Diverte, mas não consegue superar o anterior. "Truque de Mestre: O 2º Ato" parece ter sido feito as pressas, os personagens perdem espaço para uma história forçada e para shows de mágica, este sim, feito com muita qualidade. Quem ganha espaço é o genial Woody Harrelson, mas também com uma forçada monstra, um irmão gêmeo vilão, desnecessário. É isso, um roteiro bagunçado com personagens que não evoluíram e um plot twist que, assim como as mágicas, querem te iludir, fazer você acreditar que a história é fantástica. Entretanto, como já dito, diverte.
Elenco recheado e muito bem entrosado, personagens carismáticos e muita ação. Não assisti a versão anterior, então não farei comparações. Posso dizer que essa versão convence e o filme esta de tirar o fôlego, faroeste dos bons. O diretor Fuqua da espaço para todos os personagens, cada um com suas particularidades tomam conta da cena quando acionados, foi feliz em não inventar um romance desnecessário na trama e trouxe um ar contemporâneo para a gravação sem perder a essência do velho oeste. Difícil não agradar. Recomendo!
A franquia fechou de forma razoável, todos os filmes cumprem suas propostas. Pra mim, faltou um pouco mais de ousadia, uma produção que investisse mais na complexidade, na relação dos personagens, etc. Ao invés disso permaneceram no modelo de roteiro pobre, vilão com motivação rasa, ações dos personagens principais inocentes, etc. O ponto forte fica com a trila sonora e o timing cômico, o ponto negativo é que Star Trek se transformou num blackbuster esquecível, nenhum dos três foi marcante.
É impressionante como a DC tem a "faca e o queijo na mão" e não consegue acertar o ponto das suas produções, chegou perto num filme solo anos depois, mas ainda assim abaixo do esperado. "Esquadrão Suicida" vale pela trilha sonora e por alguns personagens, que até são bem construídos e aprofundados, mas que são jogados numa história bem fraca, de roteiro pobre. Acaba sendo um "pipocão" sem compromisso, dependendo do seu estado de espírito vai agradar, vai te arrancar bons risos, mas ficará "apenas" na média, o que é péssimo pra uma obra que tinha tudo pra alavancar a franquia.
Que filme sensacional. "Sete Minutos Depois da Meia-Noite" é pura sensibilidade. O roteiro investe na fantasia para elucidar o sofrimento do protagonista, este interpretado de forma brilhante pelo garoto Lewis MacDougall, que sofre bullying e ainda tem a mãe vítima de câncer. A obra usa a metáfora da fuga da realidade, onde Conor conversa com uma árvore (na voz de Liam Neeson), para trazer uma história de conflitos internos perante um luto iminente. Diálogos incríveis, reflexões e maturidade precoce são coisas que você encontrará aqui. Prepare o lenço, vai precisar.
Atrasado, mas finalmente Del Toro recebe o Oscar de melhor diretor do ano. Confesso que não era o meu preferido da lista, mas o prêmio ficou em boas mãos, "A Forma da Água" consegue juntar todos os elementos do cinema em uma única obra. Temos atuações excelentes, dignas das indicações que receberam, temos uma trila sonora sensacional, com direito a Carmen Miranda, temos muita magia e "faz de conta" numa história bem construída, ainda que com falhas de roteiro e pitadas de mistério, que aos poucos vão ganhando sentido com as "dicas" de Del Toro. Enfim, podemos dizer que entre guerra, vingança, violência gratuita, descoberta, prevaleceu o amor no escolhido de 2018.
Gostei bastante! Achei que ficou acima da média, principalmente comparado a alguns filmes solos de outros heróis da Marvel. Não dou destaque pra nenhum ator, achei que nenhum deles foi muito exigido, Forest Whitaker e Lupita Nyong'o foram coadjuvantes de luxo. Achei importante a parte da representatividade do filme, o cartaz esta simplesmente espetacular, mulheres sendo mostradas sem esteriótipos, sem apelação para sexualidade. Trilha sonora compatível com o local onde o filme se passa, exaltando a cultura local. E o melhor, um vilão digno, bem construído, o que vinha sendo uma falha nos filmes anteriores da Marvel. Pantera Negra deixa sua marca na saga e pelos trailers já divulgados, terá grande participação em Guerra Infinita também, assim espero. A expectativa para o gran filane só aumenta.
Bom (suspiro), vamos lá! O filme é lindo, poético, de uma sensibilidade ímpar, tem takes (como aquele último, dentre outros) espetaculares, fotografia e trilha sonora impecáveis, mas (por favor, não me difamem, haters...rs), 130 minutos? Deixou a história sonolenta e o que era importante ofuscado em alguns momentos, o romance, a descoberta. Não precisava de tudo isso. E sim, eu me sensibilizei completamente pelo roteiro, é belo, é real, é a vida. Quanto as indicações, por partes, a de melhor filme, cabe estar entre a lista, primeiro pela quantidade de filmes, segundo, pela qualidade dos filmes que estão na lista. A indicação do Timothee é justa, entretanto (e isso não é nenhum demérito), não vencerá o Gary Oldman, o garoto é promissor, tem talento, expressão corporal digna. Traçando um paralelo e fazendo uma comparação com "Azul é a Cor Mais Quente", achei que os atores não foram muito exigidos, lá as meninas se entregaram pra valer, foram expostas, foi pesado. E não, não tem nada a ver com ter tido cena de sexo ou lá o casal ser mulher e aqui ser homem (antes de ser acusado de algo). Armie Hammer tem 36 anos e estava interpretando um cara de 24, é isso mesmo? São alguns fatores que pesam. Eu não podia finalizar sem falar da cena que, pra mim, foi or concur, o monólogo do pai, do momento em que ele começa a falar até a última palavra que sai da sua boca, gente, o que foi aquilo. Tenho absoluta certeza que não verei algo igual tão cedo no cinema, foi o que fez valer tudo, até os cansativos 130 minutos. Confesso, eu pausei, sorri, aplaudi mentalmente e dei play novamente. Enfim, é isso.
Férias! Por que não levar meu filho de 3 anos no cinema assistir um desenho de boa? PQP! Que baita rasteira eu tomei! Que animação espetacular, não sei explicar, mas pouquíssimas vezes senti essa sensação numa sala de cinema. Que presente nesse início de ano, que presente. Momento totalmente pertinente pra reflexão, sobre estar presente, sobre valores. Roteiro amarradinho, cenas memoráveis, músicas lindíssimas, personagens cativante, história riquíssima em cultura. A Pixar faz qualquer coração peludo chorar, impressionante. Se existe um jeito melhor de abordar a morte para crianças, eu queria muito saber. Tudo é muito colorido, é atrativo, é divertido, é perfeito. Já havia achado "Festa no Céu" genial, mas lá as abordagens eram outras, foram felizes, mas aqui, meu Deus, que tato, que sensibilidade absurda. Se tenho duas certezas no momento é que eu assistirei esse filme novamente e que o Oscar de animação esta garantido. Corram assistir e não esqueçam da água para hidratação durante a sessão, será necessário, assim como essa sensacional animação.
Confesso que queria ter gostado mais, visualmente é impecável, algumas cenas são sensacionais, atuações dignas, elenco bem talentoso, mas a desconstrução de tudo que foi construído no episódio VII me incomodou bastante. É claro que sempre fica a expectativa que tudo será explicado e que no episódio IX tudo terá um sentido, mas num primeiro momento é bem "broxante". Entendo que chega um momento em que é preciso romper os laços com os personagens antigos, mas pra isso é imprescindível que a construção dos novos sejam muito bem conduzidas. Não se coloca um "vilão fodão", você desenvolve ele, você cria um fator chave, etc. Star Wars VIII tem mais pontos positivos do que negativos, mas penso que esses pontos negativos não poderiam existir nessa transição de um episódio inicial para um de desfecho, acredito que muitas oportunidades foram perdidas. A sensação é que, dos feitos recentemente, Rougue One ainda é o melhor desse universo. A expectativa para o próximo filme é enorme, a tarefa desse diretor não será fácil, o filme terá que ser, no mínimo, épico. No aguardo...
Pura diversão! "Thor: Ragnarok" descamba (positivamente) pro lado cômico. Em seus filmes anteriores conseguíamos ver um equilíbrio entre comédia e drama, neste o drama inexiste, os diálogos são esfacelados e substituídos por frases de efeito e cenários mega coloridos com seus personagens peculiares. O fato é que essa mudança fez com que essa terceira edição fosse a melhor obra solo do Thor, é claro que os coadjuvantes ajudam, Hulk esta hilário e super carismático, Loki já é um agregado da turma e Hela (interpretada pela brilhante Cate Blanchett), que, em se tratando de vilões Marvel, da um show, bem digna, aliás, os melhores vilões até agora vem do universo Thor, Loki e Hela. Thor finalmente é protagonista de seu filme, esta maduro, engraçado e a história gira em torno dele. As cenas de lutas são bem bacanas e os efeitos visuais estão dentro do padrão esperado. Ah, temos também a segunda melhor aparição do Stan Lee, genial, só perde pro carteiro procurando "Tony Esterco" em "Guerra Civil"...rs. Marvel já decidiu o seu tom para os filmes, a saga esta se afunilando, não será agora, depois de 15 filmes (salvo engano) que eles mudarão o estilo, se você não curte o modelo adotado deveria ter parado lá no início, assistir pra cornetar depois é dureza, poupe tempo e energia. Sim, o filme é divertido e muito engraçado, você irá rir, independentemente do seu estado de espírito no dia.
Coincidência ou não, temos dois palhaços dividindo as sessões de cinema no país, porém, o assustador palhaço americano bate forte no palhaço nacional no quesito bilheteria, mas para por ai, pois perde em todo o restante, produção, roteiro adaptado, atuação, parte técnica e ouso a dizer, indicações. Infelizmente a "síndrome de vira lata" impede que a grande massa aprecie essa obra frenética, azar o deles, estão perdendo uma grande oportunidade de assistir um filme nacional de qualidade, em partes não os culpo, nossas últimas produções deixam muito a desejar, na verdade são bem porcas a maioria delas, mas quando você vê "Malasartes" e/ou "O Filme da Minha Vida", ambos bons, ainda que inferiores a "Bingo", você se sente orgulhoso e sai da sala de cinema com a sensação que o cinema nacional respira. Vladimir Brichta mata a pau, encara o personagem de forma arrebatadora, atuou com maestria, provavelmente seu melhor trabalho na vida. Leandra Leal, pra mim, melhor atriz brasileira, esta impecável e acompanha o ritmo o tempo todo, há muito aprecio o seu trabalho, penso que ela pode interpretar qualquer papel nessa vida, é muito versátil e talentosa. O diretor Daniel Rezende foi muito feliz, explorou uma época pouquíssima explorada, o que é uma pena, os anos 80 é recheado de ícones e celebridades interessantes, e nos presenteou com um ótimo longa, esse rapaz vai longe. É engraçado ver que o politicamente correto não tinha vez nos anos 80, se é certo ou errado é uma outra discussão, o fato é que como o Bozo disse: "O Brasil não é para iniciantes".
Impressionante e assustador o desfecho dessa trilogia. Li que algumas pessoas se sentiram enganadas pelo trailer, posters, etc. Impossível você não enxergar uma guerra diante do que foi apresentado. Temos um enredo profundo e muito bem ambientado, diálogos de reflexões eternas, muita filosofia e um final sem pontas soltas, tudo muito bem encaixado, desde o seu primeiro capítulo com James Franco em 2011. A parte técnica esta impecável, trilha sonora marcante, efeitos visuais e sonoros perfeitos. Andy Serkis brilhante e merecedor de, no mínimo, uma indicação da Academia. Woody Harrelson, de quem sou muito fã, faz um vilão espetacular, tem sua contribuição pra essa franquia ser acima da média. Temos também um alívio cômico de uma genialidade ímpar, não vou estragar a surpresa. Fiquei contente com o rumo que a saga tomou, foi uma importante decisão dos roteiristas seguir por esse caminho, talvez não agrade a todos, mas foi de grande expertise. Chegamos ao fim da trilogia de Cesar, o líder dos macacos citado no filme de 2001 (Planeta dos Macacos, por Tim Burton) e depois de três obras, saímos do cinema com a certeza que a humanidade é uma praga e que seu antídoto, vulgo esperança, esta em pequenas sementes plantadas no novo.
Mais uma boa sacada da Marvel, "Homem-Aranha: De volta ao Lar" não se preocupa em retratar a vida do jovem Peter desde o começo, seria massante, já tivemos dois arcos anteriores fazendo isso, simplesmente pegaram sua participação em "Guerra Civil" e partiram dali. Também não focaram em cenas de ação, porrada e etc, preferiram dar ênfase na vida pessoal de Peter, seus dilemas e seus problemas naturais de adolescente nerd, aliás, Tom Holland caiu como luva pro papel, acredito que seja o Spider-Man que todos queriam ver. Jacob Batalon, seu amigo Ned, rouba a cena em vários momentos, um alívio cômico na medida, sem exageros. Com relação a vilões, aspecto que vem chamando atenção nos filmes da Marvel de forma negativa, aqui temos Michael Keaton, o Abutre, que surpreende e mostra para a franquia que não é necessário muito para se ter um bom vilão, nada de super poderes, destruição do planeta e etc, apenas um personagem bem construído e com motivos plausíveis. O filme diverte, fica acima da média com relação a filmes de herói e insere de vez o Homem-Aranha no universo Vingadores. Não queria, mas a expectativa no que esta por vir é enorme, espero não "cair do cavalo".
Não conheci o "original" de 1979, mas creio que esse remake não tenha deixado nada a desejar. Comédia família com piadas leves e engraçadas, o "timing cômico" do trio ajuda bastante, cenas bem divertidas sem apelar pro pastelão. Alan Arkin, Michael Caine e Morgan Freeman estão afinados, a história é crível, ainda que o drama e a crítica social sejam tristes, o roteiro não deixa caminhar para o "piegas", mantém o foco na aventura e nos diálogos interessantes. Inevitavelmente te fará rir, dependendo do seu humor, até gargalhar, mas independentemente disso, é um filme que merece ser assistido, vai deixar seu dia melhor.
"O Círculo" é daqueles filmes com uma premissa muito boa, mas que falha completamente no seu desenvolvimento. Fica a impressão que o filme é apenas um meio para o tema ser inserido pra debate quando na verdade teria que ser o contrário. Roteiro falho, personagens rasos, protagonista sem carisma (nada contra Emma e sim sua personagem), Tom Hanks no "piloto automático". Enfim, tudo mal conduzido, a obra te leva do nada pra lugar nenhum. Se assistir sozinho, como eu, nem com quem conversar sobre a proposta você terá. Uma pena, tinha potencial.
Espetacular! Conheci a franquia "Carros" somente em 2016, graças ao meu filho (hoje com 2 anos e meio). Já assisti "Carros" e Carros 2" dezenas de vezes, acho o primeiro filme da franquia bem bacana, tem um roteiro legal, mostra o lado solitário de um astro, tem um drama que te pega, trás personagens coadjuvantes engraçados e que acrescentam bastante história a obra. Diante do sucesso do seu melhor amigo, o guincho Tow Mater, o estúdio se sentiu na necessidade de fazer um filme mais voltado pra ele, e assim foi, "Carros 2" foge um pouco do universo do seu anterior para focar em Mater, o protagonista McQueen fica em segundo plano. Entretanto, a resposta do público não foi positiva e só então perceberam que o sucesso da franquia se deve ao McQueen e que seus coadjuvantes não podem "atropelar" o astro. Chegamos em "Carros 3", a Pixar não só corrigiu seu erro como fez algo grandioso, pra mim, o melhor filme da franquia até o momento. Foram cirúrgicos, McQueen volta a ser o protagonista e o roteiro trás o dilema do fim da carreira de um profissional esportivo. O segundo filme da franquia nem é lembrado, aliás, se você pular do primeiro para o terceiro nunca saberá que existiu um segundo. O filme trás uma carga nostálgica bem grande, o drama não sobrepõe as partes engraçadas, o que é importante para as crianças. E para os adultos ligados em esportes, tem Rômulo Mendonça (aqui não, queridinha) e um Silvio Luiz (pelas barbas do profeta) na dublagem da animação. Confesso que fiquei impressionado com o visual, com a quantidade de detalhes, as cores, tudo feito com altíssima qualidade. A personagem Cruz vem pra somar e junto com ela a mensagem que faz o filme subir de patamar e se sobrepor aos anteriores da franquia. Pixar/Disney, mais uma vez, mostra que esta evoluindo com a sociedade, e aborda o empoderamento da mulher de maneira sútil e eficaz pra uma geração que esta começando a formar seus conceitos de valores.
Ah, só pra não passar batido. Que curta metragem mais fofo o que antecedeu o filme, "Lou" vai deixar seu coração amolecido antes mesmo do longa começar. s2
"Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar" é melhor que o anterior (precisaria se esforçar muito pra ser pior), mas ainda não consegue atingir o patamar da trilogia. Desde a saída de Will Turner e Elizabeth Swann, Jack Sparrow esta tendo que segurar o protagonismo sozinho e isso faz com que o repertório de foco caia um pouco. Tentaram retomar a receita da trilogia com Henry e Carina, mas ainda é muito cedo para o público simpatizar com os novatos. Barbossa engrandece o filme sempre que aparece, ele acrescenta muito a obra, a tripulação segue fazendo seu papel e temos um vilão digno, nada mais nada menos que Javier Bardem, Javier sabe interpretar um vilão como poucos, ainda que o roteiro não soube explorar mais sua história, ele deu conta do recado. A clássica trilha sonora esta de volta (virou toque do meu celular), a montagem esta muito boa, a receita é a mesma, furos no roteiro ainda prevalecem e diante de tudo isso, uma cena pós crédito e a aparição de Orlando Bloom e Keira Knightley ao som de One Day (cena maravilhosa), me faz criar uma expectativa enorme. Podemos ter uma sequência de nível excelente, eu acredito.
Guardiões da Galáxia Vol. 2...vamos lá. Fica inevitável você fazer comparações com seu antecessor quando temos uma sequência desse nível. Não temos mais o fator surpresa, já conhecemos todos os personagens e quando isso acontece é hora de aprofundarmos para torná-los sólidos, James Gunn é muito feliz nisso, mesmo com vários personagens em ação, todos são explorados e têm seus devidos valores dentro da trama. O roteiro gira em torno do drama de Quill, talvez essa seja a grande falha, perde-se um tempo razoável da história para desenrolá-lo e apesar da exploração dos personagens, da expansão das galáxias, dos efeitos especiais, do colorido desse universo, a Marvel segue repetindo a mesma falha de todos os seus filmes anteriores, o vilão. Tivemos mais um filme que estourou nas bilheterias da poderosa Marvel e historicamente temos muito pouco no quesito vilão. É impossível culpar Kurt Russell por isso, ele até tenta, mas o personagem tem muito pouco a oferecer. Ainda tenho esperança que a Marvel há de arrumar isso, o tempo esta acabando, Thanos logo logo esta ai. Fica aqui um parágrafo a parte para Youndu, Rocket, Drax e Baby Groot, como eles somam, impressionante. Neles está concentrado quase toda a parte cômica do filme, não consigo lembrar de um personagem tão "fofis" quanto o Baby Groot e mesmo com tantas piadas girando em torno de seus respectivos diálogos, nada me faz rir mais do que ouvir "Taserface" (rs). A trilha sonora, que é uma marca registrada da franquia, se manteve em auto nível, acrescentaram George Harrison, Fleetwood Mac, Cat Stevens, dentre outros, não tem do que reclamar, são perfeitamente encaixadas nas cenas. Enfim...pra mim não deixou nada a desejar, valeu o preço da pipoca, o balde e o copo personalizado. No geral fica ligeiramente abaixo do primeiro, o que faz faz com que minhas expectativas aumentem ainda mais. Stallone? Seja bem vindo!
Mágico! "A Bela e a Fera" esta estraçalhando nas bilheterias de todo o mundo e o motivo é simples, o ser humano é saudosista por si só e ir ao cinema assistir uma "live-action" de um clássico da Disney, faz esse sentimento despertar de uma maneira incontrolável, você sabe o que vai assistir, sabe o que vai acontecer, conhece as músicas, mas mesmo assim quer estar lá, quer marcar presença na sala de cinema, melhor, quer levar uma nova geração (levei meu filho de dois anos e ele se comportou de tal forma que nem eu acreditei) para o cinema para que eles sintam a mesma sensação que você sentiu quando assistiu a primeira vez. É brilhante! Duas coisas sensacionais, as cenas sobre a Fera e sobre a mãe da Bela, acrescentando mensagens importantes a obra. E a maestria na escolha dos personagens, mesclando raças e gêneros, foi de um tato ímpar, alguém que sabe o contexto em que vivemos hoje. Falando em personagens, vou me ater a falar apenas da Bela, Emma Watson foi brilhante, incrível como ela dominou as telonas. Havia me esquecido como desde cedo a Disney tem o dom de empoderar as mulheres, é de se aplaudir em pé. Só sei que sai assoviando a canção da sala de cinema ontem e passei o dia todo cantarolando hoje (rs). Que venham os próximos, estarei no aguardo e com muita expectativa.
Sim, sim, sim, Logan pode, e de forma visceral, entrar pra categoria "filmão da porra". O filme entrega tudo que promete, surpreende, emociona e deixa você com gostinho de quero mais. Hugh Jackman atua com maestria, carrega o peso e a tristeza de um Wolverine cansado, um personagem forte com uma bagagem de carga emocional imensurável. Não bastasse isso, ainda é o alívio cômico do longa. Dafne Keen é um achado e tanto, a guria faz você se arrepiar logo nas primeiras cenas de ação, a X-23 acompanha Hugh Jackman em genialidade e o Wolverine no quesito massacre. Patrick Stewart da o tom de nostalgia e quando acionado faz você ficar sem ar, uma sensação única. Muito bom mesmo! O roteiro é muito feliz, soube usar da violência (obrigado, Deadpool!), mas contou uma história bem madura e sombria. Enfim, Logan teve um fim digno, aprendemos a admirar um herói, nos despedimos de uma figura que ficará marcada por muitos anos em nossas cabeças. Descanse, Logan! Você merece...
"La La Land"...vamos lá! Entrei na sessão de cinema ressabiado e com uma palavra na cabeça, "superestimado". Pois bem, a sessão se inicia e parece que o belíssimo trailer de "Lion - Uma Jornada para Casa" já da o recado pro seu coração se preparar (rs). O filme inicia de forma contagiante, a primeira das estações, o colorido, o som envolvente e sem muitas delongas, o casal protagonista.
Emma Stone, dona do filme, esta deslumbrante, incorpora a personagem de uma menina sonhadora e encanta a todos em cada tomada da câmera. E Ryan Gosling (se antes eu já cantava a bola que era o novo queridinho da América, imaginem agora), um sonhador e apaixonado pelo jazz, formam um casal que exala carisma. É o encontro de duas pessoas que precisam do acolhimento de uma época que parece não compreender as belezas artísticas de cada um. Ambos estão maravilhosos e merecem suas indicações, ganhando ou não.
Com relação as músicas, perfeito. Assim como toda parte técnica do filme, não a toa as 14 indicações. Mas foquemos nas músicas, não esperava menos do Chazelle (espetacular em Whiplash), a forma como ele trouxe o jazz para as cenas, numa mistura de saudosismo com modernidade, foi espetacular. É você assistindo ao filme sentado na sua poltrona e os pezinhos batendo no chão acompanhando o ritmo.
O roteiro, pra mim, é o segredo do sucesso. Uma história sobre sonhos que tinha tudo pra caminhar pro clichê, mas prefere nos dar uma surra de realidade com diálogos que não vemos ou temos todos os dias. As cenas de música e dança, que geralmente vem pra preencher o vazio no roteiro em musicais, aqui é diferente, serve pra completar e unificar a obra, cada uma delas cabem dentro do contexto das cenas. Sem contar as inúmeras referências de cinema de uma Hollywood nos seus tempos áureos e dos clássicos do jazz.
Seguir sonhos, as vezes, é assim. Seguir a vida, deixar pessoas durante a jornada, faz parte. Isso não quer dizer que o amor não existiu, não foi real e acabou. Fica claro isso na cena final descrita no roteiro original do filme:
"E, de maneira tão sutil, por apenas um segundo fugaz, Mia sorri. É o tipo de sorriso que você pode perder se você piscou, mas é suficiente para sinalizar a Sebastian que ela reconheceu o que ele tocava, e que ela ainda se lembra, e ainda pensa nisso até hoje..."
Sério, é preciso se esforçar bastante pra ser "hater" desse filme. Filmes ganhadores de Oscar como "O Artista" e "O Discurso do Rei" caíram no esquecimento, temo que aconteça o mesmo com "La La Land", não se depender de mim. Peguei a palavra superestimado, joguei no lixo junto ao meu balde de pipoca e sai da sessão dançando.
Assassin's Creed caminha numa linha tênue entre uma adaptação razoável e uma bomba/pérola. Não sou fã dos games, me sobra analisar o filme em si. Alguns aspectos ficam difíceis de engolir, por exemplo, o filme foca demais no presente e o passado que aparentemente parece ser mais importante fica sem história, a construção do personagem do Fassbender é ruim, o final é muito apressado e consequentemente acaba sendo ruim e não mostram nada sobre o poder da maçã, fato que poderia engrandecer o filme. Em contra partida, as cenas de ação são boas, lutas bem coreografadas, o parkour é bem utilizado e apesar de inúmeros diálogos fracos, o roteiro é coeso. Fico no aguardo de uma sequencia melhor trabalhada, a franquia tem potencial. Espero também que Fassbender se mantenha no elenco, este é um fator que ajuda e muito a obra.
Truque de Mestre: O 2º Ato
3.5 941 Assista AgoraDiverte, mas não consegue superar o anterior. "Truque de Mestre: O 2º Ato" parece ter sido feito as pressas, os personagens perdem espaço para uma história forçada e para shows de mágica, este sim, feito com muita qualidade. Quem ganha espaço é o genial Woody Harrelson, mas também com uma forçada monstra, um irmão gêmeo vilão, desnecessário.
É isso, um roteiro bagunçado com personagens que não evoluíram e um plot twist que, assim como as mágicas, querem te iludir, fazer você acreditar que a história é fantástica. Entretanto, como já dito, diverte.
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Sete Homens e Um Destino
3.6 575 Assista AgoraElenco recheado e muito bem entrosado, personagens carismáticos e muita ação. Não assisti a versão anterior, então não farei comparações. Posso dizer que essa versão convence e o filme esta de tirar o fôlego, faroeste dos bons.
O diretor Fuqua da espaço para todos os personagens, cada um com suas particularidades tomam conta da cena quando acionados, foi feliz em não inventar um romance desnecessário na trama e trouxe um ar contemporâneo para a gravação sem perder a essência do velho oeste.
Difícil não agradar. Recomendo!
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Star Trek: Sem Fronteiras
3.8 566 Assista AgoraA franquia fechou de forma razoável, todos os filmes cumprem suas propostas. Pra mim, faltou um pouco mais de ousadia, uma produção que investisse mais na complexidade, na relação dos personagens, etc. Ao invés disso permaneceram no modelo de roteiro pobre, vilão com motivação rasa, ações dos personagens principais inocentes, etc.
O ponto forte fica com a trila sonora e o timing cômico, o ponto negativo é que Star Trek se transformou num blackbuster esquecível, nenhum dos três foi marcante.
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Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraÉ impressionante como a DC tem a "faca e o queijo na mão" e não consegue acertar o ponto das suas produções, chegou perto num filme solo anos depois, mas ainda assim abaixo do esperado.
"Esquadrão Suicida" vale pela trilha sonora e por alguns personagens, que até são bem construídos e aprofundados, mas que são jogados numa história bem fraca, de roteiro pobre. Acaba sendo um "pipocão" sem compromisso, dependendo do seu estado de espírito vai agradar, vai te arrancar bons risos, mas ficará "apenas" na média, o que é péssimo pra uma obra que tinha tudo pra alavancar a franquia.
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Sete Minutos Depois da Meia-Noite
4.1 992 Assista AgoraQue filme sensacional. "Sete Minutos Depois da Meia-Noite" é pura sensibilidade. O roteiro investe na fantasia para elucidar o sofrimento do protagonista, este interpretado de forma brilhante pelo garoto Lewis MacDougall, que sofre bullying e ainda tem a mãe vítima de câncer.
A obra usa a metáfora da fuga da realidade, onde Conor conversa com uma árvore (na voz de Liam Neeson), para trazer uma história de conflitos internos perante um luto iminente.
Diálogos incríveis, reflexões e maturidade precoce são coisas que você encontrará aqui. Prepare o lenço, vai precisar.
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A Forma da Água
3.9 2,7KAtrasado, mas finalmente Del Toro recebe o Oscar de melhor diretor do ano. Confesso que não era o meu preferido da lista, mas o prêmio ficou em boas mãos, "A Forma da Água" consegue juntar todos os elementos do cinema em uma única obra. Temos atuações excelentes, dignas das indicações que receberam, temos uma trila sonora sensacional, com direito a Carmen Miranda, temos muita magia e "faz de conta" numa história bem construída, ainda que com falhas de roteiro e pitadas de mistério, que aos poucos vão ganhando sentido com as "dicas" de Del Toro. Enfim, podemos dizer que entre guerra, vingança, violência gratuita, descoberta, prevaleceu o amor no escolhido de 2018.
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Pantera Negra
4.2 2,3K Assista AgoraGostei bastante! Achei que ficou acima da média, principalmente comparado a alguns filmes solos de outros heróis da Marvel. Não dou destaque pra nenhum ator, achei que nenhum deles foi muito exigido, Forest Whitaker e Lupita Nyong'o foram coadjuvantes de luxo.
Achei importante a parte da representatividade do filme, o cartaz esta simplesmente espetacular, mulheres sendo mostradas sem esteriótipos, sem apelação para sexualidade. Trilha sonora compatível com o local onde o filme se passa, exaltando a cultura local. E o melhor, um vilão digno, bem construído, o que vinha sendo uma falha nos filmes anteriores da Marvel.
Pantera Negra deixa sua marca na saga e pelos trailers já divulgados, terá grande participação em Guerra Infinita também, assim espero. A expectativa para o gran filane só aumenta.
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Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraBom (suspiro), vamos lá! O filme é lindo, poético, de uma sensibilidade ímpar, tem takes (como aquele último, dentre outros) espetaculares, fotografia e trilha sonora impecáveis, mas (por favor, não me difamem, haters...rs), 130 minutos? Deixou a história sonolenta e o que era importante ofuscado em alguns momentos, o romance, a descoberta. Não precisava de tudo isso. E sim, eu me sensibilizei completamente pelo roteiro, é belo, é real, é a vida.
Quanto as indicações, por partes, a de melhor filme, cabe estar entre a lista, primeiro pela quantidade de filmes, segundo, pela qualidade dos filmes que estão na lista. A indicação do Timothee é justa, entretanto (e isso não é nenhum demérito), não vencerá o Gary Oldman, o garoto é promissor, tem talento, expressão corporal digna.
Traçando um paralelo e fazendo uma comparação com "Azul é a Cor Mais Quente", achei que os atores não foram muito exigidos, lá as meninas se entregaram pra valer, foram expostas, foi pesado. E não, não tem nada a ver com ter tido cena de sexo ou lá o casal ser mulher e aqui ser homem (antes de ser acusado de algo). Armie Hammer tem 36 anos e estava interpretando um cara de 24, é isso mesmo? São alguns fatores que pesam.
Eu não podia finalizar sem falar da cena que, pra mim, foi or concur, o monólogo do pai, do momento em que ele começa a falar até a última palavra que sai da sua boca, gente, o que foi aquilo. Tenho absoluta certeza que não verei algo igual tão cedo no cinema, foi o que fez valer tudo, até os cansativos 130 minutos. Confesso, eu pausei, sorri, aplaudi mentalmente e dei play novamente. Enfim, é isso.
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Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraFérias! Por que não levar meu filho de 3 anos no cinema assistir um desenho de boa? PQP! Que baita rasteira eu tomei! Que animação espetacular, não sei explicar, mas pouquíssimas vezes senti essa sensação numa sala de cinema. Que presente nesse início de ano, que presente. Momento totalmente pertinente pra reflexão, sobre estar presente, sobre valores. Roteiro amarradinho, cenas memoráveis, músicas lindíssimas, personagens cativante, história riquíssima em cultura. A Pixar faz qualquer coração peludo chorar, impressionante. Se existe um jeito melhor de abordar a morte para crianças, eu queria muito saber. Tudo é muito colorido, é atrativo, é divertido, é perfeito. Já havia achado "Festa no Céu" genial, mas lá as abordagens eram outras, foram felizes, mas aqui, meu Deus, que tato, que sensibilidade absurda. Se tenho duas certezas no momento é que eu assistirei esse filme novamente e que o Oscar de animação esta garantido. Corram assistir e não esqueçam da água para hidratação durante a sessão, será necessário, assim como essa sensacional animação.
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Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraConfesso que queria ter gostado mais, visualmente é impecável, algumas cenas são sensacionais, atuações dignas, elenco bem talentoso, mas a desconstrução de tudo que foi construído no episódio VII me incomodou bastante. É claro que sempre fica a expectativa que tudo será explicado e que no episódio IX tudo terá um sentido, mas num primeiro momento é bem "broxante". Entendo que chega um momento em que é preciso romper os laços com os personagens antigos, mas pra isso é imprescindível que a construção dos novos sejam muito bem conduzidas. Não se coloca um "vilão fodão", você desenvolve ele, você cria um fator chave, etc.
Star Wars VIII tem mais pontos positivos do que negativos, mas penso que esses pontos negativos não poderiam existir nessa transição de um episódio inicial para um de desfecho, acredito que muitas oportunidades foram perdidas.
A sensação é que, dos feitos recentemente, Rougue One ainda é o melhor desse universo. A expectativa para o próximo filme é enorme, a tarefa desse diretor não será fácil, o filme terá que ser, no mínimo, épico. No aguardo...
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraPura diversão! "Thor: Ragnarok" descamba (positivamente) pro lado cômico. Em seus filmes anteriores conseguíamos ver um equilíbrio entre comédia e drama, neste o drama inexiste, os diálogos são esfacelados e substituídos por frases de efeito e cenários mega coloridos com seus personagens peculiares. O fato é que essa mudança fez com que essa terceira edição fosse a melhor obra solo do Thor, é claro que os coadjuvantes ajudam, Hulk esta hilário e super carismático, Loki já é um agregado da turma e Hela (interpretada pela brilhante Cate Blanchett), que, em se tratando de vilões Marvel, da um show, bem digna, aliás, os melhores vilões até agora vem do universo Thor, Loki e Hela.
Thor finalmente é protagonista de seu filme, esta maduro, engraçado e a história gira em torno dele. As cenas de lutas são bem bacanas e os efeitos visuais estão dentro do padrão esperado. Ah, temos também a segunda melhor aparição do Stan Lee, genial, só perde pro carteiro procurando "Tony Esterco" em "Guerra Civil"...rs.
Marvel já decidiu o seu tom para os filmes, a saga esta se afunilando, não será agora, depois de 15 filmes (salvo engano) que eles mudarão o estilo, se você não curte o modelo adotado deveria ter parado lá no início, assistir pra cornetar depois é dureza, poupe tempo e energia. Sim, o filme é divertido e muito engraçado, você irá rir, independentemente do seu estado de espírito no dia.
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Bingo - O Rei das Manhãs
4.1 1,1K Assista AgoraCoincidência ou não, temos dois palhaços dividindo as sessões de cinema no país, porém, o assustador palhaço americano bate forte no palhaço nacional no quesito bilheteria, mas para por ai, pois perde em todo o restante, produção, roteiro adaptado, atuação, parte técnica e ouso a dizer, indicações. Infelizmente a "síndrome de vira lata" impede que a grande massa aprecie essa obra frenética, azar o deles, estão perdendo uma grande oportunidade de assistir um filme nacional de qualidade, em partes não os culpo, nossas últimas produções deixam muito a desejar, na verdade são bem porcas a maioria delas, mas quando você vê "Malasartes" e/ou "O Filme da Minha Vida", ambos bons, ainda que inferiores a "Bingo", você se sente orgulhoso e sai da sala de cinema com a sensação que o cinema nacional respira.
Vladimir Brichta mata a pau, encara o personagem de forma arrebatadora, atuou com maestria, provavelmente seu melhor trabalho na vida. Leandra Leal, pra mim, melhor atriz brasileira, esta impecável e acompanha o ritmo o tempo todo, há muito aprecio o seu trabalho, penso que ela pode interpretar qualquer papel nessa vida, é muito versátil e talentosa.
O diretor Daniel Rezende foi muito feliz, explorou uma época pouquíssima explorada, o que é uma pena, os anos 80 é recheado de ícones e celebridades interessantes, e nos presenteou com um ótimo longa, esse rapaz vai longe. É engraçado ver que o politicamente correto não tinha vez nos anos 80, se é certo ou errado é uma outra discussão, o fato é que como o Bozo disse: "O Brasil não é para iniciantes".
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Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 969 Assista AgoraImpressionante e assustador o desfecho dessa trilogia. Li que algumas pessoas se sentiram enganadas pelo trailer, posters, etc. Impossível você não enxergar uma guerra diante do que foi apresentado. Temos um enredo profundo e muito bem ambientado, diálogos de reflexões eternas, muita filosofia e um final sem pontas soltas, tudo muito bem encaixado, desde o seu primeiro capítulo com James Franco em 2011.
A parte técnica esta impecável, trilha sonora marcante, efeitos visuais e sonoros perfeitos. Andy Serkis brilhante e merecedor de, no mínimo, uma indicação da Academia. Woody Harrelson, de quem sou muito fã, faz um vilão espetacular, tem sua contribuição pra essa franquia ser acima da média. Temos também um alívio cômico de uma genialidade ímpar, não vou estragar a surpresa.
Fiquei contente com o rumo que a saga tomou, foi uma importante decisão dos roteiristas seguir por esse caminho, talvez não agrade a todos, mas foi de grande expertise. Chegamos ao fim da trilogia de Cesar, o líder dos macacos citado no filme de 2001 (Planeta dos Macacos, por Tim Burton) e depois de três obras, saímos do cinema com a certeza que a humanidade é uma praga e que seu antídoto, vulgo esperança, esta em pequenas sementes plantadas no novo.
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Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 969 Assista AgoraNo anterior tivemos Cesar x Koba, dessa vez os soldados do Coronel x os soldados do Norte. A humanidade esta fadada ao fracasso, somos uma praga.
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
3.8 1,9K Assista AgoraMais uma boa sacada da Marvel, "Homem-Aranha: De volta ao Lar" não se preocupa em retratar a vida do jovem Peter desde o começo, seria massante, já tivemos dois arcos anteriores fazendo isso, simplesmente pegaram sua participação em "Guerra Civil" e partiram dali. Também não focaram em cenas de ação, porrada e etc, preferiram dar ênfase na vida pessoal de Peter, seus dilemas e seus problemas naturais de adolescente nerd, aliás, Tom Holland caiu como luva pro papel, acredito que seja o Spider-Man que todos queriam ver. Jacob Batalon, seu amigo Ned, rouba a cena em vários momentos, um alívio cômico na medida, sem exageros.
Com relação a vilões, aspecto que vem chamando atenção nos filmes da Marvel de forma negativa, aqui temos Michael Keaton, o Abutre, que surpreende e mostra para a franquia que não é necessário muito para se ter um bom vilão, nada de super poderes, destruição do planeta e etc, apenas um personagem bem construído e com motivos plausíveis.
O filme diverte, fica acima da média com relação a filmes de herói e insere de vez o Homem-Aranha no universo Vingadores. Não queria, mas a expectativa no que esta por vir é enorme, espero não "cair do cavalo".
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Despedida em Grande Estilo
3.5 227 Assista AgoraNão conheci o "original" de 1979, mas creio que esse remake não tenha deixado nada a desejar. Comédia família com piadas leves e engraçadas, o "timing cômico" do trio ajuda bastante, cenas bem divertidas sem apelar pro pastelão.
Alan Arkin, Michael Caine e Morgan Freeman estão afinados, a história é crível, ainda que o drama e a crítica social sejam tristes, o roteiro não deixa caminhar para o "piegas", mantém o foco na aventura e nos diálogos interessantes.
Inevitavelmente te fará rir, dependendo do seu humor, até gargalhar, mas independentemente disso, é um filme que merece ser assistido, vai deixar seu dia melhor.
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O Círculo
2.6 587 Assista Agora"O Círculo" é daqueles filmes com uma premissa muito boa, mas que falha completamente no seu desenvolvimento. Fica a impressão que o filme é apenas um meio para o tema ser inserido pra debate quando na verdade teria que ser o contrário. Roteiro falho, personagens rasos, protagonista sem carisma (nada contra Emma e sim sua personagem), Tom Hanks no "piloto automático". Enfim, tudo mal conduzido, a obra te leva do nada pra lugar nenhum. Se assistir sozinho, como eu, nem com quem conversar sobre a proposta você terá. Uma pena, tinha potencial.
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Carros 3
3.6 316 Assista AgoraEspetacular! Conheci a franquia "Carros" somente em 2016, graças ao meu filho (hoje com 2 anos e meio). Já assisti "Carros" e Carros 2" dezenas de vezes, acho o primeiro filme da franquia bem bacana, tem um roteiro legal, mostra o lado solitário de um astro, tem um drama que te pega, trás personagens coadjuvantes engraçados e que acrescentam bastante história a obra. Diante do sucesso do seu melhor amigo, o guincho Tow Mater, o estúdio se sentiu na necessidade de fazer um filme mais voltado pra ele, e assim foi, "Carros 2" foge um pouco do universo do seu anterior para focar em Mater, o protagonista McQueen fica em segundo plano. Entretanto, a resposta do público não foi positiva e só então perceberam que o sucesso da franquia se deve ao McQueen e que seus coadjuvantes não podem "atropelar" o astro.
Chegamos em "Carros 3", a Pixar não só corrigiu seu erro como fez algo grandioso, pra mim, o melhor filme da franquia até o momento. Foram cirúrgicos, McQueen volta a ser o protagonista e o roteiro trás o dilema do fim da carreira de um profissional esportivo. O segundo filme da franquia nem é lembrado, aliás, se você pular do primeiro para o terceiro nunca saberá que existiu um segundo. O filme trás uma carga nostálgica bem grande, o drama não sobrepõe as partes engraçadas, o que é importante para as crianças. E para os adultos ligados em esportes, tem Rômulo Mendonça (aqui não, queridinha) e um Silvio Luiz (pelas barbas do profeta) na dublagem da animação.
Confesso que fiquei impressionado com o visual, com a quantidade de detalhes, as cores, tudo feito com altíssima qualidade. A personagem Cruz vem pra somar e junto com ela a mensagem que faz o filme subir de patamar e se sobrepor aos anteriores da franquia. Pixar/Disney, mais uma vez, mostra que esta evoluindo com a sociedade, e aborda o empoderamento da mulher de maneira sútil e eficaz pra uma geração que esta começando a formar seus conceitos de valores.
Ah, só pra não passar batido. Que curta metragem mais fofo o que antecedeu o filme, "Lou" vai deixar seu coração amolecido antes mesmo do longa começar. s2
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Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar
3.3 1,1K Assista Agora"Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar" é melhor que o anterior (precisaria se esforçar muito pra ser pior), mas ainda não consegue atingir o patamar da trilogia. Desde a saída de Will Turner e Elizabeth Swann, Jack Sparrow esta tendo que segurar o protagonismo sozinho e isso faz com que o repertório de foco caia um pouco. Tentaram retomar a receita da trilogia com Henry e Carina, mas ainda é muito cedo para o público simpatizar com os novatos. Barbossa engrandece o filme sempre que aparece, ele acrescenta muito a obra, a tripulação segue fazendo seu papel e temos um vilão digno, nada mais nada menos que Javier Bardem, Javier sabe interpretar um vilão como poucos, ainda que o roteiro não soube explorar mais sua história, ele deu conta do recado.
A clássica trilha sonora esta de volta (virou toque do meu celular), a montagem esta muito boa, a receita é a mesma, furos no roteiro ainda prevalecem e diante de tudo isso, uma cena pós crédito e a aparição de Orlando Bloom e Keira Knightley ao som de One Day (cena maravilhosa), me faz criar uma expectativa enorme. Podemos ter uma sequência de nível excelente, eu acredito.
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Guardiões da Galáxia Vol. 2
4.0 1,7K Assista AgoraGuardiões da Galáxia Vol. 2...vamos lá. Fica inevitável você fazer comparações com seu antecessor quando temos uma sequência desse nível. Não temos mais o fator surpresa, já conhecemos todos os personagens e quando isso acontece é hora de aprofundarmos para torná-los sólidos, James Gunn é muito feliz nisso, mesmo com vários personagens em ação, todos são explorados e têm seus devidos valores dentro da trama. O roteiro gira em torno do drama de Quill, talvez essa seja a grande falha, perde-se um tempo razoável da história para desenrolá-lo e apesar da exploração dos personagens, da expansão das galáxias, dos efeitos especiais, do colorido desse universo, a Marvel segue repetindo a mesma falha de todos os seus filmes anteriores, o vilão. Tivemos mais um filme que estourou nas bilheterias da poderosa Marvel e historicamente temos muito pouco no quesito vilão. É impossível culpar Kurt Russell por isso, ele até tenta, mas o personagem tem muito pouco a oferecer. Ainda tenho esperança que a Marvel há de arrumar isso, o tempo esta acabando, Thanos logo logo esta ai.
Fica aqui um parágrafo a parte para Youndu, Rocket, Drax e Baby Groot, como eles somam, impressionante. Neles está concentrado quase toda a parte cômica do filme, não consigo lembrar de um personagem tão "fofis" quanto o Baby Groot e mesmo com tantas piadas girando em torno de seus respectivos diálogos, nada me faz rir mais do que ouvir "Taserface" (rs).
A trilha sonora, que é uma marca registrada da franquia, se manteve em auto nível, acrescentaram George Harrison, Fleetwood Mac, Cat Stevens, dentre outros, não tem do que reclamar, são perfeitamente encaixadas nas cenas.
Enfim...pra mim não deixou nada a desejar, valeu o preço da pipoca, o balde e o copo personalizado. No geral fica ligeiramente abaixo do primeiro, o que faz faz com que minhas expectativas aumentem ainda mais.
Stallone? Seja bem vindo!
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A Bela e a Fera
3.9 1,6K Assista AgoraMágico! "A Bela e a Fera" esta estraçalhando nas bilheterias de todo o mundo e o motivo é simples, o ser humano é saudosista por si só e ir ao cinema assistir uma "live-action" de um clássico da Disney, faz esse sentimento despertar de uma maneira incontrolável, você sabe o que vai assistir, sabe o que vai acontecer, conhece as músicas, mas mesmo assim quer estar lá, quer marcar presença na sala de cinema, melhor, quer levar uma nova geração (levei meu filho de dois anos e ele se comportou de tal forma que nem eu acreditei) para o cinema para que eles sintam a mesma sensação que você sentiu quando assistiu a primeira vez. É brilhante!
Duas coisas sensacionais, as cenas sobre a Fera e sobre a mãe da Bela, acrescentando mensagens importantes a obra. E a maestria na escolha dos personagens, mesclando raças e gêneros, foi de um tato ímpar, alguém que sabe o contexto em que vivemos hoje. Falando em personagens, vou me ater a falar apenas da Bela, Emma Watson foi brilhante, incrível como ela dominou as telonas. Havia me esquecido como desde cedo a Disney tem o dom de empoderar as mulheres, é de se aplaudir em pé.
Só sei que sai assoviando a canção da sala de cinema ontem e passei o dia todo cantarolando hoje (rs). Que venham os próximos, estarei no aguardo e com muita expectativa.
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Logan
4.3 2,6K Assista AgoraSim, sim, sim, Logan pode, e de forma visceral, entrar pra categoria "filmão da porra". O filme entrega tudo que promete, surpreende, emociona e deixa você com gostinho de quero mais.
Hugh Jackman atua com maestria, carrega o peso e a tristeza de um Wolverine cansado, um personagem forte com uma bagagem de carga emocional imensurável. Não bastasse isso, ainda é o alívio cômico do longa. Dafne Keen é um achado e tanto, a guria faz você se arrepiar logo nas primeiras cenas de ação, a X-23 acompanha Hugh Jackman em genialidade e o Wolverine no quesito massacre. Patrick Stewart da o tom de nostalgia e quando acionado faz você ficar sem ar, uma sensação única. Muito bom mesmo!
O roteiro é muito feliz, soube usar da violência (obrigado, Deadpool!), mas contou uma história bem madura e sombria. Enfim, Logan teve um fim digno, aprendemos a admirar um herói, nos despedimos de uma figura que ficará marcada por muitos anos em nossas cabeças.
Descanse, Logan! Você merece...
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La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista Agora"La La Land"...vamos lá! Entrei na sessão de cinema ressabiado e com uma palavra na cabeça, "superestimado". Pois bem, a sessão se inicia e parece que o belíssimo trailer de "Lion - Uma Jornada para Casa" já da o recado pro seu coração se preparar (rs). O filme inicia de forma contagiante, a primeira das estações, o colorido, o som envolvente e sem muitas delongas, o casal protagonista.
Emma Stone, dona do filme, esta deslumbrante, incorpora a personagem de uma menina sonhadora e encanta a todos em cada tomada da câmera. E Ryan Gosling (se antes eu já cantava a bola que era o novo queridinho da América, imaginem agora), um sonhador e apaixonado pelo jazz, formam um casal que exala carisma. É o encontro de duas pessoas que precisam do acolhimento de uma época que parece não compreender as belezas artísticas de cada um. Ambos estão maravilhosos e merecem suas indicações, ganhando ou não.
Com relação as músicas, perfeito. Assim como toda parte técnica do filme, não a toa as 14 indicações. Mas foquemos nas músicas, não esperava menos do Chazelle (espetacular em Whiplash), a forma como ele trouxe o jazz para as cenas, numa mistura de saudosismo com modernidade, foi espetacular. É você assistindo ao filme sentado na sua poltrona e os pezinhos batendo no chão acompanhando o ritmo.
O roteiro, pra mim, é o segredo do sucesso. Uma história sobre sonhos que tinha tudo pra caminhar pro clichê, mas prefere nos dar uma surra de realidade com diálogos que não vemos ou temos todos os dias. As cenas de música e dança, que geralmente vem pra preencher o vazio no roteiro em musicais, aqui é diferente, serve pra completar e unificar a obra, cada uma delas cabem dentro do contexto das cenas. Sem contar as inúmeras referências de cinema de uma Hollywood nos seus tempos áureos e dos clássicos do jazz.
Seguir sonhos, as vezes, é assim. Seguir a vida, deixar pessoas durante a jornada, faz parte. Isso não quer dizer que o amor não existiu, não foi real e acabou. Fica claro isso na cena final descrita no roteiro original do filme:
"E, de maneira tão sutil, por apenas um segundo fugaz, Mia sorri. É o tipo de sorriso que você pode perder se você piscou, mas é suficiente para sinalizar a Sebastian que ela reconheceu o que ele tocava, e que ela ainda se lembra, e ainda pensa nisso até hoje..."
Sério, é preciso se esforçar bastante pra ser "hater" desse filme. Filmes ganhadores de Oscar como "O Artista" e "O Discurso do Rei" caíram no esquecimento, temo que aconteça o mesmo com "La La Land", não se depender de mim. Peguei a palavra superestimado, joguei no lixo junto ao meu balde de pipoca e sai da sessão dançando.
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Assassin's Creed
2.9 948 Assista AgoraAssassin's Creed caminha numa linha tênue entre uma adaptação razoável e uma bomba/pérola. Não sou fã dos games, me sobra analisar o filme em si. Alguns aspectos ficam difíceis de engolir, por exemplo, o filme foca demais no presente e o passado que aparentemente parece ser mais importante fica sem história, a construção do personagem do Fassbender é ruim, o final é muito apressado e consequentemente acaba sendo ruim e não mostram nada sobre o poder da maçã, fato que poderia engrandecer o filme. Em contra partida, as cenas de ação são boas, lutas bem coreografadas, o parkour é bem utilizado e apesar de inúmeros diálogos fracos, o roteiro é coeso.
Fico no aguardo de uma sequencia melhor trabalhada, a franquia tem potencial. Espero também que Fassbender se mantenha no elenco, este é um fator que ajuda e muito a obra.
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