Muito triste que a série termine dessa forma, mas até certo ponto, era esperado. Depois de uma primeira temporada incrível, a segunda já demonstrou algumas fragilidades, mas agora foi uma lástima. Parece que quiseram economizar tanto na série que os três episódios tudo acontece dentro da conveniência e na da tempo para erros e acertos. Pessoas entram em fortalezas cheias de seguranças, envenenamento, meninas frágeis que se tornam corajosas, homem generoso que depois é o vilão (o que era óbvio, pois contratariam o Rodrigo Santoro pra quê?). Aposta-se numa trama que talvez quisesse chocar, mas não consegue chegar a esse resultado. Muito clichê! Também tem umas cenas que apostam no gore, mas não é tão eficiente. Mas o pior de tudo é o roteiro. Cadê a qualidade da primeira temporada? Aqui, "a fada da conveniência" atua em todos os momentos e se torna uma trama idiotizante. Que pena, perdemos uma série.
Um filme propagandístico das "ações efetivas e preventivas" dos estadunidenses e israelenses no Oriente Médio. Bem feita, mas é maniqueísta ao extremo e conta uma história de "mocinhos" (Estados Unidos e Israel) e bandidos (Irã, Síria e Hezbollah). Talvez, para um criança possa servir, mas para qualquer pessoa que entenda a dinâmica geopolítica do Oriente Médio, essa série é uma simplificação infantil. Caberia mais atenção à trama para não se tornar "mais um produto de propaganda". Assim, dá para assistir, mas historicamente é bem fraco. Parece que o Imad Mughnieh é um personagem de filmes como "Meu querido John". Enfim, sem contar o corte brutal na trajetória histórica que passa de 1983 - antes do surgimento oficial do Hezbollah, que dar-se-á apenas em 1985 - para 2007. Essa lacuna histórica poderia mostrar a barbarie que os israelense fizeram no Líbano e como foram expulsos pelo Hezbollah, em 2000. Para entender Imad Mughnieh há de se entender a geopolítica local e não eleger uma mulher xiita libanesa e um sionista com problemas em casa para serem mocinhos. Muito fraca a construção do roteiro.
A qualidade caiu substancialmente. A primeira temporada tinha sido foda, surpreendente, mas aqui, além de vermos situações absurdas, pelas facilidades que o roteiro proporciona e deixam a trama totalmente sem credibilidade, acabamos vendo uma trama que não gera tensão como antes. Há uma certa artificialidade na parte da igreja e alguns arranjos do roteiro são tão idiotas que fazem com que afastamos. A revelação final acaba não tendo um impacto forte. Creio que a direção se perdeu um pouco e não conseguiu gerar tensão. Enfim, uma segunda temporada apenas boa. Para quem esperava a superação, infelizmente, se não houver uma retomada, a terceira temporada.porada será impossível de assistir. Ah, tem de melhorar as cenas de ação de luta, são muoto fracas.
Um melodrama ao estilo "novela mexicana", mas ambientando na explosão da usina de Chernobyl. Os personagens são tão unidimensionais que se tornam engraçados, os dramas são tratados com tanto "peso" que perdem a própria dramaticidade e ficam cômicos. As coincidências perdem a razoabilidade dos fatos e se tornam risíveis. Enfim, a impressão é de que estamos assistindo uma novela da Tevelisa! Bem fraco!
Fraco, artificial e criatividade zero. Gera constrangimento as saídas propostas pelo roteiro. Trabalhar com clichês não é um problema, mas nesse caso, os personagens são tão unidimensionais e patéticos que a trama não avança. Para assistir aos episódios de vinte e poucos minutos tem-se de fazer esforço hercúleo. O pai da menina é tão péssimo ator que gera vergonha de que assiste. Sem contar a ausência absurda de criatividade dos roteiristas. Usar Brokeback Mountain é tão clichê que fica ridículo. Também, os diálogos entre os autores parece que foram retirados de um livro, muitos sequer cabem nas bocas dos atores. E a narrativa do livro que está sendo escrito é um emaranhado de "frase de efeito", vergonhoso. Difícil imaginar quem tem coragem de produzir algo assim. Ainda mais quando tudo tem versão em inglês, então gera espanto imaginar que alguém no exterior venha a assistir essa séria e considere que esse é o nível das produções brasileiras. Péssimo e perda de tempo!
Poderia dizer que a série segue a mesma linha das demais temporadas, mas creio que não, pois parece que os roteiristas ficaram preguiçosos e lançaram mão de tantas facilidades para resolver problemas na trama que tem hora que fica inverossímil demais até para ficção. Há uma quantidade tão grande de coincidências, que a "percepção dos fatos" por parte da equipe de assassinos israelenses torna-se fenomenal. Eles não erram nunca. Mas fora isso, a série aposta no mesmo, ou seja, trata-se de um "filme de máfia". A organização criminosa, o Estado de Israel, mantém várias equipes de extermínio e acompanhamos a ação de uma delas. Criminosos, assassinos que não têm qualquer valor humano, matam com o profissionalismo que uma boa escola formou. Mas para contrabalançar a personalidade desses assassinos, nos apresentam suas famílias, seus filhos, seus dramas familiares. A mesma fórmula das temporadas anteriores. Tudo milimetricamente montado para serem personagens carismáticos. Mas nesse caso, fica muito difícil "torcer para esses assassinos", pois eles matam premeditadamente. Também, outro aspecto difícil de aceitar é que os palestinos do Hamas são mostrados como personagens idiotas e tecnicamente (aspectos militares) incompetentes. Em situações com dezenas de membros do Hamas, eles erram mais tiros do que filme de Rambo. Também, voltando ao roteiro, eles ajeitam qualquer coisa para a trama avançar. Como exemplo, o
militante do Hamas, que tinha sofrido um atentado no qual sua família havia morrido, depois, numa mensagem do telefone dele, descobre-se que a filha dele sobreviveu e ele se torna um colaboracionista para que pudessem entrar numa fortaleza em Rafah.
É duro aceitar essas besteira. Parece novela mexicana, que de repente surge um personagem e diz qualquer coisa para que a trama seja resolvida, mas nada tinha a ver com a história até aquele momento. Enfim, mais uma propaganda perversa do Estado de Israel, que deve funcionar para os adeptos.
Um estado que, numa cena, exalta para o filho de pouco mais de dez anos que havia perdido o pai, que ele havia sido um herói por ter entrado em Gaza e assassinado diversos palestinos.
É isso, um apanhado de ações criminosas que ninguém faz nem fará nada. E esses "heróis" do povo israelense, que andam de armas na cintura como se estivessem no "velho oeste", nada mais são do que o retrato de um estado crimoso. Ou seja, assistimos a uma série sobre a máfia e seus assassinos. Bem feita, mas seu posicionamento político explícito a prejudica totalmente.
É inegável que se trata de um filme tecnicamente bom. Muito boa interpretação do Sacha Baron Cohen, fotografia bem marcante e bonita, direção de arte cuidadosa, enfim, cabem diversos elogios. Mas o mais complicado ao assistir essa série é que a maneira com que o roteiro a desenvolve, tenta construir um herói, sendo que se trata de um grande criminoso. Daí a qualidade técnica do roteiro, mas seu desserviço, pois exalta o tipo de ação do Estado de Israel. O espião vivido por Cohen é mostrado como uma pessoa que só tem valores e integridade e o roteiro toma muito cuidado para que nas menores ações que ele pudesse cometer que poderia desconstruir seu caráter, logo apresenta inúmeras situações para justificá-las. Mesmo em detalhes mínimos, o roteiro esconde fatos. P
or exemplo, para reforçar seu caráter monogâmico (nunca vi isso em filmes de espiões, por ser irreal), sequer vemos o espião Kamel beijando um mulher. Então, apesar de essa situação lhe gerar alguns constrangimentos na série, quando assume o relacionamento com a filha do amigo, parecem amigos.
Esse é apenas um exemplo simplório e que tem a intenção de criar um" espião íntegro". A maneira como se apresenta a Síria, também é algo totalmente maniqueísta, o malvado e o "bonzinho". Nesse caso, Israel é sempre o bonzinho. A título de curiosidade, a ocupação da Cisjordânia, além do caráter geopolítico, se deu para controlar as fontes hídricas da região. O Estado de Israel, nessa série, é mostrado como um países de pessoas íntegras e que "são obrigadas a fazerem qualquer coisa para se defenderem, pois ninguém no mundo está interessado neles". Não é exatamente essa fala que um dos personagens do governo diz para justificar suas ações, mas o sentido é o mesmo. Enfim, quando o roteiro assume uma perspectiva completamente israelense e trata os sírios como autênticos demônios, ele fica empobrecido. Mas mesmo assim, seguindo a mesma linha de outros roteiros como Argo, consegue fazer com que o espectador se empolgue com a trama e torça para Kamel/Eli, ainda que seja um criminoso. Bem feito apenas, mas um desserviço à História.
É tão caricato que chega a ser constrangedor. Diálogos que parecem se inspirar em novelas mexicanas e as interpretações superam qualquer limite do aceitável. É péssimo. Os atores são horríveis e assistir até o fim chega a ser uma luta. Esse diretor e produtores deveriam assistir Cidade de Deus para entenderem como mostrar um ambiente como aquele que vivem sem ser caricato. Horrível!!! Vergonha pensar que o mesmo país que produz os filmes de Darín, faz isso.
Ainda que seja uma série patética por seu cunho ideológico e não apresentar isso de maneira isenta os fatos, pois alguns dirão que o diretor constrói um panorama amplo da corrupção e inclusive faz críticas à oposição, é notório que ele somente lança mão desse recurso para pseudojustifjcar seu argumento. Duas cenas mostrando a oposição e 8 episódios de 50 minutos para o restante de seu argumento. Mas deixando de lado esse aspecto ideológico de manipular a história, a série é fraca por sua deficiência em construir personagens além da caricatura. Alguns poderão dizer que "eles eram assim" mas quando expostos na tela parecem piada, e, nesse caso, o diretor deveria ter dosado melhor a interpretação. Também, o personagem de Selton Mello é a coisa mais aberrativa que poderia existir. Não por sua gana por vingança, mas pela sua falta de veracidade. O ator até tenta dar profundidade aos aspectos psicólogicos do personagem, mas não faz sentido. Uma vingança que chega a tamanho absurdo que se perde em sim. A capacidade que o personagem tem de interferir na investigação é algo que soa como uma piada. Um personagem inverossímil. Sua família é o que há de mais patético e estereotipado nesses tipos de filmes. A mulher dele não faz qualquer sentido na trama, mais se parece com um personagem de The Walking Dead, uma zumbi. E, para piorar, a maneira com que o personagem de Selton Mello "descobre" como funciona "o mecanismo", lembrou as soluções de "Maria do Bairro", um clássico das novelas mexicanas. Bom, é uma somatória de personagens e situações que somente mostram que o que o diretor queria mesmo era fazer uma obra panfletário e ter Selton Mello no elenco a qualquer preço, se não como o juiz patético da série, como um vingador (a cena final poderia até ser uma alusão ao Batman Dark Knight, um herói que o país precisa, ainda que não seja o que ela merece). A única parte boa da série é sua qualidade técnica, mas isso já seria de se esperar com a quantidade de dinheiro que a Netflix colocou na produção. Padilha usa recursos da Netflix para começar a propaganda eleitoral desse ano. Esperava-se mais de um diretor que tanto se destacou e que criou Narco, além de Tropa de Elite, etc.
Uma dificuldade muito grande em continuar assistindo essa segunda temporada. Na primeira os personagens eram mais interessantes e a trama gerava expectativa, nessa segunda, além de termos personagens que praticamente se tornaram figurantes, as tramas se resolvem em cada capítulo e por isso, são de uma superficialidade ímpar. Tudo parece que acontece e se resolve como um passe de mágica. E o pior, esse presidente é algo patético, os posicionamentos buscam fazer um contraponto ao que Kevin Spacey fazia em House of Cards. Mas nesse caso, o "bom mocismo" do personagem de Kiefer Sutherland beira o surreal. No intuito de "defender os valores estadunidenses" ele praticamente faz discursos moralistas. Muito cansativo. A série se perdeu no formato e hoje o grande desafio é ver se dá para aguentar chegar até o final.
A série começa com um premissa interessante quando cria um clima de conspiração, mas conforme vai se desenvolvendo, gradualmente as situações se tornam inverossímeis. A personagem Emilia Urquiza é fake, cria uma aura de heroína, mas não avança. Na verdade, a atriz ficou bem limitada diante do roteiro bem fraco. Mesmo com episódios de apenas meia hora ou um pouco mais, o ritmo não consegue ser mantido. E mais, os personagens coadjuvantes são uma coletânea de clichês, alguns levam à gargalhada!
Mosca é uma piada que tentam transformar num drama com a "vida de cachorro", mas as cenas no canil são absurdas. Um grupo de pessoas que nunca pegou em uma arma ataca um quartal que, segundo os próprios personagens dizem, são milicianos. Daí a sacada de uma das personagens que diz para que o outro pense que está jogando vídeo game.
Enfim, uma série muito fraca que vai se perdendo conforme avança. Um visual interessante, mas não consegue segurar a atenção porque a trama parece novela mexicana, fraca e com personagens caricatos. Infelizmente, Ingobernable é uma grande piada que deu errado, perda de tempo produzir 15 episódios.
A série começou muito bem, interessante mesmo, mas foi perdendo o fôlego e terminou como uma telenovela convencional do Agnaldo Silva. Casamento e velório no final. A notícia foi perdendo cada vez mais espaço para a vida das personagens. Não ficou ruim, mas não era mais o The Newsroom da primeira temporada, que trazia uma proposta mais agressiva. Ainda bem que acabou com poucos episódios esta terceira temporada, porque não se sustentaria mais, exceto se passássemos a nos divertir com as tiradas da Sloam, que ganhou mais espaço para segurar uma parte da trama. (In)felizmente, acabou!
A série, sem dúvida, tem todos os elementos que poderiam classificá-la como uma das melhores na categoria ação/suspense. As personagens são bem construídas e a forma com que o roteiro é construído não tira a tensão dos episódios. Sempre há algo a ser revelado, o que mantém a temporada interessante... inclusive com destaque o final. Contudo, se abstrairmos todos estes aspectos técnicos e nos apegarmos ao conteúdo da série, é notória a proposta de estigmatizar os muçulmanos e vincular o terrorismo a eles. Uma propaganda da política externa estadunidense.
Não é The West Wing, mas acaba sendo interessante esta aventura da teledramaturgia pelo universo da política brasileira. Mas é evidente o conteúdo ideológico, seja dos autores ou da emissora, o que seria uma discussão a parte. E essa opção é evidenciada em todos os episódios, seja na questão do "livro didático", no qual a opção é criticar a versão "esquerdista" ao invés de fazer uma crítica à perspectiva neoliberal, ou menos no episódio da "Bolívia do Sul", quando a situação transcorreu de modo diferente à postura adotada pelo governo do PT no episódio da Petrobrás. Há muito mais de conteúdo ideológico e quando é produzido por uma emissora como a Rede Globo, não podemos ser ingênuos e achar que trata-se, simplesmente, da visão dos autores. É propagandístico e o personagem de Montagner lembra muito a postura de Aécio Neves - mesmo que os autores neguem nos extras qualquer relação com algum personagem de fato. O presidente Ventura/Aécio tem apenas o "defeito" de ser mulherengo, mas que socialmente nem é tão mal visto assim pela sociedade, em muitos aspectos é visto valorizado pela sociedade machista. Ok, ele é um homofóbico, mas a trama o "conserta" e no final aceita a situação. Enfim, daria para fazer uma análise mais profunda da trama, mas acredito que seja o suficiente. Quanto aos aspectos técnicos, é notória a opção inicial por fazer algo que lembre Fringe, mas que se perde com o transcorrer da série. A opção por levar a série para o Rio de janeiro, se barateou a produção, perdeu o clima de "bastidores do poder", que poderia ser enfatizado com o clima de Brasília. Mas o resultado final é bom, que venham mais produções políticas.
Uma proposta muito interessante, que foge completamente do modelo Malhação. Os diálogos são mais densos e procuram dar profundidade aos personagens, no entanto, às vezes acaba dar um ar de teatralidade demasiado. Mas tem uma linguagem visual que o diferencia muito dos programas de TV convencionais. É um programa belo na essência. Evidentemente que às vezes temos algumas coisas que não estão muito bem conectadas, talvez Hirsch carregue demais na forma e deixe que alguns atores fiquem meio artificiais em seus personagens. Talvez isso melhore nos próximos episódios, mas até o quarto houve certa desconexão. Bianca Comparato também consegue construir uma personagem interessante que gradualmente está se sentindo mais a vontade... A mãe é péssima! Vamos ver no que vai dar, mas a série é uma grata surpresa! Parabéns para a MTV!
A temporada começou bem com a história da cantora, mas logo foi se distanciando desse mote e temos um misto de Hank "tentando se regenerar" com "adicto a sua história"... Às vezes parece que Kapinos brinca com o espectador dando a entender que Hank poderia se regenerar em nome do amor e da família (faltou apenas a propriedade para formular a TFP), mas depois ele cai na real que não está escrevendo Dawson's Creek (também gostei desta série!) e recupera o personagem. Mas os episódios são irregulares e parece que se repetem demais, como se Hank estivesse cansado de sua vida... ou quisesse nos cansar de assisti-lo. O salto de dois anos e meio na trama ajudou, pois temos uma Becca interessante, pois coloca o dilema de Hank (pai/puteiro) em xeque! Fazer um namorado para Becca como um Hank jovem não é nada criativo, talvez a saída para o marido de Karen tenha ficado mais interessante... (casa com cerca branca é ótimo!)... Enfim, é bom rever Hank, mas parece que a sexta temporada tem que quebrar paradigmas, pois o personagem é bom demais para abacar com o um Charlie Harper, ou se definhando em uma temporada de episódios muito fracos. Kapinos deveria ter a sacada derradeira e concluir essa trajetória de Hank no seu melhor estilo, pois esse roteirista e produtor criou um dos personagens mais complexos da tv... se, por uma lado algumas pessoas são levadas (e enganadas) pela linguagem e o apelo sexual, quem para e começa a assistir, percebe da dramaticidade do personagem de Hank e a tragédia que é sua vida... uma tragédia moderna e compartilhada por personagens secundários incríveis! Ah, não precisava do episódio que parece um remake do filme Letra e Música... às vezes, ser piegas demais ou sarcásticos é legal por alguns instantes, mas um episódio inteiro cansa, pois não há novidade, mas que sabiamente o roteirista faça autocrítica de seu texto na boca do personagem Hank... vamos para a sexta!!!
Moody continua sendo um personagem único!!! Difícil encontrar outro como ele na tv... e Duchovny conseguiu se desligar de Mulder a tal ponto que hoje se parece com Moody... uma ironia se transformar em outro para se desligar de um personagem inesquecível de Arquivo X. Parece que Duchovny interpreta Moody como se estivesse brincando e sequer existisse um roteiro a ser seguido, tamanha a facilidade... mas nesta quarta temporada alguns episódios ficaram mais fracos e, se não fosse o talento de Duchovny, talvez fosse difícil aguentar... Até o episódio 6 estava indo bem, com a trama envolvendo a adaptação do livro de Moody, mas o episódio 7 (The Recused) foi o pior que já assisti até hoje, quase insuportável. Parecia que não havia sobre o que falar e inventou-se um monte de besteira. Depois, a série tentou se recuperar, mas apenas subiu alguns pontos, não mantendo o mesmo nível anterior.
Mas não da para deixar de rir quando Moody, trajando um terno, diz que se parece com um agente do FBI!
O final da série, apesar de ter recuperado a tensão dramática da relação com a família, deixou um pouco a desejar... mas as músicas, no final de cada episódio, são um show!
Depois do Globo de Ouro fui "obrigado" a assistir esta série para saber se era tudo aquilo que diziam. Evitei o ano passado inteiro, mas acabei cedendo. E não da para me arrepender. Lena Dunham conseguiu trazer uma linguagem nova para as séries. E não é na sua estrutura, pois temos narrativas em off, virgens, amores, abandonos, etc... Tudo igual, mas Dunham construiu um roteiro que não precisa utilizar subterfúgios para dizer e fazer o que aqueles meninas fazem e querem. Nesse sentido, o roteiro é mais real do que outros... É claro que contamos com o carisma desta mesma Dunham que não tem pudor em despir-se, mesmo sem ser o padrão de beleza das manequins que desfilam pela Victoria's Secret. É uma série que tem humor, mas consegue mostrar as angústias dessas recém-adultas. Os roteiros são bons porque cada episódio é muito bem desenvolvido e parece que aconteceu um monte de coisas em apenas 30 minutos. As demais meninas também fazem um papel interessante, mas já são mais clichês do que Dunham. Acabei assistindo a primeira temporada de uma vez e darei chance para que a segunda siga o mesmo caminho. Não é sexo por sexo, é sexo porque elas estão a fim de sexo quando quiserem... Não se fala de sexo o tempo todo, mas não deixa de falar, pois parte da realização delas está ligado a isso! Uma série muito legal, em meio a muita coisa que apenas repete fórmulas... Evidentemente que podemos discutir essas proposta a partir de uma perspectiva sociológica e mesmo dizer que a realidade das meninas de NY não é a mesma das meninas brasileiras... tudo isso é possível, mesmo, mas neste momento ainda estou impactado com a qualidade do roteiro (pela simplicidade e objetividade) e pelo talento de Dunham!
Segue com qualidade... não está conseguindo emplacar o mesmo ritmo e tensão das temporadas anteriores, pois surpreender a todo momento não é algo tão simples. Mas continua acima da média de muitas séries e interessante, pois não "preserva o elenco". Talvez essa seja a melhor característica da série, pois podemos ser surpreendidos em qualquer cena. Mas o intervalo da temporada não chegou a ser impactante... talvez até previsível. Enfim, perdeu apenas meia estrela... mas tem crédito!
Tentei buscar uma palavra para expressar o que senti nestes cinco primeiros episódios e somente encontrei: DENSO. Logo no primeiro episódio, além de um rigor visual incrível, percebemos que nada vai ser utilizado para maquiar a relação entre os personagens, ou seja, a relação e a profundidade da série estará fundamentada no roteiro e interpretações. O episódio Júlia quase não tem trilha sonora (nos outros também a trilha sonora é muito pontual), ouvimos os vazios de silêncio deixados pelos diálogos, mas mais do que isso, nos deleitamos com cada palavra que os atores emitem. Os diálogos cabem perfeitamente na boca dos atores e isso faz com que a densidade da trama aumente. Quando percebemos já estamos imersos na proposta da direção que é fazer com que sejamos os analistas, mas também os analisados. Talvez, mais os analistas do que os analisados, pois a câmera, apesar de nos trazer planos em que vemos o analista, em alguns momentos quase temos a câmera subjetivo do analista. A fotografia também é outro elemento que serve para trazer beleza e tensão às cenas. Tudo está muito bem. Foram cinco episódios que fazem com que queiramos mais... Selton Mello constrói um clima que poucas vezes se vê na tela e é mais encontrado nos palcos. Parabéns por esse encontro de grandes atores sendo milimetricamente dirigidos!
Continua sendo uma série diferenciada e muito original, contudo, há vários episódios irregulares, com histórias pouco interessantes e que foram feitos apenas para que a temporada fechasse. O pernúltimo episódio é uma lástima, contudo, o último é um show, digno dos primeiros da série. Hank Moody vivendo sua sina errante...
É muito interessante a maneira com que a trama se desenrola, sem a necessidade de criar ação extremada... mesmo a interação com os zumbis ocorre num limite que a tensão entre os personagens vai sendo esperada, ante qualquer outra coisa. O mais interessante é esperar a revelação das verdadeiras facetas dos personagens... e, nesse sentido, o episódio de meio de temporada conseguiu elevar essa expectativa ao máximo.
Bastante surpreendente pela atmosfera criada, e, além do mais consegue dosar a tensão provocada pelo perigo dos zumbis com a necessidade de sobrevivência. Uma grata surpresa!
Bom Dia, Verônica (3ª Temporada)
2.7 176 Assista AgoraMuito triste que a série termine dessa forma, mas até certo ponto, era esperado. Depois de uma primeira temporada incrível, a segunda já demonstrou algumas fragilidades, mas agora foi uma lástima. Parece que quiseram economizar tanto na série que os três episódios tudo acontece dentro da conveniência e na da tempo para erros e acertos. Pessoas entram em fortalezas cheias de seguranças, envenenamento, meninas frágeis que se tornam corajosas, homem generoso que depois é o vilão (o que era óbvio, pois contratariam o Rodrigo Santoro pra quê?). Aposta-se numa trama que talvez quisesse chocar, mas não consegue chegar a esse resultado. Muito clichê! Também tem umas cenas que apostam no gore, mas não é tão eficiente. Mas o pior de tudo é o roteiro. Cadê a qualidade da primeira temporada? Aqui, "a fada da conveniência" atua em todos os momentos e se torna uma trama idiotizante. Que pena, perdemos uma série.
Fantasmas de Beirute
3.4 2 Assista AgoraUm filme propagandístico das "ações efetivas e preventivas" dos estadunidenses e israelenses no Oriente Médio. Bem feita, mas é maniqueísta ao extremo e conta uma história de "mocinhos" (Estados Unidos e Israel) e bandidos (Irã, Síria e Hezbollah). Talvez, para um criança possa servir, mas para qualquer pessoa que entenda a dinâmica geopolítica do Oriente Médio, essa série é uma simplificação infantil. Caberia mais atenção à trama para não se tornar "mais um produto de propaganda". Assim, dá para assistir, mas historicamente é bem fraco. Parece que o Imad Mughnieh é um personagem de filmes como "Meu querido John". Enfim, sem contar o corte brutal na trajetória histórica que passa de 1983 - antes do surgimento oficial do Hezbollah, que dar-se-á apenas em 1985 - para 2007. Essa lacuna histórica poderia mostrar a barbarie que os israelense fizeram no Líbano e como foram expulsos pelo Hezbollah, em 2000. Para entender Imad Mughnieh há de se entender a geopolítica local e não eleger uma mulher xiita libanesa e um sionista com problemas em casa para serem mocinhos. Muito fraca a construção do roteiro.
Bom Dia, Verônica (2ª Temporada)
3.8 257 Assista AgoraA qualidade caiu substancialmente. A primeira temporada tinha sido foda, surpreendente, mas aqui, além de vermos situações absurdas, pelas facilidades que o roteiro proporciona e deixam a trama totalmente sem credibilidade, acabamos vendo uma trama que não gera tensão como antes. Há uma certa artificialidade na parte da igreja e alguns arranjos do roteiro são tão idiotas que fazem com que afastamos. A revelação final acaba não tendo um impacto forte. Creio que a direção se perdeu um pouco e não conseguiu gerar tensão. Enfim, uma segunda temporada apenas boa. Para quem esperava a superação, infelizmente, se não houver uma retomada, a terceira temporada.porada será impossível de assistir. Ah, tem de melhorar as cenas de ação de luta, são muoto fracas.
Depois de Chernobyl
3.0 5Um melodrama ao estilo "novela mexicana", mas ambientando na explosão da usina de Chernobyl. Os personagens são tão unidimensionais que se tornam engraçados, os dramas são tratados com tanto "peso" que perdem a própria dramaticidade e ficam cômicos. As coincidências perdem a razoabilidade dos fatos e se tornam risíveis. Enfim, a impressão é de que estamos assistindo uma novela da Tevelisa! Bem fraco!
5X Comédia (1ª Temporada)
2.8 63Só o 3 mesmo, porque o restante é sofrível!
RIO #semlimites (1ª Temporada)
1.7 7 Assista AgoraFraco, artificial e criatividade zero. Gera constrangimento as saídas propostas pelo roteiro. Trabalhar com clichês não é um problema, mas nesse caso, os personagens são tão unidimensionais e patéticos que a trama não avança. Para assistir aos episódios de vinte e poucos minutos tem-se de fazer esforço hercúleo. O pai da menina é tão péssimo ator que gera vergonha de que assiste. Sem contar a ausência absurda de criatividade dos roteiristas. Usar Brokeback Mountain é tão clichê que fica ridículo. Também, os diálogos entre os autores parece que foram retirados de um livro, muitos sequer cabem nas bocas dos atores. E a narrativa do livro que está sendo escrito é um emaranhado de "frase de efeito", vergonhoso. Difícil imaginar quem tem coragem de produzir algo assim. Ainda mais quando tudo tem versão em inglês, então gera espanto imaginar que alguém no exterior venha a assistir essa séria e considere que esse é o nível das produções brasileiras. Péssimo e perda de tempo!
Fauda (3ª Temporada)
4.2 30 Assista AgoraPoderia dizer que a série segue a mesma linha das demais temporadas, mas creio que não, pois parece que os roteiristas ficaram preguiçosos e lançaram mão de tantas facilidades para resolver problemas na trama que tem hora que fica inverossímil demais até para ficção. Há uma quantidade tão grande de coincidências, que a "percepção dos fatos" por parte da equipe de assassinos israelenses torna-se fenomenal. Eles não erram nunca. Mas fora isso, a série aposta no mesmo, ou seja, trata-se de um "filme de máfia". A organização criminosa, o Estado de Israel, mantém várias equipes de extermínio e acompanhamos a ação de uma delas. Criminosos, assassinos que não têm qualquer valor humano, matam com o profissionalismo que uma boa escola formou. Mas para contrabalançar a personalidade desses assassinos, nos apresentam suas famílias, seus filhos, seus dramas familiares. A mesma fórmula das temporadas anteriores. Tudo milimetricamente montado para serem personagens carismáticos. Mas nesse caso, fica muito difícil "torcer para esses assassinos", pois eles matam premeditadamente. Também, outro aspecto difícil de aceitar é que os palestinos do Hamas são mostrados como personagens idiotas e tecnicamente (aspectos militares) incompetentes. Em situações com dezenas de membros do Hamas, eles erram mais tiros do que filme de Rambo. Também, voltando ao roteiro, eles ajeitam qualquer coisa para a trama avançar. Como exemplo, o
militante do Hamas, que tinha sofrido um atentado no qual sua família havia morrido, depois, numa mensagem do telefone dele, descobre-se que a filha dele sobreviveu e ele se torna um colaboracionista para que pudessem entrar numa fortaleza em Rafah.
Um estado que, numa cena, exalta para o filho de pouco mais de dez anos que havia perdido o pai, que ele havia sido um herói por ter entrado em Gaza e assassinado diversos palestinos.
O Espião
4.2 51 Assista AgoraÉ inegável que se trata de um filme tecnicamente bom. Muito boa interpretação do Sacha Baron Cohen, fotografia bem marcante e bonita, direção de arte cuidadosa, enfim, cabem diversos elogios. Mas o mais complicado ao assistir essa série é que a maneira com que o roteiro a desenvolve, tenta construir um herói, sendo que se trata de um grande criminoso. Daí a qualidade técnica do roteiro, mas seu desserviço, pois exalta o tipo de ação do Estado de Israel. O espião vivido por Cohen é mostrado como uma pessoa que só tem valores e integridade e o roteiro toma muito cuidado para que nas menores ações que ele pudesse cometer que poderia desconstruir seu caráter, logo apresenta inúmeras situações para justificá-las. Mesmo em detalhes mínimos, o roteiro esconde fatos. P
or exemplo, para reforçar seu caráter monogâmico (nunca vi isso em filmes de espiões, por ser irreal), sequer vemos o espião Kamel beijando um mulher. Então, apesar de essa situação lhe gerar alguns constrangimentos na série, quando assume o relacionamento com a filha do amigo, parecem amigos.
Apache, A Vida de Carlos Tévez
3.6 9 Assista AgoraÉ tão caricato que chega a ser constrangedor. Diálogos que parecem se inspirar em novelas mexicanas e as interpretações superam qualquer limite do aceitável. É péssimo. Os atores são horríveis e assistir até o fim chega a ser uma luta. Esse diretor e produtores deveriam assistir Cidade de Deus para entenderem como mostrar um ambiente como aquele que vivem sem ser caricato. Horrível!!! Vergonha pensar que o mesmo país que produz os filmes de Darín, faz isso.
O Mecanismo (1ª Temporada)
3.5 526Ainda que seja uma série patética por seu cunho ideológico e não apresentar isso de maneira isenta os fatos, pois alguns dirão que o diretor constrói um panorama amplo da corrupção e inclusive faz críticas à oposição, é notório que ele somente lança mão desse recurso para pseudojustifjcar seu argumento. Duas cenas mostrando a oposição e 8 episódios de 50 minutos para o restante de seu argumento. Mas deixando de lado esse aspecto ideológico de manipular a história, a série é fraca por sua deficiência em construir personagens além da caricatura. Alguns poderão dizer que "eles eram assim" mas quando expostos na tela parecem piada, e, nesse caso, o diretor deveria ter dosado melhor a interpretação. Também, o personagem de Selton Mello é a coisa mais aberrativa que poderia existir. Não por sua gana por vingança, mas pela sua falta de veracidade. O ator até tenta dar profundidade aos aspectos psicólogicos do personagem, mas não faz sentido. Uma vingança que chega a tamanho absurdo que se perde em sim. A capacidade que o personagem tem de interferir na investigação é algo que soa como uma piada. Um personagem inverossímil. Sua família é o que há de mais patético e estereotipado nesses tipos de filmes. A mulher dele não faz qualquer sentido na trama, mais se parece com um personagem de The Walking Dead, uma zumbi. E, para piorar, a maneira com que o personagem de Selton Mello "descobre" como funciona "o mecanismo", lembrou as soluções de "Maria do Bairro", um clássico das novelas mexicanas. Bom, é uma somatória de personagens e situações que somente mostram que o que o diretor queria mesmo era fazer uma obra panfletário e ter Selton Mello no elenco a qualquer preço, se não como o juiz patético da série, como um vingador (a cena final poderia até ser uma alusão ao Batman Dark Knight, um herói que o país precisa, ainda que não seja o que ela merece). A única parte boa da série é sua qualidade técnica, mas isso já seria de se esperar com a quantidade de dinheiro que a Netflix colocou na produção. Padilha usa recursos da Netflix para começar a propaganda eleitoral desse ano. Esperava-se mais de um diretor que tanto se destacou e que criou Narco, além de Tropa de Elite, etc.
Designated Survivor (2ª Temporada)
3.5 31 Assista AgoraUma dificuldade muito grande em continuar assistindo essa segunda temporada. Na primeira os personagens eram mais interessantes e a trama gerava expectativa, nessa segunda, além de termos personagens que praticamente se tornaram figurantes, as tramas se resolvem em cada capítulo e por isso, são de uma superficialidade ímpar. Tudo parece que acontece e se resolve como um passe de mágica. E o pior, esse presidente é algo patético, os posicionamentos buscam fazer um contraponto ao que Kevin Spacey fazia em House of Cards. Mas nesse caso, o "bom mocismo" do personagem de Kiefer Sutherland beira o surreal. No intuito de "defender os valores estadunidenses" ele praticamente faz discursos moralistas. Muito cansativo. A série se perdeu no formato e hoje o grande desafio é ver se dá para aguentar chegar até o final.
Ingobernable (1ª Temporada)
3.6 13 Assista AgoraA série começa com um premissa interessante quando cria um clima de conspiração, mas conforme vai se desenvolvendo, gradualmente as situações se tornam inverossímeis. A personagem Emilia Urquiza é fake, cria uma aura de heroína, mas não avança. Na verdade, a atriz ficou bem limitada diante do roteiro bem fraco. Mesmo com episódios de apenas meia hora ou um pouco mais, o ritmo não consegue ser mantido. E mais, os personagens coadjuvantes são uma coletânea de clichês, alguns levam à gargalhada!
Mosca é uma piada que tentam transformar num drama com a "vida de cachorro", mas as cenas no canil são absurdas. Um grupo de pessoas que nunca pegou em uma arma ataca um quartal que, segundo os próprios personagens dizem, são milicianos. Daí a sacada de uma das personagens que diz para que o outro pense que está jogando vídeo game.
The Newsroom (3ª Temporada)
4.5 53 Assista AgoraA série começou muito bem, interessante mesmo, mas foi perdendo o fôlego e terminou como uma telenovela convencional do Agnaldo Silva. Casamento e velório no final. A notícia foi perdendo cada vez mais espaço para a vida das personagens. Não ficou ruim, mas não era mais o The Newsroom da primeira temporada, que trazia uma proposta mais agressiva. Ainda bem que acabou com poucos episódios esta terceira temporada, porque não se sustentaria mais, exceto se passássemos a nos divertir com as tiradas da Sloam, que ganhou mais espaço para segurar uma parte da trama. (In)felizmente, acabou!
Homeland: Segurança Nacional (2ª Temporada)
4.5 525 Assista AgoraA série, sem dúvida, tem todos os elementos que poderiam classificá-la como uma das melhores na categoria ação/suspense. As personagens são bem construídas e a forma com que o roteiro é construído não tira a tensão dos episódios. Sempre há algo a ser revelado, o que mantém a temporada interessante... inclusive com destaque o final. Contudo, se abstrairmos todos estes aspectos técnicos e nos apegarmos ao conteúdo da série, é notória a proposta de estigmatizar os muçulmanos e vincular o terrorismo a eles. Uma propaganda da política externa estadunidense.
O Brado Retumbante
3.9 43Não é The West Wing, mas acaba sendo interessante esta aventura da teledramaturgia pelo universo da política brasileira. Mas é evidente o conteúdo ideológico, seja dos autores ou da emissora, o que seria uma discussão a parte. E essa opção é evidenciada em todos os episódios, seja na questão do "livro didático", no qual a opção é criticar a versão "esquerdista" ao invés de fazer uma crítica à perspectiva neoliberal, ou menos no episódio da "Bolívia do Sul", quando a situação transcorreu de modo diferente à postura adotada pelo governo do PT no episódio da Petrobrás. Há muito mais de conteúdo ideológico e quando é produzido por uma emissora como a Rede Globo, não podemos ser ingênuos e achar que trata-se, simplesmente, da visão dos autores. É propagandístico e o personagem de Montagner lembra muito a postura de Aécio Neves - mesmo que os autores neguem nos extras qualquer relação com algum personagem de fato. O presidente Ventura/Aécio tem apenas o "defeito" de ser mulherengo, mas que socialmente nem é tão mal visto assim pela sociedade, em muitos aspectos é visto valorizado pela sociedade machista. Ok, ele é um homofóbico, mas a trama o "conserta" e no final aceita a situação. Enfim, daria para fazer uma análise mais profunda da trama, mas acredito que seja o suficiente. Quanto aos aspectos técnicos, é notória a opção inicial por fazer algo que lembre Fringe, mas que se perde com o transcorrer da série. A opção por levar a série para o Rio de janeiro, se barateou a produção, perdeu o clima de "bastidores do poder", que poderia ser enfatizado com o clima de Brasília. Mas o resultado final é bom, que venham mais produções políticas.
A Menina Sem Qualidades
4.0 149Uma proposta muito interessante, que foge completamente do modelo Malhação. Os diálogos são mais densos e procuram dar profundidade aos personagens, no entanto, às vezes acaba dar um ar de teatralidade demasiado. Mas tem uma linguagem visual que o diferencia muito dos programas de TV convencionais. É um programa belo na essência. Evidentemente que às vezes temos algumas coisas que não estão muito bem conectadas, talvez Hirsch carregue demais na forma e deixe que alguns atores fiquem meio artificiais em seus personagens. Talvez isso melhore nos próximos episódios, mas até o quarto houve certa desconexão. Bianca Comparato também consegue construir uma personagem interessante que gradualmente está se sentindo mais a vontade... A mãe é péssima! Vamos ver no que vai dar, mas a série é uma grata surpresa! Parabéns para a MTV!
Californication (5ª Temporada)
4.0 93A temporada começou bem com a história da cantora, mas logo foi se distanciando desse mote e temos um misto de Hank "tentando se regenerar" com "adicto a sua história"... Às vezes parece que Kapinos brinca com o espectador dando a entender que Hank poderia se regenerar em nome do amor e da família (faltou apenas a propriedade para formular a TFP), mas depois ele cai na real que não está escrevendo Dawson's Creek (também gostei desta série!) e recupera o personagem. Mas os episódios são irregulares e parece que se repetem demais, como se Hank estivesse cansado de sua vida... ou quisesse nos cansar de assisti-lo. O salto de dois anos e meio na trama ajudou, pois temos uma Becca interessante, pois coloca o dilema de Hank (pai/puteiro) em xeque! Fazer um namorado para Becca como um Hank jovem não é nada criativo, talvez a saída para o marido de Karen tenha ficado mais interessante... (casa com cerca branca é ótimo!)... Enfim, é bom rever Hank, mas parece que a sexta temporada tem que quebrar paradigmas, pois o personagem é bom demais para abacar com o um Charlie Harper, ou se definhando em uma temporada de episódios muito fracos. Kapinos deveria ter a sacada derradeira e concluir essa trajetória de Hank no seu melhor estilo, pois esse roteirista e produtor criou um dos personagens mais complexos da tv... se, por uma lado algumas pessoas são levadas (e enganadas) pela linguagem e o apelo sexual, quem para e começa a assistir, percebe da dramaticidade do personagem de Hank e a tragédia que é sua vida... uma tragédia moderna e compartilhada por personagens secundários incríveis! Ah, não precisava do episódio que parece um remake do filme Letra e Música... às vezes, ser piegas demais ou sarcásticos é legal por alguns instantes, mas um episódio inteiro cansa, pois não há novidade, mas que sabiamente o roteirista faça autocrítica de seu texto na boca do personagem Hank... vamos para a sexta!!!
Californication (4ª Temporada)
4.2 84Moody continua sendo um personagem único!!! Difícil encontrar outro como ele na tv... e Duchovny conseguiu se desligar de Mulder a tal ponto que hoje se parece com Moody... uma ironia se transformar em outro para se desligar de um personagem inesquecível de Arquivo X. Parece que Duchovny interpreta Moody como se estivesse brincando e sequer existisse um roteiro a ser seguido, tamanha a facilidade... mas nesta quarta temporada alguns episódios ficaram mais fracos e, se não fosse o talento de Duchovny, talvez fosse difícil aguentar... Até o episódio 6 estava indo bem, com a trama envolvendo a adaptação do livro de Moody, mas o episódio 7 (The Recused) foi o pior que já assisti até hoje, quase insuportável. Parecia que não havia sobre o que falar e inventou-se um monte de besteira. Depois, a série tentou se recuperar, mas apenas subiu alguns pontos, não mantendo o mesmo nível anterior.
Mas não da para deixar de rir quando Moody, trajando um terno, diz que se parece com um agente do FBI!
Girls (1ª Temporada)
4.1 315Depois do Globo de Ouro fui "obrigado" a assistir esta série para saber se era tudo aquilo que diziam. Evitei o ano passado inteiro, mas acabei cedendo. E não da para me arrepender. Lena Dunham conseguiu trazer uma linguagem nova para as séries. E não é na sua estrutura, pois temos narrativas em off, virgens, amores, abandonos, etc... Tudo igual, mas Dunham construiu um roteiro que não precisa utilizar subterfúgios para dizer e fazer o que aqueles meninas fazem e querem. Nesse sentido, o roteiro é mais real do que outros... É claro que contamos com o carisma desta mesma Dunham que não tem pudor em despir-se, mesmo sem ser o padrão de beleza das manequins que desfilam pela Victoria's Secret. É uma série que tem humor, mas consegue mostrar as angústias dessas recém-adultas. Os roteiros são bons porque cada episódio é muito bem desenvolvido e parece que aconteceu um monte de coisas em apenas 30 minutos. As demais meninas também fazem um papel interessante, mas já são mais clichês do que Dunham. Acabei assistindo a primeira temporada de uma vez e darei chance para que a segunda siga o mesmo caminho. Não é sexo por sexo, é sexo porque elas estão a fim de sexo quando quiserem... Não se fala de sexo o tempo todo, mas não deixa de falar, pois parte da realização delas está ligado a isso! Uma série muito legal, em meio a muita coisa que apenas repete fórmulas... Evidentemente que podemos discutir essas proposta a partir de uma perspectiva sociológica e mesmo dizer que a realidade das meninas de NY não é a mesma das meninas brasileiras... tudo isso é possível, mesmo, mas neste momento ainda estou impactado com a qualidade do roteiro (pela simplicidade e objetividade) e pelo talento de Dunham!
The Walking Dead (3ª Temporada)
4.1 2,9KSegue com qualidade... não está conseguindo emplacar o mesmo ritmo e tensão das temporadas anteriores, pois surpreender a todo momento não é algo tão simples. Mas continua acima da média de muitas séries e interessante, pois não "preserva o elenco". Talvez essa seja a melhor característica da série, pois podemos ser surpreendidos em qualquer cena. Mas o intervalo da temporada não chegou a ser impactante... talvez até previsível. Enfim, perdeu apenas meia estrela... mas tem crédito!
Sessão de Terapia (1ª Temporada)
4.2 141Tentei buscar uma palavra para expressar o que senti nestes cinco primeiros episódios e somente encontrei: DENSO. Logo no primeiro episódio, além de um rigor visual incrível, percebemos que nada vai ser utilizado para maquiar a relação entre os personagens, ou seja, a relação e a profundidade da série estará fundamentada no roteiro e interpretações. O episódio Júlia quase não tem trilha sonora (nos outros também a trilha sonora é muito pontual), ouvimos os vazios de silêncio deixados pelos diálogos, mas mais do que isso, nos deleitamos com cada palavra que os atores emitem. Os diálogos cabem perfeitamente na boca dos atores e isso faz com que a densidade da trama aumente. Quando percebemos já estamos imersos na proposta da direção que é fazer com que sejamos os analistas, mas também os analisados. Talvez, mais os analistas do que os analisados, pois a câmera, apesar de nos trazer planos em que vemos o analista, em alguns momentos quase temos a câmera subjetivo do analista. A fotografia também é outro elemento que serve para trazer beleza e tensão às cenas. Tudo está muito bem. Foram cinco episódios que fazem com que queiramos mais... Selton Mello constrói um clima que poucas vezes se vê na tela e é mais encontrado nos palcos. Parabéns por esse encontro de grandes atores sendo milimetricamente dirigidos!
Californication (3ª Temporada)
4.2 112Continua sendo uma série diferenciada e muito original, contudo, há vários episódios irregulares, com histórias pouco interessantes e que foram feitos apenas para que a temporada fechasse. O pernúltimo episódio é uma lástima, contudo, o último é um show, digno dos primeiros da série. Hank Moody vivendo sua sina errante...
The Walking Dead (2ª Temporada)
4.2 2,3K Assista AgoraÉ muito interessante a maneira com que a trama se desenrola, sem a necessidade de criar ação extremada... mesmo a interação com os zumbis ocorre num limite que a tensão entre os personagens vai sendo esperada, ante qualquer outra coisa. O mais interessante é esperar a revelação das verdadeiras facetas dos personagens... e, nesse sentido, o episódio de meio de temporada conseguiu elevar essa expectativa ao máximo.
The Walking Dead (1ª Temporada)
4.3 2,3K Assista AgoraBastante surpreendente pela atmosfera criada, e, além do mais consegue dosar a tensão provocada pelo perigo dos zumbis com a necessidade de sobrevivência. Uma grata surpresa!