Poucos filmes conseguem ultrapassar a barreira que eu coloco entre eu, e eu mesmo. Mas os que conseguem, atingem camadas e profundidades tão sensíveis que machucam, ferem, sangram - e algumas vezes infeccionam-. "Azul é a Cor Mais Quente" conseguiu tal proeza. Não sangrou, não infeccionará, mas machucou. Isso por que o filme vai além do 'teor' homossexual/afetivo. O que esta em pauta em "Azul'' são as descobertas de identidade. é o despertar do nosso verdadeiro ser. explico. Azul é a cor mais quente (alias ótimo nome nacional, melhor ate talvez do que o original que seria algo do tipo a Vida de Adele) lida com escolhas, de ser e aceitar quem se é, e não falo somente de sexualidade e afetividade. Falo de tudo, profissão, emocional, psicológico, sensitivo, de fé, crença, familiar. Um filme que mostra o trajeto da vida em que descobrimos ou que tentamos como dia apos dia descobrir quem somos no mundo e o que o mundo é em nós.
Não soltarei spoilers obviamente mas é impossível não falar de duas cenas especificas dessa Obra. Uma acontece quando Adele após uma cena em que tem um sonho erótico, vai do prazer a angustia. Ao sofrimento real, que nenhum grito ou mesmo ferida aberta conseguem explicitar. Já senti e muitas vezes sinto tal sentimento, tal sensação, tal dor. Que não pode ser medida, testada, explicada, compreendida, uma vez que é como impressão digital - cada um possui uma de formas diferentes. Mas a reação é universal. é angustiante e belo do ponto de vista cinematográfico a maneira que é mostrada. A segunda ocorre num parque/praça a céu aberto onde as cores azul se tornam mais evidente na protagonista, nela e alem dela (objetos, céu em contraste mais forte, reflexo em vidros e etc -. é lindo como esse recurso de rima visual usado no filme beneficia não só a narrativa mas a própria construção emocional da personagem e seus dilemas a enfrentar.
mérito das atrizes que dão um show de interpretação, talvez esteja dizendo besteira, mas que ficara marcado por um longo tempo na cinematografia de ambas. Não é surpresa que o cinema francês sempre nos presenteia com ótimas atuações, ótimas produções se excelentes roteiros, mas "Azul' abusa. E vai alem de si mesmo. Se torna um ode universal da busca do ser humano e com engajo na liberdade que a sociedade atual tanto busca sem saber como transforma-la e libertação ao invés de um beco sem saída - ou com muitas saídas sem saber qual a correta a se seguir.
Destaque a atuação mais uma vez da personagem da Adele, que sinceramente merece todos os Oscar do próximo ano, por cada caguete dos cabelos que adquiriu, por cada lagrima derramada e dedicação ao compor uma personagem tão profunda e complexa.
Ponto também para o que achei de mais interessante curioso. Como disse o cinema francês tem lá suas características particulares e uma delas é a metaforização que fazem com a comida. Aqui a quase gula tem um significa exemplar e coerente com a trama. A comida soa quase como gula mesmo, não parece haver satisfação. cada vez que surge alguém comendo em cena temos a sensação mais de incomodo do que de desejo, ainda que ele denote no filme o desejo como a fome. é complexo, e genial. Ponto também para a arte do filme que consegue delimitar bem os espaços condizentes com cada núcleo desde pequenos acessórios como brincos, desenhos nas paredes, ate a tipos de talheres, panelas, flores.
talvez o filme só peque no andamento em dado momento, e não falo da duração. A duração é correta para a proposta e para a necessidade que os personagens precisam para serem estudados e mostrados. Seria impossível trabalhar uma personagem como a Adele nessa trama sem no minimo 2 horas e meia de metragem. Isso por que a historia tem forma nas particularidades dos sentimentos dos personagens e para entendermos eles e eles terem justificativa, precisam ser embrenhados a fundo. O filme faz bem isso. porem, ao mesmo tempo em que dedicam exaustivamente tempo para os protagonistas e aqueles relevantes a eles, esquecem em dado momento o todo do cenário panorâmico que traçaram e aqui falo especificadamente da homossexualidade.
Não ha explicação nem mesmo explicita de como Adele e seu mundo lidam com sua sexualidade. O filme adentra esse trecho mas não o conclui (aqui talvez haja spoiler vai -
apos a passagem de tempo longa que há, não fica claro como os pais de adele reagiram a sexualidade da filha, ate onde isso fica explicito ao mundo, aos amigos. Não há enfrentamento dela com o mundo por entender que é lésbica - ou bissexual que é o que para mim é a leitura que fiquei - somente dela, com ela mesma.
Não é ruim, alias isso que torna o filme grande e tão além de seus colegas de gênero atuais, mas para a narrativa faltou).
Ponto também para a nudez e a eroticidade mostrada sem pudor nenhum e com o tom assertivo de como deve ser mostrado. Pra mim quanto mais pele e sexo houver melhor, não por questões de levianidade ou luxuria, mas por que é natural, ja passou da hora do mundo compreender e aceitar deixar de ser hipócrita e ver que o sexo, e nosso corpo é natural. Não ha o que esconder, temer, impressionar. Mas o filme consegue se ater a historia quando escolhe mostrar as cenas de sexo e a nudez. Quando elas surgem não estão ali para impressionar ou chocar e menos ainda para banalizar. mas sim para mostrar algo necessário a trama: a descoberta, a experimentação. Como disse o filme fala sobre se descobrir e se auto afirmar. E nos nos descobrimos como ego a partir do nosso corpo. So sabemos quem somos depois que descobrimos o corpo que temos, por dentro e por fora. E é isso que cada cena, cada minuto mais intenso e menos intenso de sexualidade e erotização no filme possui. é arte em seu mais puro grau. Enfim, um filme belíssimo, instigante, difícil, doloroso, que me deixou atordoado, machucado e encantado. palmas de pé em cima da mesa, independente das polemicas da realização entre produção, direção e elenco.
No Mais: Sempre vale a pena buscarmos enxergar ou descobrir qual é ou são nossas cores mais quentes :)
ps: confesso que me incomodou um pouco o esteriótipo implícito em torno das personagens femininas lésbicas. Nada explicito ou forçado, nada que renda algo que mantenha a visão errônea de que 'toda lésbica tem traços masculinos ou mais rudes' e etc... mas Há uma padronização, principalmente na cena
em que mesmo sua persona imagética se altera como se o exterior precisa-se denotar sexualidade ou afetividade. Mas isso não é critica ao filme, é só comentário extremamente pessoal mesmo.
ansiedade que não me cabe. Dai leio essa opinião de quem já assistiu (teve a sorte do ano!) https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3775123754675&set=a.2679613167595.72540.1774284072&type=1&theater e toda a ansiedade aumenta. Cade janeiro meu deus!? cade!
Que delicia de filme meu deus do céu! Que delicia.
Eu ri, refleti, ri mais, ri mais um pouco e ri de novo e então me peguei emocionado tremendamente.
"Cine Holliudy'' com direção de Halder Gomes evoca o cinema de advento desde mazzaropi e passa ate ao inevitável alusão ao Cinema Paradiso. Digo isso porque se por um lado ele nos faz rir com uma teatralização e caraterização tipicas do mazzaropi alem do fato de ter aquela força característica do nordeste do país, criticando com humor as burocracias e diferenças de classes sociais, ele tbm promove um profundo Ode ao cinema mundial e nacional. recriando cenas que fazem paralelo direto com inúmeras obras, nos remetendo a uma sensação de nostalgia incrível, que faz com que qualquer cinéfilo se apaixone.
Ha seus pontos fracos como o ritmo desigual que não consegue se decidir. Mas tudo isso é eclipsado pela vontade latente dos personagens maravilhosos e extremamente cômicos e caso eu não esteja enganado ou apenas cego de amor haha, a linguagem que se assemelha muito a da Tv, justamente serve para contrapor com o que o próprio filme lida. O advento da Tv vindo para colocar em xeque o Cinema de exibição. Assim ao meu ver não por acaso o filme esteticamente tem um cunho muito mais televisivo do que cinematográfico- não ha sutileza- e isso para mim é um ponto mega positivo e pertinente. Inclusive o filme teoriza o quanto o Cinema tem e teve que se desdobrar em se juntar a Tv, com o teatro, o teor circense mesmo, o velho 'contador de historias' que lida com a imaginação do publico para sobreviver como cinema que conhecemos hoje em dia.
Em fim, um filme maravilhoso, que diverte e emociona os mais mimimi's como eu.
recomendo e recomendo e recomendo mais uma vez para recomendar de novo.
Nem sabia que já havia lançado por ai esse filme. me lembro que quando soube da existência dele, fiquei mega curioso. Afinal a mitica vampirica tem sido uma das culturas pop mais exuastivamente saturadas nos ultimos anos. Seja no cinema, nas HQ's, livros, games, e etc. Então não é surpresa que quando fico sabendo de algum lançamento novo do genero eu já fique com um pé atrás. porem com esse foi diferente pelo nome envolvido na direção : "Neil Jordan", o mesmo nome por trás do Otimo e clássico "Entrevista com O Vampiro".
Daí fui assistir esperançoso e... Não me decepcionei mas também não era o que eu achava que seria. Porem um bom filme.
Byzantium
Na trama escrita por Moira Buffini, uma vampira (Gemma Arterton) transforma a sua filha (Saoirse Ronan). Juntas, levam uma vida letal como chupadoras de sangue, frequentemente fingindo-se irmãs.
Essa é a sinopse oficial mas o filme vai além. Na real o filme traça um paralelo entre a mítica por trás do vampirismo em seu cunho fantástico(fugindo do religioso) e a exploração da mulher através dos seculos, pela sociedade patriarcal.
Mas nada aprofundando. O interessante mesmo alem das atuações bonitinhas rs é o clima de suspense e tensão crescente que esse diretor parece dominar bem no gênero. Ainda que não haja qualquer perigo imediato em alguma cena, vc fica em alerta. Sente o ritmo pesado entre os personagens, suas vidas, seus dilemas. O tom soturno e carregado obviamente se dá a trilha sonora, e aos tons escuros da paleta de cores- carregados obvio no vermelho, preto, cinza, e erc-.
Mas o que mais gostei, foi que revitalizaram a sua maneira a figura do vampiro, aqui não há seres malignos com super força, super velocidade, com dentes caninos afiados enlouquecidos por sangue e destruição. Não há seitas ou seres de beleza sobre humana que fogem da luz do dia e se resguardam em tocas ou usam roupas saídas das mais estilosas grifes de moda.
Não. São seres imortais, que se sustentam de sangue, em sua vida eterna sem doenças e muitas vezes sem proposito. O frio deles não esta na pele que sim é quente, mas na existência do tempo que demora a passar e cuja a própria historia jamais podem contar ou mesmo provar a ninguém.
Como uma personagem diz:' escrevo minha historia todos os dias, na esperança de que assim ela exista, já que eu não posso contar jamais, por ela conter a verdade que ninguém pode saber, e as jogo ao vento, para que ele o leve embora".
Um bom suspense/drama que foge das formulas 'habituais' desse gênero.
Fico tão, mas tão feliz - SÓ QUE NÃO MESMO - quando assisto a um filme e não consigo me decidir se gostei ou não (e pior, não saber o porque que não sei do porque).
Aconteceu isso com esse 'The Necessary Death of Charlie Countryman' - que veio para ca com outro nome pelo que me disseram.
O caso é que o filme conta com atuações espetaculares e sóbrias (o que é isso? Simples, são atuações densas, com tons viscerais de intensidade sem contudo haver gente puxando cabelo, rolando no chão e etc etc.. sem exaltação), com uma direção segura do que quer, uma fotografia bonita, meio plastificada e que dá um tom de ilusão e magia para o filme, que condiz com o roteiro com falas boas, bem sacado alias, que tem uma dualidade bem instigante, que flerta entre o fabuloso e o real na mesma medida. O filme tem momentos engraçados - geralmente as passagens de morte - e momentos tensos. Dá uma liçãozinha ética e de auto-ajuda ótima também e nos deixa- me deixou- com a sensação de que é quase um 'alice no pais das maravilhas' versão sinistra e urbana masculina. Não sei. E tem Rupert Grint no elenco com uma ereção provocada por 6 viagras húngaros.. ou seja.. sabe! Interessante é e muito o filme.
(shia esta numa atuação impressionante e que convence, a Evan rachel - aquela de Aos Treze - com aquela expressão 'sou sexy e revoltada' porem que tbm se encaixa no papel e ate mesmo o Mads Mikkelsen sendo ele mesmo - ou seja, sendo fodão -.) Mas o que ta me causando incomodo é a intenção do filme. Onde ele queria chegar. Por vezes lembra um clipe em formato de longa metragem e por horas parece ser uma tese psicanalitica de perda e culpa. Talvez seja os dois. Mas veem o problema? É sempre um 'talvez".
Recomendo? Sim. Sempre recomendo. Gostei: não sei. Veria de novo? verei!
é isso.
ps: to ate agora tentando compreender a sequencia final, o tempo das ações ali. De duas uma, ou a montagem foi infeliz, ou eu cochilei e nem percebi pq.. ps²: concordo com a ira da Evan Rachel ao criticar o corte moralzinho fdp e babaca covarde da cena de sexo oral que ela recebe! A cena ali não só era pertinente como necessária para a própria concepção da personagem e da relação entre ela e o personagem que esta com ela em cena. ¬¬ moralismo estupido a cada dia me irritando mais e prejudicando a arte como um todo
Minha avaliação pode mudar, assim que eu comprar/ganhar/adquirir o DVD (ou em qualidade dê), pois resolvi me arriscar e pegar o release que esta rolando na Net mesmo, por não aguentar de curiosidade de tanto que falaram mal deste. Porem por hora, pelo que assisti, todos vcs que estão detonando o filme tem razão- em parte.
Aprendi que cada filme é um filme, e não precisa e não deve ser avaliado de acordo com seu histórico, principalmente quando se trata de adaptação/versão. Esse Carrie não é um remake de 76 e menos ainda do de 2002. O de 76 era uma adaptação do Livro, o de 2002 foi uma versão do livro. Esse é um misto de versão e adaptação do livro. O que diferencia? É que 'adaptação' é quando vc pega o material original e altera somente as passagens que precisam se adequar linguagem cinematográfica. "versão" é quando se basea na historia original e tem livre licença para alterar e acrescentar características próprias, desde que não fuja do tema e base central. Digo/explico isso, por que não há sentido algum em comprar em termos de obras os dois de 76 e 2002 com esse.
Mas isso não é defesa. Por que o maior problema dessa nova versão/adaptação é que alguém na produção (seja a diretora, seja no roteiro) não compreendeu o universo de Carrie proposto por King (coisa que aqui sim cabe a alusão, os antigos entenderam). O que mais assusta na figura de Carrie é o como mostra os males que uma pessoa oprimida, ou uma pessoa que se auto oprime pode causar. É mostrar o quanto o pior que existe no mundo esta dentro de nós, quando não nos deixam ser quem realmente somos. Para isso há a opressão religiosa vinda da proteção e vingança da mãe
(que coloca a culpa na filha pelo pecado que cometeu)
da própria filha que crer nos ditos da mãe e se auto resguarda, e dos preconceitos da escola. O que assustava era imaginar que qualquer um q pudêssemos um dia oprimir se virasse contra nós descontroladamente (o maior medo do opressor é aquele que ele oprime, ja diz um ditado). Porem, a partir do momento que essa nova versão;adaptação escolheu dar controle dos poderes a Carrie, toda a premissa se acaba, pois se ela demonstra ter controle de sua furia, o que ocorre é uma vingança e não uma furia propriamente dita descontrolada (que é o que ocorre no livro). Vi comparações dela com a Grey de X Men, porem é justamente o contrario, a Carrie dos livros sim seria uma Grey (uma fenix oprimida que se liberta sem controle algum), aqui o que vemos é um lado mal de Carrie. Mudou-se o personagem,
vemos um sorriso e um prazer malicioso no olhar de Chloe durante o uso de sues poderes. Não ha medo ou receio na descoberta dos poderes, há prazer.
Deturparam a vitima a transformando numa anti heroína.
Dito isso, o filme ainda peca em não conseguir sustentar verossimilhança á época em que se passa, o bulliyng não convence, a ignorância e descaso dos professores diante do 'abuso' a Carrie não convence, a inocência de Carrie não convence. Culpa: roteiro mau estruturado.
Atuações estão corretas, como disseram a Julianne esta correta e há 3 cenas especificas em que ela esta ótima. A cena do baile mesmo com os efeitos especiais bons, não deram certo(justamente pelo cunho estrutural, a 'fênix foi liberta' o que vemos ali
é um telecinético tendo ciência de cada um individualmente q qr destruir..fail!)
Mas ha coisas boas, como a perspectiva das câmeras que assume o to psicológico das personagens, o Final que se assemelha mais com a versão de 2002 que acho um final bem mais interessante, o figurino é bem sutil mas muito bem feito, o designer de som é otimo, e a produção como um todo tem uma escala boa tbm. Curti o quase estudo de personagem da mãe de Carrie e a direção de arte da casa delas.. tem uns detalhes que inclusive remetem a adaptação de 76 - e que se não vi mal homenageiam o De Palma no uso de câmera naquela cena
Enfim, um filme que se esperava tanto - quem nunca imaginou 'como seria um filme como Carrie com nossa tecnologia de hj?" - e que decepcionou por preferir sangue por sangue, tentativa de susto por susto esqueceu a essência do terror. Ponto pela tentativa de critica social e humana trazida ao cyber bulliyng e Negativação por esquecer o tom feminista que Carrie deveria possuir - que alias é o motivo do sangue existir na narrativa, é uma metáfora que alude a essa característica da Obra-.
Filme ruim? Não. Bom? nem um pouco. Um regular, médio que vale pela tentativa. :)
Ps: "A Estranha" de subtitulo significa pessoa fora do padrão aceitável a sociedade. Todas as carrie's antigas eram mulheres lindas (Sissy era maravilhosa inclusive para o padrão de sua epoca, o mesmo da Angela que pode ate não ter o padrão de beleza 'normal' mas nunca foi feia rs), mas que tinham a conotação de estranha pelas atitudes - culpa da opressão materna, timidez e etc-. Dito isso: podem escolher a Jolie para o papel de Carrie que não há problema. A 'estranheza' esta na atitude/jeito e não na face/corpo.
por algum motivo esse remake, ainda que não haja profundidade de estudo da mãe como no do de palma tem, ainda me agrada mais em termos de preferencia de gosto mesmo.. o do de palma é superior em termos cinematográficos de linguagem e narrativa, condução, ritmo inclusive... porem gosto pessoal esse ate favoritei.. a primeira imagem q me vem de carrie é a dela.. :)
é triste cursar cinema e não conseguir tempo e grana para ir no cinema rsrs :( alguém sabe se a qualidade que anda rolando por ai na nets esta 'assistivel'? pq acho que não vai rolar eu conseguir ver ate dia 23 de dezembro(quando conseguirei tempo e $$) para esse.. .-. quem tiver agradecido ficarei.to curioso com essa versão (pq ate onde compreendi não é remake)
finalmente o tipo de filme que sempre tive interesse em ver... quanto a condução da temática. Ainda quero ver isso mais profundamente mas...
Um filme sobre o nazismo, são inúmeros filmes com esse tema, ainda bem... se não podemos apagar essa parte da historia da humanidade que ao menos possamos garantir que aquelas mortes, aquela injustiça, aquela maldade e idiocrasia não seja jamais esquecida. Por isso é sim sempre necessário haver filmes contando os horrores e particularidades dessa época, afinal para quantas vitimas existirem, existem o dobro de historias sobre. porem a unica coisa que sempre reclamei é que não havia a visão do outro lado. Dos 'culpados'. sim é obvio que o oprimido que merece a visão e o espaço, porem como nesse filme, sempre tive curiosidade de saber como Hitler e seu governo conduziam a falacia que permaneceu por anos e com tanta segurança e valia diante daquele povo. Como que pessoas,. homens e mulheres podiam aceitar ou mesmo não questionar os métodos e leis de apreensão e genocídio que ocorreram a seres humanos. Aqui mostra um pouco diso. A amizade - que não tem nada de homossexual em nenhum momento mas sim uma condução de homoafetividade(que é diferente) é apenas pano de fundo para vender o filme,..., o filme vai alem disso.. ele lida com conceitos morais e éticos mesmo. Adorei,
'Elevo-me na corrente do meu amor Nascido desta chuva de luz cheio de você... Perdidos. E então a luz chega aos meus olhos Vistas dos espelhos da minha alma E nos unimos novamente'
Não falarei muito deste(não vou avaliar os pontos negativos e os positivos, não analisarei por enquanto), só preciso comentar que as vezes há filmes que nos fazem identificar com pedaços de nós que nem sempre gostamos ou admitimos existir. E este se conectou com todas as partes, as escondidas e as escrachadas. É.
Ps: Trilha sonora gostosa de tudo. Ps²: como bem disse uma guria aqui no filmow mesmo; fui assistir achando que veria as putaria tudo de passatempo e acabei de emocionando e refletindo sobre toda minha vida ate agora- e aquela que eu planejo daqui pra frente. É.
O filme é fabuloso no cenário narrativo que constrói, ha elementos ali de macetes técnicos - que não vou delimitar aqui se não ficara chato e didático demais rs e não é essa a intenção porque não farei uma critica de fato - que se enquadram com a proposta de alarme e reflexão que o filme aborda. A nudez não só é natural para o desenvolvimento da proposta mas se enquadra no sentido metafórico de alusão ao que é desenvolvido na problemática ali: mascaras, coisas ocultas. Há uma teia de desconhecimentos onde nos embrenhamos por caminhos, matos, águas turvas, areias e pedras, em clareiras abarrotadas onde não sabemos onde pisamos mas nos sentimos em casa por algum motivo. O tema e debate é complexo não só para relações e 'a eterna procura' somente de relações homossexuais/e homoafetivas. O assunto vai alem disso. Tudo é construído muito bem nesse sentido, como já explicitado aqui a ausência de trilha sonora, o cuidado com a iluminação e a coragem de não cometer o erro de censurar o sexo e o corpo masculino são os pontos mais fortes do filme, quanto ao roteiro, diálogos naturais e e bem pensados que contribuem e antecipam acontecimentos. Mas o meu 'porem' lá do inicio é o desfecho que deveria ter ao menos mais um minuto de duração. Afinal ainda que seja simbólico o local onde há esse desfecho e a maneira que é feita, pois simboliza justamente aquela relação, aquela situação como um todo e sintetiza a proposta toda, ainda assim o filme merecia ou um final aberto ou um final dúbio sem explicações de atos (não ter revelado tão escachadamente o 'vilão' da historia) deixar para o espectador a duvida e o questionamento. seria muito mais valido do que terminar sem desfecho, pois não concluiu a linha de pensamento que o climax propôs.
Assisti a esse filme esses dias e ... não sei. O filme é bem feito, bem filmado, nada de novo nem na estética, nem na técnica nem mesmo na narrativa ou tema menos ainda na maneira de expor as questão características e universais de um romance. Não ha grandes atuações e alias o casal central não tem química alguma. O contato físico se a primeiro momento é aceitável e coerente ser desajeitado, urgente sem profundidade ou intimidade, envolvimento... Afinal estamos tratando de dois homens que se despertam para uma atração incontrolável sexual e afetiva, sendo que um deles não fazia ideia objetiva de que poderia sentir isso (afinal é casado com um filho prestes a nascer). Mas esse desapego físico permanece ate o final, fruto na não compatibilidade entre os atores, mas nada que grite não, só surge num olhar mais atento - principalmente quando se tem experiencia observativa e vivida no assunto/situação rs. Ou seja, é um bom filme, correto.. não peca. É bom. Porem, alguma coisa nele, no tom da relação e questionamento humano de conflito do personagem central me deu um nó na garganta. Por algum motivo ainda que em normalidade de tratamento, o modo como o personagem(veja, não a atuação e o ator, mas a essencial do personagem escrito e descrito) do policial ali entre os dois mundos, entre o desejo e verdade versus a segurança e gratidão me fez refletir.. me bateu de uma forma incompressível. Por isso gostei do filme, mas que com certeza o esquecerei assim que surja um novo titulo com o mesmo tema.
Ps: o que mais curti foi o desfecho, de maneira branda e ate metafórica diante do questionamento inicial assim que os dois se conhecem de fato, juntamente com a simbologia da corrida o filme se encerra reforçando sua intenção: mostrar que estamos sempre correndo para tentar nos entender e saber que somos... corrida essa seja de busca ou de fuga.
Em meio ao desespero de meus dias nesse final de semestre que não tem mais fim, assisti alguns filmes bacanas - sem ser aqueles da base curricular do curso-, e entre eles o que mais curti foi essa comedia deliciosa fruto de indicação magia como sempre.
a dica veio da seguinte forma: "e como seria um apocalipse zumbi vindo de cuba?"
Juan dos Mortos, filme cuba (em co produção com a espanha) de 2011 mas que chegou por aqui somente agora legendadinho bonitinho.
''Uma horda de zumbis famintos por carne humana que assola as ruas de Havana. Estende-se o rumor de que os responsáveis pela situação são os grupos dissidentes que servem os Estados Unidos. Pânico se apoderou do povo, no meio da confusão um herói: Juan (Diaz de Villegas), que, com o slogan "Juan dos mortos, matamos seus entes queridos", é oferecido às pessoas para eliminar, por um pequeno preço, ao seus familiares infectados.''
Antes de tudo é preciso compreender o sarcasmo impregnado em cada célula do filme.
O filme é um mar de referencias pop's da cultura cinematográfica, mas não se enganem, aqui eles as usam para dar aquela criticada básica em vários sistemas, desde o politico de seu país - como bem sabemos que cuba enfrenta desde sempre- ate a dominação hollywoodiana e aos EUA em geral. Vemos ali perdido 'exterminador do futuro', a propria cria de romero, 'matrix', 'residente evil' e uma taca da de filmes hollywoodianos no meio do caminho - inclusive uma patada nos finais 'discurso heroico americano' tão comum em obras de apocalipse ou desastres mundiais.
Assim, as piadas e geniais sacadas nos diálogos mostram comentários ácidos, as vezes escrachados e as vezes sutis que nos levam a gargalhadas sem fim. Com visual totalmente trash - apesar de não ser exatamente - filme tem ótimas cenas de ação e atuação, as mortes são impagáveis, a forma de luta, o sarcasmo e o tanto de figurantes não foi brincadeira. Um Mar de "dessedentes" haha
Ainda assim há um cuidado peculiar nas rimas visuais de sobrepujamento de imagens, nos planos elevados e principalmente na paleta de cores que me impressionou confesso, diante do contexto totalmente despretensioso.
Lembro que numa aula de critica foi mencionado que o que mais irrita hoje em dia, é o fato de os filmes insistirem em mostrar um ataque zumbi como algo surpreendente onde as pessoas não estão preparadas. Atualmente se ocorrer isso todos nós sabemos como agir.
Porem aqui em 'Juan de los muertos' a falta de informação é vital e coerente, afinal o atual panorama do país não consegue muitas vezes isolados em sua ilha de luta, sobrevivência e muitas vezes miséria, ter acesso a maioria das informações globalizadas de cultura pop disseminadas. Ainda assim, o filme se utiliza dessas técnicas e referencias, o que pra mim é sensacional. Ri de me acabar com cenas impagáveis. Se curte zumbi assista, se curte humor banhado a sangue e humor negro, assista.
adorei!
Ps: quase tive um orgasmo de delirio com aquela versão rick n' roll de "My Way" do Sinatra no final rs
Engraçado que fiquei sabendo desse filme através das minhas aulas na faculdade, e na opinião da minha professora(e critica) este segundo é melhor que o primeiro. Porem eu sou totalmente do contra, e achei o primeiro melhor do ponto de vista narrativo. O ritmo e estrutura desse ainda que seja uma antologia de curtas interligados formando um longa, é mais solido, é verdade, mas acho que este seguiu uma linha muito mais de despretensão - o que é otimo - enquanto o primeiro tentou e conseguiu ser mais experimental do ponto de vista de se tratar de um estudo de genero mesmo. Em suma, o primeiro me causou mais tensão, me convenceu mais do que esse segundo. Com exceção do dos Zumbis que é genial a perspectiva, e a dos Zumbis que ri do inicio ao fim, mas conseguiu me deixar apreensivo ainda assim (PAPAI?!)
Curti muito ambos, e o moço diretor de bruxa de Blair mostrou q não foi - aqui ao menos - apenas uma tacada de sorte. rsrs ao menos aqui rs
Engraçado que fiquei sabendo desse filme através das minhas aulas na faculdade, e na opinião da minha professora(e critica) o segundo é melhor que o primeiro. Porem eu sou totalmente do contra, e creio que este primeiro consegue ser melhor que o segundo. Do ponto de vista narrativo inclusive. Os efeitos aqui são mais convincentes. Contudo, a linha condutora da trama não é tão bem delimitada. Ha buracos, mas que não prejudicam muito o filme não. Gostei bastante!
a lá eu tomando na cara de novo! Dava nada para esse filme, nem mesmo apos na aula de 'criatividade/critica cinematográfica' ter visto alguns trechos.
Porem, : FODAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
A falhas técnicas obviamente devido ao s recursos financeiros que preferiram e sabiamente focar na estrutura e dimensão do clímax, do que se limitar em detalhes como o voo(reside ai a principal falha, pois a levitação é bem boba, em uma cena inclusive é possível ver o fio de náilon suspendendo uma colher) e o outro é o probleminha pequeno da coerência da câmera. É um found footage, mas há momentos em que o gênero se quebra, quando ele torna a utilizar a câmera convencional. Inclusive ha uma cena em que o protagonista anti herói, esta com a câmera principal nas mãos arrumando a luz dela, porem vemos isso através de outra câmera - achei a principio que ha uma câmera Cam, mas não - são deslizes de direção mas que não afetam a estrutura geral do filme não. O roteiro é bem elaborado, as cenas de efeitos especial bem feitos considerado-se a dificuldade de amplitude da trama, personagens bem escritos e definidos, há a reflexão moral bem definida e mostrada, e as referencias ao gênero 'épico' também. Final correto, e que dá um gostinho de quero mais. To mega satisfeito e impressionado :)
estou estudando atualmente na faculdade justamente o uso da narrativa found footage, - camera perdida - e minha professora citou que este filme não foi bem sucedido na época de 40 e que ate hj teóricos do cinema se dedicavam em querer entender o porque ele falhou em termos de aceitação, uma vez que hoje em dia sempre que ele é exibido/visto o publico inclusive mais jovem tende a achar genial. Atualmente a recepção dele é totalmente contraria, 70 anos depois, o filme finalmente é aceito e apreciado justamente porque ja estamos condicionados a aceitar esse tipo de narrativa. Chegou-se a conclusão que para a época a narrativa/linguagem usada não fazia sentido na percepção das pessoas, que viam o Cinema, e a câmera em sí como produto de recepção e de contemplação. Atualmente a tendencia é cada fez mais queremos e sentirmos necessidade de estarmos em imersão e estarmos participativos da experiencia de assistir o filme. Visto inclusive o quanto é comum estarmos habituados a gravar nossos próprios videos, compartilharmos e etc. O que faltava na epoca era o fator 'nos identificarmos com os personagens e o que se esta sendo contado'. Hoje em dia é bem mais facil nos identificarmos com 'uma câmera subjetiva' dessa forma. Quis comentar essa curiosidade apenas porque acho interessante o quanto certos filmes tem seu tempo pessoal de 'amadurecimento' em aceitação pelo publico. :)
Prometo que quando eu fizer meu juramento ético ao me formar, prometerei nunca ou sempre evitar finais escancarados nos filmes. Por que olha, tem vez que me frustra hahahahahahaha
Finalmente assisti "Out In The Dark" que veio para cá como "Além Da Fronteira". Um filme com temática gay de israel.
O mais interessante aqui - já alem do fato do tema e do país/cultura em questão; é que o filme traça um panorama histórico social/cultural e com viés politico e de direitos humanos (alo alo Feliciano!).
É tocante a maneira como o diretor usa o romance dos dois e a 'cena' gay do país para traçar esse panorama ético, moral versus politico social - Israel versus Palestina-.
O filme se sai bem, não se aprofunda em nenhum tema, mas consegue um apanhado geral de tudo que se propõe. As atuações são boas - mais do ator que interpreta o loiro israelita ROY (♥ venka com will!) -.
Mas minha reclamação pessoal é o desfecho. Ainda que a resolução se justifique numa fala do roteiro ali no meio do filme num dialogo entre os dois, ainda assim é insuficiente para dar uma conclusão ocorrer aquilo daquela maneira. Não é conclusivo- finais podem ser abertos é ate interessante pois dá um patamar a mais na experiencia entre o espectador e o autor ao ver o filme, para que nós como espectadores possamos dar a interpretação que quisermos - mas uma coisa é estar aberto mas de forma conclusiva, e outra é estar não finalizado, o que na minha opinião é o que ocorreu. Ha diferença entre reticencias e largar uma frase depois da virgula sem nenhum ponto.
(ainda que o titulo do filme 'no escuro' em tradução livre indique e justifique esse final...)
O filme funciona, contudo; principalmente na forma natural que narra os fatos. A angustia e apreensão pelos protagonistas é latente e palpável e para quem entende na pele algumas partes daquela realidade não tão distante fica ainda mais assustador. sem delongas o longa consegue se sustentar, criar alerta e mostrar um mundo (não somente árabe) cruel que vemos no dia a dia sem soar piegas ou repetitivo - tem nada haver com a classificação que tem ganho como o novo 'brokeback mountain' desencanem disso para o bem e para o mal só para constar ok?
Em todo o caso, é um otimo drama, um bom romance, um excelente filme que recomendo sim e que faz a gente se questionar (eu ) se já não ta na hora de eu parar de fugir e atravessar a fronteira da aliança por ai.. rsrs ^^
menos profundo do que poderia ser mas bem emotivo e sensível "Ainda Adoráveis". Um filme que lembra demais "Como se Fosse a Primeira Vez" e "Diario de Uma Paixão". Não me levou as lagrimas, mas me deixou com aquela sensação de ternura, de esperança de um amor daqueles que vc não lance apenas palavras ao vento. Daqueles que ainda me dizem que apesar de eu não achar que nasci para terminar casado nem nada disso, quando disser "Eu Te Amo' que pode ser verdadeiro e não para algo de apenas alguns meses, mas sim uma vida inteira. Um filme bonito com atuações lindas. Tudo fofo e OMG!
"As Virgens Suicidas" - único filme da Coppola que eu ainda não havia visto. E como me arrependo de ter esperado. Um ótimo filme, que como sempre, trata do vazio. porem se 'Bling Ring' mostra o vazio da futilidade em precisar ser visto ou precisar se auto afirmar no mundo, se 'Maria Antonieta', lidava com o vazio especificamente feminino, mas com abrangência de um anacronismo que nos acomete hj em dia, de nostalgia que nem nós sabemos explicar, e se 'Um lugar Qualquer', mostrava o vazio superficial que na realidade tem caráter mais profundo e complexo das relações humanas, aqui em 'As Virgens Suicidas', A coppola, trata do vazio existencial mesmo, causado pelas perturbações e obrigações de sermos jovens num mundo que ainda não sabe se já é adulto ou se ainda é criança, e dos próprios pais desses - nos - jovens que não sabem lidar com essa liberdade latente que temos disponível e exigimos versus o precisar nos conter para não sentir que não nos tem. É melancolia, mas doses de elementos empíricos quase, o filme tem um caráter lirico que nos coloca como se estivéssemos num transe. O filme todo tem tons pasteis muito delicados, e há um jogo entre a inocência e a sexualidade através das mulheres principalmente. Um ótimo filme, com uma trilha muito gostosa e que só reafirma o que já constatei a algum tempo : Coppola tem lugar no meu coração, talvez ate mais do que seu pai e tio.
Instrumentos mortais é uma delicia. tem uma estrutura legal, para um primeiro filme, se garante bem caso queira fazer franquia. a historia convence, as atuações nada demais mas tbm, consegue ser relevante e ainda assim introduzir elementos 'jovens/pop' sem estragar a trama no geral. tem estética própria que peca nos tons escuros demais. curti viu! apesar que o inicio demora para engrenar- no sentido de posicionar o espectador naquele mundo, me senti confuso, mas logo passou rs-.
Tatuagem
4.2 923 Assista Agora''Tem cu, tem cu, tem cu, tem cu...''♫♪♫
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraVamos lá!
Poucos filmes conseguem ultrapassar a barreira que eu coloco entre eu, e eu mesmo. Mas os que conseguem, atingem camadas e profundidades tão sensíveis que machucam, ferem, sangram - e algumas vezes infeccionam-.
"Azul é a Cor Mais Quente" conseguiu tal proeza. Não sangrou, não infeccionará, mas machucou. Isso por que o filme vai além do 'teor' homossexual/afetivo. O que esta em pauta em "Azul'' são as descobertas de identidade. é o despertar do nosso verdadeiro ser.
explico. Azul é a cor mais quente (alias ótimo nome nacional, melhor ate talvez do que o original que seria algo do tipo a Vida de Adele) lida com escolhas, de ser e aceitar quem se é, e não falo somente de sexualidade e afetividade. Falo de tudo, profissão, emocional, psicológico, sensitivo, de fé, crença, familiar. Um filme que mostra o trajeto da vida em que descobrimos ou que tentamos como dia apos dia descobrir quem somos no mundo e o que o mundo é em nós.
Não soltarei spoilers obviamente mas é impossível não falar de duas cenas especificas dessa Obra.
Uma acontece quando Adele após uma cena em que tem um sonho erótico, vai do prazer a angustia. Ao sofrimento real, que nenhum grito ou mesmo ferida aberta conseguem explicitar. Já senti e muitas vezes sinto tal sentimento, tal sensação, tal dor. Que não pode ser medida, testada, explicada, compreendida, uma vez que é como impressão digital - cada um possui uma de formas diferentes. Mas a reação é universal.
é angustiante e belo do ponto de vista cinematográfico a maneira que é mostrada.
A segunda ocorre num parque/praça a céu aberto onde as cores azul se tornam mais evidente na protagonista, nela e alem dela (objetos, céu em contraste mais forte, reflexo em vidros e etc -. é lindo como esse recurso de rima visual usado no filme beneficia não só a narrativa mas a própria construção emocional da personagem e seus dilemas a enfrentar.
mérito das atrizes que dão um show de interpretação, talvez esteja dizendo besteira, mas que ficara marcado por um longo tempo na cinematografia de ambas. Não é surpresa que o cinema francês sempre nos presenteia com ótimas atuações, ótimas produções se excelentes roteiros, mas "Azul' abusa. E vai alem de si mesmo. Se torna um ode universal da busca do ser humano e com engajo na liberdade que a sociedade atual tanto busca sem saber como transforma-la e libertação ao invés de um beco sem saída - ou com muitas saídas sem saber qual a correta a se seguir.
Destaque a atuação mais uma vez da personagem da Adele, que sinceramente merece todos os Oscar do próximo ano, por cada caguete dos cabelos que adquiriu, por cada lagrima derramada e dedicação ao compor uma personagem tão profunda e complexa.
Ponto também para o que achei de mais interessante curioso. Como disse o cinema francês tem lá suas características particulares e uma delas é a metaforização que fazem com a comida. Aqui a quase gula tem um significa exemplar e coerente com a trama. A comida soa quase como gula mesmo, não parece haver satisfação. cada vez que surge alguém comendo em cena temos a sensação mais de incomodo do que de desejo, ainda que ele denote no filme o desejo como a fome. é complexo, e genial.
Ponto também para a arte do filme que consegue delimitar bem os espaços condizentes com cada núcleo desde pequenos acessórios como brincos, desenhos nas paredes, ate a tipos de talheres, panelas, flores.
talvez o filme só peque no andamento em dado momento, e não falo da duração. A duração é correta para a proposta e para a necessidade que os personagens precisam para serem estudados e mostrados. Seria impossível trabalhar uma personagem como a Adele nessa trama sem no minimo 2 horas e meia de metragem. Isso por que a historia tem forma nas particularidades dos sentimentos dos personagens e para entendermos eles e eles terem justificativa, precisam ser embrenhados a fundo. O filme faz bem isso.
porem, ao mesmo tempo em que dedicam exaustivamente tempo para os protagonistas e aqueles relevantes a eles, esquecem em dado momento o todo do cenário panorâmico que traçaram e aqui falo especificadamente da homossexualidade.
Não ha explicação nem mesmo explicita de como Adele e seu mundo lidam com sua sexualidade. O filme adentra esse trecho mas não o conclui (aqui talvez haja spoiler vai -
apos a passagem de tempo longa que há, não fica claro como os pais de adele reagiram a sexualidade da filha, ate onde isso fica explicito ao mundo, aos amigos. Não há enfrentamento dela com o mundo por entender que é lésbica - ou bissexual que é o que para mim é a leitura que fiquei - somente dela, com ela mesma.
Ponto também para a nudez e a eroticidade mostrada sem pudor nenhum e com o tom assertivo de como deve ser mostrado. Pra mim quanto mais pele e sexo houver melhor, não por questões de levianidade ou luxuria, mas por que é natural, ja passou da hora do mundo compreender e aceitar deixar de ser hipócrita e ver que o sexo, e nosso corpo é natural. Não ha o que esconder, temer, impressionar. Mas o filme consegue se ater a historia quando escolhe mostrar as cenas de sexo e a nudez. Quando elas surgem não estão ali para impressionar ou chocar e menos ainda para banalizar. mas sim para mostrar algo necessário a trama: a descoberta, a experimentação. Como disse o filme fala sobre se descobrir e se auto afirmar. E nos nos descobrimos como ego a partir do nosso corpo. So sabemos quem somos depois que descobrimos o corpo que temos, por dentro e por fora. E é isso que cada cena, cada minuto mais intenso e menos intenso de sexualidade e erotização no filme possui. é arte em seu mais puro grau.
Enfim, um filme belíssimo, instigante, difícil, doloroso, que me deixou atordoado, machucado e encantado. palmas de pé em cima da mesa, independente das polemicas da realização entre produção, direção e elenco.
No Mais: Sempre vale a pena buscarmos enxergar ou descobrir qual é ou são nossas cores mais quentes :)
ps: confesso que me incomodou um pouco o esteriótipo implícito em torno das personagens femininas lésbicas. Nada explicito ou forçado, nada que renda algo que mantenha a visão errônea de que 'toda lésbica tem traços masculinos ou mais rudes' e etc... mas Há uma padronização, principalmente na cena
da boate, e na cena hétero de Adele
Machete Mata
3.1 749"vc precisa de uma vadia para pegar uma outra vadia. E sim, eu sou essa vadia"
Robert Rodrigues seu lindo
(abaixo do primeiro mas, é Machete ^^)
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista Agoraansiedade que não me cabe.
Dai leio essa opinião de quem já assistiu (teve a sorte do ano!) https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3775123754675&set=a.2679613167595.72540.1774284072&type=1&theater e toda a ansiedade aumenta. Cade janeiro meu deus!? cade!
Cine Holliúdy
3.5 609 Assista AgoraAPAIXONADO. EU DISSE A P A I X O N A D O!!!
Que delicia de filme meu deus do céu! Que delicia.
Eu ri, refleti, ri mais, ri mais um pouco e ri de novo e então me peguei emocionado tremendamente.
"Cine Holliudy'' com direção de Halder Gomes evoca o cinema de advento desde mazzaropi e passa ate ao inevitável alusão ao Cinema Paradiso.
Digo isso porque se por um lado ele nos faz rir com uma teatralização e caraterização tipicas do mazzaropi alem do fato de ter aquela força característica do nordeste do país, criticando com humor as burocracias e diferenças de classes sociais, ele tbm promove um profundo Ode ao cinema mundial e nacional. recriando cenas que fazem paralelo direto com inúmeras obras, nos remetendo a uma sensação de nostalgia incrível, que faz com que qualquer cinéfilo se apaixone.
Ha seus pontos fracos como o ritmo desigual que não consegue se decidir. Mas tudo isso é eclipsado pela vontade latente dos personagens maravilhosos e extremamente cômicos e caso eu não esteja enganado ou apenas cego de amor haha, a linguagem que se assemelha muito a da Tv, justamente serve para contrapor com o que o próprio filme lida. O advento da Tv vindo para colocar em xeque o Cinema de exibição.
Assim ao meu ver não por acaso o filme esteticamente tem um cunho muito mais televisivo do que cinematográfico- não ha sutileza- e isso para mim é um ponto mega positivo e pertinente.
Inclusive o filme teoriza o quanto o Cinema tem e teve que se desdobrar em se juntar a Tv, com o teatro, o teor circense mesmo, o velho 'contador de historias' que lida com a imaginação do publico para sobreviver como cinema que conhecemos hoje em dia.
Em fim, um filme maravilhoso, que diverte e emociona os mais mimimi's como eu.
recomendo e recomendo e recomendo mais uma vez para recomendar de novo.
E só mais uma coisa a dizer: e ê! ♥
Byzantium: Uma Vida Eterna
3.4 352Nem sabia que já havia lançado por ai esse filme. me lembro que quando soube da existência dele, fiquei mega curioso.
Afinal a mitica vampirica tem sido uma das culturas pop mais exuastivamente saturadas nos ultimos anos. Seja no cinema, nas HQ's, livros, games, e etc.
Então não é surpresa que quando fico sabendo de algum lançamento novo do genero eu já fique com um pé atrás. porem com esse foi diferente pelo nome envolvido na direção : "Neil Jordan", o mesmo nome por trás do Otimo e clássico "Entrevista com O Vampiro".
Daí fui assistir esperançoso e... Não me decepcionei mas também não era o que eu achava que seria. Porem um bom filme.
Byzantium
Na trama escrita por Moira Buffini, uma vampira (Gemma Arterton) transforma a sua filha (Saoirse Ronan). Juntas, levam uma vida letal como chupadoras de sangue, frequentemente fingindo-se irmãs.
Essa é a sinopse oficial mas o filme vai além.
Na real o filme traça um paralelo entre a mítica por trás do vampirismo em seu cunho fantástico(fugindo do religioso) e a exploração da mulher através dos seculos, pela sociedade patriarcal.
Mas nada aprofundando. O interessante mesmo alem das atuações bonitinhas rs é o clima de suspense e tensão crescente que esse diretor parece dominar bem no gênero. Ainda que não haja qualquer perigo imediato em alguma cena, vc fica em alerta. Sente o ritmo pesado entre os personagens, suas vidas, seus dilemas. O tom soturno e carregado obviamente se dá a trilha sonora, e aos tons escuros da paleta de cores- carregados obvio no vermelho, preto, cinza, e erc-.
Mas o que mais gostei, foi que revitalizaram a sua maneira a figura do vampiro, aqui não há seres malignos com super força, super velocidade, com dentes caninos afiados enlouquecidos por sangue e destruição. Não há seitas ou seres de beleza sobre humana que fogem da luz do dia e se resguardam em tocas ou usam roupas saídas das mais estilosas grifes de moda.
Não. São seres imortais, que se sustentam de sangue, em sua vida eterna sem doenças e muitas vezes sem proposito. O frio deles não esta na pele que sim é quente, mas na existência do tempo que demora a passar e cuja a própria historia jamais podem contar ou mesmo provar a ninguém.
Como uma personagem diz:' escrevo minha historia todos os dias, na esperança de que assim ela exista, já que eu não posso contar jamais, por ela conter a verdade que ninguém pode saber, e as jogo ao vento, para que ele o leve embora".
Um bom suspense/drama que foge das formulas 'habituais' desse gênero.
Conquistas Perigosas
3.6 328Fico tão, mas tão feliz - SÓ QUE NÃO MESMO - quando assisto a um filme e não consigo me decidir se gostei ou não (e pior, não saber o porque que não sei do porque).
Aconteceu isso com esse 'The Necessary Death of Charlie Countryman' - que veio para ca com outro nome pelo que me disseram.
O caso é que o filme conta com atuações espetaculares e sóbrias (o que é isso? Simples, são atuações densas, com tons viscerais de intensidade sem contudo haver gente puxando cabelo, rolando no chão e etc etc.. sem exaltação), com uma direção segura do que quer, uma fotografia bonita, meio plastificada e que dá um tom de ilusão e magia para o filme, que condiz com o roteiro com falas boas, bem sacado alias, que tem uma dualidade bem instigante, que flerta entre o fabuloso e o real na mesma medida. O filme tem momentos engraçados - geralmente as passagens de morte - e momentos tensos.
Dá uma liçãozinha ética e de auto-ajuda ótima também e nos deixa- me deixou- com a sensação de que é quase um 'alice no pais das maravilhas' versão sinistra e urbana masculina. Não sei.
E tem Rupert Grint no elenco com uma ereção provocada por 6 viagras húngaros.. ou seja.. sabe! Interessante é e muito o filme.
(shia esta numa atuação impressionante e que convence, a Evan rachel - aquela de Aos Treze - com aquela expressão 'sou sexy e revoltada' porem que tbm se encaixa no papel e ate mesmo o Mads Mikkelsen sendo ele mesmo - ou seja, sendo fodão -.) Mas o que ta me causando incomodo é a intenção do filme. Onde ele queria chegar.
Por vezes lembra um clipe em formato de longa metragem e por horas parece ser uma tese psicanalitica de perda e culpa. Talvez seja os dois. Mas veem o problema? É sempre um 'talvez".
Recomendo? Sim. Sempre recomendo.
Gostei: não sei.
Veria de novo? verei!
é isso.
ps: to ate agora tentando compreender a sequencia final, o tempo das ações ali. De duas uma, ou a montagem foi infeliz, ou eu cochilei e nem percebi pq..
ps²: concordo com a ira da Evan Rachel ao criticar o corte moralzinho fdp e babaca covarde da cena de sexo oral que ela recebe! A cena ali não só era pertinente como necessária para a própria concepção da personagem e da relação entre ela e o personagem que esta com ela em cena. ¬¬ moralismo estupido a cada dia me irritando mais e prejudicando a arte como um todo
Carrie, a Estranha
2.8 3,5K Assista AgoraMinha avaliação pode mudar, assim que eu comprar/ganhar/adquirir o DVD (ou em qualidade dê), pois resolvi me arriscar e pegar o release que esta rolando na Net mesmo, por não aguentar de curiosidade de tanto que falaram mal deste. Porem por hora, pelo que assisti, todos vcs que estão detonando o filme tem razão- em parte.
Aprendi que cada filme é um filme, e não precisa e não deve ser avaliado de acordo com seu histórico, principalmente quando se trata de adaptação/versão. Esse Carrie não é um remake de 76 e menos ainda do de 2002. O de 76 era uma adaptação do Livro, o de 2002 foi uma versão do livro. Esse é um misto de versão e adaptação do livro. O que diferencia? É que 'adaptação' é quando vc pega o material original e altera somente as passagens que precisam se adequar linguagem cinematográfica. "versão" é quando se basea na historia original e tem livre licença para alterar e acrescentar características próprias, desde que não fuja do tema e base central. Digo/explico isso, por que não há sentido algum em comprar em termos de obras os dois de 76 e 2002 com esse.
Mas isso não é defesa. Por que o maior problema dessa nova versão/adaptação é que alguém na produção (seja a diretora, seja no roteiro) não compreendeu o universo de Carrie proposto por King (coisa que aqui sim cabe a alusão, os antigos entenderam).
O que mais assusta na figura de Carrie é o como mostra os males que uma pessoa oprimida, ou uma pessoa que se auto oprime pode causar. É mostrar o quanto o pior que existe no mundo esta dentro de nós, quando não nos deixam ser quem realmente somos. Para isso há a opressão religiosa vinda da proteção e vingança da mãe
(que coloca a culpa na filha pelo pecado que cometeu)
Mudou-se o personagem,
vemos um sorriso e um prazer malicioso no olhar de Chloe durante o uso de sues poderes. Não ha medo ou receio na descoberta dos poderes, há prazer.
Dito isso, o filme ainda peca em não conseguir sustentar verossimilhança á época em que se passa, o bulliyng não convence, a ignorância e descaso dos professores diante do 'abuso' a Carrie não convence, a inocência de Carrie não convence.
Culpa: roteiro mau estruturado.
Atuações estão corretas, como disseram a Julianne esta correta e há 3 cenas especificas em que ela esta ótima. A cena do baile mesmo com os efeitos especiais bons, não deram certo(justamente pelo cunho estrutural, a 'fênix foi liberta' o que vemos ali
é um telecinético tendo ciência de cada um individualmente q qr destruir..fail!)
Mas ha coisas boas, como a perspectiva das câmeras que assume o to psicológico das personagens, o Final que se assemelha mais com a versão de 2002 que acho um final bem mais interessante, o figurino é bem sutil mas muito bem feito, o designer de som é otimo, e a produção como um todo tem uma escala boa tbm. Curti o quase estudo de personagem da mãe de Carrie e a direção de arte da casa delas.. tem uns detalhes que inclusive remetem a adaptação de 76 - e que se não vi mal homenageiam o De Palma no uso de câmera naquela cena
da morte da mãe
Enfim, um filme que se esperava tanto - quem nunca imaginou 'como seria um filme como Carrie com nossa tecnologia de hj?" - e que decepcionou por preferir sangue por sangue, tentativa de susto por susto esqueceu a essência do terror.
Ponto pela tentativa de critica social e humana trazida ao cyber bulliyng e Negativação por esquecer o tom feminista que Carrie deveria possuir - que alias é o motivo do sangue existir na narrativa, é uma metáfora que alude a essa característica da Obra-.
Filme ruim? Não. Bom? nem um pouco.
Um regular, médio que vale pela tentativa. :)
Ps: "A Estranha" de subtitulo significa pessoa fora do padrão aceitável a sociedade. Todas as carrie's antigas eram mulheres lindas (Sissy era maravilhosa inclusive para o padrão de sua epoca, o mesmo da Angela que pode ate não ter o padrão de beleza 'normal' mas nunca foi feia rs), mas que tinham a conotação de estranha pelas atitudes - culpa da opressão materna, timidez e etc-. Dito isso: podem escolher a Jolie para o papel de Carrie que não há problema. A 'estranheza' esta na atitude/jeito e não na face/corpo.
Carrie, a Estranha
3.1 612 Assista Agorapor algum motivo esse remake, ainda que não haja profundidade de estudo da mãe como no do de palma tem, ainda me agrada mais em termos de preferencia de gosto mesmo.. o do de palma é superior em termos cinematográficos de linguagem e narrativa, condução, ritmo inclusive... porem gosto pessoal esse ate favoritei.. a primeira imagem q me vem de carrie é a dela.. :)
Carrie, a Estranha
2.8 3,5K Assista Agoraé triste cursar cinema e não conseguir tempo e grana para ir no cinema rsrs :( alguém sabe se a qualidade que anda rolando por ai na nets esta 'assistivel'? pq acho que não vai rolar eu conseguir ver ate dia 23 de dezembro(quando conseguirei tempo e $$) para esse.. .-. quem tiver agradecido ficarei.to curioso com essa versão (pq ate onde compreendi não é remake)
Napola
4.1 78finalmente o tipo de filme que sempre tive interesse em ver... quanto a condução da temática. Ainda quero ver isso mais profundamente mas...
Um filme sobre o nazismo, são inúmeros filmes com esse tema, ainda bem... se não podemos apagar essa parte da historia da humanidade que ao menos possamos garantir que aquelas mortes, aquela injustiça, aquela maldade e idiocrasia não seja jamais esquecida. Por isso é sim sempre necessário haver filmes contando os horrores e particularidades dessa época, afinal para quantas vitimas existirem, existem o dobro de historias sobre. porem a unica coisa que sempre reclamei é que não havia a visão do outro lado. Dos 'culpados'. sim é obvio que o oprimido que merece a visão e o espaço, porem como nesse filme, sempre tive curiosidade de saber como Hitler e seu governo conduziam a falacia que permaneceu por anos e com tanta segurança e valia diante daquele povo. Como que pessoas,. homens e mulheres podiam aceitar ou mesmo não questionar os métodos e leis de apreensão e genocídio que ocorreram a seres humanos. Aqui mostra um pouco diso. A amizade - que não tem nada de homossexual em nenhum momento mas sim uma condução de homoafetividade(que é diferente) é apenas pano de fundo para vender o filme,..., o filme vai alem disso.. ele lida com conceitos morais e éticos mesmo. Adorei,
Strapped
3.5 128 Assista Agora'Elevo-me na corrente do meu amor
Nascido desta chuva de luz cheio de você... Perdidos.
E então a luz chega aos meus olhos
Vistas dos espelhos da minha alma
E nos unimos novamente'
Não falarei muito deste(não vou avaliar os pontos negativos e os positivos, não analisarei por enquanto), só preciso comentar que as vezes há filmes que nos fazem identificar com pedaços de nós que nem sempre gostamos ou admitimos existir.
E este se conectou com todas as partes, as escondidas e as escrachadas.
É.
Ps: Trilha sonora gostosa de tudo.
Ps²: como bem disse uma guria aqui no filmow mesmo; fui assistir achando que veria as putaria tudo de passatempo e acabei de emocionando e refletindo sobre toda minha vida ate agora- e aquela que eu planejo daqui pra frente. É.
Um Estranho no Lago
3.3 465 Assista AgoraInteressante. Porem ...
O filme é fabuloso no cenário narrativo que constrói, ha elementos ali de macetes técnicos - que não vou delimitar aqui se não ficara chato e didático demais rs e não é essa a intenção porque não farei uma critica de fato - que se enquadram com a proposta de alarme e reflexão que o filme aborda. A nudez não só é natural para o desenvolvimento da proposta mas se enquadra no sentido metafórico de alusão ao que é desenvolvido na problemática ali: mascaras, coisas ocultas. Há uma teia de desconhecimentos onde nos embrenhamos por caminhos, matos, águas turvas, areias e pedras, em clareiras abarrotadas onde não sabemos onde pisamos mas nos sentimos em casa por algum motivo.
O tema e debate é complexo não só para relações e 'a eterna procura' somente de relações homossexuais/e homoafetivas. O assunto vai alem disso.
Tudo é construído muito bem nesse sentido, como já explicitado aqui a ausência de trilha sonora, o cuidado com a iluminação e a coragem de não cometer o erro de censurar o sexo e o corpo masculino são os pontos mais fortes do filme, quanto ao roteiro, diálogos naturais e e bem pensados que contribuem e antecipam acontecimentos.
Mas o meu 'porem' lá do inicio é o desfecho que deveria ter ao menos mais um minuto de duração.
Afinal ainda que seja simbólico o local onde há esse desfecho e a maneira que é feita, pois simboliza justamente aquela relação, aquela situação como um todo e sintetiza a proposta toda, ainda assim o filme merecia ou um final aberto ou um final dúbio sem explicações de atos (não ter revelado tão escachadamente o 'vilão' da historia) deixar para o espectador a duvida e o questionamento. seria muito mais valido do que terminar sem desfecho, pois não concluiu a linha de pensamento que o climax propôs.
tirando isso um bom filme sim :)
Queda Livre
3.6 591Estranho...
Assisti a esse filme esses dias e ... não sei.
O filme é bem feito, bem filmado, nada de novo nem na estética, nem na técnica nem mesmo na narrativa ou tema menos ainda na maneira de expor as questão características e universais de um romance.
Não ha grandes atuações e alias o casal central não tem química alguma. O contato físico se a primeiro momento é aceitável e coerente ser desajeitado, urgente sem profundidade ou intimidade, envolvimento... Afinal estamos tratando de dois homens que se despertam para uma atração incontrolável sexual e afetiva, sendo que um deles não fazia ideia objetiva de que poderia sentir isso (afinal é casado com um filho prestes a nascer). Mas esse desapego físico permanece ate o final, fruto na não compatibilidade entre os atores, mas nada que grite não, só surge num olhar mais atento - principalmente quando se tem experiencia observativa e vivida no assunto/situação rs.
Ou seja, é um bom filme, correto.. não peca. É bom.
Porem, alguma coisa nele, no tom da relação e questionamento humano de conflito do personagem central me deu um nó na garganta. Por algum motivo ainda que em normalidade de tratamento, o modo como o personagem(veja, não a atuação e o ator, mas a essencial do personagem escrito e descrito) do policial ali entre os dois mundos, entre o desejo e verdade versus a segurança e gratidão me fez refletir.. me bateu de uma forma incompressível.
Por isso gostei do filme, mas que com certeza o esquecerei assim que surja um novo titulo com o mesmo tema.
Ps: o que mais curti foi o desfecho, de maneira branda e ate metafórica diante do questionamento inicial assim que os dois se conhecem de fato, juntamente com a simbologia da corrida o filme se encerra reforçando sua intenção: mostrar que estamos sempre correndo para tentar nos entender e saber que somos... corrida essa seja de busca ou de fuga.
Juan dos Mortos
3.6 161Em meio ao desespero de meus dias nesse final de semestre que não tem mais fim, assisti alguns filmes bacanas - sem ser aqueles da base curricular do curso-, e entre eles o que mais curti foi essa comedia deliciosa fruto de indicação magia como sempre.
a dica veio da seguinte forma: "e como seria um apocalipse zumbi vindo de cuba?"
Juan dos Mortos, filme cuba (em co produção com a espanha) de 2011 mas que chegou por aqui somente agora legendadinho bonitinho.
''Uma horda de zumbis famintos por carne humana que assola as ruas de Havana. Estende-se o rumor de que os responsáveis pela situação são os grupos dissidentes que servem os Estados Unidos. Pânico se apoderou do povo, no meio da confusão um herói: Juan (Diaz de Villegas), que, com o slogan "Juan dos mortos, matamos seus entes queridos", é oferecido às pessoas para eliminar, por um pequeno preço, ao seus familiares infectados.''
Antes de tudo é preciso compreender o sarcasmo impregnado em cada célula do filme.
O filme é um mar de referencias pop's da cultura cinematográfica, mas não se enganem, aqui eles as usam para dar aquela criticada básica em vários sistemas, desde o politico de seu país - como bem sabemos que cuba enfrenta desde sempre- ate a dominação hollywoodiana e aos EUA em geral. Vemos ali perdido 'exterminador do futuro', a propria cria de romero, 'matrix', 'residente evil' e uma taca da de filmes hollywoodianos no meio do caminho - inclusive uma patada nos finais 'discurso heroico americano' tão comum em obras de apocalipse ou desastres mundiais.
Assim, as piadas e geniais sacadas nos diálogos mostram comentários ácidos, as vezes escrachados e as vezes sutis que nos levam a gargalhadas sem fim. Com visual totalmente trash - apesar de não ser exatamente - filme tem ótimas cenas de ação e atuação, as mortes são impagáveis, a forma de luta, o sarcasmo e o tanto de figurantes não foi brincadeira. Um Mar de "dessedentes" haha
Ainda assim há um cuidado peculiar nas rimas visuais de sobrepujamento de imagens, nos planos elevados e principalmente na paleta de cores que me impressionou confesso, diante do contexto totalmente despretensioso.
Lembro que numa aula de critica foi mencionado que o que mais irrita hoje em dia, é o fato de os filmes insistirem em mostrar um ataque zumbi como algo surpreendente onde as pessoas não estão preparadas. Atualmente se ocorrer isso todos nós sabemos como agir.
Porem aqui em 'Juan de los muertos' a falta de informação é vital e coerente, afinal o atual panorama do país não consegue muitas vezes isolados em sua ilha de luta, sobrevivência e muitas vezes miséria, ter acesso a maioria das informações globalizadas de cultura pop disseminadas. Ainda assim, o filme se utiliza dessas técnicas e referencias, o que pra mim é sensacional.
Ri de me acabar com cenas impagáveis.
Se curte zumbi assista, se curte humor banhado a sangue e humor negro, assista.
adorei!
Ps: quase tive um orgasmo de delirio com aquela versão rick n' roll de "My Way" do Sinatra no final rs
V/H/S/2
3.1 443""Papai?!" HAHAHAHAHA
V/H/S/2
3.1 443Engraçado que fiquei sabendo desse filme através das minhas aulas na faculdade, e na opinião da minha professora(e critica) este segundo é melhor que o primeiro. Porem eu sou totalmente do contra, e achei o primeiro melhor do ponto de vista narrativo.
O ritmo e estrutura desse ainda que seja uma antologia de curtas interligados formando um longa, é mais solido, é verdade, mas acho que este seguiu uma linha muito mais de despretensão - o que é otimo - enquanto o primeiro tentou e conseguiu ser mais experimental do ponto de vista de se tratar de um estudo de genero mesmo.
Em suma, o primeiro me causou mais tensão, me convenceu mais do que esse segundo. Com exceção do dos Zumbis que é genial a perspectiva, e a dos Zumbis que ri do inicio ao fim, mas conseguiu me deixar apreensivo ainda assim (PAPAI?!)
Curti muito ambos, e o moço diretor de bruxa de Blair mostrou q não foi - aqui ao menos - apenas uma tacada de sorte. rsrs ao menos aqui rs
Gostei bastante!
V/H/S
3.0 748 Assista AgoraEngraçado que fiquei sabendo desse filme através das minhas aulas na faculdade, e na opinião da minha professora(e critica) o segundo é melhor que o primeiro. Porem eu sou totalmente do contra, e creio que este primeiro consegue ser melhor que o segundo. Do ponto de vista narrativo inclusive.
Os efeitos aqui são mais convincentes. Contudo, a linha condutora da trama não é tão bem delimitada. Ha buracos, mas que não prejudicam muito o filme não.
Gostei bastante!
Poder Sem Limites
3.4 1,7K Assista Agoraa lá eu tomando na cara de novo!
Dava nada para esse filme, nem mesmo apos na aula de 'criatividade/critica cinematográfica' ter visto alguns trechos.
Porem, : FODAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
A falhas técnicas obviamente devido ao s recursos financeiros que preferiram e sabiamente focar na estrutura e dimensão do clímax, do que se limitar em detalhes como o voo(reside ai a principal falha, pois a levitação é bem boba, em uma cena inclusive é possível ver o fio de náilon suspendendo uma colher) e o outro é o probleminha pequeno da coerência da câmera.
É um found footage, mas há momentos em que o gênero se quebra, quando ele torna a utilizar a câmera convencional. Inclusive ha uma cena em que o protagonista anti herói, esta com a câmera principal nas mãos arrumando a luz dela, porem vemos isso através de outra câmera - achei a principio que ha uma câmera Cam, mas não - são deslizes de direção mas que não afetam a estrutura geral do filme não. O roteiro é bem elaborado, as cenas de efeitos especial bem feitos considerado-se a dificuldade de amplitude da trama, personagens bem escritos e definidos, há a reflexão moral bem definida e mostrada, e as referencias ao gênero 'épico' também.
Final correto, e que dá um gostinho de quero mais.
To mega satisfeito e impressionado :)
A Dama do Lago
3.8 23estou estudando atualmente na faculdade justamente o uso da narrativa found footage, - camera perdida - e minha professora citou que este filme não foi bem sucedido na época de 40 e que ate hj teóricos do cinema se dedicavam em querer entender o porque ele falhou em termos de aceitação, uma vez que hoje em dia sempre que ele é exibido/visto o publico inclusive mais jovem tende a achar genial. Atualmente a recepção dele é totalmente contraria, 70 anos depois, o filme finalmente é aceito e apreciado justamente porque ja estamos condicionados a aceitar esse tipo de narrativa. Chegou-se a conclusão que para a época a narrativa/linguagem usada não fazia sentido na percepção das pessoas, que viam o Cinema, e a câmera em sí como produto de recepção e de contemplação. Atualmente a tendencia é cada fez mais queremos e sentirmos necessidade de estarmos em imersão e estarmos participativos da experiencia de assistir o filme. Visto inclusive o quanto é comum estarmos habituados a gravar nossos próprios videos, compartilharmos e etc. O que faltava na epoca era o fator 'nos identificarmos com os personagens e o que se esta sendo contado'. Hoje em dia é bem mais facil nos identificarmos com 'uma câmera subjetiva' dessa forma.
Quis comentar essa curiosidade apenas porque acho interessante o quanto certos filmes tem seu tempo pessoal de 'amadurecimento' em aceitação pelo publico. :)
Além da Fronteira
3.8 440 Assista AgoraPrometo que quando eu fizer meu juramento ético ao me formar, prometerei nunca ou sempre evitar finais escancarados nos filmes.
Por que olha, tem vez que me frustra hahahahahahaha
Finalmente assisti "Out In The Dark" que veio para cá como "Além Da Fronteira". Um filme com temática gay de israel.
O mais interessante aqui - já alem do fato do tema e do país/cultura em questão; é que o filme traça um panorama histórico social/cultural e com viés politico e de direitos humanos (alo alo Feliciano!).
É tocante a maneira como o diretor usa o romance dos dois e a 'cena' gay do país para traçar esse panorama ético, moral versus politico social - Israel versus Palestina-.
O filme se sai bem, não se aprofunda em nenhum tema, mas consegue um apanhado geral de tudo que se propõe. As atuações são boas - mais do ator que interpreta o loiro israelita ROY (♥ venka com will!) -.
Mas minha reclamação pessoal é o desfecho. Ainda que a resolução se justifique numa fala do roteiro ali no meio do filme num dialogo entre os dois, ainda assim é insuficiente para dar uma conclusão ocorrer aquilo daquela maneira. Não é conclusivo- finais podem ser abertos é ate interessante pois dá um patamar a mais na experiencia entre o espectador e o autor ao ver o filme, para que nós como espectadores possamos dar a interpretação que quisermos - mas uma coisa é estar aberto mas de forma conclusiva, e outra é estar não finalizado, o que na minha opinião é o que ocorreu. Ha diferença entre reticencias e largar uma frase depois da virgula sem nenhum ponto.
(ainda que o titulo do filme 'no escuro' em tradução livre indique e justifique esse final...)
O filme funciona, contudo; principalmente na forma natural que narra os fatos. A angustia e apreensão pelos protagonistas é latente e palpável e para quem entende na pele algumas partes daquela realidade não tão distante fica ainda mais assustador. sem delongas o longa consegue se sustentar, criar alerta e mostrar um mundo (não somente árabe) cruel que vemos no dia a dia sem soar piegas ou repetitivo - tem nada haver com a classificação que tem ganho como o novo 'brokeback mountain' desencanem disso para o bem e para o mal só para constar ok?
Em todo o caso, é um otimo drama, um bom romance, um excelente filme que recomendo sim e que faz a gente se questionar (eu ) se já não ta na hora de eu parar de fugir e atravessar a fronteira da aliança por ai.. rsrs ^^
Ainda Adoráveis
4.0 28menos profundo do que poderia ser mas bem emotivo e sensível "Ainda Adoráveis". Um filme que lembra demais "Como se Fosse a Primeira Vez" e "Diario de Uma Paixão". Não me levou as lagrimas, mas me deixou com aquela sensação de ternura, de esperança de um amor daqueles que vc não lance apenas palavras ao vento. Daqueles que ainda me dizem que apesar de eu não achar que nasci para terminar casado nem nada disso, quando disser "Eu Te Amo' que pode ser verdadeiro e não para algo de apenas alguns meses, mas sim uma vida inteira. Um filme bonito com atuações lindas. Tudo fofo e OMG!
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista Agora"As Virgens Suicidas" - único filme da Coppola que eu ainda não havia visto. E como me arrependo de ter esperado. Um ótimo filme, que como sempre, trata do vazio. porem se 'Bling Ring' mostra o vazio da futilidade em precisar ser visto ou precisar se auto afirmar no mundo, se 'Maria Antonieta', lidava com o vazio especificamente feminino, mas com abrangência de um anacronismo que nos acomete hj em dia, de nostalgia que nem nós sabemos explicar, e se 'Um lugar Qualquer', mostrava o vazio superficial que na realidade tem caráter mais profundo e complexo das relações humanas, aqui em 'As Virgens Suicidas', A coppola, trata do vazio existencial mesmo, causado pelas perturbações e obrigações de sermos jovens num mundo que ainda não sabe se já é adulto ou se ainda é criança, e dos próprios pais desses - nos - jovens que não sabem lidar com essa liberdade latente que temos disponível e exigimos versus o precisar nos conter para não sentir que não nos tem.
É melancolia, mas doses de elementos empíricos quase, o filme tem um caráter lirico que nos coloca como se estivéssemos num transe. O filme todo tem tons pasteis muito delicados, e há um jogo entre a inocência e a sexualidade através das mulheres principalmente.
Um ótimo filme, com uma trilha muito gostosa e que só reafirma o que já constatei a algum tempo : Coppola tem lugar no meu coração, talvez ate mais do que seu pai e tio.
Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos
3.0 1,4K Assista AgoraInstrumentos mortais é uma delicia. tem uma estrutura legal, para um primeiro filme, se garante bem caso queira fazer franquia. a historia convence, as atuações nada demais mas tbm, consegue ser relevante e ainda assim introduzir elementos 'jovens/pop' sem estragar a trama no geral. tem estética própria que peca nos tons escuros demais. curti viu! apesar que o inicio demora para engrenar- no sentido de posicionar o espectador naquele mundo, me senti confuso, mas logo passou rs-.