Reassisti esse filme hoje pela segunda vez, e é uma realidade tão próxima da minha que acho que eu não tenho estômago pra vê-lo novamente. A realidade é brutal.
Me despeço desse filme que foi o primeiro que assisti que relata uma parte da realidade de pessoas trans como eu.
Só espero que filmes menos violentos e tristes sejam feitos, e que mais filmes com pessoas trans (e atores trans) felizes sejam produzidos para minha alegria e de outras pessoas como eu.
Talvez o melhor filme brasileiro que eu já vi, o trabalho fotográfico é belíssimo, a atuação delicada é extremamente comovente, ainda mais por se tratar de uma narrativa simples. Acho que pode se tornar um dos meus filmes favoritos em algum momento.
Como um amante do trabalho das cores como narrativa, é preciso ressaltar que entre tons pastéis, brancos vibrantes em contraste ao negro da luz noturna, e o vermelho que faz sangrar, o filme Nocturnal Animals traz uma narrativa tensa, amarga, crua e violenta, e por isso incômoda, que dá quase uma sensação de asfixia que harmoniza com o sufocamento constante dos personagens.
São as narrativas que levam sempre para uma conclusão silenciosa e fatal. O final que mantém um suspense pelo não aparecimento do Edward termina brilhantemente e sem deixar buracos. É a morte do autor, do personagem e o fim da narrativa que carrega o simbolismo da vingança, sem utilizar tanto das tonalidades previsíveis de amarelo, mas no excesso de tons frios e com uso muito preciso do vermelho.
Há uma certa mixórdia de significado entre vingança e justiça, em que no filme são quase sinonímias; isso porque de um lado a justiça falha quando ela depende de instituições de poder ou do homem, enquanto a justiça do acaso parece ter sido impecável de outro – como quando Susan se reconhece como um espelho da sua mãe e isso a frustra imensamente, como quando ela frustrou Edward por se entediar com o que ele escrevia.
Edward parece ter me interessado muito mais que a Susan, mesmo por um certo reconhecimento nesse personagem. A sua insistência, o seu sofrimento, a sua vontade de ter feito diferente, o seu contínuo fracasso, o seu romantismo que se assimila à fraqueza. É mesmo doloroso que Susan só tenha apreciado a escrita e criatividade de Edward no momento em que ela passa a doer – talvez porque seja um sentimento que ela tenha mais facilidade de absorver. Quem sabe o que antes ele escrevia não era uma narrativa de dor, mas de afeto (era possível vislumbrar nos olhos brilhantes de Edward o deslumbre com o amor dentro da sua escrita, e que foi se apagando pela descrença da sua amada).
É interessante a honestidade crua e quase ingênua de Edward ao questionar (e ao mesmo tempo afirmar) no encontro de finalização com Susan se ela tem certeza que é isso que ela quer, porque pode não ter volta (e realmente não teve). E a resposta dele ao e-mail de Susan foi mesmo interessante, porque talvez não tenha sido na intenção de encontrá-la – e em nenhum momento ele deixa isso evidente – mas aparenta o poder de decisão de Edward de não ir a este encontro, como um verdadeiro autor do seu destino narrativo.
Com diálogos que estragam momentos decisivos para o filme, o roteirista deveria agradecer à Angelina Jolie por ter salvo o enredo com a sua atuação extremamente sensual.
E o Johnny Depp só sendo ele mesmo de novo correndo desajeitadamente em fuga pelos telhados como um pirata... performance muito fácil, só mais do mesmo.
Muito ruim comparado com o primeiro. As referências não são tão boas – embora a Norma Bates tenha sido excepcional – repetitivo, com um roteiro sem graça, com o estilo do desenho muito feio com relação ao anterior e extremamente previsível.
Ora, a premissa é que o gênio não pode matar ninguém, então quando o Jafar começa a cuspir lava pra todo lado com todo mundo quase caindo na lava é ÓBVIO que ninguém vai morrer porque ele não pode fazer isso. Ele já tinha perdido ali.
Uma Alice no País das Maravilhas readaptada de maneira genial: as referências são as mais variegadas.
Enquanto Alice viaja no país das maravilhas, Coraline traz uma narrativa que flutua por vontades e expectativas que nutrem o nosso ser, mas que não constroem a realidade conforme nós desejamos, ou tudo poderia apenas se tratar de um pesadelo.
Coraline fala por metáforas: em uma terra que sonhos se tornam realidade sempre, a nossa alma, ou melhor, a nossa vera essência sempre estará em risco. A vida por vezes tediosa traz algumas recompensas pelo caminho: basta saber esperar.
Já vi esse filme várias vezes e só recentemente entendi que o filme basicamente fala o tempo todo sobre como lidamos com os rótulos. Esse filme é realmente incrível.
Eu adorava esse filme quando criança, mas assim como a maioria dos filmes de terror esse peca por infinitos fatores, entre eles o de não aproveitar bem o potencial da história. Uma pena.
Não sei como eu consigo gostar tanto desse filme sendo que ele é extremamente clichê e exagerado. O final sempre que eu revejo é ruim e eu fico torcendo pra acabar. Mas em geral ele sempre tá guardado no meu coração como um bom filme de terror.
Lembro que quando o vi pela primeira vez eu fiquei chocado porque os espíritos estavam na parede. hahaha Uma pena que essa surpresa só aconteça uma vez, porque é a melhor parte do filme.
Ademais, Evocando Espíritos é um bom filme pra se distrair.
Pensei que houvesse superestimado o filme quando vi pela primeira vez. No entanto cá estou vendo pela segunda e ele permanece sendo um excelente filme de exorcismo. Anthony Hopkins me deixa com a nuca eriçada desde Hannibal — pela atuação mais do que competente ao representar a maldade em si.
Agora o "baseado em fatos reais" é algo sempre engraçado nesse tipo de filme. (risos)
Pelo menos dessa vez eles ressaltaram a hipocrisia da tal democracia norte-americana, mas que foi feito de um modo que dava brecha para defesa de algumas coisas realmente esquisitas. De todo modo ficou bem claro a tentativa da crítica ao comunismo na cena em que a Adele diz que o Peter jamais seria comunista pois só um capitalista poderia fazer o Majestic voltar, sendo que não!! O Peter fez o Majestic voltar por meios totalmente comunistas. Isso só mostra como os personagens ou talvez quem sabe o próprio diretor não fazem a menor ideia do que é comunismo.. hahahaha
O Peter simplesmente chama a cidade pra ajudá-lo a reconstruir o cinema porque ele não tinha verba o suficiente para fazê-lo, cidade esta em que aparentemente TODOS, depois do cinema reconstruído, podem assistir aos filmes sem exclusões. Aliás, cidade que ninguém parece viver na pobreza como ocorre no capitalismo. (que ironia, não é mesmo? se fosse pelo capitalismo o Majestic jamais voltaria por causa da falta de verba)
Tirando alguns furos que são feitos de modo que se pense que a ideologia capitalista é perfeita (o que é uma farsa), o filme é até bom.
A ambientização do filme, a forma como diretor brinca com as cores e a música, o envolvimento com os personagens, enfim, toda a construção do filme é sublime, com referências encantadoras que te colocam cada vez mais dentro do contexto da época e mergulhando profundamente dentro dos seus acontecimentos. Sem dúvida A Forma da Água é um trabalho volupioso de arte que vale cada segundo, agradabilíssimo aos olhos, delicado em vários sentidos, e surpreendente por ter como protagonista uma personagem com afonia, coisa que não se vê, principalmente com um enredo que não coloca isso como ponto central da narrativa.
P.s. o filme para além da beleza mostra também a diferença que faria se pessoas soubessem se comunicar por linguagem de sinais. Algo a se pensar.
Só a frase "deveria estar escrito no quadro negro de todas as escolas: a vida é uma área de recreação ou não é nada!" já vale o filme inteiro. Vi esse filme infinitas vezes e só agora eu consegui entendê-la.
Piadinhas ridículas de tom homofóbico e machista a parte, o filme é até ok. Mas é difícil deixar isso passar né? Ainda mais pra um filme de 2010. Bem desnecessárias e acabou com o filme.
Enfim, bom enredo, mas com um lenga lenga desnecessário no final. O plot twist do final é até interessante, mas não o suficiente pro filme ganhar aquele ar de "MEU DEUS!! EU NÃO ACREDITO NISSO!", é só mais uma tentativa falha do diretor.
A discussão sobre até onde vai a ganancia do capitalismo é interessante de todo modo, com homens deixando o seu trabalho e a sede pelo dinheiro estar acima da sua humanidade.
Sem deixar de refletir que novamente o cinema tenta mostrar que a mulher precisa de um homem cis branco hétero pra sobreviver. Uma falha terrível ao colocar a Alice Braga atuando como mais uma mulher sendo sexo frágil. Isso não existe. Fora a forma que eles tentam colocar a esposa do Remy como louca sendo que ele não tá nem aí pra família, só segue na sua sede por sangue pra no final sair como um serial killer que se recuperou. HAHAHAHAHA Até parece! E a prova disso é que ele volta a matar, só que por um motivo diferente.
Enfim, poderia ter sido menos infeliz, sem dúvida. Mas é um filme de passa-tempo ok apesar dos desgostos.
Pra um filme de 2014 falando sobre as questões GLS (na época não chamava-se LGBT ainda) eu esperava mais. Tiveram várias questões de gays querendo falar mais alto que as lésbicas e questões onde o próprio diretor fazem as mulheres parecerem exageradas, o que foi bem ridículo. Fora isso foi um bom filme até, só podia ter sido melhor mesmo.
O começo do filme faz parecer que vai ser só mais um filme de uma linda fotografia com um enredo completamente perdido de alguém que tá explorando a vida na natureza. A decepção acontece para bem.
Strayed é uma mulher cheia de conflitos desde os pais, (naturalmente) passando por todos os aspectos da sua vida como ao ter um emprego de doméstica (desmerecido pela sociedade) e um casamento fracassado. Todas as frustrações da nossa protagonista, no entanto, ocorrem pela mãe que cria determinadas expectativas em cima dela sobre a Strayed precisar se tornar a melhor pessoa que ela pode conseguir. Até que a mãe morre e Strayed começa a transar com todos os homens que passam por ela e a usar heroína. Neste momento você começa a pensar "que mulher louca e perdida", mas não! Ela surpreende por saber exatamente o que estava fazendo (ou não, porque, pasmem, isso não é nenhum problema!) e por querer aquilo. Ela em nenhum momento se arrepende de ter feito o que fez, ela apenas se arrepende por ter ferido o marido com essas experiências.
Ao trair o marido com vários homens ela passa a se culpar, e a todo momento o marido tenta se manter próximo dizendo "nós ainda podemos ser amigos", o que é extremamente frustrante para nossa protagonista porque ele só ressalta os erros dela, como se ele dissesse "apesar de ter acabado com a minha cabeça, ainda podemos ser amigos", como se fosse um prêmio de consolação.
Contudo o final é surpreendente, pois ela percebe depois de meses atravessando a trilha do México até o Canadá que ela queria fazer tudo o que fez e que isso não foi nenhuma iniquidade contra ela, foram apenas desejos que construíram a personagem dela pela vida.
Curiosamente o filme mostra como as mulheres são tratadas como sexo frágil quando os homens tentam ajudá-la sempre quando ela chega em algum lugar, enquanto os demais trilheiros (quase todos homens) não recebem ajuda alguma ao chegar nos acampamentos.
Além disso o filme também se preocupa em mostrar como homens podem assustar mais que qualquer outra ameaça da natureza - afinal uma cobra selvagem não pode estuprar ninguém, não é?
Excelente filme que conta como a memória faz o indivíduo e como a culpa age pelo que afeta outras pessoas (e não pelo que verdadeiramente afeta o indivíduo), mostrando que esta quase sempre existe por motivos externos a nós mesmos.
Meninos Não Choram
4.2 1,4K Assista AgoraReassisti esse filme hoje pela segunda vez, e é uma realidade tão próxima da minha que acho que eu não tenho estômago pra vê-lo novamente. A realidade é brutal.
Me despeço desse filme que foi o primeiro que assisti que relata uma parte da realidade de pessoas trans como eu.
Só espero que filmes menos violentos e tristes sejam feitos, e que mais filmes com pessoas trans (e atores trans) felizes sejam produzidos para minha alegria e de outras pessoas como eu.
Os Pássaros
3.9 1,1KCoronavírus vindo do céu em 1963? Hahaha
What's Virgin Mean?
4.0 66Achei previsível.
O Filme da Minha Vida
3.6 500 Assista AgoraTalvez o melhor filme brasileiro que eu já vi, o trabalho fotográfico é belíssimo, a atuação delicada é extremamente comovente, ainda mais por se tratar de uma narrativa simples. Acho que pode se tornar um dos meus filmes favoritos em algum momento.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraComo um amante do trabalho das cores como narrativa, é preciso ressaltar que entre tons pastéis, brancos vibrantes em contraste ao negro da luz noturna, e o vermelho que faz sangrar, o filme Nocturnal Animals traz uma narrativa tensa, amarga, crua e violenta, e por isso incômoda, que dá quase uma sensação de asfixia que harmoniza com o sufocamento constante dos personagens.
São as narrativas que levam sempre para uma conclusão silenciosa e fatal. O final que mantém um suspense pelo não aparecimento do Edward termina brilhantemente e sem deixar buracos. É a morte do autor, do personagem e o fim da narrativa que carrega o simbolismo da vingança, sem utilizar tanto das tonalidades previsíveis de amarelo, mas no excesso de tons frios e com uso muito preciso do vermelho.
Há uma certa mixórdia de significado entre vingança e justiça, em que no filme são quase sinonímias; isso porque de um lado a justiça falha quando ela depende de instituições de poder ou do homem, enquanto a justiça do acaso parece ter sido impecável de outro – como quando Susan se reconhece como um espelho da sua mãe e isso a frustra imensamente, como quando ela frustrou Edward por se entediar com o que ele escrevia.
Edward parece ter me interessado muito mais que a Susan, mesmo por um certo reconhecimento nesse personagem. A sua insistência, o seu sofrimento, a sua vontade de ter feito diferente, o seu contínuo fracasso, o seu romantismo que se assimila à fraqueza. É mesmo doloroso que Susan só tenha apreciado a escrita e criatividade de Edward no momento em que ela passa a doer – talvez porque seja um sentimento que ela tenha mais facilidade de absorver. Quem sabe o que antes ele escrevia não era uma narrativa de dor, mas de afeto (era possível vislumbrar nos olhos brilhantes de Edward o deslumbre com o amor dentro da sua escrita, e que foi se apagando pela descrença da sua amada).
É interessante a honestidade crua e quase ingênua de Edward ao questionar (e ao mesmo tempo afirmar) no encontro de finalização com Susan se ela tem certeza que é isso que ela quer, porque pode não ter volta (e realmente não teve). E a resposta dele ao e-mail de Susan foi mesmo interessante, porque talvez não tenha sido na intenção de encontrá-la – e em nenhum momento ele deixa isso evidente – mas aparenta o poder de decisão de Edward de não ir a este encontro, como um verdadeiro autor do seu destino narrativo.
O Turista
3.3 3,3K Assista AgoraCom diálogos que estragam momentos decisivos para o filme, o roteirista deveria agradecer à Angelina Jolie por ter salvo o enredo com a sua atuação extremamente sensual.
E o Johnny Depp só sendo ele mesmo de novo correndo desajeitadamente em fuga pelos telhados como um pirata... performance muito fácil, só mais do mesmo.
Aladdin: O Retorno de Jafar
3.2 99 Assista AgoraMuito ruim comparado com o primeiro. As referências não são tão boas – embora a Norma Bates tenha sido excepcional – repetitivo, com um roteiro sem graça, com o estilo do desenho muito feio com relação ao anterior e extremamente previsível.
Ora, a premissa é que o gênio não pode matar ninguém, então quando o Jafar começa a cuspir lava pra todo lado com todo mundo quase caindo na lava é ÓBVIO que ninguém vai morrer porque ele não pode fazer isso. Ele já tinha perdido ali.
A Lei do Mais Forte
3.6 2Da série filmes difíceis de encontrar. :c
Paranóia
3.5 1,5K Assista Agoradesnecessária a romantização do stalker, mas é um filme ok
A Invenção da Infância
4.4 71É pra ficar muito triste vendo essas diferentes realidades e ainda ter gente dizendo que as pessoas tem as mesmas oportunidades na vida.
Genial a explicação do que é ser criança e que não necessariamente significa ter infância.
Ótimo curta.
Coraline e o Mundo Secreto
4.1 1,9K Assista AgoraUma Alice no País das Maravilhas readaptada de maneira genial: as referências são as mais variegadas.
Enquanto Alice viaja no país das maravilhas, Coraline traz uma narrativa que flutua por vontades e expectativas que nutrem o nosso ser, mas que não constroem a realidade conforme nós desejamos, ou tudo poderia apenas se tratar de um pesadelo.
Coraline fala por metáforas: em uma terra que sonhos se tornam realidade sempre, a nossa alma, ou melhor, a nossa vera essência sempre estará em risco. A vida por vezes tediosa traz algumas recompensas pelo caminho: basta saber esperar.
Sex and the City: O Filme
3.4 680 Assista AgoraJá vi esse filme várias vezes e só recentemente entendi que o filme basicamente fala o tempo todo sobre como lidamos com os rótulos. Esse filme é realmente incrível.
Halloween: A Noite do Terror
3.7 1,2K Assista AgoraÓtima trilha sonora, muito bem construída, com uma fotografia que te insere na história como se você estivesse a espreita junto de Michael Myers.
Ideias de Canário
4.0 2Disponível no site da TV Escola e no Youtube.
Espelhos do Medo
3.0 608 Assista AgoraEu adorava esse filme quando criança, mas assim como a maioria dos filmes de terror esse peca por infinitos fatores, entre eles o de não aproveitar bem o potencial da história. Uma pena.
Evocando Espíritos
3.3 894 Assista AgoraNão sei como eu consigo gostar tanto desse filme sendo que ele é extremamente clichê e exagerado. O final sempre que eu revejo é ruim e eu fico torcendo pra acabar. Mas em geral ele sempre tá guardado no meu coração como um bom filme de terror.
Lembro que quando o vi pela primeira vez eu fiquei chocado porque os espíritos estavam na parede. hahaha Uma pena que essa surpresa só aconteça uma vez, porque é a melhor parte do filme.
O Ritual
3.3 1,9K Assista AgoraPensei que houvesse superestimado o filme quando vi pela primeira vez. No entanto cá estou vendo pela segunda e ele permanece sendo um excelente filme de exorcismo. Anthony Hopkins me deixa com a nuca eriçada desde Hannibal — pela atuação mais do que competente ao representar a maldade em si.
Agora o "baseado em fatos reais" é algo sempre engraçado nesse tipo de filme. (risos)
É o Fim
3.0 2,0K Assista AgoraMais um filme sobre caras babacas que não deveriam ser protagonistas de filme algum.
Cine Majestic
3.7 251 Assista AgoraMais um filme norte-americano que fala do comunismo de um jeito despropositado.
Pelo menos dessa vez eles ressaltaram a hipocrisia da tal democracia norte-americana, mas que foi feito de um modo que dava brecha para defesa de algumas coisas realmente esquisitas. De todo modo ficou bem claro a tentativa da crítica ao comunismo na cena em que a Adele diz que o Peter jamais seria comunista pois só um capitalista poderia fazer o Majestic voltar, sendo que não!! O Peter fez o Majestic voltar por meios totalmente comunistas. Isso só mostra como os personagens ou talvez quem sabe o próprio diretor não fazem a menor ideia do que é comunismo.. hahahaha
O Peter simplesmente chama a cidade pra ajudá-lo a reconstruir o cinema porque ele não tinha verba o suficiente para fazê-lo, cidade esta em que aparentemente TODOS, depois do cinema reconstruído, podem assistir aos filmes sem exclusões. Aliás, cidade que ninguém parece viver na pobreza como ocorre no capitalismo. (que ironia, não é mesmo? se fosse pelo capitalismo o Majestic jamais voltaria por causa da falta de verba)
Tirando alguns furos que são feitos de modo que se pense que a ideologia capitalista é perfeita (o que é uma farsa), o filme é até bom.
A Forma da Água
3.9 2,7KA ambientização do filme, a forma como diretor brinca com as cores e a música, o envolvimento com os personagens, enfim, toda a construção do filme é sublime, com referências encantadoras que te colocam cada vez mais dentro do contexto da época e mergulhando profundamente dentro dos seus acontecimentos. Sem dúvida A Forma da Água é um trabalho volupioso de arte que vale cada segundo, agradabilíssimo aos olhos, delicado em vários sentidos, e surpreendente por ter como protagonista uma personagem com afonia, coisa que não se vê, principalmente com um enredo que não coloca isso como ponto central da narrativa.
P.s. o filme para além da beleza mostra também a diferença que faria se pessoas soubessem se comunicar por linguagem de sinais. Algo a se pensar.
Sr. Ninguém
4.3 2,7KSó a frase "deveria estar escrito no quadro negro de todas as escolas: a vida é uma área de recreação ou não é nada!" já vale o filme inteiro. Vi esse filme infinitas vezes e só agora eu consegui entendê-la.
Repo Men: O Resgate de Órgãos
3.4 658 Assista AgoraPiadinhas ridículas de tom homofóbico e machista a parte, o filme é até ok. Mas é difícil deixar isso passar né? Ainda mais pra um filme de 2010. Bem desnecessárias e acabou com o filme.
Enfim, bom enredo, mas com um lenga lenga desnecessário no final. O plot twist do final é até interessante, mas não o suficiente pro filme ganhar aquele ar de "MEU DEUS!! EU NÃO ACREDITO NISSO!", é só mais uma tentativa falha do diretor.
A discussão sobre até onde vai a ganancia do capitalismo é interessante de todo modo, com homens deixando o seu trabalho e a sede pelo dinheiro estar acima da sua humanidade.
Sem deixar de refletir que novamente o cinema tenta mostrar que a mulher precisa de um homem cis branco hétero pra sobreviver. Uma falha terrível ao colocar a Alice Braga atuando como mais uma mulher sendo sexo frágil. Isso não existe. Fora a forma que eles tentam colocar a esposa do Remy como louca sendo que ele não tá nem aí pra família, só segue na sua sede por sangue pra no final sair como um serial killer que se recuperou. HAHAHAHAHA Até parece! E a prova disso é que ele volta a matar, só que por um motivo diferente.
Enfim, poderia ter sido menos infeliz, sem dúvida. Mas é um filme de passa-tempo ok apesar dos desgostos.
Orgulho e Esperança
4.3 293 Assista AgoraPra um filme de 2014 falando sobre as questões GLS (na época não chamava-se LGBT ainda) eu esperava mais. Tiveram várias questões de gays querendo falar mais alto que as lésbicas e questões onde o próprio diretor fazem as mulheres parecerem exageradas, o que foi bem ridículo. Fora isso foi um bom filme até, só podia ter sido melhor mesmo.
Livre
3.8 1,2K Assista AgoraO começo do filme faz parecer que vai ser só mais um filme de uma linda fotografia com um enredo completamente perdido de alguém que tá explorando a vida na natureza. A decepção acontece para bem.
Strayed é uma mulher cheia de conflitos desde os pais, (naturalmente) passando por todos os aspectos da sua vida como ao ter um emprego de doméstica (desmerecido pela sociedade) e um casamento fracassado. Todas as frustrações da nossa protagonista, no entanto, ocorrem pela mãe que cria determinadas expectativas em cima dela sobre a Strayed precisar se tornar a melhor pessoa que ela pode conseguir. Até que a mãe morre e Strayed começa a transar com todos os homens que passam por ela e a usar heroína. Neste momento você começa a pensar "que mulher louca e perdida", mas não! Ela surpreende por saber exatamente o que estava fazendo (ou não, porque, pasmem, isso não é nenhum problema!) e por querer aquilo. Ela em nenhum momento se arrepende de ter feito o que fez, ela apenas se arrepende por ter ferido o marido com essas experiências.
Ao trair o marido com vários homens ela passa a se culpar, e a todo momento o marido tenta se manter próximo dizendo "nós ainda podemos ser amigos", o que é extremamente frustrante para nossa protagonista porque ele só ressalta os erros dela, como se ele dissesse "apesar de ter acabado com a minha cabeça, ainda podemos ser amigos", como se fosse um prêmio de consolação.
Contudo o final é surpreendente, pois ela percebe depois de meses atravessando a trilha do México até o Canadá que ela queria fazer tudo o que fez e que isso não foi nenhuma iniquidade contra ela, foram apenas desejos que construíram a personagem dela pela vida.
Curiosamente o filme mostra como as mulheres são tratadas como sexo frágil quando os homens tentam ajudá-la sempre quando ela chega em algum lugar, enquanto os demais trilheiros (quase todos homens) não recebem ajuda alguma ao chegar nos acampamentos.
Além disso o filme também se preocupa em mostrar como homens podem assustar mais que qualquer outra ameaça da natureza - afinal uma cobra selvagem não pode estuprar ninguém, não é?
Excelente filme que conta como a memória faz o indivíduo e como a culpa age pelo que afeta outras pessoas (e não pelo que verdadeiramente afeta o indivíduo), mostrando que esta quase sempre existe por motivos externos a nós mesmos.