Seguindo os moldes do pai (David Cronenberg), Brandon Cronenberg nos presenteou não apenas com um filme estranho, mas também com um dos melhores do gênero do terror de 2020. É uma obra que utiliza elementos de ficção científica, que extrapolam o que já temos hoje em dia, mas não deixa de criticar o controle mental e perda da identidade que a tecnologia pode proporcionar.
Na medida certa é uma obra com muitas camadas sobre consciência humana, violência, as ansiedades da vida e muito mais. Tudo isso entregue com uma estética brutal, que destaca a violência gráfica com cores fortes. É bonito, mas também é desconfortável, como se você presenciasse o pesadelo de um louco.
O começo é um pouco lento e parece que é algo bem bobo e simples, mas dê uma chance para essa obra e veja ela crescer e se transformar.
Que experiência impactante que é esse filme! Pegando uma premissa já explorada em outras obras (A Casa do Lago, por exemplo), A Ligação traz uma reviravolta genial, conectando uma história de viagem no tempo com um thriller psicológico com direito a psicopata.
Numa análise fria pode parecer que a junção é forçada, mas não se engane. O roteiro não só amarra as duas temáticas como também torna a mensagem de cada uma delas mais forte e interessante. As atuações são certeiras, principalmente de Jeon Jong-seo, que vive a personagem Yeong Sook, que tem uma construção cheia de detalhes.
Claro que nem tudo são flores quando falamos de viagem no tempo. Algumas conveniências (uma personagem que faz uma burrada que só existe para a história andar, entre outras) e furos, enfraquecem um pouco o roteiro, mas não diminuem a experiência angustiante que é assistir The Call. O ato final é muito bom, porém, a cena final em si, deixa aberto para uma possível continuação, que na minha opinião era totalmente desnecessária.
Gosto da ideia, mas a execução é péssima e confusa. Não consegui me situar o filme todo, não só pela escuridão, mas pela forma que escolheram filmar mesmo.
Ser humano é uma merda mesmo. Vão lá explorar o fundo do mar, encontram uma criatura que provavelmente é milenar e está em seu habitat natural de boa... E dai a imbecil tem a brilhante ideia de explodir os bicho tudo. Porra, deixa os bicho em paz.
Como é interessante ver atores globais sem as amarras da TV, apresentando atuações muito mais fortes do que lhes é permitido mostrar normalmente. O Animal Cordial é um filme Slasher, porém com um “refinamento” incomum para o gênero (inclusive me lembrou um pouco a atmosfera do filme “Os Estranhos” de 2008). A direção é muito precisa e envolvente, os personagens vão além dos estereótipos e a trilha sonora conversa muito bem com cada ato.
Gosto muito da aparente lentidão, que aumenta a sensação de desconforto e de pesadelo, afinal, tudo o que os personagens querem é que tudo acabe e volte ao normal. Isso me lembra também aqueles filmes de invasão domiciliar, que a tensão chega a um nível quase desconfortável.
Enfim, O Animal Cordial é um filme de gente estranha, que sai do casulo da civilidade assim que tem a oportunidade e mostra como na verdade, somos todos animais.
Meu deus, o que fizeram com esse livro! É personagem que aparece e some, é personagem com motivação mal explicada, sub trama que não leva a nada e nem tem ligação com o plot principal... Nossa, se eu não tivesse lido o livro acho que não teria entendido nada. Pqp. Quando chega no ápice você já ta cagando para o mistério e acaba numa bagunça do caraio. Realmente acharam que viraria uma série de filmes do detetive Harry Hole?
Um filme angustiante, visceral e que desperta os mais diversos sentimentos. Fala sobre violência e abuso contra mulheres e como as pessoas em volta podem ser tão cruéis quanto o abusador. E não apenas aplaudindo e incentivando, mas simplesmente sendo omisso. Também toca em temas sobre maternidade, vazio existencial e culpa, por isso, atenção: é um filme bastante explícito, se algum dos assuntos citados te despertam gatilhos, passe longe. Porém, também consegue ser sensível e emocionar, de uma forma dolorida.
Filmão estranho e interessante! Como é do ponto de vista de uma criança, traz um medo primitivo que quando paramos para pensar dá aquele friozinho no na espinha. Eu mesma me lembro de quando criança, morrer de medo que minha mãe fosse substituída por alguma entidade ou monstro. É um misto de paranoia e medo do abandono. Mesmo que o plot twist não seja tãaao surpreendente assim, ele é MUITO bem executado e preparado, então quando ele chega, é só questão de comtemplar a loucura.
Prepare o estômago porque Raw é um típico filme Francês de Terror Extremo (subgênero conhecido preza crueza e sanguinolência). Se você está preparado para o sangue, aproveite essa obra tão interessante! Com uma direção precisa, cores fortes, trilha sonora inspirada, o filme retrata uma jovem mulher em pleno amadurecimento se autoconhecendo. A carne sendo usada para nos chamar atenção ao subtexto: desejo, fome (não necessariamente de alimento) e libertação.
(Texto do perfil do meu perfil do Instagram @red_coven_)
Um filme direto do Brasil, tão bem feito que dá ainda orgulho. É um típico filme de monstro, nesse caso Lobisomem, porém tem seus toques especiais: atuações maravilhosas, direção redondinha e uma história emocionante. Não espere ver só sangue e violência, este longa tem um roteiro muito sensível sobre o peso da maternidade e os sacrifícios pessoais que o envolvem.
Este clássico estrelado por Vicent Price, não é um dos seus mais conhecidos, mas com certeza possui elementos bastante fortes e que mais tarde foram usados em outros filmes.
Primeiramente temos uma investigação ocorrendo enquanto crimes extremamente brutais estão em andamento. Por se basear em histórias bíblicas e pelo nível de elaboração desses crimes, me lembrou bastante Seven (1995) e até mesmo Jogos Mortais (2004). E mais: a cena inicial, em que um número musical é apresentado em uma espécie de teatro macabro, me trouxe logo a mente o Teatro dos Vampiros, que aparece no maravilhoso Entrevista com o Vampiro (1994).
Não é um filme perfeito, acho que peca um pouco no ritmo, no humor descabido e até mesmo na intenção do assassino, que me pareceu bastante exagerada (talvez se justifique pela loucura de perder alguém muito amado). Porém, se levarmos em conta a época, é um retrato maravilhoso de um tipo de um cinema elegante, teatral e muito bem arquitetado. Vicent Price está impecável, possui uma presença assustadora e encantadora ao mesmo tempo.
(Texto publicado no meu perfil do instagram @red_coven_)
Uma das coisas que mais me faz amar o terror é a sua capacidade de falar sobre tudo. O Que ficou Para Trás é um filme produzido pela Netflix que usa o gênero para retratar os fantasmas internos dos personagens. Mais do que uma história sobre casa mal assombrada, ele retrata um casal de refugiados que sobreviveu a inúmeras provações, mas não consegue escapar da dor e culpa pelos que não tiveram o mesmo destino.
Tais como clássicos góticos do terror, a casa reflete os personagens e suas angústias, sendo este espaço ambientado de forma brilhante: a casa é velha, suja e parece cada vez menor. Essa sensação se deve principalmente pela escolha inteligente de mostrar os fantasmas dentro das paredes, ou seja, tudo em volta oprime os protagonistas. Cada sombra parece observá-los.
O Que Ficou Para Trás é um filme sensível, assustador e angustiante. O racismo e xenofobia não são exatamente o foco, porém, aparecem pontualmente demonstrando que a luta do casal ainda está longe de terminar.
(Texto publicado no meu perfil do insta @red_coven_)
Para causar estranhamento: É um reboot/continuação, com uma mitologia incrível. O uso da dança ligada a boa e velha bruxaria, nos recompensa com cenas memoráveis e bastante estranhas (de uma forma boa). A narrativa é bem interessante também, revelando os mistérios aos poucos e ainda abrindo espaço para diferentes interpretações. Mesmo não sendo perfeito, a sequência final regada a muito sangue é belíssima e faz valer cada minuto do filme.
(Texto publicado no meu perfil do insta @red_coven_)
Para refletir: Com muitos subtextos, A Bruxa, nos mostra de forma sútil o despertar de uma jovem moça em meio a um ambiente de extremismo religioso e histeria. O sobrenatural pode ou não ficar explicito, isso depende da sua análise individual, já que pra mim a Bruxa em si é a personificação da libertação do feminino, ou seja, mulheres livres que são vistas como bruxas e abraçam isso.
(Texto publicado no meu perfil no insta @red_coven_)
Para dar um frio na espinha: câmera de mão + atuações muito realistas = um documentário fake que arrepia até hoje! Em um jogo de mostrar e esconder, a Bruxa de Blair é um filme que brinca com você. A floresta é um dos protagonistas e é nela que somos emergidos e ficamos com uma pulga atrás da orelha para cada sombra, som ou até mesmo expressão dos personagens.
(Texto publicado no meu perfil do insta @red_coven_)
🎃 Para curtir no Halloween: Ok, não se passa no Dia das Bruxas, mas no dia anterior, conhecido como Devil’s Night (Noite do Diabo). Mas O Corvo oferece uma história bastante sombria, uma trilha sonora delicinha, muita chuva e uma estética punk/gótica vinda diretamente da obra original, a HQ “O Corvo” de James O'Barr (depois vai rolar post).
🦇 É um filme bastante difícil de categorizar, mas por vir dos quadrinhos é possível sentir uma forte referência ao mundo dos super-heróis, principalmente o Batman. Em uma cidade decadente controlado por gangues, um casal inocente é assassinado, resultando em um jovem levemente desequilibrado (que, veja bem, usa um animal sombrio como símbolo) que busca uma vingança sangrenta. E nós compramos essa vingança e torcemos para que o finado e encantador Brandon Lee limpe a cidade do mal.
🖤 Gótico, sombrio, trevoso e levemente tocante, O Corvo é um clássico que envelheceu superbem devido ao bom ritmo e uma história gostosa de acompanhar.
(Texto publicado no meu perfil do insta @red_coven_)
Cara que filme interessante! Ele é para baixo, tem um tom sombrio e envolvente. Para mim o maior mérito além das atuações (dentro do tom certinho), é o modo como a história é contada. Que narrativa boa, a montagem das cenas vai deixando você cada vez mais imerso e querendo saber mais. Um diretor e roteirista mais preguiçosos poderiam ter contado essa história tão boa, de uma forma chatíssima se se prendessem a algo mais linear. As repostas poderiam chegar cedo demais (não criando impacto) ou tarde demais (ficando óbvias), mas aqui tudo é entregue da melhor forma possível!
E o final meio Irmãos Coen? Um corte meio cru, porém, onde deveria estar, já que tudo o que precisávamos saber esteve em tela, mas o personagem do Tom Holland é tão interessante que da vontade de continuar acompanhando sua história.
Enfim, curti muito e espero que netlifx entregue mais thrillers desse tipo porque eu particularmente amo!
Não é meu favorito do ano, mas acho que tem coisas legais. As atuações são boas, a direção é bem criativa. O livro é mais fechado, explica melhor o final, no filme preferiram uma coisa mais visual e poética e por mim ok também. Ficou mais em aberto, mas eu acho que o livro tem cenas muito longas e cansativas (a viagem de carro até a casa dos pais demora séculos e o momento que chegam na escola também se alonga demais), e achei que o filme deu uma boa resumida. Só o que me incomodou um pouco como adaptação mesmo, é que no livro o estranhamento é muito mais sútil e dentro da cabeça da personagem, não necessariamente algo que ta rolando. No filme as coisas começam a ficar estranhas muito rápido, e você já começa a desconfiar que o que está sendo mostrando pode não fazer parte da realidade. Não achei péssimo não, foi legal de ver. E tem o lance sobre a solidão e sobre como a vida passa rápido... Acho bastante tocante.
Li alguns comentários, e realmente o filme fica mais com a sensação de que a história é sobre a menina ruiva e não sobre o zelador (Jake). Realmente acredito que é uma falha... Ou liberdade de mudar, sei la.
Gente, será que alguém consegue me ajudar? To lendo a HQ do Alan Moore "Do Inferno" (sobre o Jack Estripador), e em um momento um personagem diz: "essa é a casa que jack construiu". Alguém sabe se o termo é alguma referência mais antiga, ou o Lars se inspirou na HQ para o título do filme? Pensei que poderia ser algo da Divina Comédia, mas nunca li e não achei nada na internet. Fiquei encucada hahaha
Eu amo tanto o terror e sua capacidade de tocar em QUALQUER assunto, é um gênero com uma força transgressora tãaao gigante. E que filme foi esse, TENSO de uma forma absurda, dá vontade de entrar na tela e ajudar a protagonista. A construção da personagem é incrível, pelo roteiro é claro, mas também a atuação na medida certa da Elizabeth Moss, que parece tirar força do próprio trauma para lutar.
A direção te deixa inquieto, sempre parecendo que tem algo espiando, algo por perto. PQP. O roteiro podia ir por um caminho tão preguiçoso, mas ele vai aumentado o nível de 'merda' acontecendo de uma forma que eu não via em um filme faz muito tempo. E pelo menos para mim, tudo soa muito natural, como uma crescente do que está sendo tramado mesmo.
E que final satisfatório. A tensão cresce e diminuí quando parece tudo solucionado, dai vem mais um tapão, demonstrando a força desse mulher que foi ferida e destruída por dentro.
Enfim, poderia passar horas falando bem dele aqui, mas resumidamente, ele me deixou tensa, mas também me tocou pra caralho, porque por mais que usem um artificio fantástico - a invisibilidade -, o tema é TÃO real e palpável que chega a dar uma tristeza no coração. Recomendo demais.
Eu posso estar sendo muito chata, mas achei o roteiro tão preguiçoso. Fiquei com a impressão de que queriam pegar um clichê e colocar algo "diferentão", misturando um drama e um terror meio slasher. Mas senti que ficou no meio do caminho, um drama meia boca que não envolve e um slasher que não empolga. Que personagens chatos e detestáveis (salva um pouco a Alison Brie). Sei lá, parece que o filme quer muito ser mais do que é (mais profundo e mais cabeça). Enfim, achei que colocaram os dois gêneros de forma super jogada e o resultado foi um filme morno, sem um ápice.
E porque esse mistério todo pra mostrar o assassino, sério que acharam que estavam fazendo um final aberto e inteligente que só ia pegar quem prestasse muita atenção? O filme nem deu pistas que tinha um assassino até ele surgir do nada haha
Fui ver achando que seria algo mais pesado e violento (por conta da do Coringa, que o usou pra caramba como base), e me surpreendi. É muito leve e gostoso de ver. Um personagem do De Niro que contrasta bastante com os de Taxi Driver e Cabo do Medo, mostrando como ele é especialista em interpretar malucos, até os mais "doces" como é o caso do Rupert.
Putz, que final clichê :( Não gostei da moldura (o que liga as três histórias), mas poderia pelo menos ter curtido os três contos de terror, mas até eles não tem pé nem cabeça. Até a maquiagem das "criaturas" de cada história achei super datadas, parece cosplay.
Enfim, bons atores, em um filme mediano pra baixo.
Possessor
3.4 303 Assista AgoraSeguindo os moldes do pai (David Cronenberg), Brandon Cronenberg nos presenteou não apenas com um filme estranho, mas também com um dos melhores do gênero do terror de 2020. É uma obra que utiliza elementos de ficção científica, que extrapolam o que já temos hoje em dia, mas não deixa de criticar o controle mental e perda da identidade que a tecnologia pode proporcionar.
Na medida certa é uma obra com muitas camadas sobre consciência humana, violência, as ansiedades da vida e muito mais. Tudo isso entregue com uma estética brutal, que destaca a violência gráfica com cores fortes. É bonito, mas também é desconfortável, como se você presenciasse o pesadelo de um louco.
O começo é um pouco lento e parece que é algo bem bobo e simples, mas dê uma chance para essa obra e veja ela crescer e se transformar.
*Texto postado no meu perfil do Insta red_coven_
A Ligação
3.6 514 Assista AgoraQue experiência impactante que é esse filme! Pegando uma premissa já explorada em outras obras (A Casa do Lago, por exemplo), A Ligação traz uma reviravolta genial, conectando uma história de viagem no tempo com um thriller psicológico com direito a psicopata.
Numa análise fria pode parecer que a junção é forçada, mas não se engane. O roteiro não só amarra as duas temáticas como também torna a mensagem de cada uma delas mais forte e interessante. As atuações são certeiras, principalmente de Jeon Jong-seo, que vive a personagem Yeong Sook, que tem uma construção cheia de detalhes.
Claro que nem tudo são flores quando falamos de viagem no tempo. Algumas conveniências (uma personagem que faz uma burrada que só existe para a história andar, entre outras) e furos, enfraquecem um pouco o roteiro, mas não diminuem a experiência angustiante que é assistir The Call. O ato final é muito bom, porém, a cena final em si, deixa aberto para uma possível continuação, que na minha opinião era totalmente desnecessária.
*Texto postado no meu perfil do insta red_coven_
Ameaça Profunda
3.0 630 Assista AgoraGosto da ideia, mas a execução é péssima e confusa. Não consegui me situar o filme todo, não só pela escuridão, mas pela forma que escolheram filmar mesmo.
Ser humano é uma merda mesmo. Vão lá explorar o fundo do mar, encontram uma criatura que provavelmente é milenar e está em seu habitat natural de boa... E dai a imbecil tem a brilhante ideia de explodir os bicho tudo. Porra, deixa os bicho em paz.
O Animal Cordial
3.4 618 Assista AgoraComo é interessante ver atores globais sem as amarras da TV, apresentando atuações muito mais fortes do que lhes é permitido mostrar normalmente. O Animal Cordial é um filme Slasher, porém com um “refinamento” incomum para o gênero (inclusive me lembrou um pouco a atmosfera do filme “Os Estranhos” de 2008). A direção é muito precisa e envolvente, os personagens vão além dos estereótipos e a trilha sonora conversa muito bem com cada ato.
Gosto muito da aparente lentidão, que aumenta a sensação de desconforto e de pesadelo, afinal, tudo o que os personagens querem é que tudo acabe e volte ao normal. Isso me lembra também aqueles filmes de invasão domiciliar, que a tensão chega a um nível quase desconfortável.
Enfim, O Animal Cordial é um filme de gente estranha, que sai do casulo da civilidade assim que tem a oportunidade e mostra como na verdade, somos todos animais.
*Texto postado no meu perfil do insta @red_coven_
Boneco de Neve
2.4 462 Assista AgoraMeu deus, o que fizeram com esse livro! É personagem que aparece e some, é personagem com motivação mal explicada, sub trama que não leva a nada e nem tem ligação com o plot principal... Nossa, se eu não tivesse lido o livro acho que não teria entendido nada. Pqp. Quando chega no ápice você já ta cagando para o mistério e acaba numa bagunça do caraio. Realmente acharam que viraria uma série de filmes do detetive Harry Hole?
Endemoniada
4.0 316 Assista AgoraUm filme angustiante, visceral e que desperta os mais diversos sentimentos. Fala sobre violência e abuso contra mulheres e como as pessoas em volta podem ser tão cruéis quanto o abusador. E não apenas aplaudindo e incentivando, mas simplesmente sendo omisso. Também toca em temas sobre maternidade, vazio existencial e culpa, por isso, atenção: é um filme bastante explícito, se algum dos assuntos citados te despertam gatilhos, passe longe. Porém, também consegue ser sensível e emocionar, de uma forma dolorida.
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista AgoraFilmão estranho e interessante! Como é do ponto de vista de uma criança, traz um medo primitivo que quando paramos para pensar dá aquele friozinho no na espinha. Eu mesma me lembro de quando criança, morrer de medo que minha mãe fosse substituída por alguma entidade ou monstro. É um misto de paranoia e medo do abandono. Mesmo que o plot twist não seja tãaao surpreendente assim, ele é MUITO bem executado e preparado, então quando ele chega, é só questão de comtemplar a loucura.
(Texto do meu perfil do Instagram @red_coven_)
Grave
3.4 1,1KPrepare o estômago porque Raw é um típico filme Francês de Terror Extremo (subgênero conhecido preza crueza e sanguinolência). Se você está preparado para o sangue, aproveite essa obra tão interessante! Com uma direção precisa, cores fortes, trilha sonora inspirada, o filme retrata uma jovem mulher em pleno amadurecimento se autoconhecendo. A carne sendo usada para nos chamar atenção ao subtexto: desejo, fome (não necessariamente de alimento) e libertação.
(Texto do perfil do meu perfil do Instagram @red_coven_)
As Boas Maneiras
3.5 649 Assista AgoraUm filme direto do Brasil, tão bem feito que dá ainda orgulho. É um típico filme de monstro, nesse caso Lobisomem, porém tem seus toques especiais: atuações maravilhosas, direção redondinha e uma história emocionante. Não espere ver só sangue e violência, este longa tem um roteiro muito sensível sobre o peso da maternidade e os sacrifícios pessoais que o envolvem.
(Texto do meu perfil do Instagram @red_coven_)
O Abominável Dr. Phibes
4.0 126Este clássico estrelado por Vicent Price, não é um dos seus mais conhecidos, mas com certeza possui elementos bastante fortes e que mais tarde foram usados em outros filmes.
Primeiramente temos uma investigação ocorrendo enquanto crimes extremamente brutais estão em andamento. Por se basear em histórias bíblicas e pelo nível de elaboração desses crimes, me lembrou bastante Seven (1995) e até mesmo Jogos Mortais (2004). E mais: a cena inicial, em que um número musical é apresentado em uma espécie de teatro macabro, me trouxe logo a mente o Teatro dos Vampiros, que aparece no maravilhoso Entrevista com o Vampiro (1994).
Não é um filme perfeito, acho que peca um pouco no ritmo, no humor descabido e até mesmo na intenção do assassino, que me pareceu bastante exagerada (talvez se justifique pela loucura de perder alguém muito amado). Porém, se levarmos em conta a época, é um retrato maravilhoso de um tipo de um cinema elegante, teatral e muito bem arquitetado. Vicent Price está impecável, possui uma presença assustadora e encantadora ao mesmo tempo.
(Texto publicado no meu perfil do instagram @red_coven_)
O Que Ficou Para Trás
3.6 510 Assista AgoraUma das coisas que mais me faz amar o terror é a sua capacidade de falar sobre tudo. O Que ficou Para Trás é um filme produzido pela Netflix que usa o gênero para retratar os fantasmas internos dos personagens. Mais do que uma história sobre casa mal assombrada, ele retrata um casal de refugiados que sobreviveu a inúmeras provações, mas não consegue escapar da dor e culpa pelos que não tiveram o mesmo destino.
Tais como clássicos góticos do terror, a casa reflete os personagens e suas angústias, sendo este espaço ambientado de forma brilhante: a casa é velha, suja e parece cada vez menor. Essa sensação se deve principalmente pela escolha inteligente de mostrar os fantasmas dentro das paredes, ou seja, tudo em volta oprime os protagonistas. Cada sombra parece observá-los.
O Que Ficou Para Trás é um filme sensível, assustador e angustiante. O racismo e xenofobia não são exatamente o foco, porém, aparecem pontualmente demonstrando que a luta do casal ainda está longe de terminar.
(Texto publicado no meu perfil do insta @red_coven_)
Suspíria: A Dança do Medo
3.7 1,2K Assista AgoraPara causar estranhamento: É um reboot/continuação, com uma mitologia incrível. O uso da dança ligada a boa e velha bruxaria, nos recompensa com cenas memoráveis e bastante estranhas (de uma forma boa). A narrativa é bem interessante também, revelando os mistérios aos poucos e ainda abrindo espaço para diferentes interpretações. Mesmo não sendo perfeito, a sequência final regada a muito sangue é belíssima e faz valer cada minuto do filme.
(Texto publicado no meu perfil do insta @red_coven_)
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraPara refletir: Com muitos subtextos, A Bruxa, nos mostra de forma sútil o despertar de uma jovem moça em meio a um ambiente de extremismo religioso e histeria. O sobrenatural pode ou não ficar explicito, isso depende da sua análise individual, já que pra mim a Bruxa em si é a personificação da libertação do feminino, ou seja, mulheres livres que são vistas como bruxas e abraçam isso.
(Texto publicado no meu perfil no insta @red_coven_)
A Bruxa de Blair
3.1 1,6KPara dar um frio na espinha: câmera de mão + atuações muito realistas = um documentário fake que arrepia até hoje! Em um jogo de mostrar e esconder, a Bruxa de Blair é um filme que brinca com você. A floresta é um dos protagonistas e é nela que somos emergidos e ficamos com uma pulga atrás da orelha para cada sombra, som ou até mesmo expressão dos personagens.
(Texto publicado no meu perfil do insta @red_coven_)
O Corvo
3.8 692🎃 Para curtir no Halloween: Ok, não se passa no Dia das Bruxas, mas no dia anterior, conhecido como Devil’s Night (Noite do Diabo). Mas O Corvo oferece uma história bastante sombria, uma trilha sonora delicinha, muita chuva e uma estética punk/gótica vinda diretamente da obra original, a HQ “O Corvo” de James O'Barr (depois vai rolar post).
🦇 É um filme bastante difícil de categorizar, mas por vir dos quadrinhos é possível sentir uma forte referência ao mundo dos super-heróis, principalmente o Batman. Em uma cidade decadente controlado por gangues, um casal inocente é assassinado, resultando em um jovem levemente desequilibrado (que, veja bem, usa um animal sombrio como símbolo) que busca uma vingança sangrenta. E nós compramos essa vingança e torcemos para que o finado e encantador Brandon Lee limpe a cidade do mal.
🖤 Gótico, sombrio, trevoso e levemente tocante, O Corvo é um clássico que envelheceu superbem devido ao bom ritmo e uma história gostosa de acompanhar.
(Texto publicado no meu perfil do insta @red_coven_)
Noturno
2.9 214 Assista AgoraTentou ser um Cisne Negro hein... Não é horrível, mas não me empolgou.
O Diabo de Cada Dia
3.8 1,0K Assista AgoraCara que filme interessante! Ele é para baixo, tem um tom sombrio e envolvente. Para mim o maior mérito além das atuações (dentro do tom certinho), é o modo como a história é contada. Que narrativa boa, a montagem das cenas vai deixando você cada vez mais imerso e querendo saber mais. Um diretor e roteirista mais preguiçosos poderiam ter contado essa história tão boa, de uma forma chatíssima se se prendessem a algo mais linear. As repostas poderiam chegar cedo demais (não criando impacto) ou tarde demais (ficando óbvias), mas aqui tudo é entregue da melhor forma possível!
E o final meio Irmãos Coen? Um corte meio cru, porém, onde deveria estar, já que tudo o que precisávamos saber esteve em tela, mas o personagem do Tom Holland é tão interessante que da vontade de continuar acompanhando sua história.
Enfim, curti muito e espero que netlifx entregue mais thrillers desse tipo porque eu particularmente amo!
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraNão é meu favorito do ano, mas acho que tem coisas legais. As atuações são boas, a direção é bem criativa. O livro é mais fechado, explica melhor o final, no filme preferiram uma coisa mais visual e poética e por mim ok também. Ficou mais em aberto, mas eu acho que o livro tem cenas muito longas e cansativas (a viagem de carro até a casa dos pais demora séculos e o momento que chegam na escola também se alonga demais), e achei que o filme deu uma boa resumida. Só o que me incomodou um pouco como adaptação mesmo, é que no livro o estranhamento é muito mais sútil e dentro da cabeça da personagem, não necessariamente algo que ta rolando. No filme as coisas começam a ficar estranhas muito rápido, e você já começa a desconfiar que o que está sendo mostrando pode não fazer parte da realidade. Não achei péssimo não, foi legal de ver. E tem o lance sobre a solidão e sobre como a vida passa rápido... Acho bastante tocante.
Li alguns comentários, e realmente o filme fica mais com a sensação de que a história é sobre a menina ruiva e não sobre o zelador (Jake). Realmente acredito que é uma falha... Ou liberdade de mudar, sei la.
A Casa Que Jack Construiu
3.5 789 Assista AgoraGente, será que alguém consegue me ajudar? To lendo a HQ do Alan Moore "Do Inferno" (sobre o Jack Estripador), e em um momento um personagem diz: "essa é a casa que jack construiu". Alguém sabe se o termo é alguma referência mais antiga, ou o Lars se inspirou na HQ para o título do filme? Pensei que poderia ser algo da Divina Comédia, mas nunca li e não achei nada na internet. Fiquei encucada hahaha
A Morte Te Dá Parabéns 2
3.0 714Inferior ao primeiro, mas até que diverte, porém...
Porque a maluca resolve se matar de formas doloridas e horríveis? Podia escolher uma maneira fácil e indolor e pronto. Não faz sentido.
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraEu amo tanto o terror e sua capacidade de tocar em QUALQUER assunto, é um gênero com uma força transgressora tãaao gigante. E que filme foi esse, TENSO de uma forma absurda, dá vontade de entrar na tela e ajudar a protagonista. A construção da personagem é incrível, pelo roteiro é claro, mas também a atuação na medida certa da Elizabeth Moss, que parece tirar força do próprio trauma para lutar.
A direção te deixa inquieto, sempre parecendo que tem algo espiando, algo por perto. PQP. O roteiro podia ir por um caminho tão preguiçoso, mas ele vai aumentado o nível de 'merda' acontecendo de uma forma que eu não via em um filme faz muito tempo. E pelo menos para mim, tudo soa muito natural, como uma crescente do que está sendo tramado mesmo.
E que final satisfatório. A tensão cresce e diminuí quando parece tudo solucionado, dai vem mais um tapão, demonstrando a força desse mulher que foi ferida e destruída por dentro.
Enfim, poderia passar horas falando bem dele aqui, mas resumidamente, ele me deixou tensa, mas também me tocou pra caralho, porque por mais que usem um artificio fantástico - a invisibilidade -, o tema é TÃO real e palpável que chega a dar uma tristeza no coração. Recomendo demais.
Vigiados
2.6 366 Assista AgoraEu posso estar sendo muito chata, mas achei o roteiro tão preguiçoso. Fiquei com a impressão de que queriam pegar um clichê e colocar algo "diferentão", misturando um drama e um terror meio slasher. Mas senti que ficou no meio do caminho, um drama meia boca que não envolve e um slasher que não empolga. Que personagens chatos e detestáveis (salva um pouco a Alison Brie). Sei lá, parece que o filme quer muito ser mais do que é (mais profundo e mais cabeça). Enfim, achei que colocaram os dois gêneros de forma super jogada e o resultado foi um filme morno, sem um ápice.
E porque esse mistério todo pra mostrar o assassino, sério que acharam que estavam fazendo um final aberto e inteligente que só ia pegar quem prestasse muita atenção? O filme nem deu pistas que tinha um assassino até ele surgir do nada haha
O Rei da Comédia
4.0 366 Assista AgoraFui ver achando que seria algo mais pesado e violento (por conta da do Coringa, que o usou pra caramba como base), e me surpreendi. É muito leve e gostoso de ver. Um personagem do De Niro que contrasta bastante com os de Taxi Driver e Cabo do Medo, mostrando como ele é especialista em interpretar malucos, até os mais "doces" como é o caso do Rupert.
Histórias de Além-Túmulo
3.2 244 Assista AgoraPutz, que final clichê :(
Não gostei da moldura (o que liga as três histórias), mas poderia pelo menos ter curtido os três contos de terror, mas até eles não tem pé nem cabeça. Até a maquiagem das "criaturas" de cada história achei super datadas, parece cosplay.
Enfim, bons atores, em um filme mediano pra baixo.