Se o termômetro for a quantidade de risadas, Vai Que Dá Certo, é uma boa comédia. A direção cria um cenário natural, despojado, realista, para contar uma história inverossímel, mas possível. Os atores dão conta do recado, o roteiro é razoavelmente bem construído, com um arco dramático bem delineado (claro que poderia ter ido mais longe, poderia ser mais bem resolvido). As cenas finais, na casa do deputado, o clímax do filme, não tem a mesma força do restante. Das comédias de sucesso do cinema brasileiro, quase todas clichês e sem graça, Vai Que Dá Certo está entre os mais bem sucedidos.
A retomada tem sido pautada por filmes autorais, comédias populares e grandes produções de ação e violência. São poucas as estréia que buscam o meio termo, ou seja, filmes que tentam dialogar com o grande público e ao mesmo tempo sejam autorais. Selton Melo é o exemplo mais bem sucedido com O Palhaço. 2013 promete mudar isso. Estréiam numa levada só 3 filmes que seguem este caminho. A Busca, com Wagner Moura, conseguiu levar 105 mil pessoas ao cinema no último fim de semana. Daqui a duas semanas, o desenho adulto de Luis Bolognese Uma História de Amor e Fúria entra em cartaz. Logo em seguida, vem a versão de Marcos Bernstein do livro Meu Pé de Laranja Lima. No começo de maio a história de Renato Russo quando jovem toma de assalto os cinemas, prometendo arregimentar os fãs do cantor. Nada mal para o cinema brasileiro.
Amour é um filme sobre o inevitável processo do envelhecimento do ponto de vista de um cético, processo esse dissecado sem qualquer esperança ou religiosidade.O austríaco Michael Haneke usa o mínimo para mostrar a história de uma professora de piano aposentada gravemente doente e seu marido igualmente idoso. As cenas são cruas, quase documentais. Sem trilha sonora, passado quase inteiramente no interior de um apartamento, com poucos diálogos, o filme não tem nada de agradável. Muito pelo contrário. A direção rigorosa, as interpretações na medida e o roteiro econômico explicam o prestígio do filme. É um bom filme, mas não transcende o tema. Assim como a velhice, quase tudo é (im)previsível....,
O filme foi exibido sexta-feira no Festival da Imagens Filmes em Florianópolis e já começam a sair as primeira críticas. Eu acabei e ler uma....Bem que ele poderia estrear antes para evitar pirataria...
O filme começa bem, chega a empolgar, mas, à medida que a história se desenrola, as fraquezas dramatúrgicas do roteiro e da direção de atores ficam mais aparentes, culminando com um final interessante em Buenos Aires, que recupera o miolo irregular. A intenção do diretor foi fazer um filme divertido, tocando de leve na problemática da sindrome de down, e brincar com as referências cinematográficas. Há cenas divertidas, engraçadas, principalmente por conta da ingenuidade de alguns personagens, e outras que emocionam os mais sensíveis,mas não o suficiente para toná-lo um bom filme.
Filme chato, personagens chatos. Não entendo as indicações ao Oscar. Isso só mostra a falta de criatividade de Hollywood, que cada vez mais recicla idéias velhas. Como tenho 49 anos e já vi muito filme, talvez esteja muito exigente (pelo que li aqui o pessoas gostou desse filme). Minha vontade era sair no meio da projeção, mas fiquei até o final, típico de comedinha romântica boba. Estava com mais dois amigos e todos odiaram o filme.
Eu também não entendi nada. Que trailer é esse? Praticamente conta o filme todo.. No site filmeb a estréia está programada para dia 1 de março. Como assim se não tem trailer, chamada, divulgação? Esse Moacyr Góes não consegue fazer nada direito. Pelas imagens do trailer interminável, vê-se bons atores, fotografia esquisita... Fica difícil saber o que vem por aí e se ele realmente vai estrear. João Miguel não merecia isto.
Ninguém aqui parece ter visto o filme. Eu vi o primeiro e é bem aquele tipo feito para passar o tempo, para agradar um público bem específico, com idade até 10 anos. Poderia ser melhor? Com certeza. Para fazer um filme desses é preciso muito dinheiro para pós produção e, infelizmente, a grana é curta. Poderia, pelo menos, ser mais criativos no roteiro. Não vi o 2, mas pretendo ver o 3 porque assisti o trailer e, por ele, parece bem melhor do que o 1. A diretora Rosane Svartman fez um filme bem interessante. Pouco visto, mas muito bem feito: Desenrola. Alguém aqui viu? Se não, procure assistir. Um filme feito para adolescente que respeita o tema e a nossa inteligência...
Vi ontem o último filme de Quentin Tarantino, cineasta cujo nome é um adjetivo em si, assim como Wood Allen e Almodóvar, por exemplo. Longe de ser um gênio , é um talento bem acima da média com a vantagem de ter criado um estilo, imitado mundo afora. Dito isso, espera-se de diretores como ele sempre algo a mais do que os diretores normais (até rimou!) e o que se vê em Django é mais do mesmo, como se ele pegasse uma fórmula e a recriasse em outra época. Deu super certo em Bastardos Inglórios, um excelente filme, mas em Django quase tudo soa como pastiche de Tarantino, com cenas inspiradíssimas e outras beirando o besteirol. Para quem quer dar boas risadas, o filme é ótimo, mas para quem, como eu, pede sempre algo mais, menos cinismo e ironia e mais verdade, o filme, depois de duas horas, torna-se cansativo e previsível demais. Ponto para os atores, com exceção de Leonardo Di Caprio, bom ator que no filme está péssimo, e para a trilha sonora. O filme poderia ter meia hora a menos e menos violência explícita. Depois desse filme não sei se veria novamente um Tarantino no cinema.
É muito chato e burra essa discussão sobre filmes brasileiros. Cada filme é um filme diferente, com diretores, roteiristas e atores diferentes, não é possível generalizar. Estrearam 100 filmes brasileiros ano passado e as pessoas só falam dos filmes da GloboFilmes. São pessoas preguiçosas e não procuram ver aquela produção que está em uma ou duas salas da Paulista, filmes que não são fáceis, mas que tem algo a dizer.
O filme chileno No, indicado ao Oscar de filme estrangeiro, mostra, em ritmo quase documental, a campanha pela permanência ou não do ditador Augusto Pinochet na presidência do Chile em 1988. Já enfraquecido e sentindo as pressões internacionais, o ditador decide fazer um plebiscito para legitimar seu poder e permanecer por mais oito anos no comando do país. A esquerda chilena, titubeando entre fazer o jogo do ditador, empreende a campanha do Não contratando um publicitário profissional (Gael Garcia Bernal) que se vê no dilema de aceitar a empreitada correndo até o risco de vida. Essa campanha lembra muito a primeira campanha do PT à presidência, a do famoso jingle Lula Lá, com uso de marketing político e truques publicitários. Com certeza os marqueteiros do PT conheciam muito bem essa história. O diretor Pablo Larraín consegue fazer um filme ágil, divertido e esclarecedor. Com um roteiro redondo, inspirado na peça El Plebiscito de Antonio Skármeta, ótimos atores, o filme muito ser visto. Filmado em vídeo, para ficar com a mesma textura das imagens da época, bastante usada no filme, a fotografia causa um certo estranhamento no começo.
As Aventuras de Pi é um filme que usa os recursos técnicos de Hollywood para fazer uma profunda e tocante análise sobre a condição humana. O personagem principal resume a busca do homem pela compreensão do universo, seja nas religiões seja na ciência. Por isso, o embate constante de Pi, assim como qualquer ser humano, entre a razão e a espiritualidade. A cena em que o tigre devora o carneirinho é a representação do instinto de sobrevivência animal, da lei do mais forte, “descoberta” por Charle Darwin no início do século passado, e o fim da inocência, o fim da fé em um ser superior, como se Adão comesse a maçã.
Já na meia idade, casado e com filhos, Pi relata a um escritor os acontecimentos mirabolantes de sua vida, capazes de fazer qualquer um acreditar em Deus. Sua família possui um zoológico na Índia e, obrigados a desocupar o terreno, resolvem levar os animais para o Canadá e se estabelecer nesse país longínquo. Durante o trajeto para o Canadá, a embarcação onde estão ele, a família e os animais afunda e Pi acaba sendo o único sobrevivente. Já no Golfo do México, quando interrogado sobre o acidente, Pi conta uma história mirabolante, em que ele, um tigre, um macaco e uma iena, à deriva em um barco, lutam pela sobrevivência em alto mar; depois de um tempo, restam apenas ele e o tigre, até desembarcarem em uma ilha fantástica. Os japoneses responsáveis pelo seguro do navio, pedem que ele conte uma versão verossímil dos fatos, uma versão em que possam acreditar. Ele conta o que realmente aconteceu, uma história triste e chocante, que revelam as pequenezas do ser humano (mentiras, traições, covardia), como é a própria história da humanidade. E pergunta ao escritor qual história prefere: a primeira, uma fábula fantasiosa cheia de mistérios, ou a segunda, previsível e triste? A resposta é óbvia: todos, com poucas exceções, preferimos a fantasia à realidade, preferimos mitos à humanidade . Por isso a maioria da população acredita em Deus, na bíblia, no Alcorão, nos livros sagrados, em qualquer época, fase ou estágio da civilização. O filme e baseado no livro A Vida de Pi, de Yanm Martel. Quem não leu o livro, com certeza, se surpreenderá mais.
O Som ao Redor estréia cercado de expectativa por conta do prestígio internacional e, por isso, talvez decepcione os espectadores que esperam um filme impactante, do nível de um Cidade de Deus ou Central do Brasil. Kleber Mendonça Filho, diretor e roteirista, não segue uma narrativa convencional como as obras-primas citadas, o roteiro mais sugere do que mostra e apresenta vários núcleos, sem uma ligação definida entre eles. Digamos que o local onde o filme se passa, região metropolitana de Recife de classe média, cercada de arranha-céus, é um microcosmo do Brasil, das relações entre classes sociais distintas, entre senhores de engenho, hoje proprietários, empresários e profissionais liberais e empregados (doméstica, porteiro, vigilante). Cada cena de O Som ao Redor explicita a maneira paternalista eu indiferente de o brasileiro lidar com as diferenças sociais. E essa maneira de lidar com as diferenças explode em violência, claro. O crítico Dennis Scwartz citou O Som ao Redor como um thriller que serve como uma alegoria da sociedade brasileira contemporânea ( "A well-made thriller that serves as an allegory for contemporary Brazilian society."). Concordo plenamente.
A reconstituição das cenas é bem real, muito bem feitas, assustadoras. Figurinos e cenários perfeitos, sem aquela coisa fake dos grandes estúdios, mas o roteiro peca pelo sentimentalismo e a trilha sonora é invasiva. No final, achei um filme de encher os olhos, mas apelativo.
Apesar de alguns bons momentos e da boa química entre Adnet e Eduardo, esperava muito mais de um diretor como Andrucha Waddington, do excelente Eu Tu Eles (rim muito mais quando vi esse drama do que com a comédia Os Penetras). Quando o filme começa a ficar interessante e os personagens a se desenvolver, ele acaba. O roteiro termina mal resolvido. Caberia mais uns 20 minutos. Não conhecia o trabalho de Eduardo Sterblitch e, para mim, ele é uma revelação. Encaixou-se muito bem no papel. Enquanto Adnet, excelente comediante, parece meio perdido.
O filme acaba de ganhar o prêmio de melhor filme infanto-juvenil no Festival de Roma, concorrendo com obras do mundo todo. Parabéns! Tomara que estreie logo, estou curioso. A primeira versão do livro fez muito sucesso. Os críticos acusam o livro, assim como o filme anterior, de ser sentimental, piegas, mas o público adora. Marcos Bernstein (Do outro lado da rua) tem um estilo comedido, sem firulas. Talvez tenha feito um filme menos comercial que o anterior.
Assisti na última sexta-feira Era Uma Vez Eu, Verônica, filme sobre uma médica psiquiatra recém-formada que começa a fazer residência em um hospital público de Recife. Ela enfrenta a velhice do pai e registra seus questionamentos em um diário. Enquanto trata com carinho seus pacientes, ela própria sente-se uma paciente de si mesmo. Marcelo Gomes é um diretor rigoroso: o filme exala verdade. O fato de ser filmado em um hospital público num dia normal de funcionamento enriquece o filme. Fica a impressão que os pacientes são verdadeiros em vez de atores. O diretor fez uma extensa pesquisa para escrever o roteiro que retrata uma jovem universitária brasileira moradora de cidade grande com veracidade. Há algumas cenas de sexo, bastante reais, quase explícitas, outras cenas naturalmente engraçadas, uma em especial bem tragicômica, e imagens lindas do mar de Recife que servem como um refresco a outras cenas claustrofóbicas. Enquanto Amanhecer levou 1 milhão de pessoas aos cinemas, Verônica deve atrair apenas quem se interessar em explorar um universo real e bem próximo.
Para quem quer entender (ou conhecer melhor) a situação dos negros no sul dos Estados Unidos durante os anos de segregação, assistam "Mississipi em Chamas", um filmaço.
Filme inteligente, adulto, divertido, tudo em um pacote só. Johnny Depp, além de excelente ator, sabe escolher seus projetos menos comerciais. São poucos os filmes comerciais norte-americanos que confiam na inteligência dos expectadores e Diário é um deles.
O filme começa bem, tem um enredo interessante sobre o racismo numa cidade do Mississipi nos anos 60, época da segregação racial, mas, ao final, fica o paternalismo no tratamento de um tema tão delicado. Feito para agradar ao público que adora histórias adocicadas, o filme não arrisca nem problematiza as relações, procurando soluções fáceis ( "emocionantes" ou "divertidas") para não chocar o público. Produção riquíssima, atrizes ótimas, direção e roteiro medianos.
O pior filme do talentoso Steven Soderbergh, diretor de filme importantes como Sexo, Mentiras e Videotapes e Traffic. Os atores, apesar do esforço, não conseguem segurar uma história chata que não vai a lugar nenhum. O diretor, claramente, foca mais nos relacionamentos e menos no tema tratado, mas quase sempre acaba caindo em clichês. Falta originalidade. Fiquei com vontade de sair da sala a partir da metade do filme e acabei saindo 5 minutos antes do final. Ele fica com a irmã do cara iniciante?
O filme tem um p... produção. Som, fotografia, figurinos, cenários, além de um roteiro bem construído e atores eficientes. Para mim faltou mais adrenalina e ir além de de um drama familiar. Esperava que o filme fosse se aprofundar na questão das drogas sintéticas. O filme é bom, definitivamente, e muito bonito visualmente, mas não me senti envolvido com o drama dos personagens
Vai Que Dá Certo
2.9 802 Assista AgoraSe o termômetro for a quantidade de risadas, Vai Que Dá Certo, é uma boa comédia. A direção cria um cenário natural, despojado, realista, para contar uma história inverossímel, mas possível. Os atores dão conta do recado, o roteiro é razoavelmente bem construído, com um arco dramático bem delineado (claro que poderia ter ido mais longe, poderia ser mais bem resolvido). As cenas finais, na casa do deputado, o clímax do filme, não tem a mesma força do restante. Das comédias de sucesso do cinema brasileiro, quase todas clichês e sem graça, Vai Que Dá Certo está entre os mais bem sucedidos.
A Busca
3.4 714 Assista AgoraA retomada tem sido pautada por filmes autorais, comédias populares e grandes produções de ação e violência. São poucas as estréia que buscam o meio termo, ou seja, filmes que tentam dialogar com o grande público e ao mesmo tempo sejam autorais. Selton Melo é o exemplo mais bem sucedido com O Palhaço. 2013 promete mudar isso. Estréiam numa levada só 3 filmes que seguem este caminho. A Busca, com Wagner Moura, conseguiu levar 105 mil pessoas ao cinema no último fim de semana. Daqui a duas semanas, o desenho adulto de Luis Bolognese Uma História de Amor e Fúria entra em cartaz. Logo em seguida, vem a versão de Marcos Bernstein do livro Meu Pé de Laranja Lima. No começo de maio a história de Renato Russo quando jovem toma de assalto os cinemas, prometendo arregimentar os fãs do cantor. Nada mal para o cinema brasileiro.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraAmour é um filme sobre o inevitável processo do envelhecimento do ponto de vista de um cético, processo esse dissecado sem qualquer esperança ou religiosidade.O austríaco Michael Haneke usa o mínimo para mostrar a história de uma professora de piano aposentada gravemente doente e seu marido igualmente idoso. As cenas são cruas, quase documentais. Sem trilha sonora, passado quase inteiramente no interior de um apartamento, com poucos diálogos, o filme não tem nada de agradável. Muito pelo contrário. A direção rigorosa, as interpretações na medida e o roteiro econômico explicam o prestígio do filme. É um bom filme, mas não transcende o tema. Assim como a velhice, quase tudo é (im)previsível....,
Somos Tão Jovens
3.3 2,0KO filme foi exibido sexta-feira no Festival da Imagens Filmes em Florianópolis e já começam a sair as primeira críticas. Eu acabei e ler uma....Bem que ele poderia estrear antes para evitar pirataria...
Praia do Futuro
3.4 935 Assista AgoraEsperança que seja exibido no Festival de Cannnes. É bem possível, já que Karin é um diretor promissor e já participou com Madame Satã.
Colegas
3.4 606 Assista AgoraO filme começa bem, chega a empolgar, mas, à medida que a história se desenrola, as fraquezas dramatúrgicas do roteiro e da direção de atores ficam mais aparentes, culminando com um final interessante em Buenos Aires, que recupera o miolo irregular. A intenção do diretor foi fazer um filme divertido, tocando de leve na problemática da sindrome de down, e brincar com as referências cinematográficas. Há cenas divertidas, engraçadas, principalmente por conta da ingenuidade de alguns personagens, e outras que emocionam os mais sensíveis,mas não o suficiente para toná-lo um bom filme.
Meu Pé de Laranja Lima
3.9 343Já saiu o trailer (está no youtube) e o cartaz. Só falta atualizar no site. O trailer é sensível, bonito. Parece fazer jus ao livro.
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraFilme chato, personagens chatos. Não entendo as indicações ao Oscar. Isso só mostra a falta de criatividade de Hollywood, que cada vez mais recicla idéias velhas. Como tenho 49 anos e já vi muito filme, talvez esteja muito exigente (pelo que li aqui o pessoas gostou desse filme). Minha vontade era sair no meio da projeção, mas fiquei até o final, típico de comedinha romântica boba. Estava com mais dois amigos e todos odiaram o filme.
Bonitinha, Mas Ordinária
2.5 189Eu também não entendi nada. Que trailer é esse? Praticamente conta o filme todo.. No site filmeb a estréia está programada para dia 1 de março. Como assim se não tem trailer, chamada, divulgação? Esse Moacyr Góes não consegue fazer nada direito. Pelas imagens do trailer interminável, vê-se bons atores, fotografia esquisita... Fica difícil saber o que vem por aí e se ele realmente vai estrear. João Miguel não merecia isto.
Tainá - A Origem
2.4 137 Assista AgoraNinguém aqui parece ter visto o filme. Eu vi o primeiro e é bem aquele tipo feito para passar o tempo, para agradar um público bem específico, com idade até 10 anos. Poderia ser melhor? Com certeza. Para fazer um filme desses é preciso muito dinheiro para pós produção e, infelizmente, a grana é curta. Poderia, pelo menos, ser mais criativos no roteiro. Não vi o 2, mas pretendo ver o 3 porque assisti o trailer e, por ele, parece bem melhor do que o 1. A diretora Rosane Svartman fez um filme bem interessante. Pouco visto, mas muito bem feito: Desenrola. Alguém aqui viu? Se não, procure assistir. Um filme feito para adolescente que respeita o tema e a nossa inteligência...
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraVi ontem o último filme de Quentin Tarantino, cineasta cujo nome é um adjetivo em si, assim como Wood Allen e Almodóvar, por exemplo. Longe de ser um gênio , é um talento bem acima da média com a vantagem de ter criado um estilo, imitado mundo afora. Dito isso, espera-se de diretores como ele sempre algo a mais do que os diretores normais (até rimou!) e o que se vê em Django é mais do mesmo, como se ele pegasse uma fórmula e a recriasse em outra época. Deu super certo em Bastardos Inglórios, um excelente filme, mas em Django quase tudo soa como pastiche de Tarantino, com cenas inspiradíssimas e outras beirando o besteirol. Para quem quer dar boas risadas, o filme é ótimo, mas para quem, como eu, pede sempre algo mais, menos cinismo e ironia e mais verdade, o filme, depois de duas horas, torna-se cansativo e previsível demais. Ponto para os atores, com exceção de Leonardo Di Caprio, bom ator que no filme está péssimo, e para a trilha sonora. O filme poderia ter meia hora a menos e menos violência explícita. Depois desse filme não sei se veria novamente um Tarantino no cinema.
Tainá - A Origem
2.4 137 Assista AgoraÉ muito chato e burra essa discussão sobre filmes brasileiros. Cada filme é um filme diferente, com diretores, roteiristas e atores diferentes, não é possível generalizar. Estrearam 100 filmes brasileiros ano passado e as pessoas só falam dos filmes da GloboFilmes. São pessoas preguiçosas e não procuram ver aquela produção que está em uma ou duas salas da Paulista, filmes que não são fáceis, mas que tem algo a dizer.
Não
4.2 472 Assista AgoraO filme chileno No, indicado ao Oscar de filme estrangeiro, mostra, em ritmo quase documental, a campanha pela permanência ou não do ditador Augusto Pinochet na presidência do Chile em 1988. Já enfraquecido e sentindo as pressões internacionais, o ditador decide fazer um plebiscito para legitimar seu poder e permanecer por mais oito anos no comando do país. A esquerda chilena, titubeando entre fazer o jogo do ditador, empreende a campanha do Não contratando um publicitário profissional (Gael Garcia Bernal) que se vê no dilema de aceitar a empreitada correndo até o risco de vida. Essa campanha lembra muito a primeira campanha do PT à presidência, a do famoso jingle Lula Lá, com uso de marketing político e truques publicitários. Com certeza os marqueteiros do PT conheciam muito bem essa história. O diretor Pablo Larraín consegue fazer um filme ágil, divertido e esclarecedor. Com um roteiro redondo, inspirado na peça El Plebiscito de Antonio Skármeta, ótimos atores, o filme muito ser visto. Filmado em vídeo, para ficar com a mesma textura das imagens da época, bastante usada no filme, a fotografia causa um certo estranhamento no começo.
As Aventuras de Pi
3.9 4,4KAs Aventuras de Pi é um filme que usa os recursos técnicos de Hollywood para fazer uma profunda e tocante análise sobre a condição humana. O personagem principal resume a busca do homem pela compreensão do universo, seja nas religiões seja na ciência. Por isso, o embate constante de Pi, assim como qualquer ser humano, entre a razão e a espiritualidade. A cena em que o tigre devora o carneirinho é a representação do instinto de sobrevivência animal, da lei do mais forte, “descoberta” por Charle Darwin no início do século passado, e o fim da inocência, o fim da fé em um ser superior, como se Adão comesse a maçã.
Já na meia idade, casado e com filhos, Pi relata a um escritor os acontecimentos mirabolantes de sua vida, capazes de fazer qualquer um acreditar em Deus. Sua família possui um zoológico na Índia e, obrigados a desocupar o terreno, resolvem levar os animais para o Canadá e se estabelecer nesse país longínquo. Durante o trajeto para o Canadá, a embarcação onde estão ele, a família e os animais afunda e Pi acaba sendo o único sobrevivente. Já no Golfo do México, quando interrogado sobre o acidente, Pi conta uma história mirabolante, em que ele, um tigre, um macaco e uma iena, à deriva em um barco, lutam pela sobrevivência em alto mar; depois de um tempo, restam apenas ele e o tigre, até desembarcarem em uma ilha fantástica. Os japoneses responsáveis pelo seguro do navio, pedem que ele conte uma versão verossímil dos fatos, uma versão em que possam acreditar. Ele conta o que realmente aconteceu, uma história triste e chocante, que revelam as pequenezas do ser humano (mentiras, traições, covardia), como é a própria história da humanidade. E pergunta ao escritor qual história prefere: a primeira, uma fábula fantasiosa cheia de mistérios, ou a segunda, previsível e triste? A resposta é óbvia: todos, com poucas exceções, preferimos a fantasia à realidade, preferimos mitos à humanidade . Por isso a maioria da população acredita em Deus, na bíblia, no Alcorão, nos livros sagrados, em qualquer época, fase ou estágio da civilização. O filme e baseado no livro A Vida de Pi, de Yanm Martel. Quem não leu o livro, com certeza, se surpreenderá mais.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraO Som ao Redor estréia cercado de expectativa por conta do prestígio internacional e, por isso, talvez decepcione os espectadores que esperam um filme impactante, do nível de um Cidade de Deus ou Central do Brasil. Kleber Mendonça Filho, diretor e roteirista, não segue uma narrativa convencional como as obras-primas citadas, o roteiro mais sugere do que mostra e apresenta vários núcleos, sem uma ligação definida entre eles. Digamos que o local onde o filme se passa, região metropolitana de Recife de classe média, cercada de arranha-céus, é um microcosmo do Brasil, das relações entre classes sociais distintas, entre senhores de engenho, hoje proprietários, empresários e profissionais liberais e empregados (doméstica, porteiro, vigilante). Cada cena de O Som ao Redor explicita a maneira paternalista eu indiferente de o brasileiro lidar com as diferenças sociais. E essa maneira de lidar com as diferenças explode em violência, claro. O crítico Dennis Scwartz citou O Som ao Redor como um thriller que serve como uma alegoria da sociedade brasileira contemporânea ( "A well-made thriller that serves as an allegory for contemporary Brazilian society."). Concordo plenamente.
O Impossível
4.1 3,1K Assista AgoraA reconstituição das cenas é bem real, muito bem feitas, assustadoras. Figurinos e cenários perfeitos, sem aquela coisa fake dos grandes estúdios, mas o roteiro peca pelo sentimentalismo e a trilha sonora é invasiva. No final, achei um filme de encher os olhos, mas apelativo.
Os Penetras
2.6 1,1KApesar de alguns bons momentos e da boa química entre Adnet e Eduardo, esperava muito mais de um diretor como Andrucha Waddington, do excelente Eu Tu Eles (rim muito mais quando vi esse drama do que com a comédia Os Penetras). Quando o filme começa a ficar interessante e os personagens a se desenvolver, ele acaba. O roteiro termina mal resolvido. Caberia mais uns 20 minutos. Não conhecia o trabalho de Eduardo Sterblitch e, para mim, ele é uma revelação. Encaixou-se muito bem no papel. Enquanto Adnet, excelente comediante, parece meio perdido.
Meu Pé de Laranja Lima
3.9 343O filme acaba de ganhar o prêmio de melhor filme infanto-juvenil no Festival de Roma, concorrendo com obras do mundo todo. Parabéns! Tomara que estreie logo, estou curioso. A primeira versão do livro fez muito sucesso. Os críticos acusam o livro, assim como o filme anterior, de ser sentimental, piegas, mas o público adora. Marcos Bernstein (Do outro lado da rua) tem um estilo comedido, sem firulas. Talvez tenha feito um filme menos comercial que o anterior.
Era Uma Vez Eu, Verônica
3.5 198Assisti na última sexta-feira Era Uma Vez Eu, Verônica, filme sobre uma médica psiquiatra recém-formada que começa a fazer residência em um hospital público de Recife. Ela enfrenta a velhice do pai e registra seus questionamentos em um diário. Enquanto trata com carinho seus pacientes, ela própria sente-se uma paciente de si mesmo. Marcelo Gomes é um diretor rigoroso: o filme exala verdade. O fato de ser filmado em um hospital público num dia normal de funcionamento enriquece o filme. Fica a impressão que os pacientes são verdadeiros em vez de atores. O diretor fez uma extensa pesquisa para escrever o roteiro que retrata uma jovem universitária brasileira moradora de cidade grande com veracidade. Há algumas cenas de sexo, bastante reais, quase explícitas, outras cenas naturalmente engraçadas, uma em especial bem tragicômica, e imagens lindas do mar de Recife que servem como um refresco a outras cenas claustrofóbicas. Enquanto Amanhecer levou 1 milhão de pessoas aos cinemas, Verônica deve atrair apenas quem se interessar em explorar um universo real e bem próximo.
Histórias Cruzadas
4.4 3,8K Assista AgoraPara quem quer entender (ou conhecer melhor) a situação dos negros no sul dos Estados Unidos durante os anos de segregação, assistam "Mississipi em Chamas", um filmaço.
Diário de um Jornalista Bêbado
3.0 774 Assista grátisFilme inteligente, adulto, divertido, tudo em um pacote só. Johnny Depp, além de excelente ator, sabe escolher seus projetos menos comerciais. São poucos os filmes comerciais norte-americanos que confiam na inteligência dos expectadores e Diário é um deles.
Histórias Cruzadas
4.4 3,8K Assista AgoraO filme começa bem, tem um enredo interessante sobre o racismo numa cidade do Mississipi nos anos 60, época da segregação racial, mas, ao final, fica o paternalismo no tratamento de um tema tão delicado. Feito para agradar ao público que adora histórias adocicadas, o filme não arrisca nem problematiza as relações, procurando soluções fáceis ( "emocionantes" ou "divertidas") para não chocar o público. Produção riquíssima, atrizes ótimas, direção e roteiro medianos.
Magic Mike
3.0 1,3K Assista AgoraO pior filme do talentoso Steven Soderbergh, diretor de filme importantes como Sexo, Mentiras e Videotapes e Traffic. Os atores, apesar do esforço, não conseguem segurar uma história chata que não vai a lugar nenhum. O diretor, claramente, foca mais nos relacionamentos e menos no tema tratado, mas quase sempre acaba caindo em clichês. Falta originalidade. Fiquei com vontade de sair da sala a partir da metade do filme e acabei saindo 5 minutos antes do final. Ele fica com a irmã do cara iniciante?
Paraísos Artificiais
3.2 1,8K Assista AgoraO filme tem um p... produção. Som, fotografia, figurinos, cenários, além de um roteiro bem construído e atores eficientes. Para mim faltou mais adrenalina e ir além de de um drama familiar. Esperava que o filme fosse se aprofundar na questão das drogas sintéticas. O filme é bom, definitivamente, e muito bonito visualmente, mas não me senti envolvido com o drama dos personagens