Elena é muito mais do que um documentário, em uma entrevista Fernando Meirelles disse que Elena era um filme-experiência, não podia estar mais correto. Uma experiência devastadora, um drama familiar tão intenso retratado de maneira incrivelmente poética. Eu não consigo discorrer muito mais sobre o filme, talvez por que ainda não ter maturidade ou conhecimento o suficiente. Elena foi o melhor filme que vi em anos, deste modo assim como aconteceu com Magnólia, espero um dia voltar e terminar minha análise.
Cashback é um daqueles filmes que te envolvem de maneira única. Com uma premissa simples ele consegue se transformar em algo muito cativante. Aliás, a simplicidade é um dos pontos fortes do filme, nada é exagerado, nada esta ali por acaso, é tudo na medida certo. Cashback é sobre o tempo e como ele interfere na vida de cada um. Mas também é sobre amor, um sentimento tão mágico que é capaz de nos levar da total depressão para um estado de euforia. Amor e tempo, uma crônica bem-humorada sobre a vida em forma de longa metragem.
O filme é ruim, e isso não tem nada a ver com o fato de ser um musical. Você até compra a ideia com o decorrer do filme, apesar das cenas de cantoria serem longas demais e acabarem enjoando. Caminhos da Floresta se perde dentro de sua própria floresta, quem sabe se tivesse acabado no fim do segundo ato, o resultado não fosse tão negativo. O terceiro ato é sofrível e desconstrói tudo que havia sido apresentado até então. Os personagens são fracos e rasos e que arrastam o filme nas suas mais de 2 horas de duração. Em que apenas a personagem de Emily Blunt consegue ir além, e nos entregar a melhor performance do longa. Mesmo sendo extremamente prejudicada pelo roteiro.
Muitos são os filmes que se baseiam em viagens no tempo, Rachel McAdams por exemplo, já é especialista no assunto. Em alguns deles ela é o foco principal, em outro apenas um elemento dentro da narrativa. Que é o caso deste Questão de Tempo. O objetivo do protagonista desde o começo sempre foi encontrar o amor verdadeiro, quando descobriu seus poderes um mundo de possibilidades se abriu, poder, dinheiro, fama, imortalidade. Mas ele tratou isto de forma muito natural e utilizou de suas habilidades para conquistar a mulher de seus sonhos. É nisto que o filme se diferença, na simplicidade. Viagem no tempo é um tema que abre margem para infinitas teorias, possibilidades, reviravoltas. Em vez disto tudo, ele é usado como ferramenta para um jovem encantar sua amada. Richard Curtis já havia mostrado em Simplesmente Amor, que entende o amor de forma diferenciada. Faz seus personagens respeitarem e buscarem este sentimento, sem nunca parecer piegas ou exagerado. Um excelente filme sobre a busca pelo amor e a felicidade.
Tabajara Ruas é um cineasta experiente, já tendo dirigido Neto Perde Sua Alma o mais premido filme gaúcho, o diretor mostra que tem conhecimento e habilidade para trabalhar com temas regionais. Desta vez entrando em uma das guerras mais sangrentas do país, sem dúvida a batalha de maragatos contra chimangos foi um marco na história do Rio Grande do Sul, e em tela é muito bem representada. Desde os locais de combate, citando cidades e vilas do interior do estado, mostrando que houve um trabalho de pesquisa muito grande. Tecnicamente o filme é espetacular, demarcado por cânticos gaúchos e uma narração em verso que ambienta o espectador aos acontecimentos da guerra. Com um ar poético e honesto não esconde os horrores dos confrontos, mas não se foca unicamente neles dando a cada um dos personagens seu arco narrativo próprio. Essa separação de enredo de ambos os personagens que começam unidos, mas se separam no decorrer da história, traz um ponto de vista interessante em que pode analisar cada um deles separadamente, porém quando colocados em paralelo as ambições são as mesmas só que de lados opostos.
O filme não é excepcional, mas tem seus momentos de brilho, principalmente nos diálogos do professor de história e nas reflexões do jovem doente. Ele é como uma poesia que esta nos pequenos detalhes, na troca de mensagens entre o professor e a aluna, nos pensamentos de uma mulher sobre as escolhas que fez, no simples cruzar de olhares entre jovens. Tudo é orquestrado de maneira sutil, e na cena final vemos como a cidade que nomina o filme esta presente em suas vidas.
Birdman é sem dúvidas um dos filmes mais ambiciosos dos últimos tempos. O cinema tem uma estética estabelecida que vem de anos, com uma montagem baseada em planos, contra-planos, cortes e passagens de uma cena para outra. Poucos são os cineastas que se arriscam a ir contra isso, Hitchcock fez com maestria em seu Festim Diabólico, e Iñárritu não deixou a desejar em Birdman. A câmera que persegue os personagens, e não espera eles aparecem diante dela, mas vai em busca dos acontecimentos. Transmite uma sensação de voyeurismo e claustrofobia, como se tivéssemos invadindo a privacidade dos personagens, e eles com a câmera muito perto de seu rosto, atiram suas emoções na tela em monólogos viscerais. A espetacular montagem não é uma exceção em um filme que sobrepõe camadas de profundidade e mantém seu eixo central na força de seus personagens. Tudo se mistura com discussões sobre a indústria do cinema, o papel do crítico de arte, a supervalorização das celebridades e a cultura dos super-heróis. Em um filme eficiente que foge da linha do convencional para nos proporcionar uma experiência diferenciada.
Estabelecendo muito bem o personagem principal logo nos primeiros minutos, o diretor Hernón Guerschunny vai descontruindo esse personagem ao longo do filme. Do mesmo modo que brinca com os clichês das comédias românticas, apresentando situações típicas deste gênero, mas que com muito bom humor ele consegue subverte-las dentro da trama. Tellez é um personagem que não limita suas criticas aos filmes, ele critica a vida e todos que o rodeiam, ao conhecer Sofia seu universo sofre um ponto de virada, ele passa a viver clichês de filmes de gênero, tendo sua vida presa dentro de um filme do qual sempre criticou. Isso torna o personagem tridimensional e percebemos que existem camadas de personalidade dentro dele, que irão ser trabalhadas no terceiro ato, onde o filme realmente ganha vida. O protagonista tem todos os estereótipos possíveis de um crítico de cinema, barba, óculos, jeito ranzinza como se sempre estivesse de mal com a vida. Do mesmo modo Sofia também possui as características típicas de uma protagonista feminina, muito bonita, mas parece esconder sua beleza, é estrangeira, liberal e esconde um segredo. O diretor pega todos estes elementos e monta uma desconstrução da comédia romântica, dentro de um filme que é assumidamente uma comédia romântica. O longa é metalinguístico e discute o papel do crítico dentro do mercado do cinema, o excesso de filmes ruins lançados atualmente e o saudosismo pelos clássicos do passado. Tudo isso com muito bom humor e descontração, parece jamais se levar a sério, quando na verdade isso é apenas mais uma faceta para mais uma de suas discussões.
Assisti ao filme pensando que era um romance, mesmo sabendo que John Carney foge de clichês e tem outra visão ao trabalhar com o gênero. A química entre Keira Knightley e Mark Ruffalo foi tão grande que eu esperava este clichê, eu esperava um final em que ambos estivessem de mãos dados ouvindo o disco sob a luz do luar. Porém o desfecho não me decepcionou, ao invés do final esperado fui presenteado por uma reflexão muito maior. Mesmo Se Nada der Certo é sobre segundas chances, sobre fazer aquilo que se acredita, sobre estar bem consigo mesmo. Gretta, apaixonante a primeira vista, desmorona logo em seguida, mas não perde a doçura, pois sua personagem tem algo em que acreditar. Dan vive um estado autodepreciativo de conformidade e desânimo, porém vê em Gretta a chance de começar de novo. Os dois personagens são ligados pela música, e é através dela que conseguem a motivação para se reerguer e viver novamente. Podem não ser um casal convencional, mas isto é um mero detalhe, tudo o que experimentaram, as experiências que compartilharam e os momentos que viveram juntos, valeu mais do que muito romance por ai.
Poucas vezes eu tive uma expectativa tão grande para assistir a um filme, expectativa não ansiedade, o filme estreou meses atrás e eu só fui ver agora. Por ser tratar de algo tão especial para mim, tinha que ser visto na hora certa. Richard Linklater deu vida ao meu casal preferido do cinema, concebeu aquela que seria a trilogia da minha vida e com Jesse e Celine me ensinou o que é o amor. A expectativa logo virou receio, e se a experiência não deu certo? Se a ideia foi ousada de mais e o resultado não foi satisfatório? Ingenuidade minha duvidar de Richard Linklater. O filme começa com uma canção de uma das minhas bandas favoritas, logo depois joga duas referências; DBZ e Harry Potter, talvez as obras que mais marcaram a minha infância/adolescência. É neste momento aproximadamente aos 5 minutos de filme que penso, “É Richard Linklater você conseguiu de novo, vamos lá, eu estou com você”. A trilogia do Antes está muito presente em Boyhood, podemos ver um pouquinho de Jesse e Celine em cada um dos relacionamentos de Mason, dos ângulos de câmera aos diálogos, a troca de olhares ao pôr-do-sol é imediatamente associada com a cabine de música em Antes do Amanhecer. Na verdade Mason poderia muito bem ser Jesse em sua juventude, porém ambos fazem parte de um alter-ego de Richard Linklater, personagem este que é sonhador, romântico-idealista e poético. Richard Linklater sabe muito bem lidar com o tempo, faz dele quase um personagem de suas obras, não tem pressa alguma, deixa as coisas acontecerem naturalmente. Levou 18 anos para concluir sua até então trilogia, levou 12 para fazer apenas um filme, ele entende os períodos da vida e os transforma em páginas de roteiro e segundos de filmagem. Não tem um clímax, nem uma curvatura dramática, não mostra nada de diferente, mas nos mostra a coisa mais excepcional de todas; a vida acontecendo diante de nossos olhos. Ver o crescimento de Mason nos faz refletir sobre o nosso crescimento, sobre como o tempo age sobre nós. A vida é feita de fases e momentos, e podermos apreciar a grandiosidade da vida dentro de uma narrativa cinematográfica, é algo que faz de Boyhood uma obra-prima.
Mesmo com todo o apelo mais infantil é um filme para todas as idades, quem é mais velho será tomado pela nostalgia com lembranças da adolescência. Todo mundo já sonhou em caçar um tesouro, se aventurar, buscar novas experiências. Com O Segredo dos Diamantes é possível viajar no tempo, voltar para uma época em que a melhor tecnologia era a criatividade.
Falar em analfabetismo atualmente pode parecer algo distante da realidade em que vivemos, a palavra escrita é tão natural para a comunicação humana quanto a falada. Mas esquecemos de que muitas pessoas por vários motivos ainda não sabem ler, e estão privadas de coisas importantes para que se consiga viver bem em sociedade, como placas de rua, cartazes, jornais, anúncios, avisos. Quanto ao filme, a personagem principal aceita a sua condição e procura meios para se adaptar a uma vida sem as palavras, mas a chegada de Jackeline a filha de sua amiga, uma professora recém formada, aos poucos vai transformando sua personalidade. A relação entre ambas é o ponto alto do filme, que tem em sua maior parte do tempo só as duas atrizes em cena. A amizade que a principio parecia impossível vai se formando entre elas, uma precisa da outra, Ximena precisa de Jackeline para aprender a ler, e ela tem de provar para si mesma que é capaz de enfrentar este desafio, é uma via de dois lados. Enquanto a professora ensina a aluna a ler e escrever, a aluna ensina a professora sobre vida, coisas que só a experiência de quem já viveu mais pode garantir. Com isto um bonito elo vai se formando, tornando-as pessoas melhores e mais confiantes. Elas ficam bem consigo mesmas, pois sabem que deram o seu melhor e que colheram bons frutos.
Como o próprio nome já diz o filme é uma sinfonia, beirando os musicais hollywoodianos, mas que tem sua própria identidade. As músicas são inseridas em momentos específicos e ajudam a construir a narrativa, os personagens não saem simplesmente cantando. Em uma das melhores sequências, pingos de chuva que caem no vidro de um carro entram em ritmo com a batida da música. Musical é um gênero pouco explorado no cinema brasileiro, só por quebrar esta barreira o filme já merecia seus méritos. Mas vai além, a morte ainda é algo mal visto e com vários tabus. Conseguir fazer humor com isto não é uma tarefa fácil, o filme anda na linha tênue do humor negro, nunca caindo no ridículo ou escrachado. Todo o elenco esta muito bem, gravar cenas onde se tenha de cantar para alguns atores pode ser é uma dificuldade a mais, mas todos fazem sua parte e ajudam a compor esta grande sinfonia. Vale destacar a incrível atuação de Luciana Paes como Jaqueline, com um carisma e presença de cena que nos faz grudar os olhos na tela cada vez que ela aparece. Apesar da simplicidade A Sinfonia da Necrópole é um filme corajoso, pega um tema e um gênero difícil, fazendo o seu melhor. Onde tudo esta em perfeita harmonia e em ritmo crescente, com o decorrer do filme vamos nos apaixonando cada vez mais pela história. Um grande musical, com ares de comédia romântica e pitadas de humor negro, uma mistura que deu certo.
Um filme sobre a capacidade de seguir em frente. O romance do casal começa simples, sem muitas explicações eles se conhecem e se apaixonam, é nesta simplicidade o grande trunfo do filme. Não mostra muita coisa sobre eles, cabe a quem assiste preencher essas lacunas com seus próprios sentimentos, o que torna o casal altamente identificável. O mais difícil ao se construir uma história de amor não é o encontro, isso é maravilhoso, a atração inicial, os sentimentos, tudo é isso é fácil. A prova de fogo vem no após, após os personagens se encontrarem e se apaixonarem e terem a certeza de que querem ficar juntos para sempre, o que fazer com eles? As situações criadas pelo filme, situam um casal em desgaste devido a distância, a todo o momento querendo viver novamente aquela atração inicial. Não conseguem seguir em frente com suas vidas porque aquilo que sentiram é forte demais para simplesmente esquecerem, porém acabam esquecendo como amar. De tantas idas e vindas, o que os motivava a ainda tentarem ficar juntos deixou de ser a presença do outro, e sim a lembrança dos sentimentos que tinham no começo da relação. Se apegando a uma lembrança do passado, acabam não vivendo o presente. Mas as coisas nunca serão como antes, a cada dia é uma novidade, é uma nova fase no relacionamento, é preciso se adaptar, o que falta a nossos personagens é a capacidade de transição entre as etapas de uma relação, não é possível viver a mesma coisa para sempre. O que mantém um casal unido é a possibilidade de descobrirem coisas novas juntos, de se apaixonarem juntos.
Amor e Outras Drogas é um exemplo de comédia romântica que funciona. Possui toda a estrutura do gênero, o que diferencia é o caminho que esses personagens percorrem até o final feliz, um caminho de descobertas, incertezas, remédios, hospitais, sexo e amor. Vemos o filme pela perspectiva masculina de Jaime e conhecemos o mundo através de seus olhos, escolha que ajuda muito a gostarmos do personagem e comprarmos o romance. Contemplamos as maravilhas da indústria farmacêutica e somos apresentados a este universo com ele. Já estamos em 20 minutos quando Maggie surge em cena, então acontece o maior dos pontos de virada do filme, nos apaixonamos por ela junto com Jaime, e a partir desse ponto já temos toda a base construída de personagens e cenários, bastando somente apreciar o belíssimo romance do casal. A atmosfera dos anos 90 e a indústria farmacêutica servem como pano de fundo para complementar e ajudar a contar esta história. Os cenários que nossos personagens frequentam ao longo de suas jornadas só ressaltam o belo trabalho da direção de arte do filme, que utiliza o contexto para acrescentar a narrativa. Maggie é uma personagem difícil, apaixonante a primeira vista, mas que esconde um drama pesado, Anne Hathaway, que esta mais linda do que nunca, coloca todo o seu carisma e poder de atuação em cena, transformando-a em uma protagonista tridimensional com diversas camadas de personalidade. Transcorre entre a comédia romântica e o drama de uma forma muito natural, e quando percebemos a gravidade da situação e temos noção do que representa a doença de Maggie, já estamos perdidamente apaixonados por ela, e tudo que queremos é que Jaime não desista de seu amor. Um filme que a principio poderia se encaixar facilmente em mais um romance de sexo sem compromisso, ou então uma comédia sobre a ascensão do viagra, ou até um drama sobre uma garota com uma doença degenerativa aos 26 anos. Amor e Outras Drogas extrai o melhor de tudo isso e conta uma verdadeira história de amor com muita honestidade e bom humor.
É um filme muito interessante, peculiar e deveras estranho. Com uma plot que no começo é bem simples, e no final respira ares de uma verdadeira tragédia grega. Woody Allen consegue transitar entre o drama familiar e o suspense, de modo que o inesperado desfecho ocorra de maneira natural. Mesmo que a atuação do protagonista não ajude em nada, em um elenco onde apenas Scarlett Johansson brilha. O filme abre mão da oportunidade de ser excelente, e se mantem em um território onde é apenas bom. Talvez apostar no óbvio poderia render frutos melhores, focando no drama entre escolher uma vida perfeita ao lado de uma mulher que lhe fornece tudo, ou abrir mão disso e se arriscar em busca de uma paixão arrebatadora. Em vez disso o que vemos é a trajetória de ascensão de um jovem capaz de tudo para conquistar seus desejos. O que destoa um pouco ao olharmos para aquele tenista que arranja emprego em um clube.
Após uma madrugada assistindo Antes da Meia-Noite pela quinta vez, algo veio em minha mente. Sobre a possibilidade de haver uma sequência para o filme, até onde eu sei os atores não negaram ou confirmaram a possibilidade. Mas eu lhes digo, haverá um sequência, e digo mais, ela se chamará algo como Antes do Adeus. E contará a morte de um dos personagens, provavelmente Celine, e como Jesse encara esta situação. Porque digo isso, na cena da mesa, vemos Jesse e Celine encarando o seu passado (o casal de jovens gregos) o presente (eles mesmos) e o futuro (o senhor contando sobre sua esposa). Se formos seguir esta lógica o desfecho para a história é evidente. Lembrando que Jesse sempre demonstrou mais seus sentimentos do que Celine, é ele que a convenceu de descer do trem, ele quem escreveu o livro contando sua história, seria um final digno do melhor casal do cinema. Teorias da conspiração a parte, aprendi muito com Jesse e Celine, seria um honra poder vê-los novamente, nem que seja pela última vez.
Um dia me perguntaram o futuro do cinema e eu fiquei sem resposta. Mas hoje eu posso afirmar que enquanto houver vida, haverá cinema. Pois a vida não existe sem história. Nem a vida faz sentido sem suas histórias pra contar.
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraElena é muito mais do que um documentário, em uma entrevista Fernando Meirelles disse que Elena era um filme-experiência, não podia estar mais correto.
Uma experiência devastadora, um drama familiar tão intenso retratado de maneira incrivelmente poética.
Eu não consigo discorrer muito mais sobre o filme, talvez por que ainda não ter maturidade ou conhecimento o suficiente. Elena foi o melhor filme que vi em anos, deste modo assim como aconteceu com Magnólia, espero um dia voltar e terminar minha análise.
Cashback, Bem-vindo ao Turno da Noite
3.7 523Cashback é um daqueles filmes que te envolvem de maneira única. Com uma premissa simples ele consegue se transformar em algo muito cativante. Aliás, a simplicidade é um dos pontos fortes do filme, nada é exagerado, nada esta ali por acaso, é tudo na medida certo.
Cashback é sobre o tempo e como ele interfere na vida de cada um. Mas também é sobre amor, um sentimento tão mágico que é capaz de nos levar da total depressão para um estado de euforia.
Amor e tempo, uma crônica bem-humorada sobre a vida em forma de longa metragem.
Caminhos da Floresta
2.9 1,7K Assista AgoraO filme é ruim, e isso não tem nada a ver com o fato de ser um musical. Você até compra a ideia com o decorrer do filme, apesar das cenas de cantoria serem longas demais e acabarem enjoando.
Caminhos da Floresta se perde dentro de sua própria floresta, quem sabe se tivesse acabado no fim do segundo ato, o resultado não fosse tão negativo. O terceiro ato é sofrível e desconstrói tudo que havia sido apresentado até então.
Os personagens são fracos e rasos e que arrastam o filme nas suas mais de 2 horas de duração. Em que apenas a personagem de Emily Blunt consegue ir além, e nos entregar a melhor performance do longa. Mesmo sendo extremamente prejudicada pelo roteiro.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraMuitos são os filmes que se baseiam em viagens no tempo, Rachel McAdams por exemplo, já é especialista no assunto. Em alguns deles ela é o foco principal, em outro apenas um elemento dentro da narrativa. Que é o caso deste Questão de Tempo.
O objetivo do protagonista desde o começo sempre foi encontrar o amor verdadeiro, quando descobriu seus poderes um mundo de possibilidades se abriu, poder, dinheiro, fama, imortalidade. Mas ele tratou isto de forma muito natural e utilizou de suas habilidades para conquistar a mulher de seus sonhos.
É nisto que o filme se diferença, na simplicidade. Viagem no tempo é um tema que abre margem para infinitas teorias, possibilidades, reviravoltas. Em vez disto tudo, ele é usado como ferramenta para um jovem encantar sua amada.
Richard Curtis já havia mostrado em Simplesmente Amor, que entende o amor de forma diferenciada. Faz seus personagens respeitarem e buscarem este sentimento, sem nunca parecer piegas ou exagerado.
Um excelente filme sobre a busca pelo amor e a felicidade.
Os Senhores da Guerra
3.2 5Tabajara Ruas é um cineasta experiente, já tendo dirigido Neto Perde Sua Alma o mais premido filme gaúcho, o diretor mostra que tem conhecimento e habilidade para trabalhar com temas regionais. Desta vez entrando em uma das guerras mais sangrentas do país, sem dúvida a batalha de maragatos contra chimangos foi um marco na história do Rio Grande do Sul, e em tela é muito bem representada. Desde os locais de combate, citando cidades e vilas do interior do estado, mostrando que houve um trabalho de pesquisa muito grande.
Tecnicamente o filme é espetacular, demarcado por cânticos gaúchos e uma narração em verso que ambienta o espectador aos acontecimentos da guerra. Com um ar poético e honesto não esconde os horrores dos confrontos, mas não se foca unicamente neles dando a cada um dos personagens seu arco narrativo próprio.
Essa separação de enredo de ambos os personagens que começam unidos, mas se separam no decorrer da história, traz um ponto de vista interessante em que pode analisar cada um deles separadamente, porém quando colocados em paralelo as ambições são as mesmas só que de lados opostos.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraAo fim de tudo é um filme sobre o amor :)
Paris
3.6 81O filme não é excepcional, mas tem seus momentos de brilho, principalmente nos diálogos do professor de história e nas reflexões do jovem doente.
Ele é como uma poesia que esta nos pequenos detalhes, na troca de mensagens entre o professor e a aluna, nos pensamentos de uma mulher sobre as escolhas que fez, no simples cruzar de olhares entre jovens.
Tudo é orquestrado de maneira sutil, e na cena final vemos como a cidade que nomina o filme esta presente em suas vidas.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraBirdman é sem dúvidas um dos filmes mais ambiciosos dos últimos tempos. O cinema tem uma estética estabelecida que vem de anos, com uma montagem baseada em planos, contra-planos, cortes e passagens de uma cena para outra. Poucos são os cineastas que se arriscam a ir contra isso, Hitchcock fez com maestria em seu Festim Diabólico, e Iñárritu não deixou a desejar em Birdman.
A câmera que persegue os personagens, e não espera eles aparecem diante dela, mas vai em busca dos acontecimentos. Transmite uma sensação de voyeurismo e claustrofobia, como se tivéssemos invadindo a privacidade dos personagens, e eles com a câmera muito perto de seu rosto, atiram suas emoções na tela em monólogos viscerais.
A espetacular montagem não é uma exceção em um filme que sobrepõe camadas de profundidade e mantém seu eixo central na força de seus personagens.
Tudo se mistura com discussões sobre a indústria do cinema, o papel do crítico de arte, a supervalorização das celebridades e a cultura dos super-heróis.
Em um filme eficiente que foge da linha do convencional para nos proporcionar uma experiência diferenciada.
Hector e a Procura da Felicidade
3.9 2281. Fazer comparações pode
prejudicar sua felicidade.
2. Muitas pessoas acham
que a felicidade é ser
mais rico ou mais importante.
3. Muitas pessoas só imaginam
a felicidade no futuro.
4. Felicidade pode ser a liberdade de amar mais de
uma mulher ao mesmo tempo.
5. Ás vezes a felicidade
é não saber toda a história.
6. Evitar a tristeza não é
o caminho para a felicidade.
7. Sua companhia
lhe leva sempre:
A) pra cima, ou
B) pra baixo?
8. Felicidade
é seguir sua vocação.
9. Felicidade é se sentir
amado por ser você mesmo.
10. Ensopado de Batata Doce!
11. O medo
impede a felicidade.
12. Felicidade é se sentir
inteiramente vivo.
13. Felicidade é saber
como comemorar.
14. Saber ouvir é saber amar.
15. Nostalgia não é mais
como era antigamente.
16. Felicidade é poder assistir a filmes como este.
Simplesmente Amor
3.5 889 Assista AgoraTodo mundo tem um filme de Natal, este é o meu.
O Crítico
3.3 39 Assista AgoraEstabelecendo muito bem o personagem principal logo nos primeiros minutos, o diretor Hernón Guerschunny vai descontruindo esse personagem ao longo do filme. Do mesmo modo que brinca com os clichês das comédias românticas, apresentando situações típicas deste gênero, mas que com muito bom humor ele consegue subverte-las dentro da trama.
Tellez é um personagem que não limita suas criticas aos filmes, ele critica a vida e todos que o rodeiam, ao conhecer Sofia seu universo sofre um ponto de virada, ele passa a viver clichês de filmes de gênero, tendo sua vida presa dentro de um filme do qual sempre criticou. Isso torna o personagem tridimensional e percebemos que existem camadas de personalidade dentro dele, que irão ser trabalhadas no terceiro ato, onde o filme realmente ganha vida.
O protagonista tem todos os estereótipos possíveis de um crítico de cinema, barba, óculos, jeito ranzinza como se sempre estivesse de mal com a vida. Do mesmo modo Sofia também possui as características típicas de uma protagonista feminina, muito bonita, mas parece esconder sua beleza, é estrangeira, liberal e esconde um segredo. O diretor pega todos estes elementos e monta uma desconstrução da comédia romântica, dentro de um filme que é assumidamente uma comédia romântica.
O longa é metalinguístico e discute o papel do crítico dentro do mercado do cinema, o excesso de filmes ruins lançados atualmente e o saudosismo pelos clássicos do passado. Tudo isso com muito bom humor e descontração, parece jamais se levar a sério, quando na verdade isso é apenas mais uma faceta para mais uma de suas discussões.
Mesmo se Nada der Certo
4.0 1,9K Assista AgoraAssisti ao filme pensando que era um romance, mesmo sabendo que John Carney foge de clichês e tem outra visão ao trabalhar com o gênero. A química entre Keira Knightley e Mark Ruffalo foi tão grande que eu esperava este clichê, eu esperava um final em que ambos estivessem de mãos dados ouvindo o disco sob a luz do luar. Porém o desfecho não me decepcionou, ao invés do final esperado fui presenteado por uma reflexão muito maior. Mesmo Se Nada der Certo é sobre segundas chances, sobre fazer aquilo que se acredita, sobre estar bem consigo mesmo. Gretta, apaixonante a primeira vista, desmorona logo em seguida, mas não perde a doçura, pois sua personagem tem algo em que acreditar. Dan vive um estado autodepreciativo de conformidade e desânimo, porém vê em Gretta a chance de começar de novo. Os dois personagens são ligados pela música, e é através dela que conseguem a motivação para se reerguer e viver novamente. Podem não ser um casal convencional, mas isto é um mero detalhe, tudo o que experimentaram, as experiências que compartilharam e os momentos que viveram juntos, valeu mais do que muito romance por ai.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraPoucas vezes eu tive uma expectativa tão grande para assistir a um filme, expectativa não ansiedade, o filme estreou meses atrás e eu só fui ver agora. Por ser tratar de algo tão especial para mim, tinha que ser visto na hora certa. Richard Linklater deu vida ao meu casal preferido do cinema, concebeu aquela que seria a trilogia da minha vida e com Jesse e Celine me ensinou o que é o amor.
A expectativa logo virou receio, e se a experiência não deu certo? Se a ideia foi ousada de mais e o resultado não foi satisfatório? Ingenuidade minha duvidar de Richard Linklater.
O filme começa com uma canção de uma das minhas bandas favoritas, logo depois joga duas referências; DBZ e Harry Potter, talvez as obras que mais marcaram a minha infância/adolescência. É neste momento aproximadamente aos 5 minutos de filme que penso, “É Richard Linklater você conseguiu de novo, vamos lá, eu estou com você”.
A trilogia do Antes está muito presente em Boyhood, podemos ver um pouquinho de Jesse e Celine em cada um dos relacionamentos de Mason, dos ângulos de câmera aos diálogos, a troca de olhares ao pôr-do-sol é imediatamente associada com a cabine de música em Antes do Amanhecer. Na verdade Mason poderia muito bem ser Jesse em sua juventude, porém ambos fazem parte de um alter-ego de Richard Linklater, personagem este que é sonhador, romântico-idealista e poético.
Richard Linklater sabe muito bem lidar com o tempo, faz dele quase um personagem de suas obras, não tem pressa alguma, deixa as coisas acontecerem naturalmente. Levou 18 anos para concluir sua até então trilogia, levou 12 para fazer apenas um filme, ele entende os períodos da vida e os transforma em páginas de roteiro e segundos de filmagem.
Não tem um clímax, nem uma curvatura dramática, não mostra nada de diferente, mas nos mostra a coisa mais excepcional de todas; a vida acontecendo diante de nossos olhos. Ver o crescimento de Mason nos faz refletir sobre o nosso crescimento, sobre como o tempo age sobre nós. A vida é feita de fases e momentos, e podermos apreciar a grandiosidade da vida dentro de uma narrativa cinematográfica, é algo que faz de Boyhood uma obra-prima.
O Segredo dos Diamantes
2.9 17Mesmo com todo o apelo mais infantil é um filme para todas as idades, quem é mais velho será tomado pela nostalgia com lembranças da adolescência. Todo mundo já sonhou em caçar um tesouro, se aventurar, buscar novas experiências. Com O Segredo dos Diamantes é possível viajar no tempo, voltar para uma época em que a melhor tecnologia era a criatividade.
As Analfabetas
3.4 4Falar em analfabetismo atualmente pode parecer algo distante da realidade em que vivemos, a palavra escrita é tão natural para a comunicação humana quanto a falada. Mas esquecemos de que muitas pessoas por vários motivos ainda não sabem ler, e estão privadas de coisas importantes para que se consiga viver bem em sociedade, como placas de rua, cartazes, jornais, anúncios, avisos.
Quanto ao filme, a personagem principal aceita a sua condição e procura meios para se adaptar a uma vida sem as palavras, mas a chegada de Jackeline a filha de sua amiga, uma professora recém formada, aos poucos vai transformando sua personalidade. A relação entre ambas é o ponto alto do filme, que tem em sua maior parte do tempo só as duas atrizes em cena. A amizade que a principio parecia impossível vai se formando entre elas, uma precisa da outra, Ximena precisa de Jackeline para aprender a ler, e ela tem de provar para si mesma que é capaz de enfrentar este desafio, é uma via de dois lados.
Enquanto a professora ensina a aluna a ler e escrever, a aluna ensina a professora sobre vida, coisas que só a experiência de quem já viveu mais pode garantir. Com isto um bonito elo vai se formando, tornando-as pessoas melhores e mais confiantes. Elas ficam bem consigo mesmas, pois sabem que deram o seu melhor e que colheram bons frutos.
Sinfonia da Necrópole
3.5 109Como o próprio nome já diz o filme é uma sinfonia, beirando os musicais hollywoodianos, mas que tem sua própria identidade. As músicas são inseridas em momentos específicos e ajudam a construir a narrativa, os personagens não saem simplesmente cantando. Em uma das melhores sequências, pingos de chuva que caem no vidro de um carro entram em ritmo com a batida da música.
Musical é um gênero pouco explorado no cinema brasileiro, só por quebrar esta barreira o filme já merecia seus méritos. Mas vai além, a morte ainda é algo mal visto e com vários tabus. Conseguir fazer humor com isto não é uma tarefa fácil, o filme anda na linha tênue do humor negro, nunca caindo no ridículo ou escrachado.
Todo o elenco esta muito bem, gravar cenas onde se tenha de cantar para alguns atores pode ser é uma dificuldade a mais, mas todos fazem sua parte e ajudam a compor esta grande sinfonia. Vale destacar a incrível atuação de Luciana Paes como Jaqueline, com um carisma e presença de cena que nos faz grudar os olhos na tela cada vez que ela aparece.
Apesar da simplicidade A Sinfonia da Necrópole é um filme corajoso, pega um tema e um gênero difícil, fazendo o seu melhor. Onde tudo esta em perfeita harmonia e em ritmo crescente, com o decorrer do filme vamos nos apaixonando cada vez mais pela história. Um grande musical, com ares de comédia romântica e pitadas de humor negro, uma mistura que deu certo.
Loucamente Apaixonados
3.5 1,2K Assista AgoraUm filme sobre a capacidade de seguir em frente.
O romance do casal começa simples, sem muitas explicações eles se conhecem e se apaixonam, é nesta simplicidade o grande trunfo do filme.
Não mostra muita coisa sobre eles, cabe a quem assiste preencher essas lacunas com seus próprios sentimentos, o que torna o casal altamente identificável.
O mais difícil ao se construir uma história de amor não é o encontro, isso é maravilhoso, a atração inicial, os sentimentos, tudo é isso é fácil.
A prova de fogo vem no após, após os personagens se encontrarem e se apaixonarem e terem a certeza de que querem ficar juntos para sempre, o que fazer com eles?
As situações criadas pelo filme, situam um casal em desgaste devido a distância, a todo o momento querendo viver novamente aquela atração inicial.
Não conseguem seguir em frente com suas vidas porque aquilo que sentiram é forte demais para simplesmente esquecerem, porém acabam esquecendo como amar.
De tantas idas e vindas, o que os motivava a ainda tentarem ficar juntos deixou de ser a presença do outro, e sim a lembrança dos sentimentos que tinham no começo da relação. Se apegando a uma lembrança do passado, acabam não vivendo o presente.
Mas as coisas nunca serão como antes, a cada dia é uma novidade, é uma nova fase no relacionamento, é preciso se adaptar, o que falta a nossos personagens é a capacidade de transição entre as etapas de uma relação, não é possível viver a mesma coisa para sempre.
O que mantém um casal unido é a possibilidade de descobrirem coisas novas juntos, de se apaixonarem juntos.
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraMaria Hill, te amo.
Amor e Outras Drogas
3.6 2,5K Assista AgoraAmor e Outras Drogas é um exemplo de comédia romântica que funciona. Possui toda a estrutura do gênero, o que diferencia é o caminho que esses personagens percorrem até o final feliz, um caminho de descobertas, incertezas, remédios, hospitais, sexo e amor.
Vemos o filme pela perspectiva masculina de Jaime e conhecemos o mundo através de seus olhos, escolha que ajuda muito a gostarmos do personagem e comprarmos o romance. Contemplamos as maravilhas da indústria farmacêutica e somos apresentados a este universo com ele.
Já estamos em 20 minutos quando Maggie surge em cena, então acontece o maior dos pontos de virada do filme, nos apaixonamos por ela junto com Jaime, e a partir desse ponto já temos toda a base construída de personagens e cenários, bastando somente apreciar o belíssimo romance do casal.
A atmosfera dos anos 90 e a indústria farmacêutica servem como pano de fundo para complementar e ajudar a contar esta história. Os cenários que nossos personagens frequentam ao longo de suas jornadas só ressaltam o belo trabalho da direção de arte do filme, que utiliza o contexto para acrescentar a narrativa.
Maggie é uma personagem difícil, apaixonante a primeira vista, mas que esconde um drama pesado, Anne Hathaway, que esta mais linda do que nunca, coloca todo o seu carisma e poder de atuação em cena, transformando-a em uma protagonista tridimensional com diversas camadas de personalidade.
Transcorre entre a comédia romântica e o drama de uma forma muito natural, e quando percebemos a gravidade da situação e temos noção do que representa a doença de Maggie, já estamos perdidamente apaixonados por ela, e tudo que queremos é que Jaime não desista de seu amor.
Um filme que a principio poderia se encaixar facilmente em mais um romance de sexo sem compromisso, ou então uma comédia sobre a ascensão do viagra, ou até um drama sobre uma garota com uma doença degenerativa aos 26 anos. Amor e Outras Drogas extrai o melhor de tudo isso e conta uma verdadeira história de amor com muita honestidade e bom humor.
A Vida Secreta de Walter Mitty
3.8 2,0K Assista AgoraÉ por isso que eu amo cinema.
Ponto Final: Match Point
3.9 1,4K Assista AgoraÉ um filme muito interessante, peculiar e deveras estranho.
Com uma plot que no começo é bem simples, e no final respira ares de uma verdadeira tragédia grega. Woody Allen consegue transitar entre o drama familiar e o suspense, de modo que o inesperado desfecho ocorra de maneira natural. Mesmo que a atuação do protagonista não ajude em nada, em um elenco onde apenas Scarlett Johansson brilha.
O filme abre mão da oportunidade de ser excelente, e se mantem em um território onde é apenas bom.
Talvez apostar no óbvio poderia render frutos melhores, focando no drama entre escolher uma vida perfeita ao lado de uma mulher que lhe fornece tudo, ou abrir mão disso e se arriscar em busca de uma paixão arrebatadora.
Em vez disso o que vemos é a trajetória de ascensão de um jovem capaz de tudo para conquistar seus desejos. O que destoa um pouco ao olharmos para aquele tenista que arranja emprego em um clube.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraApós uma madrugada assistindo Antes da Meia-Noite pela quinta vez, algo veio em minha mente. Sobre a possibilidade de haver uma sequência para o filme, até onde eu sei os atores não negaram ou confirmaram a possibilidade.
Mas eu lhes digo, haverá um sequência, e digo mais, ela se chamará algo como Antes do Adeus. E contará a morte de um dos personagens, provavelmente Celine, e como Jesse encara esta situação.
Porque digo isso, na cena da mesa, vemos Jesse e Celine encarando o seu passado (o casal de jovens gregos) o presente (eles mesmos) e o futuro (o senhor contando sobre sua esposa). Se formos seguir esta lógica o desfecho para a história é evidente.
Lembrando que Jesse sempre demonstrou mais seus sentimentos do que Celine, é ele que a convenceu de descer do trem, ele quem escreveu o livro contando sua história, seria um final digno do melhor casal do cinema.
Teorias da conspiração a parte, aprendi muito com Jesse e Celine, seria um honra poder vê-los novamente, nem que seja pela última vez.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraPassarei os próximos 20 dias cantando Let It Go.
Aproximadamente.
Cine Holliúdy
3.5 609 Assista AgoraUm dia me perguntaram o futuro do cinema e eu fiquei sem resposta.
Mas hoje eu posso afirmar que enquanto houver vida, haverá cinema.
Pois a vida não existe sem história.
Nem a vida faz sentido sem suas histórias pra contar.