Filme repleto de machismo, misoginia e transfobia. Só o que salva (e ainda assim com ressalvas) é o humor da Tatá Werneck. O filme tinha tudo pra ser bom pela ideia, mas infelizmente a comédia brasileira vive de/para depreciar minorias. Por sinal, mais um filme pra branco classe média ver.
Achei interessante como o filme consegue mostrar de um jeito sutil a confusão que ocorre com Simon ao se deparar com seus sentimentos e sexualidade quando ele se apaixona por Louise e Louise que se apaixona por Matthieu, amigo de Simon.
O problema começa quando Matthieu e Louise passam a ficar mais juntos, situação que desperta ciúmes da relação dos dois no nosso protagonista. Ele se vê contra a parede diante de sentimentos não muito comuns, não muito falados - ou melhor, não muito admitidos. A grande questão o filme todo é: de quem ele sente ciúmes?
A verdade é que, muito possivelmente, o Simon sentia afeto pelos dois, e a insegurança, algo presente nos afetos ligados ao apego (sejam eles amorosos ou não) acaba por transbordar ciúme, no entanto acho que o nosso protagonista está para além de sentir simplesmente afeto.
O filme consegue passar, ao meu ver, a confusão de Simon com o que ele deseja e com sua sexualidade: ele deseja Simon e Louise ao mesmo tempo? Para mim, tudo indica que sim. E tudo se torna um tormento maior ainda quando os dois decidem ir embora juntos e Simon pouco depois descobre que Louise na verdade é sua irmã. Quem não surtaria numa situação dessas? Afinal ele estava atraído pela própria irmã que foi embora com o amigo que ele muito provavelmente também sentia atração.
Enfim, o medo de estar só, além das questões familiares do nosso personagem, levou nosso amigo Simon ao suicídio.
Esse filme é genial pela forma que ele mostra o quão difícil é às vezes entender os próprios sentimentos enquanto o tempo todo as pessoas fazem parecer como se fosse muito fácil e simples lidar com tudo isso, e por isso mesmo todas essas questões e dúvidas poucas vezes são faladas e discutidas, sendo um grande tabu falar sobre a dificuldade de sentir.
Por fim, retiro o que disse, pois Simon não é excêntrico, Simon é tudo o que nós somos e não gostamos de admitir. Simon é o que há de mais comum em todos nós.
Filme até interessante, porém cansativo. É mais como o dia a dia, chato mesmo, com tudo dando errado, a mostrar, no entanto, ao mesmo tempo o quanto a tradição é intrínseca ao ser, e, mesmo ao perceber que todo o ritual contido nela não faz mais sentido, é extrema dificuldade sair da mesma, seja pelo costume, pelo comodismo, ou pelo que as pessoas comuns a este legado ou hábito vão pensar a respeito.
P.S.: há uma parte interessante que ilustra bem o que digo, onde um rabino junior precisa ficar se autoafirmando da existência de HaShem. Parece que ele mesmo está desacreditando na sua crença, mas por já estar preso a ela e mesmo por ter um cargo de importância, ele necessita voltar às crenças do seu povo, mesmo que elas não façam mais sentido pra ele.
Uma criança que nasce já com a rejeição da mãe acompanhada de um dom excêntrico: Grenouille pode sentir o cheiro de tudo o que existe. Dom este que, no entanto, vem desde o princípio com uma tortura existencial dele não poder amar e nem ser amado por ninguém, além de que todas as pessoas que ele se aproxima aparentemente morrem (cabe saber se elas morrem para ele - como uma metáfora - ou morrem de fato).
Mesmo vivendo até a maior idade sem receber amor e afeto, Grenouille se depara com o cheiro sedutor que uma mulher carrega. Ele se encanta, a persegue, e no final do filme nos é mostrado que os dois talvez tiveram um caso (mesma questão de não saber se foi real ou imaginação do protagonista), só que, como diz a regra, ela morre como as demais pessoas, o que o deixa transtornado por perder a essência daquela doce mulher.
Ele decide, desde então, descobrir como capturar a essência de todas as coisas - mais espeficiamente de pessoas. Ele aprende a arte do ofício da criação de perfumes e viaja pra Grasse para aprender a arte secreta da floumage, que é um meio de capturar perfumes com gordura. No entanto, há uma regra de que o objeto que deseja se capturar o odor deve estar morto. Sem nem pensar duas vezes, Jean-Baptiste acaba se tornando um serial killer. Ele passa sua temporada pela Grasse capturando a essência de todas as mulheres que eram encantadoras. Até que ele é pego quando mata a última, filha de um homem importante (Richis, com o incrível do Alan Rickman atuando nesse papel).
Ao contrário do que se pensa logo no começo do filme, Baptiste não morre. Ao passar a essência que ele fez em si, todos começam a tratá-lo como um rei, um anjo, talvez como um deus, e depois de uma cena belíssima que representa, na minha visão, prazer e liberdade, ele percebe que mesmo tendo o poder da dominação, ele jamais conseguirá ter amor e não recuperará a essência daquela mulher que foi a primeira e última em sua vida, que se transformou em sua obsessão.
Ele foge com o poder de ter o mundo em suas mãos, mas decide que isso não vale a pena. Ele volta para o lugar onde nasceu guiado pelo cheiro que a memória traz. E o final quem viu já sabe.
Filme incrível, com poucos furos (no entanto houve um que doeu na alma hahaha) e que recomendo todos a tirar um tempo pra ver algum dia.
Independente de qualquer talento e boa intenção que o Edward possa ter, de um jeito ou de outro, sendo um excêntrico, ele jamais seria aceito por uma sociedade padrão, como por diversas vezes mostra Burton, com casas, carros e comportamentos iguais, com tênues diferenças.
É uma crítica a uma sociedade com comportamentos padronizados. A única família que foge de tal é a de Peg, que aceita, até certo ponto, as esquisitices do jovem Edward.
Típica sociedade norte-americana pós-guerra, vendendo a ideia de bem estar a qualquer custo, mas vazia, soberba, soez e ignorante. A vida dessas pessoas é tão chata e monótona que a alheia sempre parece mais interessante: e que haja fofoca para viver!
Diálogos repetitivos, atores que deixam a desejar. Não é pelo filme ser um conto de fadas que tem que passar uma inocência que beira a idiotice. Crianças não são burras, vale lembrar.
Filme feito pra lotar salas de cinema com expectativas que logo se esvaem sem nada a acrescentar.
O que salva um pouco é a magnífica atuação da Cate Blanchett e nada mais.
Ótima atuação do Kyle Catlett e a Helena Bonham Carter atuando em um personagem completamente diferente do costume (apesar de manter o lado excêntrico de sempre).
Interessante a forma como, mesmo o T.S. sendo um garoto super dotado, mantém a sua ingenuidade infantil, não deixando de forma alguma de ser criança por ser um gênio nos mais diversos assuntos. A visão que ele tem do mundo, apesar de bem racional, ainda toca no lado sensível humano de forma muito forte.
Até os momentos finais eu pensei que esse seria o pior filme de terror que eu já vi na vida. No entanto ocorre uma reviravolta que passa perto do incrível. Acho que o filme só perde muito pelos momentos de comédia que existem pra destruir os filmes de terror.
A ideia é interessante, mostrando a manipulação da indústria dos filmes, do debate indireto sobre o que seria justo ou não (pelo menos eu vi desta forma), da produção dos clichês, e até consegue passar um terrorzinho. No final, O Tolo, que ninguém dava por, pareceu o mais justo, e por ser mais justo ele se tornou o tolo. Marty foi de longe o melhor personagem, enquando Dana decepciona, pois você espera dela ingenuidade, inocência, mas ela é a primeira a querer matar o amigo pra "salvar a humanidade". Mas, fica a questão: por que a vida de todos é mais importante que a dele? Não seria justo, de jeito algum, matar um pelo bem de todos, isso não está escrito em nenhuma regra. Imagino que justo seria todos saírem vivos ou todos mortos.
Chocado com a genialidade da comparação entre tempo e dinheiro. Esse filme mostra o grande defeito do capitalismo de forma explícita. É necessário que muitos tenham pouco para que poucos tenham muito. A ideia podia ter sido melhor explorada, no entanto como é um filme estadunidense e é sabido que o Estados Unidos é um país intrinsecamente capitalista, até que a abordagem foi bem interessante.
O filme promete conquistar, mas para quebra total de expectativa o enredo se torna corrido, o que resulta num falho romance principal que não conquista. O mais irônico é que eu me senti mais envolvido com o falso romance entre o Perducas (o ladrão) e a Astrid (a menina leitora de mãos) do que o entre a Bela e a Fera.
Enfim, acaba sendo mais uma história em que um babaca faz um monte de merda, depois faz umas coisas legais, todo mundo releva as merdas dele e todo mundo fica feliz.
É um jogo de bate e volta do inicio ao fim, para no final deixar bem claro essa vingança a todo momento de Rosa, que violentada, destrói a vida de Bernardo da maneira mais inesperada. Este tirou o filho da Rosa, e ela nada fez demais além de fazer o mesmo de volta.
Bernardo violento, sonso, machista e completamente mau caráter. Rosa aparentemente uma mulher solitária que vive com os pais e se entrega pro primeiro homem que lhe dá atenção, que acaba se mostrando não tão inofensiva quanto parece ser.
O filme se mostra excelente do começo ao fim e nada entediante. O único erro foi no final o Bernardo sair ileso do fato dele ter obrigado ela de forma extremamente violenta a fazer o aborto do seu próprio filho. Nem sequer é abordado no final do filme essa infeliz situação.
Fora a injustiça óbvia, é um excelente filme que surpreende bastante.
Havia me esquecido da delicadeza desse filme, de como ele consegue passar de uma maneira sutil como é a vida de um Asperger e da diferença entre este e as pessoas NT.
O mais legal é perceber que o Adam consegue superar suas dificuldades e que a Beth está sempre lá pra dar aquele empurrão pra ele seguir. O final com a Beth não indo para Califórnia foi o ponto chave, porque ele ficou em cheque: ou ele ia, mudava toda sua vida, provava pra ele mesmo que ele não precisava ser dependente dela pra seguir a sua vida ou ele estagnava no tempo.
"Eles não pertenciam àquele lugar, mas lá estavam."
O filme já começa a me desagradar no começo, com o discurso do George de o melhor a ser feito para aquele lugar seria derrubar as árvores, porque os trabalhadores precisavam daquilo pra liberdade, etc. Há discurso mais capitalista que esse? Não, os trabalhadores não precisavam daquilo, principalmente porque aquela terra é de ninguém e o lucro seria somente do Pemberton.
Posições políticas a parte, o filme perde no enredo, a história podia ser melhor explorada, principalmente o que ocorre com a Serena.
O final do filme, com a Serena morrendo como ocorreu no passado com seus irmãos e que ela fugiu, escutando os gritos dele ao fazê-lo, foi ótimo. No entanto, podia ter tido um maior apelo emocional, como os gritos dos irmãos voltando a sua memória e deixando a cena um pouco mais pesada e dramática.
Houve vários momentos que foram perdidos. Em um filme de 2 horas tudo poderia ocorrer de forma mais interessante, no entanto o diretor falhou em sua missão.
Parei de ver assim que vi o Norman. O ator tem cara de carinha popular ou de mecânico, não tem nada a ver com um cara solitário que vive sozinho com a mãe. E nem as manias esquisitas do Norman ele pegou. Ridículo.
Loucas Pra Casar
3.0 868 Assista AgoraFilme repleto de machismo, misoginia e transfobia. Só o que salva (e ainda assim com ressalvas) é o humor da Tatá Werneck. O filme tinha tudo pra ser bom pela ideia, mas infelizmente a comédia brasileira vive de/para depreciar minorias. Por sinal, mais um filme pra branco classe média ver.
O Último Dia
3.4 27Simon é um personagem excêntrico, não é?
Achei interessante como o filme consegue mostrar de um jeito sutil a confusão que ocorre com Simon ao se deparar com seus sentimentos e sexualidade quando ele se apaixona por Louise e Louise que se apaixona por Matthieu, amigo de Simon.
O problema começa quando Matthieu e Louise passam a ficar mais juntos, situação que desperta ciúmes da relação dos dois no nosso protagonista. Ele se vê contra a parede diante de sentimentos não muito comuns, não muito falados - ou melhor, não muito admitidos. A grande questão o filme todo é: de quem ele sente ciúmes?
A verdade é que, muito possivelmente, o Simon sentia afeto pelos dois, e a insegurança, algo presente nos afetos ligados ao apego (sejam eles amorosos ou não) acaba por transbordar ciúme, no entanto acho que o nosso protagonista está para além de sentir simplesmente afeto.
O filme consegue passar, ao meu ver, a confusão de Simon com o que ele deseja e com sua sexualidade: ele deseja Simon e Louise ao mesmo tempo? Para mim, tudo indica que sim. E tudo se torna um tormento maior ainda quando os dois decidem ir embora juntos e Simon pouco depois descobre que Louise na verdade é sua irmã. Quem não surtaria numa situação dessas? Afinal ele estava atraído pela própria irmã que foi embora com o amigo que ele muito provavelmente também sentia atração.
Enfim, o medo de estar só, além das questões familiares do nosso personagem, levou nosso amigo Simon ao suicídio.
Esse filme é genial pela forma que ele mostra o quão difícil é às vezes entender os próprios sentimentos enquanto o tempo todo as pessoas fazem parecer como se fosse muito fácil e simples lidar com tudo isso, e por isso mesmo todas essas questões e dúvidas poucas vezes são faladas e discutidas, sendo um grande tabu falar sobre a dificuldade de sentir.
Por fim, retiro o que disse, pois Simon não é excêntrico, Simon é tudo o que nós somos e não gostamos de admitir. Simon é o que há de mais comum em todos nós.
Um Homem Sério
3.5 574 Assista AgoraFilme até interessante, porém cansativo. É mais como o dia a dia, chato mesmo, com tudo dando errado, a mostrar, no entanto, ao mesmo tempo o quanto a tradição é intrínseca ao ser, e, mesmo ao perceber que todo o ritual contido nela não faz mais sentido, é extrema dificuldade sair da mesma, seja pelo costume, pelo comodismo, ou pelo que as pessoas comuns a este legado ou hábito vão pensar a respeito.
P.S.: há uma parte interessante que ilustra bem o que digo, onde um rabino junior precisa ficar se autoafirmando da existência de HaShem. Parece que ele mesmo está desacreditando na sua crença, mas por já estar preso a ela e mesmo por ter um cargo de importância, ele necessita voltar às crenças do seu povo, mesmo que elas não façam mais sentido pra ele.
Perfume: A História de um Assassino
4.0 2,2KÉ um filme para se pensar.
Uma criança que nasce já com a rejeição da mãe acompanhada de um dom excêntrico: Grenouille pode sentir o cheiro de tudo o que existe. Dom este que, no entanto, vem desde o princípio com uma tortura existencial dele não poder amar e nem ser amado por ninguém, além de que todas as pessoas que ele se aproxima aparentemente morrem (cabe saber se elas morrem para ele - como uma metáfora - ou morrem de fato).
Mesmo vivendo até a maior idade sem receber amor e afeto, Grenouille se depara com o cheiro sedutor que uma mulher carrega. Ele se encanta, a persegue, e no final do filme nos é mostrado que os dois talvez tiveram um caso (mesma questão de não saber se foi real ou imaginação do protagonista), só que, como diz a regra, ela morre como as demais pessoas, o que o deixa transtornado por perder a essência daquela doce mulher.
Ele decide, desde então, descobrir como capturar a essência de todas as coisas - mais espeficiamente de pessoas. Ele aprende a arte do ofício da criação de perfumes e viaja pra Grasse para aprender a arte secreta da floumage, que é um meio de capturar perfumes com gordura. No entanto, há uma regra de que o objeto que deseja se capturar o odor deve estar morto. Sem nem pensar duas vezes, Jean-Baptiste acaba se tornando um serial killer. Ele passa sua temporada pela Grasse capturando a essência de todas as mulheres que eram encantadoras. Até que ele é pego quando mata a última, filha de um homem importante (Richis, com o incrível do Alan Rickman atuando nesse papel).
Ao contrário do que se pensa logo no começo do filme, Baptiste não morre. Ao passar a essência que ele fez em si, todos começam a tratá-lo como um rei, um anjo, talvez como um deus, e depois de uma cena belíssima que representa, na minha visão, prazer e liberdade, ele percebe que mesmo tendo o poder da dominação, ele jamais conseguirá ter amor e não recuperará a essência daquela mulher que foi a primeira e última em sua vida, que se transformou em sua obsessão.
Ele foge com o poder de ter o mundo em suas mãos, mas decide que isso não vale a pena. Ele volta para o lugar onde nasceu guiado pelo cheiro que a memória traz. E o final quem viu já sabe.
Filme incrível, com poucos furos (no entanto houve um que doeu na alma hahaha) e que recomendo todos a tirar um tempo pra ver algum dia.
Edward Mãos de Tesoura
4.2 3,0K Assista AgoraIncrível como a ausência de sensibilidade com o que é excêntrico acaba criando uma porfia desnecessária, isolando o que é bom e ingênuo do mundo.
Independente de qualquer talento e boa intenção que o Edward possa ter, de um jeito ou de outro, sendo um excêntrico, ele jamais seria aceito por uma sociedade padrão, como por diversas vezes mostra Burton, com casas, carros e comportamentos iguais, com tênues diferenças.
É uma crítica a uma sociedade com comportamentos padronizados. A única família que foge de tal é a de Peg, que aceita, até certo ponto, as esquisitices do jovem Edward.
Típica sociedade norte-americana pós-guerra, vendendo a ideia de bem estar a qualquer custo, mas vazia, soberba, soez e ignorante. A vida dessas pessoas é tão chata e monótona que a alheia sempre parece mais interessante: e que haja fofoca para viver!
A genialidade do Burton transpassa gerações.
Boa Sorte
3.6 440Os desenhos da Judite já valeram o filme todo! Lindos a beça. Queria todos pra colar no meu quarto. Hahaha
Cinderela
3.4 1,4K Assista AgoraDiálogos repetitivos, atores que deixam a desejar. Não é pelo filme ser um conto de fadas que tem que passar uma inocência que beira a idiotice. Crianças não são burras, vale lembrar.
Filme feito pra lotar salas de cinema com expectativas que logo se esvaem sem nada a acrescentar.
O que salva um pouco é a magnífica atuação da Cate Blanchett e nada mais.
Uma Viagem Extraordinária
4.1 611 Assista AgoraÓtima atuação do Kyle Catlett e a Helena Bonham Carter atuando em um personagem completamente diferente do costume (apesar de manter o lado excêntrico de sempre).
Interessante a forma como, mesmo o T.S. sendo um garoto super dotado, mantém a sua ingenuidade infantil, não deixando de forma alguma de ser criança por ser um gênio nos mais diversos assuntos. A visão que ele tem do mundo, apesar de bem racional, ainda toca no lado sensível humano de forma muito forte.
Interessante também a forma como o filme mostra como até gênios podem se enganar e acreditar numa verdade falsa, como vemos com o "Pardal".
Enfim, um excelente filme, com um enredo delicado como uma criança.
Sentidos do Amor
4.1 1,2KFiquei sem palavras. Um dos melhores filmes que já vi.
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KAté os momentos finais eu pensei que esse seria o pior filme de terror que eu já vi na vida. No entanto ocorre uma reviravolta que passa perto do incrível.
Acho que o filme só perde muito pelos momentos de comédia que existem pra destruir os filmes de terror.
A ideia é interessante, mostrando a manipulação da indústria dos filmes, do debate indireto sobre o que seria justo ou não (pelo menos eu vi desta forma), da produção dos clichês, e até consegue passar um terrorzinho.
No final, O Tolo, que ninguém dava por, pareceu o mais justo, e por ser mais justo ele se tornou o tolo. Marty foi de longe o melhor personagem, enquando Dana decepciona, pois você espera dela ingenuidade, inocência, mas ela é a primeira a querer matar o amigo pra "salvar a humanidade".
Mas, fica a questão: por que a vida de todos é mais importante que a dele? Não seria justo, de jeito algum, matar um pelo bem de todos, isso não está escrito em nenhuma regra. Imagino que justo seria todos saírem vivos ou todos mortos.
Acho que Sócrates estaria orgulhoso do Marty.
Por fim, o mundo acaba em maconha, não é? Hahaha.
O Preço do Amanhã
3.6 2,9K Assista AgoraChocado com a genialidade da comparação entre tempo e dinheiro.
Esse filme mostra o grande defeito do capitalismo de forma explícita. É necessário que muitos tenham pouco para que poucos tenham muito. A ideia podia ter sido melhor explorada, no entanto como é um filme estadunidense e é sabido que o Estados Unidos é um país intrinsecamente capitalista, até que a abordagem foi bem interessante.
A Bela e a Fera
3.3 699 Assista AgoraFilme com uma fotografia excelente e ótimos atores como Léa Seydoux e Vincent Cassel.
O filme promete conquistar, mas para quebra total de expectativa o enredo se torna corrido, o que resulta num falho romance principal que não conquista. O mais irônico é que eu me senti mais envolvido com o falso romance entre o Perducas (o ladrão) e a Astrid (a menina leitora de mãos) do que o entre a Bela e a Fera.
Enfim, acaba sendo mais uma história em que um babaca faz um monte de merda, depois faz umas coisas legais, todo mundo releva as merdas dele e todo mundo fica feliz.
E a vida imita a arte.
O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3KOlho por olho e dente por dente.
É um jogo de bate e volta do inicio ao fim, para no final deixar bem claro essa vingança a todo momento de Rosa, que violentada, destrói a vida de Bernardo da maneira mais inesperada. Este tirou o filho da Rosa, e ela nada fez demais além de fazer o mesmo de volta.
Bernardo violento, sonso, machista e completamente mau caráter.
Rosa aparentemente uma mulher solitária que vive com os pais e se entrega pro primeiro homem que lhe dá atenção, que acaba se mostrando não tão inofensiva quanto parece ser.
O filme se mostra excelente do começo ao fim e nada entediante. O único erro foi no final o Bernardo sair ileso do fato dele ter obrigado ela de forma extremamente violenta a fazer o aborto do seu próprio filho. Nem sequer é abordado no final do filme essa infeliz situação.
Fora a injustiça óbvia, é um excelente filme que surpreende bastante.
Adam
3.9 825Havia me esquecido da delicadeza desse filme, de como ele consegue passar de uma maneira sutil como é a vida de um Asperger e da diferença entre este e as pessoas NT.
O mais legal é perceber que o Adam consegue superar suas dificuldades e que a Beth está sempre lá pra dar aquele empurrão pra ele seguir.
O final com a Beth não indo para Califórnia foi o ponto chave, porque ele ficou em cheque: ou ele ia, mudava toda sua vida, provava pra ele mesmo que ele não precisava ser dependente dela pra seguir a sua vida ou ele estagnava no tempo.
"Eles não pertenciam àquele lugar, mas lá estavam."
Serena
2.7 293 Assista AgoraUm filme que tinha tudo para ser bom, mas que fracassa no seu objetivo. A fotografia é excelente com ótimos atores. Um disperdício, eu diria.
O filme já começa a me desagradar no começo, com o discurso do George de o melhor a ser feito para aquele lugar seria derrubar as árvores, porque os trabalhadores precisavam daquilo pra liberdade, etc. Há discurso mais capitalista que esse? Não, os trabalhadores não precisavam daquilo, principalmente porque aquela terra é de ninguém e o lucro seria somente do Pemberton.
Posições políticas a parte, o filme perde no enredo, a história podia ser melhor explorada, principalmente o que ocorre com a Serena.
O final do filme, com a Serena morrendo como ocorreu no passado com seus irmãos e que ela fugiu, escutando os gritos dele ao fazê-lo, foi ótimo. No entanto, podia ter tido um maior apelo emocional, como os gritos dos irmãos voltando a sua memória e deixando a cena um pouco mais pesada e dramática.
Houve vários momentos que foram perdidos. Em um filme de 2 horas tudo poderia ocorrer de forma mais interessante, no entanto o diretor falhou em sua missão.
Psicose
3.1 467 Assista AgoraParei de ver assim que vi o Norman. O ator tem cara de carinha popular ou de mecânico, não tem nada a ver com um cara solitário que vive sozinho com a mãe. E nem as manias esquisitas do Norman ele pegou. Ridículo.
Tomboy
4.2 1,6K Assista AgoraO filme seria maravilhoso e perfeito, se não tivesse um final tão ruim quanto é esse. "Je me appelle Laure" não! O nome dele é Michael!