Toda vez que uma adaptação de uma obra clássica, como esse " Fim da Infância" é feita, seja no cinema ou TV, a desconfiança logo surge, nos perguntamos se será fiel, se vale a pena assistir algo baseado em um livro já perfeito. Quando assistimos uma adaptação de uma obra literária não podemos esperar que ela seja idêntica ao que esta no papel, afinal, são formas de arte distintas e por isso, em minha opinião, essa mini serie ultrapassou as expectativas. Todos os questionamentos feitos por Arthur C Clark estão presentes, alguns como descritos no livro, outros com leves modificações e ainda há a adição de todo o plote religioso, mostrada mais explicitamente. A serie é poética como o livro e traz todo o teor existencialista que Clark transmitiu em seu clássico.
Depois de apresentar Star Trek para as novas gerações, J.J. Abrams usa toda a sua experiência nerd para revitalizar “Star Wars” e dar inicio a uma nova trilogia, que tem tudo para fazer o mesmo sucesso que os filmes clássicos. Se em Star Trek, Abrams apoia boa parte do roteiro em fatos científicos, como a não propagação de sons no espaço, em “O Despertar da Força”, ele joga tudo de lado e constrói batalhas áreas cheias de cores e barulhos e embates de sabres de luz empolgantes, entregando o que todos fãs esperam há anos. Filmado em pelicula, o filme é um deslumbre: o granulado em algumas cenas, a mudança de tons de cores em cada planeta visitado, X Wings voando em direção ao sol, o uso de efeitos especiais praticos e o design de produção, não nos deixam tiram os olhos da tela. Abrams entrega um Star Wars com cheiro, gosto e cor de Star Wars e transporta para o espectador toda a emoção que o próprio diretor sentiu quando assistiu a trilogia classica. J.J, que a força esteja com você.
Insurgente consegue ser pior que seu antecessor e se mantém muito atrás de franquias com temáticas parecidas, como Jogos Vorazes e Maze Runner. Shailene Woodley e Milles Teller estão, provavelmente, presos por contratos, mas não consigo entender como atrizes do calibre de Kate Winslet e Naomi Watts se envolveram em um projeto desse tipo. O enredo é extremamente batido, mas se houvesse inventividade por parte do roteiro e apuro técnico de direção, o filme poderia ser mais bem desenvolvido, mas, infelizmente, o limite que se chega é o de emular porcamente Matrix e apostar em um romance que faz com que, quem assista, torça para que os vilões matem logo Tris.
Até o grande Sherlock Holmes envelhece e envelhece como todo mortal, cheio de arrependimentos do passado e em busca pela conclusão de uma vida que esta chegando ao fim. Ian McKellen é genial ao interpretar duas fases de Sherlock, uma onde, apesar de já velho, é seguro de seu intelecto e a outra onde a senilidade o impede de lembrar-se de casos que ainda lhe assombram, pois não sabe se ele os concluiu. Há um trabalho corporal maravilhoso por parte de McKellen, pois ele passa de um andar ereto, aristocrático, para outro curvado, de bengalas, onde precisa de ajuda até para levantar da cama. É triste constatar ainda, que apesar de brilhante, Sherlock chegou à velhice sozinho, não tendo a companhia nem de seu fiel amigo, John Watson. Bill Condon é clássico em sua direção, para assim honrar o detetive que já esta há tempos aposentado.
Trataram esse filme como se fosse a pior porcaria que Hollywood já fez em anos, mas é ele que esta a anos luz de filme bem piores que saem da ''cidade do cinema.'' Claro, não se trata de uma obra prima, mas quantos filmes feitos na industria são? A história de origem já é conhecida por todos, por se tratar de algo que já vem sendo feito por outras adaptações de quadrinhos, que por sinal, todos adoram. A vibe ficção cientifica sempre me agrada, e nesse quesito o filme não faz feio, além de apresentar os poderes dos personagens de uma forma bem mais convincentes do que, ai sim, os desastrosos filmes anteriores. Os bastidores do filme não forma fáceis e por isso, talvez, poderia ter sido um filme bem melhor, mas não me ofendeu a ponto de gritar em redes sociais e sites especializados que o filme nunca deveria ter existido.
Greg Gaines é o típico “freak” que tenta passar despercebido pelo colégio a fim de chegar vivo em seu final. Possui apenas um amigo, Earl, com quem faz filmes caseiros parodiando grandes clássicos do cinema. Quando a mãe de Greg o força a fazer amizade com Rachel, uma colega diagnosticada com leucemia, com quem Greg nunca sequer conversou, a vida do garoto ganha nova perceptiva e o faz enxergar a realidade com outros olhos. O filme é narrado pelo garoto, o que nos faz mergulhar em sua extrema autopiedade; ele se vê como um excluído em seu colégio por não fazer parte de grupos que ele mesmo faz questão de se distanciar. O fato de ele ser fã do filme “Os Incompreendidos” de François Truffaut só reforça a lógica por trás do personagem. A partir do momento em que Rachel entra em cena, o garoto toma um choque de realidade e percebe que os seus problemas não são tão graves assim perto dos da nova amiga. A amizade entre os dois se torna profunda, mesclando bons e maus momentos, dependendo do estagio de tratamento de Rachel. O filme é sensível em mostra o
final de uma jornada e o começo de outra, já que Greg, em um desfecho emocionante, segue o caminho dos coelhos deixados por Rachel em seu quarto, o caminho que o levará para a vida.
O mundo representado por Sicario é um mundo onde não há a definição sobre o que é o bem ou o mal, eles estão irreconhecíveis, pois estão misturados no caos, na morte, na vingança, na ética e na moral. Denis Villeneuve constrói sua narrativa carregada na tensão e cria um filme que é atual, mas que discorre sobre algo que esta no cerne do ser humano desde seus primeiros passos nesse planeta: a busca pelo controle e pelo poder. Na trama, a CIA está preparando uma audaciosa operação para deter o grande líder de um cartel de drogas mexicano. Kate Macy (Emily Blunt), policial do FBI, decide participar da ação a pedido de seus superiores e do cabeça da operação, Matt (Josh Brolin). Também se junta a eles o misterioso Alejandro (Benicio Del Toro). A moral e a ética são o elo fraco na história e estão bem representadas na personagem de Emily Blunt, ela esta esgotada, parece carregar um fardo em suas costas e por mais que tente seguir com seus ideais, é sempre castigada de alguma forma por aqueles que pretendem passar por cima de tudo para alcançar os seus objetivos. Ela é o peão que sofre por não poder impedir que as leis sejam ignoradas e o andamento da missão vá para a obscuridade. Já a vingança e a morte estão incorporadas na persona do matador de aluguel vivido brilhantemente por Benicio Del Toro. Ele trabalha a mando da CIA, mas possui motivos pessoais para trilhar o caminho de sangue. Matt é a síntese da política externa dos EUA nas ultimas décadas, pois ele não pretende acabar com o cartel e as suas atrocidades, mas tomar o poder para controlar e manter os interesses de seu governo em primeiro lugar. É interessante o embate desses personagens durante todo o filme e assustador notar que os conceitos morais não são respeitados pelas próprias instituições majoritárias que os estabeleceu. No decorrer do filme me veio em mente que as estratégias “por baixo dos panos” desenvolvidas pela CIA eram realmente as melhores formas de destruir o sangrento líder do cartel mexicano e me perguntei por que diabo Kate não desistia e participava de vez no esquema. Mas já em seu final, em uma sequencia simples, mas brilhante, eu me dei conta de que sempre nós, os peões, estaremos na berlinda e que se perdemos o fio de moral que ainda nos resta, não haverá mais nada o que lutar.
O roteiro de “Beasts of No nation” apresenta uma nação sem nome, só sabemos que ela é massacrada por uma sangrenta guerra civil, onde crianças pegam em armas e mulheres são estupradas e mortas, as vezes pelas próprias crianças. A decisão de não apresentar um país especifico diz muito, pois conflitos desse tipo estão espalhados por toda a áfrica; a guerra, a fome e a barbárie não respondem a um nome, estão em todos os lugares naquele continente. A história mostra uma família vivendo em um vilarejo que esta bem longe do que conhecemos como civilização. Mas, apesar de estarem à beira da pobreza e cercados pela guerra, eles seguem a rotina de quaisquer outras famílias espalhadas pelo mundo.
Com a invasão de uma guerrilha inimiga, a cidade é destruída e parte da família é morta, sobrando a mãe e o bebê, que fogem para a capital, e o pequeno Agu, que antes de ser morto, corre para se esconder na floresta
. Durante todo o desenrolar do filme fiquei me perguntando se não seria melhor o
pobre garoto ter sido morto logo no inicio, pois todas as situações que ele enfrenta no restante do filme são de extremo horror. Ele é recrutado por uma das guerrilhas e aprende a lutar como um “homem” na lógica da guerra. Ele comete assassinato, usa drogas, passa fome e é molestado sexualmente, além é claro de ser afetado psicologicamente por todos esses atos.
Cary Joji Fukunaga faz questão de mostrar toda a violência, com a intenção de chocar e chamar a atenção para todos esses fatos, que em nosso dia a dia esquecemos que estão lá, no mesmo planeta em que vivemos. Sua câmera viaja em planos sequências de tiroteios e sangue e chega ao ponto de, em certo momento, transformar a cor de tudo que Agu vê em um vermelho quase surreal. Faz do assustador algo belo.
Um fio de esperança só nos é dado no final do filme e essa esperança esta depositada no próprio Abu, que abandona a guerrilha e mesmo atormentado por tudo o que passou, busca a volta de sua infância
. Vale a reflexão e a constatação de que enquanto, no mundo real, não resgatarmos nossas crianças, estaremos em conflito por varias gerações.
Realmente é impossível realizar um novo filme da franquia Exterminador do Futuro sem carregar a mão nos clichês, então nesse Genesis, o roteiro aborda os clichês como forma de homenagem aos filmes clássicos e também como motivo de piada em relação à velhice de Arnold Schwarzenegger. Mas, além de homenagens e piadas, a nova história desvirtua alguns personagens vistos como intocáveis na mitologia da série, usando inteligentemente as diversas possibilidades proporcionadas pela viagem no tempo. Passado, presente e futuro se misturam, situações vistas nos dois primeiros filmes são reformuladas e passam a fazer parte desse novo universo e, evidentemente, os próprios personagens ganham novas formas de agir, tudo por causa de modificações feitas na linha temporal. Há diversos caminhos para se criar uma nova trilogia, ja que tudo que foi mostrado nos filmes anteriores foi literalmente apagado da história.
Todo fã de Sci-fi adora uma distopia. Na literatura temos: 1984, Fahrenheit 451, Admirável Mundo novo, Laranja Mecânica, entre outros e no cinema os clássicos: Exterminador do Futuro, a adaptação de Laranja Mecânica, Brazil, etc. São livros e filmes que alertam sobre o possível futuro de nossa espécie/sociedade, mostram que devemos tomar cuidado com os caminhos a serem trilhados. Mas, apesar de apreciar todas essas obras, é fantástico assistir a um filme com tanta carga otimista e sensível como esse. Tomorrowland é uma ode ao conhecimento, à ciência, à tecnologia e, sobretudo, à espécie humana. O filme nos mostra o caminho para evitar a extinção e nos convence que devemos, acima de tudo, sonhar, porque é dos sonhos que surgem as mais grandiosas criações humanas.
A empregada doméstica Val, vivida magistralmente por Regina Casé, sempre é mostrada nos fundos dos planos desse excelente “Que Horas ela volta”, ela vive na mesma casa que seus empregadores, mas faz parte de um mundo totalmente diferente. Os enquadramentos de Anna Muylaert fazem questão de mostra-la deslocada, como uma espectadora da família que serve há anos. Até em um álbum de fotografia Val aparece desfocada, estendendo roupas no varal, enquanto os patrões fazem pose na piscina. Val faz parte do antigo sistema econômico do Brasil, onde quem tinha dinheiro podia tudo, quem não tinha, servia aos senhores e abaixava a cabeça. Não que o dinheiro não proporcione poderes absolutos a uma pequena porcentagem de pessoas na atual sociedade capitalista em que vivemos, mas não é aceitável abaixar a cabeça para essas pessoas, já que o conhecimento é mais importante que o dinheiro e ele é de graça. A chegada da filha de Val, que vai prestar vestibular em uma importante faculdade, deixa a empregada perplexa, já que a garota não segue as regras de patrões em empregados de antigamente. A garota faz parte da geração da informação, é inteligente e não se conforma com ordens de pessoas, que, para ela, não são superiores só por terem dinheiro. O filme é fantástico em mostrar que o Brasil e o mundo estão mudando, que as oportunidades não estão condicionadas apenas àqueles que possuem recursos, elas estão a nossa volta. Só depende de nós.
Constantemente buscamos, no presente, voltar ao passado, essa busca é árdua, já que tudo o que nos arrependemos de não ter feito nos assombra. Al Pacino, com sua elegância de atuação, nos coloca na pele da velhice, que chegou para ele junto com vários arrependimentos e magoas que não consegue deixar para trás. Ele se vê trancado por todos esses sentimentos e não possui a chave adequada para se livrar, apesar de ser, ironicamente, um chaveiro. Ele pensa em desistir e virtualmente o faz, já que, quase que literalmente, destrói o passado e passa a perseguir o presente.
Impressionante como todos os filmes românticos de hoje em dia não mostram um dos fatores determinantes para um relacionamento saudável.. O sexo! E Gaspar Noé não só mostra o sexo, como é explicito em relação a ele. Mas o sexo não é gratuito, ele é mostrado de uma maneira que nos faz entender toda a evolução da relação de um casal, começando com o coito calmo, onde o prazer surge sobre lençóis de cores claras e aconchegantes, passando pelo hardcore do menage e swing até o sexo violento, de vingança, onde a cor vermelha predomina. A direção de Noé remete à Nouvelle Vague, pois usa um apartamento de Paris como cenário quase predominante, a montagem é fragmentada, com cortes rápidos, que interrompem cenas e falas para mostrar ângulos diferentes de uma mesma situação. O estilo criado por Godard e Truffaut cai como uma luva à essa película, já que, uma das principais intenções desses mestres franceses, era fazer filmes de estrutura que remetesse ao mundo real, usando técnicas que extrapolavam o senso comum. Filme belo, que faz com que percebamos o amor da forma que ele é no dia a dia de um casal real e não apenas a versão super romantizada que Hollywood nos ensinou a gostar.
Como a vida é complexamente bela para Xavier. Também, como não seria? Ele vive entre Nova York e Paris e esta envolvido com Audrey Tautou, Cecile De France e Kelly Reilly. Muito complicado!! rsrs
Ela sobreviveu em meio a uma guerra nuclear, por ter fé, ela pensava, mas descobriu que sua fé não a salvaria por muito tempo. Destruiu a religião, na forma de uma igreja de madeira, e alcançou a verdadeira iluminação, a da racionalidade, em forma de um gerador de energia
. O sumiço ( provável morte, já que o filme deixa em aberto) é revelador e vem associado à destruição da igreja, já que, como toda a religião, ele tenta manipular Ann, para que ela siga o seu caminho.
Grande adaptação do clássico de F. Scott Fitzgerald. Baz Luhrmann filma cada tomada como se fosse parte de um sonho e para isso, faz uso de luxuosos figurinos, grandiosa direção de arte e bela fotografia.
O fim de um épico da TV mundial. Infelizmente Hannibal termina depois de três geniais temporadas. O publico médio norte americano não estava preparado para a elegância de uma série desse nível. Depois somos nós, desse lado do oceano, os subdesenvolvidos.
Sensível interpretação de Blake Lively e um bom filme no geral. Ficaria melhor se houvesse menos coincidências no roteiro e aquela desnecessária narração em OFF fosse abolida.
Se não criarem uma série de filmes com Ilsa Faust ( Rebecca Ferguson), estarão perdendo uma ótima oportunidade. Rebecca Ferguson é a versão feminina de Tom Cruise em Missão Impossível, ela é habilidosa, inteligente, além, é claro, de ser muito charmosa.
Fiquei com uma angustia enorme ao ver esse filme. Godard nos mostra como a sociedade de hoje é extremamente vazia, não conseguimos mais nos expressar, não temos voz. O que nos resta é a merda, o sexo e a morte. Abstrato, mas completamente claro.
O Fim Da Infância
3.5 47Toda vez que uma adaptação de uma obra clássica, como esse " Fim da Infância" é feita, seja no cinema ou TV, a desconfiança logo surge, nos perguntamos se será fiel, se vale a pena assistir algo baseado em um livro já perfeito. Quando assistimos uma adaptação de uma obra literária não podemos esperar que ela seja idêntica ao que esta no papel, afinal, são formas de arte distintas e por isso, em minha opinião, essa mini serie ultrapassou as expectativas. Todos os questionamentos feitos por Arthur C Clark estão presentes, alguns como descritos no livro, outros com leves modificações e ainda há a adição de todo o plote religioso, mostrada mais explicitamente. A serie é poética como o livro e traz todo o teor existencialista que Clark transmitiu em seu clássico.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraDepois de apresentar Star Trek para as novas gerações, J.J. Abrams usa toda a sua experiência nerd para revitalizar “Star Wars” e dar inicio a uma nova trilogia, que tem tudo para fazer o mesmo sucesso que os filmes clássicos.
Se em Star Trek, Abrams apoia boa parte do roteiro em fatos científicos, como a não propagação de sons no espaço, em “O Despertar da Força”, ele joga tudo de lado e constrói batalhas áreas cheias de cores e barulhos e embates de sabres de luz empolgantes, entregando o que todos fãs esperam há anos. Filmado em pelicula, o filme é um deslumbre: o granulado em algumas cenas, a mudança de tons de cores em cada planeta visitado, X Wings voando em direção ao sol, o uso de efeitos especiais praticos e o design de produção, não nos deixam tiram os olhos da tela.
Abrams entrega um Star Wars com cheiro, gosto e cor de Star Wars e transporta para o espectador toda a emoção que o próprio diretor sentiu quando assistiu a trilogia classica. J.J, que a força esteja com você.
A Série Divergente: Insurgente
3.3 1,1K Assista AgoraInsurgente consegue ser pior que seu antecessor e se mantém muito atrás de franquias com temáticas parecidas, como Jogos Vorazes e Maze Runner. Shailene Woodley e Milles Teller estão, provavelmente, presos por contratos, mas não consigo entender como atrizes do calibre de Kate Winslet e Naomi Watts se envolveram em um projeto desse tipo. O enredo é extremamente batido, mas se houvesse inventividade por parte do roteiro e apuro técnico de direção, o filme poderia ser mais bem desenvolvido, mas, infelizmente, o limite que se chega é o de emular porcamente Matrix e apostar em um romance que faz com que, quem assista, torça para que os vilões matem logo Tris.
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
3.6 1,9K Assista AgoraComo eu queria que não houvesse aquele final depois do final...
O Agente da U.N.C.L.E.
3.6 538 Assista AgoraNunca pensei que algum dia eu iria ouvir uma musica do Tom Zé em uma comédia de espiões dirigida por Guy Ritchie.
Sr. Sherlock Holmes
3.8 329 Assista AgoraAté o grande Sherlock Holmes envelhece e envelhece como todo mortal, cheio de arrependimentos do passado e em busca pela conclusão de uma vida que esta chegando ao fim. Ian McKellen é genial ao interpretar duas fases de Sherlock, uma onde, apesar de já velho, é seguro de seu intelecto e a outra onde a senilidade o impede de lembrar-se de casos que ainda lhe assombram, pois não sabe se ele os concluiu. Há um trabalho corporal maravilhoso por parte de McKellen, pois ele passa de um andar ereto, aristocrático, para outro curvado, de bengalas, onde precisa de ajuda até para levantar da cama. É triste constatar ainda, que apesar de brilhante, Sherlock chegou à velhice sozinho, não tendo a companhia nem de seu fiel amigo, John Watson.
Bill Condon é clássico em sua direção, para assim honrar o detetive que já esta há tempos aposentado.
Quarteto Fantástico
2.2 1,7K Assista AgoraTrataram esse filme como se fosse a pior porcaria que Hollywood já fez em anos, mas é ele que esta a anos luz de filme bem piores que saem da ''cidade do cinema.'' Claro, não se trata de uma obra prima, mas quantos filmes feitos na industria são? A história de origem já é conhecida por todos, por se tratar de algo que já vem sendo feito por outras adaptações de quadrinhos, que por sinal, todos adoram. A vibe ficção cientifica sempre me agrada, e nesse quesito o filme não faz feio, além de apresentar os poderes dos personagens de uma forma bem mais convincentes do que, ai sim, os desastrosos filmes anteriores. Os bastidores do filme não forma fáceis e por isso, talvez, poderia ter sido um filme bem melhor, mas não me ofendeu a ponto de gritar em redes sociais e sites especializados que o filme nunca deveria ter existido.
Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer
4.0 888 Assista AgoraGreg Gaines é o típico “freak” que tenta passar despercebido pelo colégio a fim de chegar vivo em seu final. Possui apenas um amigo, Earl, com quem faz filmes caseiros parodiando grandes clássicos do cinema. Quando a mãe de Greg o força a fazer amizade com Rachel, uma colega diagnosticada com leucemia, com quem Greg nunca sequer conversou, a vida do garoto ganha nova perceptiva e o faz enxergar a realidade com outros olhos.
O filme é narrado pelo garoto, o que nos faz mergulhar em sua extrema autopiedade; ele se vê como um excluído em seu colégio por não fazer parte de grupos que ele mesmo faz questão de se distanciar. O fato de ele ser fã do filme “Os Incompreendidos” de François Truffaut só reforça a lógica por trás do personagem.
A partir do momento em que Rachel entra em cena, o garoto toma um choque de realidade e percebe que os seus problemas não são tão graves assim perto dos da nova amiga. A amizade entre os dois se torna profunda, mesclando bons e maus momentos, dependendo do estagio de tratamento de Rachel.
O filme é sensível em mostra o
final de uma jornada e o começo de outra, já que Greg, em um desfecho emocionante, segue o caminho dos coelhos deixados por Rachel em seu quarto, o caminho que o levará para a vida.
Sicario: Terra de Ninguém
3.7 942 Assista AgoraO mundo representado por Sicario é um mundo onde não há a definição sobre o que é o bem ou o mal, eles estão irreconhecíveis, pois estão misturados no caos, na morte, na vingança, na ética e na moral.
Denis Villeneuve constrói sua narrativa carregada na tensão e cria um filme que é atual, mas que discorre sobre algo que esta no cerne do ser humano desde seus primeiros passos nesse planeta: a busca pelo controle e pelo poder.
Na trama, a CIA está preparando uma audaciosa operação para deter o grande líder de um cartel de drogas mexicano. Kate Macy (Emily Blunt), policial do FBI, decide participar da ação a pedido de seus superiores e do cabeça da operação, Matt (Josh Brolin). Também se junta a eles o misterioso Alejandro (Benicio Del Toro).
A moral e a ética são o elo fraco na história e estão bem representadas na personagem de Emily Blunt, ela esta esgotada, parece carregar um fardo em suas costas e por mais que tente seguir com seus ideais, é sempre castigada de alguma forma por aqueles que pretendem passar por cima de tudo para alcançar os seus objetivos. Ela é o peão que sofre por não poder impedir que as leis sejam ignoradas e o andamento da missão vá para a obscuridade.
Já a vingança e a morte estão incorporadas na persona do matador de aluguel vivido brilhantemente por Benicio Del Toro. Ele trabalha a mando da CIA, mas possui motivos pessoais para trilhar o caminho de sangue.
Matt é a síntese da política externa dos EUA nas ultimas décadas, pois ele não pretende acabar com o cartel e as suas atrocidades, mas tomar o poder para controlar e manter os interesses de seu governo em primeiro lugar.
É interessante o embate desses personagens durante todo o filme e assustador notar que os conceitos morais não são respeitados pelas próprias instituições majoritárias que os estabeleceu.
No decorrer do filme me veio em mente que as estratégias “por baixo dos panos” desenvolvidas pela CIA eram realmente as melhores formas de destruir o sangrento líder do cartel mexicano e me perguntei por que diabo Kate não desistia e participava de vez no esquema. Mas já em seu final, em uma sequencia simples, mas brilhante, eu me dei conta de que sempre nós, os peões, estaremos na berlinda e que se perdemos o fio de moral que ainda nos resta, não haverá mais nada o que lutar.
Beasts of No Nation
4.3 831 Assista AgoraO roteiro de “Beasts of No nation” apresenta uma nação sem nome, só sabemos que ela é massacrada por uma sangrenta guerra civil, onde crianças pegam em armas e mulheres são estupradas e mortas, as vezes pelas próprias crianças. A decisão de não apresentar um país especifico diz muito, pois conflitos desse tipo estão espalhados por toda a áfrica; a guerra, a fome e a barbárie não respondem a um nome, estão em todos os lugares naquele continente.
A história mostra uma família vivendo em um vilarejo que esta bem longe do que conhecemos como civilização. Mas, apesar de estarem à beira da pobreza e cercados pela guerra, eles seguem a rotina de quaisquer outras famílias espalhadas pelo mundo.
Com a invasão de uma guerrilha inimiga, a cidade é destruída e parte da família é morta, sobrando a mãe e o bebê, que fogem para a capital, e o pequeno Agu, que antes de ser morto, corre para se esconder na floresta
pobre garoto ter sido morto logo no inicio, pois todas as situações que ele enfrenta no restante do filme são de extremo horror. Ele é recrutado por uma das guerrilhas e aprende a lutar como um “homem” na lógica da guerra. Ele comete assassinato, usa drogas, passa fome e é molestado sexualmente, além é claro de ser afetado psicologicamente por todos esses atos.
Cary Joji Fukunaga faz questão de mostrar toda a violência, com a intenção de chocar e chamar a atenção para todos esses fatos, que em nosso dia a dia esquecemos que estão lá, no mesmo planeta em que vivemos. Sua câmera viaja em planos sequências de tiroteios e sangue e chega ao ponto de, em certo momento, transformar a cor de tudo que Agu vê em um vermelho quase surreal. Faz do assustador algo belo.
Um fio de esperança só nos é dado no final do filme e essa esperança esta depositada no próprio Abu, que abandona a guerrilha e mesmo atormentado por tudo o que passou, busca a volta de sua infância
O Exterminador do Futuro: Gênesis
3.2 1,2K Assista AgoraRealmente é impossível realizar um novo filme da franquia Exterminador do Futuro sem carregar a mão nos clichês, então nesse Genesis, o roteiro aborda os clichês como forma de homenagem aos filmes clássicos e também como motivo de piada em relação à velhice de Arnold Schwarzenegger. Mas, além de homenagens e piadas, a nova história desvirtua alguns personagens vistos como intocáveis na mitologia da série, usando inteligentemente as diversas possibilidades proporcionadas pela viagem no tempo. Passado, presente e futuro se misturam, situações vistas nos dois primeiros filmes são reformuladas e passam a fazer parte desse novo universo e, evidentemente, os próprios personagens ganham novas formas de agir, tudo por causa de modificações feitas na linha temporal. Há diversos caminhos para se criar uma nova trilogia, ja que tudo que foi mostrado nos filmes anteriores foi literalmente apagado da história.
Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível
3.2 738 Assista AgoraTodo fã de Sci-fi adora uma distopia. Na literatura temos: 1984, Fahrenheit 451, Admirável Mundo novo, Laranja Mecânica, entre outros e no cinema os clássicos: Exterminador do Futuro, a adaptação de Laranja Mecânica, Brazil, etc. São livros e filmes que alertam sobre o possível futuro de nossa espécie/sociedade, mostram que devemos tomar cuidado com os caminhos a serem trilhados. Mas, apesar de apreciar todas essas obras, é fantástico assistir a um filme com tanta carga otimista e sensível como esse. Tomorrowland é uma ode ao conhecimento, à ciência, à tecnologia e, sobretudo, à espécie humana. O filme nos mostra o caminho para evitar a extinção e nos convence que devemos, acima de tudo, sonhar, porque é dos sonhos que surgem as mais grandiosas criações humanas.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraA empregada doméstica Val, vivida magistralmente por Regina Casé, sempre é mostrada nos fundos dos planos desse excelente “Que Horas ela volta”, ela vive na mesma casa que seus empregadores, mas faz parte de um mundo totalmente diferente. Os enquadramentos de Anna Muylaert fazem questão de mostra-la deslocada, como uma espectadora da família que serve há anos. Até em um álbum de fotografia Val aparece desfocada, estendendo roupas no varal, enquanto os patrões fazem pose na piscina. Val faz parte do antigo sistema econômico do Brasil, onde quem tinha dinheiro podia tudo, quem não tinha, servia aos senhores e abaixava a cabeça. Não que o dinheiro não proporcione poderes absolutos a uma pequena porcentagem de pessoas na atual sociedade capitalista em que vivemos, mas não é aceitável abaixar a cabeça para essas pessoas, já que o conhecimento é mais importante que o dinheiro e ele é de graça.
A chegada da filha de Val, que vai prestar vestibular em uma importante faculdade, deixa a empregada perplexa, já que a garota não segue as regras de patrões em empregados de antigamente. A garota faz parte da geração da informação, é inteligente e não se conforma com ordens de pessoas, que, para ela, não são superiores só por terem dinheiro. O filme é fantástico em mostrar que o Brasil e o mundo estão mudando, que as oportunidades não estão condicionadas apenas àqueles que possuem recursos, elas estão a nossa volta. Só depende de nós.
Gemma Bovery: A Vida Imita a Arte
3.5 51 Assista AgoraVer Gemma (Gemma) dançando e cantando ''Bambou'' de Alain Chamfort já valeria uma conferida nesse filme..
Manglehorn
3.0 25Constantemente buscamos, no presente, voltar ao passado, essa busca é árdua, já que tudo o que nos arrependemos de não ter feito nos assombra. Al Pacino, com sua elegância de atuação, nos coloca na pele da velhice, que chegou para ele junto com vários arrependimentos e magoas que não consegue deixar para trás. Ele se vê trancado por todos esses sentimentos e não possui a chave adequada para se livrar, apesar de ser, ironicamente, um chaveiro. Ele pensa em desistir e virtualmente o faz, já que, quase que literalmente, destrói o passado e passa a perseguir o presente.
Love
3.5 883 Assista AgoraLove porn movie de Arte.
Impressionante como todos os filmes românticos de hoje em dia não mostram um dos fatores determinantes para um relacionamento saudável.. O sexo! E Gaspar Noé não só mostra o sexo, como é explicito em relação a ele. Mas o sexo não é gratuito, ele é mostrado de uma maneira que nos faz entender toda a evolução da relação de um casal, começando com o coito calmo, onde o prazer surge sobre lençóis de cores claras e aconchegantes, passando pelo hardcore do menage e swing até o sexo violento, de vingança, onde a cor vermelha predomina.
A direção de Noé remete à Nouvelle Vague, pois usa um apartamento de Paris como cenário quase predominante, a montagem é fragmentada, com cortes rápidos, que interrompem cenas e falas para mostrar ângulos diferentes de uma mesma situação. O estilo criado por Godard e Truffaut cai como uma luva à essa película, já que, uma das principais intenções desses mestres franceses, era fazer filmes de estrutura que remetesse ao mundo real, usando técnicas que extrapolavam o senso comum. Filme belo, que faz com que percebamos o amor da forma que ele é no dia a dia de um casal real e não apenas a versão super romantizada que Hollywood nos ensinou a gostar.
O Enigma Chinês
3.9 130Como a vida é complexamente bela para Xavier. Também, como não seria? Ele vive entre Nova York e Paris e esta envolvido com Audrey Tautou, Cecile De France e Kelly Reilly. Muito complicado!! rsrs
Os Últimos na Terra
2.7 192Ela sobreviveu em meio a uma guerra nuclear, por ter fé, ela pensava, mas descobriu que sua fé não a salvaria por muito tempo. Destruiu a religião, na forma de uma igreja de madeira, e alcançou a verdadeira iluminação, a da racionalidade, em forma de um gerador de energia
. O sumiço ( provável morte, já que o filme deixa em aberto) é revelador e vem associado à destruição da igreja, já que, como toda a religião, ele tenta manipular Ann, para que ela siga o seu caminho.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraUm homem que constrói seu sonho e tenta vivê-lo
Grande adaptação do clássico de F. Scott Fitzgerald. Baz Luhrmann filma cada tomada como se fosse parte de um sonho e para isso, faz uso de luxuosos figurinos, grandiosa direção de arte e bela fotografia.
Hannibal (3ª Temporada)
4.3 765 Assista AgoraEstava com esperança da minha querida Netflix salvar Hannibal, mas não foi possível.
Hannibal (3ª Temporada)
4.3 765 Assista AgoraO fim de um épico da TV mundial.
Infelizmente Hannibal termina depois de três geniais temporadas. O publico médio norte americano não estava preparado para a elegância de uma série desse nível. Depois somos nós, desse lado do oceano, os subdesenvolvidos.
A Incrível História de Adaline
3.7 1,5K Assista AgoraSensível interpretação de Blake Lively e um bom filme no geral. Ficaria melhor se houvesse menos coincidências no roteiro e aquela desnecessária narração em OFF fosse abolida.
Missão: Impossível - Nação Secreta
3.7 805 Assista AgoraSe não criarem uma série de filmes com Ilsa Faust ( Rebecca Ferguson), estarão perdendo uma ótima oportunidade. Rebecca Ferguson é a versão feminina de Tom Cruise em Missão Impossível, ela é habilidosa, inteligente, além, é claro, de ser muito charmosa.
Adeus à Linguagem
3.5 118 Assista AgoraFiquei com uma angustia enorme ao ver esse filme. Godard nos mostra como a sociedade de hoje é extremamente vazia, não conseguimos mais nos expressar, não temos voz. O que nos resta é a merda, o sexo e a morte. Abstrato, mas completamente claro.