Acho que a série se beneficiaria se tivesse um episódio a menos porque do meio pro fim ela perde consideravelmente o ritmo. E acho que a narração e o recurso do corte seco dramático em tela preta são usados exageradamente. O primeiro caso acaba com qualquer sutileza que seria bem-vinda. Já o segundo caso nos últimos episódios já tava me irritando e me tirando da série, se a intenção era causar impacto a série falha terrivelmente porque se tudo é impactante nada é impactante. Mas dito tudo isso
acho admirável como o autor, protagonista e vítima da história escolhe ir pelo caminho menos obvio e decide não condenar e olhar para seu abusador e principalmente para Matha com complexidade e humanidade. Mas admirável ainda é ele ter tomado a decisão de reviver toda a sua dor e sentir literalmente na pele de novo pela razão mais nobre e mais bonita de todas: em nome da arte.
Acho que eu nunca tinha visto isso antes, alguém escrever e reencenar suas próprias feridas. Me parece algo sem precedentes na história do cinema e do audiovisual de modo geral.
Acho a sequência inicial criativa e bem executada embora não tenha nenhuma originalidade. E acho Ingrid e Tatá carismáticas, com bom timing e uma boa química entre elas. De resto é um filme genêrico ao extremo sem nada de novo pra dizer. Você já viu 50 filmes iguais.
Muito bom rever depois de um tempo. As performances do Murilo Benício, da Luciana Paes e do Irandhir Santos continuam sendo as coisas mais marcantes do filme exatamente como eu lembrava.
Amo quando o terror flerta com a melancolia como também aconteceu na refilmagem americana de O Chamado, baseado na obra do mesmo autor. E talvez se esse filme tenha um defeito seja exatamente esse, porque aqui foi até demais, com um foco exagerado no drama, e o terror e sobrenatural deixados pra segundo plano dedicando poucos minutos do filme a isso. Mas eu amo, é a personalidade desse filme, é o jeitinho dele, sendo uma terceira encarnação da história ele ainda consegue ter sua identidade própria e ser completamente original ao fincar na vida, nos traumas e na realidade. Quero agradecer muito a existência de Koji Suzuki e Hideo Nakata e o fato de estar vivo no mesmo período de tempo que eles! E também sou grato por existirem cineastas como Gore Verbinski e Walter Salles que conseguem tornar bonito, único e interessante o infeliz processo de americanização dos filmes.
Filme de vampiro genérico e clichê. Os únicos sentimentos que me provocou foram tédio e sono. Não vou marcar a primeira frase como spoiler pra servir de alerta mesmo.
Tenta surfar no hype do terror oriental exaltado por remakes como O Chamado e O Grito, mas não chega aos pés nem da maestria absoluta do primeiro, nem da identidade visual marcante do segundo. E ainda inspirado por O Grito o filme toma a estranha decisão de ambientar sua história no Japão, coisa que lá fazia sentido (por ser uma história oriunda do Japão) e aqui faz zero e ainda é desrespeitoso porque o filme que originou é tailandês. E como Japão e Tailandia são países com culturas tão parecidas entre si quanto a Argentina e a Angola, só consigo imaginar que a decisão era pra surfar num hype pré-existente mesmo. Em resumo, uma ofensa ao filme original, que é um marco na história do cinema de horror. E o fato de eu ter esquecido de marcar aqui e ter lembrado quase uma semana depois de ter assistido diz muito sobre o filme.
É uma animação e roteiro dignos de um especial de TV ou uma produção de baixo orçamento, tudo grita "baixo orçamento", nem o elenco de voz eles trouxeram de volta. A única coisa boa é que eu gostei muito de estar de volta ao universo de Megamente, eu adoro o filme original, uma pena que eles acharam válido fazer essa continuação com pouco orçamento, sem nenhum capricho e sem lançamento no cinema.
Um ano depois e só agora tô eu aqui assistindo pela primeira vez. É muito divertido, muito fofo e muito empolgante. Mas é preciso ter o discernimento de separar o que o filme consegue fazer por si próprio e é um mérito, e o que é mérito das referências, do fator nostálgico e do pré conhecimento do público. E se você fizer essa separação não sobra muita coisa nova ou original. Ainda assim o filme funciona bem dentro do gênero com todos os seus clichês. E ainda assim também é muito superior a tudo que a Pixar e a Disney Animation produziram no mesmo ano (vamos combinar também que não foi um feito muito difícil de superar). Eu definitivamente entendi todo o apelo que teve com o público.
Amei! Fiquei preso desde os primeiros minutos, não senti um segundo passar. Me lembrou Depois de Horas do Scorsese que eu amo muito também. É exatamente o tipo de filme que eu gosto. E talvez esse seja o filme do Kubrick que eu mais amei. Não tô dizendo que é o melhor dele porque aí não dá, o pareo é duro, mas talvez seja realmente a experiência que eu mais amei na obra dele. Olha que ousado dizer isso! Em uma filmografia maravilhosa de um dos diretores mais geniais, engenhosos e um dos melhores da história do cinema dizer que o maior dono do meu amor é justamente o último, o polêmico, o que dividiu opiniões? Eu sei... mas é o meu sentimento, se daqui um ano ou se amanhã eu vou mudar de ideia eu não sei, isso é o que eu sinto agora. Se saiu exatamente 100% do jeito que o Kubrick queria também jamais saberemos. Mas o que importa pra mim é que eu amei do jeitinho que é e eu não mudaria nenhum detalhezinho sequer. Só não me entendam mal, meu amor e apreço por todos os outros filmes do Kubrick não diminuíram em detrimento desse. Eu não sou maluco!
A premissa é boa mas falta mais inventividade e criatividade. Reconheço que eles até tentaram, criando uma animação que é um híbrido de animação por computador com animação clássica pra remeter aos clássicos filmes da Disney mas o resultado tá muito mais proximo do primeiro estilo inventado pela Pixar e já batido do que do segundo, não consegue inovar, encantar, nem encher os olhos. Muito distante de filmes que se propuseram ao mesmo como Homem Aranha no Aranhaverso, Klaus e Gato de Botas 2. As músicas são fraquíssimas e genéricas nível sequencias da Disney de baixo orçamento lançadas diretamente pra home video. Um filme musical que sustenta grande parte do seu arco narrativo em músicas precisa que elas sejam fortes, poderosas e contagiantes e não enfadonhas fazendo você revirar os olhos.
Uma coisa legal é que o filme é declaradamente uma auto-homenagem aos 100 anos da Disney então tem trezentas referências e easter eggs pra você ficar notando e se sentir feliz consigo mesmo. Mas isso obviamente não pode ser considerado um mérito do filme pois enquanto deveria estar construindo coisas novas e originais ele tá se escorando nas histórias do passado e na nostalgia com a justificativa de que tá fazendo uma homenagem. O próprio vilão foi trabalhado pra ser suficientemente aterrorizante com uma composição de verde limão remetendo aos clássicos vilões do estúdio, mas ele acaba empalidecendo diante deles.
Em resumo é bem mediano. Recomendo assistir os créditos finais inteiros não pela cena pós créditos minúscula e sem propósito, mas pela inserção de personagens representando cada um dos filmes da Disney em ordem cronológica (com exceção das continuações). Isso sim foi uma ideia bem sacada que me empolgou bastante, ou seja, eu tô literalmente concluindo que a melhor parte pra mim foi quando acabou. Acho que essa afirmação é a representação mais fiel desse filme.
É como se fossem dois filmes distintos mas unidos em uma história completa e um arco bem definido. Os dois sendo incrivelmente foda. Especialmente o primeiro que é a parte mais marcante e inesquecível do filme pra mim, o que não tira em nada o mérito da igualmente incrível segunda parte. Tem muito menos subtexto anti-guerra do que o Kubrick tinha colocado em Dr. Strangelove mas o subtexto está presente mesmo que de forma um pouco mais sutil.
Enquanto assistia o filme eu tava ciente de que atribuiria uma nota um pouco mais baixa porque até então esse tava sendo o filme do Tarkovski que menos tava me tocando mesmo entendendo o conceito e a genialidade e adorando a fotografia e os aspectos visuais.
Mas aí chegou o final e perceber que não eram apenas fragmentos de uma vida apresentados aleatoriamente mas um vislumbre de uma vida inteira sob o leito de morte mudou tudo pra mim, aquele famoso "a sua vida passando pelos seus olhos". Por isso acho essa sinopse descritiva demais e fico feliz de não tê-la lido antes de ver o filme. Adoro a ideia de ser o mesmo ator pro protagonista e pro filho dele, a mesma atriz pra mãe e pra esposa e o simbolismo que tem isso. E até o que eu não entendo eu gosto muito, porque arte é isso, não é sobre entender tudo.
Diante disso eu não tive a menor condição de vim aqui e dar qualquer nota menor que 5. Três filmes do Tarkovski assistidos e três obras de arte de altíssimo nível descobertas. 100% de aproveitamento.
Muito foda, um clássico, mas comparado a todas as outras obras-primas impecáveis do Kubrick esse se empalidece um pouco. Não é porque o filme é ruim, longe disso, é porque os outros tão em níveis estratosfericos de qualidade.
Entrou pro meu top 5 filmes de guerra, uma das obras definitivas sobre essa temática. Uma sátira inteligente e espirituosa. E o fato de ter sido feito pelo Kubrick, dono de uma filmografia composta por obras majoritariamente sérias e densas, só prova o quão eclético e engenhoso ele era. Um dos maiores do cinema, se não o maior.
Só assistindo pela segunda vez eu pude notar a semelhança obvia com A Pequena Sereia de Hans Christian Andersen. Pesquisando descobri que foi uma das inspirações do Miyazaki, o que me fez apreciar ainda mais o filme por perceber como o Miyazaki consegue fazer uma adaptação tão inventiva, tão original e tão própria a tal ponto de torná-la completamente distinguível da obra de origem fazendo esse detalhe passar despercebido por pessoas como eu. Enfim, é um amor, é uma fofura, é feito da mesma matéria que Meu Vizinho Totoro.
O único probleminha pra mim é o romance subliminar que é uma coisa muito comum no cinema do Miyazaki e do Studio Ghibli mas que nesse filme especificamente, aos meus olhos, assume um caráter problemático pela idade dos personagens. Mas é um pequeno defeitinho em um oceano de qualidades (com o perdão do trocadilho). E pro Miyazaki eu passo pano com maior orgulho.
Absolutamente brilhante e tragicamente cômico. Já tinha conhecido o trabalho desse diretor pelo igualmente maravilhoso Dream Scenario, o que fez esse filme cair no meu radar, agora tô ansioso para seus futuros filmes. Sem querer eu acabei escolhendo um filme super adequado pra assistir no 1º de Abril.
Eu nunca conseguia engrenar e passar dos primeiros episódios, foi preciso a Netflix criar todo o hype pra adaptação deles pra eu embarcar de verdade no original. É sempre muito interessante quando um desenho "bobo" e infantil ousa ser muito mais ambicioso, complexo, maduro e fantástico do que tinha direito e do que os desenhos costumam ser. Eu já vi acontecer no Cartoon Network, no Disney Channel, mas justiça seja feita, a Nickelodeon já tinha realizado esse feito bem antes, eu só não o conhecia a fundo. E conhecendo agora eu posso dizer que é um trabalho muito superior aos dos seus concorrentes sem nenhuma dúvida, e isso levando em conta apenas a primeira temporada. É uma das obras mais bem sucedidas que eu já pude prestigiar em termos de construção de mundo, de coesão narrativa, de desenvolvimento de trama e personagens e de temática, subtextos e camadas. Tem muita coisa aqui. Nada contra os desenhos "bobos" e despretensiosos mas ao ver um desenho ir muito além disso de forma absolutamente magistral a gente não pode deixar de reconhecer o mérito.
Se gostar desse filme é um erro eu não quero estar certo. É o tipo de coisa que eu gosto. E acho que o filme consegue manter o clima de estranheza e a atmosfera de tensão a maior parte do tempo. Se é pra eu me sentir "guilty", que esse seja um "guilty pleasure".
Um espetáculo de cgi ruim e ideias boas completamente desperdiçadas num filme de duração excessivamente longa que não condiz com o conteúdo que entrega. Esse filme seria muito melhor com uma hora e meia.
O Batman Eternamente apesar de tudo e contra todas as probabilidades eu gostei, mas esse aqui não dá, esse é muito pior. O Eternamente conseguia divertir ao mesmo tempo que era ridículo, esse é só ridículo. Agora se você fizer um filme com o Batman a probabilidade de eu gostar é um pouco menor, já tem dois que eu não gosto.
Muito acima da média, mas infelizmente o mais fraco da trilogia. O primeiro beira a perfeição, o segundo é a própria perfeição, o terceiro é simplesmente um filme de herói acima da média.
Perfeito! Impecável! Obra-prima moderna! O nível de qualidade alcançado aqui no conjunto da obra mas especialmente em aspectos de roteiro jamais foi igualado ou superado por algum outro filme de herói e talvez jamais seja. Vai ser muito difícil esse filme ser destronado um dia porque a verdade é que 15 anos depois O Cavaleiro das Trevas segue sendo o maior e melhor filme de herói de todos os tempos.
Bebê Rena
4.2 308 Assista AgoraAcho que a série se beneficiaria se tivesse um episódio a menos porque do meio pro fim ela perde consideravelmente o ritmo.
E acho que a narração e o recurso do corte seco dramático em tela preta são usados exageradamente.
O primeiro caso acaba com qualquer sutileza que seria bem-vinda.
Já o segundo caso nos últimos episódios já tava me irritando e me tirando da série, se a intenção era causar impacto a série falha terrivelmente porque se tudo é impactante nada é impactante.
Mas dito tudo isso
acho admirável como o autor, protagonista e vítima da história escolhe ir pelo caminho menos obvio e decide não condenar e olhar para seu abusador e principalmente para Matha com complexidade e humanidade.
Mas admirável ainda é ele ter tomado a decisão de reviver toda a sua dor e sentir literalmente na pele de novo pela razão mais nobre e mais bonita de todas: em nome da arte.
Acho que eu nunca tinha visto isso antes, alguém escrever e reencenar suas próprias feridas. Me parece algo sem precedentes na história do cinema e do audiovisual de modo geral.
Minha Irmã e Eu
3.1 130 Assista AgoraAcho a sequência inicial criativa e bem executada embora não tenha nenhuma originalidade.
E acho Ingrid e Tatá carismáticas, com bom timing e uma boa química entre elas.
De resto é um filme genêrico ao extremo sem nada de novo pra dizer.
Você já viu 50 filmes iguais.
Passageiros
3.2 843 Assista AgoraPlot twist completamente previsível e desonesto.
E 90% do filme é desinteressante e maçante, é só uma ideia que tiveram e não souberam executar.
O Animal Cordial
3.4 617 Assista AgoraMuito bom rever depois de um tempo.
As performances do Murilo Benício, da Luciana Paes e do Irandhir Santos continuam sendo as coisas mais marcantes do filme exatamente como eu lembrava.
Água Negra
2.7 407Amo quando o terror flerta com a melancolia como também aconteceu na refilmagem americana de O Chamado, baseado na obra do mesmo autor.
E talvez se esse filme tenha um defeito seja exatamente esse, porque aqui foi até demais, com um foco exagerado no drama, e o terror e sobrenatural deixados pra segundo plano dedicando poucos minutos do filme a isso.
Mas eu amo, é a personalidade desse filme, é o jeitinho dele, sendo uma terceira encarnação da história ele ainda consegue ter sua identidade própria e ser completamente original ao fincar na vida, nos traumas e na realidade.
Quero agradecer muito a existência de Koji Suzuki e Hideo Nakata e o fato de estar vivo no mesmo período de tempo que eles!
E também sou grato por existirem cineastas como Gore Verbinski e Walter Salles que conseguem tornar bonito, único e interessante o infeliz processo de americanização dos filmes.
Convite Maldito
2.3 145 Assista AgoraFilme de vampiro genérico e clichê.
Os únicos sentimentos que me provocou foram tédio e sono.
Não vou marcar a primeira frase como spoiler pra servir de alerta mesmo.
Imagens do Além
2.4 246 Assista AgoraTenta surfar no hype do terror oriental exaltado por remakes como O Chamado e O Grito, mas não chega aos pés nem da maestria absoluta do primeiro, nem da identidade visual marcante do segundo.
E ainda inspirado por O Grito o filme toma a estranha decisão de ambientar sua história no Japão, coisa que lá fazia sentido (por ser uma história oriunda do Japão) e aqui faz zero e ainda é desrespeitoso porque o filme que originou é tailandês.
E como Japão e Tailandia são países com culturas tão parecidas entre si quanto a Argentina e a Angola, só consigo imaginar que a decisão era pra surfar num hype pré-existente mesmo.
Em resumo, uma ofensa ao filme original, que é um marco na história do cinema de horror.
E o fato de eu ter esquecido de marcar aqui e ter lembrado quase uma semana depois de ter assistido diz muito sobre o filme.
Magia Negra
3.6 94Muito bom rever depois de muitos anos, já não lembrava de muita coisa.
Anthony Hopkins sempre maravilhoso.
Mantenho minha nota.
Megamente vs. O Sindicato da Perdição
1.7 22 Assista AgoraÉ uma animação e roteiro dignos de um especial de TV ou uma produção de baixo orçamento, tudo grita "baixo orçamento", nem o elenco de voz eles trouxeram de volta.
A única coisa boa é que eu gostei muito de estar de volta ao universo de Megamente, eu adoro o filme original, uma pena que eles acharam válido fazer essa continuação com pouco orçamento, sem nenhum capricho e sem lançamento no cinema.
Super Mario Bros.: O Filme
3.9 781 Assista AgoraUm ano depois e só agora tô eu aqui assistindo pela primeira vez.
É muito divertido, muito fofo e muito empolgante.
Mas é preciso ter o discernimento de separar o que o filme consegue fazer por si próprio e é um mérito, e o que é mérito das referências, do fator nostálgico e do pré conhecimento do público. E se você fizer essa separação não sobra muita coisa nova ou original. Ainda assim o filme funciona bem dentro do gênero com todos os seus clichês.
E ainda assim também é muito superior a tudo que a Pixar e a Disney Animation produziram no mesmo ano (vamos combinar também que não foi um feito muito difícil de superar).
Eu definitivamente entendi todo o apelo que teve com o público.
Destaque pra personagenzinha pessimista e niilista que foi um grande acerto do filme e é a coisa que mais me divertiu sem sombra de dúvida.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraAmei! Fiquei preso desde os primeiros minutos, não senti um segundo passar.
Me lembrou Depois de Horas do Scorsese que eu amo muito também.
É exatamente o tipo de filme que eu gosto.
E talvez esse seja o filme do Kubrick que eu mais amei.
Não tô dizendo que é o melhor dele porque aí não dá, o pareo é duro, mas talvez seja realmente a experiência que eu mais amei na obra dele.
Olha que ousado dizer isso! Em uma filmografia maravilhosa de um dos diretores mais geniais, engenhosos e um dos melhores da história do cinema dizer que o maior dono do meu amor é justamente o último, o polêmico, o que dividiu opiniões?
Eu sei... mas é o meu sentimento, se daqui um ano ou se amanhã eu vou mudar de ideia eu não sei, isso é o que eu sinto agora.
Se saiu exatamente 100% do jeito que o Kubrick queria também jamais saberemos.
Mas o que importa pra mim é que eu amei do jeitinho que é e eu não mudaria nenhum detalhezinho sequer.
Só não me entendam mal, meu amor e apreço por todos os outros filmes do Kubrick não diminuíram em detrimento desse. Eu não sou maluco!
Wish: O Poder dos Desejos
3.0 155 Assista AgoraA premissa é boa mas falta mais inventividade e criatividade. Reconheço que eles até tentaram, criando uma animação que é um híbrido de animação por computador com animação clássica pra remeter aos clássicos filmes da Disney mas o resultado tá muito mais proximo do primeiro estilo inventado pela Pixar e já batido do que do segundo, não consegue inovar, encantar, nem encher os olhos. Muito distante de filmes que se propuseram ao mesmo como Homem Aranha no Aranhaverso, Klaus e Gato de Botas 2.
As músicas são fraquíssimas e genéricas nível sequencias da Disney de baixo orçamento lançadas diretamente pra home video. Um filme musical que sustenta grande parte do seu arco narrativo em músicas precisa que elas sejam fortes, poderosas e contagiantes e não enfadonhas fazendo você revirar os olhos.
Uma coisa legal é que o filme é declaradamente uma auto-homenagem aos 100 anos da Disney então tem trezentas referências e easter eggs pra você ficar notando e se sentir feliz consigo mesmo. Mas isso obviamente não pode ser considerado um mérito do filme pois enquanto deveria estar construindo coisas novas e originais ele tá se escorando nas histórias do passado e na nostalgia com a justificativa de que tá fazendo uma homenagem. O próprio vilão foi trabalhado pra ser suficientemente aterrorizante com uma composição de verde limão remetendo aos clássicos vilões do estúdio, mas ele acaba empalidecendo diante deles.
Recomendo assistir os créditos finais inteiros não pela cena pós créditos minúscula e sem propósito, mas pela inserção de personagens representando cada um dos filmes da Disney em ordem cronológica (com exceção das continuações). Isso sim foi uma ideia bem sacada que me empolgou bastante, ou seja, eu tô literalmente concluindo que a melhor parte pra mim foi quando acabou. Acho que essa afirmação é a representação mais fiel desse filme.
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista AgoraÉ como se fossem dois filmes distintos mas unidos em uma história completa e um arco bem definido. Os dois sendo incrivelmente foda.
Especialmente o primeiro que é a parte mais marcante e inesquecível do filme pra mim, o que não tira em nada o mérito da igualmente incrível segunda parte.
Tem muito menos subtexto anti-guerra do que o Kubrick tinha colocado em Dr. Strangelove mas o subtexto está presente mesmo que de forma um pouco mais sutil.
O Espelho
4.3 264 Assista AgoraEnquanto assistia o filme eu tava ciente de que atribuiria uma nota um pouco mais baixa porque até então esse tava sendo o filme do Tarkovski que menos tava me tocando mesmo entendendo o conceito e a genialidade e adorando a fotografia e os aspectos visuais.
Mas aí chegou o final e perceber que não eram apenas fragmentos de uma vida apresentados aleatoriamente mas um vislumbre de uma vida inteira sob o leito de morte mudou tudo pra mim, aquele famoso "a sua vida passando pelos seus olhos".
Por isso acho essa sinopse descritiva demais e fico feliz de não tê-la lido antes de ver o filme.
Adoro a ideia de ser o mesmo ator pro protagonista e pro filho dele, a mesma atriz pra mãe e pra esposa e o simbolismo que tem isso. E até o que eu não entendo eu gosto muito, porque arte é isso, não é sobre entender tudo.
Diante disso eu não tive a menor condição de vim aqui e dar qualquer nota menor que 5.
Três filmes do Tarkovski assistidos e três obras de arte de altíssimo nível descobertas. 100% de aproveitamento.
Lolita
3.7 632 Assista AgoraMuito foda, um clássico, mas comparado a todas as outras obras-primas impecáveis do Kubrick esse se empalidece um pouco. Não é porque o filme é ruim, longe disso, é porque os outros tão em níveis estratosfericos de qualidade.
Dr. Fantástico
4.2 665 Assista AgoraEntrou pro meu top 5 filmes de guerra, uma das obras definitivas sobre essa temática.
Uma sátira inteligente e espirituosa.
E o fato de ter sido feito pelo Kubrick, dono de uma filmografia composta por obras majoritariamente sérias e densas, só prova o quão eclético e engenhoso ele era. Um dos maiores do cinema, se não o maior.
Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar
4.2 993 Assista AgoraSó assistindo pela segunda vez eu pude notar a semelhança obvia com A Pequena Sereia de Hans Christian Andersen. Pesquisando descobri que foi uma das inspirações do Miyazaki, o que me fez apreciar ainda mais o filme por perceber como o Miyazaki consegue fazer uma adaptação tão inventiva, tão original e tão própria a tal ponto de torná-la completamente distinguível da obra de origem fazendo esse detalhe passar despercebido por pessoas como eu.
Enfim, é um amor, é uma fofura, é feito da mesma matéria que Meu Vizinho Totoro.
O único probleminha pra mim é o romance subliminar que é uma coisa muito comum no cinema do Miyazaki e do Studio Ghibli mas que nesse filme especificamente, aos meus olhos, assume um caráter problemático pela idade dos personagens. Mas é um pequeno defeitinho em um oceano de qualidades (com o perdão do trocadilho).
E pro Miyazaki eu passo pano com maior orgulho.
Doente de Mim Mesma
3.9 94 Assista AgoraAbsolutamente brilhante e tragicamente cômico. Já tinha conhecido o trabalho desse diretor pelo igualmente maravilhoso Dream Scenario, o que fez esse filme cair no meu radar, agora tô ansioso para seus futuros filmes.
Sem querer eu acabei escolhendo um filme super adequado pra assistir no 1º de Abril.
Avatar: A Lenda de Aang (1ª Temporada)
4.5 208 Assista AgoraEu nunca conseguia engrenar e passar dos primeiros episódios, foi preciso a Netflix criar todo o hype pra adaptação deles pra eu embarcar de verdade no original.
É sempre muito interessante quando um desenho "bobo" e infantil ousa ser muito mais ambicioso, complexo, maduro e fantástico do que tinha direito e do que os desenhos costumam ser. Eu já vi acontecer no Cartoon Network, no Disney Channel, mas justiça seja feita, a Nickelodeon já tinha realizado esse feito bem antes, eu só não o conhecia a fundo.
E conhecendo agora eu posso dizer que é um trabalho muito superior aos dos seus concorrentes sem nenhuma dúvida, e isso levando em conta apenas a primeira temporada.
É uma das obras mais bem sucedidas que eu já pude prestigiar em termos de construção de mundo, de coesão narrativa, de desenvolvimento de trama e personagens e de temática, subtextos e camadas. Tem muita coisa aqui.
Nada contra os desenhos "bobos" e despretensiosos mas ao ver um desenho ir muito além disso de forma absolutamente magistral a gente não pode deixar de reconhecer o mérito.
Bom Garoto
2.5 162 Assista AgoraSe gostar desse filme é um erro eu não quero estar certo.
É o tipo de coisa que eu gosto.
E acho que o filme consegue manter o clima de estranheza e a atmosfera de tensão a maior parte do tempo.
Se é pra eu me sentir "guilty", que esse seja um "guilty pleasure".
The Flash
3.1 744 Assista AgoraUm espetáculo de cgi ruim e ideias boas completamente desperdiçadas num filme de duração excessivamente longa que não condiz com o conteúdo que entrega. Esse filme seria muito melhor com uma hora e meia.
Chego a pensar que o problema é o George Clooney. Ele e filme de herói não dá liga, aconteceu duas vezes e não funcionou em ambas.
Batman & Robin
2.3 992 Assista AgoraO Batman Eternamente apesar de tudo e contra todas as probabilidades eu gostei, mas esse aqui não dá, esse é muito pior. O Eternamente conseguia divertir ao mesmo tempo que era ridículo, esse é só ridículo.
Agora se você fizer um filme com o Batman a probabilidade de eu gostar é um pouco menor, já tem dois que eu não gosto.
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista AgoraMuito acima da média, mas infelizmente o mais fraco da trilogia.
O primeiro beira a perfeição, o segundo é a própria perfeição, o terceiro é simplesmente um filme de herói acima da média.
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraPerfeito! Impecável! Obra-prima moderna!
O nível de qualidade alcançado aqui no conjunto da obra mas especialmente em aspectos de roteiro jamais foi igualado ou superado por algum outro filme de herói e talvez jamais seja.
Vai ser muito difícil esse filme ser destronado um dia porque a verdade é que 15 anos depois O Cavaleiro das Trevas segue sendo o maior e melhor filme de herói de todos os tempos.