Uma das curiosidades de O destino de uma nação é ser lançado no mesmo ano de Dunkirk, de Nolan. Se este filme conta a história das tropas inglesas presas em Dunkirk por causa de aviões alemães, a obra de Joe Wright conta, digamos assim, seus bastidores. Para um diretor que já havia mostrado uma sequência sem cortes passada na praia francesa em Desejo e reparação, indicado ao Oscar de melhor filme como O destino, não se trata de nada surpreendente. Naquela produção de 2008, Wright se situava entre uma história familiar e uma tragédia de guerra; ele não deixa de fazer o mesmo aqui, embora sem tanto espaço para as nuances familiares. O destino de uma nação começa em maio de 1940, quando o Reino Unido e França são aliados na Segunda Guerra Mundial. O Partido Trabalhista da Oposição no Parlamento inglês pede que o primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain (Ronald Pickup) renuncie, por ser considerado muito hesitante. No entanto, Neville consegue fazer com que Halifax (Stephen Dillane), seu braço direito, continue num posto do governo.
Dirigido por Fumihiko Sori a partir de um mangá de Hiromu Arakawa (que já ultrapassou a venda de 70 milhões de exemplares, além de ter animações para a TV), Fullmetal alchemist é uma produção totalmente japonesa com uma tentativa de avançar no terreno da fantasia cinematográfica. O filme inicia mostrando os irmãos Edward e Alphonse Elric, que moram com a mãe na cidade rural de Resembool. Depois da morte dela (e o enterro dialoga com a ambientação do terror Medo), eles tentam usar a alquimia para trazê-la de volta, mas um dos irmãos fica gravemente ferido, perdendo seu braço para salvar a alma do seu irmão, que é transposta para uma armadura medieval. Eles violam leis que envolvem a transmutação humana. Anos depois, Edward (Ryosuke Yamada) quer recuperar o corpo do irmão (Atomu Mizuishi) por meio de uma procurada pedra filosofal e para isso tem a companhia de Winry Rockbell (Tsubasa Honda), que repara os estragos que costumam acontecer com seu braço e perna, e a ajuda do coronel Roy Mustang (Dean Fujioka), que faz parte de um grupo do Estado especializado em alquimia.
O diretor grego Yorgos Lanthimos, depois dos exitosos Dente canino e Alpes, ingressou na indústria de cinema norte-americana com o estranho O lagosta, uma espécie de crítica corrosiva de uma vida em comunidade num futuro não longínquo, na qual o indivíduo escolhia seu modo de vida e sua amada baseado em conceitos deslocados do senso comum. Agora, ele regressa com um elenco novamente de atores americanos em O sacrifício do cervo sagrado. Na história, o cirurgião Steven Murphy (Colin Farrell) tem um casamento tranquilo com Anna (Nicole Kidman) e um casal de filhos, Kim (Raffey Cassidy) e Bob (Sunny Suljic). Alcóolatra, Steven fica amigo de Martin (Barry Keoghan), filho de um paciente dele que morreu na sala de cirurgia. Martin o visita frequentemente e quer que ele tenha um caso com sua mãe (Alicia Silverstone). No início, essa relação não fica muito clara, o que torna ainda mais perturbadora a narrativa. O espectador não possui informações do motivo pelo qual Murphy perambula com Martin por ruas e cafés, sabendo-se imediatamente que ele não é parte da família.
Depois do excelente Leviatã, um dos melhores filmes desta década, o diretor russo Andrey Zvyagintsev voltou a Cannes para mostrar este novo projeto. Reconhecido por obras que descontentam ao governo de seu país, Zvyagintsev tenta obter financiamento por empresas independentes dele. Ter sua segunda obra indicada ao Oscar de filme estrangeiro mostra como ele está conseguindo projetar internacionalmente seu cinema. Sem amor mostra um casal em crise, Zhenya (Maryana Spivak) e Boris (Aleksey Rozin), que está para se divorciar, mas ainda não contou para o filho, Alyosha (Matvey Novikov), um menino de 12 anos, que sofre escondido e determinado dia foge de casa. Enquanto os pais já organizam uma nova vida com seus respectivos novos amores, ele está absolutamente sozinho. Zvyagintsev evita mostrar Alyosha falando, apenas as reações faciais ao casamento dos pais em dissolução. Mais do que qualquer coisa, ele é outra metáfora para o cineasta falar da Rússia. E se corresponde principalmente com o filme que tornou o diretor reconhecido, o levemente distante e sem emoção O retorno, no entanto com qualidades interessantes.
O espectador deve se lembrar do ataque terrorista que ocorreu durante a maratona de Boston, nos Estados Unidos, em 2013, quando diversos civis foram atingidos. No ano passado, Peter Berg focou o acontecimento em O dia do atentado, com Mark Wahlberg, com um viés mais policial e de investigação. O diretor David Gordon Green mostra essa história a partir de um jovem, Jeff Bauman (Jake Gyllenhaal), que estava no local para assistir à ex-namorada Erin Hurley (Tatiana Maslany) correndo, ela com o objetivo de ajudar o hospital onde trabalha. Jeff mora com a mãe, Patty (Miranda Richardson), separada de seu pai Jeff (Clancy Brown), num apartamento de dois quartos, e tem sua vida totalmente transformada pelo acontecimento, à medida que os médicos precisam amputar suas pernas devido aos ferimentos causados pela bomba.
Depois de estar à frente de Pariah (muito elogiado no Festival de Sundance) e Bessie, a diretora Dee Rees traz a Mudbound - Lágrimas sobre o Mississipi, produção da Netflix, baseada no romance de Hillary Jordan, o que se esperava: uma espécie de encontro de A cor púrpura com 12 anos de escravidão, mas com características próprias. Esses são dois filmes basilares para o conhecimento da história dos afrodescendentes nos Estados Unidos, sobretudo no que se refere à sua dificuldade de inserção e à tragédia da escravidão, que perpassou gerações. O que Rees faz não é simples: ela traz ao mesmo âmbito de obras consagradas um novo olhar sobre a tentativa de domínio do homem branco, sem abdicar de uma visão humana sobre aqueles que ousaram, diante disso, fazer diferente.
Visto como um dos grandes favoritos ao Oscar depois de ser escolhido como melhor filme no Festival de Toronto, Três anúncios para um crime estende aos Estados Unidos a trajetória de seu diretor britânico, Martin McDonagh, mais conhecido por Na mira do chefe e Sete psicopatas e um shih tzu. McDonagh tem um certo estilo situado entre o humor corrosivo e o policial, fazendo de certos artifícios previsíveis uma possibilidade de rever certa tradição dentro de gênero. Em seu novo filme, ele mostra uma mãe divorciada, Mildred Hayes (Frances McDormand), que, descontente com o fato de que nunca descobriram o responsável pelo assassinato de sua filha adolescente, Angela (Kathryn Newton), decide alugar três outdoors com Red Welby (Caleb Landry Jones), com um recado para a polícia de Ebbie, Missouri, onde mora. Ela vive com o filho Robbie (Lucas Hedges) e se desentende constantemente com o ex-marido, Charlie (John Hawkes). Sua melhor amiga é Denise (Amanda Warren). Todos parecem entendê-la; ela também entende a todos, mesmo que não queira deixar isso claro. Ao mesmo tempo, joga sinuca às vezes com James (Peter Dinklage, ótimo). Sua maior qualidade não é exatamente a simpatia, e McDormand parece não mostrar aqui as qualidades que lhe deram o Oscar de melhor atriz em Fargo e sim os sentimentos de secura encontrados em sua personagem, por exemplo, de Moonrise Kingdom.
Lançado no Festival de Sundance de 2017 e desde então elevado pela crítica a ponto de chegar a indicações principais ao Oscar, Lady Bird, de Greta Gerwig, é um filme sobre a adolescência com vários elementos que já vimos antes. São organizados de maneira a fazer o espectador sentir uma espécie de nostalgia, assim como as obras dos anos 80 de John Hughes e do recente e excepcional As vantagens de ser invisível e de Quase 18, em que uma jovem gosta de um colega sem saber ao certo o motivo. Saoirse Ronan interpreta Christine McPherson, mais conhecida pelo nome-título, filha de Marion (Laurie Metcalf) e Larry (Tracy Letts), que tem um irmão, Miguel (Jordan Rodrigues), adotado. Ela estuda numa escola secundária religiosa de Sacramento, onde sua melhor amiga é Julie Steffans (Beanie Feldstein). Ambas resolvem entrar no grupo de teatro escolar, com o padre Leviatch (Stephen McKinley Henderson) à frente, onde Lady Bird conhecerá Danny O'Neill (Lucas Hedges). Essas inter-relações de Lady Bird levam a um conflito frequente com a mãe e a uma tentativa de sempre compreender sua melhor amiga. E ela não gosta da cidade onde vive, pois queria ter uma experiência artística em Nova York ou qualquer outro lugar.
No ano em que completou 80 anos, o diretor Ridley Scott lançou a sequência de Prometheus, colaborou no roteiro de Blade Runner 2049 sem ser creditado, ajudou a produzir Assassinato no expresso do Oriente e finalmente, diante de várias denúncias de assédio contra Kevin Spacey, que participava de seu novo filme, Todo o dinheiro do mundo, resolveu refilmar todas as cenas em que ele aparecia, trocando-o por Christopher Plummer. O resultado em termos financeiros e de crítica foram irrisórios, mas a nova obra de Scott tem uma história muito interessante, baseada em fatos reais.
O diretor Steven Spielberg é um dos grandes nomes indiscutíveis do cinema. Ter realizado Encurralado, Tubarão e Contatos imediatos do terceiro grau nos anos 70, e Os caçadores da arca perdida, E.T., A cor púrpura e Império do sol nos anos 80 já é motivo suficiente para ter seu nome entre os maiores da história. No entanto, a partir dos anos 90, mais especificamente depois de Jurassic Park, Spielberg foi aos poucos se afastando do gênero da fantasia e mais fantástico – no qual se destacou também como produtor –, incorporando filmes com elementos históricos, a exemplo de A lista de Schindler, Amistad e O resgate do soldado Ryan.
Depois de A árvore da vida, Terrence Malick resolveu partir para um cinema baseado essencialmente na solidão da vida contemporânea, mesmo que busque, como em toda sua filmografia, a formação de casais. Foi assim em Amor pleno, Cavaleiro de copas e agora em De canção em canção. Se em Amor pleno, o personagem central casava com uma europeia e ambos iam morar no Texas edênico de Malick, em Cavaleiro de copas acompanhávamos um roteirista em Hollywood, Rick, que tinha problemas familiares e não conseguia nunca estabelecer ligações afetivas verdadeiras com as mulheres. Em De canção em canção, Malick apresenta quatro personagens centrais, embora o principal pareça ser Faye (Rooney Mara). Ela se apaixona inicialmente por BV (Ryan Gosling), um aspirante a músico igual a ela, bastante promissor, na cena musical do Texas.
Como O quinto elemento, a ficção anterior de Besson, é excêntrico, mas no bom sentido, depois de um início ao som de “Space Oddity”, de David Bowie, numa visão contemporânea de 2001. Não há sinal da padronização imposta em algumas franquias de ficção: o visual se corresponde a todo instante com o roteiro. E, ao mesmo tempo que as influências no visual são notadas (sobretudo da segunda trilogia de Star Wars, de Avatar, O vingador do futuro e Mad Max, numa passagem por um planeta onde se poderá recuperar um determinado conversor), o filme nunca se sente domo um empréstimo de referências já desgastadas: Besson eleva a ficção científica a um jogo criativo que vemos poucas vezes, pois cineastas quase não se arriscam nesse campo (ultimamente nem mesmo Spielberg). E, assim como John Carter, seus quadrinhos de origem inspiraram Star Wars, do qual agora se apresenta, para alguns, como um tributo.
Exibido pela primeira vez no Festival de Cannes, no qual recebeu o prêmio de melhor direção, para Sofia Coppola, O estranho que nós amamos é uma nova adaptação de um romance de um Thomas P. Cullinam. Ele já havia sido transposto para o cinema em 1971, por Don Siegel, tendo à frente do elenco Clint Eastwood e Geraldine Page. Quase esquecido, pode-se dizer que a versão de Sofia o colocou novamente em circuito para debate e comparação.
O diretor Darren Aronofsky nunca foi conhecido exatamente pela discrição à frente de seus projetos. Desde Réquiem para um sonho, com Jared Leto e Ellen Burstyn, ele flertava com imagens de alucinação, que se intensificariam não em O lutador, com uma das melhores atuações de Mickey Rourke, mas em Fonte da vida, uma tentativa de compreensão do universo, e Cisne negro, com a personagem central inserida num ambiente de dança. Noé, sua maior produção até o momento, com gastos milionários, tem esse efeito quase surreal das imagens do cineasta, que iniciou a carreira com Pi, mesmo que se possa entender que é seu filme menos autoral.
Terceiro filme dirigido por Selton Mello, O filme da minha vida é baseado no romance Um pai de cinema, do chileno Antonio Skármeta. Mello adapta o cenário original para a Serra Gaúcha dos anos 60, seguindo sua experiência cinematográfica iniciada em Feliz Natal e continuada em O palhaço, de 2011. Se apenas atuando Mello já fez ótimas comédias (O auto da Compadecida, Lisbela e o prisioneiro) e bons dramas (Lavoura arcaica, Jean Charles), atrás das câmeras ele vem procurando adotar um estilo próprio, mas dialogando com vários diretores. Por isso, há vários filmes dentro desse filme. Na narrativa, Tony Terranova (Johnny Massaro) tem lembranças constantes do seu pai, Nicolas (Vincent Cassel), que o deixou quando criança e nunca mais reapareceu. O jovem vive com a sua mãe, Sofia (Ondina Clais Castilho), enquanto dá aulas de francês numa escola do município onde vive. A cidade é cortada pelos trilhos de uma linha férrea que vai dar em algum lugar ainda desconhecido do espectador.
Os Meyerowitz é uma obra de Noah Baumbach, responsável pelos excelentes A lula e a baleia e Greenberg e os muito interessantes Frances Ha, Margot e o casamento e Enquanto somos jovens, entre outros. Ele também contribuiu no roteiro de A vida marinha com Steve Zissou e O fantástico Sr. Raposo, junto a Wes Anderson, e se tornou, nos últimos anos, uma mescla entre ele (mais séria) e Woody Allen. Por sua história, Os Meyerowitz dialoga claramente com Os excêntricos Tenenbaums. Mas Baumbach, como em outros filmes, costuma situar seus personagens numa narrativa que dialoga menos com enquadramentos e cores que Anderson.
Conhecido por escrever o romance-diário As vantagens de ser invisível e adaptá-lo para o cinema, também à frente da direção, Stephen Chbosky era o diretor ideal para Extraordinário. A partir de outro romance, um best-seller escrito por R. J. Palacio, Chbosky mostra os passos de August "Auggie" Pullmann, que possui um problema raro que afeta sua face, "disostose mandibulofacial". Depois de várias cirurgias, ele estudou em sua casa, com aulas da própria mãe, Isabel (Julia Roberts). No entanto, antes do ensino médio, Isabel e seu marido, Nate (Owen Wilson), o matriculam numa escola particular.
O outro lado da esperança mostra a história de Khaled Ali (Sherwan Haji), um refugiado da Síria que escapou de Aleppo, fugindo num cargueiro de carvão, até chegar a Helsinque. Levado por funcionários da imigração, ele conhece o iraquiano Mazdak (Simon Hussein Al-Bazoon) e, mais tarde, a equipe de um restaurante, Golden Pint, coordenado por Wikström (Sakari Kuosmanen), o qual acabou de se separar de sua esposa (Kaija Pakarinen) e tem entre os seus empregados Lugbrious Greeter Calaminius (Ilkka Koivula); Nyrhinen (Janne Hyytiainen) e a garçonete Mirja (Nuppu Koivu), além de um cão. O segundo encontro (o primeiro é logo no início, imprevisto) entre Khaled e Wikström é, no mínimo, inusitado: se o segundo conseguiu o restaurante depois de várias rodadas de pôquer, seu jogo preferido, o primeiro poderia ser apenas mais uma parte do jogo em que poucos ganham.
O diretor Destin Daniel Cretton, Andrew Lanham e Marti Noxon fizeram o roteiro desta aguardada adaptação de O castelo de vidro, de Jeanette Walls, com um elenco em alta conta e visando às premiações principais do fim do ano. Se não houve uma resposta à altura do esperado, o novo experimento do diretor de Temporário 12 tenta contar de maneira atrativa a história de Jeanette Walls (Brie Larson na versão adulta, Ella Anderson na versão jovem e Chandler Head na versão infantil), filha de Rex (Woody Harrelson) e Rose Mary (Naomi Watts), dois pais errantes.
Responsável pelo roteiro de dois filmes aclamados nos últimos anos, Sicario - Terra de ninguém e A qualquer custo (indicado ao Oscar de melhor filme), Taylor Sheridan faz sua segunda obra como diretor, depois do terror Vile, neste Terra selvagem. Pode-se perceber um estilo que une os dois filmes que escreveu: ambos tratam de figuras à margem da lei enfrentando policiais ou agentes, seja no México, seja no interior do Texas. Se Sicario tem uma visão familiar quase ausente, em A qualquer custo ela forma a condição dos personagens, mesmo que a certa distância. São dois trabalhos certamente interessantes e, mesmo com algumas facilitações (não tanto aquele dirigido por Villeneuve), importantes para o cinema norte-americano nos últimos anos por transcender a fronteira previsível do gênero policial.
Lançado em 1982, Blade Runner - O caçador de androides, de Ridley Scott, teve uma recepção tímida por parte da crítica e do público, mas acabou se transformando num grande cult, uma obra-prima da ficção científica. Visto como um filme intocável, foi estranho à primeira vista imaginar uma continuação, e sem a direção de Scott. Foi ele, como produtor executivo, quem convidou Denis Villeuneuve para estar à frente da sequência. O diretor canadense se notabilizou nos últimos anos por transitar entre gêneros diferentes, em filmes como Polytechnique, Incêndios, Os suspeitos, O homem duplicado e Sicario - Terra de ninguém. No ano passado, ele fez a elogiada ficção científica A chegada, sobre a tentativa de contato humano com extraterrestres.
Responsável por Deixa ela entrar e O espião que sabia demais, ambos considerados referenciais do cinema contemporâneo, o diretor sueco Tomas Alfredson enfrentou uma bateria de críticas pesadas a Boneco de neve, baseado em livro de Jo Nesbø. Ele mesmo veio a público se desculpar por não ter conseguido terminá-lo da maneia que gostaria. Não se sabe exatamente o que não deu certo junto ao público e à crítica, mas certamente nem mesmo a produção de Martin Scorsese e a montagem de sua habitual parceira, Thelma Schoonmaker, junto a Claire Simpson, tiraram o peso de decepção com que o filme foi recebido.
Há filmes que têm um certo encantamento visual que poderiam ser apreciados apenas por suas imagens, sem os diálogos: Columbus é um deles. Lançado no Festival de Sundance, principal evento do cinema independente, trata-se da estreia na direção do sul-coreano Kogonada, até então responsável por vídeos artísticos feitos para a Criterion Collection e Sight & Sound. Ele apresenta uma jovem, Casey (Haley Lu Richardson, de Quase 18), que trabalha na Biblioteca Memorial Cleo Rogers, da cidade de Columbus, Indiana, na qual tem como melhor amigo Gabriel (Rory Culkin), aluno de doutorado, que nutre certo interesse por ela. Determinado dia, Casey conhece um coreano, Jin (John Cho), um tradutor de livros, que está na sua cidade para acolher seu pai no hospital. Seu pai é um estudioso de arquitetura, exatamente o campo pelo qual a jovem é apaixonada. Ela, inclusive, assistiria a uma palestra dele.
O Destino de Uma Nação
3.7 723 Assista AgoraUma das curiosidades de O destino de uma nação é ser lançado no mesmo ano de Dunkirk, de Nolan. Se este filme conta a história das tropas inglesas presas em Dunkirk por causa de aviões alemães, a obra de Joe Wright conta, digamos assim, seus bastidores. Para um diretor que já havia mostrado uma sequência sem cortes passada na praia francesa em Desejo e reparação, indicado ao Oscar de melhor filme como O destino, não se trata de nada surpreendente. Naquela produção de 2008, Wright se situava entre uma história familiar e uma tragédia de guerra; ele não deixa de fazer o mesmo aqui, embora sem tanto espaço para as nuances familiares.
O destino de uma nação começa em maio de 1940, quando o Reino Unido e França são aliados na Segunda Guerra Mundial. O Partido Trabalhista da Oposição no Parlamento inglês pede que o primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain (Ronald Pickup) renuncie, por ser considerado muito hesitante. No entanto, Neville consegue fazer com que Halifax (Stephen Dillane), seu braço direito, continue num posto do governo.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7v2
Fullmetal Alchemist
2.6 204 Assista AgoraDirigido por Fumihiko Sori a partir de um mangá de Hiromu Arakawa (que já ultrapassou a venda de 70 milhões de exemplares, além de ter animações para a TV), Fullmetal alchemist é uma produção totalmente japonesa com uma tentativa de avançar no terreno da fantasia cinematográfica. O filme inicia mostrando os irmãos Edward e Alphonse Elric, que moram com a mãe na cidade rural de Resembool. Depois da morte dela (e o enterro dialoga com a ambientação do terror Medo), eles tentam usar a alquimia para trazê-la de volta, mas um dos irmãos fica gravemente ferido, perdendo seu braço para salvar a alma do seu irmão, que é transposta para uma armadura medieval. Eles violam leis que envolvem a transmutação humana.
Anos depois, Edward (Ryosuke Yamada) quer recuperar o corpo do irmão (Atomu Mizuishi) por meio de uma procurada pedra filosofal e para isso tem a companhia de Winry Rockbell (Tsubasa Honda), que repara os estragos que costumam acontecer com seu braço e perna, e a ajuda do coronel Roy Mustang (Dean Fujioka), que faz parte de um grupo do Estado especializado em alquimia.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7CW
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraO diretor grego Yorgos Lanthimos, depois dos exitosos Dente canino e Alpes, ingressou na indústria de cinema norte-americana com o estranho O lagosta, uma espécie de crítica corrosiva de uma vida em comunidade num futuro não longínquo, na qual o indivíduo escolhia seu modo de vida e sua amada baseado em conceitos deslocados do senso comum. Agora, ele regressa com um elenco novamente de atores americanos em O sacrifício do cervo sagrado. Na história, o cirurgião Steven Murphy (Colin Farrell) tem um casamento tranquilo com Anna (Nicole Kidman) e um casal de filhos, Kim (Raffey Cassidy) e Bob (Sunny Suljic). Alcóolatra, Steven fica amigo de Martin (Barry Keoghan), filho de um paciente dele que morreu na sala de cirurgia. Martin o visita frequentemente e quer que ele tenha um caso com sua mãe (Alicia Silverstone). No início, essa relação não fica muito clara, o que torna ainda mais perturbadora a narrativa. O espectador não possui informações do motivo pelo qual Murphy perambula com Martin por ruas e cafés, sabendo-se imediatamente que ele não é parte da família.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7wU
Sem Amor
3.8 319 Assista AgoraDepois do excelente Leviatã, um dos melhores filmes desta década, o diretor russo Andrey Zvyagintsev voltou a Cannes para mostrar este novo projeto. Reconhecido por obras que descontentam ao governo de seu país, Zvyagintsev tenta obter financiamento por empresas independentes dele. Ter sua segunda obra indicada ao Oscar de filme estrangeiro mostra como ele está conseguindo projetar internacionalmente seu cinema.
Sem amor mostra um casal em crise, Zhenya (Maryana Spivak) e Boris (Aleksey Rozin), que está para se divorciar, mas ainda não contou para o filho, Alyosha (Matvey Novikov), um menino de 12 anos, que sofre escondido e determinado dia foge de casa. Enquanto os pais já organizam uma nova vida com seus respectivos novos amores, ele está absolutamente sozinho. Zvyagintsev evita mostrar Alyosha falando, apenas as reações faciais ao casamento dos pais em dissolução. Mais do que qualquer coisa, ele é outra metáfora para o cineasta falar da Rússia. E se corresponde principalmente com o filme que tornou o diretor reconhecido, o levemente distante e sem emoção O retorno, no entanto com qualidades interessantes.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7wv
O Que te Faz Mais Forte
3.3 221 Assista AgoraO espectador deve se lembrar do ataque terrorista que ocorreu durante a maratona de Boston, nos Estados Unidos, em 2013, quando diversos civis foram atingidos. No ano passado, Peter Berg focou o acontecimento em O dia do atentado, com Mark Wahlberg, com um viés mais policial e de investigação. O diretor David Gordon Green mostra essa história a partir de um jovem, Jeff Bauman (Jake Gyllenhaal), que estava no local para assistir à ex-namorada Erin Hurley (Tatiana Maslany) correndo, ela com o objetivo de ajudar o hospital onde trabalha.
Jeff mora com a mãe, Patty (Miranda Richardson), separada de seu pai Jeff (Clancy Brown), num apartamento de dois quartos, e tem sua vida totalmente transformada pelo acontecimento, à medida que os médicos precisam amputar suas pernas devido aos ferimentos causados pela bomba.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7zh
Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi
4.1 322 Assista AgoraDepois de estar à frente de Pariah (muito elogiado no Festival de Sundance) e Bessie, a diretora Dee Rees traz a Mudbound - Lágrimas sobre o Mississipi, produção da Netflix, baseada no romance de Hillary Jordan, o que se esperava: uma espécie de encontro de A cor púrpura com 12 anos de escravidão, mas com características próprias. Esses são dois filmes basilares para o conhecimento da história dos afrodescendentes nos Estados Unidos, sobretudo no que se refere à sua dificuldade de inserção e à tragédia da escravidão, que perpassou gerações. O que Rees faz não é simples: ela traz ao mesmo âmbito de obras consagradas um novo olhar sobre a tentativa de domínio do homem branco, sem abdicar de uma visão humana sobre aqueles que ousaram, diante disso, fazer diferente.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7xO
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraVisto como um dos grandes favoritos ao Oscar depois de ser escolhido como melhor filme no Festival de Toronto, Três anúncios para um crime estende aos Estados Unidos a trajetória de seu diretor britânico, Martin McDonagh, mais conhecido por Na mira do chefe e Sete psicopatas e um shih tzu. McDonagh tem um certo estilo situado entre o humor corrosivo e o policial, fazendo de certos artifícios previsíveis uma possibilidade de rever certa tradição dentro de gênero. Em seu novo filme, ele mostra uma mãe divorciada, Mildred Hayes (Frances McDormand), que, descontente com o fato de que nunca descobriram o responsável pelo assassinato de sua filha adolescente, Angela (Kathryn Newton), decide alugar três outdoors com Red Welby (Caleb Landry Jones), com um recado para a polícia de Ebbie, Missouri, onde mora. Ela vive com o filho Robbie (Lucas Hedges) e se desentende constantemente com o ex-marido, Charlie (John Hawkes). Sua melhor amiga é Denise (Amanda Warren). Todos parecem entendê-la; ela também entende a todos, mesmo que não queira deixar isso claro. Ao mesmo tempo, joga sinuca às vezes com James (Peter Dinklage, ótimo). Sua maior qualidade não é exatamente a simpatia, e McDormand parece não mostrar aqui as qualidades que lhe deram o Oscar de melhor atriz em Fargo e sim os sentimentos de secura encontrados em sua personagem, por exemplo, de Moonrise Kingdom.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7xl
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraLançado no Festival de Sundance de 2017 e desde então elevado pela crítica a ponto de chegar a indicações principais ao Oscar, Lady Bird, de Greta Gerwig, é um filme sobre a adolescência com vários elementos que já vimos antes. São organizados de maneira a fazer o espectador sentir uma espécie de nostalgia, assim como as obras dos anos 80 de John Hughes e do recente e excepcional As vantagens de ser invisível e de Quase 18, em que uma jovem gosta de um colega sem saber ao certo o motivo. Saoirse Ronan interpreta Christine McPherson, mais conhecida pelo nome-título, filha de Marion (Laurie Metcalf) e Larry (Tracy Letts), que tem um irmão, Miguel (Jordan Rodrigues), adotado. Ela estuda numa escola secundária religiosa de Sacramento, onde sua melhor amiga é Julie Steffans (Beanie Feldstein). Ambas resolvem entrar no grupo de teatro escolar, com o padre Leviatch (Stephen McKinley Henderson) à frente, onde Lady Bird conhecerá Danny O'Neill (Lucas Hedges). Essas inter-relações de Lady Bird levam a um conflito frequente com a mãe e a uma tentativa de sempre compreender sua melhor amiga. E ela não gosta da cidade onde vive, pois queria ter uma experiência artística em Nova York ou qualquer outro lugar.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7x2
Trama Fantasma
3.7 805 Assista AgoraPaul Thomas Anderson.
Todo o Dinheiro do Mundo
3.3 229 Assista AgoraNo ano em que completou 80 anos, o diretor Ridley Scott lançou a sequência de Prometheus, colaborou no roteiro de Blade Runner 2049 sem ser creditado, ajudou a produzir Assassinato no expresso do Oriente e finalmente, diante de várias denúncias de assédio contra Kevin Spacey, que participava de seu novo filme, Todo o dinheiro do mundo, resolveu refilmar todas as cenas em que ele aparecia, trocando-o por Christopher Plummer. O resultado em termos financeiros e de crítica foram irrisórios, mas a nova obra de Scott tem uma história muito interessante, baseada em fatos reais.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7vr
The Post: A Guerra Secreta
3.5 607 Assista AgoraO diretor Steven Spielberg é um dos grandes nomes indiscutíveis do cinema. Ter realizado Encurralado, Tubarão e Contatos imediatos do terceiro grau nos anos 70, e Os caçadores da arca perdida, E.T., A cor púrpura e Império do sol nos anos 80 já é motivo suficiente para ter seu nome entre os maiores da história. No entanto, a partir dos anos 90, mais especificamente depois de Jurassic Park, Spielberg foi aos poucos se afastando do gênero da fantasia e mais fantástico – no qual se destacou também como produtor –, incorporando filmes com elementos históricos, a exemplo de A lista de Schindler, Amistad e O resgate do soldado Ryan.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7uz
De Canção Em Canção
2.9 373 Assista AgoraDepois de A árvore da vida, Terrence Malick resolveu partir para um cinema baseado essencialmente na solidão da vida contemporânea, mesmo que busque, como em toda sua filmografia, a formação de casais. Foi assim em Amor pleno, Cavaleiro de copas e agora em De canção em canção. Se em Amor pleno, o personagem central casava com uma europeia e ambos iam morar no Texas edênico de Malick, em Cavaleiro de copas acompanhávamos um roteirista em Hollywood, Rick, que tinha problemas familiares e não conseguia nunca estabelecer ligações afetivas verdadeiras com as mulheres. Em De canção em canção, Malick apresenta quatro personagens centrais, embora o principal pareça ser Faye (Rooney Mara). Ela se apaixona inicialmente por BV (Ryan Gosling), um aspirante a músico igual a ela, bastante promissor, na cena musical do Texas.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-6IB
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas
3.1 580 Assista AgoraComo O quinto elemento, a ficção anterior de Besson, é excêntrico, mas no bom sentido, depois de um início ao som de “Space Oddity”, de David Bowie, numa visão contemporânea de 2001. Não há sinal da padronização imposta em algumas franquias de ficção: o visual se corresponde a todo instante com o roteiro. E, ao mesmo tempo que as influências no visual são notadas (sobretudo da segunda trilogia de Star Wars, de Avatar, O vingador do futuro e Mad Max, numa passagem por um planeta onde se poderá recuperar um determinado conversor), o filme nunca se sente domo um empréstimo de referências já desgastadas: Besson eleva a ficção científica a um jogo criativo que vemos poucas vezes, pois cineastas quase não se arriscam nesse campo (ultimamente nem mesmo Spielberg). E, assim como John Carter, seus quadrinhos de origem inspiraram Star Wars, do qual agora se apresenta, para alguns, como um tributo.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-6Pb
O Estranho que Nós Amamos
3.2 615 Assista AgoraExibido pela primeira vez no Festival de Cannes, no qual recebeu o prêmio de melhor direção, para Sofia Coppola, O estranho que nós amamos é uma nova adaptação de um romance de um Thomas P. Cullinam. Ele já havia sido transposto para o cinema em 1971, por Don Siegel, tendo à frente do elenco Clint Eastwood e Geraldine Page. Quase esquecido, pode-se dizer que a versão de Sofia o colocou novamente em circuito para debate e comparação.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-76H
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraO diretor Darren Aronofsky nunca foi conhecido exatamente pela discrição à frente de seus projetos. Desde Réquiem para um sonho, com Jared Leto e Ellen Burstyn, ele flertava com imagens de alucinação, que se intensificariam não em O lutador, com uma das melhores atuações de Mickey Rourke, mas em Fonte da vida, uma tentativa de compreensão do universo, e Cisne negro, com a personagem central inserida num ambiente de dança. Noé, sua maior produção até o momento, com gastos milionários, tem esse efeito quase surreal das imagens do cineasta, que iniciou a carreira com Pi, mesmo que se possa entender que é seu filme menos autoral.
Crítica completa (com spoilers): wp.me/p2lvhr-77b
O Filme da Minha Vida
3.6 500 Assista AgoraTerceiro filme dirigido por Selton Mello, O filme da minha vida é baseado no romance Um pai de cinema, do chileno Antonio Skármeta. Mello adapta o cenário original para a Serra Gaúcha dos anos 60, seguindo sua experiência cinematográfica iniciada em Feliz Natal e continuada em O palhaço, de 2011. Se apenas atuando Mello já fez ótimas comédias (O auto da Compadecida, Lisbela e o prisioneiro) e bons dramas (Lavoura arcaica, Jean Charles), atrás das câmeras ele vem procurando adotar um estilo próprio, mas dialogando com vários diretores. Por isso, há vários filmes dentro desse filme. Na narrativa, Tony Terranova (Johnny Massaro) tem lembranças constantes do seu pai, Nicolas (Vincent Cassel), que o deixou quando criança e nunca mais reapareceu. O jovem vive com a sua mãe, Sofia (Ondina Clais Castilho), enquanto dá aulas de francês numa escola do município onde vive. A cidade é cortada pelos trilhos de uma linha férrea que vai dar em algum lugar ainda desconhecido do espectador.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7bA
Os Meyerowitz: Família Não se Escolhe (Histórias Novas e Selecionadas)
3.4 257 Assista AgoraOs Meyerowitz é uma obra de Noah Baumbach, responsável pelos excelentes A lula e a baleia e Greenberg e os muito interessantes Frances Ha, Margot e o casamento e Enquanto somos jovens, entre outros. Ele também contribuiu no roteiro de A vida marinha com Steve Zissou e O fantástico Sr. Raposo, junto a Wes Anderson, e se tornou, nos últimos anos, uma mescla entre ele (mais séria) e Woody Allen. Por sua história, Os Meyerowitz dialoga claramente com Os excêntricos Tenenbaums. Mas Baumbach, como em outros filmes, costuma situar seus personagens numa narrativa que dialoga menos com enquadramentos e cores que Anderson.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7aN
Extraordinário
4.3 2,1K Assista AgoraConhecido por escrever o romance-diário As vantagens de ser invisível e adaptá-lo para o cinema, também à frente da direção, Stephen Chbosky era o diretor ideal para Extraordinário. A partir de outro romance, um best-seller escrito por R. J. Palacio, Chbosky mostra os passos de August "Auggie" Pullmann, que possui um problema raro que afeta sua face, "disostose mandibulofacial". Depois de várias cirurgias, ele estudou em sua casa, com aulas da própria mãe, Isabel (Julia Roberts). No entanto, antes do ensino médio, Isabel e seu marido, Nate (Owen Wilson), o matriculam numa escola particular.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7kc
O Outro Lado da Esperança
3.8 36O outro lado da esperança mostra a história de Khaled Ali (Sherwan Haji), um refugiado da Síria que escapou de Aleppo, fugindo num cargueiro de carvão, até chegar a Helsinque. Levado por funcionários da imigração, ele conhece o iraquiano Mazdak (Simon Hussein Al-Bazoon) e, mais tarde, a equipe de um restaurante, Golden Pint, coordenado por Wikström (Sakari Kuosmanen), o qual acabou de se separar de sua esposa (Kaija Pakarinen) e tem entre os seus empregados Lugbrious Greeter Calaminius (Ilkka Koivula); Nyrhinen (Janne Hyytiainen) e a garçonete Mirja (Nuppu Koivu), além de um cão. O segundo encontro (o primeiro é logo no início, imprevisto) entre Khaled e Wikström é, no mínimo, inusitado: se o segundo conseguiu o restaurante depois de várias rodadas de pôquer, seu jogo preferido, o primeiro poderia ser apenas mais uma parte do jogo em que poucos ganham.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7fM
O Castelo de Vidro
3.8 269 Assista AgoraO diretor Destin Daniel Cretton, Andrew Lanham e Marti Noxon fizeram o roteiro desta aguardada adaptação de O castelo de vidro, de Jeanette Walls, com um elenco em alta conta e visando às premiações principais do fim do ano. Se não houve uma resposta à altura do esperado, o novo experimento do diretor de Temporário 12 tenta contar de maneira atrativa a história de Jeanette Walls (Brie Larson na versão adulta, Ella Anderson na versão jovem e Chandler Head na versão infantil), filha de Rex (Woody Harrelson) e Rose Mary (Naomi Watts), dois pais errantes.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7fe
Terra Selvagem
3.8 594 Assista AgoraResponsável pelo roteiro de dois filmes aclamados nos últimos anos, Sicario - Terra de ninguém e A qualquer custo (indicado ao Oscar de melhor filme), Taylor Sheridan faz sua segunda obra como diretor, depois do terror Vile, neste Terra selvagem. Pode-se perceber um estilo que une os dois filmes que escreveu: ambos tratam de figuras à margem da lei enfrentando policiais ou agentes, seja no México, seja no interior do Texas. Se Sicario tem uma visão familiar quase ausente, em A qualquer custo ela forma a condição dos personagens, mesmo que a certa distância. São dois trabalhos certamente interessantes e, mesmo com algumas facilitações (não tanto aquele dirigido por Villeneuve), importantes para o cinema norte-americano nos últimos anos por transcender a fronteira previsível do gênero policial.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7dh
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraLançado em 1982, Blade Runner - O caçador de androides, de Ridley Scott, teve uma recepção tímida por parte da crítica e do público, mas acabou se transformando num grande cult, uma obra-prima da ficção científica. Visto como um filme intocável, foi estranho à primeira vista imaginar uma continuação, e sem a direção de Scott. Foi ele, como produtor executivo, quem convidou Denis Villeuneuve para estar à frente da sequência. O diretor canadense se notabilizou nos últimos anos por transitar entre gêneros diferentes, em filmes como Polytechnique, Incêndios, Os suspeitos, O homem duplicado e Sicario - Terra de ninguém. No ano passado, ele fez a elogiada ficção científica A chegada, sobre a tentativa de contato humano com extraterrestres.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-78U
Boneco de Neve
2.4 462 Assista AgoraResponsável por Deixa ela entrar e O espião que sabia demais, ambos considerados referenciais do cinema contemporâneo, o diretor sueco Tomas Alfredson enfrentou uma bateria de críticas pesadas a Boneco de neve, baseado em livro de Jo Nesbø. Ele mesmo veio a público se desculpar por não ter conseguido terminá-lo da maneia que gostaria. Não se sabe exatamente o que não deu certo junto ao público e à crítica, mas certamente nem mesmo a produção de Martin Scorsese e a montagem de sua habitual parceira, Thelma Schoonmaker, junto a Claire Simpson, tiraram o peso de decepção com que o filme foi recebido.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7jn
Columbus
3.8 129Há filmes que têm um certo encantamento visual que poderiam ser apreciados apenas por suas imagens, sem os diálogos: Columbus é um deles. Lançado no Festival de Sundance, principal evento do cinema independente, trata-se da estreia na direção do sul-coreano Kogonada, até então responsável por vídeos artísticos feitos para a Criterion Collection e Sight & Sound. Ele apresenta uma jovem, Casey (Haley Lu Richardson, de Quase 18), que trabalha na Biblioteca Memorial Cleo Rogers, da cidade de Columbus, Indiana, na qual tem como melhor amigo Gabriel (Rory Culkin), aluno de doutorado, que nutre certo interesse por ela. Determinado dia, Casey conhece um coreano, Jin (John Cho), um tradutor de livros, que está na sua cidade para acolher seu pai no hospital. Seu pai é um estudioso de arquitetura, exatamente o campo pelo qual a jovem é apaixonada. Ela, inclusive, assistiria a uma palestra dele.
Crítica completa: wp.me/p2lvhr-7hc