Você está no cinema seco pra assistir seu filme, e o Cinemark solta o trailer do novo filme do Ridley Scott.
Michael Fassbender, Javier Bardem, Cameron Diaz, Brad Pitt, Penélope Cruz, Natalie Dormer, John Leguizamo, Sam Spruell.
"O Conselheiro do Crime", dia tal tal tal... Num Cinemark perto de você.
Você fala Caraio! Vai ser foda! Mas eu devia ter seguido o conselho de muita gente que viu antes, porque o filme é um porre. "O Conselheiro do Crime" é o pior filme do Ridley Scott que eu ja assisti na minha vida!
O filme tenta ser um thriller inteligente e sofisticado, mas acaba sendo uma história chata, confusa, pretensiosa e enfadonha. Pecando pelo excesso de diálogos filosóficos e metafóricos, que não acrescentam nada à trama e tornam o ritmo lento e arrastado. Os personagens são rasos e sem carisma, as coisas que eles fazem são cantadas e passam a não ter importância, porque você vê que estão todos atolados na lama. Você sabe que vai dar ruim e nem liga pro destino deles.
As melhores partes do filme, estão no trailer filho da puta. A cena da cara perdendo a cabeça na estrada, o Brad Pitt (Westray), morrendo com aquele treco argentino no pescoço e o Javier Bardem (Reiner) narrando pro Michael Fassbender (Conselheiro) o que a Cameron Diaz (Malkina) fez com o filé de Tilápia no para-brisa do carro dele. Aquilo ali foi bom! Amo Tilápia! O resto esquece.
O final então, do telefonema la no fim do mundo pro Conselheiro, foi triste! Mó papo de filósofo de bar, com direito a choro e engasgo.
Agora fiqui sabendo de uma versão estendida de quase 2h20 minutos. Pensei que seria a redenção do Scott, mas não. O sofrimento até foi maior. Diálogos mais longos, mais cansativos e mais chatos. O final do chororô do conselheiro, foi foda. Até eu estava chorando com ele. Triste. Desaconselho.
Bom filme! Descabelada e só o pó da rabiola, Sandra Bullock quer a irmã de volta, nesse drama da Netflix. "Imperdoável" da Nora Fingscheidt, traz aquela história amarga de alguma coisa que aconteceu no passado e você não sabe, mas que a edição te explica.
A história é tensa, depois que sai da cana, Ruth (Sandra Bullock) vive um dia de cada vez, com aquela promessa judicial de ficar longe de fulano, cicrano e beltrano. Mas o coração bate forte, ela é a Sandra Bullock e sempre resolve tudo. Foi atrás da irmã, querer saber os porquês de tudo, se envolve com Blake (Jon Bernthal), junto com os antigos proprietários de sua casa, Dr. John Ingram (Vincent D'Onofrio) e sua esposa Liz (Viola Davis), e tromba com os filhos da vitima do trágico paraunuê de seu passado.
O filme é bem tenso, bem movimentado e tem ótimas cenas de drama, onde você dá boas mordidas nas unhas. O final é muito bom, Sandra Bullock, irmã, madrastra, sequestrador, advogado, irmã, namorado, todos num balaio só querendo buscando de certa forma, seus interesses. Me lembrou algumas coisas que vi nas Sessão da Tarde da vida. Os catalogo streaming deveria ter mais filmes assim.
Christian Bale, barrigudo, calvo e com uma peruca horrível. Bradley Cooper, policial de barba e com permanente ridículo no cabelo. Amy Adams, linda, sensual e semi-nua. E Jennifer Lawrence, nervosa, gostosa e burra. Esse era o trailer. Tudo ao som de "Good Time, Bad Time", do Led Zeppelin. Como eu podia perder uma coisa dessa no cinema?? Mas eu deveria... O trailer foi foda, mas o filme não chega perto. Foi uma trapaça isso!
David O. Russell, arrancou eu rico dinheirinho fácil nesse filme! Com um trailer matador ao som do Led, eu não pude fazer nada! O filme me pegou pelo bico sem meias conversas. Fui seco pro cinema e a decepção, parece que não termina até hoje. "Trapaça" é uma enganação pura! O filme do Russell, tem uma trama normal, com revelações mínimas e quase sem nenhuma reviravolta. Você fica esperando algo, uma cena, um momento que valide tudo, mas NÃO acontece.
O filme mostra a vida de Irving Rosenfeld (Christian Bale), um trapaceiro que junto com sua amante e sócia Sydney Prosser (Amy Adams), é forçado a colaborar com o agente do FBI Richie DiMaso (Bradley Cooper), que quer usar suas habilidades para prender criminosos de alto escalão. No meio do caminho, eles se envolvem com o político Carmine Polito (Jeremy Renner), que tem boas intenções, mas usa aquelas maracutaia clássicas pra ajudar a comunidade. Além disso, eles têm que lidar com a esposa de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence), que é imprevisível e descompensada.
O encanto do filme está no elenco foda e nos personagens que são pessoal e visualmente muito interessantes. A trama e enredo foram muito pobres e minúsculos pra eles. Bases para uma trama genial a história tinha, mas sumiu, mas parece que alguém foi la no roteiro e meteu uma borracha nas partes mais interessantes. "Trapaça" parece ser a versão C, de algum roteiro que não aceitaram, ou um filme que o diretor estava devendo pro estúdio e fez sem caprichar muito na trama.
Christian Bale impressiona pela transformação física e pela complexidade de seu personagem, que é ao mesmo tempo um vigarista e um homem de família. Amy Adams interpreta uma mulher que usa vários disfarces e sotaques para enganar suas vítimas. Bradley Cooper está divertido, como um agente que não mede as consequências de seus atos. Jennifer Lawrence está quase loca como uma esposa que não sabe o que quer e não sabe o que faz. E Jeremy Renner é o mais simpático da turma, como um político que se deixa levar pela trapaça.
A direção de arte é excelente, recriando o visual extravagante dos anos 70, cheia de detalhes de época e uma trilha sonora que embala as cenas com clássicos do rock, do Led Zeppelin, Elton John, Bee Gees e Electric Light Orchestra. A fotografia é bem colorida e vibrante, contrastando com o tom meio macambuzio da história.
O filme é inspirado em uma operação real do FBI, chamada Abscam, que expôs casos de corrupção envolvendo políticos e mafiosos.
P.S. Michael Peña estava hilário como Sheik e o matador que Robert De Niro fez, ficou igualzinho ao meu tio Roberto. Cê é loco tio Beto. Cê é loco.
Tem cidade que é um verdadeiro puxadinho do inferno ,com gente brincado de demônio lá. As vezes você acha que a bandidagem chegou no fundo do poço... Sabe nada inocente! "Sicario: Terra de Ninguém" vem pra serrar as suas pernas, com tequila na boca e La Cucaracha na orelha.
Coitada da Emily Blunt... A bichinha parecia pirulito na boca de criança nas mãos do Josh Brolin (Matt) e Benicio Del Toro (Alejandro). Mal da pra falar da história, porque os filha das putas dessa dupla, vai revelando ela pra nóis aos poucos, junto com a coitada da agente Kate do FBI. Ela está investigando uns carteis de drogas no México, quando estoura um local que parece mais um cemitério clandestino. Depois Boommm... Vem aquela explosão da porra que quase estoura as saídas de áudio do Cinemark do Shopping!
Os caras recruta ela, deixa o Daniel Kaluuya (Agente FBI Reggie) de lado, e segue com a Mina pra pegar os donos o cartel de Juarez no México, lugar que é quase que o Brasil, só que com mais pimenta. Mas Juárez, acho que só meu amigo Fabionildo pra sair vivo. Além de imacumbável, o cara é inatingível, inexplosível e acho que imorrivel; não tem conversa. Só os morro carioca conhece essa lenda urbana!
Denis Villeneuve leva a gente pra essa viagem ao inferno dos cartéis de droga mexicanos, mas não... Ele leva a gente pra conhecer os paranauê que o governo faz pra combater esse mal. É uma guerra, não tem lei, não tem misericórdia e nem Tequila. É ferro quente nas ventras dos vagabundos, seja ele homem, mulher, idoso, criança, gay, woke. Foda-se. No filme de Villeneuve, o mal é combatido com mais mal ainda, maldade, vingança e um esquemão loco! Se aa guerra aumenta a tecnologia, imagina a cocaína?
O que seria das festas gringas sem o pó magico da alegria? O governo sabia, o miliares sabiam, os fila das putas dos agentes sabiam, até o Fabio estava ligado, mas a coitada da Emily Blunt com sua agente Kate não. A bichinha sofreu... Levou porrada, tiro e quase perdeu o briôco com a inocência dela sobre o assunto. Os caras deixaram ela no vácuo... Acho que de propósito, igual aos pé de breque de gravata que queriam cumprimentar os Office Boy na Sé em SP, nos anos 80. Não tinha porque sujar as mãos de Leite de Aveia Davene, por eles...
Quase todo tempo o filme é um silencio da porra, mas quando vem o barulho pode avisar os vizinhos que é filme e que está tudo bem em casa. A tensão nossa vai lá no alto dos aparelhos de pressão caseiro. ?Estourando... Toda hora você pensa: Vai morrer vai morrer vai morrer... Mas ela fica viva. Embora a agente Kate seja um pouco pica, tipo uma piquinha, ela vai pra cima dos caras com o que pode, questionando peitando, até a arma ela aponta. Só que em "Sicario", a coisa que você vê, o negócio que está em jogo, vai muito além das ambições e poderes que governo, policia, FBI e a porra tem.
"Sicario" mostra a desgraceira que é nosso mundo, o que são as pessoas, drogas e tráfico apenas como instrumentos. Morrer, viver, acabar com crime, ter paz ou guerra, apenas depende se alguém vai lucrar com isso. Nós somos meros bonecos controlados, pipas na tempestade, pirulito na boca de criança e supositório na bunda da Mulher Melancia. A gente não é nada! E a Kate, coitada... Linda, corajosa, mesma camiseta, tentou... Mas se fudeu.
"Sicario" é um filme pra te ensinar a ficar mais esperto com as coisas. Nada está errado não La Cucaracha. Sabe aquela frase antiga das campanhas nas escolas "Pessoas que compram droga nas festas de bacana, sustenta as mortes do tráfico" Pois é bacana, agora você sabe porque não acaba.
Continua assistindo televisão, veja novela, BBB, de like nas redes sociais, beba Red Bull, curta sua Macoinha e abrace a lagoa Rodrigo de Freitas. Vai dar tudo certo.
Quando você começa a assistir o filme, você espera estar preparado, mas é foda. Não tem como não se quebrar todo. Ninguém está preparado pra ver uma história dessa e nem se conformar que é apenas mais um filme sobre o tema. Baseada em fatos reais, ou sendo um embasamento de tudo, "Infiltrado na Klan", não pode ser medido na régua barata dos filmes do tipo. Ku Klux Klan foi e é real; as atrocidades que eles cometeram em nome de uma utopia social, é abominável.
“Infiltrado na Klan” é um filme que nos faz rir e pensar ao mesmo tempo. Através da história do jovem policial negro Ron Stallworth, um negro que consegue se infiltrar na organização racista Ku Klux Klan. Spike Lee faz uma sátira ácida e atual sobre o racismo nos Estados Unidos, mostrando como ele se propaga nas instituições, na mídia, na cultura e na sociedade. E pior... Como ele se normaliza.
Baseado no livro de Ron Stallworth, o filme narra a sua experiência como o primeiro detetive negro da polícia de Colorado Springs, nos anos 70. Com a ajuda de seu parceiro branco e judeu, Flip Zimmerman, que se passa por ele nos encontros presenciais com a Klan, Ron consegue enganar os membros do grupo, inclusive o líder nacional, David Duke, e impedir alguns de seus ataques terroristas.
Ao mesmo tempo em que se envolve com a Klan, Ron investiga também o movimento estudantil negro, liderado por Patrice Dumas, uma ativista que luta pelos direitos civis e pela igualdade, na qual ele se apaixona. Apesar do tema pesado, o filme é repleto de cenas hilárias, que exploram o absurdo e o ridículo das situações que Ron e Flip enfrentam, como as conversas telefônicas com David Duke, as reuniões da Klan, as tentativas de descobrir se Flip é judeu, e a cerimônia de iniciação dos novos membros da Klan.
Mas a tensão ronda o filme todo, com as agressões sofridas por Ron na delegacia, na delicada investigação onde nas ligações telefônicas Ron atendia o telefone, mas Flip é quem frequentava as reuniões, a desconfiança da Klan na sua real identidade, e a ameaça do atentado que eles planejavam lançar na comunidade negra da cidade.
John David Washington em uma atuação incrível como Ron Stallworth e Adam Driver faz a gente gelar a alma, vivendo Ron presencialmente. No elenco ainda tem Topher Grace, vivendo o chefão da Klan David Duke, Jasper Pääkkönen, um Klan louco e Paul Walter Hauser, um Klan bobão e Laura Harrier (Patrice).
Agora o Alec Baldwin (Dr. Kennebrew Beauregard) é o personagem mais perigoso do filme. É aquele cara que foi Ku Klux Klan, vive Ku Klux Klan, ensina Ku Klux Klan, defende Ku Klux Klan e usa Ku Klux Klan pra viver.
"Infiltrado na Klan" é um filme necessário e que precisa ser visto para que ninguém duvide ou desacredite das suas cenas finais.
Esses italianos, e suas vidas emocionantes! Com um sotaque que você não sabe se é russo ou italiano no filme, Ridley Scott leva mais um episódio do povo do macarrão pros cinemas com seu "Casa Gucci".
De uma forma um pouco mais divertida e bem humorada, Scott mostra os paraunuê na vida de Maurizio Gucci e sua esposa Patrizia Reggiani, personagens de Adam Driver e Lady Gaga, que os levaram a maus negócios, brigas e um fim conturbado pra de relação, fulminando em tesouradas fatais, no meio da rua, banhando a calçada com molho pomodoro.
O filme é muito bem feito, Ridley Scott não poupa em dar pra produção a riqueza que ela precisa, mostrando o luxo da marca famosa e exclusiva, numa época de transição cultural, onde o nome Gucci precisava renascer para um novo tempo, mas não conseguia devido ao próprio estilo da marca que priorizava a tradição em vez da renovação. Essa é apenas a massa desse macarrão do Scott.
No molho, tem Maurizio Gucci, homem sem muita personalidade, que vive sob a tutela forte do pai Rodolfo (Jeremy Irons), mantém como um bom italiano seu filho preso a laço curto. Mas a linda e simpática Patrizia, mulher de personalidade forte, mente aberta e cheia de amor pra dar, naquele corpo lindo que a lady Gaga lhe deu. Os dois se apaixonam e se casam, com o pai do noivo rolando na tarantela e deserdando ele. Lógico.
Além de Maurizio e Patrizia, roubam cena do tio do noivo, Aldo Gucci (Al Pacino) e do primo Paolo no irreconhecível Jared Leto, que embora os dois tenham papeis cruciais na história, eles são o alivio cômico dela. Pacino dispensa comentários, além de explosivo, seu personagem é cheio de alegria e carisma. Agora, demorou pra mim aceitar que o Paolo era o Jared Leto. Cê é loco! O fato de envelhecerem o ator, sempre é bem interessante, mas deixar ele meio dodói das ideias, dando uma personalidade insegura e problemática é pra se lembrar. Grande construção de personagem de Leto, acho que ele fez o mais difícil.
Embora a trama não seja muito movimentada como de costume nos filmes do Scott, o filme me prendeu bastante em mostrar parte da história dessa família, os dramas que eles tiveram, os problemas que marca teve nos 80 e como ela se superou se transformando no que a gente conhece. O drama do casal Maurizio e Patrizia, foi a parte mais dramática do filme, um drama difícil, mas que faz parte da vida. Mas ver disso, sair tanta sede pra passar a tesoura no bambino, foi que me impressionou. Não sabia que até no mundo da costura italiana, as coisas eram resolvidas assim.
"Casa Gucci" do Ridley Scott é um bom filme, mas eu esperava muito mais força no drama e muito mais tensão no suspense e um final mais impactante. Uma história italiana dessa, sobre paixão, ambição e assassinato, a massa precisa estar ao ponto, num molho mais forte, com um vinho tinto bem encorpado. Mamma Mia...
As vezes eu tenho um medo do Scorsese. O bicho sabe falar da máfia de um jeito, que ele acaba parecendo ser o cronista dela, tipo o Nelson Rodrigues. E nos Estados Unidos a coisa é loca. O pais deveria chamar "Estados das Máfias Unidas", porque é foda. É máfia pra tudo.
Você precisa ter paciência e um pouco de conhecimento pra entender "O Irlandês", pois não se trata de um filme só de mafiosos, mas um filme bem politico, que lembra muito as coisas que Oliver Stone fez pro cinema.
Dirigido por Martin Scorsese, o filme conta a história de Frank Sheeran, um assassino de aluguel que trabalhou para a máfia e para o líder sindical Jimmy Hoffa. Estrelado por Robert De Niro, que interpreta Sheeran, o filme usa e abusa do CG, pra rejuvenescer o elenco e contar a história em varias fases de suas vidas, e o resultado é incrível.
Além de De Niro, o filme conta com Joe Pesci, (Russel Bufalino), chefe da família mafiosa, Al Pacino, que vive Jimmy Hoffa, o carismático líder sindical, Harvey Keitel (Angelo Bruno), Stephen Graham (Anthony Provenzano), adversário sindical de Hoffa e Anna Paquin vivendo Peggy, filha do irlandês matador.
O Scorsese, mais uma vez mostra uma incrível habilidade em conduzir uma narrativa longa, complexa e envolvente, que abrange décadas de história americana explorando temas como poder, lealdade, violência, culpa e solidão. O filme é um retrato sombrio e melancólico da vida criminosa e de suas consequências, diferentes de outras obras do diretor, que abordavam o tema de forma mais direta e objetiva.
Você sente que o filme também é um tributo aos grandes atores que protagonizam o filme, que são monstros do cinema e que já trabalharam com Scorsese em outras obras. O diretor que passou os 80 e trá lá lá, colocou o melhor do asilo dele para trabalhar. Robert De Niro, Joe Pesci e Al Pacino e a pontinha do Harvey Keitel, estão impecáveis em seus papéis, e demonstram em cena, uma química instantânea com emoções bem antigas.
Além de Scorsese mostrar a ascensão de um simples caminhoneiro para o mundo da máfia, o diretor mostra vários personagens da trama, com data de morte real anunciada, logo quando entram em cena, os laços de amizades e interesses deles, e a forma cruel e violenta que as mortes aconteciam. O filme adota uma narrativa politizada, ligada diretamente ao mundo politico nas décadas de 50, 60 e 70, onde o papel dos sindicatos não eram muito diferente dos que eram daqui.
Scorsese mostra de forma bem crua, o mundo das cuts gringas e como ela influenciava a sociedade americana com lideres carismáticos e populares, mas que eram pessoas poderosas e perigosas, que faziam frente a politica do pais com interesses ideológicos e comerciais, quase que padronizou a máfia como profissão e descriminalizou seu trabalho. A história podre e não falada dos Kennedys, sobre a possível associação dele com essas pessoas na eleição, onde favores negados, mais associações politicas ao comunismo, foram determinantes para a morte do John Kennedy, como também do seu irmão Robert.
O filme é lento e longo, a narrativa tem esses detalhes históricos, mas a violência e o velho estilo do diretor em falar sobre o assunto, permanece afiado como sempre. O fato dos personagens serem velhos, deu essa desacelerada na forma de conduzir a trama, pois todos eram quase que avós no filme, e a emoção ficou a cargo em mostrar como a maldade desse povo, só piora quando envelhece e como seus laços são perpetuados uma paixão e lealdade, que em outras fases da vida acabam sendo despercebidos pela força e juventude.
"O Irlandês" é um puta filme, um épico do cinema, que só existe por causa da Netflix, pois acredito que um filme desse hoje, jamais passaria nos cinemas, devido ao tema e a longa duração. No final, você sente um peso enorme na história, com um sentimento de algo bem antigo que regem suas vidas, um código romano no sangue, um tipo de irmandade que cercam esses mafiosos e que só pode ser descobertas depois que eles morrem, nos infernos que eles devem habitar.
É uma grande história, a principio eu achei que a Jane Campion forçou os extremos da época com um arco forçado, mas o filme foi além dos que os trailers mostravam. A produção é uma coisa super foda, tudo muito bem feita, adireção de arte é soberba, os detalhes da construções saltam os olhos, os figurinos são lindos, reparei que tinha um vestido dourado com desenhos em relevos absurdos, a fotografia jogava uma pintura atrás de outra nas tomadas grandes, em tons pastéis de feira no ponto do vinagrete. Era cada imagem foda, bem no estilo dos filmes da Jane Campion. O elenco é incrível!
Benedict Cumberbatch, Kirsten Dunst, Jesse Plemons, Kodi Smit-McPhee, Thomasin McKenzie. A atuação do do Bene é foda! Ele vira o cão literalmente mesmo e quando você descobre que ele queria dar o rabo o tempo todo, deu pra entender que ele sofria de medo. Depois que ele perdeu o seu Heny ele parece que amaldiçoava quem ele era. E o medo, gerou o ódio e literalmente o cão dentro dele, mas foi com a presença do Peter (Kodi Smit), a quem ele abominava, que acabou o curando, fazendo ele aceitar quem ele era. Jane Jane fez uma grande sacada na estória, tirando o fator tempo da realidade real, substituindo o mundo bang bang real da época pelo nosso, onde o comportamento do Peter é normal.
Foi fácil se escandalizar vendo o Peter desfilando todo arrumadinho de tênis no meio de homens cowboys cheio de ódio. Jane Campion fez essa utopia temporal para provocar a galera que vive hoje assim, como se fosse ontem, ou melhor há séculos e pra validar a o arco gay da estória. No meio disso eu achei interessante o Phil ter debaixo do cão interior dele, os valores que são importantes pra quem vive nesses lugares, tanto que ele deu a real pro muleque varia vezes, mesmo debaixo de todo preconceito que ele tinha.
Phil era esperto, ele percebia que se o rapaz ficasse rebolando perto dos cavalos em vez de aprender a montá-lo, era melhor ele dá linha de lá, porque fazenda não é corte & costura, naquela época então nem fala. O Phil ainda via o problema da mãe dele, Rose (Kristen Dunst) que era alcoólatra e vivia mamada o dia inteiro por problemas que não forma bem explicados pela Jane Jane. O final é muito foda, a forma que mostrada de como o Phil morre, só fui perceber depois de um tempo. O filme é muito bom. "Ataque dos Cães" foi muito mais longe do que eu pensava na época.
Revendo pela segunda vez, "Ataque dos Cães" é um puta drama de faroeste, muito bem dirigido por Jane Campion, com Benedict Cumberbatch, Kirsten Dunst, Jesse Plemons e Kodi Smit-McPhee, arrasando nos personagens. Mesmo o filme se passando em 1925, no estado de Montana, nos Estados Unidos, as raízes do Velho Oeste, eram normais no povo e as antigas tradições ainda eram mantidas. As crenças eram levadas a ferro e igreja e leis absurdas existiam para manter o povo preso nelas.
No começo ódio de Phil era á principio por causa disso, mas depois que Jane Campion, mostrou porque, deu pra entender o conflito moral do cawboy nervoso, revivendo em Peter, todo o passado que ele teve com Henry Bronco, que não sei se foi correspondido, ou se ele mantinha isso em segredo, junto com as fotos fotos. Jane Campion, mostra muita habilidade em construir personagens complexos e ambíguos, que transitam entre o bem e o mal, o amor e o ódio, a força e a fragilidade.
O filme mostra a masculinidade aberrada da época, o mundo solitário dos homossexuais, a violência em todos os níveis sociais, que faziam as pessoas resolverem varias questões com sangue e morte. O filme é um retrato sombrio e silencioso, que mantem a gente envolvido e intrigado até o final surpreendente e revelador.
Benedict Cumberbatch! monstro, O cara entrega umas das melhores atuações da sua carreira. Kirsten Dunst, impressiona vivendo uma mulher que sofre com o alcoolismo, depressão e opressão de seu cunhado, tentando proteger seu filho e seu marido. Jesse Plemons faz de novo aquele homem bondoso e pacífico, que tenta se reconciliar com seu irmão, mesmo depois dele desaprovar sua realação. Kodi Smit-McPhee revela um grande talento ao interpretar um jovem gay, sensível e inteligente, que desperta diversos sentimentos em Phil, inclusive uma possível paixão.
Poder do Cão... Quem falou que não tinha Cowboy que curtia um Bambolê...
Esses gringos e seus escândalos escandalosos! Todo mundo parece que quer fazer fama e ser artista de um jeito ou de outro! É uma multidão de atores, cantores, empresários, ricaços, políticos, bandidos e esportistas!
"Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo", é uma história sombria e trágica do relacionamento conflituoso entre o milionário John du Pont e os irmãos Mark e Dave Schultz, ambos campeões olímpicos de luta greco-romana. O dono das anti-aderente das frigideiras Teflon de sua casa é obcecado pelo esporte e pela glória, oferece a Mark que entre em sua equipe, a Foxcatcher, onde teria todas as condições para se aprimorar.
Porém, o bicho que coleciona tanque de guerra, mora num terreno onde foi palco da guerra civil gringa, numa mansão de 50 quarto, que olha pra você igual a uma iguana, não pode passar despercebido pelo nosso sentido Aranha! Tem que desconfiar! Ainda mais quando dá uns tiro pro alto no moderno centro de treinamento! A personalidade perturbada e manipuladora de du Pont leva Mark a uma espiral de decadência e violência, que culmina em um trágico desfecho. Coisas de Cidade Alerta americana!
Steve Carell (John du Pont), Channing Tatum (Mark Schultz) e Mark Ruffalo (Dave Schultz), mostram essa trágica história de ambição, patriotismo e loucura, que explora as relações difíceis entre os personagens e suas motivações. E também dá aquele tapa na cara da sociedade americana, que adora dar um like antes dos likes, pra fama, dinheiro e sucesso acima de tudo, e que ignora os problemas mentais e emocionais do povo que tem sovaqueira! Mas seja rico, seja pobre, era diazepam pra tudo mundo, sob o nome do famoso Valium nos filmes oitentista!
Os três protagonistas, se transformam fisicamente e psicologicamente para seus papéis. Steve Carell surpreende ao interpretar um personagem feio pra porra, frio e narigudo, que vira um vilão brabo, fugindo completamente de seu estilo cômico habitual. Mark Ruffalo todo bombadão, transmite a lealdade e o carisma de Dave Schultz, que tenta proteger seu irmão e sua família, no estilo paizão e irmão mais velho da época. Já Channing Tatum, mostra a vulnerabilidade e a angústia de Mark Schultz, que se deixa seduzir e corromper por du Pont.
O filme é no estilo paradão, quase sem trilha, numa direção de arte bem ambientada nos anos 80, mas com o clima bem frio e pesado, que provoca na gente uma tensão e uma expectativa de merda no ar, pronta pra cair na cabeça dos personagens. As cenas finais do filme são tenebrosas e mostram que dinheiro, fama, nome, pose, imagem, não valem nada se isso for apenas uma carcaça safada pra manter as aparências, pra mãe, família, amigos e sociedade. Um puta covarde! Trágico!
Lars Von Trier não perdoa nem nos musicais, o bicho soltou um drama pesadíssimo, no seu "Dançando no Escuro", filme foda, que muito moderninho adora falar que é o melhor, só porque tem a Björk no papel da protagonista. E a islandesa é dona de um dos maiores gogós da sua geração, uma voz poderosa, intensa e nervosa, mas com uns clipe que você assiste ou corre, ama ou odeia,
Selma Jezkova, é uma mãe solteira, checa, comunista que corre pros EUA, pra salvar o filho Gene de uma cegueira hereditária, na qual ela já está num estado bem avançado. Pra isso ela trabalha muito, dobra trampo numa metalúrgica local, e ainda faz serviços paralelos para juntar dinheiro. Ela e o filho moram num trailer pequeno, dentro do terreno do casal Bill e e Linda, personagens de David Morse e Cara Seymour, ele é um policial e ela uma dona gastadeira, que torrou a herança do marido, em cortinas, sofás e armários, nas Casas Bahia da cidade.
A Mina dá um trampo loco, mas começa a ficar completamente cega, coisa que sua única amiga Kathy (Catherine Deneuve), percebe e fica loca, pois sempre aparece para salvar a pele da garota, nos momentos que dentro de uma metalúrgica é caixa e justa causa. Mas num teve jeito, não teve cantoria que salvasse a bichinha da peixeira dos dono. Quebrou duas prensa, mais uma ela pedia musica no Fantástico.
A rotina dela era triste e melancólica, era um cotidiano de comunas sofredores que viviam no leste europeu, no esquema gado de trabalho casa, casa trabalho, andando feito judeu nos desertos das novelas da Record da vida. Tinha um carinha lá, ou melhor um véio que vivia cantando ela na porta da firma. Jeff era o nome da criança e Peter Stormare ator em casa tinha o filho de 12 anos, que sem saber dos problemas de cegueira tanto dela quanto dele, ele se enveredava pelo mundo da correria, cabulando aula na escola e andando com ladrãozinho de carro. Febem o chama.
A felicidade maior de Selma, era participar de uma musical local da "Noviça Rebelde", onde ela se destacava, cantando e literalmente sumindo de si, como uma fuga dela pro mundo dos musicais. Tanto no avanço da doença, quando nos momentos dolorosos, Selma começou a sumir de si na trama e fugir pro ambiente musical, tudo era resolvido em cantorias que misturavam danças contemporâneas, estilo balé Estagio da USP, em musicas no batuque bem Björk (Cvalda), onde vale tudo, prensa, chave inglesa, chapa morsa, até as batidas estilos Radiohead na "I've seen it all".
A coisa fica braba quando o Locatário policial, resolve roubar o dinheiro da operação do seu filho de uma forma covarde, como esses gatunos de filme Noir. A Mina cega mesmo vai atrás do pilantra, e acho que o temo "Deu Ruim", veio daqui. A cena de vitimização que se passou, foi das piores que eu já vi ate hoje. Além do roubo descarado e confessado, o bicho forçou tentativa de assassinato, falso assédio e coisas de gente dodói, tudo pra da esposa gastadeira e do fracasso de sua vida. Foi brabo e revoltante!
Essa foi a virada do filme do Lars Von Trier, que caminhava pra uma trama que começava a cansar e reter um pouco de gordura. O filme virou um drama loco! Tentativa frustrada de fuga, prisão inacreditável, julgamento injusto e cenas brutais, dramáticas e desesperadas no corredor da morte. Onde a cena das cantorias na auto homicídio, suicídio, (sei lá) do sem vergonha do policial ladrão, nem dança e sapateado do tribunal amenizaram a situação. Essa ultima até que poderia, mas o senso moral e junto com as declarações cerebrais da Selma, pra impedir que o filho não realizasse a cirurgia, deixaram as cosia mais tensas ainda.
O final do filme foi absurdo, ali o "Dançando no Escuro" era dançando no escuro mesmo, os gritos, os berros loucos de desespero da condenada, que fez uma escolha monstruosa, na sua vida, um gesto terrível de bondade e sacrifico que só uma mãe faz. Eu já estava meio paralisado com a cena, mas depois que ela começou a cantar, Mano Cê é loco...
"Dançando no Escuro" é um musical diferente de todos que eu já assisti até hoje. Pode ser que tenha algo parecido, mas eu nunca vi, e de tanto drama que tem esse, é preciso ter o peito de ferro pra assistir de bobeira, por que não é "La La Land". O filme desenvolve uma história bem no estilo europeu de pessoas pobres e sofridas, que se refugiaram no EUA, com o coração partido pela distancia de sua terra, mas pela esperança de uma vida um pouco melhor.
O filme tem cenas muito dramáticas, como a viagem de pelos trilos de trem da Selma e Jeff, travavam um triste dialogo em forma de musica na "I've seen it all", entre a luz e a escuridão, onde a perda da visão de Selma, justificava as coisas tristes do mundo. Coisa que perdia o sentido, nos detalhes cheio de luz e vida, nos versos argumentos de Jeff.
Björk teve um começo meio tímido com sua Selma, parecendo que ela só cantaria em vez de atuar, mas depois com a condição crescente da doença nela, a mulher explodiu em cena, em momentos de puro drama, chegando aqueles ápices dramáticos que alguns atores tem na vida. O elenco está muito bem, Peter Stormare, Catherine Deneuve, David Morse e Cara Seymour, cantam também. Mas seus personagens somem quando Björk entra em cena, com seus dramas e quase desaparecem de vez, quando ela começa a cantar.
As cenas finais são terrível e o final é seco. Daqueles que a gente quer esquecer.
"""Em seu lançamento, em 2000, a produção já gerava reações conflitantes sobre a história do esgotamento físico e psicológico que Björk sofreu durante as gravações e que era conhecida há anos. Durante as filmagens, que aconteceram na Suíça, a atriz chegou a fugir sem deixar pistas, só retornando devido à insistência de amigos.
No espírito da #MeeToo [hashtag que incentiva vítimas de abuso a se pronunciarem contra seus agressores], eu gostaria de emprestar uma mão a todas as mulheres do mundo com uma descrição mais detalhada de minha experiência com o diretor dinamarquês. É extremamente difícil revelar publicamente algo dessa natureza, especialmente quando [somos] imediatamente ridiculizadas pelos agressores. Eu sinto total empatia com todos que hesitam [em se pronunciar], por anos até. Mas eu sinto que é a hora certa, especialmente agora quando pode fazer a diferença. Aqui segue uma lista de encontros que eu conto como assédio sexual:
* Depois de cada take, o diretor corria até mim e colocava seus braços ao meu redor por um longo período na frente de todo o elenco ou até mesmo sozinha, e me acariciava às vezes por vários minutos contra a minha vontade.
* Depois de dois meses, eu disse que ele tinha que parar de me tocar, ele explodiu e quebrou uma cadeira na frente de todos no set, [agiu] como alguém que sempre pôde acariciar suas atrizes. Depois todos foram mandados para ir para casa.
* Durante todo o processo de gravação, tinha essa paralisação constante, embaraçosa e indesejável [dele] sussurrando ofertas sexuais com descrições bem gráficas. Algumas vezes, até com sua esposa sentada perto de nós.
* Quando filmávamos na Suécia, ele ameaçou que iria escalar da sacada de seu quarto [de hotel] até a minha no meio da noite com intenções claramente sexuais, enquanto sua esposa estava no quarto ao lado. Eu fugi para o quarto dos meus amigos. Isso foi o que finalmente me acordou para a severidade de tudo isso e me fez ficar firme em meu lugar.
* Histórias fabricadas pela imprensa sobre eu ser difícil para seu produtor, isso combina perfeitamente com os métodos de bullying de Harvey Weinstein. E eu nunca comi uma camiseta [boato forte da época], nem tenho certeza de que isso seja possível.
* Eu não concordei em ser sexualmente assediada, isso foi retratado [na época] como eu sendo difícil. Se ser difícil é ser firme e encarar esse jeito que me tratavam, eu assumo. Esperança.
Vamos quebrar essa maldição.""
A atriz em momento algum citou o nome do seu agressor, mas fica claro que ela se refere a Von Trier, por ter sido o único diretor dinamarquês com quem ela trabalhou. E que havia conflitos entre os dois no set, não é novidade para ninguém.
Em um conversa com um jornal dinamarquês, o diretor se defendeu dizendo brevemente que o que aconteceu entre ele e Björk, não é o mesmo caso envolvendo Harvey Weinsten e as (milhares de) atrizes.
Peter Aalbaek Jensen, co-produtor de Dançando no Escuro, defendeu o cineasta dizendo que pelo que se lembra, ele e Lars eram as vítimas, porque Björk era mais forte que eles e a empresa juntos.
No dia seguinte à publicação, o diretor não falou diretamente no assunto, mas se defendeu escrevendo coisas como
''“Existe um método de direção no cinema” e “Não é à toa que as ‘minhas’ atrizes têm nos meus filmes a melhor performance da carreira”'. "" - Fonte Jovem Nerd.
"Depois dessa denuncia da Björk, nove mulheres denunciaram casos de assédio sexual e moral dentro do Zentropa, estúdio dinamarquês que tem o cineasta Lars Von Trier entre os sócios. Em entrevista para o jornal Politiken, as ex-funcionárias contaram diversas situações envolvendo Peter Aalbæk Jensen, ex-CEO da empresa e parceiro de Von Trier nos negócios." - Fonte folha e muitos outras mídias...
Cê é loco. Mais um incancelável do cinema. Hollywood é foda...
Figaro! Figaro! Figaro! Figaro!!! "O Fantasma da Ópera", o musical recordista de audiência na Broadway, cheio dos Emys, teve no filme do Schuma, quase que um xerox brabo do do teatro pras telas da Cinemark, onde cenários, musicas e personagens, fazem a gente cantar junto e dormir um pouco, com o Patrick Wilson, Gerard Butler e Emmy Rossum, na famosa história do tripé amoroso, mais famoso dos Municipais de todo mundo.
O filme é uma adaptação do famoso musical de Andrew Lloyd Webber, que por sua vez é baseado no romance gótico de Gaston Leroux. A história se passa na Ópera de Paris no século 19 e gira em torno de um fantasma desfigurado (Gerard Butler) que vive nos porões do teatro, uma espécie de Samara de calça e sem poço, que vivia dando piti por ser desfigurado, vitimado e cancelado. Ele se apaixona por Christine, uma jovem e talentosa cantora, vivida por Emmy Rossum, onde secretamente tenta a todo custo passar o xaveco na bicha, leva-la pra toca e pro lado negro da força, enquanto aterroriza os outros funcionários. Arrombado.
Mas ela encontra Raoul (Patrick Wilson), um bon vivant, namorico de infância da Christine, que é agora dono da Ópera de Paris, (Coisa assim, as legenda saltavam erradas em mim, enquanto eu dormia 🤭), que agora queria engatar um namoro forte com a Mina, mas tinha o tal do Fantasma da Opera lá, pra furar o zóio dele. O tal do Fantasma, pirou na garota, á ponte de sequestrar ela, levar pro quarto, mostrar os brinquedos, a boneca de cera dela, e cantar explicando tudo viu. Cantar, porque sofre, porque é feio, porque é sozinho e porque está apaixonado por ela. E bichinha pira no moço, e canta falando tudo também,! É foda! E você vai no embalo, canta, dorme, xinga e aplaude! Musical faz isso comigo.
"Music of the Night" e "All I Ask of You" são os hits dos filme, são lindas pra chuchu, cheio das versões e tudo mais. Amo a cena do encocho na laje do teatro em "All I Ask of You", só que "Masquerade" é o momento que eu mais gosto no filme! Musica incrível, num festão loco! Gritaria das boa! Depois aparece o bicho lá, todo vermelho, parecendo um Exú, pra explicar tudo de novo, chorar as pitangas, falar que ama a Mina e correr pra toca! Cusão! Mas é bom!
Tem outras musicas boas como o tema "The Phantom of the Opera" em momentos bem legais, que marcaram época com Sarah Brightman na peça da Broadway, que podem ser vistas e ouvidas nos clipes no Você Tube. Não estou desmerecendo a Emmy Rossum não! Particularmente eu prefiro muito mais a Rossum, com aquela arcada dentária linda e perfeita cantando, do que a Sarah deixando a goela na musica. Coisa de gosto. E também porque a Emmy Rossum é linda demais, uma princesa, um pêssego! E eu adoro princesa, pêssego! Vida e morte pelas duas!
Rossum junto do Patrick e do Gerard, encantam no filme, encenando tanto os temas do musical, quanto nas cenas dramáticas da trama. São grandes atores em personagens clássicos, todos, novinho ainda que se deram muito bem depois nos cinemas. No elenco tem ainda Ciarán Hinds, Miranda Richardson, Minnie Driver, todos cantando e dançando, como manda o figurino.
A produção do filme, acredito que pra época foi boa, e trouxe pras telas todo o brilho do musical, mas Mano... Assistindo hoje, parece um desfile de carnaval de Sampa, todo cenário parece ser feito de isopor ou plástico, as cores são presas em tons fixos de dourado, vermelho, marrom. Tudo treme, parece um carro alegórico no cenário e aquele monte de vela fizeram que o filme lembrasse um terreiro de Quimbanda em noite de sexta!
Quando desceu o Fantasma da Ópera pela escada todo de vermelho, eu pensei que ia tocar um ponto de esquerda. A aparência do Fantasmas, lembrava imagens de Exu em altar religioso. Figurino belíssimo claro, mas me lembrava! Cena grandiosa, esteticamente a melhor do filme, simplesmente hipnótica! E Saravá!
As cenas finais são uma loucura! O povo canta a Opera do Fantasma, tudo num preto e vermelho suspeito (Rá Rá Rá Rá! Boa Noite!), o bicho aparece e circo pega fogo! O tema do Angel of Music, fit. varias outras cantorias, são tocada sem fim, em revelações, declarações, perseguições e brigas pelos teatro, e nas catacumbas do vil Fantasma. Mó correria! Um drama! O foda mesmo é quando a Mina tira a mascara do Fantasma! O bicho roda a baiana!
"O Fantasma da Ópera" é um clássico das óperas, dos musicais, dos livros e do cinema. No ritmo do Batman, Robin e Eternamente, Joel Schumacher solta o filme baseando no espetáculo famoso e se dá bem! O filme pega a gente pelas história clássica, pelos personagens, pela adaptação do sucesso absoluto da Broadway e pelas musicas. O filme é bom! Pronto! Mas poderia ter um capricho cenográfico muito melhor, não que isso atrapalhe. Geralmente esses detalhes eu quero que se foda, mas estamos ainda em ritmo de carnaval, então eu tive que dar a nota.
Alegorias e Adereços... Nota 5.32 o resto cansa um pouco, mas é foda.
Gostei muito do trio Rossum, Patrick e do Gerard, eles cantam muito bem e a atuação deles foram incrível! Nunca assisti a peça, talvez um dia, mas adoro esse filme, as musicas e "All I Ask of You" eu tenho na playlist. Musica linda demais!
Tem Spoilers, Pop, Six, Squish, Uh-uh, Cicero, Lipschitz...
É um filmaço! "Chicago", foi me conquistando com o tempo. Por anos eu fiquei me com raiva desse filme ter vencido o Oscar na época, mas depois de anos eu posso entender. O filme fez um resgate da cultura de espetáculos americana, com estilos de shows mínimos, mostrados em apresentações de carroceiros, á bares e teatros. Com estilos musicais que vemos em desenhos animados, filmes e séries de TV. "Chicago" pega toda essa cultura do jazz, dilui em musicas e danças, numa história vibrante, engraçada e inteligente.
Baseado no musical homônimo de 1975, escrito por Bob Fosse e Fred Ebb, que por sua vez é baseado em outro musical de 1926, o filme de 2003 de Rob Marshall, conta a história de Roxie Hart (Renée Zellweger), uma aspirante a dançarina que sonha em ter seu próprio show de vaudeville. Tudo vai pro vinagre depois que Roxie é presa pelo assassinato de seu amante, que metia o loco nela, afirmando ser amigo de um grande produtor de espetáculos. Na prisão, ela conhece Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones), outra dançarina acusada de matar a irmã e o marido.
"Chicago" brilha especialmente nos incríveis números musicais, que além de inteligentes, bem construídos e executados, eles constroem de forma brilhantes, parte da história que é contada em forma de musical, em cenas deslumbrantes, com coreografias fantásticas, musicas excelentes, com um elenco de encher os olhos e os ouvidos, que cantam e dançam, as loucuras dos sistema jurídico da Chicago dos anos 20.
Catherine Zeta-Jones (Velma Kelly) e Renée Zellweger (Roxie Hart), fizeram miséria nesse filme! As duas cantaram muito! Zeta-Jones era uma mistura de voz & beleza, o timbre dos vozeirões clássicos dos musicais e uma beleza que não deixa você parar de secar ela por um segundo! Quando ela parece em cena, sua esposa pode até te largar se você dar muita goela! Já Zellweger tem aquele impacto contrário no filme, ela arrumada é bonitinha, parece que vai dar uns mi mi mi, mas ela canta de forma variada com aquela voz rouquinha, conversa bastante com a plateia, e tem todas as ações dramáticas do filme e nisso ela é foda! A bichinha arrebenta em cena!
Richard Gere (Billy Flynn), me impressionou! Ele não é cantor, mas é um ator fenomenal! Tirou de letra o seu personagem, soube cativar a gente nos números musicais, onde canta, dança e sapateia, fazendo jus as gringos nessa arte. Os números musicais mais inteligentes do filme foram o dele, nas cenas do tribunal, onde tudo se transformou num circo em que ele controlava e no sapateado, onde ele destruída as provas do promotor, fora ele chegando num carro formado por mulheres.
O tango do Ele mereceu! "Cell Block Tango", "O show de marionetes "We Both Reached For The Gun", a já falada musica do tribunal "Razzle Dazzle" e a Mamma Queen Latifa dando a real na cadeia com "When You're Good to Mama", não podem deixar de ser citados! Cenas geniais!
"Chicago" de Rob Marshall, foi um filme que adaptou, pegou, recortou e resgatou o maior musical americano já feito. É o segundo show mais longo de todos os tempos a ser exibido na Broadway, ficando apenas atrás de "O Fantasma da Ópera", superando "Cats" em 2014, quando chegou na sua 7.486a apresentação.
É um filme da indústria que ganhou muitos prêmios dela, inclusive o Oscar, mas também é um filme que melhor representa a história da cultura dos musicais gringos em todos os tempos. Poderia ser um musical qualquer, com cantorias e danças, mas é um filme que recria de forma incrível, a cultural efervescente da época, num momento politico e social gravíssimo, que através de anos, foi transformado em musica, dança e show. A arte imita a vida, ou a vida imita a arte. Não sei, mas o show não pode parar.
Frenético, alucinante, barulhento e foda! "Moulin Rouge: Amor em Vermelho" foi aquele musical que mordeu a orelha de todo mundo nos anos 2000. Com uma estética colorida, extravagante e visualmente deslumbrante, o filme de Baz Luhrmann, conta a vida e morte de Satine, a estrela bichada do famoso cabaré Moulin Rouge.
O filme é um turbilhão musical do capeta, que mistura músicas contemporâneas, com clássicos de outros carnavais reinventados. A música desempenha um papel fundamental na narrativa, ajudando a expressar as emoções dos personagens e a impulsionar a trama.
Ewan McGregor e Nicole Kidman, levam a gente sem dificuldades pra esse mundo mágico e sensual. A história de amor entre Christian e Satine é intensa e trágica, repleta de obstáculos e reviravoltas. O filme aborda temas como paixão, sacrifício e a luta entre o amor e as convenções sociais. A química entre McGregor e Kidman é surpreendente, e eles entregam performances emocionantes que cativam a gente que assiste e o público babão de lá.
As cenas são alucinantes, a mistureba musical pop, rock, jazz, tango, eletrônica arrebentou com os conceitos que filmes do gênero tinham. David Bowie, Fatboy Slim, Beck, Madonna, Police, U2, Queen, Nirvana, se transformaram em temas musicais do filme, em cenas fascinantes. A clássica e velha "Nature Boy" virou praticamente a história do Christian (Ewan McGregor) e "Sparklim Diamonds" sexualmente cantada pela Nicole Kidman na hiponizante cena do balancê no Moulin Rouge, se incorporou a personagem de forma única.
A cena vingança no "El tango de Roxanne" foi foda demais! O argentino narcoléptico arrebentou, com a cacoete do filme. O explicativo "Like a Virgin" do Jim Broadbent é de matar! Chega a dar vergonha alheia. E a "The Show Must Go On" foi o atestado de óbito de Santine. Coitada! E quando não tinha nada pra fazer, eles soltavam o "Can Can dance" pra variar. E o povo cantando, gritando, berrando... Esse Baz Luhrmann é dodói mesmo!
As cenas finais são emocionantes, dramáticas e trágicas! O musical que eles fazem no musical é magnífico! O Marajá a princesa e o poeta. O Duque, a Santine e o Christian. A música encenada com a peça, misturada na música dos diamantes com a Chamma Chamma, ficou foda. A Santine morrendo, o Christian destruído de amor, fizeram dos bastidores da apresentação um show a parte. Santine mentindo, o matador caçando o rapaz e a show rolando, afinal ele não pode parar. Deu até dó da bichinha! O rapaz só faltou chamar ela de puta!
Mas...
"A única e maior coisa que você irá aprender É simplesmente amar e ser amado em troca"
E a reviravolta explodiu no fim de um jeito, que não dá pra esquecer! Cantoria, amor, vingança e morte!! Ahh... Santine. Tinha que estivar as canelas lindas suas logo ali? Tudo bem que a sua tragédia era avisada, proclamada e cantada, pelo pobre namorado narrador, desde o início, mas a gente empolgado, acaba esquecendo. Foi foda! Baz zuou o barraco!
Por isso que esse "Moulin Rouge" é bom! Tem uns exagero loco, mas o filme é foda! O visual quase cega a gente, as músicas enlouquecem, mas o filme é bom!
O elenco arrebenta, Nicole Kidman esta linda, sexy, gata, gostosa, maravilhosa, canta dança de um jeito que faz você querer deixar o salário, o 13ª, o aumento e as comissões no colo dela. Ewan McGregor realmente é um ator incrível! O cara já passou por todos os gêneros do cinema e aqui, soltou o gogó sem medo donlado negro da força. E completando temos, John Leguizamo, Jim Broadbent, Richard Roxburgh, Jacek Koman, Kerry Walker, Caroline O’Connor, dão o sangue nas cenas! É um timamaço que trabalha e cumpre bem seus papéis.
Esse filme marcou minha vida. Foi primeiro musical que eu assisti. Não é o melhor que eu já vi, mas é um puta clássico.
P.S. Kylie Minogue como a Fada Verde, eu to verde de tanto ver, mas o Diabo do Ozzy eu nunca vi, até hoje!
[John Leguizamo:] I only speak the truth I only speak the truth I only speak the truth [louder] I only speak the truth I only speak the truth I only speak the truth I only speak the truth I only speak the...
[Alka Yagnik:] Chamma chamma re chamma chamma Chamma chamma baaje re meri paejaniyaan Re chamma chamma baaje re meri paejaniyaan Tere paas aaun teri, saanson mein samaun...
Chamma chamma re chamma chamma Chamma chamma baaje re meri paejaniyaan re Chamma chamma baaje re meri paejaniyaan (chamma chamma) Baaje re meri paejaniyaan... Re meri paejaniyaan (eh, chamma chamma)
(Eh, chamma chamma) (Chamma chamma baaje re meri chamma) Oh, yeah yeah... oh uo uo... (Baaje re meri paejaniyaan) (Baaje re meri paejaniyaan) Tere paas aaun teri Saanson mein samaun teri Saanson mein samaun raja!
Men cold..., girls old.... And we all lose our charms in the end...
Oooooooooh.......
[All:] Diamonds are the..., Diamonds are the..., Diamonds are the..., Diamonds are the..., Diamonds are the..., Diamonds are the..., [slower] Diamonds are the....
Ahh... Os anos 80! Filmes, musicas, TV, games e gibis! Não teve época melhor! Quando eu ouvi falar que fariam um musical sobre o rock oitentista, eu perdi o sono por três dias! O que será, que será? Eu pensei... Quando eu descobri que era sobre rock farofa, pensei "Puta Merda! Vai ser loco!!", mas "Rock of Ages: O Filme", ficou muito, muito, muito, muito abaixo do que eu esperava!
O musical é divertido e alegre, mas a trama é rasa demais, pra não dizer fraca. O que leva o filme são os muitos clássicos da época, só que porém o que eles fazem com as musicas está longe de fazer a gente se jogar na nostalgia 80's. A imersão é minúscula, muito mais anos 2000 genérico do que a new wave oitentista. Confesso que tem bons momentos, mas bons momentos dentro de uma história medíocre e esquecível.
A trama Saia de uma cidade pequena, chegava de buzão prateado com a mala nas mãos e uns trocados no bolso. A trama segue o roteiro real das pessoas que vão pra Los Angeles em em busca do sucesso e da fama. O sonho americano de fazer sucesso em Hollywood, sempre foi o mesmo. Uma pessoa que mora numa cidadezinha pequena, quer ser o Elvis, o Axel Rose, a Marilyn ou a Elizabeth Taylor, pega o buzão prateado e vai pra grande putona tentar a sorte. O de Sherrie, não foi diferente.
Sherrie Julianne Hough) é uma jovem linda, com pouco dinheiro, mas com uma coleção de vinil loca nas mãos. Quando chega ela é roubada, mas ela ajuda em Drew (Diego Boneta), que arruma um trampo pra ela como garçonete na casa de shows chamada Bourbon, o Circo Voador de L.A. que ele trabalha. Os dois ficam namorados, rola uns beijos com muita musica e dança e tal.
Mas os donos do local Dennis Dupree (Alec Baldwin) e Lonny Barnett (Russell Brand) estão com a corda da guitarra no pescoço, a casa deve até pras barata e está quase fechando as portas, mas com a ajuda dos show do astro Stacee Jaxx (Tom Cruise), tudo pode mudar. Só que na vida dos donos e do jovem casal, tem um empresário safado, como era clássico na época e uma turma conservadora fazendo piquete na frente do local, lideradas por Patricia Whitmore (Catherine Zeta-Jones), garota que quer ver Stacee Jaxx, na sarjeta, sem antes tira-lo de um outro lugar...
O filme é meio sem graça no começo, ganha força por causa das musicas e pelo esforço nostálgico, mas via cansando. Só depois da personagem de Malin Åkerman (Constance Sack), entrar em cena, é que o filme decola mais. Eu me diverti, mas quando o filme acaba, você esquece da trama quase que inteirinha, só sobrando mesmo na mente, o lance da pessoa que mora numa cidadezinha pequena, quer ser o Elvis, o Axel Rose, a Marilyn ou a Elizabeth Taylor, pega o buzão prateado e vai pra grande putona tentar a sorte...
O Tom Cruise está bem e praticamente carrega o filme inteiro nas costa velha dele, com seu Stacee Jaxx Axel Rose. A Catherine Zeta-Jones está hilária como a beata anti Rock, mais um pouco a Malin Åkerman com sua repórter da Rolling Stone, rouba a cena com o Tom no filme, Diego Boneta e Julianne Hough, segue o plano. Alias, todos seguem o plano do filme. Prefiro minhas playlists...
2. Sister Christian / Just Like Paradise / Nothin' But a Good Time Letra por Kelly Keagy Letra por David Lee Roth e Brett Tuggle Música por Bobby Dall, C.C. Deville, Bret Michaels e Rikki Rockett Letra por Rikki Rockett, Bobby Dall, C.C. Deville e Bret Michaels (Nothin' But a Good Time) Interpretada por Julianne Hough, Diego Boneta, Russell Brand e Alec Baldwin
3. Hit Me With Your Best Shot Interpretada por Catherine Zeta-Jones
4. Waiting for a Girl Like You Letra por Mick Jones Interpretada por Diego Boneta e Julianne Hough
5. More Than Words / Heaven Interpretada por Julianne Hough e Diego Boneta
6. Wanted Dead or Alive Letra por Jon Bon Jovi e Richie Sambora Interpretada por Tom Cruise e Julianne Hough
7. I Want to Know What Love Is Letra por Mick Jones Interpretada por Tom Cruise e Malin Akerman
8. I Wanna Rock Letra por Dee Snider Interpretada por Diego Boneta
9. Pour Some Sugar On Me Interpretada por Tom Cruise
10. Harden My Heart Letra por Marv Ross Interpretada por Julianne Hough e Mary J. Blige
11. Shadows of the Night Letra por D.L. Byron Interpretada por Julianne Hough e Mary J. Blige
12. Here I Go Again Letra por David Coverdale e Bernie Marsden Interpretada por Diego Boneta, Paul Giamatti, Julianne Hough, Mary J. Blige e Tom Cruise
13. I Can't Fight This Feeling Letra por Kevin Cronin Interpretada por Alec Baldwin e Russell Brand
14. Any Way You Want It Letra por Neal Schon, Steve Perry Interpretada por Mary J. Blige, Constantine Maroulis e Julianne Hough
15. Undercover Love Interpretada por Diego Boneta
16. Every Rose Has Its Thorn Letra por Bobby Dall, Bruce Anthony Johannesson, Rikki Rockett e Brett Michael Interpretada por Julianne Hough, Diego Boneta, Mary J. Blige e Tom Cruise
17. Rock You Like A Hurricane Interpretada por Julianne Hough e Tom Cruise
18. We Built This City / We're Not Gonna Take It! Interpretada por Russell Brand e Catherine Zeta-Jones
19. Don't Stop Belevin' Letra por Neal Schon, Steve Perry e Jonathan Cain Interpretada por Diego Boneta, Julianne Hough, Mary J. Blige, Tom Cruise, Alec Baldwin, Catherine Zeta-Jones e Russell Brand
20. Juke Box Hero / I Love Rock n Roll Letra por Alan Merrill e Jake Hooker (I Love Rock N Roll) Letra por Mick Jones e Lou Gramm (Juke Box Hero) Interpretada por Diego Boneta, Alec Baldwin, Russell Brand e Julianne Hough
De uma forma bem lúdica, colorida cheia de CG, no melhor estilo X-Men e Changeman, "O Rei do Show" vem contar a história de P.T. Barnum, um milionário do mundo do entretenimento gringo entre os séculos séculos 19 e 20. Um verdadeiro um showman da vida. Barnum aproveitou aproveitou as pessoas deformadas e deficientes que ele encontrava e fez miséria em apresentações EUA a fora.
Anão, Mulher Barbada, sereia, mulheres gordas (Obesidade Mórbida), engolidores de espada, contorcionistas, gêmeos, albinos, cartomantes e até um garoto com rosto de Leão. Nasceu com essas características e trombar com ele, já era. Virava atração!
Como Hollywood é uma putona, o "Circo de Horrores" como era chamado, virou esse filme incrível de Michael Gracey. Fato absurdo, ridículo e nada haver com a história real do P.T. Barnum, que realmente só se aproveitou das características e deformidades físicas das atrações para montar um espetáculo de baixo escalão, onde o dinheiro e o lucro das apresentações era o que valiam pra ele. E foda-se o anão e a Mulher Barbada.
Hugh Jackman vive P.T. Barnum, um funcionário de uma firma falida que mete o loco na firma falida, mete o loco no banco, compra imóvel, e usa pessoas pobres e com problemas físicos como atração de circo, fica rico, vira showman e recebe os aplausos do povo saudável e feliz da plateia (porque não era o filho deles que estava ali). O filme navega por essas aguas turvas do entretenimento, mas ninguém via a real. A alegria, as cores e as musicas da incrível produção passa um pano loco em tudo. Só depois dum paraunuê com a Change Barba, que o filme mostra um pouco da personalidade safada do P.T. Barnum.
Mas antes do paraunuê, "O Rei do Show", diverte a gente pra caceta, com músicas foda e bem radiofônicas, coisa que eu escutei na época no vizinho com o radio tocando a 5 km de distancia da minha casa e não sabia que era do bendito musical do Wolverine.
O tema "This is me" é foda! A cena dos Changeman invadindo o salão foi marcante. Hugh Jackman arrebenta nas música catando "The Greatest Show" no final mais foda ainda! A deusa nórdica da minha vida, linda de morrer Rebecca Ferguson (Jenny Lind), destrói meu mundo cantando "Never Enough"! Mano que voz! Cê é loco! Que boca que corpo, te amo Rebecca Ferguson. Uma musica linda, numa cena marcante, com uma voz de anjo, mas numa personagem com manto de cachorra viu. "A Million Dreams" com os novinho cantando, com o pai deles, também ganharam meu coração, fofa fofa fofa.
Pra mim, o número do Zac Efron com a Samadaya lá nas cordas, cantando "Rewrite the Stars" foi plasticamente o mais foda do filme. A musica é linda, mas a musica, perde pra "Never Enough" da minha esposa. Zendaya (Anna Wheeler), corria no ar pelas cordas, cena incrível e de muito bom gosto.
Gostei da chegada que a Mulher Barba (Keala Settle), deu no Barnum, quando ele excluiu negativou, bloqueou, #elesnao, por causa da deformidade e feiuras das atrações do circo dele!! Ahhh... Mano. A Mina enrolou o bigode e foi pra cima do Paquito cantando "This is me"! Foi foda! Aquilo que o filme deveria ter mostrado com mais evidencia, que até o produtor tinha preconceito deles.
Depois teve o romance bobo com a Jenny Lind e o Barnum, coisa que fez ele perder a esposa, depois o circo, a casa e tudo. Só não perdeu os amigos, os caras excluídos que ele indiretamente e diretamente no automático tinha preconceito. O povo que olhava pra ele e queria que se foda se ele era alto, magro, gordo, baixo, sem perna, sem braço, sem pinto.
Você pode sofrer preconceito, sim e muito. Mas só você pode decidir se isso vai te destruir ou não. O fim do filme mostra isso. Liberdade pra eles, porque eles se sentem livres, sendo os artistas que são. Com aplausos ou pedras, o show deles não pode parar.
É isso que eu gosto nesse "O Rei do Show", verdades, mentiras, mas um grande filme.
Monumental, grandioso, épico. A obra de Victor Hugo, nunca ganhou um filme a altura quanto, "Os Miseráveis". Tom Hopper, levou pras telas uma produção magnífica, um filme onde meu coração explodiu de emoção, orgulho e prazer, em assistir algo que transcendeu tudo que eu vi feito no gênero até hoje.
O início apoteótico dos prisioneiros escravos puxando o navio no estaleiro, com tema catastrófico tocando na cena, foi a cena que abriu o filme e que não sai da minha rotina até hoje. Algo que beira ao impossível, chegando a ser monstruoso e quase bíblico.
Hugh Jackman vive Jean Valjean, prisioneiro que cumpre décadas de pena, por causa do pão. Javert (Russell Crowe), é seu algos, seu perseguidor, seu obsessor. Valjean é solto, mas leva a condenação em si próprio resto de sua vida, e marca do preso pra onde ele vai.
O destino faz que ele encontre um padre que acolhe, e o tratando como o filho pródigo, mas em desespero Jean Valjean rouba a igreja e foge, para logo ser capturado pela polícia, e apresentado ao padre. E pra grande surpresa de todos, o padre diz pras autoridades que todas as peças de prata que o home carregava fora da dado de presente por ele.
Por esse ato, Jean Valjean faz um juramento, um pacto consigo e com Deus, de ser um homem nobre e justo, de estar a altura do enorme gesto de bondade que o sacerdote lhe concedeu numa situação na qual uma palavra ele voltaria para a prisão por resto de sua vida. Tudo isso em cenas dramáticas, imagens belíssimas e temas musicais maravilhosos!
Pelas mãos de Tom Hooper, Hugh Jackman, Russell Crowe, Eddie Redmayne, Amanda Seyfried, Samantha Barks, Helena Bonham Carter, Aaron Tveit, Sacha Baron Cohen, Daniel Huttlestone e grande elenco, materializam com uma incrível capacidade, um dos maiores dramas literários de todos os tempos, num musical inigualável, numa produção fantástica, com uma trilha sonora inspiradíssima, com temas lindos e letras que descrevem os eventos com a poesia que a obra de literária merece.
As atuações são magnificas, Hugh Jackman teve fez o melhor trabalho de sua carreira, o ator mostrou uma capacidade que eu desconhecia. Ele deu a Jean Valjean, o desespero que o personagem tinha, o poder que ele precisava e a alma que ele buscava; com um canto poderoso, expressões faciais cheia de dor e esperança.
E enquanto Jean Valjean corria de Javert, a França era um barril de pólvora! Com gritos de revoluções nas ruas, os corações dos personagens gritavam por amor! Anos depois já estabelecido, quis o destino que Jean Valjean encontrasse a bela Fantine, que em tortuosos acontecimentos, fez sua vida reencontrar novamente a sua promessa a Deus, em tristes cenas, onde Anne Hathaway leva a gente ao fim do mundo, ou melhor, num submundo que só Deus pra fazer a gente aceitar.
Com o terrível destino de Fantine, o filme coloca os pés no segundo ato, com Jean Valjean novamente como fugitivo 24601, fazendo valer a promessa dele a moribunda de encontrar sua filha, protege-la e ama-la. Cosette (Isabelle Allen, a linda garotinha do cartaz), vivia praticamente num bordel aos cuidados da madame e do monsieur Thénardier, dois dos maiores pilantras de todos os tempos, nos papeis inacreditáveis de Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen, onde ela é tratada como empregada.
Ao som de "Master Of The House", as cenas são indescritíveis! É o fim dos tempos, só perde pros Três Poderes do Brasil. Sacha dá um show, como o mestre da casa e a música realmente é fora de série. Tanto as melodia e letra, encaixam direitinho nas cenas terrives e engraçadas do lugar e dos dois vagabundos! Só sendo o Wolverine mesmo para resgatar a bichinha de lá!
O quarto ato do filme, a revolução está a caminho! Cosette agora moça (Amanda Seyfried) encontra Marius (Eddie Redmayne), um dos jovens revolucionários, onde eles tem amor a primeira pica. Mas a revolução vinha forte junto, tendo o dente de leite Gavroche (Daniel Huttlestone), quase como um símbolo e o velho e ruim Javert recuperando suas esperanças em encontrar o fugitivo 24601, graças a um certo casal de pilantras, que não se conformavam de ter perdido a empregada por tão pouco.
Ver o amor de Cosette e Marius em meio ao padrasto protegendo-a, do velho perseguidor, dos vagabundos e confronto dos jovens revolucionários, deram ao filme, um poder grandioso nas cenas, onde as musicas e as letras narravam os atos que seguiam, onde drama, morte, paixão e romance, não me deixavam estar na realidade de São Paulo 2024. vagnerfoxx era retirado do sofá novamente para viver a Paris de 1832, cantando:
"Vermelho, o sangue de homens raivosos! Preto, a escuridão de épocas passadas! Vermelho, um mundo prestes a amanhecer! Preto, a noite que enfim se acaba!"
A batalha covarde e sangrenta em Paris, a triste morte de Gavroche, a captura de Javert, os atos de coragem, bondade e sacrifício de Jean Valjean, dão ao filme momentos lindos! Tom Hooper capta a alma do livro, e transforma os temas do musical da broadway, num filme que você não quer que acaba! O filme beira a perfeição! A produção é épica, as atuações são espetaculares, as musicas, como já falei varias vezes, são belíssimas!
O desfecho de tudo, é tão lindo, que não só honra a peça de 1980, mas a obra de Victor Hugo. Sempre vai haver diferenças, mas a alma captada da forma que foi, é raro de acontecer no cinema. Fazer um musical desse pro cinema é algo impensável, se não tiver uma criação parecida antes. E o musical oitentista foi a base de criação do filme! Hooper consegui transpor, mas o teatro é foda! Ele foi o esqueleto, parte cérebro e o coração do filme!
As cenas finais do filme me matam! Socorro! Coisa mais linda e triste! A alma vencedora de Jean Valjean, dando satisfação ao espirito de Fantine, pelos seus atos, com Cosette e Marius, dando gratidão eterna por tudo que ele foi, mareja os olhos desse vil comentarista, enquanto escreve! Cê é loco! Obra prima!
Tom Hooper genial; Hugh Jackman, monstro! Russell Crowe de Araújo🦊 sem vóz, mas foda. Eddie Redmayne e Amanda Seyfried e Samantha Barks foram emoção pura. Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen impossíveis!
Assisti no cinema sem saber que era musical, tenho o ingresso guardado até hoje e DVD na coleção! Filme miserável de bom!
Você consegue ouvir as pessoas cantando Perdidas no vale da noite? É a musica de um povo Que está subindo para a luz
Para os miseráveis da terra Existe uma chama que nunca morre Até a noite mais escura vai terminar E o sol vai nascer
Eles viverão de novo em liberdade No jardim do Senhor Eles caminharão atrás do arado Eles guardarão a espada A corrente será quebrada E todo homem terá sua recompensa
Você se juntará a nós na nossa cruzada? Quem será forte e ficará comigo? Algum lugar além da barricada Existe um mundo que você espera ver? Você consegue ouvir as pessoas cantando? Diga, você consegue ouvir os tambores distantes? É o futuro que eles trazem Quando o amanhã vem!
Você se juntará a nós na nossa cruzada? Quem será forte e ficará comigo? Algum lugar além da barricada Existe um mundo que você espera ver? Você consegue ouvir as pessoas cantando? Diga, você consegue ouvir os tambores distantes? É o futuro que eles trazem Quando o amanhã vem... O amanhã vem!
Sonho, realidade, sonho... "La La Land: Cantando Estações", tira você da realidade sem graça dos dias de hoje e faz você dançar, com musicas que grudam no ouvidos e cenas que fazem nossa retina brilhar.
Continue sonhando... Sebastian e Mia, tinham um sonho. Ela queria ser uma atriz famosa em Hollywood, ele ter um bar de Jazz e resgatar o ritmo que perdia o lugar para o mundo moderno que vivemos hoje. Eles se trombaram nas ruas, quer dizer no transfinito. Ele nervoso, ela tranquila, depois veio a festa, um encontro, o beijo, o namoro. Mas de repente, sem mais, o sonho acabou.
Com uma história simples e sem uma trama mirabolante, Damien Chazelle nos leva pra a essência dos musicais da velha Hollywood putona, com musicas contagiantes, temas belíssimos, acompanhados de danças no velho e bom sapateado, numa fotografia linda, em cores e os planos de câmera meticulosamente trabalhados para nos transportar à atmosfera dos antigos musicais.
Emma Stone e Ryan Gosling, dão um verdadeiro show e atuação, com uma química rara, além do talento dramático, os dois dançam demais e cantam feito uns fila da puta! As coreografias são um espetáculo á parte, coreógrafo Mandy Moore, transformou a rampa de uma rodovia, num espetáculo de dança, um pequeno apartamento num show, um conservatório num sonho e uma rua dos morros de L.A. em momentos que só os musicais conseguem mostrar. Com cores e luzes, que parecem que foram tiradas de um sonho bom ou arrancada de uma realidade que não vemos.
Mas tudo se perde, com dificuldades, pressões e fracassos do caminhos, sinceramente eu não sei porque John Legend apareceu no filme para viver "Keith", onde ele representou a pedra da crise, da correria, do excesso de trabalho, do estresse da vida conjugal. Então, o que era sonho foi virando quase que um pesadelo.
Faltou eles acreditarem, faltou eles se jogarem pra vida! Realmente acreditar no sonho que eles imaginavam dele, não no que era fácil, mas no que era mais louco a se fazer. Na musica "Audition (The Fools Who Dream)" Audição (Os Tolos Que Sonham), é declarado isso:
""Minha tia morava em Paris Lembro que ela costumava chegar em casa e nos contar Histórias sobre morar no exterior e lembro que ela nos disse que pulou no rio uma vez Descalça
Ela sorriu Saltou, sem olhar E caiu dentro do Sena! A água estava congelando Ela passou um mês espirrando Mas disse que faria isso mais uma vez
Um brinde para aqueles Que sonham Por mais tolos que pareçam Um brinde aos corações Que sofrem Um brinde para a bagunça Que nós fazemos""
Nas cenas finais, quando eles se reencontram anos depois, eles são levados ao mundo da felicidade que os dois buscaram, mas desistiram por causa da realidade fria, corrida e com as aparentes separações que a vida impõe, e nós abraçamos. Eles deixaram de sonhar, eles não foram loucos, eles não bagunçaram a vida deles, para viver a vida dos sonhos que eles sempre buscaram.
A troca de olhares no reencontro deles no Jazz Club de Sebastian quase congela eles de tanta amargura, mas tudo volta a ser "La La Land", a realidade some e o mundo dos sonhos retorna, pra mostrar pra eles, a vida que eles perderam. Loucuras, amor, alegria e muita bagunça! Ahhh... Que farra foi aquelas cenas! Mas tudo acaba quando a musica termina. A despedida de Mia e Sebastian, carrega uma tristeza tão grande, que nem a nova troca de olhares deles, com sorriso forçado e olhos marejados, tiram o arrependimento de seus rostos.
Eles escolheram a felicidade que o mundo real e forma felizes como todos. Mas agora pergunte aos loucos, como eles foram felizes acreditando até o ultimo sanguinho no sonho deles...
"Não sei qual é o segredo do sucesso, mas o fracasso é agradar a todos..."
Racismo, preconceito, brigas, disputas, ódio e morte! Nunca o amor precisou ser tão sublime numa história, como esta. Steven Spielberg refaz o clássico dos anos sessenta, com graça, cores e muita emoção.
Nesse Romeu e Julieta do lado Oeste de Nova York, americanos X porto-riquenhos, lutam por território e por suas vidas, mas nessa intensa disputa, um romance entre eles surge. Tony (Ansel Elgort) e Maria (Rachel Zegler), desafiam a cultura, raças e disputas, com um amor sublime, um amor que não vê raças, classes e pessoas.
Mas os Jets e os Sharks, tinham outros planos, onde um deles não caberia no mundo do outro. Mas quis o destino que no veneno desse ódio todo, fosse feito o remédio do amor para cura deles. Remédio esse amargo, mas necessário, pra um mundo que você ainda precisa deixar no sangue no espinho, para poder pegar uma flor.
Aquelas imagens de câmeras que o Spielberg tirou do inicio, me fez perder o GPS meu! Que loco! Antes ele fazia isso com uma grua, depois com CGs impossíveis e exagerados, mas o drone fez a festa mostrando as ruinas (Acho). A fotografia inicial nas ruinas, tira as cores da fotografia, mostrando um lugar decadente e sem vida, onde parece ser ali, a alma das gangues, mas depois o filme explode em cores múltiplas, mostrando a alegria da dança salvando tudo nas ruas, nos dias quentes e ensolarados e nas tristes noites noir, onde a solidão das musicas, ganhavam vida nas vozes de Ansel Elgort (Tony) e Rachel Zegler (Maria).
Diferente do filme sessentista, Spielberg acerta em fazer um elenco de latinos, para representar os Sharks, mandando uma real pra Hollywood, coisa justa que deixou o filme mais charmoso e até original. O elenco mais jovem, deu o frescor que o filme merecia, onde a imagem da delinquência dos personagens precisava de rostos mais adolescentes, e que representasse isso.
Ariana DeBose, David Álvarez, Kevin Csolak, Mike Faist, Talia Ryder, Kyle Allen, Maddie Ziegler, Josh Andres Rivera e muita gente, tinham isso de sobra, e cada um na etinia mostrada, souberam com seus personagens, traduzir em estado de jovens e sofridos imigrantes porto-riquenhos e dos americanos de ascendência polonesa e irlandesa, sempre foram tratados como sub raça, pelos americanos, com pedigree mais rico. Quer dizer, a luta deles é uma ilusão, a disputa é mais racial e de classes, do que qualquer coisa.
As coreografias são geniais, magnificas, antológicas! Puta merda! O trabalho que Justin Peck, fez em cima da coreografia do filme de 1960, e pra se aplaudir até quebrar as mãos! Peck deus as temas do grande maestro Leonard Bernstein, a paixão, a força e a intensidade que a obra precisava. Sinceramente, eu acho impossíveis, as cenas que esse cara coreografou. E o elenco dançando então, só pode ser coisa do capeta!
"Prologo" com Jets e Sharks, "Jet Song" com os Jet nas ruas, "Dance at the Gym" com os Jets e Sharks, na fantástica cena no clube de dança, a belíssima "Tonight" com Tony e Maria cantando o amor deles, e a clássica "America" com Anita, Rosalia e Sharks, num momento épico do filme dos musicais em todos os tempos! "Cool" com Tony e os Jets, também são ótimas, mas "Officer Krupke" com os Jets na cadeia, são inconcebíveis pra mim! Aquela coreografia é inacreditável!
Na hora do confronto o filme ganha um drama enorme, tantos os Jet, quanto os Sharks, cantam junto com Maria e Tony, o tema "Tonight". Quando o sangue corre, bate aquela treva, porque justamente aquele que queria paz, teve que ir pra guerra.
A cena que Tony, recebe a noticia no Estilo Shakespeare da morte de Maria, o rosto do Ansel Elgort se desmancha em dor, como poucas vezes eu vi num filme e num musical.
A cena final é triste demais! Filha da puta!
"Você é a única coisa Que eu vou ver para sempre Em meus olhos, em minhas palavras E em tudo que eu faço Nada mais além de você sempre"
Foi uma grande homenagem! Shakespare, Bernstein, Jerome Robbins, Robert Wise e Natalie Wood devem estar aplaudindo! Rita Moreno tira onda, porque está vivinha da silva vivendo a véia Valentina!
Amei! Acho que vai ser um clássico do clássico, daqui uns anos!
"A vingança Nunca é Plena Mata a Alma e Envenena" - Seu Madruga.
Eram duas Mulher Jovens e Promissoras (Promising Young Woman), mas que depois da violência sofrida por Nina, "Bela Vingança" virou o sentimento, o sentido real do que restou na amiga. Cassandra e Nina, eram estudantes brilhantes, mas tiveram suas vidas destruídas e arruinadas, depois da violência. Uma morreu em virtude do trama e da amargura pela injustiça , a outra morreu tentando fazer.
O filme de Emerald Fennell, é indigesto. Você vê a escoria do mundo, dentro de casa, na escola, na faculdade, no trabalho em toda parte. Pai, mãe, namorado, amigos, colegas, conhecidos e desconhecidos. O atendente, o professor, o médico, a secretária, de todas as raças, todas as cores, ninguém escapa. O vagabundo está na alma, não na cor, na raça, no estado ou país. Homens e mulheres, todos unidos no lema, "Cú de Bêbado Não tem Dono, Quem Mandou Beber, Não é com a Minha Irmã, etc...".
Emerald Fennell mostra o que uma pequena parte da sociedade se tornou, e como ela se protege para manter o sentido artificial que elas encontraram na vida.
Há muitos anos, eu ouvi uma história parecida com essa, sobre uma garota que ficou bêbada e cinco adolescentes a estupraram, fizeram sexo sem o consentimento dela. Mas ela tinha pai, mãe, irmão, tio e amigos. Não demorou para eles saberem quem foram e não demorou para eles fazerem justiça com as próprias mãos. Já que o sistema aqui, protege os bandidos, em vez das vitimas. No outro dia pegaram eles..
São desgraças reais, que foram normalizadas por uma parte da sociedade, tanto os que querem normalizar a cultura do estupro, quanto os que acham normal e justa a vingança.
Cassie (Carey Mulligan), morreu em vida, virou uma alma penada em busca de justiça, que se traduzia em vingança. A arquitetura do seu plano foi, metódica, lenta e no final, suicida. O que impacta mais na história, foi o drama ter sido revelado aos poucos, quase ao mesmo tempo que as cenas delas na noite.
O final do filme, realmente bate um desespero da porra, jamais eu esperava que aquela era a única opção que ela tinha naquele caderninho. Por mais que a gente ache que exista outras opções, ela vivenciou esse lado injustiçado da Força, junto com a vitima que era sua amiga. E se decepcionou alucinadamente junto com ela, que se suicidou por essa situação.
Emerald Fennell mostra isso de forma colorida, mas sem vida, e de forma irônica, faz uma crítica ácida, à cultura do estupro, que muitas vezes minimiza ou ignora as denúncias das vítimas, e protege os agressores. O filme também mostra como as mulheres podem ser cúmplices dessa cultura, ao não apoiar ou acreditar nas vítimas. O humor negro está presente em quase toda trama, em momentos tensos e dramáticos, com um final surpreendente e chocante.
Carey Mulligan, tem uma atuação excelente como Cassie, uma personagem complexa e ambígua, que oscila entre a doçura e a crueldade, a vulnerabilidade e a força, a sanidade e a loucura. Sua vida é amarga, sua busca é justa, mas seu ato desesperado, pra mim ainda é infeliz.
"Bela Vingança" é um bom filme e merece ser visto.
Nos EUA, o termo "Merda" é muito usado no teatro com o significado de boa sorte, mas "Quebra a Perna", também é muito usado pra desejar o mesmo, desde que seja a sua e não a do amigo. "Eu, Tonya" é celebração da inversão de valores, a glorificação dos bandidos e a exaltação dos crimes. Hollywood é puta. Salve os vilões.
“Eu, Tonya”, conta a história de Tonya Harding, uma patinadora raçuda, briguenta e muito talentosa, que se envolveu num dos maiores paranauê do esporte que eu ja vi na minha vida. A Mina sofreu com uma mãe fria, frigida e congelada, um marido batedor e covarde, falta de recursos pra treinar e competir iguais as suas colegas, coisa que levou ela a sofrer bullying na escola.
Todo esse dano emocional, foi incorporado no seu caráter de mulher e no seu mindset esportivo, prejudicando e muito ela, nas varias competições que e disputava e mais tarde pra um escândalo da porra! Coisa de Lucina Gimenez! No maior estilo Scorsese de fazer cinema, Craig Gillespie acerta a perna na narrativa, com uma cinebiografia vibrante, engraçada e cheia de emoção.
“Eu, Tonya” foge do formato tradicional das cinebiografias, com entrevistas realizadas com as personagens do babado. Além da própria Tonya, sua frigida mãe LaVona, seu ex-marido Jeff Gillooly e o comparsa Shawn. O filme mostra como Tonya foi vítima de abusos, violências e preconceitos ao longo da sua vida e da sua carreira na patinação artística, e como ela se envolveu no escândalo que abalou o mundo do esporte em 1994, quando Jeff e Shawn planejaram e executaram um ataque contra o Alain Prost da sua vida, a sua maior concorrente, Nancy Kerrigan.
O diretor Craig Gillespie cria uma narrativa fluida, sarcástica e vibrante, que mistura humor negro, drama e ação. O estilão "Lobo" do Scorsese dá aquela quebrada na edição e no ritmo do filme, com os personagens interagindo com as cenas e a narração da Tonya, fazendo que eles se dirigem a gente, dando explicações de seus atos.
As atuações são excelentes, Margot Robbie foi sensacional, se aquilo que ela fazia não for GC, dublê, clone, a bichinha pode investir nesse esporte, porque vai dar ouro! Os duplo twist carpado que ela dava no gelo, faziam meu frízer gelar de emoção! A entrega foi total! Margot colocou a alma na ponta da chuteira e fez miséria em cena! A Mina se joga no filme, se entrega de corpo e alma na Tonya, com força e capacidade, mas mostrando os duros e dramáticos complexos que ela vivia. Mas nada justifica o que ela fez com sua colega de equipe.
“Eu, Tonya” é um filme que provoca reflexões sobre a sociedade gringa e a competição louca e eterna que eles vivem entre si, pra ver qual vizinho tem a grama mais verde. Sofrer na vida, tooooooodo mundo sofre, o que vai diferenciar você no final, é como você soube lidar com os problemas que você teve. Tonya tinha um talento da porra, sofreu de tudo que é jeito, mas não aguentou o tranco, fez bosta e se fudeu.
Além de entrar em cana e ser varrida desse esporte nos EUA, Tonya encerrou sua carreira. Enquanto Nancy, ganhou a medalha de prata nas Olimpíadas de Inverno de 1994 e após o incidente, entrou para o hall da fama dos EUA. Inclusive, ela participa ainda de quadros e programas de famosos, como o Dancing with Stars (Dança dos Famosos), enquanto Tonya tornou-se uma paisagista.
O filme excelente, engraçado, inteligente, muito bem produzido e dirigido e tem atuações sensacionais, dando uma indicação ao Oscar para Margot Robbie. Mas eu preferiria um filme sobre a Nancy Kerrigan, e como ela superou tudo isso.
Sacrifício, humilhação, loucura, vingança! Essas quatro palavras não são parar definir um filme do Cronenberg ou do Lynch, são para descrever "Whiplash: Em Busca da Perfeição" do novinho Damien Chazelle.
Eu acho que quase todas escolas oitentistas, operavam no módulo "Terence Fletcher" de ensino, porque você era surrado nas aulas, mas você aprendia que era uma beleza!
“Whiplash" é um filme que conta a história de Andrew Neiman, um jovem baterista de jazz que sonha em ser um dos melhores do genero, aquela coisa de musico... Ele estuda em uma renomada escola de música, onde conhece o professor Satanás Fletcher, um maestro exigente e abusivo que usa métodos medievais para extrair o máximo de seus alunos. Com um sarcasmo lindo e crueldade justa com seus escravos, o filme mostra a relação tempestuosa do cãofessor com os alunos, mas bate de frente com o novato Andrew Neiman, um promissor baterista de jazz, que viveu o inferno na terra, nas mãos do desse demônio careca para ingressar na sua banda, ser o baterista oficial e mostrar pra ele, pra familia e pro mundo, que ele é foda.
Mas como Deus escreve certos em linhas tortas, é justo dizer que essas linhas zuadas, somos nós e o Diabo é o caderno. Andrew tem aquele azar bíblico, carmático e cósmico na estória história, num momento chave na banda, e perdeu o lugar, a namorada, a moral e só faltou acabar na vida na banda de churrascaria da equina. E depois de uma situação, ele ainda fode o professor, num X9 feio, aqueles ataques covardes que só ocorre nas 5ª séries da vida...
Mas numa mão do filme, anos depois ele reencontra o antigo professor que depois de algumas conversas, ele o convida seu antigo aluno para tocar na sua banda, onde ocorre um dos momentos mais fantásticos dos filmes de musica no cinema, com cenas que impressionam e inspiram até hoje.
Magistralmente escrito e dirigido por Damien Chazelle, "Whiplash: Em Busca da Perfeição" teve essa história, inspirada em sua própria experiência como baterista. O filme tem uma trilha sonora marcante, composta por clássicos do jazz, numa montagem dinâmica, que acompanha o ritmo acelerado das cenas, com os atores e elenco vibrando em cada nota.
Miles Teller, que interpreta Andrew, já tocava bateria desde os 15 anos, mas teve que ser o baterista que o personagem mostrava em cena, um baterista de jazz e o cara conseguiu! Cê é loco! Tocar bateria é uma coisa, fazer o que ele fez foi foda demais! J.K. Simmons, que interpreta o terrivel maestro e professor Terence Fletcher ganhou o Oscar de ator coadjuvante com seu personagem. Mas eu sempre achei que a aura do seu premio, foi muito pela atuação do Miles Teller e seu Andrew, na bateria em cena com ele.
As cenas finais do filme, são antológicas! A vingança sádica operada de forma doentia do professor, é superada com força, talento e coragem do ex aluno, com um solo selvagem de bateria, que varreu, detonou e explodiu, toda raiva, revolta, ódio, vingança, humilhação e loucura que existiam entre eles. Num momento de prazer e satisfação, que os dois nunca sentiram em suas vidas. Sangue, suor, lagrimas, loucura, força, talento, liberdade, plenitude e perfeição. isso é Jazz, isso é Whiplash.
Paqueras, amizades, aventuras e namoro. "Licorice Pizza" não é um filme sobre o sagrado prato italiano, mas que o filme é gostoso de se assistir, isso eu não tenho dividas!
Gary e Alana, ele tem 15 e ela 25, eles se apaixonam. São os anos 70 baby! Vai perguntar pra tua tia, quantos anos tinha o namorado dela, pra você ver! O bicho pode ser até o teu tio rsrsrs... Paul Thomas Anderson voltou meio que pra origens, lançando um filme leve, bobo e alegre. Com aqueles namoricos bobos de se assistir, que você esquece da vida e não quer que ele acabe nunca!
A amizade, a paixão e as aventuras de Gary e Alana, não tem nada de extraordinárias, nada de especial, é um cotidiano quase que comum, com situações hilárias, momentos cômicos, em momentos comuns, mas a forma que Paul Thomas Anderson, coloca isso no filme é simplesmente genial! "Licorice Pizza" é um cotidiano suburbano setentista, com situações aventureiras de um adolescente apaixonado e uma jovem garota.
A relação dos dois, sempre foi de apaixonados que não se assumem, mas que não se largam. Quem não teve ou não viu algo assim. Pessoas amigas, mas que não são. Eles parecem que tem um laço emocional, um compromisso interior, que não pode ser desfeito. Eles são namorados sem namorar, eles tem um compromisso, mas não se assumem. Eles vivem sempre juntos, mas quando se afastam, são derrotados pela ausência do outro.
De alguma forma, Gary e Alana me lembram "Eduardo e Monica" da Legião. Não na imagem real da musica, mas no sentido dos personagens dela. Alana é adulta, Gary é um adolescente, Gary corre, Alana tem carro, Alana é fotografa, Gary foi ser fotografado. Ela sabe o que quer, ele não sabe de nada. Alana tem ideias mais fincadas, Gary é expansivo e arrasta ela pra suas aventuras, coisa que fazia os olhos de Alana brilharem
A história tendo uma aventura besta em torno da loja de colchões d'água de Gary, festas e entregas malucas, eram regadas as frustrações de Alana com o jovem imaturo, e com o espirito jovem e irresponsável de Gary tentando de alguma forma vencer o tempo, se arriscando sem medo, em coisas que lhe batiam na telha. A jovem mulher adulta, estava apaixonada pelo garoto adolescente; e o garoto adolescente, estava apaixonado pela jovem mulher adulta. E isso não tinha como mudar. Não dava. E Paul Thomas Anderson, mostrou que eles não queriam.
Não tem uma ideia pra explicar essas coisas, não tem uma matemática para subtrair e dividir o que era certo do errado neles. Você olha e entende.
"Quem um dia irá dizer Que existe razão Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer Que não existe razão?"
O filme tem cenas simples, mas cheia de tudo que um filme de namorico tem de melhor. São cotidianos, regados a momentos parecidos com alguma coisa na gente. Tem aventuras sim, como as cenas do caminhão, mas nada que tire você das lembranças que você pode ter tido. As cenas finais do filme, com os dois correndo um para o outro, é tão clichê, mas tão perfeita, que aquele escorregão, foi a coisa mais justa que a cenas podia ter.
"Licorice Pizza" é uma comédia romântica, com espirito adolescente, que não quis ser engraçada, nem gloriosa. O filme de Paul Thomas Anderson, quis mostrar uma estória comum, mas cheia de pequenos momentos especiais. Uma coisa que todo mundo nesse planeta de alguma forma tem.
Alana Haim (Alana) e Cooper Hoffman (Gary Valentinee), estiveram brilhantes, não porque fizeram algo fora da caixa na atuação, mas porque eles souberam traduzir os sentimentos, que cada um tinha pelo outro, de uma forma sincera e normal. Sem frases espetaculares, sem atos impossíveis. Gary e Alana, tiveram um amor a primeira vista, uma amor gêmeo, cheio de amizade, alegria, pureza e respeito.
A maturidade dela, sendo desafiada pelas loucuras dele! São os anos 70 baby. E se você puder ou se atrever, pergunte pro seus tios...
"O longa ganhou o título em homenagem a uma rede de lojas de discos de vinil no sul da Califórnia. De acordo com Screen Rant, a franquia funcionou de 1969 a 1986 e teve seu auge nos anos 1970. A loja com nome de Licorice Pizza é mais antiga e vem da dupla de folk Bud & Travis que tentou vender os discos de vinil sem sucesso e decidiram colocar sementes de gergelim de um lado e vendê-los em lojas de ração como “pizzas de alcaçuz” (licorice pizza, em inglês). Por isso a loja ganhou esse nome."
Desorientação, confusão, sofrimento. Doenças mentais são foda, alias qualquer condição de dor que cause a perda da humanidade de alguém não é fácil de se ver. Florian Zeller, mostra um pouco disso.
Você tenta ter as rédeas do filme nas mãos, mas não consegue. A condição que "Meu Pai" coloca você, faz que tudo a sua volta perca a razão. Os planos somem, os personagens viram fantasmas e somente Anthony, permanece real na nossa frente, como referência da realidade. Você tenta controlar e dar explicações rápidas pra si, algo lógico e coerente com nossas expectativas, mas tudo a volta se desfaz, tudo que você imagina desaparece, fazendo que as cenas passam sejam frutos de sonhos e devaneios.
O personagem de Anthony Hopkins, transporta a gente pra realidade dele, onde qualquer situação e personagens, são tratados com alivio e desespero, com medo e confusão, porque você não sabe o quem eles são e nem onde estão. A desorientação e confusão, consegue perturbar a gente, pois essas emoções passam a ser nossas também. Você sente a dor dele em não saber o que está acontecendo, percebe que as certezas deles, não são verdadeiras, mas também sente, nas pessoas a sua volta, a dor e o pesar, que é medido em pessoas que passam por uma situação parecida, cuidando de pacientes iguais a Anthony.
Eu fico tentando traçar quem era quem no mundo de Anthony, mas não me atrevo mais, acho que tudo são reflexos de lembranças de um passado impossível de ser crível, ou de expectativas do que gostaria que eles fossem, ou os devaneios mentais, com as emoções de uma vida toda, mostradas em figuras que foram importantes pro pacientes, mas que não tem uma forma aparente, um lugar certo e uma ação real. Você não sabe quem são, onde estão e o que fazem.
Imaginar uma coisa dessa é foda, descrever isso beira ao impossível, mas mostrar isso na peça de teatro inspirada no filme e produzir um, realmente é digno de aplausos. O roteiro é genial, a história trouxe de uma forma abstrata o sofrimento que não pode ser medido em palavras, descrito nos planos que o personagem vive; a montagem consegue com simplicidade tirar os planos reais da nossa volta, mudando os locais e pessoas, fazendo que o delírio do paciente seja vivido por nós. A direção do Florian, não joga a gente pra um sonho qualquer, ele materializa as perturbações de Anthony, da maneira mais humana e possíveis de se entender, sem que o filme vire uma ficção utópica.
Anthony Hopkins (Anthony), Imogen Poots, Olivia Colman e Olivia Williams.
Grande história! Lembro esse feito da nadadora, mas desconhecia totalmente os detalhes da história dela.
Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin, contam o feito de NYAD, uma nadadora gringa que desafiou os sete mares, atravessando o congestionado estreito marítimo da ilha de Cuba para Flórida, nos EUA. Mostrando pro seu povo, como que foda sair da ilha de Fidel, para tentar sorte em seu país.
Annette Bening vive a nadadora, que auxiliada por sua grande amiga Bonnie Stoll (Jodie Foster), se jogam nas águas, tentando na fé e na coragem, pra superar seus limites, sendo um exemplo sem fim de capacidade e vontade para qualquer pessoa do mundo e em qualquer idade.
A história é muito bem humorada, com diálogos muito cômicos entre as personagens de Annette Bening e Judie Foster, que impressionam nas atuações, mostrando as inúmeras tentativas que a nadadora teve em vencer a fúria do mar e seus perigos.
As cenas são ótimas, os momentos água viva, realmente queima de agonia só de ver, e os fracassos que ocorrem realmente frustram a gente, pelas dificuldades inúmeras que surgem em quem acha que o cansaço é o único inimigo desses feitos.
Achei absolutamente patéticas a abordagem social e política que eles fizeram de Cuba, mostrando imagens de pousadas e casas, como se fossem condomínios em Miami. E outra, a facilidade das viagens para Ilha, sem aquelas restrições para americanos, em locais que pareciam mais as moradias delas, iludem quem assiste, pois fazem você crer que Cuba é livre, rica, próspera e feliz. É a Miami na cama com Paris.
As cenas finais são cheia de emoção, Diana Nyad fez algo que será lembrado eternamente em seu país e no mundo todo. Um exemplo de vontade e resignação, mostrando pra qualquer pessoa, que só fracassam dos seus sonhos, quem desiste deles. Bom filme.
O Conselheiro do Crime
2.4 584Tem Alguns Spoilers...
Você está no cinema seco pra assistir seu filme, e o Cinemark solta o trailer do novo filme do Ridley Scott.
Michael Fassbender, Javier Bardem, Cameron Diaz, Brad Pitt, Penélope Cruz, Natalie Dormer, John Leguizamo, Sam Spruell.
"O Conselheiro do Crime", dia tal tal tal... Num Cinemark perto de você.
Você fala Caraio! Vai ser foda! Mas eu devia ter seguido o conselho de muita gente que viu antes, porque o filme é um porre. "O Conselheiro do Crime" é o pior filme do Ridley Scott que eu ja assisti na minha vida!
O filme tenta ser um thriller inteligente e sofisticado, mas acaba sendo uma história chata, confusa, pretensiosa e enfadonha. Pecando pelo excesso de diálogos filosóficos e metafóricos, que não acrescentam nada à trama e tornam o ritmo lento e arrastado. Os personagens são rasos e sem carisma, as coisas que eles fazem são cantadas e passam a não ter importância, porque você vê que estão todos atolados na lama. Você sabe que vai dar ruim e nem liga pro destino deles.
As melhores partes do filme, estão no trailer filho da puta. A cena da cara perdendo a cabeça na estrada, o Brad Pitt (Westray), morrendo com aquele treco argentino no pescoço e o Javier Bardem (Reiner) narrando pro Michael Fassbender (Conselheiro) o que a Cameron Diaz (Malkina) fez com o filé de Tilápia no para-brisa do carro dele. Aquilo ali foi bom! Amo Tilápia! O resto esquece.
O final então, do telefonema la no fim do mundo pro Conselheiro, foi triste! Mó papo de filósofo de bar, com direito a choro e engasgo.
Agora fiqui sabendo de uma versão estendida de quase 2h20 minutos. Pensei que seria a redenção do Scott, mas não. O sofrimento até foi maior. Diálogos mais longos, mais cansativos e mais chatos. O final do chororô do conselheiro, foi foda. Até eu estava chorando com ele. Triste. Desaconselho.
Imperdoável
3.6 521 Assista AgoraBom filme! Descabelada e só o pó da rabiola, Sandra Bullock quer a irmã de volta, nesse drama da Netflix. "Imperdoável" da Nora Fingscheidt, traz aquela história amarga de alguma coisa que aconteceu no passado e você não sabe, mas que a edição te explica.
A história é tensa, depois que sai da cana, Ruth (Sandra Bullock) vive um dia de cada vez, com aquela promessa judicial de ficar longe de fulano, cicrano e beltrano. Mas o coração bate forte, ela é a Sandra Bullock e sempre resolve tudo. Foi atrás da irmã, querer saber os porquês de tudo, se envolve com Blake (Jon Bernthal), junto com os antigos proprietários de sua casa, Dr. John Ingram (Vincent D'Onofrio) e sua esposa Liz (Viola Davis), e tromba com os filhos da vitima do trágico paraunuê de seu passado.
O filme é bem tenso, bem movimentado e tem ótimas cenas de drama, onde você dá boas mordidas nas unhas. O final é muito bom, Sandra Bullock, irmã, madrastra, sequestrador, advogado, irmã, namorado, todos num balaio só querendo buscando de certa forma, seus interesses. Me lembrou algumas coisas que vi nas Sessão da Tarde da vida. Os catalogo streaming deveria ter mais filmes assim.
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraTem Alguns Spoilers...
Christian Bale, barrigudo, calvo e com uma peruca horrível. Bradley Cooper, policial de barba e com permanente ridículo no cabelo. Amy Adams, linda, sensual e semi-nua. E Jennifer Lawrence, nervosa, gostosa e burra. Esse era o trailer. Tudo ao som de "Good Time, Bad Time", do Led Zeppelin. Como eu podia perder uma coisa dessa no cinema?? Mas eu deveria... O trailer foi foda, mas o filme não chega perto. Foi uma trapaça isso!
David O. Russell, arrancou eu rico dinheirinho fácil nesse filme! Com um trailer matador ao som do Led, eu não pude fazer nada! O filme me pegou pelo bico sem meias conversas. Fui seco pro cinema e a decepção, parece que não termina até hoje. "Trapaça" é uma enganação pura! O filme do Russell, tem uma trama normal, com revelações mínimas e quase sem nenhuma reviravolta. Você fica esperando algo, uma cena, um momento que valide tudo, mas NÃO acontece.
O filme mostra a vida de Irving Rosenfeld (Christian Bale), um trapaceiro que junto com sua amante e sócia Sydney Prosser (Amy Adams), é forçado a colaborar com o agente do FBI Richie DiMaso (Bradley Cooper), que quer usar suas habilidades para prender criminosos de alto escalão. No meio do caminho, eles se envolvem com o político Carmine Polito (Jeremy Renner), que tem boas intenções, mas usa aquelas maracutaia clássicas pra ajudar a comunidade. Além disso, eles têm que lidar com a esposa de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence), que é imprevisível e descompensada.
O encanto do filme está no elenco foda e nos personagens que são pessoal e visualmente muito interessantes. A trama e enredo foram muito pobres e minúsculos pra eles. Bases para uma trama genial a história tinha, mas sumiu, mas parece que alguém foi la no roteiro e meteu uma borracha nas partes mais interessantes. "Trapaça" parece ser a versão C, de algum roteiro que não aceitaram, ou um filme que o diretor estava devendo pro estúdio e fez sem caprichar muito na trama.
Christian Bale impressiona pela transformação física e pela complexidade de seu personagem, que é ao mesmo tempo um vigarista e um homem de família. Amy Adams interpreta uma mulher que usa vários disfarces e sotaques para enganar suas vítimas. Bradley Cooper está divertido, como um agente que não mede as consequências de seus atos. Jennifer Lawrence está quase loca como uma esposa que não sabe o que quer e não sabe o que faz. E Jeremy Renner é o mais simpático da turma, como um político que se deixa levar pela trapaça.
A direção de arte é excelente, recriando o visual extravagante dos anos 70, cheia de detalhes de época e uma trilha sonora que embala as cenas com clássicos do rock, do Led Zeppelin, Elton John, Bee Gees e Electric Light Orchestra. A fotografia é bem colorida e vibrante, contrastando com o tom meio macambuzio da história.
O filme é inspirado em uma operação real do FBI, chamada Abscam, que expôs casos de corrupção envolvendo políticos e mafiosos.
P.S. Michael Peña estava hilário como Sheik e o matador que Robert De Niro fez, ficou igualzinho ao meu tio Roberto. Cê é loco tio Beto. Cê é loco.
Sicario: Terra de Ninguém
3.7 942 Assista AgoraTem Alguns Spoilers...
Tem cidade que é um verdadeiro puxadinho do inferno ,com gente brincado de demônio lá. As vezes você acha que a bandidagem chegou no fundo do poço... Sabe nada inocente! "Sicario: Terra de Ninguém" vem pra serrar as suas pernas, com tequila na boca e La Cucaracha na orelha.
Coitada da Emily Blunt... A bichinha parecia pirulito na boca de criança nas mãos do Josh Brolin (Matt) e Benicio Del Toro (Alejandro). Mal da pra falar da história, porque os filha das putas dessa dupla, vai revelando ela pra nóis aos poucos, junto com a coitada da agente Kate do FBI. Ela está investigando uns carteis de drogas no México, quando estoura um local que parece mais um cemitério clandestino. Depois Boommm... Vem aquela explosão da porra que quase estoura as saídas de áudio do Cinemark do Shopping!
Os caras recruta ela, deixa o Daniel Kaluuya (Agente FBI Reggie) de lado, e segue com a Mina pra pegar os donos o cartel de Juarez no México, lugar que é quase que o Brasil, só que com mais pimenta. Mas Juárez, acho que só meu amigo Fabionildo pra sair vivo. Além de imacumbável, o cara é inatingível, inexplosível e acho que imorrivel; não tem conversa. Só os morro carioca conhece essa lenda urbana!
Denis Villeneuve leva a gente pra essa viagem ao inferno dos cartéis de droga mexicanos, mas não... Ele leva a gente pra conhecer os paranauê que o governo faz pra combater esse mal. É uma guerra, não tem lei, não tem misericórdia e nem Tequila. É ferro quente nas ventras dos vagabundos, seja ele homem, mulher, idoso, criança, gay, woke. Foda-se. No filme de Villeneuve, o mal é combatido com mais mal ainda, maldade, vingança e um esquemão loco! Se aa guerra aumenta a tecnologia, imagina a cocaína?
O que seria das festas gringas sem o pó magico da alegria? O governo sabia, o miliares sabiam, os fila das putas dos agentes sabiam, até o Fabio estava ligado, mas a coitada da Emily Blunt com sua agente Kate não. A bichinha sofreu... Levou porrada, tiro e quase perdeu o briôco com a inocência dela sobre o assunto. Os caras deixaram ela no vácuo... Acho que de propósito, igual aos pé de breque de gravata que queriam cumprimentar os Office Boy na Sé em SP, nos anos 80. Não tinha porque sujar as mãos de Leite de Aveia Davene, por eles...
Quase todo tempo o filme é um silencio da porra, mas quando vem o barulho pode avisar os vizinhos que é filme e que está tudo bem em casa. A tensão nossa vai lá no alto dos aparelhos de pressão caseiro. ?Estourando... Toda hora você pensa: Vai morrer vai morrer vai morrer... Mas ela fica viva. Embora a agente Kate seja um pouco pica, tipo uma piquinha, ela vai pra cima dos caras com o que pode, questionando peitando, até a arma ela aponta. Só que em "Sicario", a coisa que você vê, o negócio que está em jogo, vai muito além das ambições e poderes que governo, policia, FBI e a porra tem.
"Sicario" mostra a desgraceira que é nosso mundo, o que são as pessoas, drogas e tráfico apenas como instrumentos. Morrer, viver, acabar com crime, ter paz ou guerra, apenas depende se alguém vai lucrar com isso. Nós somos meros bonecos controlados, pipas na tempestade, pirulito na boca de criança e supositório na bunda da Mulher Melancia. A gente não é nada! E a Kate, coitada... Linda, corajosa, mesma camiseta, tentou... Mas se fudeu.
"Sicario" é um filme pra te ensinar a ficar mais esperto com as coisas. Nada está errado não La Cucaracha. Sabe aquela frase antiga das campanhas nas escolas "Pessoas que compram droga nas festas de bacana, sustenta as mortes do tráfico" Pois é bacana, agora você sabe porque não acaba.
Continua assistindo televisão, veja novela, BBB, de like nas redes sociais, beba Red Bull, curta sua Macoinha e abrace a lagoa Rodrigo de Freitas. Vai dar tudo certo.
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraTem alguns Spoilers
Quando você começa a assistir o filme, você espera estar preparado, mas é foda. Não tem como não se quebrar todo. Ninguém está preparado pra ver uma história dessa e nem se conformar que é apenas mais um filme sobre o tema. Baseada em fatos reais, ou sendo um embasamento de tudo, "Infiltrado na Klan", não pode ser medido na régua barata dos filmes do tipo. Ku Klux Klan foi e é real; as atrocidades que eles cometeram em nome de uma utopia social, é abominável.
“Infiltrado na Klan” é um filme que nos faz rir e pensar ao mesmo tempo. Através da história do jovem policial negro Ron Stallworth, um negro que consegue se infiltrar na organização racista Ku Klux Klan. Spike Lee faz uma sátira ácida e atual sobre o racismo nos Estados Unidos, mostrando como ele se propaga nas instituições, na mídia, na cultura e na sociedade. E pior... Como ele se normaliza.
Baseado no livro de Ron Stallworth, o filme narra a sua experiência como o primeiro detetive negro da polícia de Colorado Springs, nos anos 70. Com a ajuda de seu parceiro branco e judeu, Flip Zimmerman, que se passa por ele nos encontros presenciais com a Klan, Ron consegue enganar os membros do grupo, inclusive o líder nacional, David Duke, e impedir alguns de seus ataques terroristas.
Ao mesmo tempo em que se envolve com a Klan, Ron investiga também o movimento estudantil negro, liderado por Patrice Dumas, uma ativista que luta pelos direitos civis e pela igualdade, na qual ele se apaixona. Apesar do tema pesado, o filme é repleto de cenas hilárias, que exploram o absurdo e o ridículo das situações que Ron e Flip enfrentam, como as conversas telefônicas com David Duke, as reuniões da Klan, as tentativas de descobrir se Flip é judeu, e a cerimônia de iniciação dos novos membros da Klan.
Mas a tensão ronda o filme todo, com as agressões sofridas por Ron na delegacia, na delicada investigação onde nas ligações telefônicas Ron atendia o telefone, mas Flip é quem frequentava as reuniões, a desconfiança da Klan na sua real identidade, e a ameaça do atentado que eles planejavam lançar na comunidade negra da cidade.
John David Washington em uma atuação incrível como Ron Stallworth e Adam Driver faz a gente gelar a alma, vivendo Ron presencialmente. No elenco ainda tem Topher Grace, vivendo o chefão da Klan David Duke, Jasper Pääkkönen, um Klan louco e Paul Walter Hauser, um Klan bobão e Laura Harrier (Patrice).
Agora o Alec Baldwin (Dr. Kennebrew Beauregard) é o personagem mais perigoso do filme. É aquele cara que foi Ku Klux Klan, vive Ku Klux Klan, ensina Ku Klux Klan, defende Ku Klux Klan e usa Ku Klux Klan pra viver.
"Infiltrado na Klan" é um filme necessário e que precisa ser visto para que ninguém duvide ou desacredite das suas cenas finais.
Casa Gucci
3.2 706 Assista AgoraTem Alguns Spoilers...
Esses italianos, e suas vidas emocionantes! Com um sotaque que você não sabe se é russo ou italiano no filme, Ridley Scott leva mais um episódio do povo do macarrão pros cinemas com seu "Casa Gucci".
De uma forma um pouco mais divertida e bem humorada, Scott mostra os paraunuê na vida de Maurizio Gucci e sua esposa Patrizia Reggiani, personagens de Adam Driver e Lady Gaga, que os levaram a maus negócios, brigas e um fim conturbado pra de relação, fulminando em tesouradas fatais, no meio da rua, banhando a calçada com molho pomodoro.
O filme é muito bem feito, Ridley Scott não poupa em dar pra produção a riqueza que ela precisa, mostrando o luxo da marca famosa e exclusiva, numa época de transição cultural, onde o nome Gucci precisava renascer para um novo tempo, mas não conseguia devido ao próprio estilo da marca que priorizava a tradição em vez da renovação. Essa é apenas a massa desse macarrão do Scott.
No molho, tem Maurizio Gucci, homem sem muita personalidade, que vive sob a tutela forte do pai Rodolfo (Jeremy Irons), mantém como um bom italiano seu filho preso a laço curto. Mas a linda e simpática Patrizia, mulher de personalidade forte, mente aberta e cheia de amor pra dar, naquele corpo lindo que a lady Gaga lhe deu. Os dois se apaixonam e se casam, com o pai do noivo rolando na tarantela e deserdando ele. Lógico.
Além de Maurizio e Patrizia, roubam cena do tio do noivo, Aldo Gucci (Al Pacino) e do primo Paolo no irreconhecível Jared Leto, que embora os dois tenham papeis cruciais na história, eles são o alivio cômico dela. Pacino dispensa comentários, além de explosivo, seu personagem é cheio de alegria e carisma. Agora, demorou pra mim aceitar que o Paolo era o Jared Leto. Cê é loco! O fato de envelhecerem o ator, sempre é bem interessante, mas deixar ele meio dodói das ideias, dando uma personalidade insegura e problemática é pra se lembrar. Grande construção de personagem de Leto, acho que ele fez o mais difícil.
Embora a trama não seja muito movimentada como de costume nos filmes do Scott, o filme me prendeu bastante em mostrar parte da história dessa família, os dramas que eles tiveram, os problemas que marca teve nos 80 e como ela se superou se transformando no que a gente conhece. O drama do casal Maurizio e Patrizia, foi a parte mais dramática do filme, um drama difícil, mas que faz parte da vida. Mas ver disso, sair tanta sede pra passar a tesoura no bambino, foi que me impressionou. Não sabia que até no mundo da costura italiana, as coisas eram resolvidas assim.
"Casa Gucci" do Ridley Scott é um bom filme, mas eu esperava muito mais força no drama e muito mais tensão no suspense e um final mais impactante. Uma história italiana dessa, sobre paixão, ambição e assassinato, a massa precisa estar ao ponto, num molho mais forte, com um vinho tinto bem encorpado. Mamma Mia...
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraAs vezes eu tenho um medo do Scorsese. O bicho sabe falar da máfia de um jeito, que ele acaba parecendo ser o cronista dela, tipo o Nelson Rodrigues. E nos Estados Unidos a coisa é loca. O pais deveria chamar "Estados das Máfias Unidas", porque é foda. É máfia pra tudo.
Você precisa ter paciência e um pouco de conhecimento pra entender "O Irlandês", pois não se trata de um filme só de mafiosos, mas um filme bem politico, que lembra muito as coisas que Oliver Stone fez pro cinema.
Dirigido por Martin Scorsese, o filme conta a história de Frank Sheeran, um assassino de aluguel que trabalhou para a máfia e para o líder sindical Jimmy Hoffa. Estrelado por Robert De Niro, que interpreta Sheeran, o filme usa e abusa do CG, pra rejuvenescer o elenco e contar a história em varias fases de suas vidas, e o resultado é incrível.
Além de De Niro, o filme conta com Joe Pesci, (Russel Bufalino), chefe da família mafiosa, Al Pacino, que vive Jimmy Hoffa, o carismático líder sindical, Harvey Keitel (Angelo Bruno), Stephen Graham (Anthony Provenzano), adversário sindical de Hoffa e Anna Paquin vivendo Peggy, filha do irlandês matador.
O Scorsese, mais uma vez mostra uma incrível habilidade em conduzir uma narrativa longa, complexa e envolvente, que abrange décadas de história americana explorando temas como poder, lealdade, violência, culpa e solidão. O filme é um retrato sombrio e melancólico da vida criminosa e de suas consequências, diferentes de outras obras do diretor, que abordavam o tema de forma mais direta e objetiva.
Você sente que o filme também é um tributo aos grandes atores que protagonizam o filme, que são monstros do cinema e que já trabalharam com Scorsese em outras obras. O diretor que passou os 80 e trá lá lá, colocou o melhor do asilo dele para trabalhar. Robert De Niro, Joe Pesci e Al Pacino e a pontinha do Harvey Keitel, estão impecáveis em seus papéis, e demonstram em cena, uma química instantânea com emoções bem antigas.
Além de Scorsese mostrar a ascensão de um simples caminhoneiro para o mundo da máfia, o diretor mostra vários personagens da trama, com data de morte real anunciada, logo quando entram em cena, os laços de amizades e interesses deles, e a forma cruel e violenta que as mortes aconteciam. O filme adota uma narrativa politizada, ligada diretamente ao mundo politico nas décadas de 50, 60 e 70, onde o papel dos sindicatos não eram muito diferente dos que eram daqui.
Scorsese mostra de forma bem crua, o mundo das cuts gringas e como ela influenciava a sociedade americana com lideres carismáticos e populares, mas que eram pessoas poderosas e perigosas, que faziam frente a politica do pais com interesses ideológicos e comerciais, quase que padronizou a máfia como profissão e descriminalizou seu trabalho. A história podre e não falada dos Kennedys, sobre a possível associação dele com essas pessoas na eleição, onde favores negados, mais associações politicas ao comunismo, foram determinantes para a morte do John Kennedy, como também do seu irmão Robert.
O filme é lento e longo, a narrativa tem esses detalhes históricos, mas a violência e o velho estilo do diretor em falar sobre o assunto, permanece afiado como sempre. O fato dos personagens serem velhos, deu essa desacelerada na forma de conduzir a trama, pois todos eram quase que avós no filme, e a emoção ficou a cargo em mostrar como a maldade desse povo, só piora quando envelhece e como seus laços são perpetuados uma paixão e lealdade, que em outras fases da vida acabam sendo despercebidos pela força e juventude.
"O Irlandês" é um puta filme, um épico do cinema, que só existe por causa da Netflix, pois acredito que um filme desse hoje, jamais passaria nos cinemas, devido ao tema e a longa duração. No final, você sente um peso enorme na história, com um sentimento de algo bem antigo que regem suas vidas, um código romano no sangue, um tipo de irmandade que cercam esses mafiosos e que só pode ser descobertas depois que eles morrem, nos infernos que eles devem habitar.
Ataque dos Cães
3.7 932Contém Muitos Spoilers
É uma grande história, a principio eu achei que a Jane Campion forçou os extremos da época com um arco forçado, mas o filme foi além dos que os trailers mostravam. A produção é uma coisa super foda, tudo muito bem feita, adireção de arte é soberba, os detalhes da construções saltam os olhos, os figurinos são lindos, reparei que tinha um vestido dourado com desenhos em relevos absurdos, a fotografia jogava uma pintura atrás de outra nas tomadas grandes, em tons pastéis de feira no ponto do vinagrete. Era cada imagem foda, bem no estilo dos filmes da Jane Campion. O elenco é incrível!
Benedict Cumberbatch, Kirsten Dunst, Jesse Plemons, Kodi Smit-McPhee, Thomasin McKenzie. A atuação do do Bene é foda! Ele vira o cão literalmente mesmo e quando você descobre que ele queria dar o rabo o tempo todo, deu pra entender que ele sofria de medo. Depois que ele perdeu o seu Heny ele parece que amaldiçoava quem ele era. E o medo, gerou o ódio e literalmente o cão dentro dele, mas foi com a presença do Peter (Kodi Smit), a quem ele abominava, que acabou o curando, fazendo ele aceitar quem ele era. Jane Jane fez uma grande sacada na estória, tirando o fator tempo da realidade real, substituindo o mundo bang bang real da época pelo nosso, onde o comportamento do Peter é normal.
Foi fácil se escandalizar vendo o Peter desfilando todo arrumadinho de tênis no meio de homens cowboys cheio de ódio. Jane Campion fez essa utopia temporal para provocar a galera que vive hoje assim, como se fosse ontem, ou melhor há séculos e pra validar a o arco gay da estória. No meio disso eu achei interessante o Phil ter debaixo do cão interior dele, os valores que são importantes pra quem vive nesses lugares, tanto que ele deu a real pro muleque varia vezes, mesmo debaixo de todo preconceito que ele tinha.
Phil era esperto, ele percebia que se o rapaz ficasse rebolando perto dos cavalos em vez de aprender a montá-lo, era melhor ele dá linha de lá, porque fazenda não é corte & costura, naquela época então nem fala. O Phil ainda via o problema da mãe dele, Rose (Kristen Dunst) que era alcoólatra e vivia mamada o dia inteiro por problemas que não forma bem explicados pela Jane Jane. O final é muito foda, a forma que mostrada de como o Phil morre, só fui perceber depois de um tempo. O filme é muito bom. "Ataque dos Cães" foi muito mais longe do que eu pensava na época.
Revendo pela segunda vez, "Ataque dos Cães" é um puta drama de faroeste, muito bem dirigido por Jane Campion, com Benedict Cumberbatch, Kirsten Dunst, Jesse Plemons e Kodi Smit-McPhee, arrasando nos personagens. Mesmo o filme se passando em 1925, no estado de Montana, nos Estados Unidos, as raízes do Velho Oeste, eram normais no povo e as antigas tradições ainda eram mantidas. As crenças eram levadas a ferro e igreja e leis absurdas existiam para manter o povo preso nelas.
No começo ódio de Phil era á principio por causa disso, mas depois que Jane Campion, mostrou porque, deu pra entender o conflito moral do cawboy nervoso, revivendo em Peter, todo o passado que ele teve com Henry Bronco, que não sei se foi correspondido, ou se ele mantinha isso em segredo, junto com as fotos fotos. Jane Campion, mostra muita habilidade em construir personagens complexos e ambíguos, que transitam entre o bem e o mal, o amor e o ódio, a força e a fragilidade.
O filme mostra a masculinidade aberrada da época, o mundo solitário dos homossexuais, a violência em todos os níveis sociais, que faziam as pessoas resolverem varias questões com sangue e morte. O filme é um retrato sombrio e silencioso, que mantem a gente envolvido e intrigado até o final surpreendente e revelador.
Benedict Cumberbatch! monstro, O cara entrega umas das melhores atuações da sua carreira. Kirsten Dunst, impressiona vivendo uma mulher que sofre com o alcoolismo, depressão e opressão de seu cunhado, tentando proteger seu filho e seu marido. Jesse Plemons faz de novo aquele homem bondoso e pacífico, que tenta se reconciliar com seu irmão, mesmo depois dele desaprovar sua realação. Kodi Smit-McPhee revela um grande talento ao interpretar um jovem gay, sensível e inteligente, que desperta diversos sentimentos em Phil, inclusive uma possível paixão.
Poder do Cão... Quem falou que não tinha Cowboy que curtia um Bambolê...
Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo
3.3 809 Assista AgoraEsses gringos e seus escândalos escandalosos! Todo mundo parece que quer fazer fama e ser artista de um jeito ou de outro! É uma multidão de atores, cantores, empresários, ricaços, políticos, bandidos e esportistas!
"Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo", é uma história sombria e trágica do relacionamento conflituoso entre o milionário John du Pont e os irmãos Mark e Dave Schultz, ambos campeões olímpicos de luta greco-romana. O dono das anti-aderente das frigideiras Teflon de sua casa é obcecado pelo esporte e pela glória, oferece a Mark que entre em sua equipe, a Foxcatcher, onde teria todas as condições para se aprimorar.
Porém, o bicho que coleciona tanque de guerra, mora num terreno onde foi palco da guerra civil gringa, numa mansão de 50 quarto, que olha pra você igual a uma iguana, não pode passar despercebido pelo nosso sentido Aranha! Tem que desconfiar! Ainda mais quando dá uns tiro pro alto no moderno centro de treinamento! A personalidade perturbada e manipuladora de du Pont leva Mark a uma espiral de decadência e violência, que culmina em um trágico desfecho. Coisas de Cidade Alerta americana!
Steve Carell (John du Pont), Channing Tatum (Mark Schultz) e Mark Ruffalo (Dave Schultz), mostram essa trágica história de ambição, patriotismo e loucura, que explora as relações difíceis entre os personagens e suas motivações. E também dá aquele tapa na cara da sociedade americana, que adora dar um like antes dos likes, pra fama, dinheiro e sucesso acima de tudo, e que ignora os problemas mentais e emocionais do povo que tem sovaqueira! Mas seja rico, seja pobre, era diazepam pra tudo mundo, sob o nome do famoso Valium nos filmes oitentista!
Os três protagonistas, se transformam fisicamente e psicologicamente para seus papéis. Steve Carell surpreende ao interpretar um personagem feio pra porra, frio e narigudo, que vira um vilão brabo, fugindo completamente de seu estilo cômico habitual. Mark Ruffalo todo bombadão, transmite a lealdade e o carisma de Dave Schultz, que tenta proteger seu irmão e sua família, no estilo paizão e irmão mais velho da época. Já Channing Tatum, mostra a vulnerabilidade e a angústia de Mark Schultz, que se deixa seduzir e corromper por du Pont.
O filme é no estilo paradão, quase sem trilha, numa direção de arte bem ambientada nos anos 80, mas com o clima bem frio e pesado, que provoca na gente uma tensão e uma expectativa de merda no ar, pronta pra cair na cabeça dos personagens. As cenas finais do filme são tenebrosas e mostram que dinheiro, fama, nome, pose, imagem, não valem nada se isso for apenas uma carcaça safada pra manter as aparências, pra mãe, família, amigos e sociedade. Um puta covarde! Trágico!
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraTem alguns Spoilers...
Drama, realidade, dança.
Lars Von Trier não perdoa nem nos musicais, o bicho soltou um drama pesadíssimo, no seu "Dançando no Escuro", filme foda, que muito moderninho adora falar que é o melhor, só porque tem a Björk no papel da protagonista. E a islandesa é dona de um dos maiores gogós da sua geração, uma voz poderosa, intensa e nervosa, mas com uns clipe que você assiste ou corre, ama ou odeia,
Selma Jezkova, é uma mãe solteira, checa, comunista que corre pros EUA, pra salvar o filho Gene de uma cegueira hereditária, na qual ela já está num estado bem avançado. Pra isso ela trabalha muito, dobra trampo numa metalúrgica local, e ainda faz serviços paralelos para juntar dinheiro. Ela e o filho moram num trailer pequeno, dentro do terreno do casal Bill e e Linda, personagens de David Morse e Cara Seymour, ele é um policial e ela uma dona gastadeira, que torrou a herança do marido, em cortinas, sofás e armários, nas Casas Bahia da cidade.
A Mina dá um trampo loco, mas começa a ficar completamente cega, coisa que sua única amiga Kathy (Catherine Deneuve), percebe e fica loca, pois sempre aparece para salvar a pele da garota, nos momentos que dentro de uma metalúrgica é caixa e justa causa. Mas num teve jeito, não teve cantoria que salvasse a bichinha da peixeira dos dono. Quebrou duas prensa, mais uma ela pedia musica no Fantástico.
A rotina dela era triste e melancólica, era um cotidiano de comunas sofredores que viviam no leste europeu, no esquema gado de trabalho casa, casa trabalho, andando feito judeu nos desertos das novelas da Record da vida. Tinha um carinha lá, ou melhor um véio que vivia cantando ela na porta da firma. Jeff era o nome da criança e Peter Stormare ator em casa tinha o filho de 12 anos, que sem saber dos problemas de cegueira tanto dela quanto dele, ele se enveredava pelo mundo da correria, cabulando aula na escola e andando com ladrãozinho de carro. Febem o chama.
A felicidade maior de Selma, era participar de uma musical local da "Noviça Rebelde", onde ela se destacava, cantando e literalmente sumindo de si, como uma fuga dela pro mundo dos musicais. Tanto no avanço da doença, quando nos momentos dolorosos, Selma começou a sumir de si na trama e fugir pro ambiente musical, tudo era resolvido em cantorias que misturavam danças contemporâneas, estilo balé Estagio da USP, em musicas no batuque bem Björk (Cvalda), onde vale tudo, prensa, chave inglesa, chapa morsa, até as batidas estilos Radiohead na "I've seen it all".
A coisa fica braba quando o Locatário policial, resolve roubar o dinheiro da operação do seu filho de uma forma covarde, como esses gatunos de filme Noir. A Mina cega mesmo vai atrás do pilantra, e acho que o temo "Deu Ruim", veio daqui. A cena de vitimização que se passou, foi das piores que eu já vi ate hoje. Além do roubo descarado e confessado, o bicho forçou tentativa de assassinato, falso assédio e coisas de gente dodói, tudo pra da esposa gastadeira e do fracasso de sua vida. Foi brabo e revoltante!
Essa foi a virada do filme do Lars Von Trier, que caminhava pra uma trama que começava a cansar e reter um pouco de gordura. O filme virou um drama loco! Tentativa frustrada de fuga, prisão inacreditável, julgamento injusto e cenas brutais, dramáticas e desesperadas no corredor da morte. Onde a cena das cantorias na auto homicídio, suicídio, (sei lá) do sem vergonha do policial ladrão, nem dança e sapateado do tribunal amenizaram a situação. Essa ultima até que poderia, mas o senso moral e junto com as declarações cerebrais da Selma, pra impedir que o filho não realizasse a cirurgia, deixaram as cosia mais tensas ainda.
O final do filme foi absurdo, ali o "Dançando no Escuro" era dançando no escuro mesmo, os gritos, os berros loucos de desespero da condenada, que fez uma escolha monstruosa, na sua vida, um gesto terrível de bondade e sacrifico que só uma mãe faz. Eu já estava meio paralisado com a cena, mas depois que ela começou a cantar, Mano Cê é loco...
"Dançando no Escuro" é um musical diferente de todos que eu já assisti até hoje. Pode ser que tenha algo parecido, mas eu nunca vi, e de tanto drama que tem esse, é preciso ter o peito de ferro pra assistir de bobeira, por que não é "La La Land". O filme desenvolve uma história bem no estilo europeu de pessoas pobres e sofridas, que se refugiaram no EUA, com o coração partido pela distancia de sua terra, mas pela esperança de uma vida um pouco melhor.
O filme tem cenas muito dramáticas, como a viagem de pelos trilos de trem da Selma e Jeff, travavam um triste dialogo em forma de musica na "I've seen it all", entre a luz e a escuridão, onde a perda da visão de Selma, justificava as coisas tristes do mundo. Coisa que perdia o sentido, nos detalhes cheio de luz e vida, nos versos argumentos de Jeff.
Björk teve um começo meio tímido com sua Selma, parecendo que ela só cantaria em vez de atuar, mas depois com a condição crescente da doença nela, a mulher explodiu em cena, em momentos de puro drama, chegando aqueles ápices dramáticos que alguns atores tem na vida. O elenco está muito bem, Peter Stormare, Catherine Deneuve, David Morse e Cara Seymour, cantam também. Mas seus personagens somem quando Björk entra em cena, com seus dramas e quase desaparecem de vez, quando ela começa a cantar.
As cenas finais são terrível e o final é seco. Daqueles que a gente quer esquecer.
Mas depois de anos veio essa...
"""Em seu lançamento, em 2000, a produção já gerava reações conflitantes sobre a história do esgotamento físico e psicológico que Björk sofreu durante as gravações e que era conhecida há anos. Durante as filmagens, que aconteceram na Suíça, a atriz chegou a fugir sem deixar pistas, só retornando devido à insistência de amigos.
No espírito da #MeeToo [hashtag que incentiva vítimas de abuso a se pronunciarem contra seus agressores], eu gostaria de emprestar uma mão a todas as mulheres do mundo com uma descrição mais detalhada de minha experiência com o diretor dinamarquês. É extremamente difícil revelar publicamente algo dessa natureza, especialmente quando [somos] imediatamente ridiculizadas pelos agressores. Eu sinto total empatia com todos que hesitam [em se pronunciar], por anos até. Mas eu sinto que é a hora certa, especialmente agora quando pode fazer a diferença. Aqui segue uma lista de encontros que eu conto como assédio sexual:
* Depois de cada take, o diretor corria até mim e colocava seus braços ao meu redor por um longo período na frente de todo o elenco ou até mesmo sozinha, e me acariciava às vezes por vários minutos contra a minha vontade.
* Depois de dois meses, eu disse que ele tinha que parar de me tocar, ele explodiu e quebrou uma cadeira na frente de todos no set, [agiu] como alguém que sempre pôde acariciar suas atrizes. Depois todos foram mandados para ir para casa.
* Durante todo o processo de gravação, tinha essa paralisação constante, embaraçosa e indesejável [dele] sussurrando ofertas sexuais com descrições bem gráficas. Algumas vezes, até com sua esposa sentada perto de nós.
* Quando filmávamos na Suécia, ele ameaçou que iria escalar da sacada de seu quarto [de hotel] até a minha no meio da noite com intenções claramente sexuais, enquanto sua esposa estava no quarto ao lado. Eu fugi para o quarto dos meus amigos. Isso foi o que finalmente me acordou para a severidade de tudo isso e me fez ficar firme em meu lugar.
* Histórias fabricadas pela imprensa sobre eu ser difícil para seu produtor, isso combina perfeitamente com os métodos de bullying de Harvey Weinstein. E eu nunca comi uma camiseta [boato forte da época], nem tenho certeza de que isso seja possível.
* Eu não concordei em ser sexualmente assediada, isso foi retratado [na época] como eu sendo difícil. Se ser difícil é ser firme e encarar esse jeito que me tratavam, eu assumo.
Esperança.
Vamos quebrar essa maldição.""
A atriz em momento algum citou o nome do seu agressor, mas fica claro que ela se refere a Von Trier, por ter sido o único diretor dinamarquês com quem ela trabalhou. E que havia conflitos entre os dois no set, não é novidade para ninguém.
Em um conversa com um jornal dinamarquês, o diretor se defendeu dizendo brevemente que o que aconteceu entre ele e Björk, não é o mesmo caso envolvendo Harvey Weinsten e as (milhares de) atrizes.
Peter Aalbaek Jensen, co-produtor de Dançando no Escuro, defendeu o cineasta dizendo que pelo que se lembra, ele e Lars eram as vítimas, porque Björk era mais forte que eles e a empresa juntos.
No dia seguinte à publicação, o diretor não falou diretamente no assunto, mas se defendeu escrevendo coisas como
''“Existe um método de direção no cinema” e “Não é à toa que as ‘minhas’ atrizes têm nos meus filmes a melhor performance da carreira”'. "" - Fonte Jovem Nerd.
"Depois dessa denuncia da Björk, nove mulheres denunciaram casos de assédio sexual e moral dentro do Zentropa, estúdio dinamarquês que tem o cineasta Lars Von Trier entre os sócios. Em entrevista para o jornal Politiken, as ex-funcionárias contaram diversas situações envolvendo Peter Aalbæk Jensen, ex-CEO da empresa e parceiro de Von Trier nos negócios." - Fonte folha e muitos outras mídias...
Cê é loco. Mais um incancelável do cinema. Hollywood é foda...
O Fantasma da Ópera
4.0 853 Assista AgoraTem Spoliers...
Figaro! Figaro! Figaro! Figaro!!! "O Fantasma da Ópera", o musical recordista de audiência na Broadway, cheio dos Emys, teve no filme do Schuma, quase que um xerox brabo do do teatro pras telas da Cinemark, onde cenários, musicas e personagens, fazem a gente cantar junto e dormir um pouco, com o Patrick Wilson, Gerard Butler e Emmy Rossum, na famosa história do tripé amoroso, mais famoso dos Municipais de todo mundo.
O filme é uma adaptação do famoso musical de Andrew Lloyd Webber, que por sua vez é baseado no romance gótico de Gaston Leroux. A história se passa na Ópera de Paris no século 19 e gira em torno de um fantasma desfigurado (Gerard Butler) que vive nos porões do teatro, uma espécie de Samara de calça e sem poço, que vivia dando piti por ser desfigurado, vitimado e cancelado. Ele se apaixona por Christine, uma jovem e talentosa cantora, vivida por Emmy Rossum, onde secretamente tenta a todo custo passar o xaveco na bicha, leva-la pra toca e pro lado negro da força, enquanto aterroriza os outros funcionários. Arrombado.
Mas ela encontra Raoul (Patrick Wilson), um bon vivant, namorico de infância da Christine, que é agora dono da Ópera de Paris, (Coisa assim, as legenda saltavam erradas em mim, enquanto eu dormia 🤭), que agora queria engatar um namoro forte com a Mina, mas tinha o tal do Fantasma da Opera lá, pra furar o zóio dele. O tal do Fantasma, pirou na garota, á ponte de sequestrar ela, levar pro quarto, mostrar os brinquedos, a boneca de cera dela, e cantar explicando tudo viu. Cantar, porque sofre, porque é feio, porque é sozinho e porque está apaixonado por ela. E bichinha pira no moço, e canta falando tudo também,! É foda! E você vai no embalo, canta, dorme, xinga e aplaude! Musical faz isso comigo.
"Music of the Night" e "All I Ask of You" são os hits dos filme, são lindas pra chuchu, cheio das versões e tudo mais. Amo a cena do encocho na laje do teatro em "All I Ask of You", só que "Masquerade" é o momento que eu mais gosto no filme! Musica incrível, num festão loco! Gritaria das boa! Depois aparece o bicho lá, todo vermelho, parecendo um Exú, pra explicar tudo de novo, chorar as pitangas, falar que ama a Mina e correr pra toca! Cusão! Mas é bom!
Tem outras musicas boas como o tema "The Phantom of the Opera" em momentos bem legais, que marcaram época com Sarah Brightman na peça da Broadway, que podem ser vistas e ouvidas nos clipes no Você Tube. Não estou desmerecendo a Emmy Rossum não! Particularmente eu prefiro muito mais a Rossum, com aquela arcada dentária linda e perfeita cantando, do que a Sarah deixando a goela na musica. Coisa de gosto. E também porque a Emmy Rossum é linda demais, uma princesa, um pêssego! E eu adoro princesa, pêssego! Vida e morte pelas duas!
Rossum junto do Patrick e do Gerard, encantam no filme, encenando tanto os temas do musical, quanto nas cenas dramáticas da trama. São grandes atores em personagens clássicos, todos, novinho ainda que se deram muito bem depois nos cinemas. No elenco tem ainda Ciarán Hinds, Miranda Richardson, Minnie Driver, todos cantando e dançando, como manda o figurino.
A produção do filme, acredito que pra época foi boa, e trouxe pras telas todo o brilho do musical, mas Mano... Assistindo hoje, parece um desfile de carnaval de Sampa, todo cenário parece ser feito de isopor ou plástico, as cores são presas em tons fixos de dourado, vermelho, marrom. Tudo treme, parece um carro alegórico no cenário e aquele monte de vela fizeram que o filme lembrasse um terreiro de Quimbanda em noite de sexta!
Quando desceu o Fantasma da Ópera pela escada todo de vermelho, eu pensei que ia tocar um ponto de esquerda. A aparência do Fantasmas, lembrava imagens de Exu em altar religioso. Figurino belíssimo claro, mas me lembrava! Cena grandiosa, esteticamente a melhor do filme, simplesmente hipnótica! E Saravá!
As cenas finais são uma loucura! O povo canta a Opera do Fantasma, tudo num preto e vermelho suspeito (Rá Rá Rá Rá! Boa Noite!), o bicho aparece e circo pega fogo! O tema do Angel of Music, fit. varias outras cantorias, são tocada sem fim, em revelações, declarações, perseguições e brigas pelos teatro, e nas catacumbas do vil Fantasma. Mó correria! Um drama! O foda mesmo é quando a Mina tira a mascara do Fantasma! O bicho roda a baiana!
"O Fantasma da Ópera" é um clássico das óperas, dos musicais, dos livros e do cinema. No ritmo do Batman, Robin e Eternamente, Joel Schumacher solta o filme baseando no espetáculo famoso e se dá bem! O filme pega a gente pelas história clássica, pelos personagens, pela adaptação do sucesso absoluto da Broadway e pelas musicas. O filme é bom! Pronto! Mas poderia ter um capricho cenográfico muito melhor, não que isso atrapalhe. Geralmente esses detalhes eu quero que se foda, mas estamos ainda em ritmo de carnaval, então eu tive que dar a nota.
Alegorias e Adereços... Nota 5.32 o resto cansa um pouco, mas é foda.
Gostei muito do trio Rossum, Patrick e do Gerard, eles cantam muito bem e a atuação deles foram incrível! Nunca assisti a peça, talvez um dia, mas adoro esse filme, as musicas e "All I Ask of You" eu tenho na playlist. Musica linda demais!
Chicago
4.0 997Tem Spoilers, Pop, Six, Squish, Uh-uh, Cicero, Lipschitz...
É um filmaço! "Chicago", foi me conquistando com o tempo. Por anos eu fiquei me com raiva desse filme ter vencido o Oscar na época, mas depois de anos eu posso entender. O filme fez um resgate da cultura de espetáculos americana, com estilos de shows mínimos, mostrados em apresentações de carroceiros, á bares e teatros. Com estilos musicais que vemos em desenhos animados, filmes e séries de TV. "Chicago" pega toda essa cultura do jazz, dilui em musicas e danças, numa história vibrante, engraçada e inteligente.
Baseado no musical homônimo de 1975, escrito por Bob Fosse e Fred Ebb, que por sua vez é baseado em outro musical de 1926, o filme de 2003 de Rob Marshall, conta a história de Roxie Hart (Renée Zellweger), uma aspirante a dançarina que sonha em ter seu próprio show de vaudeville. Tudo vai pro vinagre depois que Roxie é presa pelo assassinato de seu amante, que metia o loco nela, afirmando ser amigo de um grande produtor de espetáculos. Na prisão, ela conhece Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones), outra dançarina acusada de matar a irmã e o marido.
"Chicago" brilha especialmente nos incríveis números musicais, que além de inteligentes, bem construídos e executados, eles constroem de forma brilhantes, parte da história que é contada em forma de musical, em cenas deslumbrantes, com coreografias fantásticas, musicas excelentes, com um elenco de encher os olhos e os ouvidos, que cantam e dançam, as loucuras dos sistema jurídico da Chicago dos anos 20.
Catherine Zeta-Jones (Velma Kelly) e Renée Zellweger (Roxie Hart), fizeram miséria nesse filme! As duas cantaram muito! Zeta-Jones era uma mistura de voz & beleza, o timbre dos vozeirões clássicos dos musicais e uma beleza que não deixa você parar de secar ela por um segundo! Quando ela parece em cena, sua esposa pode até te largar se você dar muita goela! Já Zellweger tem aquele impacto contrário no filme, ela arrumada é bonitinha, parece que vai dar uns mi mi mi, mas ela canta de forma variada com aquela voz rouquinha, conversa bastante com a plateia, e tem todas as ações dramáticas do filme e nisso ela é foda! A bichinha arrebenta em cena!
Richard Gere (Billy Flynn), me impressionou! Ele não é cantor, mas é um ator fenomenal! Tirou de letra o seu personagem, soube cativar a gente nos números musicais, onde canta, dança e sapateia, fazendo jus as gringos nessa arte. Os números musicais mais inteligentes do filme foram o dele, nas cenas do tribunal, onde tudo se transformou num circo em que ele controlava e no sapateado, onde ele destruída as provas do promotor, fora ele chegando num carro formado por mulheres.
O tango do Ele mereceu! "Cell Block Tango", "O show de marionetes "We Both Reached For The Gun", a já falada musica do tribunal "Razzle Dazzle" e a Mamma Queen Latifa dando a real na cadeia com "When You're Good to Mama", não podem deixar de ser citados! Cenas geniais!
"Chicago" de Rob Marshall, foi um filme que adaptou, pegou, recortou e resgatou o maior musical americano já feito. É o segundo show mais longo de todos os tempos a ser exibido na Broadway, ficando apenas atrás de "O Fantasma da Ópera", superando "Cats" em 2014, quando chegou na sua 7.486a apresentação.
É um filme da indústria que ganhou muitos prêmios dela, inclusive o Oscar, mas também é um filme que melhor representa a história da cultura dos musicais gringos em todos os tempos. Poderia ser um musical qualquer, com cantorias e danças, mas é um filme que recria de forma incrível, a cultural efervescente da época, num momento politico e social gravíssimo, que através de anos, foi transformado em musica, dança e show. A arte imita a vida, ou a vida imita a arte. Não sei, mas o show não pode parar.
Moulin Rouge: Amor em Vermelho
4.1 1,8K Assista AgoraTem Spoilers...
Frenético, alucinante, barulhento e foda! "Moulin Rouge: Amor em Vermelho" foi aquele musical que mordeu a orelha de todo mundo nos anos 2000. Com uma estética colorida, extravagante e visualmente deslumbrante, o filme de Baz Luhrmann, conta a vida e morte de Satine, a estrela bichada do famoso cabaré Moulin Rouge.
O filme é um turbilhão musical do capeta, que mistura músicas contemporâneas, com clássicos de outros carnavais reinventados. A música desempenha um papel fundamental na narrativa, ajudando a expressar as emoções dos personagens e a impulsionar a trama.
Ewan McGregor e Nicole Kidman, levam a gente sem dificuldades pra esse mundo mágico e sensual. A história de amor entre Christian e Satine é intensa e trágica, repleta de obstáculos e reviravoltas. O filme aborda temas como paixão, sacrifício e a luta entre o amor e as convenções sociais. A química entre McGregor e Kidman é surpreendente, e eles entregam performances emocionantes que cativam a gente que assiste e o público babão de lá.
As cenas são alucinantes, a mistureba musical pop, rock, jazz, tango, eletrônica arrebentou com os conceitos que filmes do gênero tinham. David Bowie, Fatboy Slim, Beck, Madonna, Police, U2, Queen, Nirvana, se transformaram em temas musicais do filme, em cenas fascinantes. A clássica e velha "Nature Boy" virou praticamente a história do Christian (Ewan McGregor) e "Sparklim Diamonds" sexualmente cantada pela Nicole Kidman na hiponizante cena do balancê no Moulin Rouge, se incorporou a personagem de forma única.
A cena vingança no "El tango de Roxanne" foi foda demais! O argentino narcoléptico arrebentou, com a cacoete do filme. O explicativo "Like a Virgin" do Jim Broadbent é de matar! Chega a dar vergonha alheia. E a "The Show Must Go On" foi o atestado de óbito de Santine. Coitada! E quando não tinha nada pra fazer, eles soltavam o "Can Can dance" pra variar. E o povo cantando, gritando, berrando... Esse Baz Luhrmann é dodói mesmo!
As cenas finais são emocionantes, dramáticas e trágicas! O musical que eles fazem no musical é magnífico! O Marajá a princesa e o poeta. O Duque, a Santine e o Christian. A música encenada com a peça, misturada na música dos diamantes com a Chamma Chamma, ficou foda. A Santine morrendo, o Christian destruído de amor, fizeram dos bastidores da apresentação um show a parte. Santine mentindo, o matador caçando o rapaz e a show rolando, afinal ele não pode parar. Deu até dó da bichinha! O rapaz só faltou chamar ela de puta!
Mas...
"A única e maior coisa que você irá aprender
É simplesmente amar e ser amado em troca"
E a reviravolta explodiu no fim de um jeito, que não dá pra esquecer! Cantoria, amor, vingança e morte!! Ahh... Santine. Tinha que estivar as canelas lindas suas logo ali? Tudo bem que a sua tragédia era avisada, proclamada e cantada, pelo pobre namorado narrador, desde o início, mas a gente empolgado, acaba esquecendo. Foi foda! Baz zuou o barraco!
Por isso que esse "Moulin Rouge" é bom! Tem uns exagero loco, mas o filme é foda! O visual quase cega a gente, as músicas enlouquecem, mas o filme é bom!
O elenco arrebenta, Nicole Kidman esta linda, sexy, gata, gostosa, maravilhosa, canta dança de um jeito que faz você querer deixar o salário, o 13ª, o aumento e as comissões no colo dela. Ewan McGregor realmente é um ator incrível! O cara já passou por todos os gêneros do cinema e aqui, soltou o gogó sem medo donlado negro da força. E completando temos, John Leguizamo, Jim Broadbent, Richard Roxburgh, Jacek Koman, Kerry Walker, Caroline O’Connor, dão o sangue nas cenas! É um timamaço que trabalha e cumpre bem seus papéis.
Esse filme marcou minha vida. Foi primeiro musical que eu assisti. Não é o melhor que eu já vi, mas é um puta clássico.
P.S. Kylie Minogue como a Fada Verde, eu to verde de tanto ver, mas o Diabo do Ozzy eu nunca vi, até hoje!
Hindi Sad Diamonds
Moulin Rouge
[Jim Broadbent:]
She is mine!!!!
[John Leguizamo:]
I only speak the truth
I only speak the truth
I only speak the truth
[louder]
I only speak the truth
I only speak the truth
I only speak the truth
I only speak the truth
I only speak the...
[Alka Yagnik:]
Chamma chamma re chamma chamma
Chamma chamma baaje re meri paejaniyaan
Re chamma chamma baaje re meri paejaniyaan
Tere paas aaun teri, saanson mein samaun...
Chamma chamma re chamma chamma
Chamma chamma baaje re meri paejaniyaan re
Chamma chamma baaje re meri paejaniyaan
(chamma chamma)
Baaje re meri paejaniyaan...
Re meri paejaniyaan (eh, chamma chamma)
(Eh, chamma chamma)
(Chamma chamma baaje re meri chamma)
Oh, yeah yeah... oh uo uo...
(Baaje re meri paejaniyaan)
(Baaje re meri paejaniyaan)
Tere paas aaun teri
Saanson mein samaun teri
Saanson mein samaun raja!
[Nicole Kidman:]
Oooo......
(Oooooo.... ooooo...... ooooo..... ooooo....)
Kiss..., hand...
Diamonds..., bestfriend...
Kiss..., grand...
Diamonds..., bestfriend...
Men cold..., girls old....
And we all lose our charms in the end...
Oooooooooh.......
[All:]
Diamonds are the...,
Diamonds are the...,
Diamonds are the...,
Diamonds are the...,
Diamonds are the...,
Diamonds are the...,
[slower]
Diamonds are the....
[Nicole:]
girl's.... best..... friend....
[Jim Broadbent:]
She is mine!
[Richard Roxburgh (the duke):]
She is mine...
Rock of Ages: O Filme
3.1 1,3K Assista AgoraAhh... Os anos 80! Filmes, musicas, TV, games e gibis! Não teve época melhor! Quando eu ouvi falar que fariam um musical sobre o rock oitentista, eu perdi o sono por três dias! O que será, que será? Eu pensei... Quando eu descobri que era sobre rock farofa, pensei "Puta Merda! Vai ser loco!!", mas "Rock of Ages: O Filme", ficou muito, muito, muito, muito abaixo do que eu esperava!
O musical é divertido e alegre, mas a trama é rasa demais, pra não dizer fraca. O que leva o filme são os muitos clássicos da época, só que porém o que eles fazem com as musicas está longe de fazer a gente se jogar na nostalgia 80's. A imersão é minúscula, muito mais anos 2000 genérico do que a new wave oitentista. Confesso que tem bons momentos, mas bons momentos dentro de uma história medíocre e esquecível.
A trama Saia de uma cidade pequena, chegava de buzão prateado com a mala nas mãos e uns trocados no bolso. A trama segue o roteiro real das pessoas que vão pra Los Angeles em em busca do sucesso e da fama. O sonho americano de fazer sucesso em Hollywood, sempre foi o mesmo. Uma pessoa que mora numa cidadezinha pequena, quer ser o Elvis, o Axel Rose, a Marilyn ou a Elizabeth Taylor, pega o buzão prateado e vai pra grande putona tentar a sorte. O de Sherrie, não foi diferente.
Sherrie Julianne Hough) é uma jovem linda, com pouco dinheiro, mas com uma coleção de vinil loca nas mãos. Quando chega ela é roubada, mas ela ajuda em Drew (Diego Boneta), que arruma um trampo pra ela como garçonete na casa de shows chamada Bourbon, o Circo Voador de L.A. que ele trabalha. Os dois ficam namorados, rola uns beijos com muita musica e dança e tal.
Mas os donos do local Dennis Dupree (Alec Baldwin) e Lonny Barnett (Russell Brand) estão com a corda da guitarra no pescoço, a casa deve até pras barata e está quase fechando as portas, mas com a ajuda dos show do astro Stacee Jaxx (Tom Cruise), tudo pode mudar. Só que na vida dos donos e do jovem casal, tem um empresário safado, como era clássico na época e uma turma conservadora fazendo piquete na frente do local, lideradas por Patricia Whitmore (Catherine Zeta-Jones), garota que quer ver Stacee Jaxx, na sarjeta, sem antes tira-lo de um outro lugar...
O filme é meio sem graça no começo, ganha força por causa das musicas e pelo esforço nostálgico, mas via cansando. Só depois da personagem de Malin Åkerman (Constance Sack), entrar em cena, é que o filme decola mais. Eu me diverti, mas quando o filme acaba, você esquece da trama quase que inteirinha, só sobrando mesmo na mente, o lance da pessoa que mora numa cidadezinha pequena, quer ser o Elvis, o Axel Rose, a Marilyn ou a Elizabeth Taylor, pega o buzão prateado e vai pra grande putona tentar a sorte...
O Tom Cruise está bem e praticamente carrega o filme inteiro nas costa velha dele, com seu Stacee Jaxx Axel Rose. A Catherine Zeta-Jones está hilária como a beata anti Rock, mais um pouco a Malin Åkerman com sua repórter da Rolling Stone, rouba a cena com o Tom no filme, Diego Boneta e Julianne Hough, segue o plano. Alias, todos seguem o plano do filme. Prefiro minhas playlists...
Rock of Ages, songtrack
1. Paradise City
Interpretada por Tom Cruise
2. Sister Christian / Just Like Paradise / Nothin' But a Good Time
Letra por Kelly Keagy
Letra por David Lee Roth e Brett Tuggle
Música por Bobby Dall, C.C. Deville, Bret Michaels e Rikki Rockett
Letra por Rikki Rockett, Bobby Dall, C.C. Deville e Bret Michaels (Nothin' But a Good Time)
Interpretada por Julianne Hough, Diego Boneta, Russell Brand e Alec Baldwin
3. Hit Me With Your Best Shot
Interpretada por Catherine Zeta-Jones
4. Waiting for a Girl Like You
Letra por Mick Jones
Interpretada por Diego Boneta e Julianne Hough
5. More Than Words / Heaven
Interpretada por Julianne Hough e Diego Boneta
6. Wanted Dead or Alive
Letra por Jon Bon Jovi e Richie Sambora
Interpretada por Tom Cruise e Julianne Hough
7. I Want to Know What Love Is
Letra por Mick Jones
Interpretada por Tom Cruise e Malin Akerman
8. I Wanna Rock
Letra por Dee Snider
Interpretada por Diego Boneta
9. Pour Some Sugar On Me
Interpretada por Tom Cruise
10. Harden My Heart
Letra por Marv Ross
Interpretada por Julianne Hough e Mary J. Blige
11. Shadows of the Night
Letra por D.L. Byron
Interpretada por Julianne Hough e Mary J. Blige
12. Here I Go Again
Letra por David Coverdale e Bernie Marsden
Interpretada por Diego Boneta, Paul Giamatti, Julianne Hough, Mary J. Blige e Tom Cruise
13. I Can't Fight This Feeling
Letra por Kevin Cronin
Interpretada por Alec Baldwin e Russell Brand
14. Any Way You Want It
Letra por Neal Schon, Steve Perry
Interpretada por Mary J. Blige, Constantine Maroulis e Julianne Hough
15. Undercover Love
Interpretada por Diego Boneta
16. Every Rose Has Its Thorn
Letra por Bobby Dall, Bruce Anthony Johannesson, Rikki Rockett e Brett Michael
Interpretada por Julianne Hough, Diego Boneta, Mary J. Blige e Tom Cruise
17. Rock You Like A Hurricane
Interpretada por Julianne Hough e Tom Cruise
18. We Built This City / We're Not Gonna Take It!
Interpretada por Russell Brand e Catherine Zeta-Jones
19. Don't Stop Belevin'
Letra por Neal Schon, Steve Perry e Jonathan Cain
Interpretada por Diego Boneta, Julianne Hough, Mary J. Blige, Tom Cruise, Alec Baldwin, Catherine Zeta-Jones e Russell Brand
20. Juke Box Hero / I Love Rock n Roll
Letra por Alan Merrill e Jake Hooker (I Love Rock N Roll)
Letra por Mick Jones e Lou Gramm (Juke Box Hero)
Interpretada por Diego Boneta, Alec Baldwin, Russell Brand e Julianne Hough
O Rei do Show
3.9 897 Assista AgoraTem Spoilers...
De uma forma bem lúdica, colorida cheia de CG, no melhor estilo X-Men e Changeman, "O Rei do Show" vem contar a história de P.T. Barnum, um milionário do mundo do entretenimento gringo entre os séculos séculos 19 e 20. Um verdadeiro um showman da vida. Barnum aproveitou aproveitou as pessoas deformadas e deficientes que ele encontrava e fez miséria em apresentações EUA a fora.
Anão, Mulher Barbada, sereia, mulheres gordas (Obesidade Mórbida), engolidores de espada, contorcionistas, gêmeos, albinos, cartomantes e até um garoto com rosto de Leão. Nasceu com essas características e trombar com ele, já era. Virava atração!
Como Hollywood é uma putona, o "Circo de Horrores" como era chamado, virou esse filme incrível de Michael Gracey. Fato absurdo, ridículo e nada haver com a história real do P.T. Barnum, que realmente só se aproveitou das características e deformidades físicas das atrações para montar um espetáculo de baixo escalão, onde o dinheiro e o lucro das apresentações era o que valiam pra ele. E foda-se o anão e a Mulher Barbada.
Hugh Jackman vive P.T. Barnum, um funcionário de uma firma falida que mete o loco na firma falida, mete o loco no banco, compra imóvel, e usa pessoas pobres e com problemas físicos como atração de circo, fica rico, vira showman e recebe os aplausos do povo saudável e feliz da plateia (porque não era o filho deles que estava ali). O filme navega por essas aguas turvas do entretenimento, mas ninguém via a real. A alegria, as cores e as musicas da incrível produção passa um pano loco em tudo. Só depois dum paraunuê com a Change Barba, que o filme mostra um pouco da personalidade safada do P.T. Barnum.
Mas antes do paraunuê, "O Rei do Show", diverte a gente pra caceta, com músicas foda e bem radiofônicas, coisa que eu escutei na época no vizinho com o radio tocando a 5 km de distancia da minha casa e não sabia que era do bendito musical do Wolverine.
O tema "This is me" é foda! A cena dos Changeman invadindo o salão foi marcante. Hugh Jackman arrebenta nas música catando "The Greatest Show" no final mais foda ainda! A deusa nórdica da minha vida, linda de morrer Rebecca Ferguson (Jenny Lind), destrói meu mundo cantando "Never Enough"! Mano que voz! Cê é loco! Que boca que corpo, te amo Rebecca Ferguson. Uma musica linda, numa cena marcante, com uma voz de anjo, mas numa personagem com manto de cachorra viu. "A Million Dreams" com os novinho cantando, com o pai deles, também ganharam meu coração, fofa fofa fofa.
Pra mim, o número do Zac Efron com a Samadaya lá nas cordas, cantando "Rewrite the Stars" foi plasticamente o mais foda do filme. A musica é linda, mas a musica, perde pra "Never Enough" da minha esposa. Zendaya (Anna Wheeler), corria no ar pelas cordas, cena incrível e de muito bom gosto.
Gostei da chegada que a Mulher Barba (Keala Settle), deu no Barnum, quando ele excluiu negativou, bloqueou, #elesnao, por causa da deformidade e feiuras das atrações do circo dele!! Ahhh... Mano. A Mina enrolou o bigode e foi pra cima do Paquito cantando "This is me"! Foi foda! Aquilo que o filme deveria ter mostrado com mais evidencia, que até o produtor tinha preconceito deles.
Depois teve o romance bobo com a Jenny Lind e o Barnum, coisa que fez ele perder a esposa, depois o circo, a casa e tudo. Só não perdeu os amigos, os caras excluídos que ele indiretamente e diretamente no automático tinha preconceito. O povo que olhava pra ele e queria que se foda se ele era alto, magro, gordo, baixo, sem perna, sem braço, sem pinto.
Você pode sofrer preconceito, sim e muito. Mas só você pode decidir se isso vai te destruir ou não. O fim do filme mostra isso. Liberdade pra eles, porque eles se sentem livres, sendo os artistas que são. Com aplausos ou pedras, o show deles não pode parar.
É isso que eu gosto nesse "O Rei do Show", verdades, mentiras, mas um grande filme.
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraTem Vários Spoilers...
Monumental, grandioso, épico. A obra de Victor Hugo, nunca ganhou um filme a altura quanto, "Os Miseráveis". Tom Hopper, levou pras telas uma produção magnífica, um filme onde meu coração explodiu de emoção, orgulho e prazer, em assistir algo que transcendeu tudo que eu vi feito no gênero até hoje.
O início apoteótico dos prisioneiros escravos puxando o navio no estaleiro, com tema catastrófico tocando na cena, foi a cena que abriu o filme e que não sai da minha rotina até hoje. Algo que beira ao impossível, chegando a ser monstruoso e quase bíblico.
Hugh Jackman vive Jean Valjean, prisioneiro que cumpre décadas de pena, por causa do pão. Javert (Russell Crowe), é seu algos, seu perseguidor, seu obsessor. Valjean é solto, mas leva a condenação em si próprio resto de sua vida, e marca do preso pra onde ele vai.
O destino faz que ele encontre um padre que acolhe, e o tratando como o filho pródigo, mas em desespero Jean Valjean rouba a igreja e foge, para logo ser capturado pela polícia, e apresentado ao padre. E pra grande surpresa de todos, o padre diz pras autoridades que todas as peças de prata que o home carregava fora da dado de presente por ele.
Por esse ato, Jean Valjean faz um juramento, um pacto consigo e com Deus, de ser um homem nobre e justo, de estar a altura do enorme gesto de bondade que o sacerdote lhe concedeu numa situação na qual uma palavra ele voltaria para a prisão por resto de sua vida. Tudo isso em cenas dramáticas, imagens belíssimas e temas musicais maravilhosos!
Pelas mãos de Tom Hooper, Hugh Jackman, Russell Crowe, Eddie Redmayne, Amanda Seyfried, Samantha Barks, Helena Bonham Carter, Aaron Tveit, Sacha Baron Cohen, Daniel Huttlestone e grande elenco, materializam com uma incrível capacidade, um dos maiores dramas literários de todos os tempos, num musical inigualável, numa produção fantástica, com uma trilha sonora inspiradíssima, com temas lindos e letras que descrevem os eventos com a poesia que a obra de literária merece.
As atuações são magnificas, Hugh Jackman teve fez o melhor trabalho de sua carreira, o ator mostrou uma capacidade que eu desconhecia. Ele deu a Jean Valjean, o desespero que o personagem tinha, o poder que ele precisava e a alma que ele buscava; com um canto poderoso, expressões faciais cheia de dor e esperança.
E enquanto Jean Valjean corria de Javert, a França era um barril de pólvora! Com gritos de revoluções nas ruas, os corações dos personagens gritavam por amor! Anos depois já estabelecido, quis o destino que Jean Valjean encontrasse a bela Fantine, que em tortuosos acontecimentos, fez sua vida reencontrar novamente a sua promessa a Deus, em tristes cenas, onde Anne Hathaway leva a gente ao fim do mundo, ou melhor, num submundo que só Deus pra fazer a gente aceitar.
Com o terrível destino de Fantine, o filme coloca os pés no segundo ato, com Jean Valjean novamente como fugitivo 24601, fazendo valer a promessa dele a moribunda de encontrar sua filha, protege-la e ama-la. Cosette (Isabelle Allen, a linda garotinha do cartaz), vivia praticamente num bordel aos cuidados da madame e do monsieur Thénardier, dois dos maiores pilantras de todos os tempos, nos papeis inacreditáveis de Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen, onde ela é tratada como empregada.
Ao som de "Master Of The House", as cenas são indescritíveis! É o fim dos tempos, só perde pros Três Poderes do Brasil. Sacha dá um show, como o mestre da casa e a música realmente é fora de série. Tanto as melodia e letra, encaixam direitinho nas cenas terrives e engraçadas do lugar e dos dois vagabundos! Só sendo o Wolverine mesmo para resgatar a bichinha de lá!
O quarto ato do filme, a revolução está a caminho! Cosette agora moça (Amanda Seyfried) encontra Marius (Eddie Redmayne), um dos jovens revolucionários, onde eles tem amor a primeira pica. Mas a revolução vinha forte junto, tendo o dente de leite Gavroche (Daniel Huttlestone), quase como um símbolo e o velho e ruim Javert recuperando suas esperanças em encontrar o fugitivo 24601, graças a um certo casal de pilantras, que não se conformavam de ter perdido a empregada por tão pouco.
Ver o amor de Cosette e Marius em meio ao padrasto protegendo-a, do velho perseguidor, dos vagabundos e confronto dos jovens revolucionários, deram ao filme, um poder grandioso nas cenas, onde as musicas e as letras narravam os atos que seguiam, onde drama, morte, paixão e romance, não me deixavam estar na realidade de São Paulo 2024. vagnerfoxx era retirado do sofá novamente para viver a Paris de 1832, cantando:
"Vermelho, o sangue de homens raivosos!
Preto, a escuridão de épocas passadas!
Vermelho, um mundo prestes a amanhecer!
Preto, a noite que enfim se acaba!"
A batalha covarde e sangrenta em Paris, a triste morte de Gavroche, a captura de Javert, os atos de coragem, bondade e sacrifício de Jean Valjean, dão ao filme momentos lindos! Tom Hooper capta a alma do livro, e transforma os temas do musical da broadway, num filme que você não quer que acaba! O filme beira a perfeição! A produção é épica, as atuações são espetaculares, as musicas, como já falei varias vezes, são belíssimas!
O desfecho de tudo, é tão lindo, que não só honra a peça de 1980, mas a obra de Victor Hugo. Sempre vai haver diferenças, mas a alma captada da forma que foi, é raro de acontecer no cinema. Fazer um musical desse pro cinema é algo impensável, se não tiver uma criação parecida antes. E o musical oitentista foi a base de criação do filme! Hooper consegui transpor, mas o teatro é foda! Ele foi o esqueleto, parte cérebro e o coração do filme!
As cenas finais do filme me matam! Socorro! Coisa mais linda e triste! A alma vencedora de Jean Valjean, dando satisfação ao espirito de Fantine, pelos seus atos, com Cosette e Marius, dando gratidão eterna por tudo que ele foi, mareja os olhos desse vil comentarista, enquanto escreve! Cê é loco! Obra prima!
Tom Hooper genial; Hugh Jackman, monstro! Russell Crowe de Araújo🦊 sem vóz, mas foda. Eddie Redmayne e Amanda Seyfried e Samantha Barks foram emoção pura. Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen impossíveis!
Assisti no cinema sem saber que era musical, tenho o ingresso guardado até hoje e DVD na coleção! Filme miserável de bom!
Finale
CORO
Você consegue ouvir as pessoas cantando
Perdidas no vale da noite?
É a musica de um povo
Que está subindo para a luz
Para os miseráveis da terra
Existe uma chama que nunca morre
Até a noite mais escura vai terminar
E o sol vai nascer
Eles viverão de novo em liberdade
No jardim do Senhor
Eles caminharão atrás do arado
Eles guardarão a espada
A corrente será quebrada
E todo homem terá sua recompensa
Você se juntará a nós na nossa cruzada?
Quem será forte e ficará comigo?
Algum lugar além da barricada
Existe um mundo que você espera ver?
Você consegue ouvir as pessoas cantando?
Diga, você consegue ouvir os tambores distantes?
É o futuro que eles trazem
Quando o amanhã vem!
Você se juntará a nós na nossa cruzada?
Quem será forte e ficará comigo?
Algum lugar além da barricada
Existe um mundo que você espera ver?
Você consegue ouvir as pessoas cantando?
Diga, você consegue ouvir os tambores distantes?
É o futuro que eles trazem
Quando o amanhã vem...
O amanhã vem!
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraTem alguns Spoilers...
Sonho, realidade, sonho... "La La Land: Cantando Estações", tira você da realidade sem graça dos dias de hoje e faz você dançar, com musicas que grudam no ouvidos e cenas que fazem nossa retina brilhar.
Continue sonhando... Sebastian e Mia, tinham um sonho. Ela queria ser uma atriz famosa em Hollywood, ele ter um bar de Jazz e resgatar o ritmo que perdia o lugar para o mundo moderno que vivemos hoje. Eles se trombaram nas ruas, quer dizer no transfinito. Ele nervoso, ela tranquila, depois veio a festa, um encontro, o beijo, o namoro. Mas de repente, sem mais, o sonho acabou.
Com uma história simples e sem uma trama mirabolante, Damien Chazelle nos leva pra a essência dos musicais da velha Hollywood putona, com musicas contagiantes, temas belíssimos, acompanhados de danças no velho e bom sapateado, numa fotografia linda, em cores e os planos de câmera meticulosamente trabalhados para nos transportar à atmosfera dos antigos musicais.
Emma Stone e Ryan Gosling, dão um verdadeiro show e atuação, com uma química rara, além do talento dramático, os dois dançam demais e cantam feito uns fila da puta! As coreografias são um espetáculo á parte, coreógrafo Mandy Moore, transformou a rampa de uma rodovia, num espetáculo de dança, um pequeno apartamento num show, um conservatório num sonho e uma rua dos morros de L.A. em momentos que só os musicais conseguem mostrar. Com cores e luzes, que parecem que foram tiradas de um sonho bom ou arrancada de uma realidade que não vemos.
Mas tudo se perde, com dificuldades, pressões e fracassos do caminhos, sinceramente eu não sei porque John Legend apareceu no filme para viver "Keith", onde ele representou a pedra da crise, da correria, do excesso de trabalho, do estresse da vida conjugal. Então, o que era sonho foi virando quase que um pesadelo.
Faltou eles acreditarem, faltou eles se jogarem pra vida! Realmente acreditar no sonho que eles imaginavam dele, não no que era fácil, mas no que era mais louco a se fazer.
Na musica "Audition (The Fools Who Dream)" Audição (Os Tolos Que Sonham), é declarado isso:
""Minha tia morava em Paris
Lembro que ela costumava chegar em casa e nos contar
Histórias sobre morar no exterior e lembro que ela nos disse que pulou no rio uma vez
Descalça
Ela sorriu
Saltou, sem olhar
E caiu dentro do Sena!
A água estava congelando
Ela passou um mês espirrando
Mas disse que faria isso mais uma vez
Um brinde para aqueles
Que sonham
Por mais tolos que pareçam
Um brinde aos corações
Que sofrem
Um brinde para a bagunça
Que nós fazemos""
Nas cenas finais, quando eles se reencontram anos depois, eles são levados ao mundo da felicidade que os dois buscaram, mas desistiram por causa da realidade fria, corrida e com as aparentes separações que a vida impõe, e nós abraçamos. Eles deixaram de sonhar, eles não foram loucos, eles não bagunçaram a vida deles, para viver a vida dos sonhos que eles sempre buscaram.
A troca de olhares no reencontro deles no Jazz Club de Sebastian quase congela eles de tanta amargura, mas tudo volta a ser "La La Land", a realidade some e o mundo dos sonhos retorna, pra mostrar pra eles, a vida que eles perderam. Loucuras, amor, alegria e muita bagunça! Ahhh... Que farra foi aquelas cenas! Mas tudo acaba quando a musica termina. A despedida de Mia e Sebastian, carrega uma tristeza tão grande, que nem a nova troca de olhares deles, com sorriso forçado e olhos marejados, tiram o arrependimento de seus rostos.
Eles escolheram a felicidade que o mundo real e forma felizes como todos. Mas agora pergunte aos loucos, como eles foram felizes acreditando até o ultimo sanguinho no sonho deles...
"Não sei qual é o segredo do sucesso, mas o fracasso é agradar a todos..."
Amor, Sublime Amor
3.4 355 Assista AgoraTem alguns Spoilers...
Racismo, preconceito, brigas, disputas, ódio e morte! Nunca o amor precisou ser tão sublime numa história, como esta. Steven Spielberg refaz o clássico dos anos sessenta, com graça, cores e muita emoção.
Nesse Romeu e Julieta do lado Oeste de Nova York, americanos X porto-riquenhos, lutam por território e por suas vidas, mas nessa intensa disputa, um romance entre eles surge. Tony (Ansel Elgort) e Maria (Rachel Zegler), desafiam a cultura, raças e disputas, com um amor sublime, um amor que não vê raças, classes e pessoas.
Mas os Jets e os Sharks, tinham outros planos, onde um deles não caberia no mundo do outro. Mas quis o destino que no veneno desse ódio todo, fosse feito o remédio do amor para cura deles. Remédio esse amargo, mas necessário, pra um mundo que você ainda precisa deixar no sangue no espinho, para poder pegar uma flor.
Aquelas imagens de câmeras que o Spielberg tirou do inicio, me fez perder o GPS meu! Que loco! Antes ele fazia isso com uma grua, depois com CGs impossíveis e exagerados, mas o drone fez a festa mostrando as ruinas (Acho). A fotografia inicial nas ruinas, tira as cores da fotografia, mostrando um lugar decadente e sem vida, onde parece ser ali, a alma das gangues, mas depois o filme explode em cores múltiplas, mostrando a alegria da dança salvando tudo nas ruas, nos dias quentes e ensolarados e nas tristes noites noir, onde a solidão das musicas, ganhavam vida nas vozes de Ansel Elgort (Tony) e Rachel Zegler (Maria).
Diferente do filme sessentista, Spielberg acerta em fazer um elenco de latinos, para representar os Sharks, mandando uma real pra Hollywood, coisa justa que deixou o filme mais charmoso e até original. O elenco mais jovem, deu o frescor que o filme merecia, onde a imagem da delinquência dos personagens precisava de rostos mais adolescentes, e que representasse isso.
Ariana DeBose, David Álvarez, Kevin Csolak, Mike Faist, Talia Ryder, Kyle Allen, Maddie Ziegler, Josh Andres Rivera e muita gente, tinham isso de sobra, e cada um na etinia mostrada, souberam com seus personagens, traduzir em estado de jovens e sofridos imigrantes porto-riquenhos e dos americanos de ascendência polonesa e irlandesa, sempre foram tratados como sub raça, pelos americanos, com pedigree mais rico. Quer dizer, a luta deles é uma ilusão, a disputa é mais racial e de classes, do que qualquer coisa.
As coreografias são geniais, magnificas, antológicas! Puta merda! O trabalho que Justin Peck, fez em cima da coreografia do filme de 1960, e pra se aplaudir até quebrar as mãos!
Peck deus as temas do grande maestro Leonard Bernstein, a paixão, a força e a intensidade que a obra precisava. Sinceramente, eu acho impossíveis, as cenas que esse cara coreografou. E o elenco dançando então, só pode ser coisa do capeta!
"Prologo" com Jets e Sharks, "Jet Song" com os Jet nas ruas, "Dance at the Gym" com os Jets e Sharks, na fantástica cena no clube de dança, a belíssima "Tonight" com Tony e Maria cantando o amor deles, e a clássica "America" com Anita, Rosalia e Sharks, num momento épico do filme dos musicais em todos os tempos! "Cool" com Tony e os Jets, também são ótimas, mas "Officer Krupke" com os Jets na cadeia, são inconcebíveis pra mim! Aquela coreografia é inacreditável!
Na hora do confronto o filme ganha um drama enorme, tantos os Jet, quanto os Sharks, cantam junto com Maria e Tony, o tema "Tonight". Quando o sangue corre, bate aquela treva, porque justamente aquele que queria paz, teve que ir pra guerra.
A cena que Tony, recebe a noticia no Estilo Shakespeare da morte de Maria, o rosto do Ansel Elgort se desmancha em dor, como poucas vezes eu vi num filme e num musical.
A cena final é triste demais! Filha da puta!
"Você é a única coisa
Que eu vou ver para sempre
Em meus olhos, em minhas palavras
E em tudo que eu faço
Nada mais além de você sempre"
Foi uma grande homenagem! Shakespare, Bernstein, Jerome Robbins, Robert Wise e Natalie Wood devem estar aplaudindo! Rita Moreno tira onda, porque está vivinha da silva vivendo a véia Valentina!
Amei! Acho que vai ser um clássico do clássico, daqui uns anos!
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraTem Spoilers...
"A vingança Nunca é Plena Mata a Alma e Envenena" - Seu Madruga.
Eram duas Mulher Jovens e Promissoras (Promising Young Woman), mas que depois da violência sofrida por Nina, "Bela Vingança" virou o sentimento, o sentido real do que restou na amiga. Cassandra e Nina, eram estudantes brilhantes, mas tiveram suas vidas destruídas e arruinadas, depois da violência. Uma morreu em virtude do trama e da amargura pela injustiça , a outra morreu tentando fazer.
O filme de Emerald Fennell, é indigesto. Você vê a escoria do mundo, dentro de casa, na escola, na faculdade, no trabalho em toda parte. Pai, mãe, namorado, amigos, colegas, conhecidos e desconhecidos. O atendente, o professor, o médico, a secretária, de todas as raças, todas as cores, ninguém escapa. O vagabundo está na alma, não na cor, na raça, no estado ou país. Homens e mulheres, todos unidos no lema, "Cú de Bêbado Não tem Dono, Quem Mandou Beber, Não é com a Minha Irmã, etc...".
Emerald Fennell mostra o que uma pequena parte da sociedade se tornou, e como ela se protege para manter o sentido artificial que elas encontraram na vida.
Há muitos anos, eu ouvi uma história parecida com essa, sobre uma garota que ficou bêbada e cinco adolescentes a estupraram, fizeram sexo sem o consentimento dela. Mas ela tinha pai, mãe, irmão, tio e amigos. Não demorou para eles saberem quem foram e não demorou para eles fazerem justiça com as próprias mãos. Já que o sistema aqui, protege os bandidos, em vez das vitimas. No outro dia pegaram eles..
São desgraças reais, que foram normalizadas por uma parte da sociedade, tanto os que querem normalizar a cultura do estupro, quanto os que acham normal e justa a vingança.
Cassie (Carey Mulligan), morreu em vida, virou uma alma penada em busca de justiça, que se traduzia em vingança. A arquitetura do seu plano foi, metódica, lenta e no final, suicida. O que impacta mais na história, foi o drama ter sido revelado aos poucos, quase ao mesmo tempo que as cenas delas na noite.
O final do filme, realmente bate um desespero da porra, jamais eu esperava que aquela era a única opção que ela tinha naquele caderninho. Por mais que a gente ache que exista outras opções, ela vivenciou esse lado injustiçado da Força, junto com a vitima que era sua amiga. E se decepcionou alucinadamente junto com ela, que se suicidou por essa situação.
Emerald Fennell mostra isso de forma colorida, mas sem vida, e de forma irônica, faz uma crítica ácida, à cultura do estupro, que muitas vezes minimiza ou ignora as denúncias das vítimas, e protege os agressores. O filme também mostra como as mulheres podem ser cúmplices dessa cultura, ao não apoiar ou acreditar nas vítimas. O humor negro está presente em quase toda trama, em momentos tensos e dramáticos, com um final surpreendente e chocante.
Carey Mulligan, tem uma atuação excelente como Cassie, uma personagem complexa e ambígua, que oscila entre a doçura e a crueldade, a vulnerabilidade e a força, a sanidade e a loucura. Sua vida é amarga, sua busca é justa, mas seu ato desesperado, pra mim ainda é infeliz.
"Bela Vingança" é um bom filme e merece ser visto.
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraTem Spoilers...
"Vamos celebrar a estupidez humana..."
Nos EUA, o termo "Merda" é muito usado no teatro com o significado de boa sorte, mas "Quebra a Perna", também é muito usado pra desejar o mesmo, desde que seja a sua e não a do amigo. "Eu, Tonya" é celebração da inversão de valores, a glorificação dos bandidos e a exaltação dos crimes. Hollywood é puta. Salve os vilões.
“Eu, Tonya”, conta a história de Tonya Harding, uma patinadora raçuda, briguenta e muito talentosa, que se envolveu num dos maiores paranauê do esporte que eu ja vi na minha vida. A Mina sofreu com uma mãe fria, frigida e congelada, um marido batedor e covarde, falta de recursos pra treinar e competir iguais as suas colegas, coisa que levou ela a sofrer bullying na escola.
Todo esse dano emocional, foi incorporado no seu caráter de mulher e no seu mindset esportivo, prejudicando e muito ela, nas varias competições que e disputava e mais tarde pra um escândalo da porra! Coisa de Lucina Gimenez! No maior estilo Scorsese de fazer cinema, Craig Gillespie acerta a perna na narrativa, com uma cinebiografia vibrante, engraçada e cheia de emoção.
“Eu, Tonya” foge do formato tradicional das cinebiografias, com entrevistas realizadas com as personagens do babado. Além da própria Tonya, sua frigida mãe LaVona, seu ex-marido Jeff Gillooly e o comparsa Shawn. O filme mostra como Tonya foi vítima de abusos, violências e preconceitos ao longo da sua vida e da sua carreira na patinação artística, e como ela se envolveu no escândalo que abalou o mundo do esporte em 1994, quando Jeff e Shawn planejaram e executaram um ataque contra o Alain Prost da sua vida, a sua maior concorrente, Nancy Kerrigan.
O diretor Craig Gillespie cria uma narrativa fluida, sarcástica e vibrante, que mistura humor negro, drama e ação. O estilão "Lobo" do Scorsese dá aquela quebrada na edição e no ritmo do filme, com os personagens interagindo com as cenas e a narração da Tonya, fazendo que eles se dirigem a gente, dando explicações de seus atos.
As atuações são excelentes, Margot Robbie foi sensacional, se aquilo que ela fazia não for GC, dublê, clone, a bichinha pode investir nesse esporte, porque vai dar ouro! Os duplo twist carpado que ela dava no gelo, faziam meu frízer gelar de emoção! A entrega foi total! Margot colocou a alma na ponta da chuteira e fez miséria em cena! A Mina se joga no filme, se entrega de corpo e alma na Tonya, com força e capacidade, mas mostrando os duros e dramáticos complexos que ela vivia. Mas nada justifica o que ela fez com sua colega de equipe.
“Eu, Tonya” é um filme que provoca reflexões sobre a sociedade gringa e a competição louca e eterna que eles vivem entre si, pra ver qual vizinho tem a grama mais verde. Sofrer na vida, tooooooodo mundo sofre, o que vai diferenciar você no final, é como você soube lidar com os problemas que você teve. Tonya tinha um talento da porra, sofreu de tudo que é jeito, mas não aguentou o tranco, fez bosta e se fudeu.
Além de entrar em cana e ser varrida desse esporte nos EUA, Tonya encerrou sua carreira. Enquanto Nancy, ganhou a medalha de prata nas Olimpíadas de Inverno de 1994 e após o incidente, entrou para o hall da fama dos EUA. Inclusive, ela participa ainda de quadros e programas de famosos, como o Dancing with Stars (Dança dos Famosos), enquanto Tonya tornou-se uma paisagista.
O filme excelente, engraçado, inteligente, muito bem produzido e dirigido e tem atuações sensacionais, dando uma indicação ao Oscar para Margot Robbie. Mas eu preferiria um filme sobre a Nancy Kerrigan, e como ela superou tudo isso.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraTem alguns Spoilers...
Sacrifício, humilhação, loucura, vingança! Essas quatro palavras não são parar definir um filme do Cronenberg ou do Lynch, são para descrever "Whiplash: Em Busca da Perfeição" do novinho Damien Chazelle.
Eu acho que quase todas escolas oitentistas, operavam no módulo "Terence Fletcher" de ensino, porque você era surrado nas aulas, mas você aprendia que era uma beleza!
“Whiplash" é um filme que conta a história de Andrew Neiman, um jovem baterista de jazz que sonha em ser um dos melhores do genero, aquela coisa de musico... Ele estuda em uma renomada escola de música, onde conhece o professor Satanás Fletcher, um maestro exigente e abusivo que usa métodos medievais para extrair o máximo de seus alunos. Com um sarcasmo lindo e crueldade justa com seus escravos, o filme mostra a relação tempestuosa do cãofessor com os alunos, mas bate de frente com o novato Andrew Neiman, um promissor baterista de jazz, que viveu o inferno na terra, nas mãos do desse demônio careca para ingressar na sua banda, ser o baterista oficial e mostrar pra ele, pra familia e pro mundo, que ele é foda.
Mas como Deus escreve certos em linhas tortas, é justo dizer que essas linhas zuadas, somos nós e o Diabo é o caderno. Andrew tem aquele azar bíblico, carmático e cósmico na estória história, num momento chave na banda, e perdeu o lugar, a namorada, a moral e só faltou acabar na vida na banda de churrascaria da equina. E depois de uma situação, ele ainda fode o professor, num X9 feio, aqueles ataques covardes que só ocorre nas 5ª séries da vida...
Mas numa mão do filme, anos depois ele reencontra o antigo professor que depois de algumas conversas, ele o convida seu antigo aluno para tocar na sua banda, onde ocorre um dos momentos mais fantásticos dos filmes de musica no cinema, com cenas que impressionam e inspiram até hoje.
Magistralmente escrito e dirigido por Damien Chazelle, "Whiplash: Em Busca da Perfeição" teve essa história, inspirada em sua própria experiência como baterista. O filme tem uma trilha sonora marcante, composta por clássicos do jazz, numa montagem dinâmica, que acompanha o ritmo acelerado das cenas, com os atores e elenco vibrando em cada nota.
Miles Teller, que interpreta Andrew, já tocava bateria desde os 15 anos, mas teve que ser o baterista que o personagem mostrava em cena, um baterista de jazz e o cara conseguiu! Cê é loco! Tocar bateria é uma coisa, fazer o que ele fez foi foda demais! J.K. Simmons, que interpreta o terrivel maestro e professor Terence Fletcher ganhou o Oscar de ator coadjuvante com seu personagem. Mas eu sempre achei que a aura do seu premio, foi muito pela atuação do Miles Teller e seu Andrew, na bateria em cena com ele.
As cenas finais do filme, são antológicas! A vingança sádica operada de forma doentia do professor, é superada com força, talento e coragem do ex aluno, com um solo selvagem de bateria, que varreu, detonou e explodiu, toda raiva, revolta, ódio, vingança, humilhação e loucura que existiam entre eles. Num momento de prazer e satisfação, que os dois nunca sentiram em suas vidas. Sangue, suor, lagrimas, loucura, força, talento, liberdade, plenitude e perfeição. isso é Jazz, isso é Whiplash.
Filmão...
Licorice Pizza
3.5 597Paqueras, amizades, aventuras e namoro. "Licorice Pizza" não é um filme sobre o sagrado prato italiano, mas que o filme é gostoso de se assistir, isso eu não tenho dividas!
Gary e Alana, ele tem 15 e ela 25, eles se apaixonam. São os anos 70 baby! Vai perguntar pra tua tia, quantos anos tinha o namorado dela, pra você ver! O bicho pode ser até o teu tio rsrsrs... Paul Thomas Anderson voltou meio que pra origens, lançando um filme leve, bobo e alegre. Com aqueles namoricos bobos de se assistir, que você esquece da vida e não quer que ele acabe nunca!
A amizade, a paixão e as aventuras de Gary e Alana, não tem nada de extraordinárias, nada de especial, é um cotidiano quase que comum, com situações hilárias, momentos cômicos, em momentos comuns, mas a forma que Paul Thomas Anderson, coloca isso no filme é simplesmente genial! "Licorice Pizza" é um cotidiano suburbano setentista, com situações aventureiras de um adolescente apaixonado e uma jovem garota.
A relação dos dois, sempre foi de apaixonados que não se assumem, mas que não se largam. Quem não teve ou não viu algo assim. Pessoas amigas, mas que não são. Eles parecem que tem um laço emocional, um compromisso interior, que não pode ser desfeito. Eles são namorados sem namorar, eles tem um compromisso, mas não se assumem. Eles vivem sempre juntos, mas quando se afastam, são derrotados pela ausência do outro.
De alguma forma, Gary e Alana me lembram "Eduardo e Monica" da Legião. Não na imagem real da musica, mas no sentido dos personagens dela. Alana é adulta, Gary é um adolescente, Gary corre, Alana tem carro, Alana é fotografa, Gary foi ser fotografado. Ela sabe o que quer, ele não sabe de nada. Alana tem ideias mais fincadas, Gary é expansivo e arrasta ela pra suas aventuras, coisa que fazia os olhos de Alana brilharem
A história tendo uma aventura besta em torno da loja de colchões d'água de Gary, festas e entregas malucas, eram regadas as frustrações de Alana com o jovem imaturo, e com o espirito jovem e irresponsável de Gary tentando de alguma forma vencer o tempo, se arriscando sem medo, em coisas que lhe batiam na telha. A jovem mulher adulta, estava apaixonada pelo garoto adolescente; e o garoto adolescente, estava apaixonado pela jovem mulher adulta. E isso não tinha como mudar. Não dava. E Paul Thomas Anderson, mostrou que eles não queriam.
Não tem uma ideia pra explicar essas coisas, não tem uma matemática para subtrair e dividir o que era certo do errado neles. Você olha e entende.
"Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?"
O filme tem cenas simples, mas cheia de tudo que um filme de namorico tem de melhor. São cotidianos, regados a momentos parecidos com alguma coisa na gente. Tem aventuras sim, como as cenas do caminhão, mas nada que tire você das lembranças que você pode ter tido. As cenas finais do filme, com os dois correndo um para o outro, é tão clichê, mas tão perfeita, que aquele escorregão, foi a coisa mais justa que a cenas podia ter.
"Licorice Pizza" é uma comédia romântica, com espirito adolescente, que não quis ser engraçada, nem gloriosa. O filme de Paul Thomas Anderson, quis mostrar uma estória comum, mas cheia de pequenos momentos especiais. Uma coisa que todo mundo nesse planeta de alguma forma tem.
Alana Haim (Alana) e Cooper Hoffman (Gary Valentinee), estiveram brilhantes, não porque fizeram algo fora da caixa na atuação, mas porque eles souberam traduzir os sentimentos, que cada um tinha pelo outro, de uma forma sincera e normal. Sem frases espetaculares, sem atos impossíveis. Gary e Alana, tiveram um amor a primeira vista, uma amor gêmeo, cheio de amizade, alegria, pureza e respeito.
A maturidade dela, sendo desafiada pelas loucuras dele! São os anos 70 baby.
E se você puder ou se atrever, pergunte pro seus tios...
"O longa ganhou o título em homenagem a uma rede de lojas de discos de vinil no sul da Califórnia. De acordo com Screen Rant, a franquia funcionou de 1969 a 1986 e teve seu auge nos anos 1970. A loja com nome de Licorice Pizza é mais antiga e vem da dupla de folk Bud & Travis que tentou vender os discos de vinil sem sucesso e decidiram colocar sementes de gergelim de um lado e vendê-los em lojas de ração como “pizzas de alcaçuz” (licorice pizza, em inglês). Por isso a loja ganhou esse nome."
- Revista Rolling Stone.
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraDesorientação, confusão, sofrimento. Doenças mentais são foda, alias qualquer condição de dor que cause a perda da humanidade de alguém não é fácil de se ver. Florian Zeller, mostra um pouco disso.
Você tenta ter as rédeas do filme nas mãos, mas não consegue. A condição que "Meu Pai" coloca você, faz que tudo a sua volta perca a razão. Os planos somem, os personagens viram fantasmas e somente Anthony, permanece real na nossa frente, como referência da realidade. Você tenta controlar e dar explicações rápidas pra si, algo lógico e coerente com nossas expectativas, mas tudo a volta se desfaz, tudo que você imagina desaparece, fazendo que as cenas passam sejam frutos de sonhos e devaneios.
O personagem de Anthony Hopkins, transporta a gente pra realidade dele, onde qualquer situação e personagens, são tratados com alivio e desespero, com medo e confusão, porque você não sabe o quem eles são e nem onde estão. A desorientação e confusão, consegue perturbar a gente, pois essas emoções passam a ser nossas também. Você sente a dor dele em não saber o que está acontecendo, percebe que as certezas deles, não são verdadeiras, mas também sente, nas pessoas a sua volta, a dor e o pesar, que é medido em pessoas que passam por uma situação parecida, cuidando de pacientes iguais a Anthony.
Eu fico tentando traçar quem era quem no mundo de Anthony, mas não me atrevo mais, acho que tudo são reflexos de lembranças de um passado impossível de ser crível, ou de expectativas do que gostaria que eles fossem, ou os devaneios mentais, com as emoções de uma vida toda, mostradas em figuras que foram importantes pro pacientes, mas que não tem uma forma aparente, um lugar certo e uma ação real. Você não sabe quem são, onde estão e o que fazem.
Imaginar uma coisa dessa é foda, descrever isso beira ao impossível, mas mostrar isso na peça de teatro inspirada no filme e produzir um, realmente é digno de aplausos. O roteiro é genial, a história trouxe de uma forma abstrata o sofrimento que não pode ser medido em palavras, descrito nos planos que o personagem vive; a montagem consegue com simplicidade tirar os planos reais da nossa volta, mudando os locais e pessoas, fazendo que o delírio do paciente seja vivido por nós. A direção do Florian, não joga a gente pra um sonho qualquer, ele materializa as perturbações de Anthony, da maneira mais humana e possíveis de se entender, sem que o filme vire uma ficção utópica.
Anthony Hopkins (Anthony), Imogen Poots, Olivia Colman e Olivia Williams.
Grande atuações. Grande filme.
NYAD
3.7 153Grande história! Lembro esse feito da nadadora, mas desconhecia totalmente os detalhes da história dela.
Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin, contam o feito de NYAD, uma nadadora gringa que desafiou os sete mares, atravessando o congestionado estreito marítimo da ilha de Cuba para Flórida, nos EUA. Mostrando pro seu povo, como que foda sair da ilha de Fidel, para tentar sorte em seu país.
Annette Bening vive a nadadora, que auxiliada por sua grande amiga Bonnie Stoll (Jodie Foster), se jogam nas águas, tentando na fé e na coragem, pra superar seus limites, sendo um exemplo sem fim de capacidade e vontade para qualquer pessoa do mundo e em qualquer idade.
A história é muito bem humorada, com diálogos muito cômicos entre as personagens de Annette Bening e Judie Foster, que impressionam nas atuações, mostrando as inúmeras tentativas que a nadadora teve em vencer a fúria do mar e seus perigos.
As cenas são ótimas, os momentos água viva, realmente queima de agonia só de ver, e os fracassos que ocorrem realmente frustram a gente, pelas dificuldades inúmeras que surgem em quem acha que o cansaço é o único inimigo desses feitos.
Achei absolutamente patéticas a abordagem social e política que eles fizeram de Cuba, mostrando imagens de pousadas e casas, como se fossem condomínios em Miami. E outra, a facilidade das viagens para Ilha, sem aquelas restrições para americanos, em locais que pareciam mais as moradias delas, iludem quem assiste, pois fazem você crer que Cuba é livre, rica, próspera e feliz. É a Miami na cama com Paris.
As cenas finais são cheia de emoção, Diana Nyad fez algo que será lembrado eternamente em seu país e no mundo todo. Um exemplo de vontade e resignação, mostrando pra qualquer pessoa, que só fracassam dos seus sonhos, quem desiste deles. Bom filme.