Até que diverte e prende, como metáfora pro próprio cinema funciona muito bem, especialmente levando em conta o final, inclusive me lembrou bastante de Inland Empire feat. Show de Truman. Mas confesso que esperava um desenvolvimento um pouco mais crível/plausível, tem horas aqui que os acontecimentos beiram o fantástico de tão improváveis e gritam 'plot convenience", mais milagroso que o próprio milagre, como diz a frase. Mas de resto, ok, aquela redenção no ato final não é só do personagem mas do próprio filme.
Uma pena que derrapa brutalmente nos momentos finais. Mas de resto tudo muito bem e acima da média, construção de personagens no ponto, atrizes e personagens fantásticas, o que torna qualquer possível situação ridícula um pouco mais fácil de aceitar, e até um pouquinho de metalinguagem e subversão aos lugares-comuns do gênero, sem nunca abandoná-los completamente, mas brincando e se aproveitando de todos os seus pontos positivos e nossa familiaridade com eles pra contar uma histórinha que vai além do mero terror, além claro de se destacar em vários aspectos mais técnicos. Novamente, nota ridícula, tomem vergonha na cara.
Mais uma coisa que esse filme conseguiu provar em relação ao Flanagan: estupendamente competente como diretor de atores e criador de personagens e mitos. Em especial os personagens femininos. A atuação da menininha lá e da mãe são maravilhosas, e o material que elas tinham só contribuiu pro sucesso da coisa toda. Esse interesse do Flanagan por explorar os laços familiares em meio ao contato com o 'estranho' sempre deixa a história inteira mais envolvente e frutífera. Outro filmaço pra bagagem. Achei o fim meio besta mas não se sobressai em nada aos aspectos positivos. Outra coisa que ele conseguiu provar é que a galera pede filmes de terror que fujam da mesmice estéril de sempre, mas no final não merece eles não. Olha essa nota, vão tomar nos seus cus.
É uma espécie de filho bastardo de Shyamalan com Stephen King, Dá pra perceber uma continuação de coisas tratadas em 'Absentia', embora sigam por caminhos diferentes. O filme dá uma caída lá no 3º ato mas volta com força total nas últimas cenas, e Mike Flanagan, com esse final tá comprovando aquilo que desconfio após ver somente 3 filmes dele: ele sabe exatamente o que quer ao religar os tropos de terror com as experiências profundas de mistério, horror, medo e descoberta que os originaram sem cair na armadilha de fazer filmes pra chocar e dar cagaço em criança enquanto desaparece no escuro rindo bwwahahaha. E benzadeus essa Kate Bosworth, que mulher binita.
Mas que baita filme, minha gente. Faz tempo que eu não ficava tão tenso a ponto de querer que o filme terminasse (considerando que esse tem 80 minutos). Só uma coisa que me incomodou
o filme deixa a protagonista em uma situação tão mas tão desavantajada (mesmo que todo o seu poder de causar aflição seja extraído dessas circunstâncias) que quando o jogo vira, a única explicação plausível é pura e simplesmente um Milagre, mas até assim faz sentido levando em conta a mitologia interior da personagem no seu encontro com o Mal.
Um dos reviews no rotten tomatoes diz "Hush doesn't just upend horror tropes. He makes us wonder why we liked them in the first place.", e é exatamente isso. Tudo bem formulaico, tudo absolutamente eficaz. Anos luz à frente do picaretaço 'Don't Breathe', uma pena não ter recebido todos os louros que aquele recebeu.
Não é um filme de poucas falhas, os atores tanto principais qnto secundários claramente não conseguem aguentar a carga dramática de umas cenas que poderiam ser abordadas de uma maneira mais econômica, sucinta e lo-key ou simplesmente eliminadas; as aparições são ruins, não tem nada muito inovador na direção, mas achei um filme honesto pra caramba, o roteiro abre espaço pra questionamento e se preocupa em sondar o psicológico dos personagens (e nossas interpretações também), sem entregá-los a estereótipos ridículos. Além disso, flui também de um jeito muito bacana, é fácil ver por aí filmes muito melhores em termos técnicos mas que falham miseravelmente em manter um ritmo decente e estimulante. Não vi os filmes posteriores desse cara, mas se conseguem repetir e manter essa procura pela 'alma' da coisa toda, já fico mais otimista.
a doutora mandando a menina oceano afora e resolvendo ficar pra tratar o cara que 'esqueceu seus sentimentos' e só lembra de nome de comida tem uma força simbólica das mais potentes. E que atrizona essa Nina Hoss hein?
Muito bom, essa nota baixa e alguns comentários sem noção só mostram que a acessibilidade e a linguagem simples de filmes de terror são a sua kryptonita. Além do quê, acho besteira ficar se apegando a uma interpretação racional pra tentar sintetizar todos os contos apresentados. A maior fraqueza dele foi, pra mim, justamente o final em que ele tenta fechar todas as pontas e formar um círculo perfeito, um troço batidão de 'o passado é o inferno e ele te libertará' (algo já explorado à exaustão umas trocentas vezes e que me remeteu a filmes como Jacob's Ladder, As Above so Below, Pânico no Deserto, Blood River, etc, etc) - e um negócio que, no fim, acaba nem sendo aprofundado e termina mesmo como uma espécie de discurso pobrinho postiço colocado ali pra sustentar a entrega total à loucura, às sensações enervantes, desconfortáveis e imprevisíveis e à jornada em direção ao caos que o filme propõe, que é na verdade onde ele exerce sua força maior (aquela sequência do acidente e do hospital foi uma das coisas mais tensas que já vi; e veja só, tudo o que o filme quer dizer já é jogado na sua cara no decorrer dele sem que seja necessário aquela conclusão didática). O 'sul' aqui é meio óbvio, é o contrário do Norte, o desnorteamento, a desorientação, a confusão; e 'southbound' pode ser entendido tanto como o 'limite Sul' (o fim do mundo como conhecemos) ou 'confinado ao sul' (um tipo de purgatório ou limbo) A ideia de conectar todas as histórias foi interessante e trouxe um arzinho ao mesmo tempo de nostalgia e de originalidade pro filme, mas no fim, não me pareceu essencial, algumas histórias funcionaram bem isoladamente e/ou ficaram meio deslocadas no conjunto todo. Mas de resto, super legal, excelente uso da trilha sonora e edição de som. Se eu tivesse que filmar um pesadelo, sairia algo assim, inclusive acredito que essa é a maneira mais adequada de se pensar nesse filme, como uma espécie de pesadelo ou como uma música. Óbviamente recomendo pras amiga. Obs: daria umas 3 estrelas, 3,5 mas vai um 4 como protesto por essa nota
Duas pragas em filmes do Malick: As moscas varejeiras q cheiraram 'importância' depois de Cannes e as deslumbradas com o 'elenco estelar'. Dizendo isso, uma verdadeira obra prima que não deve em nada para Árvore da Vida, aliás, todo o espírito daquele filme continua vivo e pulsante aqui, se permitindo percorrer por vias muito mais maculadas, obscuras e mesquinhas, por isso mesmo, humanas, e demonstrando no percurso a extensão da sua riqueza e da sua sensibilidade. Tem tanta coisa pra absorver desse filme que é até difícil articular. Ter esse cara vivo e aqui fazendo filmes é um verdadeiro presente, uma graça mesmo. Que venha 'Song to Song'! Ah, Edvard Grieg, Burial e Explosions in the Sky na trilha sonora, esse senhor sabe oq tá fazendo
Nada de inovador ou especial, mas oferece uns momentos de tensão bem bacanas, só via a galera deixando o cinema um a um. O final não é exatamente um plot twist mas funciona bem. Apenas 2 coisas:
Mas que filmão da porra! Gratíssima surpresa, cada minuto que passava eu ficava mais contente. E além de tudo, uma aula de edição. Recomendo forte pra todas as amiga
Filme fedorento pra passar em aula de história e deixar jovem espinhento cheio de hormônio e acessos de auto-importância satisfeito por 'sacar' coisinhas aqui e ali. Não espanta nenhum pouco notar a semelhança entre a mentalidade de um suposto cara de 14 mil anos e as postagens desse tipo de gente no facebook. Ser uma produção paupérrima que consegue manter um ritmo coerente até o fim é a única coisa q se salva
Evolução
3.2 35bonitão mas chaaaaaaato que só e de uma estranheza absolutamente inócua, 'Innocence' se sobressai em todos esses aspectos.
Dominados Pelo Ódio
3.5 366O DEMÔNIO
The American Astronaut
3.9 7- When I get to Venus can I get a dog?
- Dogs can't live on Venus, when they roll on their backs the pressure twists their guts up and it kills them.
Vidas em Jogo
3.8 726 Assista AgoraAté que diverte e prende, como metáfora pro próprio cinema funciona muito bem, especialmente levando em conta o final, inclusive me lembrou bastante de Inland Empire feat. Show de Truman. Mas confesso que esperava um desenvolvimento um pouco mais crível/plausível, tem horas aqui que os acontecimentos beiram o fantástico de tão improváveis e gritam 'plot convenience", mais milagroso que o próprio milagre, como diz a frase. Mas de resto, ok, aquela redenção no ato final não é só do personagem mas do próprio filme.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Ouija: Origem do Mal
2.8 476 Assista AgoraN
Ouija: Origem do Mal
2.8 476 Assista AgoraUma pena que derrapa brutalmente nos momentos finais. Mas de resto tudo muito bem e acima da média, construção de personagens no ponto, atrizes e personagens fantásticas, o que torna qualquer possível situação ridícula um pouco mais fácil de aceitar, e até um pouquinho de metalinguagem e subversão aos lugares-comuns do gênero, sem nunca abandoná-los completamente, mas brincando e se aproveitando de todos os seus pontos positivos e nossa familiaridade com eles pra contar uma histórinha que vai além do mero terror, além claro de se destacar em vários aspectos mais técnicos. Novamente, nota ridícula, tomem vergonha na cara.
O Espelho
2.9 932 Assista AgoraMais uma coisa que esse filme conseguiu provar em relação ao Flanagan: estupendamente competente como diretor de atores e criador de personagens e mitos. Em especial os personagens femininos. A atuação da menininha lá e da mãe são maravilhosas, e o material que elas tinham só contribuiu pro sucesso da coisa toda. Esse interesse do Flanagan por explorar os laços familiares em meio ao contato com o 'estranho' sempre deixa a história inteira mais envolvente e frutífera. Outro filmaço pra bagagem. Achei o fim meio besta mas não se sobressai em nada aos aspectos positivos.
Outra coisa que ele conseguiu provar é que a galera pede filmes de terror que fujam da mesmice estéril de sempre, mas no final não merece eles não. Olha essa nota, vão tomar nos seus cus.
O Sono da Morte
3.2 575 Assista AgoraÉ uma espécie de filho bastardo de Shyamalan com Stephen King, Dá pra perceber uma continuação de coisas tratadas em 'Absentia', embora sigam por caminhos diferentes.
O filme dá uma caída lá no 3º ato mas volta com força total nas últimas cenas, e Mike Flanagan, com esse final tá comprovando aquilo que desconfio após ver somente 3 filmes dele: ele sabe exatamente o que quer ao religar os tropos de terror com as experiências profundas de mistério, horror, medo e descoberta que os originaram sem cair na armadilha de fazer filmes pra chocar e dar cagaço em criança enquanto desaparece no escuro rindo bwwahahaha.
E benzadeus essa Kate Bosworth, que mulher binita.
Hush: A Morte Ouve
3.5 1,5KMas que baita filme, minha gente. Faz tempo que eu não ficava tão tenso a ponto de querer que o filme terminasse (considerando que esse tem 80 minutos).
Só uma coisa que me incomodou
o filme deixa a protagonista em uma situação tão mas tão desavantajada (mesmo que todo o seu poder de causar aflição seja extraído dessas circunstâncias) que quando o jogo vira, a única explicação plausível é pura e simplesmente um Milagre, mas até assim faz sentido levando em conta a mitologia interior da personagem no seu encontro com o Mal.
Um dos reviews no rotten tomatoes diz "Hush doesn't just upend horror tropes. He makes us wonder why we liked them in the first place.", e é exatamente isso. Tudo bem formulaico, tudo absolutamente eficaz. Anos luz à frente do picaretaço 'Don't Breathe', uma pena não ter recebido todos os louros que aquele recebeu.
Desencanto
4.4 171 Assista AgoraDiálogos caprichadíssimos e poderosos, sem pompa. Filmaço.
Absentia
2.9 117Não é um filme de poucas falhas, os atores tanto principais qnto secundários claramente não conseguem aguentar a carga dramática de umas cenas que poderiam ser abordadas de uma maneira mais econômica, sucinta e lo-key ou simplesmente eliminadas; as aparições são ruins, não tem nada muito inovador na direção, mas achei um filme honesto pra caramba, o roteiro abre espaço pra questionamento e se preocupa em sondar o psicológico dos personagens (e nossas interpretações também), sem entregá-los a estereótipos ridículos. Além disso, flui também de um jeito muito bacana, é fácil ver por aí filmes muito melhores em termos técnicos mas que falham miseravelmente em manter um ritmo decente e estimulante.
Não vi os filmes posteriores desse cara, mas se conseguem repetir e manter essa procura pela 'alma' da coisa toda, já fico mais otimista.
Filme Demência
4.1 42 Assista AgoraSAI VIADO
Bárbara
3.5 88 Assista Agoraa doutora mandando a menina oceano afora e resolvendo ficar pra tratar o cara que 'esqueceu seus sentimentos' e só lembra de nome de comida tem uma força simbólica das mais potentes. E que atrizona essa Nina Hoss hein?
Repulsa ao Sexo
4.0 462 Assista AgoraPode até ser válido tematicamente, mas tem uns problemas de ritmo muito fortes. Chato e histérico pra caramba.
Entre Risos e Lágrimas
3.5 94Jenny Slate é ótima, pena o filme ser tão embebecido em escrotices indulgentes
Entes Queridos
3.5 499Assisti com a minha mãe, qndo ela começou a gritar 'q ódio, q ódio, q ódio' enquanto batia no sofá eu soube q o filme era bom hehehe
Southbound
2.9 151Muito bom, essa nota baixa e alguns comentários sem noção só mostram que a acessibilidade e a linguagem simples de filmes de terror são a sua kryptonita. Além do quê, acho besteira ficar se apegando a uma interpretação racional pra tentar sintetizar todos os contos apresentados. A maior fraqueza dele foi, pra mim, justamente o final em que ele tenta fechar todas as pontas e formar um círculo perfeito, um troço batidão de 'o passado é o inferno e ele te libertará' (algo já explorado à exaustão umas trocentas vezes e que me remeteu a filmes como Jacob's Ladder, As Above so Below, Pânico no Deserto, Blood River, etc, etc) - e um negócio que, no fim, acaba nem sendo aprofundado e termina mesmo como uma espécie de discurso pobrinho postiço colocado ali pra sustentar a entrega total à loucura, às sensações enervantes, desconfortáveis e imprevisíveis e à jornada em direção ao caos que o filme propõe, que é na verdade onde ele exerce sua força maior (aquela sequência do acidente e do hospital foi uma das coisas mais tensas que já vi; e veja só, tudo o que o filme quer dizer já é jogado na sua cara no decorrer dele sem que seja necessário aquela conclusão didática). O 'sul' aqui é meio óbvio, é o contrário do Norte, o desnorteamento, a desorientação, a confusão; e 'southbound' pode ser entendido tanto como o 'limite Sul' (o fim do mundo como conhecemos) ou 'confinado ao sul' (um tipo de purgatório ou limbo)
A ideia de conectar todas as histórias foi interessante e trouxe um arzinho ao mesmo tempo de nostalgia e de originalidade pro filme, mas no fim, não me pareceu essencial, algumas histórias funcionaram bem isoladamente e/ou ficaram meio deslocadas no conjunto todo.
Mas de resto, super legal, excelente uso da trilha sonora e edição de som. Se eu tivesse que filmar um pesadelo, sairia algo assim, inclusive acredito que essa é a maneira mais adequada de se pensar nesse filme, como uma espécie de pesadelo ou como uma música.
Óbviamente recomendo pras amiga. Obs: daria umas 3 estrelas, 3,5 mas vai um 4 como protesto por essa nota
Cavaleiro de Copas
3.2 412 Assista AgoraDuas pragas em filmes do Malick: As moscas varejeiras q cheiraram 'importância' depois de Cannes e as deslumbradas com o 'elenco estelar'. Dizendo isso, uma verdadeira obra prima que não deve em nada para Árvore da Vida, aliás, todo o espírito daquele filme continua vivo e pulsante aqui, se permitindo percorrer por vias muito mais maculadas, obscuras e mesquinhas, por isso mesmo, humanas, e demonstrando no percurso a extensão da sua riqueza e da sua sensibilidade. Tem tanta coisa pra absorver desse filme que é até difícil articular. Ter esse cara vivo e aqui fazendo filmes é um verdadeiro presente, uma graça mesmo. Que venha 'Song to Song'!
Ah, Edvard Grieg, Burial e Explosions in the Sky na trilha sonora, esse senhor sabe oq tá fazendo
Vida
3.4 1,2K Assista AgoraNada de inovador ou especial, mas oferece uns momentos de tensão bem bacanas, só via a galera deixando o cinema um a um. O final não é exatamente um plot twist mas funciona bem. Apenas 2 coisas:
- Bem irônico esse título
- A morte do deadpool foi um troço angustiante e eficaz, foi a nota que deu o tom pro filme todo
Grave
3.4 1,1Knossa tem simbolismos
Doces Para o Diabo
3.2 83Mas que filmão da porra! Gratíssima surpresa, cada minuto que passava eu ficava mais contente. E além de tudo, uma aula de edição. Recomendo forte pra todas as amiga
Quando as Luzes se Apagam
3.1 1,1K Assista Agoraeeeee filme bobo da preula
O Homem da Terra
4.0 454 Assista AgoraFilme fedorento pra passar em aula de história e deixar jovem espinhento cheio de hormônio e acessos de auto-importância satisfeito por 'sacar' coisinhas aqui e ali. Não espanta nenhum pouco notar a semelhança entre a mentalidade de um suposto cara de 14 mil anos e as postagens desse tipo de gente no facebook. Ser uma produção paupérrima que consegue manter um ritmo coerente até o fim é a única coisa q se salva