azog, que, aliás, também foi muitíssimo beneficiado pelas necessidades narrativas da divisão em três de uma história relativamente curta, já que o agora primeiro ato de uma trilogia precisava de um vilão específico. A mesma necessidade que jogou o Dragão Smaug para “escanteio”, nessa primeira fase.
Claro que o Estúdio, mais do que qualquer carência da adaptação, foi responsável pela extravagante espichada na história, bem como pelas quase três horas de duração que, apesar de render diálogos memoráveis e uma fidelidade cênica muitas vezes textual, gerou previamente desconfiança por parte dos fãs, e pode ser responsável por certo cansaço nos não iniciados. Ainda assim, poucos são os excessos, e a história, mesmo com pequenos “remendos”, flui sem maiores problemas.
Apesar de uma equipe numerosa de personagens, o roteiro opta por seguir o original e foca nos que representam o alicerce da obra, ou o clichê de gênero, se preferir: A magia, a coragem, o bem e um quarto componente, explorado não como personagem psicologicamente profundo, mas como o mal, a contrapor todo o resto, cada um crescendo e ganhando força dentro de seu próprio “quadrado”. Uma estrutura simples, mas que funciona perfeitamente, ainda mais quando pontuada com cenas de ação que somente Jackson saberia conceber.
Além de Thorim - a coragem -, os demais anões não são desenvolvidos individualmente, mas funcionam como grupo, um grupo volumoso, mas, em verdade, a representação diminuta e unida de uma raça em decadência. E a menos que o filme tivesse cinco horas de duração, distingui-los a fundo não seria realmente possível.
Com tecnologia proporcionalmente mais evoluída e um orçamento não declarado, mas estimado em $270 milhões, o filme é um deleite visual. A Weta Digital – empresa de efeitos especiais - entrega seres realísticos na medida limite que a necessidade cartunesca de cada um exige ou não, e nos presenteia com um ser impossivelmente mais tátil e verossímil que o dos outros filmes: A criatura Gollum!... Mais uma vez soberbamente trazida à vida pelas mãos, pés, caras e bocas de Andy Serkis. As “charadas na escuridão” chegam a ser covardia com os fãs – e que a Academia se atualize e reconheça o trabalho de profissionais que atuam sob maquiagem digital -.
Cabe aqui um destaque para a luta entre as montanhas de pedra que se digladiam na tempestade. Um primor técnico numa cena, agora de ação, infinitamente mais emocionante que sua contraparte escrita.
Ainda no aspecto técnico, uma incógnita pairava no ar: O que esperar dos 48fps? - formato escolhido pelo diretor para captar sua realização -. Para efeito de entendimento, frames por segundo (fps) se refere, grosso modo, à quantidade de fotografias tiradas para se gravar um filme - normalmente, cada segundo que assistimos é obtido com 24 dessas fotografias - aqui temos o dobro do convencional, o que resulta, na prática, numa imagem mais real, o que é potencializado em salas IMAX. E bota potencializado nisso!
Aludindo um comentário lido, a impressão que se tem é mesmo de estar assistindo a teatro filmado com câmera de vídeo, sensação já ligeiramente percebida durante exibições em Blu Ray e semelhante ao que provocam imagens em películas 16 mm.
O estranhamento é de fato inevitável, uma vez que a “magia visual” que distingue uma cena já finalizada de uma vista em making off, por exemplo, é consideravelmente reduzida. Por conta disso, alguns efeitos e trabalhos de maquiagem podem soar falsos, e, por vezes (em segundos), cenas parecem acelerar involuntariamente, o olho não está mesmo habituado a tal velocidade.
Não é difícil supor que pessoas na plateia tenham se arrependido da escolha do formato, já que a maioria das cópias em exibição é apresentada em 24fps, e os 48, eram apenas uma opção.
Particularmente, fui arrastado pela nitidez de cada fio de barba de Gandalf, Thorim e toda a companhia – e haja fio postiço para tanta barba - e ver Gollum com seus brilhantes olhos, dentes lixados e aspecto moribundo, ali, como num palco à minha frente, foi nojento e maravilhoso... Uma nitidez estranhamente real! E se imagem realística é a tônica da discussão, o 3D mostra ser um parceiro justo a contribuir com a percepção dessa intenção. Não trocaria a experiência conjunta por nada!
O cérebro parece levar um tempo para assimilar e se habituar a novas realidades, mas se os filmes sonoros tiveram que superar os crivos da opinião especializada no início do século XX, e os inevitáveis problemas técnicos, inerentes a qualquer inovação tecnológica, puderam ser suplantados, tornando o cinema o espetáculo auditivo ao qual estamos acostumados hoje, não me espantaria se, num futuro próximo, o tal 48fps viesse a ser o formato oficial dessas produções.
Parafraseado Galadriel: “O cinema mudou...” Ou pode estar a caminho disso.
O tom certo e algumas mudanças acetadas, como dar mais importância a esposa de Quaid, mas um roteiro que não aproveita o potencial do conto ou do filme original + um diretor que só sabe fazer o feijão com arroz + um ator que, embora excelente, não tem o carisma que o filme precisava.
Não é uma crítica, só um apanhado de... de críticas rsrs
Depois do encontro, a la abertura do antigo desenho dos X-Men, o filme (a luta final, na verdade) é mesmo o melhor da saga - onfesso que gostei da pegadinha no final - no entanto, a primeira metade é disparado a pior.
O filme parece uma colcha de retalhos. As cenas parecem não ter conexão umas com as outras. A edição, é muito ruim.
A saga inteira tem carência de um bom texto, mas os diálogos, aqui, são surreais. Robert Pattinson e Kristen Stewart não são maus atores, Àgua para Elefantes e Garotas do Rock que o digam, mas não tem competência que dê conta de diálogos tão ruins. A canastrice de quase todo o elenco é ímpar.
Tentando agregar gêneros, o filme não convence como romance e, preso às amarras do PG-13, e sem uma mente criativa na direção, não consegue a sensualidade necessária ao relacionamento do casal principal. Só resta a ação para "salvar" o filme, mas para um final tão épico, um combate decisivo entre dezenas de vampiros e lobisomens, como se pretendia, um mínimo de violência gráfica era necessário, mas, só o que se vê são cabeças arrancadas, com pescoços mal digitalmente seccionados, que não provocam se quer uma reação de espanto, e ataques "ferozes" de cães de dois metros de altura que não mostram absolutamente nada.
Com 131 milhões de orçamento, fico me questionando qto dinheiro esses filmes precisariam para ter efeitos realistas, ou ao menos algo melhor do que lobisomens com qualidade de vídeo game. As cenas iniciais, com Bella e Edward correndo mata a dentro, são horrorosas, e a bebê com cara digital chega dar agonia, tamanha a estranheza do efeito.
Uma coisa curiosa é ver como a arte imita a vida. Em tempos onde o Brasil é procurado por europeus para ajudar na resolução de problemas econômicos, é exatamente da Amazônia que surge, não só a ajuda, como, no final, a resposta para a resolução de todo o imbróglio.
No final da sessão, uma garota na nossa frente suspirou, emocionada: "aaai, que liiiindo!" E quase que ao mesmo tempo, um cara atrás da gente desabafou: "acabou! Graças a deus!".
Acho que essas duas reações resumem bem a impressão que a saga deixa, no final das contas.
O filme tem data de estréia para 2 de Novembro, no brasil, mas na página inicial do Filmow, tá como estréia da semana (dessa semana). Volta e meia vejo esse tipo de erro no site.
RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraEm HD!
http://enxame.biz/robocop-remake-de-padilha-ganha-primeiro-trailer-2/
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista Agorahttp://enxame.biz/o-homem-de-aco-critica-3/
Somos Tão Jovens
3.3 2,0KDecepcionante.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraMais corajoso que a maioria dos filmes que se dizem adultos.
Blade II: O Caçador de Vampiros
3.1 295 Assista AgoraO primeiro é muito divertido, mas só. Esse é superior em todos os sentidos.
Elysium
3.3 2,0K Assista AgoraA data descrita na sinopse (2159) está errada. O correto é 2154, como está descrito no trailer. E o IMDb diz que a estreia no Brasil é 16 de agosto.
Elysium
3.3 2,0K Assista AgoraA data descrita na sinopse está errada.
Faroeste Caboclo
3.2 2,4KO site Omelete diz que o roteiro é de Marcos Bernstein (O Outro Lado da Rua) e Victor Atherino. Quem está com a razão?
Fausto
3.4 220 Assista AgoraNesse caso a garota recebe uma penetração ou paga um boquete?
Busca Implacável 2
3.5 1,2K Assista AgoraBem inferior ao primeiro.
Anjo do Desejo
1.9 103 Assista AgoraGostei. História diferente e excelente trilha sonora.
O Ditador
3.2 1,8K Assista AgoraA cena do "parto" é impagável!
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista AgoraO Hobbit: Uma Jornada Inesperada
Entre os fãs de Tolkien, dada a imensa gama de detalhes geográficos, demográficos, filológicos..., é dito que o escritor, na verdade, era um elfo vivendo disfarçado entre nós. Pois se Tolkien era um elfo, acho justo dizer que Peter Jackson é um Hobbit.
À exceção de Lucas e seu espólio espacial, notória e curiosamente inspirado em O Senhor Dos Anéis, nenhum outro cineasta dedicou tanto tempo ou demonstrou tanta paixão pela realização de “um” projeto – quando em 2014, ao término da terceira parte dessa nova trilogia, lá terão se passado cerca de 20 anos desde que Peter começou sua jornada para construir a ponte que nos conduziria à Terra Média... É uma vida!
Ainda que Guillermo Del Toro tenha encabeçado a produção nos estágios iniciais – cerca de um ano durante a pré-produção -, e participado inclusive da criação do roteiro, nada acontecera, de fato, sem a participação de PJ, logo após ele botar em pratos limpos questões ($$$) pendentes com a New Line, detentora dos direitos e produtora de ambas as trilogias. É como se o destino conspirasse para a manutenção do universo já estabelecido. E deu certo!
Em O Hobbit [...], Jackson nos leva a tal Jornada Inesperada do título como um guia, totalmente à vontade, conhecedor do ambiente que é, como só um nativo da Terra Média poderia fazer.
O filme abre com um prólogo não existente no livro, onde o velho Bilbo (Iam Holm) escreve suas memórias, deixando clara a intenção de se estabelecer conexões narrativas com a trilogia do anel - a presença de Frodo, Galadriel e Saruman, bem como a ocorrência de fatos específicos referentes aos filmes anteriores corrobora essa intenção - o que comercialmente já era esperado e, criativamente torna o produto coerente com as manobras de Tolkien quando precisou revisar, sucessivamente, a versão original de sua obra para encaixá-la em sua sequência.
Após essa breve introdução, todo o primeiro ato segue quase que à risca os acontecimentos do livro. O agora jovem Bilbo, interpretado com graça e leveza por Martin Freeman, Influenciado pelo mago Gandalf, novamente vivido por Ian MacKellen, deixa o conforto e segurança de sua toca no Condado para acompanhar a trupe de anões rumo à Eredor na Montanha Solitária, outrora lar e símbolo de riqueza e prosperidade do povo anão, usurpados pelo dragão Smaug.
Uma das preocupações do diretor era não deixar o filme tão parecido com OSDA, o que poderia ser repetitivo, mas o tom ameno e jocoso do material original foi preservado e norteou a produção, visual e narrativamente. E ainda que no final o resultado soe menos infantil que o se lê em páginas, com a eliminação de diálogos entre animais e humanos, por exemplo, as pantomimas de Dori, Nori, Ori, Oin, Gloin, Dwalin, Balin, Thorin, Fili, Kili, Bifur, Bofur e Bombur não nos deixam esquecer que estamos diante de uma história infanto juvenil. Não por ser esse um objetivo em si, mas porque a história trata de uma época distinta, onde o mundo era assim, menos urgente e sombrio. Não à-toa a primeira frase dita pela rainha élfica em A Sociedade do Anel, que cronologicamente sucede O Hobbit, é “O mundo mudou...”.
A fotografia do já parceiro Andrew Lesne em consonância com os travellings habituais que o diretor transformou em marca registrada na franquia e a trilha do duplamente “oscarizado em Terra Média” Howard Shore compõem uma experiência indistinguivelmente “Tolkiana”, no que se refere à coesão com os filmes pregressos.
Não seria, então, uma tarefa das mais fáceis: Distinguir as franquias, mas estabelecer conexões; preservar o tom leve e dinâmico para não destoar do livro, mas inserir certo grau de tensão e dramaticidade para manter a audiência dos adoradores dos filmes consolidados... Mas ao contrário de Bilbo, PJ é um Hobbit experiente!... Ok, ele peca na dose escatológica e “força a amizade” com Radagast (Sylvester McCoy), que é jogado no meio da trama e desaparece quase tão rápido quanto surgiu, com seus coelhos turbinados, mas nada que comprometa. E então, chegamos aos acertos:
Nitidamente, o personagem central Bilbo adquire um contorno heroico e mais dramático, assim como o Thorin de Richard Armitage, altivo como nenhum outro anão jamais fora, mesmo quando comparado com sua versão literária. Algumas partes foram estrategicamente alteradas ou incluídas com esse objetivo: Thorin VS Azog, em dois momentos, e Bilbo enfrentando o mesmo vilão. Azog, que, aliás, também foi muitíssimo beneficiado pelas necessidades narrativas da divisão em três de uma história relativamente curta, já que o agora primeiro ato de uma trilogia precisava de um vilão específico. A mesma necessidade que jogou o Dragão Smaug para “escanteio”, nessa primeira fase.
Claro que o Estúdio, mais do que qualquer carência da adaptação, foi responsável pela extravagante espichada na história, bem como pelas quase três horas de duração que, apesar de render diálogos memoráveis e uma fidelidade cênica muitas vezes textual, gerou previamente desconfiança por parte dos fãs, e pode ser responsável por certo cansaço nos não iniciados. Ainda assim, poucos são os excessos, e a história, mesmo com pequenos “remendos”, flui sem maiores problemas.
Apesar de uma equipe numerosa de personagens, o roteiro opta por seguir o original e foca nos que representam o alicerce da obra, ou o clichê de gênero, se preferir: A magia, a coragem, o bem e um quarto componente, explorado não como personagem psicologicamente profundo, mas como o mal, a contrapor todo o resto, cada um crescendo e ganhando força dentro de seu próprio “quadrado”. Uma estrutura simples, mas que funciona perfeitamente, ainda mais quando pontuada com cenas de ação que somente Jackson saberia conceber.
Além de Thorim - a coragem -, os demais anões não são desenvolvidos individualmente, mas funcionam como grupo, um grupo volumoso, mas, em verdade, a representação diminuta e unida de uma raça em decadência. E a menos que o filme tivesse cinco horas de duração, distingui-los a fundo não seria realmente possível.
Com tecnologia proporcionalmente mais evoluída e um orçamento não declarado, mas estimado em $270 milhões, o filme é um deleite visual. A Weta Digital – empresa de efeitos especiais - entrega seres realísticos na medida limite que a necessidade cartunesca de cada um exige ou não, e nos presenteia com um ser impossivelmente mais tátil e verossímil que o dos outros filmes: A criatura Gollum!... Mais uma vez soberbamente trazida à vida pelas mãos, pés, caras e bocas de Andy Serkis. As “charadas na escuridão” chegam a ser covardia com os fãs – e que a Academia se atualize e reconheça o trabalho de profissionais que atuam sob maquiagem digital -.
Cabe aqui um destaque para a luta entre as montanhas de pedra que se digladiam na tempestade. Um primor técnico numa cena, agora de ação, infinitamente mais emocionante que sua contraparte escrita.
Ainda no aspecto técnico, uma incógnita pairava no ar: O que esperar dos 48fps? - formato escolhido pelo diretor para captar sua realização -. Para efeito de entendimento, frames por segundo (fps) se refere, grosso modo, à quantidade de fotografias tiradas para se gravar um filme - normalmente, cada segundo que assistimos é obtido com 24 dessas fotografias - aqui temos o dobro do convencional, o que resulta, na prática, numa imagem mais real, o que é potencializado em salas IMAX. E bota potencializado nisso!
Aludindo um comentário lido, a impressão que se tem é mesmo de estar assistindo a teatro filmado com câmera de vídeo, sensação já ligeiramente percebida durante exibições em Blu Ray e semelhante ao que provocam imagens em películas 16 mm.
O estranhamento é de fato inevitável, uma vez que a “magia visual” que distingue uma cena já finalizada de uma vista em making off, por exemplo, é consideravelmente reduzida. Por conta disso, alguns efeitos e trabalhos de maquiagem podem soar falsos, e, por vezes (em segundos), cenas parecem acelerar involuntariamente, o olho não está mesmo habituado a tal velocidade.
Não é difícil supor que pessoas na plateia tenham se arrependido da escolha do formato, já que a maioria das cópias em exibição é apresentada em 24fps, e os 48, eram apenas uma opção.
Particularmente, fui arrastado pela nitidez de cada fio de barba de Gandalf, Thorim e toda a companhia – e haja fio postiço para tanta barba - e ver Gollum com seus brilhantes olhos, dentes lixados e aspecto moribundo, ali, como num palco à minha frente, foi nojento e maravilhoso... Uma nitidez estranhamente real! E se imagem realística é a tônica da discussão, o 3D mostra ser um parceiro justo a contribuir com a percepção dessa intenção. Não trocaria a experiência conjunta por nada!
O cérebro parece levar um tempo para assimilar e se habituar a novas realidades, mas se os filmes sonoros tiveram que superar os crivos da opinião especializada no início do século XX, e os inevitáveis problemas técnicos, inerentes a qualquer inovação tecnológica, puderam ser suplantados, tornando o cinema o espetáculo auditivo ao qual estamos acostumados hoje, não me espantaria se, num futuro próximo, o tal 48fps viesse a ser o formato oficial dessas produções.
Parafraseado Galadriel: “O cinema mudou...” Ou pode estar a caminho disso.
Nota: 5 de 5
Viagem 2: A Ilha Misteriosa
3.0 629 Assista AgoraQue filme ruim!
As Aventuras de Pi
3.9 4,4KUm dos filmes mais belos que vá tive o privilégio de assistir.
A Perseguição
3.2 850 Assista AgoraMelhor e mais corajoso do que eu imaginava.
O Vingador do Futuro
3.0 1,6K Assista AgoraO tom certo e algumas mudanças acetadas, como dar mais importância a esposa de Quaid, mas um roteiro que não aproveita o potencial do conto ou do filme original + um diretor que só sabe fazer o feijão com arroz + um ator que, embora excelente, não tem o carisma que o filme precisava.
A Casa Silenciosa
2.5 718 Assista AgoraFiquei curioso para ver o original.
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2
3.0 4,0K Assista AgoraNão é uma crítica, só um apanhado de... de críticas rsrs
Depois do encontro, a la abertura do antigo desenho dos X-Men, o filme (a luta final, na verdade) é mesmo o melhor da saga - onfesso que gostei da pegadinha no final - no entanto, a primeira metade é disparado a pior.
O filme parece uma colcha de retalhos. As cenas parecem não ter conexão umas com as outras. A edição, é muito ruim.
A saga inteira tem carência de um bom texto, mas os diálogos, aqui, são surreais. Robert Pattinson e Kristen Stewart não são maus atores, Àgua para Elefantes e Garotas do Rock que o digam, mas não tem competência que dê conta de diálogos tão ruins. A canastrice de quase todo o elenco é ímpar.
Tentando agregar gêneros, o filme não convence como romance e, preso às amarras do PG-13, e sem uma mente criativa na direção, não consegue a sensualidade necessária ao relacionamento do casal principal. Só resta a ação para "salvar" o filme, mas para um final tão épico, um combate decisivo entre dezenas de vampiros e lobisomens, como se pretendia, um mínimo de violência gráfica era necessário, mas, só o que se vê são cabeças arrancadas, com pescoços mal digitalmente seccionados, que não provocam se quer uma reação de espanto, e ataques "ferozes" de cães de dois metros de altura que não mostram absolutamente nada.
Com 131 milhões de orçamento, fico me questionando qto dinheiro esses filmes precisariam para ter efeitos realistas, ou ao menos algo melhor do que lobisomens com qualidade de vídeo game. As cenas iniciais, com Bella e Edward correndo mata a dentro, são horrorosas, e a bebê com cara digital chega dar agonia, tamanha a estranheza do efeito.
Uma coisa curiosa é ver como a arte imita a vida. Em tempos onde o Brasil é procurado por europeus para ajudar na resolução de problemas econômicos, é exatamente da Amazônia que surge, não só a ajuda, como, no final, a resposta para a resolução de todo o imbróglio.
No final da sessão, uma garota na nossa frente suspirou, emocionada: "aaai, que liiiindo!" E quase que ao mesmo tempo, um cara atrás da gente desabafou: "acabou! Graças a deus!".
Acho que essas duas reações resumem bem a impressão que a saga deixa, no final das contas.
Frankenweenie
3.8 1,5K Assista AgoraOutro filme que consta na lista de estréias, mas que só estreiam no final do ano
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KO filme tem data de estréia para 2 de Novembro, no brasil, mas na página inicial do Filmow, tá como estréia da semana (dessa semana). Volta e meia vejo esse tipo de erro no site.
Contrabando
3.3 381Melhor do que eu imaginava.
Batman: O Cavaleiro das Trevas - Parte 1
4.2 356 Assista AgoraSó uma palavra: Perfeito!
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3.6 845 Assista AgoraPq esse filme está na lista de lançamentos de DVD?