Larguei os textos criticos um pouco por enquanto por isso só farei comentarios criticos a respeito:
Realmente não é mais uma papagaiada. Que bom!
Que filme ótimo né gente? Fico empolgado quando conseguem subverter um produto em obra. Ainda que esta não seja - cinematograficamente falando - mas que consegue ir além de 'algo direcionado a adolescentes' e se tornar um grande filme de discussões e debates profundos - mas só para aqueles que deixam o pre - conceito formado pela capa e poster de lado claro.
Lembro que quando essa franquia surgiu, eu fiquei extremamente empolgado porque ela trazia algo que eu me acostumei e venerava em Harry Potter, que era conseguir mesclar aventura, com um fundo extremamente critico de sociedade histórica e politica. Se em HP tínhamos toda a trama que correlacionava a religião/crença e fé calcados em sentimentos humanos - como o amor - e a Era nazista. Aqui em Jogos Vorazes não só novamente temos os sentimentos humanos, mais que isso a humanidade em síntese que é o sentimento de esperança e resistência por sobrevivência calcando a narrativa como temos o fundo politico que não só traça um panorama do fascismo governamental mundial, como ainda estrutura a base de nossa sociedade midiática inclusive atualmente(afinal não acaba de estrear o 14° BBB?) É impressionante como o filme consegue se manter coesa nesses elementos nos trazendo uma critica, uma reflexão e questionamentos sobre a percepção devastadora que temos. Falo exclusivamente dos filmes pois não li os livros ainda - mas pretendo -. Assim, essa segunda parte Em Chamas tava receoso, pois o primeiro apesar de como disse, a ideia me agradar e a execução ter sido bem executada, ainda achei uma bagunça, pois como qualquer franquia estreante eles sucumbiram ao mostrar demais, tentar trazer uma fidelidade literal talvez ao livro colocando em poucas horas muita informação sem focar em seus problemas reais da trama. Porem aqui em Chamas esses furos não só foram melhorados e consertados como elevados, trazendo uma estrutura complexa tanto de personagens, subtramas como o triangulo amoroso que existe, esta lá é denso é tenso mas não chama a atenção pra si demais em nenhum momento graças a Jah! É o correto afinal estamos diante de uma pré guerra. Como a relação que a mídia naquele mundo dividido e fragmentado em miséria e cegueira exerce diante de nós. Como um ponto de 'teve' pode criar heróis e monstros, moral e ética, o como tentamos camuflar problemas reais com diversão e entretenimento vendendo imagem e conceitos fabricados, falsos, como bonecos tortos em vitrines rotativas de lucro para apenas um lado. é assustador o cenário que Jogos Vorazes pinta, e muito mais por que mais uma vez é uma realidade que esta próxima a nós. A unica diferença é que fazendo um paradoxo com a musica - o teto de vidro aqui é mortal e não apenas depreciativo ou de julgatura.
Assim palmas para a direção de arte e a fotografia apagada, em tons de cinza, que nos remetem a ambientes de guerra, num clima sempre sem sol e este quando surge sempre é retratada aos personagens contra eles, formando cercos de sombras como estatuas mesmo. Palmas para o roteiro que consegue exprimir todo esse contexto complexo que citei em diálogos certeiros e diretos que não enrolam em nenhum momento com situações desnecessárias e consegue mesmo nas pouquíssimas partes calmas ou cômicas encontrar sentido para existir em prol da trama central. Atuações excelentes principalmente do presidente Snow vivido pelo ator Donald Sutherland e de Woody Harrelson com seu Haymitch enigmatico e sofrido.
Josh Hutcherson e seu Peeta apesar de eu adorar o ator em si, nunca me convenceu como finalmente nesse em Chamas. Apesar de seu personagem ser o que esta em constante perigo sempre tendo q ser salvo, coisa que pode irritar um pouco no inicio, seus dilemas internos conseguem transbordam aqui, vindos desde o primeiro longa, reforçando não só seu amadurecimento diante de sua experiencia anterior como de suas preocupações futuras. Mas obviamento JLaw brilha aqui, e nem sou o maior fã da moça não. Adora a atriz em si, acho talentosa, mas não sucumbi ainda a adota-la como a queridinha do momento; porem é inegável não aceitar que ela criou uma grande personalidade para Katniss. Katiniss em si é uma personagem forte, determinada que se transforma de maneira fluida diante da narrativo e dos atos sem jamais parecer uma solução obvia de roteiro. E JLaw consegue transmitir isso, essas nuances de personalidade muito bem, expressando todo o trauma que o primeiro 'jogo' lhe causou.
Enfim um ótimo filme, excelente continuação que promete muito em suas duas ultimas partes. Que se mantenha assim Voraz num mundo tão repleto de Jogos destrutivos como o nosso atual, trazendo esperança de fato não só a mente e questionamentos da nova safra da juventude mas dos que já não são mais tão jovens mas as vezes esquecem o que isso significou ser para nossa sobrevivência.
Ps: apesar de entender o conceito e ate imaginar que seja sensacional nos livros isso, continuo achando vestido pegar fogo tão brega.. mundo da moda me julgue hehe (comentário pessoal apenas rs)
Acabei de assistir o gostoso Inside Llewyn Davis (que virá para cá com o subtitulo ''Balada de um Homem Comum'', filme mais recente dos irmãos Coen (aqueles responsáveis por Fargo, Onde Os fracos não tem vez, Bravura indômita, Queime depois de ler e tantos outros ja clássicos) e que concorre ao Oscar de Melhor Fotografia (e com todos os méritos). Quem assina ela é Bruno Delbonnel, fotógrafo francês responsavel - sem surpresa alguma - pelas maravilhas visuais de "Amelie Poulain", e " Fausto", de Sokurov e "Harry Potter e o enigma do príncipe"
A fotografia de Inside é uma das coisas mais deliciosas de se perceber. Não sei o porque mas os irmãos Coen tem uma fascinação por granulações de tons de verde incrível haha E aqui mais uma vez funciona, a fotografia quase granulada dá um tom sempre ameno, de melancolia, de tristeza ao filme, que sintetiza justamente a busca daquele homem o protagonista retratado que se desperta nossa embatia por ser atrapalhado e azarado, também desperta nossa condenação e pena por ser um homem perdido dentro de sí, que faz coisas sem pensar, não tem planejamento de vida, e busca levar seu dia a dia na crença de que sua musica o sustentara, sem ganancia alguma, apenas o suficiente para comer e dormir sob um teto. A sensação é a de que vemos um homem que se recusou a crescer objetivamente e que segue ate onde o limite lhe deixar ir. Alias, a fotografia é amparada pela otima direção de arte calcada em detalhes infimos que remontam a NY de 1960, em toda a sua frieza, quase ludica, em tons frios que se chocam drasticamente - e propositalmente claro - com as unicas cores vivas do filme que são os momentos em que o gato laranja surge em tela ou quando o protagonista esta no palco/cantando.
John Goodman esta arrebatador, e é no minimo um disparate imperdoável ele não estar figurando em indicações de melhor ator coadjuvante por seu papel aqui - breve - mas vital na narrativa. Alias a narrativa de Inside é outro ponto genial, no qual cada personagem que passa pela vida de Llewyn é uma extensão dele mesmo ou um abrigo de contraste daquilo que le quer ser mas não sabe como - papel fundamental do muito correto Justin Timberlake -. Carey Mulligan aquela simpática surge aqui num ótimo momento como aquela que poderia ser mas jamais poderá ser para o protagonista, ela é o reflexo do que alguém perdido, melancólico e arrogante como Llewyn pode causar na vida de alguém.
Mas é mesmo Oscar Isaac dono de uma voz maravilhosa que rouba o filme para si literalmente, numa composição de personagem complexa, repleta de cansaço e beleza por isso mesmo.
A sutileza que o roteiro muito bem escrito e amarrado do longa, se utiliza para relacionar essa saga quase tragicômica do homem em busca do lugar ao que nunca soube onde fica com a metáfora dos gatos de subúrbios sempre embrenhando entre becos na escuridão, de lixo em lixo, porem mantendo sua graça, delicadeza e mistério é genial!
parece pelo que pesquisei apos assistir ao filme que todas as musicas apresentadas, foram gravadas ao vivo, não sei se essa informação é real, mas fato é, que pela musica fazer parte do texto e não apenas ser um complemento de linguagem - ja que muitas vezes a musica substitui passagens do filme ou mesmo diálogos e sintetiza as cenas por isso em seu tom e letra, p filme cresce em desenvolvimento ao apresentar belas canções, bem interpretadas mas principalmente pausadamente e atenciosamente filmadas, com iluminação quase onírica.
Confesso que o unico ponto que me incomodou foi a montagem final, apesar que pro filme funciona, mas a cada dia que passa noto que sou cada vez mais clássico, por isso esse tipo de decisão de desmembrar a montagem da narrativa me deixa meio mimimi, mas ainda assim, um excelente filme. pena que foi ignorado nas temporadas de premiações mundo afora.
Um filme que não é apenas um semi-musical, mas é a saga de um homem só, um homem perdido, tentando encontrar o lugar ao qual ele jamais conheceu e não sabe se algum dia conseguira conhecer, tendo em sua companhia e verdade apenas seu violão, voz e os gatos de rua.
Bunda do DiCaprio, Vela vermelha na bunda do DiCaprio, 'Who? who? who?'
Confesso, fui para o filme com essas aspirações, achando que seria isso que retiraria de 3 horas intermináveis de filme. Mas a real é que to feliz e impressionado por constatar que sim, estava enganado e extremamente enganado. Após 3 horas sai de tela tendo a certeza que vi uma obra genial! Quem diria hein Scorsese? Que no alto de seus 70 anos vc conseguiria nos surpreender com uma narrativa tão inspirada...
O filme é uma delicia louco, megalomaníaca, insana, surreal, desproposita, sarcástica, repleta de humor negro, sociopatia, cenas que beiram a pena e a decadência e por isso mesmo repleto de coisas sensacionais.
O filme é baseado na historia real retratado numa autobiografia daquele que ficou conhecido como O Lobo de Wall Street(dããr), porem se a premissa é calcada na realidade,, Martin escolheu trilhar o caminho do absurdo para mostrar facetas humanas de moral - e imoralidade - latentes não só em seu ´personagem principal, mas em todo o sistema social e financeiro que permeiam o longa e consequentemente por isso, testa a cada segundo nossa própria percepção de ética. Ao subverter valores e nos trazer cenas e situações que desde o inicio nos fazem exclamar: que porra é essa? o diretor muito sabiamente mostra a historia do ponto de vista não só da voz do personagem principal, mas de seu mundinho particular, seu mundo de fantasia e obsolência surreal onde cada bunda, cada sexo, cada droga não é em vão. Assim o que aos olhos de fora pode parecer 'desnecessário' ou 'exagerado' na realidade é o tom exato necessário para entendermos e mergulharmos naquele mundo. Meu pai foi corretor da Bolsa de valores exatamente como personagem principal nas décadas de 80/90 e realmente o mundo que permeia a bolsa é regada ao que se pode chamar de ter o mundo aos seus pés, dinheiro a toda volta e o risco de perde-lo por inconsequência tbm. Logo no inicio o filme já nos mostra sua multifacetada habilidade de transitar entre vários tipos de narrativa quando mostra primeiro o filme substituindo o leão da produtora pelo leão simbolo da agencia do filme e logo em seguida ao mudar a cor da ferrari do protagonista diante de nossos olhos. Com isso Martin deixa claro a linguagem que usara no longa, onde o que vemos é o ponto de vista unica e exclusivamente de nosso narrador. esqueça a realidade normativa, o que veremos é a realidade daquele personagem e somente dele. E que personagem, e nisso o mérito fica a cargo do impressionante DiCaprio que provavelmente encarnou o personagem de sua vida, levando a narrativa dificil e complexa do filme nas costas ao lado do sensacional Jonah Hill que consegue não só fazer uma dupla de igual para igual com o DiCaprio alem de ter um personagem tão interessante quanto, e mesclar o timing humorístico com a carga dramática e perturbada que esconde suas ações e inseguranças - que eles mascaram com as drogas e o sexo -. Dicaprio consegue nos entregar atuações em nível corporal, vocal de entonação, com sutileza (naquela conversa sensacional no iate/barco com o cara da policia) e emocional onde suas expressões oscilam com naturalidade da comicidade a tragedia. Ele formula um personagem desprezível mas que pela empatia que o ator - e unicamente é mérito do ator - ainda assim conseguimos torcer por ele, ainda que reprovemos absolutamente o verdadeiro babaca que ele é(ainda que digno de respeito pela inteligência que tem). O ator demonstrou aqui que definitivamente o mundo não pode mais ter desculpas para não reconhecer seu talento. É um prazer ve-lo em tela. Mas se é que é necessário salientar a grande colaboração do longa se encontra nas cenas em que Matthew McConaughey surge. O homem rouba a atenção para si num personagem que deu pena de não continuar ate o final de toda a narrativa - ficamos com aquela expectativa de quando teriamos noticia dele novamente. realmente o ator esta numa ascensão admirável!.
E quem diria, as 3 horas aqui são acertadas, e isso é fruto da excelente montagem que não deixa pontas soltas, não se estende no que não precisa e mesmo quando comete o aparente erro de mostrar o que não acrescenta em nada na narrativa em si, ainda nos brinda com cenas de ritmo rápidos e suportáveis (como a sequencia de jogo de bilhar). Palmas também para o designer de som que é um show a parte e igualmente a fotografia e direção de arte que não só nos mostra impensáveis chroma-keys, como ainda imprime um visual por vezes plastificado as imagens o que nos remete diretamente aquele universo a lá 'Harlem Shake'.
Mas o mérito maior do filme se encontra na visão agridoce que ele nos dá. por que se por um lado morremos de rir com as situações insanas em tela, nos questionamos internamente o como aquele mundo que beira a pena e reprovação consegue se espelhar numa sociedade cada vez mais recorrente a nossa volta. Onde o dinheiro doma e transforma o universo ao redor, para o 'saudável' e para o 'reprovável'. Pois sim O Lobo é um sociopata sem remorso, sem limites mas extremamente genial naquilo que sabe fazer de melhor: vender. E é notável como Martin não se deixa seduzir em nenhum momento por aquele personagem e seu mundo e não exita em reprova-lo de todas as formas quando por exemplo mostra uma criança desesperada e chocada pelas atitudes do pai, ou quando mostra a realidade de uma tentativa de direção de carro a noite apos uma ligação em telefone publico e principalmente na chocante cena em que uma mulher aceita ter seus cabelos cortados em troca de dinheiro. Ali a câmera faz questão de mostrar a reação da mulher diante daquilo, sua humilhação ao se retirar da sala contando as notas de dinheiro. Ali Martin Scorsese dá o tom de sua critica, de sua visão e principalmente de sua moral diante daquela epopeia desvairada de sexo, depravação, diversão e dinheiro.
Um grande filme. Com um puta roteiro (Terence Winter uau men, uau!) . Um verdadeiro uivo de Lobo. E que uivo!
Que filme sensacional - mesmo que eu tenho derramado lagrimas silenciosas por mais da metade dele.
Da bélgica esse filme que conseguiu a façanha de ter dois títulos extremamente certeiros para sua trama - o original "The Broken Circle Breakdown" e aqui no Brasil e nos EUA foi com o nome de "Alabama Monroe" - é o concorrente da bélgica para O Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e por enquanto é meu favorito. O filme é quase um musical dramático que lida com questões de fé e politica numa trama de amor e devoção, tragedia e luta pela vida. É notavel como o roteiro consegue imprimir tão bem o clima de angustia e de delicadeza ainda assim nas vidas de seus personagens. Se em um momento estamos ternos pelo romance do casal principal, no outro momentos ja estamos apreensivos por sua felicidade, para no outro momentos nos vermos batendo os pés e as mãos com sorriso no rosto pela musica animada que permeia o longa - e que trilha sonora, que trilha! -. Me impressionei com a atuação da jovem e belíssima Veerle Baetens que vive Elise. Que atuação inspirada e tocante. E que voz doce. Sim por que Alabama Monroe é antes de tudo um drama, mas funciona como Romance e mais ainda como Um musical. é Um 3 em 1 onde cada parte é elevada isoladamente e fechada de maneira perfeita quando reunida. Um luxo que poucas vezes vemos no cinema principalmente atual - me lembro de ter visto isso uma vez, em 'Apenas Uma Vez'. Mas se lá em "Apenas" o que mantinha o alicerce da trama era a musica exclusivamente, aqui em "Alabama' o alicerce é outro, mais solido, mais denso, mais torrencial. Isso porque as questões que o permeiam não são fáceis, lidamos com perda, sobrevivência, falta, amor romântico, amor eterno, fé e religião,. politica e ética. As questões que o filme lida quando cai diante das questões das pesquisas medicas com a sensacional inclusão de momentos chave com o noticiário na tv mostrando primeiro o 11 de setembro e a fala de W.Bush, para depois vir mais uma o ex-presidente americano num veto polemico à época para sintetizar diretamente com o sonho e americanização mesmo que o filme adota no inicio do filme e com as questões de ponto de virada melancólico do roteiro, é genial e pertinente. Contudo devo expressar meu pequeno descontentamento pela solução final do filme. Uma vez que ele brinca e deturpa um sentido logico do personagem Didier em sua própria crença. Sim, é uma opção valida do roteiro, tocante, que proporciona um final icônico, mas que não vejo o porque era necessário, diante das questões tão interessantes e corajosas que o filme abordou ate então - com ápice nos estouros de Didier em seus questionamentos a Igreja e a Lei 'guerra e pró- vida'.
Ainda assim, nada que tire o brilho de execução desse filme puxado sim, mas lindo de acompanhar. Ainda que a sensação final seja agridoce de ternura e tristeza ao mesmo tempo.
mas cá entre nós: nomear aqui no Brasil o filme como 'ALABAMA MONROE' e terem o cuidado de não incluir a conjunção 'e' entre os dois nomes foi de uma genialidade incomparável que mescla e soma ao prazer de passar pela experiencia repleta de debates e sensações múltiplas que é este filme. Otimo!
Que filme ótimo né gente? Fico empolgado quando conseguem subverter um produto em obra. Ainda que esta não seja - cinematograficamente falando - mas que consegue ir além de 'algo direcionado a adolescentes' e se tornar um grande filme de discussões e debates profundos - mas só para aqueles que deixam o pre - conceito formado pela capa e poster de lado claro.
Lembro que quando essa franquia surgiu, eu fiquei extremamente empolgado porque ela trazia algo que eu me acostumei e venerava em Harry Potter, que era conseguir mesclar aventura, com um fundo extremamente critico de sociedade histórica e politica. Se em HP tínhamos toda a trama que correlacionava a religião/crença e fé calcados em sentimentos humanos - como o amor - e a Era nazista. Aqui em Jogos Vorazes não só novamente temos os sentimentos humanos, mais que isso a humanidade em síntese que é o sentimento de esperança e resistência por sobrevivência calcando a narrativa como temos o fundo politico que não só traça um panorama do fascismo governamental mundial, como ainda estrutura a base de nossa sociedade midiática inclusive atualmente(afinal não acaba de estrear o 14° BBB?) É impressionante como o filme consegue se manter coesa nesses elementos nos trazendo uma critica, uma reflexão e questionamentos sobre a percepção devastadora que temos. Falo exclusivamente dos filmes pois não li os livros ainda - mas pretendo -. Assim, essa segunda parte Em Chamas tava receoso, pois o primeiro apesar de como disse, a ideia me agradar e a execução ter sido bem executada, ainda achei uma bagunça, pois como qualquer franquia estreante eles sucumbiram ao mostrar demais, tentar trazer uma fidelidade literal talvez ao livro colocando em poucas horas muita informação sem focar em seus problemas reais da trama. Porem aqui em Chamas esses furos não só foram melhorados e consertados como elevados, trazendo uma estrutura complexa tanto de personagens, subtramas como o triangulo amoroso que existe, esta lá é denso é tenso mas não chama a atenção pra si demais em nenhum momento graças a Jah! É o correto afinal estamos diante de uma pré guerra. Como a relação que a mídia naquele mundo dividido e fragmentado em miséria e cegueira exerce diante de nós. Como um ponto de 'teve' pode criar heróis e monstros, moral e ética, o como tentamos camuflar problemas reais com diversão e entretenimento vendendo imagem e conceitos fabricados, falsos, como bonecos tortos em vitrines rotativas de lucro para apenas um lado. é assustador o cenário que Jogos Vorazes pinta, e muito mais por que mais uma vez é uma realidade que esta próxima a nós. A unica diferença é que fazendo um paradoxo com a musica - o teto de vidro aqui é mortal e não apenas depreciativo ou de julgatura.
Assim palmas para a direção de arte e a fotografia apagada, em tons de cinza, que nos remetem a ambientes de guerra, num clima sempre sem sol e este quando surge sempre é retratada aos personagens contra eles, formando cercos de sombras como estatuas mesmo. Palmas para o roteiro que consegue exprimir todo esse contexto complexo que citei em diálogos certeiros e diretos que não enrolam em nenhum momento com situações desnecessárias e consegue mesmo nas pouquíssimas partes calmas ou cômicas encontrar sentido para existir em prol da trama central. Atuações excelentes principalmente do presidente Snow vivido pelo ator Donald Sutherland e de Woody Harrelson com seu Haymitch enigmatico e sofrido.
Josh Hutcherson e seu Peeta apesar de eu adorar o ator em si, nunca me convenceu como finalmente nesse em Chamas. Apesar de seu personagem ser o que esta em constante perigo sempre tendo q ser salvo, coisa que pode irritar um pouco no inicio, seus dilemas internos conseguem transbordam aqui, vindos desde o primeiro longa, reforçando não só seu amadurecimento diante de sua experiencia anterior como de suas preocupações futuras. Mas obviamento JLaw brilha aqui, e nem sou o maior fã da moça não. Adora a atriz em si, acho talentosa, mas não sucumbi ainda a adota-la como a queridinha do momento; porem é inegável não aceitar que ela criou uma grande personalidade para Katniss. Katiniss em si é uma personagem forte, determinada que se transforma de maneira fluida diante da narrativo e dos atos sem jamais parecer uma solução obvia de roteiro. E JLaw consegue transmitir isso, essas nuances de personalidade muito bem, expressando todo o trauma que o primeiro 'jogo' lhe causou.
Enfim um ótimo filme, excelente continuação que promete muito em suas duas ultimas partes. Que se mantenha assim Voraz num mundo tão repleto de Jogos destrutivos como o nosso atual, trazendo esperança de fato não só a mente e questionamentos da nova safra da juventude mas dos que já não são mais tão jovens mas as vezes esquecem o que isso significou ser para nossa sobrevivência.
Ps: apesar de entender o conceito e ate imaginar que seja sensacional nos livros isso, continuo achando vestido pegar fogo tão brega.. mundo da moda me julgue hehe (comentário pessoal apenas rs)
Acabei de assistir Insidious Chapter 2 (que aqui veio como sobrenatural capitulo 2) e não que o enredo seja ruim, mas a execução é.. medíocre. O primeiro conseguiu um feito que era raro quando estreou, conseguir mesclar um bom roteiro, com uma mensagem clássica do terror e sem muitos efeitos especiais, somente com efeitos visuais de maquiagem e truques de câmera/plano/luz, sombra e espelhos se manter num terror crescente e num suspense excelente. Adorei o primeiro, sem falar que as referencias a clássicos do terror e do suspense eram e foram vitais. Porem esse segundo ainda que mantenha uma linha de raciocínio condizente com a proposta do primeiro não vingou, não convence, não mantem nem o drama, menos ainda o suspense, o roteiro se apressa em soluções obvias e fáceis demais o que prejudica a narrativa e as atuações idem, surgem cansadas, sem inspiração. O ultimo ato ate que empolga por conter mais ação, porem... não! A intenção foi boa mas a sensação que fica é que essa segunda parte se daria bem se se trata-se de uma serie, um capitulo de serie e não capitulo fílmico, um longa de fato. Uma pena.
Mas vale pela coerência da historia (a síntese do mundo do além e da experiencia da família o que ligava o pai e filho- alias isso se perdeu aqui tbm, pq se Sobrenatural capitulo 1 tratava muito mais da relação pai e filho, aqui é simples e puramente de seus dons )
E não é ruim. Porem é uma chatice de enrolação sem tamanho. Explico. O filme é ótimo, baseado nos anos 70 possui toda uma estética da década, estética não somente na direção de arte, mas na fotografia que que imprime uma plastica retrô, granulada de cores apagadas que nos remete a filmagens feitas naquela época com aquela qualidade de imagem. O mesmo para as técnicas de filmagens que usam enquadramentos e posicionamentos e movimentos de câmera característicos da época.. onde tudo é evidenciado sem sutilezas, com zoons rápidos, cortes entre falas, detalhes assim que algo é mencionado e direcionado ao objeto ou gesto. Somente nisso o filme ja cresce muito. O mesmo para o figurino impecável, e as atuações. e aqui polemica. A Amy esta muito bem no papel, mas longe de ser uma atuação que marque. Ela tem alguns momentos memoráveis mas nada que justifique indicações a tantos prêmios por mérito. é uma grande atriz, num bom papel, com uma atuação boa, não 'sensacional'. O mesmo dos outros 5 atores principais do núcleo. JawLa de fato é uma atriz muito boa, expressiva de talento. Mas continuo com a mesma opinião do ano passado. O melhor papel dela ate hj foi no filme "Inverno da Alma" la ela merecia todos os méritos e indicações e prêmios. Ano passado ela não mereceu o Oscar diante de suas concorrentes e esse ano a mesma coisa. Não dá para compreender. Se levar o premio sera unica e exclusivamente por campanha e não pq 'foi a melhor' entendem? Sua atuação aqui esta apenas correta. um trabalho de uma atriz em ascensão com marca já própria, num papel bom também, interessante mas que não exige nada demais dela a ponto de lhe absorver uma atuação digna de Oscar por exemplo. Mas que seja. Quem realmente esta bem aqui é o Cooper. O ator consegue nos fazer esquecer do ator por trás do personagem e isso é surpreendente. Trilha sonora saudosista ne sempre agrada. Mas como disse, apesar de tudo isso torna-lo um bom filme, isso so ocorre com uma hora de duração. Antes disso o filme se perde em explicações desnecessárias que o tornam longo demais sem justificativa alguma, em outras palavras: chato ou massante. Apos uma hora de projeção finalmente nos embalamos na trama e realmente eu final vale a pena - intrigas sempre agradam no final das contas-. Em todo caso... mereceu as indicações que teve? sim. Merece levar alguma coisa? Sim, principalmente as técnicas. é o melhor entre os concorrentes de sua temporada? não. Mas é um bom filme. Não é ótimo ou inesquecível. Apenas bom e por isso vale a paciência.
''O coração não é uma caixa que pode ser preenchida. Ele se expande por dentro o quanto mais você ama. Eu sou sua e não sou.''
Penso assim: Se Meryl Streep é Deus Al Pacino tbm o é. E para todas as outras coisas da vida Joaquin Phoenix é uma religião de respeito ♥
Que roteiro fabuloso e pertinente. Her que o nome ja denuncia sobre o que realmente trata, não só nos trás uma bela historia de amor e relacionamento como um panorama de futuro já quase presente dos moldes que nós nos relacionamos com nós mesmos em busca de compreensão de nosso tempo e espaço físico e espacial.
Para isso temos uma trilha sonora ludica, de calma e melancolia, quase agridoce aos ouvidos e aos sentidos. Uma graça. Igualmente o designer do longa com uma edição e montagem que nos remete ao inconsciente constante.
Perspicaz também o uso das cores no longa. O azul, amarelo e vermelho permeiam o longa todo,. a todo instante. São cores que inconscientemente nos despertam sensação de consumo, coisas inovadoras, criatividade, marketing - o simbolo da Google tem essas cores. Cores extremamente vivas que contudo nos passam a ideia de coisas virtuais. E essa é uma alegoria mega interessante para a proposta do filme.
E os fãs da moça que não me levem a mal, mas a ScarJo esta em sua melhor performance. E não é ironia. Pela primeira vez 'vi' uma atuação interessante da moça, repleta de sentimentos, de nuances. Você não vê a Samantha mas consegue enxerga-la. Atuação vai além de expressão corporal ou facial. Atuação esta na impostação de voz também e a ScarJo assumiu totalmente esse personagem.
Mas é o Phoenix que brilha em tela. Ele consegue imprimir a dose certa de sentimentos e sensações que o personagem exige, sempre de modo contido ou mesmo particular. Não é um personagem formado pelos exageros mas sim pela contenção. E sua atuação mostra isso. Onde nos momentos de libertação - como as cenas que ele dança, corre - nos acabamos por experimentar aquela alegria, esboçamos sorrisos simplesmente por que o personagem consegue nos transbordar para aquela realidade- que no final das contas é tão parecida com a nossa atual. Amy Adans a cada dia se tornando uma atriz FODA em todos os sentdos, ainda que em um papel que não exija nada demais dela, consegue nos fazer ter ternura e simpatia a cada aparição em que surge.
Her é muito mais um filme sobre sentimentos humanos que qualquer outra coisa. Um mundo não tão distante onde as relações humanas se subvertem, onde nossa tecnologia coexiste entre nós. Onde humanos e Virtuais se confundem. Onde a priori de ser humano caminha numa relação complexa de descoberta do que é viver e não apenas sobreviver em sociedade. São mil e uma questões acerca do comportamento dessa nova geração que se inicia e que sim estamos fazendo parte em sua evolução e desenvolvimento que torna o filme uma experiencia bonita sim do ponto de vista romântico, mas dolorosa do ponto de vista ao qual nos vemos ali em cada parte de Theodore, de Samantha (serão meus sentimentos ou apenas uma programação?) e de Amy. Pessoas solitárias dentro de si mesmas que tentam a todo custo aprender a lidar com a imposição social de ser socializável e assim se encontrar.
E se é que não bastasse toda sensibilidade nas duas horas de projeção, ao final o resumo do que o espectador faz e sente involuntariamente: o som da respiração.
Um belo filme... Belo!
'E o passado é apenas uma historia que nos contamos'
eu so queria saber quem em nome de Lumié classificou esse filme como comedia?
deus é mais! Que filme puxado, tenso e doloroso... Porem as partes cômicas valem por milhões de filmes de comedia atuais realmente. No entanto a tensão que o filme carrega é tão mórbida, tão profunda que nossa senhora. É muito mais um drama complexo do que outra coisa.. filme sensacional.. que roteiro fabuloso man.. sinceramente não esperava tudo isso! to meio chocado O.o
Album de familia é brutal. Interessante como a direção de arte aqui acertou em cheio como sintetizar as emoções e tramas desenvolvidas ao longo das duas horas de projeção. Nota-se o cuidado de conceber a casa repleta de objetos, saturada, alguns sem utilidade alguma, empilhados a esmo por todos os cômodos, justamente para passar a ideia de que ali tudo é cheio demais, acumulado demais, em contraste com a liberdade de lá de fora, tão vasto e em parcimônia. A casa é fechada, escura, em tons sempre escuros, enquanto outros ambientes externos são tão claros... O calor que emana em todo lugar sem nunca ser acolhedor mas pesado, insuportável. Como em certa passagem, perguntam-se pq a casa é tão fechada, e é isso, sintetiza o que o filme mostra. AS VEZES as familias guardam tanto, se fecham tanto, ocultam tanto que não dá para saber se é dia ou é noite em seu interior. Muitas vezes nos vemos obrigados a conviver com segredos e magoas tudo em prol do que chamamos de 'familia é familia, não importa como seja, devem ficar juntas' e nisso aguentamos e suportamos pesos, transtornos e feridas que nos marcam tão profundamente que nenhuma cicatriz é capaz de fechar. Como a casa, sem jamais sabermos se nossos sentimentos por esse laço de sangue são claros ou escuros.. afinal estamos soterrados por eles. O titulo em português expressa bem a temática do filme. Quantas historias e lagrimas um retrato de família juntas escondem atrás do riso que vai amarelando através dos anos?
Como disse, ponto para a direção de arte e para a fotografia, que se não to enferrujado é bem saturada o que achei propicia. Ha uns enquadramentos bem interessantes tbm, como aqueles em que vemos a casa ao longe.
Mas o ponto alto desse filme com certeza é seu roteiro, com cenas memoráveis que assustam no grau de desenvolvimento e estrutura e assim estendo as palmas as atuações. Men juntar astros e atores competentes nem sempre dá certo num drama. E aqui cada um dá um show a parte em seus respectivos papeis. Todo personagem aqui traz um complexo estudo de personalidade. Todos. Abigail Breslin, Dermot Mulroney, Ewan McGregor, Julianne Nicholson, Juliette Lewis, Margo Martindale... cada qual expressando nas sutilezas muitas vezes o carater mais profundo das magoas e segredos que vem a tona... Porem impossível não destacar Julia Roberts e Meryl Streep que sem exceções, em todas as cenas que surgem dão um banho de atuação e visceralidade a cada fala, a cada gesto, a cada aparição. Quando juntas em cena então.. meu deus. Chega realmente a assustar e não é exagero. Julia em sua melhor forma, que mostra a cada dia que envelheceu bem. E Meryl chega a ser redundante mas realmente ela é Deus!
Um filme arrebatador que me surpreendeu positivamente, ainda que tenha deixado um nó engasgado aqui de angustia e desespero... afinal, seja lá como for e de que maneira for, de sangue ou não, todos temos familia. E qual familia não tem um 'album' assim? PU - XA - DO!
Tudo muito bem, tudo muito lindo, tudo muito tudo.. porem alguém pelo amor de jah me diz como faz para parar de cantar e escutar 'Let In Go' em todas as versões possiveis POR FAVOR? Geh Sus Crist! hahaha ta num repet tão intenso a tantos dias que to preocupado! rs ♥
12 Years a Slave que se justifica em tudo suas indicações a premios, e possiveis ganhos no oscar, num filme visceral, assombrosamente brutal e pesado, que consegue trazer momentos de time perfeitos de emoção, indignação, arrebatamento e choque.
ha um plano sequencia no final do 2° ato que é uma coisa indescritivel. Nos leva a lagrima ou ao no na garganta com facilidade. Atuações otimas tbm, em particular dos protagonistas. Talvez a unica coisa que me incomodou foi a montagem. Tenho uma dificuldade enorme em 'aceitar' montagens que levem a narrativa para o futuro, para o passado e de volta ao presente em questão de espirros para nos conduzir de volta numa especie de deja vu a epoca atual de novo. me atrapalha confesso ainda que esteticamente e conceitualmente seja otimo.
Outro que vi foi a animação da decada talvez. Que favoritei como a melhor animação da Disney que ja vi em muitos e muitos anos. Frozen! é de uma delicadeza e contudo profundidade, tecnicamente impecavel. Com personagens bem desenvolvidos e fortes, principalmente as princesas que definitivamente deixaram de esperar pelo principe e hj montam os cavalos e são suas proprias heroinas. A evolução da disney nesse quesito em acompanhar os tempos atuais sem contudo abandonar o classico dos contos de fadas é gratificante. Com cenas belíssimos também e emblemáticos, Frozen não só quebra o paradigma de amor eterno e idealizado que a propria disney ajudou a disseminar como ainda consegue nas entrelinhas promover uma mensagem que necessita ser universal de fazer nós nos aceitarmos como somos! Da maneira que nascemos sem mudar por ngm, ou necessariamente fugir. Não contermos a força que emana de nós; Me emocionei bastante na sequencia da musica Let It Go pela tradução dela... procurem saber e chorem comigo o quanto antes! Alias a volta dos números musicais tbm me agradou. É a disney se reinventando com classe e resgatando ao mesmo tempo os valores que a fazem ser o que é ate hj. Uma delicia.. mesmo! que animação gente ♥
"Fruitvale Station" - que veio para cá com o subtitulo 'A Ultima Parada" - e trata também de uma historia real que ocorreu no ano novo de 2009. E que puta filme men!
É mais um filme do tipo alerta e denuncia. Com um roteiro muito bem enxuto que tem o cuidado de delimitar bem a vida de Oscar - protagonista vivido por Michael B. Jordan e muito bem no papel ainda que não exija muito dele - junto a sua familia, mulher e filha. Como foram os anos na prisão e os motivos que levam um cara, negro dos subúrbios americanos a recorrer ao crime, ao chamado 'dar sorte' em épocas difíceis. O que gostei aqui e que vi de diferente nos mil e um roteiros com o mesmo tema de desigualdade e preconceito é que aqui não ha muito como argumentar àqueles obtusos seres que só conseguem olhar do alto da janelas de suas casas protegidas, que nada justifica o crime. Ok, sim, entendo e percebo o quão essa minha fala é complexa e perigosa, porem o que se deve entender e que o filme demonstra é que nem sempre o bandido é o vilão, nem sempre aquele cara cara negro ou branco que rouba, que vende drogas é um cara 'ruim' de índole duvidosa, de moral maldosa. Existe toda uma historia e contexto que no geral culminam numa mesma problemática: desigualdade social calcada não na economia mas sim nos anos de exclusão e discriminação seja por cor, raça, credo ou o que for nos chamados polos de 'minorias sociais'. E isso esse roteiro consegue fazer bem sem ser exatamente diplomático ou com cunho educativo. Outro ponto que credito a direção bem madura do diretor que desconheço 'Ryan Coogler', é que o filme consegue ganhar um tom de militância mais pro final sem conduto ser explicito ou levantar a famosa bandeira "fim da policia militar". Não que levanta-la e deseja-la seja necessário ou desnecessário, nada disso nem nesse contexto e nem no meu comentário, mas o filme acaba crescendo sem esse advento que a ele não é necessário ainda que a gente reflita sobre todo o sistema ao final. E que final, chocante e verdadeiramente revoltante.
Octavia Spencer esta muito bem também, nada demais, mas correta em seu papel que ao meu ver se o filme não se tratasse de 'baseado em fatos reais' poderia ser melhor desenvolvido, afinal ela encarnou uma personagem que aparenta ser forte diante da fragilidade que a vida lhe impôs. Assim, o que resta dizer é que é cruel e assustar sabermos que um fato assim ainda ocorre direto no mundo todo, nesse instante com primos, tios, amigos e desconhecidos mundo afora, e muitos deles sem o alerta/minução da informação como celulares para gravarem e denunciarem não só abusos de autoridade, mas injustiças de anos de discriminação e burrice imperdoável de uma sociedade que se diz ainda social e evoluída como o racismo, que sim, ainda existe e não só em piadas, comerciais de TV, programas de televisão ou em contas de bancos. Um ótimo filme.
"CAPITÃO PHILLIPS'. Admito que fui assistir o filme mais por curiosidade para saber o que tanto falavam sobre a atuação de Tom Hanks aqui. E sim constatei que ele anda merecendo todos os elogios feitos. Contudo quem realmente me chamou atenção foi o ator Barkahad Abdi que é o antagonista da trama, porem não como vilão necessariamente mas sim como um anti Heroi(um dia me cobrem e farei um post explicando os termos e como diferenciar ok? para quem não manja dos paranaués haha). O Ator tem origem Somalia mesmo ainda que seja atualmente um cidadão americano. Seu personagem o capitão/pirata MUSE é de uma profundidade tão exasperada e tocante que conseguimos nos solidarizar, admirar, ter ódio, aversão, pena e medo tudo em questão de minutos, dependendo da forma que ele lança seus olhares ou da impostação de sua voz. Magro, quase cadaverico ele assume as cenas em que esta presente ao lado de Tom Hanks que tem seu melhor momento no final da projeção. Se o comum é esperarmos uma atuação sóbrio porem repleta de caras e bocas e trejeitos tipicos de Hanks - e veja que não é em forma pejorativa que digo isso não, pelo contrario - aqui, ele assume um personagem mais sóbrio, calculista, que embala o espectador não exatamente pela emoção, pela pena ou solidariedade, - recursos comuns de protagonistas vitimizados em situação de sequestro ainda mais nesse caso, baseado em fatos recentes e reais-, mas através de sua força e capacidade de raciocinar em prol de uma resolução eficaz. O filme é dirigido pelo reconhecível Paul Greengrass - de voo united 93 e supremacia bourne - que não exita em imprimir sua marca quase documental em seu estilo de filmagem, em colocar a tensão e a verossimilhança das cenas de forma palpável e angustiante, com câmeras nas mãos, closes absurdos, movimentos e alteração de ângulos que nos fazem participar da trama por vezes. Palmas para o roteiro que como citei não se prende em superficialidades para nos colocar diante da trama, e principalmente não tenta se beneficiar do melodrama como artificio de fisgar a atenção e torcida do espectador. Assim quando algum personagem corre perigo de vida não nos assustamos e tememos por sua vida por sabermos de sua trajetória, por pensarmos em sua família por exemplo, pois isso ali é irrelevante, mas sim tememos e torcemos para aquela vida por ser uma ser humano em uma situação critica. Alias critico esse filme consegue ser - apesar da xenofobia meio que sem escapatória acredito em filmes hollywoodianos ainda mais dessa vertente- ao mostrar como muitas vezes um cidadão independente de qual pais esteja, é colocado literalmente a deriva pelas mãos de gente mais poderosa que eles-nós. Um ótimo filme MESMO! adrenalina pura!
Acabei de terminar de assistir ao filme "Dentro da casa" - Dans La Maison - Que consegue ter o delicioso toque irônico francês (que não é segredo pra ninguém que amo e e sempre adorei inserir na minha escrita - e mesclar com uma trama sensível, intrigante e um estudo de narrativa muito coerente com a critica feita ali.
É recorrente ouvirmos muitos falarem "o filme é bom mas o livro é melhor". Porem aqui, essa frase não cabe, ainda que eu não tenha lido a obra ao qual o filme foi baseado, pelo único motivo de que este filme é um filme para se ler, e não somente para se assistir. é como se estivéssemos assistindo a um livro.
A grande sacada que me encantou aqui é como elevar o exercício do roteiro e conseguir transforma-lo em literatura sem perder o cunho de roteiro. é complexo quando se pensa em linguagem. O filme vai se desenvolvendo a tal ponto em que os autores das historias se transformam em personagens de suas próprias historias, é uma metalinguagem sobreposta a outra, em que viramos espectador, críticos, voyers. No baile de classe media que o filme executa, vemos tal qual 'Janela Indiscreta" uma alegoria de vidas domesticas, de vidas aparentemente secretas em sua passagem e intimidade. Se lá em "janela" espiávamos feito um grande BBB as tramas se desenvolvendo enquanto apenas observamos seu desenrolar, aqui participamos e vemos a historia sendo construída ao passo que é escrita em nossa frente e presença, espiando através da fechadura, da porta do quarto entreaberta (não por acaso o filme nos remete ao "indiscreta" no final, mas de uma forma se é que é possível um pouco mais sombria - já que o filme todo é tenso, mas nunca num nível de suspense latente. Ele é muito mais um drama.
Com atuações muito boas e personagens fortes, como disse o filme tem sua força em sua estrutura narrativa que desperta riso, emoção, e asco por nos enxergarmos um pouco no protagonista que beira a psicopatia.
Eu como 'escrevedor' confesso que me despertou uma vontade latente de voltar a escrever romances ou mesmo dissertar sobre as historias que observo. Pois tal qual o personagem prefiro o silencio e o fundo da sala, os cantos onde se pode ouvir e ver a todos sem ser notado. Isso, de observar os humanos e a vida é um exercício fascinante. e o filme expressa bem isso.
""Céline: Agora que reparei, a cor avermelhada em sua barba desapareceu. Jesse: - não desapareceu, apenas ficaram brancas. Céline: - é o que me fez eu me apaixonar por vc, vc essa cor avermelhada nas sobrancelhas de nossas filhas. Jesse: - então seu amor depende da mancha vermelha na minha barba? Celine: - não, mas sinto falta dela...""
Esse é outro dialogo chave nesse roteiro sensacional que fica martelando na minha mente direto pela sutileza em sintetizar tão bem o rumo do casale consequentemente seu final simbólico. Ah, ♥
tem certos filmes que deveriam vir com alerta alem da classificação etária, sobre possível paixão devastadora e apego após assisti-los.. .-.
''sabe o que esta acontecendo aqui? é muito simples. eu acho que eu ja não te amo mais.''
doeu ate a ultima geração e em cada ancestral meu :/
Que filme. Que final (sera?) de uma trilogia IMPECÁVEL! é um risco enorme usar palavas como 'perfeito, irretocável, sem erros' e etc para filmes. Afinal toda arte é humana e por isso mesmo passível de imperfeições. Porem me atrevo aqui, me fazendo alvo do erro se ele existir e declarar que essa é uma Trilogia PERFEITA. É o romance definitivo na historia do cinema, que tal qual seus atores envelheceu bem, da maneira correta, de maneira absoluta, hipnotizante, sofrida e encantadora. Celine e Jesse são O CASAL. Em suas imperfeições e diferenças possuem uma química tão palpável que mesmo lá em 94 ja sentíamos que o conhecíamos pessoalmente. Ja fazem parte de nos cinéfilos que acompanhamos por longos 18 anos uma jornada de amor e entrega. É dificil deixar o emocional de lado ao analisar uma obra assim que carrega uma historia tão particular e unica a cada espectador. Ainda assim se analisarmos isoladamente e racionalmente essa terceira parte, é possivel sim concordar que é a melhor das 3 partes por um unico motivo: tempo. No nascimento dessa historia la em 94 ainda que belissimo, apaixonado, lidavamos com uma relação, um roteiro calcado nos contos de fadas. Um dia perfeito, prometendo uma vida perfeita e eterna. No segundo lá em 2003, houve um choque de realidade mas com uma esperança ainda latente. Uma historia mais vivida, mas não amadurecida o suficiente. Aqui em 2013 finalmente o amadurecimento. O roteiro mais coeso, mais real, sem abandonar jamais o conto de fadas que todos nós precisamos para sobreviver no mundo, ainda mais no amor, mas com toques de sabedoria de entendimento. Tudo se elucida na passagem do almoço, em que todos estão na mesa conversando, e a senhora mais velha da mesa conta a historia do marido ja falecido. Aquilo é esse antes da meia noite. aquilo justifica seu final. Sim, sou um jovem velho lobo romântico e ainda creio que o Antes do amanhecer ainda existe. Porem, a Meia Noite esta aí para encerrar um ciclo... é preciso vir a noite, escurecer o brilho todo para finalmente se conhecer melhor a nos mesmos (a velha diz que no sol, na luz ele desaparecia não?)
Um filme delicioso, hipnotizante, apaixonante. Definitivo e eterno tal qual sua memoria em cada um que o apreciou seja por esses longos 18 anos ou agora.
To meio emocionado na verdade de poder escrever ao final desse ciclo, tenho 24 anos de idade, estudo cinema, sonho em ser escritor e ganhar a vida assim um dia, e convivi com Celine e Jesse ao menos uma vez por ano, por 10 anos. Por 10 anos busquei ali referencias, busquei consolo, busquei esperança, esquecimento, inspiração para meu futuro profissional... Busquei apego e a mim mesmo. E nunca me decepcionei. E chegar aqui sabendo que a historia que tanto elucido me brindou com um nivel e uma realização tão intensa, tão delicada, tão profunda em níveis maiores ainda que os anteriores, com diálogos arrebatadores e imagens belíssimas.. man, não tem preço que pague o que isso causa aqui dentro ♥
No mais: Sempre existe aquilo que vem Antes da Madrugada... quem sabe.. hehe
Spring Break não só consegue elucidar uma característica calcada entre a mudança da passagem da vida adolescente para a vida adulta atual como ainda calca esse período em um espetáculo sensorial e visual impecável ao trazer sua critica e alerta de uma Babilônia descontrolada que vivemos a anos - não é exclusividade da juventude atual-. Esse filme é quase uma Juventude Transviada do seculo XXI com um potencial visual incrível e confesso surpreendente. As cores e a fotografia extremamente saturada e de luzes vazadas que contrastam com o designer gráfico e sonoro - man, que desenho de som incrível e difícil de se obter com essa montagem e edição tão complexo e corrida- própria dos vídeo clipes - que o filme traz. Meu esse diretor merece palmas só por conseguir isso; são um ponto forte indiscutível. As atuações bem bacanas, as meninas estão soberbas em papeis dificeis, que exigem que suas ações demonstrem a intenção do roteiro de mostrar meninas perdidas em sua própria identidade moral, em relação a sua aparente inocência e por isso mesmo periculosidade; com destaque obvio de James não só pelo complexo papel que exerce mas por conseguir transitar entre protagonista, antagonista, anti herói e vilão em segundos apenas com seu ar caricatural de gangster americano, que é fragil em seus sentimentos mas cruel em seus planos e ações, beirando a loucura. O enxerto de colocar britney Spears como base das cenas ponto chaves- no sentido de metaforicamente denunciarem para onde o filme caminha e para marcar a passagem de atos da narrativa tbm diga-se de passagem - foi muito bem acertado uma vez que colocar um icone pop que enfrentou a sensação de estar perdida, que marcou a juventude justamente dessa mesma parcela de sociedade que o filme tem como alvo ao criticar e alertar é inteligente. Ainda que as técnicas de filmagem que querem mostrar a repetição, o vazio, a osmose, a falta de direção, as luzes neon com os closes, a câmera sem nivelamento, ser um artificio correto para passar essa sensação ao espectador de incomodo, achei em dado momento mais para o final um pouco demais, mas nada que prejudique muito o filme não. Aé achei curioso a decisão de mostrar os locais moralmente aceitos/corretos na vida de um jovem como escola, igreja por exemplo serem mostrados como lugares opressivos de luz baixo, de enquadramentos que sufocam que assiste e os personagens que a ele esta inserido. O mesmo sobre a escolha de mostrar as falas das garotos demonstrando uma coisa e as ações e rimas visuais demonstrarem outra. A imagem representando a verdade onisciente em paralelo com a voz off. O mesmo digo da montagem que intercala ações futuras e passadas com de outros tempos e fora da própria narrativa evocando o espirito daquela juventude, daqueles garotos e garotas. Ponto ao climax tbm que ao invés de entregar um final de redenção ou julgamento escolhe como todo o filme atuar como mero registro de uma fase/ momento de vida de dado personagem e só. deixando a nós compreender, e formular teorias e teses sociais mesmo de como chegamos em um panorama assim, dia a dia do nosso lado - mesmo nós mesmos vivendo isso de dentro e não somente com olhos de fora - .
Enfim um bom filme, que representa bem o campo em que resolveu mostrar e dissertar. :)
Minha critica de TATUAGEM filme de Hilton lacerta que desponta na minha lista incontestavelmente como um dos melhores lançamentos de 2013.
(corre que da tempo ainda de terminar o ano bem) #Criticofilia
''Com recursos ate mesmo timidamente metalinguístico, esse que pode se confundir como “o Moulin Rouge do subúrbio, a Broadway dos pobres, o Studio 54 da favela”, não só transgride o limite ainda existente entre o Cinema nacional atual entre sua arte, seu discurso e execução, como de maneira quase anárquica nos deixa marcados com nossos questionamentos – ainda que saiamos dele de maneira branda e leve, em parte por sua trilha sonora saudosista -. (...) Tatuagem é, sobretudo humano. Um retrato pertinente à nosso país e ao mundo, que de fato explode como um gigantesco e profundo desamarrado cu, e que tem cheiro doce.''
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraLarguei os textos criticos um pouco por enquanto por isso só farei comentarios criticos a respeito:
Realmente não é mais uma papagaiada. Que bom!
Que filme ótimo né gente? Fico empolgado quando conseguem subverter um produto em obra. Ainda que esta não seja - cinematograficamente falando - mas que consegue ir além de 'algo direcionado a adolescentes' e se tornar um grande filme de discussões e debates profundos - mas só para aqueles que deixam o pre - conceito formado pela capa e poster de lado claro.
Lembro que quando essa franquia surgiu, eu fiquei extremamente empolgado porque ela trazia algo que eu me acostumei e venerava em Harry Potter, que era conseguir mesclar aventura, com um fundo extremamente critico de sociedade histórica e politica. Se em HP tínhamos toda a trama que correlacionava a religião/crença e fé calcados em sentimentos humanos - como o amor - e a Era nazista. Aqui em Jogos Vorazes não só novamente temos os sentimentos humanos, mais que isso a humanidade em síntese que é o sentimento de esperança e resistência por sobrevivência calcando a narrativa como temos o fundo politico que não só traça um panorama do fascismo governamental mundial, como ainda estrutura a base de nossa sociedade midiática inclusive atualmente(afinal não acaba de estrear o 14° BBB?)
É impressionante como o filme consegue se manter coesa nesses elementos nos trazendo uma critica, uma reflexão e questionamentos sobre a percepção devastadora que temos.
Falo exclusivamente dos filmes pois não li os livros ainda - mas pretendo -. Assim, essa segunda parte Em Chamas tava receoso, pois o primeiro apesar de como disse, a ideia me agradar e a execução ter sido bem executada, ainda achei uma bagunça, pois como qualquer franquia estreante eles sucumbiram ao mostrar demais, tentar trazer uma fidelidade literal talvez ao livro colocando em poucas horas muita informação sem focar em seus problemas reais da trama. Porem aqui em Chamas esses furos não só foram melhorados e consertados como elevados, trazendo uma estrutura complexa tanto de personagens, subtramas como o triangulo amoroso que existe, esta lá é denso é tenso mas não chama a atenção pra si demais em nenhum momento graças a Jah! É o correto afinal estamos diante de uma pré guerra. Como a relação que a mídia naquele mundo dividido e fragmentado em miséria e cegueira exerce diante de nós. Como um ponto de 'teve' pode criar heróis e monstros, moral e ética, o como tentamos camuflar problemas reais com diversão e entretenimento vendendo imagem e conceitos fabricados, falsos, como bonecos tortos em vitrines rotativas de lucro para apenas um lado.
é assustador o cenário que Jogos Vorazes pinta, e muito mais por que mais uma vez é uma realidade que esta próxima a nós. A unica diferença é que fazendo um paradoxo com a musica - o teto de vidro aqui é mortal e não apenas depreciativo ou de julgatura.
Assim palmas para a direção de arte e a fotografia apagada, em tons de cinza, que nos remetem a ambientes de guerra, num clima sempre sem sol e este quando surge sempre é retratada aos personagens contra eles, formando cercos de sombras como estatuas mesmo. Palmas para o roteiro que consegue exprimir todo esse contexto complexo que citei em diálogos certeiros e diretos que não enrolam em nenhum momento com situações desnecessárias e consegue mesmo nas pouquíssimas partes calmas ou cômicas encontrar sentido para existir em prol da trama central.
Atuações excelentes principalmente do presidente Snow vivido pelo ator Donald Sutherland e de Woody Harrelson com seu Haymitch enigmatico e sofrido.
Josh Hutcherson e seu Peeta apesar de eu adorar o ator em si, nunca me convenceu como finalmente nesse em Chamas. Apesar de seu personagem ser o que esta em constante perigo sempre tendo q ser salvo, coisa que pode irritar um pouco no inicio, seus dilemas internos conseguem transbordam aqui, vindos desde o primeiro longa, reforçando não só seu amadurecimento diante de sua experiencia anterior como de suas preocupações futuras. Mas obviamento JLaw brilha aqui, e nem sou o maior fã da moça não. Adora a atriz em si, acho talentosa, mas não sucumbi ainda a adota-la como a queridinha do momento; porem é inegável não aceitar que ela criou uma grande personalidade para Katniss. Katiniss em si é uma personagem forte, determinada que se transforma de maneira fluida diante da narrativo e dos atos sem jamais parecer uma solução obvia de roteiro. E JLaw consegue transmitir isso, essas nuances de personalidade muito bem, expressando todo o trauma que o primeiro 'jogo' lhe causou.
Enfim um ótimo filme, excelente continuação que promete muito em suas duas ultimas partes. Que se mantenha assim Voraz num mundo tão repleto de Jogos destrutivos como o nosso atual, trazendo esperança de fato não só a mente e questionamentos da nova safra da juventude mas dos que já não são mais tão jovens mas as vezes esquecem o que isso significou ser para nossa sobrevivência.
Ps: apesar de entender o conceito e ate imaginar que seja sensacional nos livros isso, continuo achando vestido pegar fogo tão brega.. mundo da moda me julgue hehe (comentário pessoal apenas rs)
Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal
2.4 764 Assista AgoraO que que o simbolo das Reliquias da Morte - incompleta- esta fazendo neste poster? .-. rs
Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum
3.8 529 Assista AgoraAcabei de assistir o gostoso Inside Llewyn Davis (que virá para cá com o subtitulo ''Balada de um Homem Comum'', filme mais recente dos irmãos Coen (aqueles responsáveis por Fargo, Onde Os fracos não tem vez, Bravura indômita, Queime depois de ler e tantos outros ja clássicos) e que concorre ao Oscar de Melhor Fotografia (e com todos os méritos). Quem assina ela é Bruno Delbonnel, fotógrafo francês responsavel - sem surpresa alguma - pelas maravilhas visuais de "Amelie Poulain", e " Fausto", de Sokurov e "Harry Potter e o enigma do príncipe"
A fotografia de Inside é uma das coisas mais deliciosas de se perceber. Não sei o porque mas os irmãos Coen tem uma fascinação por granulações de tons de verde incrível haha E aqui mais uma vez funciona, a fotografia quase granulada dá um tom sempre ameno, de melancolia, de tristeza ao filme, que sintetiza justamente a busca daquele homem o protagonista retratado que se desperta nossa embatia por ser atrapalhado e azarado, também desperta nossa condenação e pena por ser um homem perdido dentro de sí, que faz coisas sem pensar, não tem planejamento de vida, e busca levar seu dia a dia na crença de que sua musica o sustentara, sem ganancia alguma, apenas o suficiente para comer e dormir sob um teto. A sensação é a de que vemos um homem que se recusou a crescer objetivamente e que segue ate onde o limite lhe deixar ir. Alias, a fotografia é amparada pela otima direção de arte calcada em detalhes infimos que remontam a NY de 1960, em toda a sua frieza, quase ludica, em tons frios que se chocam drasticamente - e propositalmente claro - com as unicas cores vivas do filme que são os momentos em que o gato laranja surge em tela ou quando o protagonista esta no palco/cantando.
John Goodman esta arrebatador, e é no minimo um disparate imperdoável ele não estar figurando em indicações de melhor ator coadjuvante por seu papel aqui - breve - mas vital na narrativa.
Alias a narrativa de Inside é outro ponto genial, no qual cada personagem que passa pela vida de Llewyn é uma extensão dele mesmo ou um abrigo de contraste daquilo que le quer ser mas não sabe como - papel fundamental do muito correto Justin Timberlake -.
Carey Mulligan aquela simpática surge aqui num ótimo momento como aquela que poderia ser mas jamais poderá ser para o protagonista, ela é o reflexo do que alguém perdido, melancólico e arrogante como Llewyn pode causar na vida de alguém.
Mas é mesmo Oscar Isaac dono de uma voz maravilhosa que rouba o filme para si literalmente, numa composição de personagem complexa, repleta de cansaço e beleza por isso mesmo.
A sutileza que o roteiro muito bem escrito e amarrado do longa, se utiliza para relacionar essa saga quase tragicômica do homem em busca do lugar ao que nunca soube onde fica com a metáfora dos gatos de subúrbios sempre embrenhando entre becos na escuridão, de lixo em lixo, porem mantendo sua graça, delicadeza e mistério é genial!
parece pelo que pesquisei apos assistir ao filme que todas as musicas apresentadas, foram gravadas ao vivo, não sei se essa informação é real, mas fato é, que pela musica fazer parte do texto e não apenas ser um complemento de linguagem - ja que muitas vezes a musica substitui passagens do filme ou mesmo diálogos e sintetiza as cenas por isso em seu tom e letra, p filme cresce em desenvolvimento ao apresentar belas canções, bem interpretadas mas principalmente pausadamente e atenciosamente filmadas, com iluminação quase onírica.
Confesso que o unico ponto que me incomodou foi a montagem final, apesar que pro filme funciona, mas a cada dia que passa noto que sou cada vez mais clássico, por isso esse tipo de decisão de desmembrar a montagem da narrativa me deixa meio mimimi, mas ainda assim, um excelente filme. pena que foi ignorado nas temporadas de premiações mundo afora.
Um filme que não é apenas um semi-musical, mas é a saga de um homem só, um homem perdido, tentando encontrar o lugar ao qual ele jamais conheceu e não sabe se algum dia conseguira conhecer, tendo em sua companhia e verdade apenas seu violão, voz e os gatos de rua.
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraBunda do DiCaprio,
Vela vermelha na bunda do DiCaprio,
'Who? who? who?'
Confesso, fui para o filme com essas aspirações, achando que seria isso que retiraria de 3 horas intermináveis de filme.
Mas a real é que to feliz e impressionado por constatar que sim, estava enganado e extremamente enganado. Após 3 horas sai de tela tendo a certeza que vi uma obra genial!
Quem diria hein Scorsese? Que no alto de seus 70 anos vc conseguiria nos surpreender com uma narrativa tão inspirada...
O filme é uma delicia louco, megalomaníaca, insana, surreal, desproposita, sarcástica, repleta de humor negro, sociopatia, cenas que beiram a pena e a decadência e por isso mesmo repleto de coisas sensacionais.
O filme é baseado na historia real retratado numa autobiografia daquele que ficou conhecido como O Lobo de Wall Street(dããr), porem se a premissa é calcada na realidade,, Martin escolheu trilhar o caminho do absurdo para mostrar facetas humanas de moral - e imoralidade - latentes não só em seu ´personagem principal, mas em todo o sistema social e financeiro que permeiam o longa e consequentemente por isso, testa a cada segundo nossa própria percepção de ética.
Ao subverter valores e nos trazer cenas e situações que desde o inicio nos fazem exclamar: que porra é essa? o diretor muito sabiamente mostra a historia do ponto de vista não só da voz do personagem principal, mas de seu mundinho particular, seu mundo de fantasia e obsolência surreal onde cada bunda, cada sexo, cada droga não é em vão.
Assim o que aos olhos de fora pode parecer 'desnecessário' ou 'exagerado' na realidade é o tom exato necessário para entendermos e mergulharmos naquele mundo.
Meu pai foi corretor da Bolsa de valores exatamente como personagem principal nas décadas de 80/90 e realmente o mundo que permeia a bolsa é regada ao que se pode chamar de ter o mundo aos seus pés, dinheiro a toda volta e o risco de perde-lo por inconsequência tbm.
Logo no inicio o filme já nos mostra sua multifacetada habilidade de transitar entre vários tipos de narrativa quando mostra primeiro o filme substituindo o leão da produtora pelo leão simbolo da agencia do filme e logo em seguida ao mudar a cor da ferrari do protagonista diante de nossos olhos. Com isso Martin deixa claro a linguagem que usara no longa, onde o que vemos é o ponto de vista unica e exclusivamente de nosso narrador. esqueça a realidade normativa, o que veremos é a realidade daquele personagem e somente dele.
E que personagem, e nisso o mérito fica a cargo do impressionante DiCaprio que provavelmente encarnou o personagem de sua vida, levando a narrativa dificil e complexa do filme nas costas ao lado do sensacional Jonah Hill que consegue não só fazer uma dupla de igual para igual com o DiCaprio alem de ter um personagem tão interessante quanto, e mesclar o timing humorístico com a carga dramática e perturbada que esconde suas ações e inseguranças - que eles mascaram com as drogas e o sexo -.
Dicaprio consegue nos entregar atuações em nível corporal, vocal de entonação, com sutileza (naquela conversa sensacional no iate/barco com o cara da policia) e emocional onde suas expressões oscilam com naturalidade da comicidade a tragedia. Ele formula um personagem desprezível mas que pela empatia que o ator - e unicamente é mérito do ator - ainda assim conseguimos torcer por ele, ainda que reprovemos absolutamente o verdadeiro babaca que ele é(ainda que digno de respeito pela inteligência que tem).
O ator demonstrou aqui que definitivamente o mundo não pode mais ter desculpas para não reconhecer seu talento. É um prazer ve-lo em tela. Mas se é que é necessário salientar a grande colaboração do longa se encontra nas cenas em que Matthew McConaughey surge. O homem rouba a atenção para si num personagem que deu pena de não continuar ate o final de toda a narrativa - ficamos com aquela expectativa de quando teriamos noticia dele novamente. realmente o ator esta numa ascensão admirável!.
E quem diria, as 3 horas aqui são acertadas, e isso é fruto da excelente montagem que não deixa pontas soltas, não se estende no que não precisa e mesmo quando comete o aparente erro de mostrar o que não acrescenta em nada na narrativa em si, ainda nos brinda com cenas de ritmo rápidos e suportáveis (como a sequencia de jogo de bilhar).
Palmas também para o designer de som que é um show a parte e igualmente a fotografia e direção de arte que não só nos mostra impensáveis chroma-keys, como ainda imprime um visual por vezes plastificado as imagens o que nos remete diretamente aquele universo a lá 'Harlem Shake'.
Mas o mérito maior do filme se encontra na visão agridoce que ele nos dá. por que se por um lado morremos de rir com as situações insanas em tela, nos questionamos internamente o como aquele mundo que beira a pena e reprovação consegue se espelhar numa sociedade cada vez mais recorrente a nossa volta. Onde o dinheiro doma e transforma o universo ao redor, para o 'saudável' e para o 'reprovável'. Pois sim O Lobo é um sociopata sem remorso, sem limites mas extremamente genial naquilo que sabe fazer de melhor: vender. E é notável como Martin não se deixa seduzir em nenhum momento por aquele personagem e seu mundo e não exita em reprova-lo de todas as formas quando por exemplo mostra uma criança desesperada e chocada pelas atitudes do pai, ou quando mostra a realidade de uma tentativa de direção de carro a noite apos uma ligação em telefone publico e principalmente na chocante cena em que uma mulher aceita ter seus cabelos cortados em troca de dinheiro. Ali a câmera faz questão de mostrar a reação da mulher diante daquilo, sua humilhação ao se retirar da sala contando as notas de dinheiro. Ali Martin Scorsese dá o tom de sua critica, de sua visão e principalmente de sua moral diante daquela epopeia desvairada de sexo, depravação, diversão e dinheiro.
Um grande filme. Com um puta roteiro (Terence Winter uau men, uau!) .
Um verdadeiro uivo de Lobo. E que uivo!
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista Agora''who? who? who?''
HAHAHAHAHAHA
Alabama Monroe
4.3 1,4KQue filme sensacional - mesmo que eu tenho derramado lagrimas silenciosas por mais da metade dele.
Da bélgica esse filme que conseguiu a façanha de ter dois títulos extremamente certeiros para sua trama - o original "The Broken Circle Breakdown" e aqui no Brasil e nos EUA foi com o nome de "Alabama Monroe" - é o concorrente da bélgica para O Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e por enquanto é meu favorito.
O filme é quase um musical dramático que lida com questões de fé e politica numa trama de amor e devoção, tragedia e luta pela vida.
É notavel como o roteiro consegue imprimir tão bem o clima de angustia e de delicadeza ainda assim nas vidas de seus personagens. Se em um momento estamos ternos pelo romance do casal principal, no outro momentos ja estamos apreensivos por sua felicidade, para no outro momentos nos vermos batendo os pés e as mãos com sorriso no rosto pela musica animada que permeia o longa - e que trilha sonora, que trilha! -.
Me impressionei com a atuação da jovem e belíssima Veerle Baetens que vive Elise. Que atuação inspirada e tocante. E que voz doce.
Sim por que Alabama Monroe é antes de tudo um drama, mas funciona como Romance e mais ainda como Um musical. é Um 3 em 1 onde cada parte é elevada isoladamente e fechada de maneira perfeita quando reunida. Um luxo que poucas vezes vemos no cinema principalmente atual - me lembro de ter visto isso uma vez, em 'Apenas Uma Vez'.
Mas se lá em "Apenas" o que mantinha o alicerce da trama era a musica exclusivamente, aqui em "Alabama' o alicerce é outro, mais solido, mais denso, mais torrencial. Isso porque as questões que o permeiam não são fáceis, lidamos com perda, sobrevivência, falta, amor romântico, amor eterno, fé e religião,. politica e ética.
As questões que o filme lida quando cai diante das questões das pesquisas medicas com a sensacional inclusão de momentos chave com o noticiário na tv mostrando primeiro o 11 de setembro e a fala de W.Bush, para depois vir mais uma o ex-presidente americano num veto polemico à época para sintetizar diretamente com o sonho e americanização mesmo que o filme adota no inicio do filme e com as questões de ponto de virada melancólico do roteiro, é genial e pertinente.
Contudo devo expressar meu pequeno descontentamento pela solução final do filme.
Uma vez que ele brinca e deturpa um sentido logico do personagem Didier em sua própria crença. Sim, é uma opção valida do roteiro, tocante, que proporciona um final icônico, mas que não vejo o porque era necessário, diante das questões tão interessantes e corajosas que o filme abordou ate então - com ápice nos estouros de Didier em seus questionamentos a Igreja e a Lei 'guerra e pró- vida'.
Ainda assim, nada que tire o brilho de execução desse filme puxado sim, mas lindo de acompanhar. Ainda que a sensação final seja agridoce de ternura e tristeza ao mesmo tempo.
mas cá entre nós: nomear aqui no Brasil o filme como 'ALABAMA MONROE' e terem o cuidado de não incluir a conjunção 'e' entre os dois nomes foi de uma genialidade incomparável que mescla e soma ao prazer de passar pela experiencia repleta de debates e sensações múltiplas que é este filme. Otimo!
Philomena
4.0 925 Assista Agoraquando estreia?
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraRealmente não é mais uma papagaiada. Que bom!
Que filme ótimo né gente? Fico empolgado quando conseguem subverter um produto em obra. Ainda que esta não seja - cinematograficamente falando - mas que consegue ir além de 'algo direcionado a adolescentes' e se tornar um grande filme de discussões e debates profundos - mas só para aqueles que deixam o pre - conceito formado pela capa e poster de lado claro.
Lembro que quando essa franquia surgiu, eu fiquei extremamente empolgado porque ela trazia algo que eu me acostumei e venerava em Harry Potter, que era conseguir mesclar aventura, com um fundo extremamente critico de sociedade histórica e politica. Se em HP tínhamos toda a trama que correlacionava a religião/crença e fé calcados em sentimentos humanos - como o amor - e a Era nazista. Aqui em Jogos Vorazes não só novamente temos os sentimentos humanos, mais que isso a humanidade em síntese que é o sentimento de esperança e resistência por sobrevivência calcando a narrativa como temos o fundo politico que não só traça um panorama do fascismo governamental mundial, como ainda estrutura a base de nossa sociedade midiática inclusive atualmente(afinal não acaba de estrear o 14° BBB?)
É impressionante como o filme consegue se manter coesa nesses elementos nos trazendo uma critica, uma reflexão e questionamentos sobre a percepção devastadora que temos.
Falo exclusivamente dos filmes pois não li os livros ainda - mas pretendo -. Assim, essa segunda parte Em Chamas tava receoso, pois o primeiro apesar de como disse, a ideia me agradar e a execução ter sido bem executada, ainda achei uma bagunça, pois como qualquer franquia estreante eles sucumbiram ao mostrar demais, tentar trazer uma fidelidade literal talvez ao livro colocando em poucas horas muita informação sem focar em seus problemas reais da trama. Porem aqui em Chamas esses furos não só foram melhorados e consertados como elevados, trazendo uma estrutura complexa tanto de personagens, subtramas como o triangulo amoroso que existe, esta lá é denso é tenso mas não chama a atenção pra si demais em nenhum momento graças a Jah! É o correto afinal estamos diante de uma pré guerra. Como a relação que a mídia naquele mundo dividido e fragmentado em miséria e cegueira exerce diante de nós. Como um ponto de 'teve' pode criar heróis e monstros, moral e ética, o como tentamos camuflar problemas reais com diversão e entretenimento vendendo imagem e conceitos fabricados, falsos, como bonecos tortos em vitrines rotativas de lucro para apenas um lado.
é assustador o cenário que Jogos Vorazes pinta, e muito mais por que mais uma vez é uma realidade que esta próxima a nós. A unica diferença é que fazendo um paradoxo com a musica - o teto de vidro aqui é mortal e não apenas depreciativo ou de julgatura.
Assim palmas para a direção de arte e a fotografia apagada, em tons de cinza, que nos remetem a ambientes de guerra, num clima sempre sem sol e este quando surge sempre é retratada aos personagens contra eles, formando cercos de sombras como estatuas mesmo. Palmas para o roteiro que consegue exprimir todo esse contexto complexo que citei em diálogos certeiros e diretos que não enrolam em nenhum momento com situações desnecessárias e consegue mesmo nas pouquíssimas partes calmas ou cômicas encontrar sentido para existir em prol da trama central.
Atuações excelentes principalmente do presidente Snow vivido pelo ator Donald Sutherland e de Woody Harrelson com seu Haymitch enigmatico e sofrido.
Josh Hutcherson e seu Peeta apesar de eu adorar o ator em si, nunca me convenceu como finalmente nesse em Chamas. Apesar de seu personagem ser o que esta em constante perigo sempre tendo q ser salvo, coisa que pode irritar um pouco no inicio, seus dilemas internos conseguem transbordam aqui, vindos desde o primeiro longa, reforçando não só seu amadurecimento diante de sua experiencia anterior como de suas preocupações futuras. Mas obviamento JLaw brilha aqui, e nem sou o maior fã da moça não. Adora a atriz em si, acho talentosa, mas não sucumbi ainda a adota-la como a queridinha do momento; porem é inegável não aceitar que ela criou uma grande personalidade para Katniss. Katiniss em si é uma personagem forte, determinada que se transforma de maneira fluida diante da narrativo e dos atos sem jamais parecer uma solução obvia de roteiro. E JLaw consegue transmitir isso, essas nuances de personalidade muito bem, expressando todo o trauma que o primeiro 'jogo' lhe causou.
Enfim um ótimo filme, excelente continuação que promete muito em suas duas ultimas partes. Que se mantenha assim Voraz num mundo tão repleto de Jogos destrutivos como o nosso atual, trazendo esperança de fato não só a mente e questionamentos da nova safra da juventude mas dos que já não são mais tão jovens mas as vezes esquecem o que isso significou ser para nossa sobrevivência.
Ps: apesar de entender o conceito e ate imaginar que seja sensacional nos livros isso, continuo achando vestido pegar fogo tão brega.. mundo da moda me julgue hehe (comentário pessoal apenas rs)
Sobrenatural: Capítulo 2
3.4 1,2K Assista Agorahummm
Acabei de assistir Insidious Chapter 2 (que aqui veio como sobrenatural capitulo 2) e não que o enredo seja ruim, mas a execução é.. medíocre.
O primeiro conseguiu um feito que era raro quando estreou, conseguir mesclar um bom roteiro, com uma mensagem clássica do terror e sem muitos efeitos especiais, somente com efeitos visuais de maquiagem e truques de câmera/plano/luz, sombra e espelhos se manter num terror crescente e num suspense excelente. Adorei o primeiro, sem falar que as referencias a clássicos do terror e do suspense eram e foram vitais. Porem esse segundo ainda que mantenha uma linha de raciocínio condizente com a proposta do primeiro não vingou, não convence, não mantem nem o drama, menos ainda o suspense, o roteiro se apressa em soluções obvias e fáceis demais o que prejudica a narrativa e as atuações idem, surgem cansadas, sem inspiração. O ultimo ato ate que empolga por conter mais ação, porem... não! A intenção foi boa mas a sensação que fica é que essa segunda parte se daria bem se se trata-se de uma serie, um capitulo de serie e não capitulo fílmico, um longa de fato. Uma pena.
Mas vale pela coerência da historia (a síntese do mundo do além e da experiencia da família o que ligava o pai e filho- alias isso se perdeu aqui tbm, pq se Sobrenatural capitulo 1 tratava muito mais da relação pai e filho, aqui é simples e puramente de seus dons )
Os Croods
3.7 1,1K Assista Agorauma preguiça daquela para chamar de minha faz favor! ^^
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraFinalmente consegui terminar essa bagaça hahaha
E não é ruim. Porem é uma chatice de enrolação sem tamanho. Explico.
O filme é ótimo, baseado nos anos 70 possui toda uma estética da década, estética não somente na direção de arte, mas na fotografia que que imprime uma plastica retrô, granulada de cores apagadas que nos remete a filmagens feitas naquela época com aquela qualidade de imagem. O mesmo para as técnicas de filmagens que usam enquadramentos e posicionamentos e movimentos de câmera característicos da época.. onde tudo é evidenciado sem sutilezas, com zoons rápidos, cortes entre falas, detalhes assim que algo é mencionado e direcionado ao objeto ou gesto. Somente nisso o filme ja cresce muito.
O mesmo para o figurino impecável, e as atuações. e aqui polemica. A Amy esta muito bem no papel, mas longe de ser uma atuação que marque. Ela tem alguns momentos memoráveis mas nada que justifique indicações a tantos prêmios por mérito. é uma grande atriz, num bom papel, com uma atuação boa, não 'sensacional'. O mesmo dos outros 5 atores principais do núcleo. JawLa de fato é uma atriz muito boa, expressiva de talento. Mas continuo com a mesma opinião do ano passado. O melhor papel dela ate hj foi no filme "Inverno da Alma" la ela merecia todos os méritos e indicações e prêmios. Ano passado ela não mereceu o Oscar diante de suas concorrentes e esse ano a mesma coisa. Não dá para compreender. Se levar o premio sera unica e exclusivamente por campanha e não pq 'foi a melhor' entendem? Sua atuação aqui esta apenas correta. um trabalho de uma atriz em ascensão com marca já própria, num papel bom também, interessante mas que não exige nada demais dela a ponto de lhe absorver uma atuação digna de Oscar por exemplo. Mas que seja.
Quem realmente esta bem aqui é o Cooper. O ator consegue nos fazer esquecer do ator por trás do personagem e isso é surpreendente.
Trilha sonora saudosista ne sempre agrada. Mas como disse, apesar de tudo isso torna-lo um bom filme, isso so ocorre com uma hora de duração. Antes disso o filme se perde em explicações desnecessárias que o tornam longo demais sem justificativa alguma, em outras palavras: chato ou massante. Apos uma hora de projeção finalmente nos embalamos na trama e realmente eu final vale a pena - intrigas sempre agradam no final das contas-. Em todo caso...
mereceu as indicações que teve? sim.
Merece levar alguma coisa? Sim, principalmente as técnicas.
é o melhor entre os concorrentes de sua temporada? não. Mas é um bom filme. Não é ótimo ou inesquecível. Apenas bom e por isso vale a paciência.
Ela
4.2 5,8K Assista Agora''O coração não é uma caixa que pode ser preenchida. Ele se expande por dentro o quanto mais você ama. Eu sou sua e não sou.''
Penso assim: Se Meryl Streep é Deus Al Pacino tbm o é. E para todas as outras coisas da vida Joaquin Phoenix é uma religião de respeito ♥
Que roteiro fabuloso e pertinente. Her que o nome ja denuncia sobre o que realmente trata, não só nos trás uma bela historia de amor e relacionamento como um panorama de futuro já quase presente dos moldes que nós nos relacionamos com nós mesmos em busca de compreensão de nosso tempo e espaço físico e espacial.
Para isso temos uma trilha sonora ludica, de calma e melancolia, quase agridoce aos ouvidos e aos sentidos. Uma graça. Igualmente o designer do longa com uma edição e montagem que nos remete ao inconsciente constante.
Perspicaz também o uso das cores no longa. O azul, amarelo e vermelho permeiam o longa todo,. a todo instante. São cores que inconscientemente nos despertam sensação de consumo, coisas inovadoras, criatividade, marketing - o simbolo da Google tem essas cores. Cores extremamente vivas que contudo nos passam a ideia de coisas virtuais.
E essa é uma alegoria mega interessante para a proposta do filme.
E os fãs da moça que não me levem a mal, mas a ScarJo esta em sua melhor performance. E não é ironia. Pela primeira vez 'vi' uma atuação interessante da moça, repleta de sentimentos, de nuances. Você não vê a Samantha mas consegue enxerga-la. Atuação vai além de expressão corporal ou facial. Atuação esta na impostação de voz também e a ScarJo assumiu totalmente esse personagem.
Mas é o Phoenix que brilha em tela. Ele consegue imprimir a dose certa de sentimentos e sensações que o personagem exige, sempre de modo contido ou mesmo particular. Não é um personagem formado pelos exageros mas sim pela contenção. E sua atuação mostra isso. Onde nos momentos de libertação - como as cenas que ele dança, corre - nos acabamos por experimentar aquela alegria, esboçamos sorrisos simplesmente por que o personagem consegue nos transbordar para aquela realidade- que no final das contas é tão parecida com a nossa atual. Amy Adans a cada dia se tornando uma atriz FODA em todos os sentdos, ainda que em um papel que não exija nada demais dela, consegue nos fazer ter ternura e simpatia a cada aparição em que surge.
Her é muito mais um filme sobre sentimentos humanos que qualquer outra coisa. Um mundo não tão distante onde as relações humanas se subvertem, onde nossa tecnologia coexiste entre nós. Onde humanos e Virtuais se confundem. Onde a priori de ser humano caminha numa relação complexa de descoberta do que é viver e não apenas sobreviver em sociedade. São mil e uma questões acerca do comportamento dessa nova geração que se inicia e que sim estamos fazendo parte em sua evolução e desenvolvimento que torna o filme uma experiencia bonita sim do ponto de vista romântico, mas dolorosa do ponto de vista ao qual nos vemos ali em cada parte de Theodore, de Samantha (serão meus sentimentos ou apenas uma programação?) e de Amy.
Pessoas solitárias dentro de si mesmas que tentam a todo custo aprender a lidar com a imposição social de ser socializável e assim se encontrar.
E se é que não bastasse toda sensibilidade nas duas horas de projeção, ao final o resumo do que o espectador faz e sente involuntariamente: o som da respiração.
Um belo filme... Belo!
'E o passado é apenas uma historia que nos contamos'
Álbum de Família
3.9 1,4K Assista Agora''eat fish, eat fish, eat fish, eat fish, eat fish, eat fish,eat fish!!!''
eu so queria saber quem em nome de Lumié classificou esse filme como comedia?
deus é mais! Que filme puxado, tenso e doloroso...
Porem as partes cômicas valem por milhões de filmes de comedia atuais realmente. No entanto a tensão que o filme carrega é tão mórbida, tão profunda que nossa senhora. É muito mais um drama complexo do que outra coisa.. filme sensacional.. que roteiro fabuloso man.. sinceramente não esperava tudo isso! to meio chocado O.o
Album de familia é brutal. Interessante como a direção de arte aqui acertou em cheio como sintetizar as emoções e tramas desenvolvidas ao longo das duas horas de projeção. Nota-se o cuidado de conceber a casa repleta de objetos, saturada, alguns sem utilidade alguma, empilhados a esmo por todos os cômodos, justamente para passar a ideia de que ali tudo é cheio demais, acumulado demais, em contraste com a liberdade de lá de fora, tão vasto e em parcimônia. A casa é fechada, escura, em tons sempre escuros, enquanto outros ambientes externos são tão claros... O calor que emana em todo lugar sem nunca ser acolhedor mas pesado, insuportável. Como em certa passagem, perguntam-se pq a casa é tão fechada, e é isso, sintetiza o que o filme mostra. AS VEZES as familias guardam tanto, se fecham tanto, ocultam tanto que não dá para saber se é dia ou é noite em seu interior. Muitas vezes nos vemos obrigados a conviver com segredos e magoas tudo em prol do que chamamos de 'familia é familia, não importa como seja, devem ficar juntas' e nisso aguentamos e suportamos pesos, transtornos e feridas que nos marcam tão profundamente que nenhuma cicatriz é capaz de fechar. Como a casa, sem jamais sabermos se nossos sentimentos por esse laço de sangue são claros ou escuros.. afinal estamos soterrados por eles.
O titulo em português expressa bem a temática do filme. Quantas historias e lagrimas um retrato de família juntas escondem atrás do riso que vai amarelando através dos anos?
Como disse, ponto para a direção de arte e para a fotografia, que se não to enferrujado é bem saturada o que achei propicia. Ha uns enquadramentos bem interessantes tbm, como aqueles em que vemos a casa ao longe.
Mas o ponto alto desse filme com certeza é seu roteiro, com cenas memoráveis que assustam no grau de desenvolvimento e estrutura e assim estendo as palmas as atuações.
Men juntar astros e atores competentes nem sempre dá certo num drama. E aqui cada um dá um show a parte em seus respectivos papeis. Todo personagem aqui traz um complexo estudo de personalidade. Todos. Abigail Breslin, Dermot Mulroney, Ewan McGregor, Julianne Nicholson, Juliette Lewis, Margo Martindale... cada qual expressando nas sutilezas muitas vezes o carater mais profundo das magoas e segredos que vem a tona... Porem impossível não destacar Julia Roberts e Meryl Streep que sem exceções, em todas as cenas que surgem dão um banho de atuação e visceralidade a cada fala, a cada gesto, a cada aparição. Quando juntas em cena então.. meu deus. Chega realmente a assustar e não é exagero. Julia em sua melhor forma, que mostra a cada dia que envelheceu bem. E Meryl chega a ser redundante mas realmente ela é Deus!
Um filme arrebatador que me surpreendeu positivamente, ainda que tenha deixado um nó engasgado aqui de angustia e desespero... afinal, seja lá como for e de que maneira for, de sangue ou não, todos temos familia. E qual familia não tem um 'album' assim?
PU - XA - DO!
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraTudo muito bem, tudo muito lindo, tudo muito tudo..
porem alguém pelo amor de jah me diz como faz para parar de cantar e escutar 'Let In Go' em todas as versões possiveis POR FAVOR? Geh Sus Crist! hahaha ta num repet tão intenso a tantos dias que to preocupado! rs ♥
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0K12 Years a Slave que se justifica em tudo suas indicações a premios, e possiveis ganhos no oscar, num filme visceral, assombrosamente brutal e pesado, que consegue trazer momentos de time perfeitos de emoção, indignação, arrebatamento e choque.
ha um plano sequencia no final do 2° ato que é uma coisa indescritivel. Nos leva a lagrima ou ao no na garganta com facilidade. Atuações otimas tbm, em particular dos protagonistas.
Talvez a unica coisa que me incomodou foi a montagem. Tenho uma dificuldade enorme em 'aceitar' montagens que levem a narrativa para o futuro, para o passado e de volta ao presente em questão de espirros para nos conduzir de volta numa especie de deja vu a epoca atual de novo. me atrapalha confesso ainda que esteticamente e conceitualmente seja otimo.
Um puta filme com Puta maiúsculo!
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraOutro que vi foi a animação da decada talvez. Que favoritei como a melhor animação da Disney que ja vi em muitos e muitos anos.
Frozen! é de uma delicadeza e contudo profundidade, tecnicamente impecavel. Com personagens bem desenvolvidos e fortes, principalmente as princesas que definitivamente deixaram de esperar pelo principe e hj montam os cavalos e são suas proprias heroinas. A evolução da disney nesse quesito em acompanhar os tempos atuais sem contudo abandonar o classico dos contos de fadas é gratificante.
Com cenas belíssimos também e emblemáticos, Frozen não só quebra o paradigma de amor eterno e idealizado que a propria disney ajudou a disseminar como ainda consegue nas entrelinhas promover uma mensagem que necessita ser universal de fazer nós nos aceitarmos como somos! Da maneira que nascemos sem mudar por ngm, ou necessariamente fugir. Não contermos a força que emana de nós; Me emocionei bastante na sequencia da musica Let It Go pela tradução dela... procurem saber e chorem comigo o quanto antes!
Alias a volta dos números musicais tbm me agradou. É a disney se reinventando com classe e resgatando ao mesmo tempo os valores que a fazem ser o que é ate hj. Uma delicia.. mesmo! que animação gente ♥
Fruitvale Station - A Última Parada
3.9 333 Assista Agora"Fruitvale Station" - que veio para cá com o subtitulo 'A Ultima Parada" - e trata também de uma historia real que ocorreu no ano novo de 2009. E que puta filme men!
É mais um filme do tipo alerta e denuncia. Com um roteiro muito bem enxuto que tem o cuidado de delimitar bem a vida de Oscar - protagonista vivido por Michael B. Jordan e muito bem no papel ainda que não exija muito dele - junto a sua familia, mulher e filha. Como foram os anos na prisão e os motivos que levam um cara, negro dos subúrbios americanos a recorrer ao crime, ao chamado 'dar sorte' em épocas difíceis. O que gostei aqui e que vi de diferente nos mil e um roteiros com o mesmo tema de desigualdade e preconceito é que aqui não ha muito como argumentar àqueles obtusos seres que só conseguem olhar do alto da janelas de suas casas protegidas, que nada justifica o crime. Ok, sim, entendo e percebo o quão essa minha fala é complexa e perigosa, porem o que se deve entender e que o filme demonstra é que nem sempre o bandido é o vilão, nem sempre aquele cara cara negro ou branco que rouba, que vende drogas é um cara 'ruim' de índole duvidosa, de moral maldosa.
Existe toda uma historia e contexto que no geral culminam numa mesma problemática: desigualdade social calcada não na economia mas sim nos anos de exclusão e discriminação seja por cor, raça, credo ou o que for nos chamados polos de 'minorias sociais'. E isso esse roteiro consegue fazer bem sem ser exatamente diplomático ou com cunho educativo.
Outro ponto que credito a direção bem madura do diretor que desconheço 'Ryan Coogler', é que o filme consegue ganhar um tom de militância mais pro final sem conduto ser explicito ou levantar a famosa bandeira "fim da policia militar". Não que levanta-la e deseja-la seja necessário ou desnecessário, nada disso nem nesse contexto e nem no meu comentário, mas o filme acaba crescendo sem esse advento que a ele não é necessário ainda que a gente reflita sobre todo o sistema ao final.
E que final, chocante e verdadeiramente revoltante.
Octavia Spencer esta muito bem também, nada demais, mas correta em seu papel que ao meu ver se o filme não se tratasse de 'baseado em fatos reais' poderia ser melhor desenvolvido, afinal ela encarnou uma personagem que aparenta ser forte diante da fragilidade que a vida lhe impôs. Assim, o que resta dizer é que é cruel e assustar sabermos que um fato assim ainda ocorre direto no mundo todo, nesse instante com primos, tios, amigos e desconhecidos mundo afora, e muitos deles sem o alerta/minução da informação como celulares para gravarem e denunciarem não só abusos de autoridade, mas injustiças de anos de discriminação e burrice imperdoável de uma sociedade que se diz ainda social e evoluída como o racismo, que sim, ainda existe e não só em piadas, comerciais de TV, programas de televisão ou em contas de bancos.
Um ótimo filme.
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista Agora"CAPITÃO PHILLIPS'. Admito que fui assistir o filme mais por curiosidade para saber o que tanto falavam sobre a atuação de Tom Hanks aqui. E sim constatei que ele anda merecendo todos os elogios feitos. Contudo quem realmente me chamou atenção foi o ator Barkahad Abdi que é o antagonista da trama, porem não como vilão necessariamente mas sim como um anti Heroi(um dia me cobrem e farei um post explicando os termos e como diferenciar ok? para quem não manja dos paranaués haha). O Ator tem origem Somalia mesmo ainda que seja atualmente um cidadão americano.
Seu personagem o capitão/pirata MUSE é de uma profundidade tão exasperada e tocante que conseguimos nos solidarizar, admirar, ter ódio, aversão, pena e medo tudo em questão de minutos, dependendo da forma que ele lança seus olhares ou da impostação de sua voz. Magro, quase cadaverico ele assume as cenas em que esta presente ao lado de Tom Hanks que tem seu melhor momento no final da projeção. Se o comum é esperarmos uma atuação sóbrio porem repleta de caras e bocas e trejeitos tipicos de Hanks - e veja que não é em forma pejorativa que digo isso não, pelo contrario - aqui, ele assume um personagem mais sóbrio, calculista, que embala o espectador não exatamente pela emoção, pela pena ou solidariedade, - recursos comuns de protagonistas vitimizados em situação de sequestro ainda mais nesse caso, baseado em fatos recentes e reais-, mas através de sua força e capacidade de raciocinar em prol de uma resolução eficaz.
O filme é dirigido pelo reconhecível Paul Greengrass - de voo united 93 e supremacia bourne - que não exita em imprimir sua marca quase documental em seu estilo de filmagem, em colocar a tensão e a verossimilhança das cenas de forma palpável e angustiante, com câmeras nas mãos, closes absurdos, movimentos e alteração de ângulos que nos fazem participar da trama por vezes. Palmas para o roteiro que como citei não se prende em superficialidades para nos colocar diante da trama, e principalmente não tenta se beneficiar do melodrama como artificio de fisgar a atenção e torcida do espectador. Assim quando algum personagem corre perigo de vida não nos assustamos e tememos por sua vida por sabermos de sua trajetória, por pensarmos em sua família por exemplo, pois isso ali é irrelevante, mas sim tememos e torcemos para aquela vida por ser uma ser humano em uma situação critica.
Alias critico esse filme consegue ser - apesar da xenofobia meio que sem escapatória acredito em filmes hollywoodianos ainda mais dessa vertente- ao mostrar como muitas vezes um cidadão independente de qual pais esteja, é colocado literalmente a deriva pelas mãos de gente mais poderosa que eles-nós.
Um ótimo filme MESMO! adrenalina pura!
Dentro da Casa
4.1 553 Assista AgoraOlha eu começando o ano bem!
Acabei de terminar de assistir ao filme "Dentro da casa" - Dans La Maison - Que consegue ter o delicioso toque irônico francês (que não é segredo pra ninguém que amo e e sempre adorei inserir na minha escrita - e mesclar com uma trama sensível, intrigante e um estudo de narrativa muito coerente com a critica feita ali.
É recorrente ouvirmos muitos falarem "o filme é bom mas o livro é melhor". Porem aqui, essa frase não cabe, ainda que eu não tenha lido a obra ao qual o filme foi baseado, pelo único motivo de que este filme é um filme para se ler, e não somente para se assistir.
é como se estivéssemos assistindo a um livro.
A grande sacada que me encantou aqui é como elevar o exercício do roteiro e conseguir transforma-lo em literatura sem perder o cunho de roteiro. é complexo quando se pensa em linguagem.
O filme vai se desenvolvendo a tal ponto em que os autores das historias se transformam em personagens de suas próprias historias, é uma metalinguagem sobreposta a outra, em que viramos espectador, críticos, voyers. No baile de classe media que o filme executa, vemos tal qual 'Janela Indiscreta" uma alegoria de vidas domesticas, de vidas aparentemente secretas em sua passagem e intimidade. Se lá em "janela" espiávamos feito um grande BBB as tramas se desenvolvendo enquanto apenas observamos seu desenrolar, aqui participamos e vemos a historia sendo construída ao passo que é escrita em nossa frente e presença, espiando através da fechadura, da porta do quarto entreaberta (não por acaso o filme nos remete ao "indiscreta" no final, mas de uma forma se é que é possível um pouco mais sombria - já que o filme todo é tenso, mas nunca num nível de suspense latente. Ele é muito mais um drama.
Com atuações muito boas e personagens fortes, como disse o filme tem sua força em sua estrutura narrativa que desperta riso, emoção, e asco por nos enxergarmos um pouco no protagonista que beira a psicopatia.
Eu como 'escrevedor' confesso que me despertou uma vontade latente de voltar a escrever romances ou mesmo dissertar sobre as historias que observo. Pois tal qual o personagem prefiro o silencio e o fundo da sala, os cantos onde se pode ouvir e ver a todos sem ser notado. Isso, de observar os humanos e a vida é um exercício fascinante. e o filme expressa bem isso.
Um ótimo filme com direção segura. recomendo! :)
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista Agora""Céline: Agora que reparei, a cor avermelhada em sua barba desapareceu.
Jesse: - não desapareceu, apenas ficaram brancas.
Céline: - é o que me fez eu me apaixonar por vc, vc essa cor avermelhada nas sobrancelhas de nossas filhas.
Jesse: - então seu amor depende da mancha vermelha na minha barba?
Celine: - não, mas sinto falta dela...""
Esse é outro dialogo chave nesse roteiro sensacional que fica martelando na minha mente direto pela sutileza em sintetizar tão bem o rumo do casale consequentemente seu final simbólico. Ah, ♥
tem certos filmes que deveriam vir com alerta alem da classificação etária, sobre possível paixão devastadora e apego após assisti-los.. .-.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista Agora''sabe o que esta acontecendo aqui? é muito simples.
eu acho que eu ja não te amo mais.''
doeu ate a ultima geração e em cada ancestral meu :/
Que filme. Que final (sera?) de uma trilogia IMPECÁVEL!
é um risco enorme usar palavas como 'perfeito, irretocável, sem erros' e etc para filmes. Afinal toda arte é humana e por isso mesmo passível de imperfeições. Porem me atrevo aqui, me fazendo alvo do erro se ele existir e declarar que essa é uma Trilogia PERFEITA.
É o romance definitivo na historia do cinema, que tal qual seus atores envelheceu bem, da maneira correta, de maneira absoluta, hipnotizante, sofrida e encantadora.
Celine e Jesse são O CASAL. Em suas imperfeições e diferenças possuem uma química tão palpável que mesmo lá em 94 ja sentíamos que o conhecíamos pessoalmente. Ja fazem parte de nos cinéfilos que acompanhamos por longos 18 anos uma jornada de amor e entrega.
É dificil deixar o emocional de lado ao analisar uma obra assim que carrega uma historia tão particular e unica a cada espectador. Ainda assim se analisarmos isoladamente e racionalmente essa terceira parte, é possivel sim concordar que é a melhor das 3 partes por um unico motivo: tempo.
No nascimento dessa historia la em 94 ainda que belissimo, apaixonado, lidavamos com uma relação, um roteiro calcado nos contos de fadas. Um dia perfeito, prometendo uma vida perfeita e eterna.
No segundo lá em 2003, houve um choque de realidade mas com uma esperança ainda latente. Uma historia mais vivida, mas não amadurecida o suficiente.
Aqui em 2013 finalmente o amadurecimento. O roteiro mais coeso, mais real, sem abandonar jamais o conto de fadas que todos nós precisamos para sobreviver no mundo, ainda mais no amor, mas com toques de sabedoria de entendimento.
Tudo se elucida na passagem do almoço, em que todos estão na mesa conversando, e a senhora mais velha da mesa conta a historia do marido ja falecido. Aquilo é esse antes da meia noite. aquilo justifica seu final.
Sim, sou um jovem velho lobo romântico e ainda creio que o Antes do amanhecer ainda existe. Porem, a Meia Noite esta aí para encerrar um ciclo... é preciso vir a noite, escurecer o brilho todo para finalmente se conhecer melhor a nos mesmos (a velha diz que no sol, na luz ele desaparecia não?)
Um filme delicioso, hipnotizante, apaixonante. Definitivo e eterno tal qual sua memoria em cada um que o apreciou seja por esses longos 18 anos ou agora.
To meio emocionado na verdade de poder escrever ao final desse ciclo, tenho 24 anos de idade, estudo cinema, sonho em ser escritor e ganhar a vida assim um dia, e convivi com Celine e Jesse ao menos uma vez por ano, por 10 anos. Por 10 anos busquei ali referencias, busquei consolo, busquei esperança, esquecimento, inspiração para meu futuro profissional... Busquei apego e a mim mesmo. E nunca me decepcionei. E chegar aqui sabendo que a historia que tanto elucido me brindou com um nivel e uma realização tão intensa, tão delicada, tão profunda em níveis maiores ainda que os anteriores, com diálogos arrebatadores e imagens belíssimas.. man, não tem preço que pague o que isso causa aqui dentro ♥
No mais: Sempre existe aquilo que vem Antes da Madrugada... quem sabe.. hehe
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraQuando foi que a Celine ficou tão insuportável? ¬¬
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraMaravilhoso!
Spring Break não só consegue elucidar uma característica calcada entre a mudança da passagem da vida adolescente para a vida adulta atual como ainda calca esse período em um espetáculo sensorial e visual impecável ao trazer sua critica e alerta de uma Babilônia descontrolada que vivemos a anos - não é exclusividade da juventude atual-.
Esse filme é quase uma Juventude Transviada do seculo XXI com um potencial visual incrível e confesso surpreendente. As cores e a fotografia extremamente saturada e de luzes vazadas que contrastam com o designer gráfico e sonoro - man, que desenho de som incrível e difícil de se obter com essa montagem e edição tão complexo e corrida- própria dos vídeo clipes - que o filme traz. Meu esse diretor merece palmas só por conseguir isso; são um ponto forte indiscutível.
As atuações bem bacanas, as meninas estão soberbas em papeis dificeis, que exigem que suas ações demonstrem a intenção do roteiro de mostrar meninas perdidas em sua própria identidade moral, em relação a sua aparente inocência e por isso mesmo periculosidade; com destaque obvio de James não só pelo complexo papel que exerce mas por conseguir transitar entre protagonista, antagonista, anti herói e vilão em segundos apenas com seu ar caricatural de gangster americano, que é fragil em seus sentimentos mas cruel em seus planos e ações, beirando a loucura.
O enxerto de colocar britney Spears como base das cenas ponto chaves- no sentido de metaforicamente denunciarem para onde o filme caminha e para marcar a passagem de atos da narrativa tbm diga-se de passagem - foi muito bem acertado uma vez que colocar um icone pop que enfrentou a sensação de estar perdida, que marcou a juventude justamente dessa mesma parcela de sociedade que o filme tem como alvo ao criticar e alertar é inteligente.
Ainda que as técnicas de filmagem que querem mostrar a repetição, o vazio, a osmose, a falta de direção, as luzes neon com os closes, a câmera sem nivelamento, ser um artificio correto para passar essa sensação ao espectador de incomodo, achei em dado momento mais para o final um pouco demais, mas nada que prejudique muito o filme não. Aé achei curioso a decisão de mostrar os locais moralmente aceitos/corretos na vida de um jovem como escola, igreja por exemplo serem mostrados como lugares opressivos de luz baixo, de enquadramentos que sufocam que assiste e os personagens que a ele esta inserido. O mesmo sobre a escolha de mostrar as falas das garotos demonstrando uma coisa e as ações e rimas visuais demonstrarem outra. A imagem representando a verdade onisciente em paralelo com a voz off.
O mesmo digo da montagem que intercala ações futuras e passadas com de outros tempos e fora da própria narrativa evocando o espirito daquela juventude, daqueles garotos e garotas.
Ponto ao climax tbm que ao invés de entregar um final de redenção ou julgamento escolhe como todo o filme atuar como mero registro de uma fase/ momento de vida de dado personagem e só. deixando a nós compreender, e formular teorias e teses sociais mesmo de como chegamos em um panorama assim, dia a dia do nosso lado - mesmo nós mesmos vivendo isso de dentro e não somente com olhos de fora - .
Enfim um bom filme, que representa bem o campo em que resolveu mostrar e dissertar. :)
Tatuagem
4.2 923 Assista AgoraMinha critica de TATUAGEM filme de Hilton lacerta que desponta na minha lista incontestavelmente como um dos melhores lançamentos de 2013.
(corre que da tempo ainda de terminar o ano bem) #Criticofilia
''Com recursos ate mesmo timidamente metalinguístico, esse que pode se confundir como “o Moulin Rouge do subúrbio, a Broadway dos pobres, o Studio 54 da favela”, não só transgride o limite ainda existente entre o Cinema nacional atual entre sua arte, seu discurso e execução, como de maneira quase anárquica nos deixa marcados com nossos questionamentos – ainda que saiamos dele de maneira branda e leve, em parte por sua trilha sonora saudosista -.
(...)
Tatuagem é, sobretudo humano. Um retrato pertinente à nosso país e ao mundo, que de fato explode como um gigantesco e profundo desamarrado cu, e que tem cheiro doce.''
http://criticofilia.blogspot.com.br/2013/12/tatuagem-critica.html