Definitivamente, quanto mais vivo, mais tenho a certeza: As pessoas que mais amamos, são justamente aquelas que mais são capazes de nos machucar e ferir. ''O Passado'', reflete isso. É a dor, a cicatriz e a as dificuldades de amores carregados de temporalidade que não cessa, e que justamente não cessam, pq insistem em voltar ao passado. De certo modo o tema se torna o mesmo de ''A Separação''. E não falo do divorcio. Falo de como a estrutura familiar e interpessoal, pode ser tão emaranhada a ponto de nos enrolarmos numa teia de segredos e lagrimas infindáveis e impossíveis de dissipar. O papel feminino aqui, novamente se torna dúbio. E a inocência e a depravação assumem um paradoxo cruel as vezes quando vemos os reflexos que eles causam em crianças por exemplo. Os símbolos são exemplares aqui, desde as citações, ate mesmo a Lavanderia que lava e limpa mas não consegue fazer o mesmo com aquelas vidas. Sempre restam manchas. Janelas e Portas recorrentes no cenário, e reflexos, tais como ruídos com pouco trilha sonora. São aquelas vidas, entre frestas e paredes de tinta fresca, novamente com iminência de serem sujas. Uma casa repleta de cuidados e necessitando de reparos... Ou mesmo a chuva que vem para lavar e anunciar novo temporal, presente no inicio e no desenrolar do 2° ato. Um filme soberbo em atuações e mensagens de reflexão que dói. Que doi e fascina por mostrar como nós em busca de felicidade e paz, trazemos o caos e o sofrimento a nós mesmos por não sabermos lidar com o fim. com o passado de todos nós. ps: Asghar Farhadi, me beija seu lindo!
Proposta bem interessante, apesar da execução pecar em levara critica e reflexão pretendida para a ação pura ao invés do drama que é o que ele se propõe no roteiro. Mas promete uma grandeza se continuar. Espero realmente que haja uma continuação com mais coerência na narrativa. Me lembrou em seus melhores momentos "A Caixa" em sua forma de tratar a natureza humana e seu desenvolvimento - ou declínio - . um bom filme. que podia ser mais. mas bom.
2° filme de 2015: "O Abutre" ('Nightcrawler') Dirigido por Dan Gilroy, Com Jake Gyllenhaal e Rene Russo . "Mas o que é a amizade afinal, do que um presente que damos a nos mesmos?" (admito que essa doeu!) Interessante como em menos de uma semana, eu assisti dois filme que traçam um panorama critico sobre as massas midiáticas, com base no jornalismo sensacionalista e de capital; onde o que interessa, e onde a verdade esta contida na audiência e aparência. é cruel constatar esse panorama tão real e atual. Se em "Garota Exemplar" do Fincher o que prevalecia era o sensacionalismo, aqui, o que prevalece em "O Abutre" é justamente a falta de ética e moral em prol de níveis de audiência. Onde uma morte só interessa se for sangrenta o suficiente para deixar a população sedenta por informações e medo, e julgamentos tal qual um "Cidade Alerta" em chamas. Jake esta assustador, vivendo um paranoico quase sociopata comportamental freelancer, ex- ladrão e homicida em potencial, cadavérico, repleto de tiques e irreconhecível numa atuação de se aplaudir. O filme em si é alucinante e me lembrou um pouco "Drive" em seu ritmo e edição frenética que prioriza a narrativa ''inter-midiatica'' (propicio rs). Metalinguagem classe media alta! Interessante também é a jornada do Protagonista, um anti-heroi do melhor tipo, que vai de ladrão de cercas e fios e se revela um ladrão de privacidade. Não ha diferença em suas atividades, so uma intensidade. Como também é interessante e mais assustador ainda, o fato dele ser um autodidata virtual. que aprende tudo que sabe através de foruns on line. Um ótimo filme e intenso que não só reflete uma sociedade pessimista, como mostra o quanto a novela da vida alheia deixou de ser algo a se apenas olhar, e passou a ser algo a se consumir. Por que sim, tal qual o titulo em português, ali nos seres humanos somos abutres, em cima da carniça alheia por um psicótico prazer vazio de distanciamento e invasão. Recomendadíssimo! ps: a fotografia é soberba no retrato de terror que assume, mesmo quando poucas vezes estamos vendo os personagens durante o dia, esse dia, assume paletas de cores apáticas, mornas ou excessivamente vibrantes. Não são agradáveis. Incomodam, nauseiam, tal qual a moral daqueles indivíduos.
Pelo passo da misericórdia, socorro! meu cérebro, NINGUÉM SAI!!! Desde "Memento" e "Donnie Darko" que acho que um filme não me buga tanto quanto esse. Que filme saboroso e intrigante. É raro um filme de conseguir prender sua atenção a cadanova informação, mesmo quando tecnicamente você ja consumido pelo suspense e conspiração de teorias, já adivinha o final, e ainda assim se surpreende com o desenrolar ate lá. Confesso: precisei parar o filme 3 vezes para fazer anotações num caderninho para desbugar o raciocínio.
Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha? resposta: O galo. alguns diriam... Ouroboros, Ciclo sem fim. A Serpente que devora seu próprio rabo para continuar sem parar em seu próprio ciclo, para sempre.
"O Predestinado", é baseado num conto de 1959 chamado “All you zombies”. Com direção dos aqui seguros irmãos Spierig, o filme conta no elenco com o multifacetado Ethan Hawke, que sempre me deixa na duvida se eu o amo, ou se amo os filmes que faz. Impressionante! Mas é na ate então anonima Sarah Snook que ele carrega sua maior perola. Um achado digno de beleza e talento a se prestar atenção futuramente. O filme é um complexo paradoxo de linhas temporais, onde num futuro - ou passado - não muito distante, as viagens no tempo são uma realidade secreta e governamental. Australiano, o filme possui baixo orçamento e semostra independente, mas em nenhum momento se destaca assim, uma vez que a produção é ousada, principalmente no cuidado com sua arte. O filme durante sua narrativa, salta décadas, entre os anos 60,40,50,70,80 e aparente anos 90 com ares futurescos. E por mais que eles usem o artificio da legenda para nos contextualizar entre as épocas, o trabalho de fotografia é exemplar em trabalhar cada paleta de cores e tratamento de imagem, condizentes com cada época de maneira fluida. Como disse, a atuação de Sarah é soberba, mas o mérito deve ser creditado ao roteiro que consegue emaranhar a estrutura complexa do tema de forma coesa, e por mais que crie propositalmente um nó na mente alheia, consegue se explicar. talvez haja a questão de que ele poderia ser mais sutil nas revelações, deixar menos mastigado os fatos; contudo creio que a força do roteiro nem esta no nó na cabeça, mas sim na reflexão de causa e consequência que ele trata.
O predestinado atravessa os limites quânticos e da física temporal e abre um lapso de questionamentos sobrea moral ética entre a vida, a morte, o nascimento e a existência, entre o tempo, o espaço e a consciência. Uma viagem que em seus melhores momentos nos remete a "Efeito Borboleta" com o diferencial, que ali em "Borboleta" o ciclo na realidade era um triangulo com ponta e fim. Aqui o simbolo é um oito deitado.
RECOMENDADO, com espelho, aspirina, caderno, caneta e coragem. Por que é de enlouquecer!! Ficção cientifica das boas ^^
Como imaginava: chorei um cadinho. Still Alice - Que virá para cá como "Para sempre Alice" - é um filme redondo e muito bonito de se contemplar. Usa da narrativa poética para tratar fielmente contudo o alzhemeir . O que impressiona e conecta o espectador com a trama é justamente o fato dele questionar a perda das memorias, na juventude. Alice beirando seus 50 vê-se decaindo em sua própria mente. Sua mente vai se deteriorando ao passo que tudo que faz sentido se perde, incluindo ela. E o mérito dessa ligação tem nome e não é necessariamente roteiro ou direção ( apesar de serem bem corretos e didáticos,). O nome é Julianne Moore, que entrega-se ao papel a ponto de crermos e sentirmos aquela dor e perda sem parecer ou notarmos que estamos sendo condicionados a tal. É impressionante na verdade. O filme se forma agridoce por tanto, uma vez que esteticamente é belo mas retrata em seu âmago algo tao horrendo e triste que é essa doença. Para a pessoa vitima dela e para os que as amam que precisam ver uma memoria viva se extinguir em fumaça e brisa silenciosa ainda que respirando e tendo o coração pulsando. Kristen S. Não tem jeito. Inexpressiva que só. Porém ela tem um raro momento plausível quando sintetiza num texto o que o filme se propõe a trazer. Choravel, sentivel, crível, correto demais mas recomendável!
E no final, a lição que fica é que não somos carne, osso e sangue. Somos memórias.
"É a pior tortura do mundo. Esperar enquanto se sabe que não ha nada que se possa fazer..."
"Aquilo que nós mais amamos, é o que acaba por nos destruir"
"Se nós queimarmos, você queimará conosco!"
"Are you, are you Coming to the tree? Where they strung up a man they say murdered three."
Que filme meus amigos, que filme! Nunca li os livros, contudo, como filme esta parte de Jogos Vorazes supera algo que Harry Potter e as Relíquias Da Morte, Batman o Cavaleiro das Trevas, Gravidade, as Trilogias Senhor dos Anéis conseguiram fazer: unir o cinema blockbuster/entretenimento com o cinema de arte pura! O que assisti nesse Jogos Vorazes - A Esperança ( apesar de preferir narrativamente que o titulo nacional se mantivesse como O Tordo) foi um espetáculo de coesão, metalinguagem, roteiro preciso, trilha exata, fotografia condizente ao clima proposto e principalmente uma direção segura do que queria e onde estaria. Falo como cinéfilo/analista e não como fã. E posso afirmar que cada escolha se mostrou eficaz. Ate mesmo o artifício bonito porem "forçado" da música tema cantado pela protagonista. Dentro da narrativa parece forçado o artifício premonitório de atos do roteiro, porem funciona para dar ritmo e estruturar a mise-en-scène das ações posteriores. E principalmente funciona no tom épico que o enredo pede. Fica bonito e grande. No mais, já estou entre os ansiosos pela Parte 2 ( apesar que ainda não compactuo com esse disparate de puro lucro pelo lucro, de divisão em duas partes. O filme aguentaria sua conclusão final nem que necessitasse de mais duas horas de desfecho. Já que o ritmo foi tão exato quase em métrica que o filme sobreviveria sem problemas ). PS: quase sai assoviando a canção do Tordo e quase levantei meus dedos da mão direita (esquerda?) apos beija-la em tributo ao distrito 12....
Finalmente consegui tempo na vida para assistir e gente to transbordando amor, satisfação e saudades ja. Resolvi fazer maratona com as 3 temporadas da serie antes de assistir ao filme e fiz bem. O timing perfeito de seus realizadores foi um diferencial RARO de se ver na industria. O filme segue a historia exatamente na mesma logico do fim da serie - que na realidade foi interrompida a 10 anos atras, foi cancelada sem uma resolução-. Não só toda a produção, como a criação, diretores, roteiristas retornaram nesse projeto, mas tbm todos os principais atores da serie retomaram seus papeis. So sentimos o tempo que se passou pela pele envelhecida, os quilos a amais ou a menos, a entonação da voz de quem antes eram jovens adultos em seus 20/24 anos de idade fazendo papel de adolescentes, e aqui dez anos depois com seus 30/40 anos exalando o mesmo nível e fidelidade e dedicação a papeis que os eternizaram na mente de seus fãs e admiradores. A trama continuou com sua sagacidade, fruto de um roteiro que preza pela verossimilhança e pelo respeito em não subestimar seus fãs ou jamais taxa-los como meros adolescentes (à época) interessados em mimimi's. Mas tbm por saber mesclar a linguagem cinematográfica com o melhor da televisão em sua agilidade e ritmo característico da serie como por exemplo usar a voz off dos pensamentos da protagonista para nos situar sobre a narrativa.
Assim, obvio que Verônica Mars o filme sera melhor apreciado por quem ja conhece sua trama, a teia base da serie, mas funciona tbm como Thriller policial dramático isolado,ja que toma o cuidado de estabelecer a personagem central e seu mundo antes de iniciar o filme.
Eu como om 'marshmallow' odiei a escolha romântica dela haha apesar de concordar com o 'pico' da explicação. - sou #TeamPiz sorry.. - e só acho que a historia rende uma nova temporada de serie, nem que seja minissérie. Pois, o filme provou que pique e publico para isso ainda existe. é a diferença de criar algo com identidade sabe? Ela perdura por anos, pela qualidade e lealdade de quem os segue.
No mais: Kristen Bell continua MARAVILHOSA ♥ , Percy Daggs III virou um morenão SUCESSO! ♥ E Tina Majorino (MAC MINHA PREFERIDA EVER) ta ahazando com aquelas madeixas!
Valeu a pena ♥
Come on now, honey, bring it on, bring it on, yeah. Just remember me when you're good to go Come on now, sugar, bring it on, bring it on, yeah. just remember me when.♫♪
Pela primeira ver o Lars Von Trier me fez ficar confuso - e bravo.
Antes de tudo aviso que aqui farei questionamentos em forma de comentário. não é necessariamente analise, é longo só leia se tiver paciência e terminou de ver o filme e que a Charlotte ja pode vir me beijar e ganhar prêmios ♥
Todos os filmes do lars vc gostando ou não da direção e visão de mundo do cara, propõem um emaranhado de sensações, e reflexões. tudo que ele faz dá base para dias de discussão sob diferentes pontos de vista e interpretações e é justamente por isso que adoro o cara. Pela qualidade dele de incomodar - tanto para bem quanto para o mal -. Aqui em Ninfomaníaca no entanto eu to confuso. Pq ainda que tudo seja uma questão de ponto de vista, todos os filmes anteriores - principalmente os da Tríade da depressão iniciado com melancolia - seguiam uma ordem coerente de pensamento. Aqui não. Pode ser que seja por causa dos cortes e da censura, afinal não é uma obra completa ate vir com o aval do diretor, mas o que essas duas partes mostram é uma incoerência entre uma e outra de tal modo que sim to repleto de questionamentos e reflexão, mas simplesmente não consigo chegar numa opinião se gostei ou não. Algo que sempre repito é que: gosto é uma coisa, mérito é outra. Sempre diferencio em tudo que avalio, a analise que visa dizer se aquilo é bom ou ruim - por mérito ou demérito mostrando argumentação valida para dizer isso dentro daquela minha visão sobre a coisa - e gosto pessoal, que não esta vinculado com o filme ser bom ou não, pois isso é pessoal. é o caso. Ninfomaníaca como filme, como Cinema é exemplar, tirando talvez a montagem que me irritou um pouco e sinceramente ate eu ver a versão original não vou me conformar com ela, seus cortes secos entre falas por exemplo e a excessiva ilustração em imagens paralelas para fazer paradoxos entre o que se conta e o seu significa, tudo em Ninfomaníaca é de uma qualidade invejável como o estilo próprio estético de lars em sua Linguagem é capaz de fazer.
O que to questionando aqui é o que Ninfomaníaca representa. Primeiro, que desde o meu comentário no Vol. 1 deixei claro que Ninfomaníaca não é sobre sexo,- uma pena quem o esta enxergando assim -. Pois o sexo é apenas alegoria. Alias, é importante alertar que toda a historia de Joe não é nada literal. tudo ali é uma fabula sobre ela. Tudo que vemos é o interior exposto por ela de sua vida, por isso as sucessões de 'coincidências' e principalmente aquela ato final no beco ser daquela maneira. Tudo é uma fabula. Ninfomaníaca na parte 1 parecia querer se desenvolver diante da aceitação do bizarro. Questionar a estrutura social (que o lars sempre questionou desde Dogville) quanto a hipocrisia que ele enxerga nos moldes de convenção inter-relacionável, e ai se estendendo ao o que é o AMOR quanto expressão de fato. Ele questiona a obrigação que temos de seguir modelos e moldes pre estabelecidos onde tudo que fuja disso é taxativo, ignorado, marginalizado, Como por exemplo a sexualidade alheia.
Somos seres sexuais de fato. desde o nascimento. mesmo quando crianças, quando descobrimos o mundo pela boca, experimentando pequenos objetos, o gosto dela, tentando captar o mundo, o que visamos é descoberta e com ela o prazer - quando crianças ele não tem conotação erótica mas não deixa de ser um tipo de satisfação e prazer tudo que fazemos e buscamos, ou seja.. se é prazer e satisfação é sexual - notam a diferença do termo sexual para a pratica e o ato, ou mesmo a visão erotizado que aí sim seria sexo?-. Ninfomaníaca fala sobre isso. Ele questiona como podemos condenar alguém que nasce com determinada característica sexual apenas por que ela diverge da maioria? Ja que por tese a sociedade deve aceitar e conviver em igualdade. Ele pra isso aborda ate mesmo a pedofilia e ai ele incomoda e nos deixa em cima do muro quanto nossa própria ética e moral, uma vez que ele propõe uma discussão valida e coerente sobre as pessoas que nascem pedofilas. Ja ficou claro que pedofilia é uma doença. A pessoa nasce com sua sexualidade erotizada voltada para a inocência ou seja, para crianças. mas ate que ponto podemos condenar sem antes contextualizar as coisas uma pessoa que nasce com essa falha? Alias, quem somos nós para dizermos que isso é uma falha? (nota a diferença de defender ou de dizer entender a pedofilia e discutir ela? é isso que Lars faz.. discuti ela, não a apoia ou a justifica). E mais ainda, quão monstruoso é um ser que nasce pedófilo, mas passa a vida toda sem nunca nem mesmo tentar se satisfazer por compreender a monstruosidade inaceitável que é roubar a inocência de um ser inocente? Uma vez que se ele esta negando sua própria sexualidade, ele esta se castrando, se auto mutilando, por algo que não tem culpa ja que não pode mudar quem ele é. Para a ninfomaníaca é o mesmo. Entendem o quão complexo é? E isso estou apenas versando sobre esse trecho em particular, uma vez que o filme vai muito mais fundo em outras questões muito mais delicadas em que sinceramente acho que não exista correto ou errado. uma vez que é muito frágil o limite do que é 'normal' e o que não o é. Mas o maior problema é a visão que ele tem do feminino. O que ta me pegando é que sempre vi cada filme do lars não como filmes de apologia a Misoginia. Mas sim como filmes de exposição a misoginia. vejam, quando uso exposição não falo de denuncia. Denuncia é quando vc assume uma posição sobre determinado assunto e o expõe visando defender sua visão. Aqui não. Ele não assume uma posição se ele acha q o feminino deve sim ser arraigado, sofrido, que o prazer tipicamente feminino é o grande mau da humanidade (coisa q ele sempre versou) mas ele apenas mostra como o feminino é tratado e visto pelo própria feminino e pelo restante da sociedade por anos. Expor é apenas mostrar para que o espectador formule e reflita sobre aquilo. E isso ninfomaníaca mostra, como o feminino- uso o termo feminino pq não é a Mulher em si que sempre foi massacrada, usada e abusada, inferiorizada em nossa Historia Humana, mas o feminino independente de órgão sexual. O feminino em tudo é visto como algo inferir digno apenas de uso para o prazer. sempre foi assim.- é tratado, como ele é obrigado por seculos a se castrar, deixar de existir por si mesmo para o bem prazer do restante. Joe assim vem como uma Joana Dark podreira, uma anti heroína que em si é misógina no que diz respeito ao modo como ela se v~e diante do mundo. Porem, ela não vive como uma. ja que se repararem TODAS as ações que ela comete, tudo, parte da vontade DELA e não de nenhum homem. Ela toma a decisão final sempre, inclusive no final do filme que é o maior problema para mim. Assim, ainda que seja controverso, Joe é sim um simbolo feminista de libertação do feminino- não da mulher - diante da estrutura social que temos. Ela subverteu cada um dos valores ditos corretos em prol da liberdade e direito que tem de ser ela mesma do jeito que nasceu. Sem que ngm tenha o direito de dizer se ela é doente ou não. ruim ou não. Ela não tem culpa de nascer com sua própria natureza. Ela no final das contas é a tal arvore sem frutos ou folhas no alto da montanha. é um simbolo solitário de força descomunal e inegável que sobrevive mesmo diante do impossível,das não condições. mas que vive ainda assim pois é seu direito de nascimento.
Mas o que pega é que ao mesmo tempo o Lars me fodeu - com perdão da palavra- ao terminar a obra daquela maneira. por que a fala que
o Sr. S. diz reforça isso q disse acima, mas a fala dela antes de apagar as luzes contrapõe toda a jornada dela, tudo. Por que o que ela diz e faz resume-se em ela dizer que "Ok, provei oq tinha q provar. Virei esse simbolo de libertação. Agora serei mais uma massacrada pela sociedade como qualquer outro' saca? ela aceita o q lhe impõem por um chamado cansaço. Dai se não bastasse me vem o desnecessário ato final
que simplesmente é WTF? PORRA LARS pra q? Porque com esse final ele abre a discussão de o filme passar a mensagem toda errada de sim mostrar que o feminino deve ser excluído ou a de que sim, o feminino precisa ser libertado. Qualquer uma das duas opções estaria correta e coerente diante do que ele me faz com esse final. Ele fragmentou a linha narrativa de pensamento em varias partes.
Enfim, daria uma tese se fosse versar sobre cada detalhe para chegar a uma conclusão palpável. E dígitos na internet não são capazes de suprir isso. No mais sim é um filme foda, mas que não posso dizer ainda se gostei.
Repostando pois meu Blog mudou de endereço apenas >>
'Transexualidade, Transexualismo, Síndrome de Harry Benjamin, Transtorno de Identidade de Gênero, Disforia de Gênero ou ainda Disforia Neurodiscordante de Gênero são expressões referentes à mesma coisa: a condição na qual a pessoa se identifica psicologicamente como sendo do gênero oposto ao seu sexo genético e sente impropriedade em relação ao próprio corpo. (...) O filme nos mergulha nos dramas e incertezas e no sofrimento incubado de uma transsexual que luta há anos para se tornar o que já é em pensamento – uma mulher. Sem condições financeiras, ela se prende aos hormônios tomados religiosamente todas as manhãs e a noite; visita regularmente clinicas de psiquiatria e psicologia a fim de obter a permissão e o aval de seu seguro de saúde para fazer a tão almejada cirurgia de mudança de sexo.
Critica filme "Transamérica" by Eu hahaha >> http://criticofilia.blogspot.com.br/2012/10/critica-transamerica.html
Primeiro quero deixar claro que isso não é uma analise, e menos ainda uma critica, é apenas um comentário critico/analítico (há diferença) sobre o filme, uma vez que eu me recuso eticamente a analisar uma obra incompleta. E falo de incompletude não pelo fato da divisão – já que esta e comentarei sobre, para mim é coerente com a proposta- mas pelo fato de não ser uma versão do diretor e sim uma versão da produtora, com censura e cortes NÃO AUTORIZADOS pelo diretor. Ao contrario do que a produtora do Filme declarou em nota a imprensa mundial de que antigamente como foi o caso de Anticristo, Lars havia permitido e concordado com cortes e varias versões do filme (anticristo) mediante as leis de censura de cada país que o exibiriam, aqui neste caso ele não concordou com as mudanças (cortes) feitos em sua obra. Assim, isso se torna um desrespeito a ele e a obra em si. Por isso repito: me recuso a analisar uma obra incompleta. Não é justo, não é ético da minha parte como cineasta em formação.
Considerações feitas, vamos lá.
''The Compleat Angler - Escrito pelo inglês Izaak Walton,- publicado originalmente em 1653, pode ser considerado o maior clássico na esfera da pesca esportiva mundial, sendo o segundo livro depois a Bíblia a ter o maior número de reedições e reimpressões. A obra, ainda não traduzida para o português, pode ser tomada como um verdadeiro tratado sobre a arte de pescar, apresentando informações relevantes sobre técnicas, receitas culinárias, dicas para a produção e o uso de iscas artificiais (moscas). As suas obras mais conhecidas são: Lives (Vidas) e The Compleat Angler (O Pescador Completo), nas quais o autor mostra a sua preocupação com a esfera contemplativa - mais do que a esfera ativa - da vida. Os seus personagens sempre lutam no sentido de viver a vida dentro de padrões Para os clérigos, a pesca era "(...) uma recreação os convida à contemplação e quietude" - algo que, nos tumultuados anos da segunda metade do século XVII, Walton considerou como difícil de conquistar, ainda que totalmente desejável. Izaak Walton tinha muita erudição, com uma característica que ele não tinha vergonha de declarar, ou seja, seu apego pelos valores tradicionais. A obra como um todo não deve ser categorizada como um simples manual sobre regras de pescar, cozinhar, atar moscas, etc, mas sim como uma peça de cunho literário, dentro da tradição pastoril inglesa. Desta forma, o que realmente está em jogo, em termos de "tema" é a questão de saber se a felicidade do homem nesta terra volta-se mais para a contemplação ou para a ação.''
Por que citei e passei essa informação? Porque a menção desde livro logo no Inicio do filme não é ocasional. O filme na realidade alude a ele em tudo, inclusive na estrutura de divisão em dois Volumes(o livro também foi compilado em ‘partes’ 4, porem que narrativamente falando se resumem em duas partes). Dito isto...
Assisti a Ninfomaníaca Volume 1 e fiquei impressionado em como que me deparei com um Lars sarcástico a nível extremo. Pois, ao contrario do que se possa pensar e que confesso pensava ao ler vários comentários e ao me deparar com a premissa dele, de que ninfomaníaca versaria como uma versão feminina de Shame; aqui o sexo é o que menos importa. De fato, Ninfomaníaca fala de absolutamente TUDO menos sobre sexo. Para começar, a estrutura já conhecida episódica da narrativa se assemelha aqueles vídeos institucionais no geral de introdução a dado assunto. Explico: o filme vai passeando pela historia de forma a pontuar quase que didaticamente cada assunto que aborda, ate mesmo os planos assumem um caráter quase que ‘teatro filmado’ na maneira de se movimentar e acompanhar a trama. Esteticamente, o filme ainda auto-referencia seu diretor, ao aludir ao Dogma 95, como na sequencia em preto e branco – alias que possui uma saturação incrível e propicia com uma pigmentação esverdeada totalmente condizente com a situação ali trabalhada do pai – em que
a personagem Joe sem querer encara a câmera enquanto limpam seu pai. Ainda que o olhar dela cruzar com a câmera não tenha sido proposital, a decisão de deixar isso em tela foi, em meio a câmera na mão, entre closes dispersos.
Muitas cenas me chamaram atenção. Interessante a cena em que ela (Joe) fica molhada... E ela diz: “deixei de sentir”. Interessante como justamente quando ela deixou de sentir, é que ela obteve prazer ou excitação – obvio descontextualizando a situação em si, apenas focando na problemática da personagem. Ou seja, a Ninfomania dela não é exatamente o vazio que ela externiza através do sexo, mas justamente as multi facetas de sensações e conflitos que tem. O sexo ali supre as sensações. É meio que como: quando ela transa, ela sabe o que esta sentindo e da onde vem aquele sentimento. É simples.
Outra cena interessante é a cena deles – Joe e Jerome - estacionando o carro. Apesar de forçada - a dinâmica ali não é a mesma de um take pro outro – a cena é muito boa para sintetizar a relação homem versus mulher naquele meandro quase que matemático inter-relacional que o filme propõe.. Principalmente quando ela entrega o casaco a ele...
Ela determina a ação e ela se poe superior a ele naquela situação, no carro dele. É muito interessante essa analogia. Uma vez que o filme flerta com o feminismo – apesar de nunca se assumir assim e nisso -; ao denotar um questionamento: E se as aventuras dela fossem protagonizadas por um homem? Ela se classificaria como um ‘ser humano ruim’? Nós a veríamos como um ser decadente? O filme flerta com essas reflexões. Inclusive ao colocar a sequencia sensacional do ‘mea vulva, máxima meã vulva’. Aquela sequencia e toda a historia entorno dela próprio uma discussão profunda de como a mulher como símbolo de prazer é marginalizada em objeto. A analogia com o cantus firmus (a musica e estrutura co-relacionada a Bach) no qual a metáfora com o 3 + 5 novamente surge. Inclusive essa rima simbólica entre os números 3 e 5 que permeiam o longa inteiro é algo genial (um pouco presunçoso, mas genial rs). Isso porque o filme assume um ar matemático – que imagino que se estende e seria coerente se assim fosse, a montagem. Digo imagino, pois não sei se assim o é, uma vez que essa não é a versão original/aprovada.
Mas iniciei dizendo que esse é o filme mais sarcástico do Lars Von Trier, pela questão de que ele usa o humor e o paralelo com a pescaria de uma forma quase sádica ao brincar com o espectador a todo momento, inclusive com piadinhas dentro da própria narrativa com seus personagens. Ele parece zombar da própria historia. Notem como em dado momento ele mesmo – o filme – se questiona sobre a veracidade de si mesmo. Coincidências, ‘cenas para o próximo capitulo’ ela diz. O filme, apesar de tratar de questões seria, de estudar seus personagens, de questionar a posição feminina e mais uma vez como sempre na historia de Lars, a relação do ser humano quanto sociedade com o poder, e da mulher como o prazer- o prazer como algo ruim, o prazer como algo depressivo, a liberdade versus prisões de convenções políticas e comportamentais, e nisso vai critica e ‘cutuque’ a religião e as suas próprias polemicas – como ele fez questão de ser FDP e adicionar referencias a ele mesmo sobre a polemica nazista de um tempo atrás -, o faz sempre desviando esse enfoque para o humor e para a alegoria do sexo. Isso é um sarcasmo quase sádico dele. É como se estivéssemos em frente ao Eden sem saber pq há uma moita de neon na frente. Saca?
Enfim, somente após ver o Volume 2, devidamente junto da versão sem cortes(original) é que dá para formar opinião, mas gostei – não sei ate que ponto- mas gostei. É no mínimo intrigante.
Crendeuspai, alguém me ajuda pelo amor de Mickey Mouse a parar de ouvir Let It Go?? To tendo overdose meu senhor! .-.ô musiquinha fdp ♥ haha #PrecisavaDesabafarPedirHelp
tem como não se apaixonar por essa historia? Geente! Faltam 4 longas metragens para eu conferir roteirizados pelo Hayao Miyazaki. Resolvi fazer maratona. Mas ate agora, talvez por ser o primeiro e creio que o unico não subjetivo do 'mestre', esse esta ocupando o lugar de favorito na mente - como esquecer essa musica fantástica - e no coração - simplesmente de se apaixonar! man ♥
esqueci de comentar: Assisti ontem a esse filme SENSACIONAL. Que me lembrou bastante o sentido de 'aproveitar e transgredir' a vida de Sociedade dos poetas Mortos, alias creio que tenha sido a intenção, porem com uma abordagem muito mais visceral e desmistificada de 'pudores'.
A tão polemica cena do Dan com o sexo homossexual é uma das coisas mais lindas - e infelizmente breves - que vi na ultima temporada. Sem mimimi, sem tentar dar atenção demais a nudez do que ao que o momento significa, e Dan manda bem 'pra carai'. Alias, a atuação dele e do jovem Dane DeHaan (de Poder sem Limites) estão sóbrias e muito convincentes. o mesmo do sempre eficiente - no drama - Michael C. Hall (acá Dexter).
Como sempre faço depois que vejo um filme, fui pesquisar sobre produção, historia e como foi baseado 'em fatos verídicos' fui ler sobre e a narrativa visa focar muito mais na relação dos personagens entre si e com o mundo do que propriamente o crime que fica de pano de fundo. pro filme como exercício de estudo de personagens (que não chega nunca a isso porem) funciona. Soube que ha um doc. que aí sim foca no crime em si, tenho que lembrar de procurar mais tarde. Enfim, um filme muito bonito visualmente com alguns planos e sequencias interessantes principalmente dos que eles estão sob efeitos de alucinógenos bem como a direção de arte que transmite bem aquele universo e caracteriza a época em questão. Curti tudo man! Filmão, mas que vou rever para analisar de forma correta pois assisti ontem ainda embebecido pelo oscar então ne... sem condições de me aprofundar em nada.
Dai eis que de repente vc compreende da onde nasceu uma Beyonce da vida...
Para quem ama musica principalmente a musica'negra' americana, esse doc. é um deleite. Permeia os anos 40/50/60 ate os dias atuais mostrando a importância das e dos back vocals ou cantores de apoio através de obras de elvis presley, rollings stones, MJ, whitney, mariah, Elton John, Sting, Bruce springfield e uma porrada de astros e estrelas que talvez não fossem nem metade do que ainda hoje são historicamente e iconicamente se não fossem vozes que nos encantaram, que estão em nossas mentes e garganta que entoamos direto em memoria mas que não sabemos nem os nomes, rostos ou muitas vezes da existência.
Um doc. que mostra a faceta cruel e capitalista da musica e ao mesmo tempo o como o sonho americano pode ser lindo sim, mas que também pode ser um pesadelo horrível. Documentário que reluz em alma e vale não só como reflexão da musica e do produto chamado musica hoje em dia com reallytis shows de obras comerciais vazias e esquecíveis.
muito massa! Em resumo poderia ser descrito como 'documentário dos esquecidos' ou dos 'injustiçados'. Sombras musicais de valor incalculável.
E eu pessoalmente tenho que declarar: encontrei alguns ídolos para seguir e sentir aqui, vide Lisa ♥
"O Amor é um rugido" "Somos os que mais sofrem pela arte... '' ''A Arte é um demônio, que te arrasta. Não é algo que você possa parar mesmo que queira. Talvez você fique maluco. Sua esposa o abandona, seu filho foge. Você se jogou fora para ser um artista.''
Que documentário instigante que tem sua força justamente nos personagens centrais. É o tipo de doc; que não precisa se 'segurar' na cinematografia propriamente, não importa muito os recursos de estilo e linguagem que opta em ter para calcar sua narrativa, pois seus personagens centrais seguram e alavancam a trama por si só. Um casal com personalidades complexas trabalhadas de forma bem interessante. Ela: o conflito, a beleza, a delicadeza, a claridade, a disciplina. Ele: o caos, a aspereza, a escuridão, a feiura, a bagunça.
a personalidade existencial de ambos se refletem em suas obras e o documentário explora bem isso. Ao delimitar exatamente os limites da relação de ambos. Sempre em conflito mas ainda assim com apego e amor. Uma externalização daquela relação entre eles e deles com o mundo e do mundo assim, com a arte de cada um. Enquanto ele é externo, ela é interna. Mas ambos se complementam, ainda que em mundos tão distantes. O panorama da arte de NY e do oriente (a busca por oportunidades) bem como a relação tão próxima que arte e certos esportes como a luta possuem, diante das mazelas economias também é bem interessante. é um filme que trata da arte e do artista sem conduto ser e utilizar exatamente 'a arte' entre aspas claro, pra isso.
Me fez mais mal do que bem, por eu estar enfrentando justamente a conhecida - e mostrada - crise artística. Existencialismo corrosivo. Mas...
Confesso que tava animado e achando que o filme me arrancaria algo mais substancial, afinal de todos os 9 indicados a melhor filme desse ano, Philomena continuava uma Incógnita para mim do o porque figurava na lista. Finalmente consegui assistir ao longa e a incógnita continua... Ou melhor, se dissipa por conhecer os 'tramites' Oscar de ser mas realmente...Bom é, mas não vejo o porque figurar a principal categoria.. anyway...
O filme não é ruim de maneira alguma, alias, me surpreendeu em alguns pontos, mas não é lá ' nada de novo'.
Explico: O que vemos em tela é a famigerada formula 'pessoas diferentes que criam laço terno', 'profissional em crise que encontra pessoa em crise e ambos se ajudam',' mãe procura filho perdido' e 'ateus versos religião'. Tudo mais do mesmo, porem sem ser feito de maneira 'arroz com feijão'. Apesar da trama ser velha conhecida do cinema emocional, Philomena goza de um roteiro que não tenta levar o espectador as lagrimas a cada instante, não tenta transformar sua protagonista em uma sofrida vitima em busca de redenção contra a vilania da igreja. Ainda que o tom moral da produção assuma esse papel de 'condenação' e critica a igreja católica e a imigração de crianças entre irlanda e EUA, isso é feito tão sutilmente que pode passar despercebido pelos mais 'emotivos' o que é ótimo para a produção não se tornar clichê.
Comentário completo e analítico de Philomena bem como apostas e palpites sobre quem levara as estatuetas nesta edição do Oscar bem omo breves comentários sobre os outros 8 concorrentes a melhor filme >> http://criticofilia.blogspot.com.br/2014/02/oscar-2014-indicados-apostas-e-analises.html
Filme do diretor David O. Russell ( O Lado Bom Da Vida) e novo queridinho da Academia. O filme não é ruim. Porem, ele peca tanto em timing e desenvolvimento que acaba - por falta de melhor expressão - se tornando maçante. Explico. O filme é situado nos anos 70 e assim, possui toda uma estética da década, estética não somente na direção de arte - muito bem conduzida - mas na fotografia que imprime uma plastica retrô, granulada de cores apagadas que nos remete a filmagens feitas naquela época com aquela qualidade de imagem. O mesmo para as técnicas de filmagens que usam enquadramentos e posicionamentos e movimentos de câmera característicos da época.. onde tudo é evidenciado sem sutilezas, com zoons rápidos, cortes entre falas, detalhes assim que algo é mencionado e direcionado ao objeto ou gesto. Que pode inclusive ser encarado como um 'Genérico de Scorsese' tamanha a semelhança e alusão que o longa faz as características mais evidentes da obra das obras de Martin. Somente nisso o filme já cresce muito. analise completa bem como comentarios sobre os nove indicados a principal categoria no oscar 2014 bem como apostas em todas as categorias do ano. >>
O filme é uma delicia louco, megalomaníaca, insana, surreal, desproposita, sarcástica, repleta de humor negro, sociopatia, cenas que beiram a pena e a decadência e por isso mesmo repleto de coisas sensacionais.
O filme é baseado na historia real retratado numa autobiografia daquele que ficou conhecido como O Lobo de Wall Street(dããr), porem se a premissa é calcada na realidade,, Martin escolheu trilhar o caminho do absurdo para mostrar facetas humanas de moral - e imoralidade - latentes não só em seu ´personagem principal, mas em todo o sistema social e financeiro que permeiam o longa e consequentemente por isso, testa a cada segundo nossa própria percepção de ética. Ao subverter valores e nos trazer cenas e situações que desde o inicio nos fazem exclamar: que porra é essa? o diretor muito sabiamente mostra a historia do ponto de vista não só da voz do personagem principal, mas de seu mundinho particular, seu mundo de fantasia e obsolência surreal onde cada bunda, cada sexo, cada droga não é em vão. Assim o que aos olhos de fora pode parecer 'desnecessário' ou 'exagerado' na realidade é o tom exato necessário para entendermos e mergulharmos naquele mundo.
analise completa de "O Lobo de Wall Street" bem como analise breve de todos os outros 8 indicados a melhor filme do oscar 2014 e apostas de quem leva as estatuetas esse ano >> http://criticofilia.blogspot.com.br/2014/02/oscar-2014-indicados-apostas-e-analises.html
Uma janela aberta para o passado, para o esquecimento, para tudo aquilo que não foi mas ainda assim é. Nebraska alude ao inverno, ao outono por vezes. O gelo que congela memorias como fotos antigas em preto e branco de ecos que persistem mesmo onde não se há mais voz ativa mas que derretem ao menor indicio de fagulhas do fogo da vontade de viver e não só sobreviver no Tempo.
Ainda que o Preto e Branco ao qual o filme goza fotograficamente não seja lá seu destaque ele é perfeito pra narrativa, mostrando justamente a relação melancólica porem bela do roteiro sensível e denso que o longa assume logo de inicio. Nebraska oscila entre o cômico e o dramático num ritmo vertiginoso tocante e admirável. Pois se em um momento estamos gargalhando pelas falas e jeito encantador de Kate a matriarca da família, no segundo seguinte estamos chocados ou embasbacados com a brutalidade e frieza de um homem que simplesmente seguiu a vida como ela lhe foi ofertada, capaz de crueldades pesadas como dizer ao próprio filho que nunca amou de fato sua mulher ou que nunca planejou a existência deles.
analise completa e palpites sobre os vencedores do oscar desse ano bem como comentarios breves sobre todos os nove indicados a melhor filme >> http://criticofilia.blogspot.com.br/2014/02/oscar-2014-indicados-apostas-e-analises.html
O Passado
4.0 292 Assista AgoraDefinitivamente, quanto mais vivo, mais tenho a certeza: As pessoas que mais amamos, são justamente aquelas que mais são capazes de nos machucar e ferir.
''O Passado'', reflete isso.
É a dor, a cicatriz e a as dificuldades de amores carregados de temporalidade que não cessa, e que justamente não cessam, pq insistem em voltar ao passado.
De certo modo o tema se torna o mesmo de ''A Separação''. E não falo do divorcio.
Falo de como a estrutura familiar e interpessoal, pode ser tão emaranhada a ponto de nos enrolarmos numa teia de segredos e lagrimas infindáveis e impossíveis de dissipar.
O papel feminino aqui, novamente se torna dúbio. E a inocência e a depravação assumem um paradoxo cruel as vezes quando vemos os reflexos que eles causam em crianças por exemplo.
Os símbolos são exemplares aqui, desde as citações, ate mesmo a Lavanderia que lava e limpa mas não consegue fazer o mesmo com aquelas vidas. Sempre restam manchas.
Janelas e Portas recorrentes no cenário, e reflexos, tais como ruídos com pouco trilha sonora.
São aquelas vidas, entre frestas e paredes de tinta fresca, novamente com iminência de serem sujas.
Uma casa repleta de cuidados e necessitando de reparos... Ou mesmo a chuva que vem para lavar e anunciar novo temporal, presente no inicio e no desenrolar do 2° ato.
Um filme soberbo em atuações e mensagens de reflexão que dói. Que doi e fascina por mostrar como nós em busca de felicidade e paz, trazemos o caos e o sofrimento a nós mesmos por não sabermos lidar com o fim. com o passado de todos nós.
ps: Asghar Farhadi, me beija seu lindo!
Maze Runner: Correr ou Morrer
3.6 2,1K Assista AgoraProposta bem interessante, apesar da execução pecar em levara critica e reflexão pretendida para a ação pura ao invés do drama que é o que ele se propõe no roteiro.
Mas promete uma grandeza se continuar.
Espero realmente que haja uma continuação com mais coerência na narrativa.
Me lembrou em seus melhores momentos "A Caixa" em sua forma de tratar a natureza humana e seu desenvolvimento - ou declínio - .
um bom filme. que podia ser mais. mas bom.
O Abutre
4.0 2,5K Assista Agora2° filme de 2015: "O Abutre" ('Nightcrawler')
Dirigido por Dan Gilroy, Com Jake Gyllenhaal e Rene Russo .
"Mas o que é a amizade afinal, do que um presente que damos a nos mesmos?" (admito que essa doeu!)
Interessante como em menos de uma semana, eu assisti dois filme que traçam um panorama critico sobre as massas midiáticas, com base no jornalismo sensacionalista e de capital; onde o que interessa, e onde a verdade esta contida na audiência e aparência.
é cruel constatar esse panorama tão real e atual.
Se em "Garota Exemplar" do Fincher o que prevalecia era o sensacionalismo, aqui, o que prevalece em "O Abutre" é justamente a falta de ética e moral em prol de níveis de audiência. Onde uma morte só interessa se for sangrenta o suficiente para deixar a população sedenta por informações e medo, e julgamentos tal qual um "Cidade Alerta" em chamas.
Jake esta assustador, vivendo um paranoico quase sociopata comportamental freelancer, ex- ladrão e homicida em potencial, cadavérico, repleto de tiques e irreconhecível numa atuação de se aplaudir.
O filme em si é alucinante e me lembrou um pouco "Drive" em seu ritmo e edição frenética que prioriza a narrativa ''inter-midiatica'' (propicio rs). Metalinguagem classe media alta!
Interessante também é a jornada do Protagonista, um anti-heroi do melhor tipo, que vai de ladrão de cercas e fios e se revela um ladrão de privacidade. Não ha diferença em suas atividades, so uma intensidade. Como também é interessante e mais assustador ainda, o fato dele ser um autodidata virtual. que aprende tudo que sabe através de foruns on line.
Um ótimo filme e intenso que não só reflete uma sociedade pessimista, como mostra o quanto a novela da vida alheia deixou de ser algo a se apenas olhar, e passou a ser algo a se consumir. Por que sim, tal qual o titulo em português, ali nos seres humanos somos abutres, em cima da carniça alheia por um psicótico prazer vazio de distanciamento e invasão.
Recomendadíssimo!
ps: a fotografia é soberba no retrato de terror que assume, mesmo quando poucas vezes estamos vendo os personagens durante o dia, esse dia, assume paletas de cores apáticas, mornas ou excessivamente vibrantes. Não são agradáveis. Incomodam, nauseiam, tal qual a moral daqueles indivíduos.
O Predestinado
4.0 1,6K Assista AgoraPelo passo da misericórdia, socorro!
meu cérebro, NINGUÉM SAI!!!
Desde "Memento" e "Donnie Darko" que acho que um filme não me buga tanto quanto esse.
Que filme saboroso e intrigante.
É raro um filme de conseguir prender sua atenção a cadanova informação, mesmo quando tecnicamente você ja consumido pelo suspense e conspiração de teorias, já adivinha o final, e ainda assim se surpreende com o desenrolar ate lá.
Confesso: precisei parar o filme 3 vezes para fazer anotações num caderninho para desbugar o raciocínio.
Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha?
resposta: O galo. alguns diriam...
Ouroboros, Ciclo sem fim.
A Serpente que devora seu próprio rabo para continuar sem parar em seu próprio ciclo, para sempre.
"O Predestinado", é baseado num conto de 1959 chamado “All you zombies”.
Com direção dos aqui seguros irmãos Spierig, o filme conta no elenco com o multifacetado Ethan Hawke, que sempre me deixa na duvida se eu o amo, ou se amo os filmes que faz. Impressionante!
Mas é na ate então anonima Sarah Snook que ele carrega sua maior perola. Um achado digno de beleza e talento a se prestar atenção futuramente.
O filme é um complexo paradoxo de linhas temporais, onde num futuro - ou passado - não muito distante, as viagens no tempo são uma realidade secreta e governamental.
Australiano, o filme possui baixo orçamento e semostra independente, mas em nenhum momento se destaca assim, uma vez que a produção é ousada, principalmente no cuidado com sua arte. O filme durante sua narrativa, salta décadas, entre os anos 60,40,50,70,80 e aparente anos 90 com ares futurescos. E por mais que eles usem o artificio da legenda para nos contextualizar entre as épocas, o trabalho de fotografia é exemplar em trabalhar cada paleta de cores e tratamento de imagem, condizentes com cada época de maneira fluida.
Como disse, a atuação de Sarah é soberba, mas o mérito deve ser creditado ao roteiro que consegue emaranhar a estrutura complexa do tema de forma coesa, e por mais que crie propositalmente um nó na mente alheia, consegue se explicar. talvez haja a questão de que ele poderia ser mais sutil nas revelações, deixar menos mastigado os fatos; contudo creio que a força do roteiro nem esta no nó na cabeça, mas sim na reflexão de causa e consequência que ele trata.
O predestinado atravessa os limites quânticos e da física temporal e abre um lapso de questionamentos sobrea moral ética entre a vida, a morte, o nascimento e a existência, entre o tempo, o espaço e a consciência.
Uma viagem que em seus melhores momentos nos remete a "Efeito Borboleta" com o diferencial, que ali em "Borboleta" o ciclo na realidade era um triangulo com ponta e fim.
Aqui o simbolo é um oito deitado.
RECOMENDADO, com espelho, aspirina, caderno, caneta e coragem.
Por que é de enlouquecer!! Ficção cientifica das boas ^^
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraComo imaginava: chorei um cadinho.
Still Alice - Que virá para cá como "Para sempre Alice" - é um filme redondo e muito bonito de se contemplar. Usa da narrativa poética para tratar fielmente contudo o alzhemeir .
O que impressiona e conecta o espectador com a trama é justamente o fato dele questionar a perda das memorias, na juventude. Alice beirando seus 50 vê-se decaindo em sua própria mente. Sua mente vai se deteriorando ao passo que tudo que faz sentido se perde, incluindo ela.
E o mérito dessa ligação tem nome e não é necessariamente roteiro ou direção ( apesar de serem bem corretos e didáticos,). O nome é Julianne Moore, que entrega-se ao papel a ponto de crermos e sentirmos aquela dor e perda sem parecer ou notarmos que estamos sendo condicionados a tal. É impressionante na verdade.
O filme se forma agridoce por tanto, uma vez que esteticamente é belo mas retrata em seu âmago algo tao horrendo e triste que é essa doença. Para a pessoa vitima dela e para os que as amam que precisam ver uma memoria viva se extinguir em fumaça e brisa silenciosa ainda que respirando e tendo o coração pulsando.
Kristen S. Não tem jeito. Inexpressiva que só. Porém ela tem um raro momento plausível quando sintetiza num texto o que o filme se propõe a trazer.
Choravel, sentivel, crível, correto demais mas recomendável!
E no final, a lição que fica é que não somos carne, osso e sangue. Somos memórias.
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
3.8 2,4K Assista Agora"É a pior tortura do mundo.
Esperar enquanto se sabe que não ha nada que se possa fazer..."
"Aquilo que nós mais amamos, é o que acaba por nos destruir"
"Se nós queimarmos, você queimará conosco!"
Resenha sobre "Jogos Vorazes - A esperança: parte 1 >>
http://criticofilia.blogspot.com.br/2014/11/resenha-jogos-vorazes-esperanca-parte-1.html
#Criticofilia
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
3.8 2,4K Assista Agora"É a pior tortura do mundo.
Esperar enquanto se sabe que não ha nada que se possa fazer..."
"Aquilo que nós mais amamos, é o que acaba por nos destruir"
"Se nós queimarmos, você queimará conosco!"
"Are you, are you
Coming to the tree?
Where they strung up a man they say murdered three."
Que filme meus amigos, que filme!
Nunca li os livros, contudo, como filme esta parte de Jogos Vorazes supera algo que Harry Potter e as Relíquias Da Morte, Batman o Cavaleiro das Trevas, Gravidade, as Trilogias Senhor dos Anéis conseguiram fazer: unir o cinema blockbuster/entretenimento com o cinema de arte pura!
O que assisti nesse Jogos Vorazes - A Esperança ( apesar de preferir narrativamente que o titulo nacional se mantivesse como O Tordo) foi um espetáculo de coesão, metalinguagem, roteiro preciso, trilha exata, fotografia condizente ao clima proposto e principalmente uma direção segura do que queria e onde estaria.
Falo como cinéfilo/analista e não como fã. E posso afirmar que cada escolha se mostrou eficaz. Ate mesmo o artifício bonito porem "forçado" da música tema cantado pela protagonista. Dentro da narrativa parece forçado o artifício premonitório de atos do roteiro, porem funciona para dar ritmo e estruturar a mise-en-scène das ações posteriores. E principalmente funciona no tom épico que o enredo pede. Fica bonito e grande.
No mais, já estou entre os ansiosos pela Parte 2 ( apesar que ainda não compactuo com esse disparate de puro lucro pelo lucro, de divisão em duas partes. O filme aguentaria sua conclusão final nem que necessitasse de mais duas horas de desfecho. Já que o ritmo foi tão exato quase em métrica que o filme sobreviveria sem problemas ).
PS: quase sai assoviando a canção do Tordo e quase levantei meus dedos da mão direita (esquerda?) apos beija-la em tributo ao distrito 12....
Entre Nós
3.9 53alguem sabe onde posso baixa-lo? to procurando e não to achando :(
Veronica Mars: O Filme
3.9 353 Assista Agora""Hello Verônica!""
Finalmente consegui tempo na vida para assistir e gente to transbordando amor, satisfação e saudades ja.
Resolvi fazer maratona com as 3 temporadas da serie antes de assistir ao filme e fiz bem.
O timing perfeito de seus realizadores foi um diferencial RARO de se ver na industria.
O filme segue a historia exatamente na mesma logico do fim da serie - que na realidade foi interrompida a 10 anos atras, foi cancelada sem uma resolução-.
Não só toda a produção, como a criação, diretores, roteiristas retornaram nesse projeto, mas tbm todos os principais atores da serie retomaram seus papeis. So sentimos o tempo que se passou pela pele envelhecida, os quilos a amais ou a menos, a entonação da voz de quem antes eram jovens adultos em seus 20/24 anos de idade fazendo papel de adolescentes, e aqui dez anos depois com seus 30/40 anos exalando o mesmo nível e fidelidade e dedicação a papeis que os eternizaram na mente de seus fãs e admiradores.
A trama continuou com sua sagacidade, fruto de um roteiro que preza pela verossimilhança e pelo respeito em não subestimar seus fãs ou jamais taxa-los como meros adolescentes (à época) interessados em mimimi's. Mas tbm por saber mesclar a linguagem cinematográfica com o melhor da televisão em sua agilidade e ritmo característico da serie como por exemplo usar a voz off dos pensamentos da protagonista para nos situar sobre a narrativa.
Assim, obvio que Verônica Mars o filme sera melhor apreciado por quem ja conhece sua trama, a teia base da serie, mas funciona tbm como Thriller policial dramático isolado,ja que toma o cuidado de estabelecer a personagem central e seu mundo antes de iniciar o filme.
Eu como om 'marshmallow' odiei a escolha romântica dela haha apesar de concordar com o 'pico' da explicação. - sou #TeamPiz sorry.. - e só acho que a historia rende uma nova temporada de serie, nem que seja minissérie. Pois, o filme provou que pique e publico para isso ainda existe.
é a diferença de criar algo com identidade sabe? Ela perdura por anos, pela qualidade e lealdade de quem os segue.
No mais: Kristen Bell continua MARAVILHOSA ♥ , Percy Daggs III virou um morenão SUCESSO! ♥ E Tina Majorino (MAC MINHA PREFERIDA EVER) ta ahazando com aquelas madeixas!
Valeu a pena ♥
Come on now, honey,
bring it on, bring it on, yeah.
Just remember me when you're good to go
Come on now, sugar,
bring it on, bring it on, yeah.
just remember me when.♫♪
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraPela primeira ver o Lars Von Trier me fez ficar confuso - e bravo.
Antes de tudo aviso que aqui farei questionamentos em forma de comentário. não é necessariamente analise, é longo só leia se tiver paciência e terminou de ver o filme e que a Charlotte ja pode vir me beijar e ganhar prêmios ♥
Todos os filmes do lars vc gostando ou não da direção e visão de mundo do cara, propõem um emaranhado de sensações, e reflexões. tudo que ele faz dá base para dias de discussão sob diferentes pontos de vista e interpretações e é justamente por isso que adoro o cara. Pela qualidade dele de incomodar - tanto para bem quanto para o mal -.
Aqui em Ninfomaníaca no entanto eu to confuso. Pq ainda que tudo seja uma questão de ponto de vista, todos os filmes anteriores - principalmente os da Tríade da depressão iniciado com melancolia - seguiam uma ordem coerente de pensamento. Aqui não.
Pode ser que seja por causa dos cortes e da censura, afinal não é uma obra completa ate vir com o aval do diretor, mas o que essas duas partes mostram é uma incoerência entre uma e outra de tal modo que sim to repleto de questionamentos e reflexão, mas simplesmente não consigo chegar numa opinião se gostei ou não.
Algo que sempre repito é que: gosto é uma coisa, mérito é outra. Sempre diferencio em tudo que avalio, a analise que visa dizer se aquilo é bom ou ruim - por mérito ou demérito mostrando argumentação valida para dizer isso dentro daquela minha visão sobre a coisa - e gosto pessoal, que não esta vinculado com o filme ser bom ou não, pois isso é pessoal.
é o caso. Ninfomaníaca como filme, como Cinema é exemplar, tirando talvez a montagem que me irritou um pouco e sinceramente ate eu ver a versão original não vou me conformar com ela, seus cortes secos entre falas por exemplo e a excessiva ilustração em imagens paralelas para fazer paradoxos entre o que se conta e o seu significa, tudo em Ninfomaníaca é de uma qualidade invejável como o estilo próprio estético de lars em sua Linguagem é capaz de fazer.
O que to questionando aqui é o que Ninfomaníaca representa.
Primeiro, que desde o meu comentário no Vol. 1 deixei claro que Ninfomaníaca não é sobre sexo,- uma pena quem o esta enxergando assim -. Pois o sexo é apenas alegoria.
Alias, é importante alertar que toda a historia de Joe não é nada literal. tudo ali é uma fabula sobre ela. Tudo que vemos é o interior exposto por ela de sua vida, por isso as sucessões de 'coincidências' e principalmente aquela ato final no beco ser daquela maneira. Tudo é uma fabula.
Ninfomaníaca na parte 1 parecia querer se desenvolver diante da aceitação do bizarro. Questionar a estrutura social (que o lars sempre questionou desde Dogville) quanto a hipocrisia que ele enxerga nos moldes de convenção inter-relacionável, e ai se estendendo ao o que é o AMOR quanto expressão de fato. Ele questiona a obrigação que temos de seguir modelos e moldes pre estabelecidos onde tudo que fuja disso é taxativo, ignorado, marginalizado, Como por exemplo a sexualidade alheia.
Somos seres sexuais de fato. desde o nascimento. mesmo quando crianças, quando descobrimos o mundo pela boca, experimentando pequenos objetos, o gosto dela, tentando captar o mundo, o que visamos é descoberta e com ela o prazer - quando crianças ele não tem conotação erótica mas não deixa de ser um tipo de satisfação e prazer tudo que fazemos e buscamos, ou seja.. se é prazer e satisfação é sexual - notam a diferença do termo sexual para a pratica e o ato, ou mesmo a visão erotizado que aí sim seria sexo?-. Ninfomaníaca fala sobre isso. Ele questiona como podemos condenar alguém que nasce com determinada característica sexual apenas por que ela diverge da maioria? Ja que por tese a sociedade deve aceitar e conviver em igualdade.
Ele pra isso aborda ate mesmo a pedofilia e ai ele incomoda e nos deixa em cima do muro quanto nossa própria ética e moral, uma vez que ele propõe uma discussão valida e coerente sobre as pessoas que nascem pedofilas. Ja ficou claro que pedofilia é uma doença. A pessoa nasce com sua sexualidade erotizada voltada para a inocência ou seja, para crianças. mas ate que ponto podemos condenar sem antes contextualizar as coisas uma pessoa que nasce com essa falha? Alias, quem somos nós para dizermos que isso é uma falha? (nota a diferença de defender ou de dizer entender a pedofilia e discutir ela? é isso que Lars faz.. discuti ela, não a apoia ou a justifica). E mais ainda, quão monstruoso é um ser que nasce pedófilo, mas passa a vida toda sem nunca nem mesmo tentar se satisfazer por compreender a monstruosidade inaceitável que é roubar a inocência de um ser inocente? Uma vez que se ele esta negando sua própria sexualidade, ele esta se castrando, se auto mutilando, por algo que não tem culpa ja que não pode mudar quem ele é.
Para a ninfomaníaca é o mesmo. Entendem o quão complexo é? E isso estou apenas versando sobre esse trecho em particular, uma vez que o filme vai muito mais fundo em outras questões muito mais delicadas em que sinceramente acho que não exista correto ou errado. uma vez que é muito frágil o limite do que é 'normal' e o que não o é.
Mas o maior problema é a visão que ele tem do feminino.
O que ta me pegando é que sempre vi cada filme do lars não como filmes de apologia a Misoginia. Mas sim como filmes de exposição a misoginia. vejam, quando uso exposição não falo de denuncia. Denuncia é quando vc assume uma posição sobre determinado assunto e o expõe visando defender sua visão. Aqui não. Ele não assume uma posição se ele acha q o feminino deve sim ser arraigado, sofrido, que o prazer tipicamente feminino é o grande mau da humanidade (coisa q ele sempre versou) mas ele apenas mostra como o feminino é tratado e visto pelo própria feminino e pelo restante da sociedade por anos. Expor é apenas mostrar para que o espectador formule e reflita sobre aquilo.
E isso ninfomaníaca mostra, como o feminino- uso o termo feminino pq não é a Mulher em si que sempre foi massacrada, usada e abusada, inferiorizada em nossa Historia Humana, mas o feminino independente de órgão sexual. O feminino em tudo é visto como algo inferir digno apenas de uso para o prazer. sempre foi assim.- é tratado, como ele é obrigado por seculos a se castrar, deixar de existir por si mesmo para o bem prazer do restante. Joe assim vem como uma Joana Dark podreira, uma anti heroína que em si é misógina no que diz respeito ao modo como ela se v~e diante do mundo. Porem, ela não vive como uma. ja que se repararem TODAS as ações que ela comete, tudo, parte da vontade DELA e não de nenhum homem. Ela toma a decisão final sempre, inclusive no final do filme que é o maior problema para mim. Assim, ainda que seja controverso, Joe é sim um simbolo feminista de libertação do feminino- não da mulher - diante da estrutura social que temos. Ela subverteu cada um dos valores ditos corretos em prol da liberdade e direito que tem de ser ela mesma do jeito que nasceu. Sem que ngm tenha o direito de dizer se ela é doente ou não. ruim ou não. Ela não tem culpa de nascer com sua própria natureza. Ela no final das contas é a tal arvore sem frutos ou folhas no alto da montanha. é um simbolo solitário de força descomunal e inegável que sobrevive mesmo diante do impossível,das não condições. mas que vive ainda assim pois é seu direito de nascimento.
Mas o que pega é que ao mesmo tempo o Lars me fodeu - com perdão da palavra- ao terminar a obra daquela maneira. por que a fala que
o Sr. S. diz reforça isso q disse acima, mas a fala dela antes de apagar as luzes contrapõe toda a jornada dela, tudo. Por que o que ela diz e faz resume-se em ela dizer que "Ok, provei oq tinha q provar. Virei esse simbolo de libertação. Agora serei mais uma massacrada pela sociedade como qualquer outro' saca? ela aceita o q lhe impõem por um chamado cansaço. Dai se não bastasse me vem o desnecessário ato final
Porque com esse final ele abre a discussão de o filme passar a mensagem toda errada de sim mostrar que o feminino deve ser excluído ou a de que sim, o feminino precisa ser libertado. Qualquer uma das duas opções estaria correta e coerente diante do que ele me faz com esse final. Ele fragmentou a linha narrativa de pensamento em varias partes.
Enfim, daria uma tese se fosse versar sobre cada detalhe para chegar a uma conclusão palpável. E dígitos na internet não são capazes de suprir isso.
No mais sim é um filme foda, mas que não posso dizer ainda se gostei.
Transamerica
4.1 746 Assista AgoraRepostando pois meu Blog mudou de endereço apenas >>
'Transexualidade, Transexualismo, Síndrome de Harry Benjamin, Transtorno de Identidade de Gênero, Disforia de Gênero ou ainda Disforia Neurodiscordante de Gênero são expressões referentes à mesma coisa: a condição na qual a pessoa se identifica psicologicamente como sendo do gênero oposto ao seu sexo genético e sente impropriedade em relação ao próprio corpo.
(...)
O filme nos mergulha nos dramas e incertezas e no sofrimento incubado de uma transsexual que luta há anos para se tornar o que já é em pensamento – uma mulher.
Sem condições financeiras, ela se prende aos hormônios tomados religiosamente todas as manhãs e a noite; visita regularmente clinicas de psiquiatria e psicologia a fim de obter a permissão e o aval de seu seguro de saúde para fazer a tão almejada cirurgia de mudança de sexo.
Critica filme "Transamérica" by Eu hahaha >> http://criticofilia.blogspot.com.br/2012/10/critica-transamerica.html
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista AgoraPrimeiro quero deixar claro que isso não é uma analise, e menos ainda uma critica, é apenas um comentário critico/analítico (há diferença) sobre o filme, uma vez que eu me recuso eticamente a analisar uma obra incompleta. E falo de incompletude não pelo fato da divisão – já que esta e comentarei sobre, para mim é coerente com a proposta- mas pelo fato de não ser uma versão do diretor e sim uma versão da produtora, com censura e cortes NÃO AUTORIZADOS pelo diretor. Ao contrario do que a produtora do Filme declarou em nota a imprensa mundial de que antigamente como foi o caso de Anticristo, Lars havia permitido e concordado com cortes e varias versões do filme (anticristo) mediante as leis de censura de cada país que o exibiriam, aqui neste caso ele não concordou com as mudanças (cortes) feitos em sua obra. Assim, isso se torna um desrespeito a ele e a obra em si. Por isso repito: me recuso a analisar uma obra incompleta. Não é justo, não é ético da minha parte como cineasta em formação.
Considerações feitas, vamos lá.
''The Compleat Angler - Escrito pelo inglês Izaak Walton,- publicado originalmente em 1653, pode ser considerado o maior clássico na esfera da pesca esportiva mundial, sendo o segundo livro depois a Bíblia a ter o maior número de reedições e reimpressões.
A obra, ainda não traduzida para o português, pode ser tomada como um verdadeiro tratado sobre a arte de pescar, apresentando informações relevantes sobre técnicas, receitas culinárias, dicas para a produção e o uso de iscas artificiais (moscas).
As suas obras mais conhecidas são: Lives (Vidas) e The Compleat Angler (O Pescador Completo), nas quais o autor mostra a sua preocupação com a esfera contemplativa - mais do que a esfera ativa - da vida. Os seus personagens sempre lutam no sentido de viver a vida dentro de padrões
Para os clérigos, a pesca era "(...) uma recreação os convida à contemplação e quietude" - algo que, nos tumultuados anos da segunda metade do século XVII, Walton considerou como difícil de conquistar, ainda que totalmente desejável.
Izaak Walton tinha muita erudição, com uma característica que ele não tinha vergonha de declarar, ou seja, seu apego pelos valores tradicionais.
A obra como um todo não deve ser categorizada como um simples manual sobre regras de pescar, cozinhar, atar moscas, etc, mas sim como uma peça de cunho literário, dentro da tradição pastoril inglesa. Desta forma, o que realmente está em jogo, em termos de "tema" é a questão de saber se a felicidade do homem nesta terra volta-se mais para a contemplação ou para a ação.''
Por que citei e passei essa informação? Porque a menção desde livro logo no Inicio do filme não é ocasional. O filme na realidade alude a ele em tudo, inclusive na estrutura de divisão em dois Volumes(o livro também foi compilado em ‘partes’ 4, porem que narrativamente falando se resumem em duas partes). Dito isto...
Assisti a Ninfomaníaca Volume 1 e fiquei impressionado em como que me deparei com um Lars sarcástico a nível extremo. Pois, ao contrario do que se possa pensar e que confesso pensava ao ler vários comentários e ao me deparar com a premissa dele, de que ninfomaníaca versaria como uma versão feminina de Shame; aqui o sexo é o que menos importa. De fato, Ninfomaníaca fala de absolutamente TUDO menos sobre sexo.
Para começar, a estrutura já conhecida episódica da narrativa se assemelha aqueles vídeos institucionais no geral de introdução a dado assunto. Explico: o filme vai passeando pela historia de forma a pontuar quase que didaticamente cada assunto que aborda, ate mesmo os planos assumem um caráter quase que ‘teatro filmado’ na maneira de se movimentar e acompanhar a trama.
Esteticamente, o filme ainda auto-referencia seu diretor, ao aludir ao Dogma 95, como na sequencia em preto e branco – alias que possui uma saturação incrível e propicia com uma pigmentação esverdeada totalmente condizente com a situação ali trabalhada do pai – em que
a personagem Joe sem querer encara a câmera enquanto limpam seu pai. Ainda que o olhar dela cruzar com a câmera não tenha sido proposital, a decisão de deixar isso em tela foi, em meio a câmera na mão, entre closes dispersos.
Muitas cenas me chamaram atenção. Interessante a cena em que ela (Joe) fica molhada... E ela diz: “deixei de sentir”.
Interessante como justamente quando ela deixou de sentir, é que ela obteve prazer ou excitação – obvio descontextualizando a situação em si, apenas focando na problemática da personagem. Ou seja, a Ninfomania dela não é exatamente o vazio que ela externiza através do sexo, mas justamente as multi facetas de sensações e conflitos que tem. O sexo ali supre as sensações. É meio que como: quando ela transa, ela sabe o que esta sentindo e da onde vem aquele sentimento. É simples.
Outra cena interessante é a cena deles – Joe e Jerome - estacionando o carro. Apesar de forçada - a dinâmica ali não é a mesma de um take pro outro – a cena é muito boa para sintetizar a relação homem versus mulher naquele meandro quase que matemático inter-relacional que o filme propõe.. Principalmente quando ela entrega o casaco a ele...
A analogia com o cantus firmus (a musica e estrutura co-relacionada a Bach) no qual a metáfora com o 3 + 5 novamente surge.
Inclusive essa rima simbólica entre os números 3 e 5 que permeiam o longa inteiro é algo genial (um pouco presunçoso, mas genial rs). Isso porque o filme assume um ar matemático – que imagino que se estende e seria coerente se assim fosse, a montagem. Digo imagino, pois não sei se assim o é, uma vez que essa não é a versão original/aprovada.
Mas iniciei dizendo que esse é o filme mais sarcástico do Lars Von Trier, pela questão de que ele usa o humor e o paralelo com a pescaria de uma forma quase sádica ao brincar com o espectador a todo momento, inclusive com piadinhas dentro da própria narrativa com seus personagens. Ele parece zombar da própria historia. Notem como em dado momento ele mesmo – o filme – se questiona sobre a veracidade de si mesmo. Coincidências, ‘cenas para o próximo capitulo’ ela diz. O filme, apesar de tratar de questões seria, de estudar seus personagens, de questionar a posição feminina e mais uma vez como sempre na historia de Lars, a relação do ser humano quanto sociedade com o poder, e da mulher como o prazer- o prazer como algo ruim, o prazer como algo depressivo, a liberdade versus prisões de convenções políticas e comportamentais, e nisso vai critica e ‘cutuque’ a religião e as suas próprias polemicas – como ele fez questão de ser FDP e adicionar referencias a ele mesmo sobre a polemica nazista de um tempo atrás -, o faz sempre desviando esse enfoque para o humor e para a alegoria do sexo. Isso é um sarcasmo quase sádico dele. É como se estivéssemos em frente ao Eden sem saber pq há uma moita de neon na frente. Saca?
Enfim, somente após ver o Volume 2, devidamente junto da versão sem cortes(original) é que dá para formar opinião, mas gostei – não sei ate que ponto- mas gostei. É no mínimo intrigante.
Blackfish: Fúria Animal
4.4 457alguem me explica pq esse doc. tem duas paginas aqui? >> http://filmow.com/blackfish-furia-animal-t80332/
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraCrendeuspai, alguém me ajuda pelo amor de Mickey Mouse a parar de ouvir Let It Go??
To tendo overdose meu senhor! .-.ô musiquinha fdp ♥ haha #PrecisavaDesabafarPedirHelp
O Castelo no Céu
4.2 326 Assista Agoracomo faz para enviar sugestão de poster alternativo?
Sussurros do Coração
4.3 482 Assista Agoratem como não se apaixonar por essa historia? Geente! Faltam 4 longas metragens para eu conferir roteirizados pelo Hayao Miyazaki. Resolvi fazer maratona. Mas ate agora, talvez por ser o primeiro e creio que o unico não subjetivo do 'mestre', esse esta ocupando o lugar de favorito na mente - como esquecer essa musica fantástica - e no coração - simplesmente de se apaixonar! man ♥
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista Agoravida, na net tem link para download?
-...e morreu!
por que olhaaa! ¬¬ #Cade ?
Versos de um Crime
3.6 666 Assista Agoraesqueci de comentar:
Assisti ontem a esse filme SENSACIONAL. Que me lembrou bastante o sentido de 'aproveitar e transgredir' a vida de Sociedade dos poetas Mortos, alias creio que tenha sido a intenção, porem com uma abordagem muito mais visceral e desmistificada de 'pudores'.
A tão polemica cena do Dan com o sexo homossexual é uma das coisas mais lindas - e infelizmente breves - que vi na ultima temporada. Sem mimimi, sem tentar dar atenção demais a nudez do que ao que o momento significa, e Dan manda bem 'pra carai'. Alias, a atuação dele e do jovem Dane DeHaan (de Poder sem Limites) estão sóbrias e muito convincentes. o mesmo do sempre eficiente - no drama - Michael C. Hall (acá Dexter).
Como sempre faço depois que vejo um filme, fui pesquisar sobre produção, historia e como foi baseado 'em fatos verídicos' fui ler sobre e a narrativa visa focar muito mais na relação dos personagens entre si e com o mundo do que propriamente o crime que fica de pano de fundo. pro filme como exercício de estudo de personagens (que não chega nunca a isso porem) funciona. Soube que ha um doc. que aí sim foca no crime em si, tenho que lembrar de procurar mais tarde.
Enfim, um filme muito bonito visualmente com alguns planos e sequencias interessantes principalmente dos que eles estão sob efeitos de alucinógenos bem como a direção de arte que transmite bem aquele universo e caracteriza a época em questão. Curti tudo man! Filmão, mas que vou rever para analisar de forma correta pois assisti ontem ainda embebecido pelo oscar então ne... sem condições de me aprofundar em nada.
A Um Passo do Estrelato
4.0 60 Assista AgoraDai eis que de repente vc compreende da onde nasceu uma Beyonce da vida...
Para quem ama musica principalmente a musica'negra' americana, esse doc. é um deleite.
Permeia os anos 40/50/60 ate os dias atuais mostrando a importância das e dos back vocals ou cantores de apoio através de obras de elvis presley, rollings stones, MJ, whitney, mariah, Elton John, Sting, Bruce springfield e uma porrada de astros e estrelas que talvez não fossem nem metade do que ainda hoje são historicamente e iconicamente se não fossem vozes que nos encantaram, que estão em nossas mentes e garganta que entoamos direto em memoria mas que não sabemos nem os nomes, rostos ou muitas vezes da existência.
Um doc. que mostra a faceta cruel e capitalista da musica e ao mesmo tempo o como o sonho americano pode ser lindo sim, mas que também pode ser um pesadelo horrível.
Documentário que reluz em alma e vale não só como reflexão da musica e do produto chamado musica hoje em dia com reallytis shows de obras comerciais vazias e esquecíveis.
muito massa! Em resumo poderia ser descrito como 'documentário dos esquecidos' ou dos 'injustiçados'. Sombras musicais de valor incalculável.
E eu pessoalmente tenho que declarar: encontrei alguns ídolos para seguir e sentir aqui, vide Lisa ♥
Cutie and the Boxer
3.9 14Cutir and the Boxer
"O Amor é um rugido"
"Somos os que mais sofrem pela arte... ''
''A Arte é um demônio, que te arrasta. Não é algo que você possa parar mesmo que queira. Talvez você fique maluco. Sua esposa o abandona, seu filho foge. Você se jogou fora para ser um artista.''
Que documentário instigante que tem sua força justamente nos personagens centrais. É o tipo de doc; que não precisa se 'segurar' na cinematografia propriamente, não importa muito os recursos de estilo e linguagem que opta em ter para calcar sua narrativa, pois seus personagens centrais seguram e alavancam a trama por si só. Um casal com personalidades complexas trabalhadas de forma bem interessante.
Ela: o conflito, a beleza, a delicadeza, a claridade, a disciplina.
Ele: o caos, a aspereza, a escuridão, a feiura, a bagunça.
a personalidade existencial de ambos se refletem em suas obras e o documentário explora bem isso. Ao delimitar exatamente os limites da relação de ambos. Sempre em conflito mas ainda assim com apego e amor.
Uma externalização daquela relação entre eles e deles com o mundo e do mundo assim, com a arte de cada um. Enquanto ele é externo, ela é interna. Mas ambos se complementam, ainda que em mundos tão distantes.
O panorama da arte de NY e do oriente (a busca por oportunidades) bem como a relação tão próxima que arte e certos esportes como a luta possuem, diante das mazelas economias também é bem interessante.
é um filme que trata da arte e do artista sem conduto ser e utilizar exatamente 'a arte' entre aspas claro, pra isso.
Me fez mais mal do que bem, por eu estar enfrentando justamente a conhecida - e mostrada - crise artística. Existencialismo corrosivo. Mas...
Lindo.
ps: CUTIE (Noriko) é amor ♥
Philomena
4.0 925 Assista AgoraConfesso que tava animado e achando que o filme me arrancaria algo mais substancial, afinal de todos os 9 indicados a melhor filme desse ano, Philomena continuava uma Incógnita para mim do o porque figurava na lista. Finalmente consegui assistir ao longa e a incógnita continua... Ou melhor, se dissipa por conhecer os 'tramites' Oscar de ser mas realmente...Bom é, mas não vejo o porque figurar a principal categoria.. anyway...
O filme não é ruim de maneira alguma, alias, me surpreendeu em alguns pontos, mas não é lá ' nada de novo'.
Explico: O que vemos em tela é a famigerada formula 'pessoas diferentes que criam laço terno', 'profissional em crise que encontra pessoa em crise e ambos se ajudam',' mãe procura filho perdido' e 'ateus versos religião'. Tudo mais do mesmo, porem sem ser feito de maneira 'arroz com feijão'. Apesar da trama ser velha conhecida do cinema emocional, Philomena goza de um roteiro que não tenta levar o espectador as lagrimas a cada instante, não tenta transformar sua protagonista em uma sofrida vitima em busca de redenção contra a vilania da igreja. Ainda que o tom moral da produção assuma esse papel de 'condenação' e critica a igreja católica e a imigração de crianças entre irlanda e EUA, isso é feito tão sutilmente que pode passar despercebido pelos mais 'emotivos' o que é ótimo para a produção não se tornar clichê.
Comentário completo e analítico de Philomena bem como apostas e palpites sobre quem levara as estatuetas nesta edição do Oscar bem omo breves comentários sobre os outros 8 concorrentes a melhor filme >> http://criticofilia.blogspot.com.br/2014/02/oscar-2014-indicados-apostas-e-analises.html
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraFilme do diretor David O. Russell ( O Lado Bom Da Vida) e novo queridinho da Academia. O filme não é ruim. Porem, ele peca tanto em timing e desenvolvimento que acaba - por falta de melhor expressão - se tornando maçante.
Explico.
O filme é situado nos anos 70 e assim, possui toda uma estética da década, estética não somente na direção de arte - muito bem conduzida - mas na fotografia que imprime uma plastica retrô, granulada de cores apagadas que nos remete a filmagens feitas naquela época com aquela qualidade de imagem. O mesmo para as técnicas de filmagens que usam enquadramentos e posicionamentos e movimentos de câmera característicos da época.. onde tudo é evidenciado sem sutilezas, com zoons rápidos, cortes entre falas, detalhes assim que algo é mencionado e direcionado ao objeto ou gesto. Que pode inclusive ser encarado como um 'Genérico de Scorsese' tamanha a semelhança e alusão que o longa faz as características mais evidentes da obra das obras de Martin. Somente nisso o filme já cresce muito.
analise completa bem como comentarios sobre os nove indicados a principal categoria no oscar 2014 bem como apostas em todas as categorias do ano. >>
>> http://criticofilia.blogspot.com.br/2014/02/oscar-2014-indicados-apostas-e-analises.html
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraO filme é uma delicia louco, megalomaníaca, insana, surreal, desproposita, sarcástica, repleta de humor negro, sociopatia, cenas que beiram a pena e a decadência e por isso mesmo repleto de coisas sensacionais.
O filme é baseado na historia real retratado numa autobiografia daquele que ficou conhecido como O Lobo de Wall Street(dããr), porem se a premissa é calcada na realidade,, Martin escolheu trilhar o caminho do absurdo para mostrar facetas humanas de moral - e imoralidade - latentes não só em seu ´personagem principal, mas em todo o sistema social e financeiro que permeiam o longa e consequentemente por isso, testa a cada segundo nossa própria percepção de ética.
Ao subverter valores e nos trazer cenas e situações que desde o inicio nos fazem exclamar: que porra é essa? o diretor muito sabiamente mostra a historia do ponto de vista não só da voz do personagem principal, mas de seu mundinho particular, seu mundo de fantasia e obsolência surreal onde cada bunda, cada sexo, cada droga não é em vão.
Assim o que aos olhos de fora pode parecer 'desnecessário' ou 'exagerado' na realidade é o tom exato necessário para entendermos e mergulharmos naquele mundo.
analise completa de "O Lobo de Wall Street" bem como analise breve de todos os outros 8 indicados a melhor filme do oscar 2014 e apostas de quem leva as estatuetas esse ano >> http://criticofilia.blogspot.com.br/2014/02/oscar-2014-indicados-apostas-e-analises.html
Nebraska
4.1 1,0K Assista AgoraUma janela aberta para o passado, para o esquecimento, para tudo aquilo que não foi mas ainda assim é. Nebraska alude ao inverno, ao outono por vezes. O gelo que congela memorias como fotos antigas em preto e branco de ecos que persistem mesmo onde não se há mais voz ativa mas que derretem ao menor indicio de fagulhas do fogo da vontade de viver e não só sobreviver no Tempo.
Ainda que o Preto e Branco ao qual o filme goza fotograficamente não seja lá seu destaque ele é perfeito pra narrativa, mostrando justamente a relação melancólica porem bela do roteiro sensível e denso que o longa assume logo de inicio.
Nebraska oscila entre o cômico e o dramático num ritmo vertiginoso tocante e admirável. Pois se em um momento estamos gargalhando pelas falas e jeito encantador de Kate a matriarca da família, no segundo seguinte estamos chocados ou embasbacados com a brutalidade e frieza de um homem que simplesmente seguiu a vida como ela lhe foi ofertada, capaz de crueldades pesadas como dizer ao próprio filho que nunca amou de fato sua mulher ou que nunca planejou a existência deles.
analise completa e palpites sobre os vencedores do oscar desse ano bem como comentarios breves sobre todos os nove indicados a melhor filme >> http://criticofilia.blogspot.com.br/2014/02/oscar-2014-indicados-apostas-e-analises.html