Você não verá um filme sobre o monstro Godzilla, este é apenas mais um personagem dentro da narrativa. Isto não é nenhum defeito, pelo contrário, utilizar a criatura como plano de fundo para contar uma história "humana" é algo muito válido. O problema maior é a troca de protagonistas no meio do filme, você já tinha um personagem muito bem estabelecido que é deixado de lado para dar lugar a seu filho, que não possui o mesmo carisma nem profundidade.
Em 1995 Richard Linklater criou o primeiro filme daquela que viria a ser a minha trilogia favorita do cinema. Digo minha, porque quando se gosta de algo a ponto daquilo mudar a sua vida, você a toma para si. Mas a trilogia do Antes não é o foco, em 2002 ele começou a filmar Boyhood com um menino de 6 anos de idade, a partir de então vem construindo seu filme ao longo desses 12 anos. Mostrando toda a evolução do garoto, passando por diversas fases de sua vida. P$#@, olha o poder do audiovisual em sua forma máxima, registrar fragmentos de história, num grande período de tempo a fim de produzir uma história maior. Richard Linklater realmente me entende...
A primeira vez que ouvi falar sobre Antes da Meia-Noite foi em uma declaração dada por Ethan Hawke em 2012, na qual ele dizia ser um bom momento para realizar outro filme, pois daria um intervalo de 9 anos do segundo filme, mesmo tempo entre os dois primeiros. Obviamente eu queria uma sequência, confesso que não sabia o que esperar, os dois filmes se encaixavam perfeitamente, seria um terceiro que iria quebrar toda a magia? E se estragassem a história? Mas então lembrei que seria impossível, o mesmo trio que me entregou os meus filmes favoritos da vida estava de volta ao trabalho, com os mesmos personagens que conhecem a tanto tempo. Com a divulgação da primeira foto caí na realidade, ver Jesse e Celine 9 anos após Antes do Pôr-do-Sol ainda juntos era um sentimento muito mais forte do que eu sequer poderia imaginar. Fugi de todos os demais meios de divulgação, fotos, trailers e afins, o importante é que eu veria novamente o meu casal favorito do cinema e tinha que ser uma experiência máxima. Ainda me lembro da primeira vez que assisti Antes do Amanhecer, foi em alguma madrugada de 2010, posso dizer que não foi apenas um divisor de águas no quesito filmes, mas sim mudou a minha vida toda. É como se tudo aquilo que você acreditasse estivesse ali na tela em forma de um longa-metragem, em algum lugar do mundo existia um casal de atores e um diretor que apesar de não saberem da minha existência me compreendiam mais do que todas as pessoas que já conheci.
Sobre Antes da Meia-Noite, fiquei super feliz após começar o filme em saber que eles se casaram, enfim eu sabia o que tinha acontecido após a perda daquele avião. Mas após viverem dois filmes sonhando chegou a hora de Jesse e Celine encararem a realidade. É incrível como depois de tanto tempo eles ainda mantinham a mesma química do primeiro filme, as personalidades ainda estavam ali, agora muito mais experientes, mas ainda é possível fazer inúmeras referências entre este casal que curte férias na Grécia e aquele que se encontrou em um trem na Europa. Porém logo nos primeiros minutos percebi que havia algo diferente, o romantismo foi quase todo deixado de lado, dando lugar a discussões e temas mais sérios. E isto se manteve, com pequenas brechas, o filme todo. Jesse e Celine agora já não precisam mais conhecer um ao outro, serem sutis, eles se conhecem muito bem e sabem exatamente o que dizer. Não que Antes da Meia-Noite seja um anti-romance, pelo contrário, ele é romântico a sua maneira. Aquele casal que teve dois breves encontros na vida, agora passaram 9 anos juntos, acordando e dormindo todo o dia juntos. A rotina, os filhos, o trabalho, isto afeta qualquer relação, aqui não poderia ser diferente. Mas o amor ainda esta presente nas suas vidas, os diálogos, os planos, as expressões permaneceram intactas. Com um acréscimo, experiência de vida. Se o primeiro filme era mágico, o segundo era reflexivo, este terceiro é realista. Apresenta as coisas como elas são, e mostra que para tudo na vida existem fases. Já ao final do filme, após passarem por uma discussão forte em um quarto de hotel, Jesse vai atrás de Celine para se reconciliar com sua amada. Interessante observar que o argumento utilizado por ele é exatamente o mesmo que a 18 anos atrás, uma viagem no tempo de um futuro próximo. A trilogia se fecha perfeitamente, o jovem Jesse de Antes do Amanhecer para convencer aquela garota a entrar em uma aventura com ele, pede que ela se imagine anos depois, casada e com filhos, seu casamento estaria em crise e ela se lembraria de todos os encontros que teve antes de se casar, após uma reflexão perceberia que fez a escolha certa. Jesse se tornou esse marido do futuro, e ao fazer a reflexão Celine de Antes da Meia-Noite se lembraria daquele Jesse ousado e sonhador, que foi capaz de em uma única noite faze-la se apaixonar por ele. Louco, não? uahsuas Assistir a trilogia é mais do que olhar 3 filmes, é ter uma experiência cinematográfica incrível, uma análise do ser humano ao longo de 18 anos.
O que o destino guarda para nós? É com essa pergunta que Escrito nas Estrelas constrói uma excelente história de amor. Dois jovens que nunca se viram antes passam um momento juntos, a identificação é máxima e algo começa a surgir entre eles, mas suas vidas são muitos diferentes. Eles se separam e deixam que o destino escolha qual o rumo de suas vidas. Kate Beckinsale nunca foi a minha atriz favorita, John Cusack muito menos. Mas a química entre ambos, a maneira como se olham, os detalhes, enfim, é uma interação tão grande, que eu só lembro de ter visto antes no cinema em um casal passeando pela Europa de trem. Aquele momento mágico que viveram os marcou pelo resto da vida, pois aquilo ali era o amor verdadeiro. Seguiram a vida, se relacionaram com outras pessoas, mas jamais sentiram algo parecido. O filme discute se devemos nos entregar totalmente a possibilidade de viver este amor, ou seguir a vida em seu curso natural. É repleto de clichês e situações forçadas, mas é isso que faz o filme funcionar e nos mostra que sempre vale a pena a busca pelo amor. O final mesmo sendo óbvio me emocionou, talvez por eu ser um romântico-idealista, e Escrito nas Estrelas é um filme para quem acredita no amor.
O filme se sustenta todo em cima da atuação de Leandra Leal, sendo as cenas em que ela divide a tela com o seu "amigo" as melhores do longa. Existe uma poesia implícita em seus diálogos e gestos, o drama é sentido por ambos e compartilhado. A protagonista sempre procurou de fugir de uma relação mais próxima com qualquer pessoa, seja amigos ou familiares, ela tem neste "amigo" uma maneira que criou para substituir essas relações. Com o decorrer do filme ela vai se envolvendo melhor com as pessoas de sua volta, e esta presença vai se tornado cada vez menos necessária. De modo que ao final do filme, ele vai embora de vez provando que ela resolveu seus problemas de relacionamento e já esta pronta para seguir sozinha. O filme é isso, os demais elementos são desnecessários e fora de tom, o amigo gay, o amante argentino, as pessoas da comunidade, tudo isso poderia ser retirado do filme sem perca alguma. É um bom filme, mas poderia ser um drama intimista excepcional se focasse 100% na protagonista.
Um filme vazio, sobre personagens vazios, vivendo seus dramas vazios. É construído em cima dos jogos de poder, sedução e ganância exercidos pelos personagens, porém esquece de dar profundidade aos mesmos, de fazer com que quem assista o longa realmente se importe com aquilo que esta vendo. A sensação é de total desinteresse pela história, que logo vira tédio e os 100 minutos se prolongam eternamente. É muito difícil você comprar uma história quando os personagens são indiferentes e parecem deslocados dentro da própria narrativa. E quando a única personagem envolvente e cativante aparece, sendo a única coisa real e viva dentro daquele universo apático, infelizmente já estamos nos minutos finais de filme.
Kick-Ass 2 desperdiça o excelente legado deixado pelo primeiro filme e entrega uma obra que desconstrói os personagens dentro de seus próprios universos. Após a surpresa que foi Kick-Ass 1 não tinha como não se empolgar com a sequência, que seguiria as aventuras do herói agora tendo que lidar com as consequências de suas escolhas. Infelizmente com as mudanças de direção e roteirista, este longa decai em um nível astronômico se comparado ao seu antecessor. Todos os personagens estão ali, já com suas personalidades e atitudes definidas, com uma a base pronta para o enredo. O que parecia fácil se complicou muito pois o roteiro deste segundo filme não soube trabalhar com a questão chave da série,- ser um super-herói-. Não conseguiu se definir como uma história em quadrinhos filmada ou um filme ambientado na realidade. Se a violência do primeiro filme tinha o propósito de ajudar a contar a história de maneira crua e real, aqui ela é apenas jogada em cena sem um razão específica, como se dissesse: "Olha, estamos fazendo um filme violento que nem o outro."
Mas o pior de tudo é a cena final, o beijo entre Kick-Ass e Hit-Girl descontextualiza tudo o que foi feito/dito por ambos os personagens. Tentando forçar um romance onde nunca existiu sequer essa possibilidade.
Como fã incondicional do primeiro filme é uma pena esta sequência, que praticamente mata as chances de um terceiro filme.
Utilizando-se de clipes do youtube e filmagens amadoras inseridas no decorrer do filme, a história tenta mostrar como são feitos os hits de hoje em dia. Acerta ao fazer uma critica a esse modelo de videoclipe, que sem conteúdo fornece apenas um amontoado de cenas amadoras filmadas sem nexo algum. Onde a principal regra é aparecer, seja em clipes musicais ou programas de auditório que ridicularizam seus convidados. O filme tem uma estética suja, mostrando o lado B da juventude pernambucana, com suas principais locações se dando no subúrbio, fica evidente a vontade de expor a favela, entrando na periferia da cidade. Ambientando suas personagens nos palcos do nordeste ao ritmo do tecno-brega. Tecnicamente o longa tem seus altos e baixos, a direção é um tanto confusa principalmente na questão dos atores, cortes desnecessários e planos confusos evidenciam uma montagem ainda pior. A fotografia é discreta em algumas cenas e exagerada em outras, principalmente nos números musicais. Mas de longe é no roteiro que estão as maiores falhas do filme, a divisão de protagonismo entre as duas dançarinas não é bem feita. Em momentos temos Shelly como foco, em outros Jaque, sendo que nenhuma das duas personalidades é bem construída e estruturada. Temos duas protagonistas rasas e sem contexto, jogadas em um roteiro vazio e com muitas cenas soltas. O que poderia ser pior, pois muitas dessas falhas são amenizadas pela brilhante atuação de Maeve Jinkings. Carregando o elenco nas costas, ela faz milagre e consegue dar alguma camada de profundidade a sua personagem, embora ainda muito prejudicada por um roteiro limitado. Não é sempre que vemos alguém recitar dramaticamente com lágrimas nos olhos a letra “Chupa que é de Uva”.
É um filme de descobertas, a trajetória das garotas jogadas a própria sorte em um país estranho, é um meio que as faz evoluir como pessoas. É perceptível o desenvolvimento de personalidade de ambas durante o longa, ao final são pessoas completamente diferentes daquelas que começaram o filme. A vida ensina, é para elas a necessidade é uma forma de aprendizado. E aprendem a lição mais importante de suas vidas, confiar uma na outra sempre. Seria impossível qualquer uma sobreviver sem a outra, é nesta irmandade que tiram forças para superar os muitos problemas que as esperam. A diretora trata ainda de muitas questões que envolviam os africanos na época, como preconceito por parte dos Portugueses, a insegurança de estar fora de sua terra natal mostrando a dúvida de se vale a pena voltar para o seu país sabendo das péssimas condições de vida ou se é melhor tentar a sorte em terras estrangeiras. Todos estes pontos são vividos por Maria e Alda, que como duas adolescentes inexperientes tem muito mais descobertas a fazer. A questão da sexualidade é abordada de maneira crua, mas cômica, o que faz um bom contraponto com o restante do filme, que se baseia praticamente no drama. O roteiro é fechado sem muitos rodeios ou reviravoltas, o que o faz ser eficiente para o que foi proposto, mas também evita maiores surpresas ou emoções. As duas atrizes principais estão bem, pois conseguem sustentar o filme praticamente sozinhas, apesar de não terem sido muito exigidas. “Por Aqui Tudo Bem” faz o que veio para fazer, sem muitos erros graves se mantém na média. Mas não se permite ousar, e esta rigidez transcende a tela, por muitas vezes torna o filme frio e seco. Com uma dose a mais de emoção e um pouco de audácia teríamos um filme mais confortável de se assistir e se emocionar.
Para quem estuda Jornalismo e pretende seguir a profissão o filme é válido, pois expõe um lado pouco conhecido das revistas americanas, além contar um dos fatos mais marcantes do jornalismo digital. Para quem é cinéfilo e pretende seguir a carreira no cinema, é mais um exemplar de algo que poderia ser muito melhor, mas não aproveitou todo o seu potencial.
Charles Foster Kane foi um homem que sempre teve tudo o que quis, e sabia muito bem o que queria. Soube administrar e multiplicar o dinheiro que herdara de sua família, uma pessoa de princípios que mesmo com uma imensa fortuna sempre demonstrou deixa-la em segundo plano. Orson Welles humaniza seu personagem de tal modo, que não lhe cabe o julgamento de herói ou vilão, ele apenas é alguém que age dentro de suas convicções. Mas o filme mostra que todo o homem pode ser corrompido pelo poder, perdendo o conceito de felicidade e amor verdadeiro, esquecendo os pequenos prazeres da vida. Por trás deste grande filme e de todas as técnicas nele empregadas a mensagem é a mais clichê possível, dinheiro não traz felicidade.
Quem diria que a voluptuosa atriz de série e o cara mais nerd do cinema pudessem formar um casal, que é deveras incomum a princípio, mas com uma química tão forte que conseguimos compreender o porquê de eles terem se dado bem. Eles são especiais em seus próprios mundos, não se encaixam dentro da sociedade, como dois desajustados perdidos na vida. E gostam disso, de se sentirem diferentes, mas ao mesmo tempo queriam ser aceitos nesse mundo do qual não pertencem. Por isso por vezes acabam se deixando levar pelos outros, entrando em relações vazias e sem sentimentos, apenas para manter um status. Pela primeira vez podem ter encontrado alguém cuja mente não seja vazia e sem conteúdo, alguém que vale a pena lutar, e aquilo que tinham antes já não serve mais. Dentre milhares de pessoas que conhecem durante a vida, aquela é a única que realmente te entende. As relações estão cada vez mais fúteis e superficiais, o velho romantismo foi deixado de lado para dar lugar ao bate-papo, deste modo às pessoas mantêm um relacionamento mais para os outros do que para si mesmo. Nick e Norah mostram que ainda há salvação para este mundo, longas conversas dividindo musicas e ideias, o ato de gostar de alguém apenas pelo prazer se sua companhia. É como diriam os Beatles, às vezes só precisamos de alguém para segurar a mão.
Uma nova visão para o que pode até ser considerado um lugar comum, um grupo de amigos que se reúne durante as férias para relembrar os velhos tempos, mas as descobertas e os segredos que guardavam colocam essa amizade em jogo. Até aqui nenhuma novidade, o que se diferencia em Até a Eternidade é a maneira como são trabalhadas as relações entre essas pessoas. O longa se desenvolve em um bom ritmo, porém sem pressa alguma. Dando tempo suficiente para aprofundar os personagens e entregar a personalidade de cada um, sem deixar ninguém de fora. Como o filme não possui um protagonista definido e o principal aqui é o grupo, esse desenvolvimento é crucial para entrarmos na história. Contando com grandes nomes do cinema Francês atualmente, como Marion Cotillard, François Cluzet e Jean Dujardin. Não destaca nem exclui ninguém, cada um tendo o seu momento em tela, construindo em harmonia com os demais uma comédia dramática muito agradável e honesta. Que apesar de sua temática forte se mostra bem leve e descontraída.
Primeiro filme que eu assisto de Jean-Luc Godard e também o primeiro da Nouvelle Vague. Gostei muito da parte estética do filme, fotografia em preto e branco, cortes bruscos no meio das cenas. Mas o que mais me chamou a atenção foi a relação e os diálogos do casal. Em um quarto refletem sobre o mundo fora dele, de uma maneira honesta sem enaltações. Tanto Godard quanto a Nouvelle Vague contribuíram muito para a história do cinema, Acossado para mim foi apenas o primeiro passo nessa jornada, e creio que tenha começado muto bem.
Muito antes de assistir Cantando na Chuva obviamente já tinha conhecimento da música "Singin' in the Rain" e da sequência da qual ela aparece. O que me surpreendeu foi o fato de que o melhor numero musical em que ela esta presente não é o que eu já conhecia.
Já havia visto Gene Kelly pulando em poças de água ao cantar, mas o final em que Kathy canta atrás de uma cortina é belíssimo e até mesmo emocionante.
Cantando na Chuva é um musical que permanece perfeito até hoje, mesmo para quem não se considera fã do gênero. Pouca vezes vi um coadjuvante tão carismático como Donald O'Connor.
Um filme não para ser entendido, mas sim sentido. Um embaralhamento de imagens jogadas em tela fazem o espectador tentar reunir elementos a fim de montar uma narrativa. Esta narrativa é o que menos importa, a história esta sendo contada, mas do seu jeito. O romance se destaca no meio de tantas sequencias perdidas, ao tratar de assuntos relevantes na vida de um casal. Todos veem o mesmo filme, mas cada um leva dele algo diferente.
A premissa do filme é excelente, que se mostra bem realizada até a sua metade. Eventos acontecem e mudam o foco do longa, mudança que prejudica muito, pois ele estava indo bem e realmente prendendo a atenção. A atmosfera consultórios/medicamentos é muito interessante e tem potencial para servir como temática de qualquer filme, podendo usa-la como objeto principal ou pano de fundo. Aqui não é uma coisa nem outra. Não se aprofunda no assunto o suficiente e nem o trabalha da maneira adequada. A investigação acaba sendo confusa e as reviravoltas mais ainda.
O Homem de Aço define o personagem no cinema, deixando claro que agora temos um Superman para ser trabalhado nos próximos filmes. Essa definição é construída ao longo de todo o filme, desde o começo em Krypton, até a vida adulta de Clark. Sabemos como ele foi concebido, quais as suas motivações e dúvidas. O filme dedica grande parte a esta construção, aliás todo o filme é de elaborações. Pois há tempos não se tinha a figura de um Superman na telona, então era necessário estabelecer esse herói. Apresenta-lo ao público, um Superman invulnerável, mas orgânico. Sofrendo o drama de não pertencer a este lugar, viveu uma vida escondendo sua natureza, tentando encontrar seu lugar no mundo. Este lado emocional e dramático é muito bem produzido, sem duvida o maior acerto do filme. Que não é perfeito, longe disso. O último ato é exagerado e megalomaníaco, o excesso de flashbacks atrapalha o ritmo do filme, se tornando arrastado em certos momentos e rápido demais em outros. Certas decisões de roteiro também não agradam muito, mas dai cabe a interpretação pessoal. É perceptível o cuidado com a escolha do elenco, praticamente todos se saem muito bem. Amy Adams faz sua Lois Lane não ser apenas a namorada do herói, lhe conferindo uma carga dramática necessária para se explorar em um romance com Clark. Relação que ainda não é bem concretizada, mas deixa um ótimo potencial para os filmes posteriores. Entre erros e acertos o saldo é positivo e O Homem de Aço é primeiro passo dessa nova jornada do herói nos cinemas. Em um universo maior funciona como Batman Begins, definindo o personagem e deixando uma boa base para a continuação. Tendo em vista que o maior vilão da mitologia Superman não apareceu no primeiro filme, resta a duvida se o Homem de Aço 2 se equivalerá a The Dark Knight.
Oz: Mágico e Poderoso presta bonitas homenagens ao filme de 1939, mas consegue se sustentar sozinho como um longa independente. Sem a necessidade de se ter visto o original, mas com certeza a experiência é muito mais grata se já tiver o assistido. É uma volta ao mundo de Oz, uma nova história explorando este fantástico universo. O filme é infantil, talvez por isso tenha dividido opiniões, estamos em uma época em que esta na moda "adultizar" certas franquias dando uma abordagem mais séria. Oz: Mágico e Poderoso é o contrário de tudo isso, mantém os mesmos elementos infantis de sempre, e é nisto que esta a beleza do filme. Bruxas no estilo clássico com suas varinhas e narizes. A fotografia é o maior destaque do longa, o preto e branco do início é essencial e muito bem feito, e quando chegamos a Oz o mundo se abre juntamente com a tela, em um ambiente marcado por cores fortes e belas paisagens. Para que se fazer remake quando se pode contar uma nova história complementando a obra original.
Godzilla
3.1 2,1K Assista AgoraVocê não verá um filme sobre o monstro Godzilla, este é apenas mais um personagem dentro da narrativa. Isto não é nenhum defeito, pelo contrário, utilizar a criatura como plano de fundo para contar uma história "humana" é algo muito válido.
O problema maior é a troca de protagonistas no meio do filme, você já tinha um personagem muito bem estabelecido que é deixado de lado para dar lugar a seu filho, que não possui o mesmo carisma nem profundidade.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraEm 1995 Richard Linklater criou o primeiro filme daquela que viria a ser a minha trilogia favorita do cinema. Digo minha, porque quando se gosta de algo a ponto daquilo mudar a sua vida, você a toma para si.
Mas a trilogia do Antes não é o foco, em 2002 ele começou a filmar Boyhood com um menino de 6 anos de idade, a partir de então vem construindo seu filme ao longo desses 12 anos. Mostrando toda a evolução do garoto, passando por diversas fases de sua vida.
P$#@, olha o poder do audiovisual em sua forma máxima, registrar fragmentos de história, num grande período de tempo a fim de produzir uma história maior.
Richard Linklater realmente me entende...
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraA primeira vez que ouvi falar sobre Antes da Meia-Noite foi em uma declaração dada por Ethan Hawke em 2012, na qual ele dizia ser um bom momento para realizar outro filme, pois daria um intervalo de 9 anos do segundo filme, mesmo tempo entre os dois primeiros.
Obviamente eu queria uma sequência, confesso que não sabia o que esperar, os dois filmes se encaixavam perfeitamente, seria um terceiro que iria quebrar toda a magia? E se estragassem a história? Mas então lembrei que seria impossível, o mesmo trio que me entregou os meus filmes favoritos da vida estava de volta ao trabalho, com os mesmos personagens que conhecem a tanto tempo.
Com a divulgação da primeira foto caí na realidade, ver Jesse e Celine 9 anos após Antes do Pôr-do-Sol ainda juntos era um sentimento muito mais forte do que eu sequer poderia imaginar. Fugi de todos os demais meios de divulgação, fotos, trailers e afins, o importante é que eu veria novamente o meu casal favorito do cinema e tinha que ser uma experiência máxima.
Ainda me lembro da primeira vez que assisti Antes do Amanhecer, foi em alguma madrugada de 2010, posso dizer que não foi apenas um divisor de águas no quesito filmes, mas sim mudou a minha vida toda. É como se tudo aquilo que você acreditasse estivesse ali na tela em forma de um longa-metragem, em algum lugar do mundo existia um casal de atores e um diretor que apesar de não saberem da minha existência me compreendiam mais do que todas as pessoas que já conheci.
Sobre Antes da Meia-Noite, fiquei super feliz após começar o filme em saber que eles se casaram, enfim eu sabia o que tinha acontecido após a perda daquele avião. Mas após viverem dois filmes sonhando chegou a hora de Jesse e Celine encararem a realidade. É incrível como depois de tanto tempo eles ainda mantinham a mesma química do primeiro filme, as personalidades ainda estavam ali, agora muito mais experientes, mas ainda é possível fazer inúmeras referências entre este casal que curte férias na Grécia e aquele que se encontrou em um trem na Europa.
Porém logo nos primeiros minutos percebi que havia algo diferente, o romantismo foi quase todo deixado de lado, dando lugar a discussões e temas mais sérios. E isto se manteve, com pequenas brechas, o filme todo. Jesse e Celine agora já não precisam mais conhecer um ao outro, serem sutis, eles se conhecem muito bem e sabem exatamente o que dizer.
Não que Antes da Meia-Noite seja um anti-romance, pelo contrário, ele é romântico a sua maneira. Aquele casal que teve dois breves encontros na vida, agora passaram 9 anos juntos, acordando e dormindo todo o dia juntos. A rotina, os filhos, o trabalho, isto afeta qualquer relação, aqui não poderia ser diferente.
Mas o amor ainda esta presente nas suas vidas, os diálogos, os planos, as expressões permaneceram intactas. Com um acréscimo, experiência de vida. Se o primeiro filme era mágico, o segundo era reflexivo, este terceiro é realista. Apresenta as coisas como elas são, e mostra que para tudo na vida existem fases.
Já ao final do filme, após passarem por uma discussão forte em um quarto de hotel, Jesse vai atrás de Celine para se reconciliar com sua amada. Interessante observar que o argumento utilizado por ele é exatamente o mesmo que a 18 anos atrás, uma viagem no tempo de um futuro próximo.
A trilogia se fecha perfeitamente, o jovem Jesse de Antes do Amanhecer para convencer aquela garota a entrar em uma aventura com ele, pede que ela se imagine anos depois, casada e com filhos, seu casamento estaria em crise e ela se lembraria de todos os encontros que teve antes de se casar, após uma reflexão perceberia que fez a escolha certa.
Jesse se tornou esse marido do futuro, e ao fazer a reflexão Celine de Antes da Meia-Noite se lembraria daquele Jesse ousado e sonhador, que foi capaz de em uma única noite faze-la se apaixonar por ele. Louco, não? uahsuas
Assistir a trilogia é mais do que olhar 3 filmes, é ter uma experiência cinematográfica incrível, uma análise do ser humano ao longo de 18 anos.
Escrito nas Estrelas
3.5 472O que o destino guarda para nós?
É com essa pergunta que Escrito nas Estrelas constrói uma excelente história de amor.
Dois jovens que nunca se viram antes passam um momento juntos, a identificação é máxima e algo começa a surgir entre eles, mas suas vidas são muitos diferentes. Eles se separam e deixam que o destino escolha qual o rumo de suas vidas.
Kate Beckinsale nunca foi a minha atriz favorita, John Cusack muito menos. Mas a química entre ambos, a maneira como se olham, os detalhes, enfim, é uma interação tão grande, que eu só lembro de ter visto antes no cinema em um casal passeando pela Europa de trem.
Aquele momento mágico que viveram os marcou pelo resto da vida, pois aquilo ali era o amor verdadeiro. Seguiram a vida, se relacionaram com outras pessoas, mas jamais sentiram algo parecido. O filme discute se devemos nos entregar totalmente a possibilidade de viver este amor, ou seguir a vida em seu curso natural.
É repleto de clichês e situações forçadas, mas é isso que faz o filme funcionar e nos mostra que sempre vale a pena a busca pelo amor. O final mesmo sendo óbvio me emocionou, talvez por eu ser um romântico-idealista, e Escrito nas Estrelas é um filme para quem acredita no amor.
Forget Me Not
3.4 18Alguém sabe se existe algum lugar dessa internet onde tenha uma legenda em pt-br para esse filme?
Estamos Juntos
2.9 245 Assista AgoraO filme se sustenta todo em cima da atuação de Leandra Leal, sendo as cenas em que ela divide a tela com o seu "amigo" as melhores
do longa. Existe uma poesia implícita em seus diálogos e gestos, o drama é sentido por ambos e compartilhado.
A protagonista sempre procurou de fugir de uma relação mais próxima com qualquer pessoa, seja amigos ou familiares, ela tem neste "amigo" uma maneira que criou para substituir essas relações. Com o decorrer do filme ela vai se envolvendo melhor com as pessoas de sua volta, e esta presença vai se tornado cada vez menos necessária. De modo que ao final do filme, ele vai embora de vez provando que ela resolveu seus problemas de relacionamento e já esta pronta para seguir sozinha.
O filme é isso, os demais elementos são desnecessários e fora de tom, o amigo gay, o amante argentino, as pessoas da comunidade, tudo isso poderia ser retirado do filme sem perca alguma.
É um bom filme, mas poderia ser um drama intimista excepcional se focasse 100% na protagonista.
Paixão
2.7 333Um filme vazio, sobre personagens vazios, vivendo seus dramas vazios.
É construído em cima dos jogos de poder, sedução e ganância exercidos pelos personagens, porém esquece de dar profundidade aos mesmos, de fazer com que quem assista o longa realmente se importe com aquilo que esta vendo.
A sensação é de total desinteresse pela história, que logo vira tédio e os 100 minutos se prolongam eternamente.
É muito difícil você comprar uma história quando os personagens são indiferentes e parecem deslocados dentro da própria narrativa.
E quando a única personagem envolvente e cativante aparece, sendo a única coisa real e viva dentro daquele universo apático, infelizmente já estamos nos minutos finais de filme.
Kick-Ass 2
3.6 1,8K Assista AgoraKick-Ass 2 desperdiça o excelente legado deixado pelo primeiro filme e entrega uma obra que desconstrói os personagens dentro de seus próprios universos.
Após a surpresa que foi Kick-Ass 1 não tinha como não se empolgar com a sequência, que seguiria as aventuras do herói agora tendo que lidar com as consequências de suas escolhas.
Infelizmente com as mudanças de direção e roteirista, este longa decai em um nível astronômico se comparado ao seu antecessor.
Todos os personagens estão ali, já com suas personalidades e atitudes definidas, com uma a base pronta para o enredo.
O que parecia fácil se complicou muito pois o roteiro deste segundo filme não soube trabalhar com a questão chave da série,- ser um super-herói-.
Não conseguiu se definir como uma história em quadrinhos filmada ou um filme ambientado na realidade.
Se a violência do primeiro filme tinha o propósito de ajudar a contar a história de maneira crua e real, aqui ela é apenas jogada em cena sem um razão específica, como se dissesse: "Olha, estamos fazendo um filme violento que nem o outro."
Mas o pior de tudo é a cena final, o beijo entre Kick-Ass e Hit-Girl descontextualiza tudo o que foi feito/dito por ambos os personagens. Tentando forçar um romance onde nunca existiu sequer essa possibilidade.
Como fã incondicional do primeiro filme é uma pena esta sequência, que praticamente mata as chances de um terceiro filme.
Amor, Plástico e Barulho
3.5 75Utilizando-se de clipes do youtube e filmagens amadoras inseridas no decorrer do filme, a história tenta mostrar como são feitos os hits de hoje em dia. Acerta ao fazer uma critica a esse modelo de videoclipe, que sem conteúdo fornece apenas um amontoado de cenas amadoras filmadas sem nexo algum. Onde a principal regra é aparecer, seja em clipes musicais ou programas de auditório que ridicularizam seus convidados.
O filme tem uma estética suja, mostrando o lado B da juventude pernambucana, com suas principais locações se dando no subúrbio, fica evidente a vontade de expor a favela, entrando na periferia da cidade. Ambientando suas personagens nos palcos do nordeste ao ritmo do tecno-brega.
Tecnicamente o longa tem seus altos e baixos, a direção é um tanto confusa principalmente na questão dos atores, cortes desnecessários e planos confusos evidenciam uma montagem ainda pior. A fotografia é discreta em algumas cenas e exagerada em outras, principalmente nos números musicais.
Mas de longe é no roteiro que estão as maiores falhas do filme, a divisão de protagonismo entre as duas dançarinas não é bem feita. Em momentos temos Shelly como foco, em outros Jaque, sendo que nenhuma das duas personalidades é bem construída e estruturada. Temos duas protagonistas rasas e sem contexto, jogadas em um roteiro vazio e com muitas cenas soltas.
O que poderia ser pior, pois muitas dessas falhas são amenizadas pela brilhante atuação de Maeve Jinkings. Carregando o elenco nas costas, ela faz milagre e consegue dar alguma camada de profundidade a sua personagem, embora ainda muito prejudicada por um roteiro limitado. Não é sempre que vemos alguém recitar dramaticamente com lágrimas nos olhos a letra “Chupa que é de Uva”.
Alda e Maria, Por Aqui Tudo Bem
3.0 1É um filme de descobertas, a trajetória das garotas jogadas a própria sorte em um país estranho, é um meio que as faz evoluir como pessoas. É perceptível o desenvolvimento de personalidade de ambas durante o longa, ao final são pessoas completamente diferentes daquelas que começaram o filme.
A vida ensina, é para elas a necessidade é uma forma de aprendizado. E aprendem a lição mais importante de suas vidas, confiar uma na outra sempre. Seria impossível qualquer uma sobreviver sem a outra, é nesta irmandade que tiram forças para superar os muitos problemas que as esperam.
A diretora trata ainda de muitas questões que envolviam os africanos na época, como preconceito por parte dos Portugueses, a insegurança de estar fora de sua terra natal mostrando a dúvida de se vale a pena voltar para o seu país sabendo das péssimas condições de vida ou se é melhor tentar a sorte em terras estrangeiras.
Todos estes pontos são vividos por Maria e Alda, que como duas adolescentes inexperientes tem muito mais descobertas a fazer. A questão da sexualidade é abordada de maneira crua, mas cômica, o que faz um bom contraponto com o restante do filme, que se baseia praticamente no drama.
O roteiro é fechado sem muitos rodeios ou reviravoltas, o que o faz ser eficiente para o que foi proposto, mas também evita maiores surpresas ou emoções. As duas atrizes principais estão bem, pois conseguem sustentar o filme praticamente sozinhas, apesar de não terem sido muito exigidas.
“Por Aqui Tudo Bem” faz o que veio para fazer, sem muitos erros graves se mantém na média. Mas não se permite ousar, e esta rigidez transcende a tela, por muitas vezes torna o filme frio e seco. Com uma dose a mais de emoção e um pouco de audácia teríamos um filme mais confortável de se assistir e se emocionar.
O Preço de uma Verdade
3.5 66Para quem estuda Jornalismo e pretende seguir a profissão o filme é válido, pois expõe um lado pouco conhecido das revistas americanas, além contar um dos fatos mais marcantes do jornalismo digital. Para quem é cinéfilo e pretende seguir a carreira no cinema, é mais um exemplar de algo que poderia ser muito melhor, mas não aproveitou todo o seu potencial.
Cidadão Kane
4.3 990 Assista AgoraCharles Foster Kane foi um homem que sempre teve tudo o que quis, e sabia muito bem o que queria. Soube administrar e multiplicar o dinheiro que herdara de sua família, uma pessoa de princípios que mesmo com uma imensa fortuna sempre demonstrou deixa-la em segundo plano. Orson Welles humaniza seu personagem de tal modo, que não lhe cabe o julgamento de herói ou vilão, ele apenas é alguém que age dentro de suas convicções. Mas o filme mostra que todo o homem pode ser corrompido pelo poder, perdendo o conceito de felicidade e amor verdadeiro, esquecendo os pequenos prazeres da vida. Por trás deste grande filme e de todas as técnicas nele empregadas a mensagem é a mais clichê possível, dinheiro não traz felicidade.
Truque de Mestre
3.8 2,5K Assista AgoraO elenco salva o filme, que não é ruim, mas com atores menos carismáticos poderia muito bem beirar um fracasso.
Nunca sequer imaginei a possibilidade da última reviravolta no final.
Ponto positivo.
Se Beber, Não Case! - Parte III
3.3 1,5K Assista AgoraTodo mundo reclamou que o segundo filme foi um cópia do primeiro, dai fazem um terceiro que o melhor é a cena pós-créditos. Vai entender...
Nick & Norah: Uma Noite de Amor e Música
3.5 846Quem diria que a voluptuosa atriz de série e o cara mais nerd do cinema pudessem formar um casal, que é deveras incomum a princípio, mas com uma química tão forte que conseguimos compreender o porquê de eles terem se dado bem.
Eles são especiais em seus próprios mundos, não se encaixam dentro da sociedade, como dois desajustados perdidos na vida. E gostam disso, de se sentirem diferentes, mas ao mesmo tempo queriam ser aceitos nesse mundo do qual não pertencem. Por isso por vezes acabam se deixando levar pelos outros, entrando em relações vazias e sem sentimentos, apenas para manter um status.
Pela primeira vez podem ter encontrado alguém cuja mente não seja vazia e sem conteúdo, alguém que vale a pena lutar, e aquilo que tinham antes já não serve mais. Dentre milhares de pessoas que conhecem durante a vida, aquela é a única que realmente te entende.
As relações estão cada vez mais fúteis e superficiais, o velho romantismo foi deixado de lado para dar lugar ao bate-papo, deste modo às pessoas mantêm um relacionamento mais para os outros do que para si mesmo.
Nick e Norah mostram que ainda há salvação para este mundo, longas conversas dividindo musicas e ideias, o ato de gostar de alguém apenas pelo prazer se sua companhia.
É como diriam os Beatles, às vezes só precisamos de alguém para segurar a mão.
Até a Eternidade
4.0 278Uma nova visão para o que pode até ser considerado um lugar comum, um grupo de amigos que se reúne durante as férias para relembrar os velhos tempos, mas as descobertas e os segredos que guardavam colocam essa amizade em jogo.
Até aqui nenhuma novidade, o que se diferencia em Até a Eternidade é a maneira como são trabalhadas as relações entre essas pessoas.
O longa se desenvolve em um bom ritmo, porém sem pressa alguma. Dando tempo suficiente para aprofundar os personagens e entregar a personalidade de cada um, sem deixar ninguém de fora.
Como o filme não possui um protagonista definido e o principal aqui é o grupo, esse desenvolvimento é crucial para entrarmos na história.
Contando com grandes nomes do cinema Francês atualmente, como Marion Cotillard, François Cluzet e Jean Dujardin. Não destaca nem exclui ninguém, cada um tendo o seu momento em tela, construindo em harmonia com os demais uma comédia dramática muito agradável e honesta. Que apesar de sua temática forte se mostra bem leve e descontraída.
Acossado
4.1 510 Assista AgoraPrimeiro filme que eu assisto de Jean-Luc Godard e também o primeiro da Nouvelle Vague.
Gostei muito da parte estética do filme, fotografia em preto e branco, cortes bruscos no meio das cenas.
Mas o que mais me chamou a atenção foi a relação e os diálogos do casal. Em um quarto refletem sobre o mundo fora dele, de uma maneira honesta sem enaltações.
Tanto Godard quanto a Nouvelle Vague contribuíram muito para a história do cinema, Acossado para mim foi apenas o primeiro passo nessa jornada, e creio que tenha começado muto bem.
Somos Tão Jovens
3.3 2,0KOu o filme não conseguiu captar a essência de Renato Russo, ou eu tinha uma ideia muito diferente sobre ele.
Talvez ambos.
Cantando na Chuva
4.4 1,1K Assista AgoraMuito antes de assistir Cantando na Chuva obviamente já tinha conhecimento da música "Singin' in the Rain" e da sequência da qual ela aparece.
O que me surpreendeu foi o fato de que o melhor numero musical em que ela esta presente não é o que eu já conhecia.
Já havia visto Gene Kelly pulando em poças de água ao cantar, mas o final em que Kathy canta atrás de uma cortina é belíssimo e até mesmo emocionante.
Cantando na Chuva é um musical que permanece perfeito até hoje, mesmo para quem não se considera fã do gênero.
Pouca vezes vi um coadjuvante tão carismático como Donald O'Connor.
Cores do Destino
3.5 196 Assista AgoraUm filme não para ser entendido, mas sim sentido.
Um embaralhamento de imagens jogadas em tela fazem o espectador tentar reunir elementos a fim de montar uma narrativa.
Esta narrativa é o que menos importa, a história esta sendo contada, mas do seu jeito.
O romance se destaca no meio de tantas sequencias perdidas, ao tratar de assuntos relevantes na vida de um casal.
Todos veem o mesmo filme, mas cada um leva dele algo diferente.
O Profissional
4.3 2,2K Assista AgoraE surge uma estrela...
Terapia de Risco
3.6 1,0K Assista AgoraA premissa do filme é excelente, que se mostra bem realizada até a sua metade.
Eventos acontecem e mudam o foco do longa, mudança que prejudica muito, pois ele estava indo bem e realmente prendendo a atenção.
A atmosfera consultórios/medicamentos é muito interessante e tem potencial para servir como temática de qualquer filme, podendo usa-la como objeto principal ou pano de fundo.
Aqui não é uma coisa nem outra. Não se aprofunda no assunto o suficiente e nem o trabalha da maneira adequada.
A investigação acaba sendo confusa e as reviravoltas mais ainda.
Um filme que faz o que este passou longe de conseguir; equilibrar a história principal com o seu contexto, O Amor e Outras Drogas.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraO Homem de Aço define o personagem no cinema, deixando claro que agora temos um Superman para ser trabalhado nos próximos filmes. Essa definição é construída ao longo de todo o filme, desde o começo em Krypton, até a vida adulta de Clark. Sabemos como ele foi concebido, quais as suas motivações e dúvidas.
O filme dedica grande parte a esta construção, aliás todo o filme é de elaborações. Pois há tempos não se tinha a figura de um Superman na telona, então era necessário estabelecer esse herói. Apresenta-lo ao público, um Superman invulnerável, mas orgânico. Sofrendo o drama de não pertencer a este lugar, viveu uma vida escondendo sua natureza, tentando encontrar seu lugar no mundo. Este lado emocional e dramático é muito bem produzido, sem duvida o maior acerto do filme.
Que não é perfeito, longe disso. O último ato é exagerado e megalomaníaco, o excesso de flashbacks atrapalha o ritmo do filme, se tornando arrastado em certos momentos e rápido demais em outros. Certas decisões de roteiro também não agradam muito, mas dai cabe a interpretação pessoal.
É perceptível o cuidado com a escolha do elenco, praticamente todos se saem muito bem. Amy Adams faz sua Lois Lane não ser apenas a namorada do herói, lhe conferindo uma carga dramática necessária para se explorar em um romance com Clark. Relação que ainda não é bem concretizada, mas deixa um ótimo potencial para os filmes posteriores.
Entre erros e acertos o saldo é positivo e O Homem de Aço é primeiro passo dessa nova jornada do herói nos cinemas. Em um universo maior funciona como Batman Begins, definindo o personagem e deixando uma boa base para a continuação. Tendo em vista que o maior vilão da mitologia Superman não apareceu no primeiro filme, resta a duvida se o Homem de Aço 2 se equivalerá a The Dark Knight.
Oz: Mágico e Poderoso
3.2 2,1K Assista AgoraOz: Mágico e Poderoso presta bonitas homenagens ao filme de 1939, mas consegue se sustentar sozinho como um longa independente. Sem a necessidade de se ter visto o original, mas com certeza a experiência é muito mais grata se já tiver o assistido.
É uma volta ao mundo de Oz, uma nova história explorando este fantástico universo.
O filme é infantil, talvez por isso tenha dividido opiniões, estamos em uma época em que esta na moda "adultizar" certas franquias dando uma abordagem mais séria.
Oz: Mágico e Poderoso é o contrário de tudo isso, mantém os mesmos elementos infantis de sempre, e é nisto que esta a beleza do filme. Bruxas no estilo clássico com suas varinhas e narizes.
A fotografia é o maior destaque do longa, o preto e branco do início é essencial e muito bem feito, e quando chegamos a Oz o mundo se abre juntamente com a tela, em um ambiente marcado por cores fortes e belas paisagens.
Para que se fazer remake quando se pode contar uma nova história complementando a obra original.