Assisti a série canadense Alias Grace (2017) de Sarah Polley na Netflix. Entre os melhores livros que já li na vida,Vulgo Grace, e comentei em outra rede social, a série tem a orientação da própria autora, Margaret Atwood. Absolutamente incrível! São seis episódios que levam a todas as emoções que senti ao ler o livro. Sarah Gadonestá incrível com Grace. O livro é baseado em uma história real, da Grace Marks acusada de matar seu patrão e a governanta junto com um outro funcionário. Mas não há prova de nada. O funcionário era um mentiroso crônico e quando a série começa ele já foi enforcado. Não sabemos o quanto a Grace participou. Se ela foi a mentora como o funcionário diz, se ela combinou tudo com o funcionário, se ela foi cúmplice por não ter outra saída, se ela não queria nada daquilo. Só não me identifiquei com o ator que faz o funcionário, Kerr Logan, mas somente porque imaginei de outra forma, todos os outros pareciam que tinham saído da minha imaginação. Eu imaginava que o assassino fosse um homem mais violento e mais velho. Como no livro um médico da mente vai na prisão tentar descobrir o que realmente aconteceu e a série, bem como o livro, passam a Grace contando a sua história e o incidente que a levou até ali. Adorei o ator que faz o médico, Edward Holcroft. Como no livro, a série fala muito da condição da mulher, principalmente da mulher em trabalho subalterno. O tempo todo, quando questionada, ela diz os abusos que acontecem nas relações entre patrões e empregados. Os guardas do presídio também parecem tomar liberdades, espancar, bem como os do hospício. O corpo da mulher pobre é de todos. Também a série coloca a dúvida, se Grace queria contar histórias para o médico para mantê-lo interessado, ou se realmente aconteceu daquela forma. Nós mesmos vemos cenas feitas sob os depoimentos, bem diferentes da que Grace contou, mas a própria Grace pensa e vemos cenas diferentes também. Todas as dúvidas como no livro estão ali. Fantástico! Gostei que as colchas estavam lá. No livro Grace Marks fala muito da confecção de colchas, de que toda moça tem que ter um certo número de colchas antes de casar. Do significado dos desenhos e colocaram as colchas como descritas e imaginadas por mim. As colchas na trama são personagens e contam histórias.
Assisti Anon (2018) de Andrew Niccol na Netflix. Eu estava olhando os filmes distraída e comecei a ver. Me deparei com um filme incrível. Tem surgido filmes muito bem realizados sobre tecnologia e esse é um deles. Clive Owen é um detetive. Os policiais podem ver os registros das pessoas, nome, profissão e uma infinidade de detalhes, só olhando, só pelo olho. Ele estranha uma pessoa não ter identificação. Eles descobrem que umas pessoas apagam as identificações, são hackers e depois descobrem que apagam também o histórico das pessoas pra não conseguir fazer a identificação nem do rosto. Um desses hackers é interpretada por Amanda Seyfried. Mas a complicação só aumenta. Um serial killer está matando as pessoas e confundindo os seus históricos e tempos. O detetive vai seguir a mulher, está dentro de um metrô, depois o metrô o atinge. As pessoas sem identificação modificam os tempos e os espaços, confundem os outros, colocando-os em risco. É um filme muito inteligente. O elenco é bem enxuto, embora aparecem alguns personagens o tempo todo é mais os dois mesmo. Sim, foi horrível, violento, catastrófico, mas eles poderiam ter evitado muitas mortes. Logo que a explosão do núcleo aconteceu não evacuaram a cidade que inclusive não tinha um treinamento específico por viver perto de uma usina nuclear. Só quando os outros países verificaram por satélite, pela radiação que caminhou aos países vizinhos, e o mundo todo ficou sabendo, que começaram a evacuar, tarde demais. Países ditatoriais são monstruosos porque querem esconder suas tragédias e provocam muitas outras. Mas interesses econômicos também. O ser humano é torpe. Chernobyl concentra-se na equipe que foi a cidade tentar diminuir os estragos. São reais Valery Legasov (Jared Harris) e Boris Schcherbina (Stellan Skarsgard). Emily Watson representou os inúmeros cientistas incansáveis que tentavam descobrir o que aconteceu mesmo correndo todos os riscos e ameaças do governo. Os cientistas sabiam que precisavam entender o que provocou o acidente para evitar outros. Achei que Lyudmilla Ignatenko (Jessie Buckley) era uma personagem fictícia, mas não. Ela realmente era esposa de um dos primeiros bombeiros, Vasily Ignatenko (Adam Naigatis), que foram para a usina achando que era um incêndio e não radiação. Ele sofreu barbaramente com a deterioração do corpo. Muitos moradores de Chernobyl não tinham ideia dos riscos da radiação, também não foram informados que não era um incêndio e sim a explosão do núcleo, Lyudmilla achava mesmo que o marido sofria das graves queimaduras e não que a radiação comia o seu corpo. Ela ficou então ao lado dele mesmo todos proibindo e estava grávida. Seu filho absorveu toda a radiação, morreu uns dias após o parto e ela sobreviveu. Disseram que ela nunca mais engravidaria, não só engravidou como não morreu e vive com o filho. A série tem 5 episódios e é muito bem realizada, mereceu mesmo os prêmios que vem abarcando como Globo de Ouro de Melhor Série.
Alias Grace
4.1 278 Assista AgoraAssisti a série canadense Alias Grace (2017) de Sarah Polley na Netflix. Entre os melhores livros que já li na vida,Vulgo Grace, e comentei em outra rede social, a série tem a orientação da própria autora, Margaret Atwood. Absolutamente incrível! São seis episódios que levam a todas as emoções que senti ao ler o livro.
Sarah Gadonestá incrível com Grace. O livro é baseado em uma história real, da Grace Marks acusada de matar seu patrão e a governanta junto com um outro funcionário. Mas não há prova de nada.
O funcionário era um mentiroso crônico e quando a série começa ele já foi enforcado. Não sabemos o quanto a Grace participou. Se ela foi a mentora como o funcionário diz, se ela combinou tudo com o funcionário, se ela foi cúmplice por não ter outra saída, se ela não queria nada daquilo. Só não me identifiquei com o ator que faz o funcionário, Kerr Logan, mas somente porque imaginei de outra forma, todos os outros pareciam que tinham saído da minha imaginação. Eu imaginava que o assassino fosse um homem mais violento e mais velho.
Como no livro um médico da mente vai na prisão tentar descobrir o que realmente aconteceu e a série, bem como o livro, passam a Grace contando a sua história e o incidente que a levou até ali. Adorei o ator que faz o médico, Edward Holcroft.
Como no livro, a série fala muito da condição da mulher, principalmente da mulher em trabalho subalterno. O tempo todo, quando questionada, ela diz os abusos que acontecem nas relações entre patrões e empregados. Os guardas do presídio também parecem tomar liberdades, espancar, bem como os do hospício. O corpo da mulher pobre é de todos. Também a série coloca a dúvida, se Grace queria contar histórias para o médico para mantê-lo interessado, ou se realmente aconteceu daquela forma. Nós mesmos vemos cenas feitas sob os depoimentos, bem diferentes da que Grace contou, mas a própria Grace pensa e vemos cenas diferentes também. Todas as dúvidas como no livro estão ali. Fantástico!
Gostei que as colchas estavam lá. No livro Grace Marks fala muito da confecção de colchas, de que toda moça tem que ter um certo número de colchas antes de casar. Do significado dos desenhos e colocaram as colchas como descritas e imaginadas por mim. As colchas na trama são personagens e contam histórias.
Chernobyl
4.7 1,4K Assista AgoraAssisti Anon (2018) de Andrew Niccol na Netflix. Eu estava olhando os filmes distraída e comecei a ver. Me deparei com um filme incrível. Tem surgido filmes muito bem realizados sobre tecnologia e esse é um deles.
Clive Owen é um detetive. Os policiais podem ver os registros das pessoas, nome, profissão e uma infinidade de detalhes, só olhando, só pelo olho. Ele estranha uma pessoa não ter identificação. Eles descobrem que umas pessoas apagam as identificações, são hackers e depois descobrem que apagam também o histórico das pessoas pra não conseguir fazer a identificação nem do rosto. Um desses hackers é interpretada por Amanda Seyfried.
Mas a complicação só aumenta. Um serial killer está matando as pessoas e confundindo os seus históricos e tempos. O detetive vai seguir a mulher, está dentro de um metrô, depois o metrô o atinge. As pessoas sem identificação modificam os tempos e os espaços, confundem os outros, colocando-os em risco. É um filme muito inteligente. O elenco é bem enxuto, embora aparecem alguns personagens o tempo todo é mais os dois mesmo.
Sim, foi horrível, violento, catastrófico, mas eles poderiam ter evitado muitas mortes. Logo que a explosão do núcleo aconteceu não evacuaram a cidade que inclusive não tinha um treinamento específico por viver perto de uma usina nuclear. Só quando os outros países verificaram por satélite, pela radiação que caminhou aos países vizinhos, e o mundo todo ficou sabendo, que começaram a evacuar, tarde demais. Países ditatoriais são monstruosos porque querem esconder suas tragédias e provocam muitas outras. Mas interesses econômicos também.
O ser humano é torpe. Chernobyl concentra-se na equipe que foi a cidade tentar diminuir os estragos. São reais Valery Legasov (Jared Harris) e Boris Schcherbina (Stellan Skarsgard). Emily Watson representou os inúmeros cientistas incansáveis que tentavam descobrir o que aconteceu mesmo correndo todos os riscos e ameaças do governo. Os cientistas sabiam que precisavam entender o que provocou o acidente para evitar outros.
Achei que Lyudmilla Ignatenko (Jessie Buckley) era uma personagem fictícia, mas não. Ela realmente era esposa de um dos primeiros bombeiros, Vasily Ignatenko (Adam Naigatis), que foram para a usina achando que era um incêndio e não radiação. Ele sofreu barbaramente com a deterioração do corpo. Muitos moradores de Chernobyl não tinham ideia dos riscos da radiação, também não foram informados que não era um incêndio e sim a explosão do núcleo, Lyudmilla achava mesmo que o marido sofria das graves queimaduras e não que a radiação comia o seu corpo. Ela ficou então ao lado dele mesmo todos proibindo e estava grávida. Seu filho absorveu toda a radiação, morreu uns dias após o parto e ela sobreviveu. Disseram que ela nunca mais engravidaria, não só engravidou como não morreu e vive com o filho.
A série tem 5 episódios e é muito bem realizada, mereceu mesmo os prêmios que vem abarcando como Globo de Ouro de Melhor Série.