Entendo as críticas, mas poxa, em época de tantos remakes e plots repetidos, achei a história interessante, diferente e fiquei intrigada até o final. Tudo o que queria pra hoje. Além do mais, o filme vale a pena só pela cena
onde deixam claro que Briony tinha uma paixonite por Robbie. Desnecessário. Ela poderia apenas ser uma criança inocente demais, fantasiosa ou maldosa. Mas estragar a vida da irmã (e do cara) por ciúmes de macho? Achei meio meh...
Poucos filmes conseguiram me deixar tão agoniada... A passividade de Blanche é DESESPERADORA. A mulher não grita. Tudo dá errado pra ela. E ela só se salva porque Jane "permite". Sufocante.
Sobre o suposto plot do final, estava claro que Blanche não era uma santa. A sua versão mirim parecia bem revoltada; claramente as irmãs tinham rancor e ódio mútuos.
O paralelismo do título não faz referência apenas a Janis e a Ana, mas também às mães e mulheres espanholas que durante a guerra, assim como a Janis, perderam alguém. O final, com a exumação dos corpos e a gravidez da Janis, serve para trazer um pouco esperança.
"Como eu estava dizendo, custa caro ser autêntica. Nessas coisas, não se deve economizar, porque ficamos mais autênticas quanto mais nos parecemos com o que sonhamos ser".
Terminar um relacionamento é algo que exige coragem, determinação. E acredito que esse filme fala sobre isso: aquele momento em que você percebe que precisa terminar, mas começa a dar voltas ao assunto, se preocupar com os sentimentos do outro... E vai adiando, adiando...
Achei bem plausível a teoria de que tudo o que vemos é fruto da imaginação do Jake. No fim das contas, sabemos o nome dele, conhecemos a família dele, a infância dele, a profissão dele, a velhice dele... No entanto, o nome dela muda, a profissão dela muda, as roupas dela também... É como se Jake estivesse tentando criar a namorada perfeita na sua mente (por isso troca com frequência os detalhes) e até mesmo a poesia que ela escreveu e os quadros que ela pintou estão na casa dele, logo, ela é uma invenção.
Porém, acredito que o filme não seja sobre isso (não li o livro, infelizmente). Acho que ela é real, ele também. Mas o motivo pelo qual tudo o que está relacionado a ela seja tão confuso e mutável, é que ela está presa nessa relação infeliz e com o passar do tempo, vai perdendo partes de si e colocando Jake como centro da sua vida.
Quando o filme começa, ela revela que eles estão juntos há pouquíssimo tempo, a relação provavelmente não tem futuro, mas ainda assim, ela sente curiosidade por conhecer a família dele, já que ele é misterioso. Ela está alegre, vestida de vermelho intenso e amarelo (ao longo do filme, vai vestindo roupas mais escuras e frias). No carro, vemos como eles já não se dão tão bem (ela vive falando as qualidades dele, como quem precisa lembrar por que eles ainda estão juntos), mas fica claro que ela não aguenta o pedantismo dele, que não se sente confortável para dizer o que pensa...
Com a família, ela pode perceber que ele está cheio de "traumas" passados, não foi uma criança brilhante e provavelmente tinha problemas com os pais. Os pais vão envelhecendo e ela vai trocando de roupa porque, a meu ver, os anos vão passando. Ela vai imaginando como seriam futuras reuniões com eles.
Inclusive, todo o desespero por ir pra casa, pra mim, representa a vontade de sair da relação. Nunca vemos como ela chega em casa, porque acho que ela nunca terminou com ele. E permanecendo nesse relacionamento, ela foi se apagando de tal maneira que já nem se lembrava como ela era, o que gostava, o que fazia...
Por fim, acho que o zelador idoso representa o futuro que ela imagina pra ele, caso terminassem (porque terminar uma relação também traz essa sensação de culpa). Ao comprar o sorvete e ver como Jake ficou intimidado com as meninas, ela imaginou como ele seria ridicularizado na escola, como seria solitário... E no fim, vemos como seria o futuro dele caso ela permanecesse ao lado dele (ela chega a falar dque ele precisa de alguém que lhe dê apoio).
Achei um filme profundo e bem interessante (embora looongo). Particularmente, adoro obras com múltiplas interpretações, então valeu a pena para mim :)
Não curto esse tipo de comédia, mas como filme de Natal é MUITO lindo. Quando a gente pensa naqueles que já não estão aqui, passamos a valorizar mais as reuniões de família. Também me surpreendi (positivamente) com o Hassum em cenas dramáticas. Me emocionei (e até ri, confesso) em várias partes. Bem legal.
Acho que a mensagem não era a menina (pra mim, uma espécie de alucinação), mas sim o doce que, de fato, realmente chegou ao nível 0. No meio do filme, vemos o chef de cozinha pegar o doce e começar a brigar com os funcionários, achando que ele não foi comido porque tinha um fio de cabelo. Assim, o filme mostra como duas pessoas se sacrificaram para mudar o sistema, mas sua mensagem foi totalmente ignorada, e as coisas continuaram exatamente como eram. No entanto, que os chefes não tenham recebido a mensagem, não significa que as pessoas do poço não a tenham compreendido. A revolução começa de baixo. Gosto da alegoria religiosa, mas acho que a crítica social é mais forte. Vivemos numa sociedade egoísta, interessada, onde quem procura igualdade para todos é ridicularizado e o sacrifício das personagens, no fim, parece ter sido em vão. MAS, quem sabe essa atitude tenha inspirado outros detentos, iniciando assim uma revolta dentro do poço? O sistema já está tão corrompido que a mensagem só é ouvida com LUTA (a gente percebe que só com ameaça o pessoal preparou os pratos para os de baixo e só com ameaça conseguiram levar comida para os níveis mais baixos). Sem luta, sem revolução. Então, pode ser que Goreng não tenha morrido para nada, já que foi um mártir que inspirou uma mudança na logística do poço. Por algo as coisas começam a mudar.
É uma comédia romântica clichê, com uma premissa legal (e até diferente), protagonistas simpáticos, engraçadinha... Mas não consegui gostar pelo incômodo que me produziu o melhor amigo do Charlie. Que personagem babaca, grosseiro, machista... A quantidade de esgoto que saia da boca dele dava tanto nojo que tudo foi perdendo a graça. Aliás, o filme todo é extremamente problemático:
constantemente se referem às mulheres como quem falam de um pedaço de carne, é gordofóbico (Stu também é gordo, mas é homem, né, porque a mulher gorda é tratada como algo nojento, fazendo o espectador sentir empatia por Charlie quando diz que ficará com sua secretária, mesmo não sendo uma jovem, loira e magra e colocando a mulher obesa como uma mal-educada que come como um bicho, afujenta os homens e só poderia estar com alguém se emagrecesse - como sugere a matéria da TV onde ela aparece - e claro, por meio de um milagre - o Charlie -). As mulheres do filme vivem em função de encontrar alguém especial, porque obviamente toda mulher sonha com casar e ter filhos, como Stu diz várias vezes. Se Charlie demostra sentimentos, tá agindo como gay, lógico. Note-se a ironia. Além de tudo, o filme ainda é desnecessariamente apelativo.
(In)Felizmente já não dá pra ignorar essas coisas. Foram tão recorrentes que estragaram a experiência.
Em entrevista a Maurício Stycer, do UOL, o diretor, Oliver Stone, foi perguntado pelo subtítulo que o filme ganhou em português: "herói ou traidor". Stone, então, disse: "acho que muita gente pensa que ele é um traidor, mas nenhum traidor que eu conheço dá informação de graça".
Tem muita análise boa do filme nos comentários abaixo, então só vou deixar registrado que tá pra nascer uma personagem mais irritante do que Ariel. Tão inconsequente, imatura e chata que nem dá pra sentir empatia por ela... (e olha que ela é uma rebelde "com causa").
O filme não é original, mas é bem conduzido, tem uma história interessante, boas atuações, te prende durante DUAS HORAS e ainda dá pra refletir sobre ele e criar teorias.
Aí a galera vê que bombou e mesmo não gostando de distopias ou filmes do estilo, assiste só pra dizer que é um lixo e não vale o hype. Entendo que não agrade a todos, nenhum filme faz isso, mas criticar por criticar é bem ridículo (e injusto). :/
Com relação às críticas fundamentadas, gosto de pensar nesse filme como o que é:
uma história de superação de uma mulher que não queria ser mãe, mas acaba lutando contra sabe-se-lá-o-quê para se proteger e cuidar das suas crianças, conseguindo superar tudo isso e chegar num refúgio.
Costumo curtir muito simbolismos, mas neste caso, sei lá, mesmo fazendo sentido, acho que o filme perde muito se levado a esse ponto mais cult. O livro (que eu não li) pode até ser assim, mas acho que o longa é mais "povão" mesmo.
Enfim, tenho certeza que a protagonista, as crianças, os pássaros, a caixa... todos representam algo, mas acho que "Bird Box' já funciona sem ter que pensar nisso.
O filme tinha boa premissa, foi desperdiçado, deixou muitos furos e certas atuações e efeitos são questionáveis? Sim. Merece essa média tão baixa? Não. Tem filme muito pior por aí, com média muito mais alta. Esse pelo menos consegue entreter e empolgar em vários momentos. É decepcionante, mas não sofrível...
Ainda não sei o que pensar sobre o filme, mas tenho a sensação de que daqui a alguns anos, a média dele subirá bastante. É uma paródia bem inteligente (já que todos os aspectos do filme tiveram um motivo para estarem lá: personagens típicos de slashers, referências à cultura pop e até mesmo um pouco de história e filosofia). Consegue entreter e ainda dá pra refletir sobre o enredo quando o filme acaba. Infelizmente, se isso não for feito, podemos ter uma impressão muito simplista dele, o que acho bem injusto. Os melhores filmes são aqueles que dividem opiniões: são amados ou odiados. "O Segredo da Cabana" até agora, tem tudo pra virar clássico.
Achei interessante o ar folhetinesco desse filme (bem diferente do primeiro): os zooms, os diálogos solenes, aquelas subtramas que se desenvolvem (como a peça da princesa Emily), sem contar a cota de personagens estereotipados... Ficou fofinho, acho que tem potencial para um seriado, tenho até o título: "As aventuras da rainha Amber no reino de Aldóvia", rsrsrsrs.
Só eu achei que o final ainda deixou no ar a possibilidade de um terceiro filme? Na cena final, Richard diz que este Natal (casamento) foi melhor que o do ano passado (filme 1) e Amber fala que o do ano que vem pode ser ainda melhor...
Confesso que ri horrores, os diálogos eram muito forçados (os atores demoravam um tempão para dizer as suas falas, como se esperassem o diretor gritar "AÇÃO" antes de abrirem a boca), a história toda é sem pé nem cabeça (sério mesmo que o protagonista era detetive?) e final muito nonsense... Mas sei lá, acho que se você levar na esportiva, dá pra rir de desgosto.
Resumindo: o filme é uma perda de tempo, a não ser que você realmente queira ver um filme ruim (às vezes acontece).
"To Kill a Mockingbird = Matar um Rouxinol. A frase é dita uma única uma vez tanto no filme quanto no livro, ocupando apenas alguns minutos em um e algumas linhas no outro, mas que sintetiza a complexidade do Mal: por que se mataria um rouxinol, uma ave que nada faz além de cantar e ser bonita?"
Sei não... Gosto mais do remake, as situações são mais verossímeis. A atuação da Judie é ótima, mas a Bárbara Harris parecia uma maluca, não uma garota de 13 anos. Os diálogos são muito forçados ( como na cena onde o irmão da Annabel fala que gosta muito dela). Além de tudo isso, é um filme extremamente machista. Sei que são os anos 70, mas me incomodou bastante...
Um filme bem lúdico, alegre, daqueles que deixam uma sensação boa. Mesmo assim, pode se tornar meio cansativo, ao meu ver. Acho incrível como a Julie Andrews é linda e cativante, é só ela aparecer para deixar a cena mais interessante. Super merecido o Oscar de melhor atriz! Não consigo imaginar uma Mary Poppins melhor, mas vou torcer muito pela Emily Blunt.
"La llamada" é um filme muito mais complexo do que parece. O filme fala sobre esse chamado, esse momento em que sentimos que temos que mudar, quando percebemos que existe algo diferente dentro de nós, algo que temos que deixar sair. María sente o chamado de Deus (representado de forma bem interessante, um deus que canta músicas de Whitney Houston); Susana se descobre homossexual, a freira Milagros percebe que não nasceu para a "vida santa" e Bernarda se dá conta da importância da música na sua vida. Todo o roteiro é leve e bem imprevisível, o filme é capaz de manter o teu interesse do início ao fim. O musical tem poucas músicas, algumas delas já super conhecidas, outras compostas para a obra, mas todas com a sua importância para o filme. É interessante analisar as letras e perceber o quanto se encaixam na história. A música "La llamada" de Leiva é uma obra à parte: "[...] Hoy he sentido la llamada Con toda la fuerza Las luces apagadas Y las piernas abiertas [...]".
Suspiria
3.8 980 Assista Agoraum slasher satânico, cult e muito vermelho
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraEntendo as críticas, mas poxa, em época de tantos remakes e plots repetidos, achei a história interessante, diferente e fiquei intrigada até o final. Tudo o que queria pra hoje. Além do mais, o filme vale a pena só pela cena
da Kara aparecendo grávida do Trent. Quase gritei hahahahahaha
Não sei como o Shyamalan faz, mas tudo dele é AMADO ou ODIADO hahahahaha. Artista, né?
Eu Posso Ouvir o Oceano
3.2 219 Assista AgoraTeria sido muito melhor se
o Taku estivesse apaixonado pelo Yutaka... Faria muito mais sentido, aliás.
Mas enfim...
Desejo e Reparação
4.1 1,5K Assista AgoraOdiei a parte
onde deixam claro que Briony tinha uma paixonite por Robbie. Desnecessário. Ela poderia apenas ser uma criança inocente demais, fantasiosa ou maldosa. Mas estragar a vida da irmã (e do cara) por ciúmes de macho? Achei meio meh...
O Que Terá Acontecido a Baby Jane?
4.4 830 Assista AgoraPoucos filmes conseguiram me deixar tão agoniada... A passividade de Blanche é DESESPERADORA. A mulher não grita. Tudo dá errado pra ela. E ela só se salva porque Jane "permite". Sufocante.
Sobre o suposto plot do final, estava claro que Blanche não era uma santa. A sua versão mirim parecia bem revoltada; claramente as irmãs tinham rancor e ódio mútuos.
Mães Paralelas
3.7 411O paralelismo do título não faz referência apenas a Janis e a Ana, mas também às mães e mulheres espanholas que durante a guerra, assim como a Janis, perderam alguém. O final, com a exumação dos corpos e a gravidez da Janis, serve para trazer um pouco esperança.
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista Agora"Como eu estava dizendo, custa caro ser autêntica. Nessas coisas, não se deve economizar, porque ficamos mais autênticas quanto mais nos parecemos com o que sonhamos ser".
Agrado <3
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraTerminar um relacionamento é algo que exige coragem, determinação. E acredito que esse filme fala sobre isso: aquele momento em que você percebe que precisa terminar, mas começa a dar voltas ao assunto, se preocupar com os sentimentos do outro... E vai adiando, adiando...
Achei bem plausível a teoria de que tudo o que vemos é fruto da imaginação do Jake. No fim das contas, sabemos o nome dele, conhecemos a família dele, a infância dele, a profissão dele, a velhice dele... No entanto, o nome dela muda, a profissão dela muda, as roupas dela também... É como se Jake estivesse tentando criar a namorada perfeita na sua mente (por isso troca com frequência os detalhes) e até mesmo a poesia que ela escreveu e os quadros que ela pintou estão na casa dele, logo, ela é uma invenção.
Porém, acredito que o filme não seja sobre isso (não li o livro, infelizmente). Acho que ela é real, ele também. Mas o motivo pelo qual tudo o que está relacionado a ela seja tão confuso e mutável, é que ela está presa nessa relação infeliz e com o passar do tempo, vai perdendo partes de si e colocando Jake como centro da sua vida.
Quando o filme começa, ela revela que eles estão juntos há pouquíssimo tempo, a relação provavelmente não tem futuro, mas ainda assim, ela sente curiosidade por conhecer a família dele, já que ele é misterioso. Ela está alegre, vestida de vermelho intenso e amarelo (ao longo do filme, vai vestindo roupas mais escuras e frias). No carro, vemos como eles já não se dão tão bem (ela vive falando as qualidades dele, como quem precisa lembrar por que eles ainda estão juntos), mas fica claro que ela não aguenta o pedantismo dele, que não se sente confortável para dizer o que pensa...
Com a família, ela pode perceber que ele está cheio de "traumas" passados, não foi uma criança brilhante e provavelmente tinha problemas com os pais. Os pais vão envelhecendo e ela vai trocando de roupa porque, a meu ver, os anos vão passando. Ela vai imaginando como seriam futuras reuniões com eles.
Inclusive, todo o desespero por ir pra casa, pra mim, representa a vontade de sair da relação. Nunca vemos como ela chega em casa, porque acho que ela nunca terminou com ele. E permanecendo nesse relacionamento, ela foi se apagando de tal maneira que já nem se lembrava como ela era, o que gostava, o que fazia...
Por fim, acho que o zelador idoso representa o futuro que ela imagina pra ele, caso terminassem (porque terminar uma relação também traz essa sensação de culpa). Ao comprar o sorvete e ver como Jake ficou intimidado com as meninas, ela imaginou como ele seria ridicularizado na escola, como seria solitário... E no fim, vemos como seria o futuro dele caso ela permanecesse ao lado dele (ela chega a falar dque ele precisa de alguém que lhe dê apoio).
Achei um filme profundo e bem interessante (embora looongo). Particularmente, adoro obras com múltiplas interpretações, então valeu a pena para mim :)
Tudo Bem no Natal Que Vem
3.5 563Não curto esse tipo de comédia, mas como filme de Natal é MUITO lindo. Quando a gente pensa naqueles que já não estão aqui, passamos a valorizar mais as reuniões de família. Também me surpreendi (positivamente) com o Hassum em cenas dramáticas. Me emocionei (e até ri, confesso) em várias partes. Bem legal.
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraAcho que a mensagem não era a menina (pra mim, uma espécie de alucinação), mas sim o doce que, de fato, realmente chegou ao nível 0. No meio do filme, vemos o chef de cozinha pegar o doce e começar a brigar com os funcionários, achando que ele não foi comido porque tinha um fio de cabelo. Assim, o filme mostra como duas pessoas se sacrificaram para mudar o sistema, mas sua mensagem foi totalmente ignorada, e as coisas continuaram exatamente como eram.
No entanto, que os chefes não tenham recebido a mensagem, não significa que as pessoas do poço não a tenham compreendido. A revolução começa de baixo.
Gosto da alegoria religiosa, mas acho que a crítica social é mais forte. Vivemos numa sociedade egoísta, interessada, onde quem procura igualdade para todos é ridicularizado e o sacrifício das personagens, no fim, parece ter sido em vão. MAS, quem sabe essa atitude tenha inspirado outros detentos, iniciando assim uma revolta dentro do poço?
O sistema já está tão corrompido que a mensagem só é ouvida com LUTA (a gente percebe que só com ameaça o pessoal preparou os pratos para os de baixo e só com ameaça conseguiram levar comida para os níveis mais baixos).
Sem luta, sem revolução. Então, pode ser que Goreng não tenha morrido para nada, já que foi um mártir que inspirou uma mudança na logística do poço.
Por algo as coisas começam a mudar.
Maldita Sorte
3.0 737 Assista AgoraÉ uma comédia romântica clichê, com uma premissa legal (e até diferente), protagonistas simpáticos, engraçadinha...
Mas não consegui gostar pelo incômodo que me produziu o melhor amigo do Charlie. Que personagem babaca, grosseiro, machista... A quantidade de esgoto que saia da boca dele dava tanto nojo que tudo foi perdendo a graça.
Aliás, o filme todo é extremamente problemático:
constantemente se referem às mulheres como quem falam de um pedaço de carne, é gordofóbico (Stu também é gordo, mas é homem, né, porque a mulher gorda é tratada como algo nojento, fazendo o espectador sentir empatia por Charlie quando diz que ficará com sua secretária, mesmo não sendo uma jovem, loira e magra e colocando a mulher obesa como uma mal-educada que come como um bicho, afujenta os homens e só poderia estar com alguém se emagrecesse - como sugere a matéria da TV onde ela aparece - e claro, por meio de um milagre - o Charlie -).
As mulheres do filme vivem em função de encontrar alguém especial, porque obviamente toda mulher sonha com casar e ter filhos, como Stu diz várias vezes.
Se Charlie demostra sentimentos, tá agindo como gay, lógico. Note-se a ironia.
Além de tudo, o filme ainda é desnecessariamente apelativo.
(In)Felizmente já não dá pra ignorar essas coisas. Foram tão recorrentes que estragaram a experiência.
Snowden: Herói ou Traidor
3.8 411 Assista AgoraEm entrevista a Maurício Stycer, do UOL, o diretor, Oliver Stone, foi perguntado pelo subtítulo que o filme ganhou em português: "herói ou traidor".
Stone, então, disse: "acho que muita gente pensa que ele é um traidor, mas nenhum traidor que eu conheço dá informação de graça".
Across the Universe
4.1 2,2K Assista AgoraComo já comentaram antes: roteiro fraco, fotografia belíssima e trilha sonora maravilhosa.
Footloose: Ritmo Louco
3.6 510 Assista AgoraTem muita análise boa do filme nos comentários abaixo, então só vou deixar registrado que tá pra nascer uma personagem mais irritante do que Ariel. Tão inconsequente, imatura e chata que nem dá pra sentir empatia por ela... (e olha que ela é uma rebelde "com causa").
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraO filme não é original, mas é bem conduzido, tem uma história interessante, boas atuações, te prende durante DUAS HORAS e ainda dá pra refletir sobre ele e criar teorias.
Aí a galera vê que bombou e mesmo não gostando de distopias ou filmes do estilo, assiste só pra dizer que é um lixo e não vale o hype. Entendo que não agrade a todos, nenhum filme faz isso, mas criticar por criticar é bem ridículo (e injusto). :/
Com relação às críticas fundamentadas, gosto de pensar nesse filme como o que é:
uma história de superação de uma mulher que não queria ser mãe, mas acaba lutando contra sabe-se-lá-o-quê para se proteger e cuidar das suas crianças, conseguindo superar tudo isso e chegar num refúgio.
Costumo curtir muito simbolismos, mas neste caso, sei lá, mesmo fazendo sentido, acho que o filme perde muito se levado a esse ponto mais cult. O livro (que eu não li) pode até ser assim, mas acho que o longa é mais "povão" mesmo.
Enfim, tenho certeza que a protagonista, as crianças, os pássaros, a caixa... todos representam algo, mas acho que "Bird Box' já funciona sem ter que pensar nisso.
Como Eu Morro
2.1 140 Assista AgoraO filme tinha boa premissa, foi desperdiçado, deixou muitos furos e certas atuações e efeitos são questionáveis? Sim.
Merece essa média tão baixa? Não.
Tem filme muito pior por aí, com média muito mais alta.
Esse pelo menos consegue entreter e empolgar em vários momentos. É decepcionante, mas não sofrível...
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KAinda não sei o que pensar sobre o filme, mas tenho a sensação de que daqui a alguns anos, a média dele subirá bastante.
É uma paródia bem inteligente (já que todos os aspectos do filme tiveram um motivo para estarem lá: personagens típicos de slashers, referências à cultura pop e até mesmo um pouco de história e filosofia). Consegue entreter e ainda dá pra refletir sobre o enredo quando o filme acaba. Infelizmente, se isso não for feito, podemos ter uma impressão muito simplista dele, o que acho bem injusto.
Os melhores filmes são aqueles que dividem opiniões: são amados ou odiados. "O Segredo da Cabana" até agora, tem tudo pra virar clássico.
O Príncipe do Natal: O Casamento Real
2.8 72Achei interessante o ar folhetinesco desse filme (bem diferente do primeiro): os zooms, os diálogos solenes, aquelas subtramas que se desenvolvem (como a peça da princesa Emily), sem contar a cota de personagens estereotipados...
Ficou fofinho, acho que tem potencial para um seriado, tenho até o título: "As aventuras da rainha Amber no reino de Aldóvia", rsrsrsrs.
Só eu achei que o final ainda deixou no ar a possibilidade de um terceiro filme? Na cena final, Richard diz que este Natal (casamento) foi melhor que o do ano passado (filme 1) e Amber fala que o do ano que vem pode ser ainda melhor...
Era uma vez um Casamento
2.2 89Kkkkkkkk meu Deus, que filme ruim!
Confesso que ri horrores, os diálogos eram muito forçados (os atores demoravam um tempão para dizer as suas falas, como se esperassem o diretor gritar "AÇÃO" antes de abrirem a boca), a história toda é sem pé nem cabeça (sério mesmo que o protagonista era detetive?) e final muito nonsense... Mas sei lá, acho que se você levar na esportiva, dá pra rir de desgosto.
Resumindo: o filme é uma perda de tempo, a não ser que você realmente queira ver um filme ruim (às vezes acontece).
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraLi em algum lugar e não posso concordar mais:
"não é um filme assustador, é um filme perturbador".
O Sol É Para Todos
4.3 414 Assista Agora"To Kill a Mockingbird = Matar um Rouxinol. A frase é dita uma única uma vez tanto no filme quanto no livro, ocupando apenas alguns minutos em um e algumas linhas no outro, mas que sintetiza a complexidade do Mal: por que se mataria um rouxinol, uma ave que nada faz além de cantar e ser bonita?"
Trecho da análise feita pelo "Formiga Elétrica".
Se Eu Fosse a Minha Mãe
3.2 105 Assista AgoraSei não...
Gosto mais do remake, as situações são mais verossímeis.
A atuação da Judie é ótima, mas a Bárbara Harris parecia uma maluca, não uma garota de 13 anos. Os diálogos são muito forçados ( como na cena onde o irmão da Annabel fala que gosta muito dela).
Além de tudo isso, é um filme extremamente machista. Sei que são os anos 70, mas me incomodou bastante...
Mary Poppins
4.0 612 Assista AgoraUm filme bem lúdico, alegre, daqueles que deixam uma sensação boa. Mesmo assim, pode se tornar meio cansativo, ao meu ver.
Acho incrível como a Julie Andrews é linda e cativante, é só ela aparecer para deixar a cena mais interessante. Super merecido o Oscar de melhor atriz! Não consigo imaginar uma Mary Poppins melhor, mas vou torcer muito pela Emily Blunt.
O Santo Acampamento!
2.9 23"La llamada" é um filme muito mais complexo do que parece.
O filme fala sobre esse chamado, esse momento em que sentimos que temos que mudar, quando percebemos que existe algo diferente dentro de nós, algo que temos que deixar sair.
María sente o chamado de Deus (representado de forma bem interessante, um deus que canta músicas de Whitney Houston); Susana se descobre homossexual, a freira Milagros percebe que não nasceu para a "vida santa" e Bernarda se dá conta da importância da música na sua vida.
Todo o roteiro é leve e bem imprevisível, o filme é capaz de manter o teu interesse do início ao fim.
O musical tem poucas músicas, algumas delas já super conhecidas, outras compostas para a obra, mas todas com a sua importância para o filme. É interessante analisar as letras e perceber o quanto se encaixam na história.
A música "La llamada" de Leiva é uma obra à parte:
"[...] Hoy he sentido la llamada
Con toda la fuerza
Las luces apagadas
Y las piernas abiertas [...]".