Tão inspirador e triste ao mesmo tempo, mas inegavelmente bem construído em relação ao contraste entre a vida profissional e amorosa do protagonista. O design e a fluidez da animação como um todo impressiona e um grande mérito é a excelente dublagem.
Belíssima homenagem atemporal do Miyazaki ao Jiro Horikoshi
É um filme lindíssimo, certamente entrará para a história do Cinema com tal característica, assim como seu antecessor. James Cameron (que, por sinal, fez uma direção impecável) investiu bem cada centavo na produção dos efeitos especiais, os quais foram particularmente poéticos nas cenas com a Kiri.
No tocante à duração, só fui notar após 2h de filme, mas não é tão desgastante quanto parece por causa da bela exploração de Pandora e da mitologia dos Na'vi, e é justamente esse aspecto que eleva a obra, porque, convenhamos, o roteiro é raso, previsível e extremamente conveniente, chegando a irritar pelo excesso de circunstâncias preguiçosamente escritas. Tudo se baseia na insistente teimosia do Lo'ak e as fases da história são muito mal conectadas, além de diversos furos e momentos irritantes:
- Jake simplesmente abandonou a tribo da floresta para ser dizimada (?); - A tribo da água simplesmente desapareceu do nada na batalha final (?); - Jake e Neytiri, os dois melhores guerreiros da tribo da floresta, treinados por Tonowari e Ronal, os dois melhores guerreiros da tribo da água, simplesmente não aprenderam (ou esqueceram) como respirar debaixo d'água (?); - Vão reciclar (de novo!) o Miles Quaritch como vilão (?); - Tudo envolvendo o Spider...
Em resumo, a parte visual "salvou" a precária história de 'Avatar: The Way of Water'.
A narrativa de 'Kokuhaku' é extraordinária: a princípio se mostra uma incógnita que, aos poucos, prende a atenção do espectador com o desenrolar das consequências do incidente na vida de cada um dos envolvidos que, a propósito, foram muito bem representados em tela. Interessante abordagem de temas como leis juvenis, relacionamentos (amorosos e profissionais) e psicopatia com foco majoritário na sociedade japonesa. Um achado cinematográfico!
Tem seus pequenos defeitos e talvez um desnecessário excesso de dramatização, mas de modo geral é excelente, com uma trama coerente e que respeita o legado do seu predecessor. Visualmente, 'Top Gun: Maverick' está ainda mais bonito e as cenas de pilotagem estão ainda mais arrojadas, belo trabalho do diretor Joseph Kosinski e também, claro, do Tom Cruise, que se mostrou bastante focado e dedicado para entregar uma sequência digníssima. Sem dúvidas um dos melhores filmes do ano.
A história é objetiva, mas tem elementos interessantes que fogem do óbvio, tornando-a até que razoável e consistente, considerando que não se trata de um embate entre mocinho e vilão, mas sim um grupo de combatentes aliados com as mesmas ambições. Faltou um certo desenvolvimento dos personagens coadjuvantes e as atuações estavam meio picarescas, mas para um filme lançado há quase 40 anos, a qualidade das cenas aéreas impressiona pelas diversas acrobacias esteticamente prazerosas de assistir (apesar de um pouco confusas em alguns momentos, rs) e a trilha sonora a complementa muito bem.
Ryan Coogler tem um jeito especial de contar a história de Wakanda, e mesmo as adaptações realizadas em virtude do triste falecimento do Chadwick Boseman foram coerentes com a narrativa, mas particularmente não gostei da introdução genérica da Riri Williams e espero que não afastem sua ligação com o Iron Man.
Angela Bassett e Tenoch Huerta estavam impecáveis, pena que a Letitia Wright não tem o calibre de protagonista, tampouco transpareceu qualquer emoção nas cenas, nitidamente deslocada em relação ao restante dos wakandanos, e transformá-la em Black Panther foi uma escolha lógica, mas não significa que foi necessariamente boa.
Do ponto de vista técnico a obra manteve a qualidade do antecessor, dessa vez com o belíssimo Reino de Talokan. A cena final e a pós-créditos foram fantásticas, escolha inteligentíssima da Marvel para o futuro da franquia.
'Red Notice' entrega exatamente o que se era esperado, e mesmo a previsibilidade e o repetitivo roteiro de roubo de artes não o impede de ser uma boa comédia, principalmente por causa de um elenco em alta em Hollywood. Particularmente acho que o Ryan Reynolds se sobressaiu, por ter uma atuação mais voltada para esse tipo de filme, mas o Johnson e Gadot também foram ótimos quando exigidos.
Primeiramente, parabéns ao Dwayne Johnson por ter acreditado, lutado e se dedicado ao projeto, quaisquer méritos que o filme tenha certamente se deve a ele, inclusive a atuação como protagonista.
O ponto forte da obra são os embates e os efeitos especiais (embora pudessem ser um pouco mais refinados), mas, apesar disso, 'Black Adam' tem muitos e muitos problemas, principalmente de roteiro quanto à conexão entre as fases da história, já que praticamente tudo envolvendo a Adrianna e o Amon é deveras cringe, apressado e sem sentido. Ainda, a introdução da Sociedade da Justiça foi simplesmente jogada em tela e a única personagem que teve algum tipo de brilho foi a Cyclone (e somente por conta do CGI), já que o Blackhawk se limitou a um péssimo e agressivo líder, o Doctor Fate se mostrou fraquíssimo e o Atom Smasher só está ali para cumprir o papel de piadista. Enfim, o praticamente inexistente vilão nem merece comentários.
Tenho a impressão de que o Black Adam se sairá bem em outros filmes em grupo, mas não adianta o pintarem como anti-herói só nas falas, já que as atitudes e o enredo o mostram efetivamente como herói.
Genialmente hilário! Há tempos não assistia um filme tão prazeroso em termos de comédia + ação. Cada personagem possui características próprias, o que tornou a interação entre eles muito divertida, assim como as cenas de luta impecavelmente dirigidas pelo David Leitch, e até mesmo a história de pano de fundo, apesar de simplória, é bem interessante, me dando vontade de ler o livro de Kotaro Isaka.
Por se tratar de uma releitura, a obra de 2021 deve ser analisada com mais rigor, e esta versão de 'West Side Story' consegue se destacar principalmente por seus aspectos técnicos, com ótima ambientação, figurino, coreografia e edição de som. Curiosamente, a experiência do Spielberg com filmes de ação foi bastante útil nas cenas contínuas de dança, se valendo, para tanto, de ângulos interessantes e cortes precisos.
A história é envolvente por si mesma, basicamente um Romeu & Julieta adaptado para a realidade estadunidense, que sempre teve um contraste com os imigrantes (desta vez os porto-riquenhos) e que, por vezes, envolve conflitos de gangues e xenofobia. Merecem menção as escolhas de roteiro que levaram a um desfecho ousado e condizente com a narrativa.
Por fim, o elenco é excelente em todos os aspectos, e felizmente houve um dinamismo que possibilitou captar uma amostra do talento de cada um dos atores e atrizes, mas os coadjuvantes sem dúvidas brilharam mais que os protagonistas. Rachel Zegler se mostrou esforçada, mas lhe faltou presença em cena, especialmente em comparação com a atuação fantástica da Ariana DeBose, e mesmo seu alcance vocal pareceu fora de harmonia. Ansel Elgort, por sua vez, entregou uma performance simplória e monótona.
Clichê ao extremo, mas Clooney e Roberts conseguiram entregar uma atuação dinâmica e divertida que acaba valendo a pena se assistido de forma despretensiosa e para relaxamento, já que a história em si é esquecível e pouco ousada. Ademais, conseguiram incorporar bem a cultura e os elementos paisagísticos de Bali.
Visualmente belíssimo, mas a história infelizmente não tem profundidade, o que é realçado especialmente diante de uma jornada simplória, direta e que envolve poucos personagens. Assim como outras animações japonesas, é possível extrair um ou outro significado do enredo, o que não torna a obra exatamente mais completa em virtude da falta de contextualização.
Uma pena desperdiçarem o Gorr dessa forma, sem desenvolvimento do seu background ou da real dimensão dos seus poderes, poderiam ao menos mostrar ele tocando o terror em Onipotência... Quanto à Jane Foster, achei uma personagem bastante interessante, mas também poderiam ter aprofundado em sua transformação na Mighty Thor.
No geral é um filme de entretenimento mediano, com humor até que bem distribuído, mas um dos piores arcos finais do MCU:
Crianças recebendo aleatoriamente o poder do Thor, Gorr salvando a filha para deixar nos braços do inimigo, Thor paizão... E para complementar, essa versão patética de Zeus causou muito incômodo para quem deveria ser o "Deus dos deuses".
Sinceramente, não sei mais para onde essa franquia Thor pode ir. 'Ragnarok' tinha dado um bom rumo, mas 'Endgame' fez mudanças necessárias que 'Love and Thunder' não soube lidar, principalmente por tirar toda a seriedade do herói após as perdas.
* Meu Odin, como a Natalie Portman está ainda mais linda <3 ** Totalmente irrelevante a tão aguardada participação dos Guardiões da Galáxia.
Sequer é possível dizer que é mais do mesmo, já que são filmes diferentes, e enquanto o primeiro era meio idiota, mas meio engraçado, a sequência é piorada com uma trama totalmente sem graça. Parecia uma ideia interessante mostrar uma sororidade feminina, mas nem se deram ao luxo de desenvolver o trio insosso de amigas, - inclusive gastaram mais tempo relembrando a amizade entre Teddy (Zac Efron) e Pete (Dave Franco) -, e ainda inseriram um empoderamento forçado e desconexo. Ao menos é um filme curto.
* Lamento, Seth Rogen, mas tirando 'The Interview', continuo te achando insuportável.
Por maior que seja meu respeito pelo elenco e pelo McQueen, a trama é bem fraca, arrastada e apelativa, principalmente pela conveniência de roteiro. As protagonistas praticamente não precisaram se esforçar na (pífia) execução do plano, já que sempre brotava uma situação favorável (p.ex., a introdução da Belle, os "contatos" do David, o suborno do Ken etc.), e mesmo a disputa político-racial como pano de fundo mais pareceu uma mera tentativa infrutífera de salvar um filme que se mostrava vazio desde o princípio, ainda que a carga dramática tenha sido interessante.
'La Migliore Offerta' é tão brilhante que eu sequer consigo ficar bravo comigo mesmo por não ter captado todos os detalhes sutilmente expostos à medida em que as cenas se desenrolavam. É um pouco lento, mas o final compensa e muito pela forma como demonstra a engenhosidade do roteiro e direção magnificamente insidiosa do Tornatore. Uma elegante e grata surpresa!
Inequívoco que o Sam Raimi fez um trabalho extraordinário, mantendo seu estilo mesmo dentro dos padrões do MCU, pois 'Multiverse of Madness' tem uma filmografia fluída e interessante, apesar de alguns excessos. O problema mesmo do filme está no roteiro: por mais que se entenda que a construção dos eventos anteriores (principalmente de WandaVision) levou a este momento, fato é que os personagens não foram bem trabalhados, sendo que os "heróis" precisaram ser extremamente nerfados (Illuminatis!?) para se dar uma real dimensão dos poderes da Scarlet Witch.
Não se agregou em quase nada à fase 4, mas tomara que, devido às diversas referências e por mais que eu goste do Benedict Wong, Dr. Strange se torne oficialmente o Mago Supremo.
Tirando o roteiro meio que nada a ver, as cenas clichês e o excesso de filtro, é um filme divertido e repleto de ação, com uma vibe moderna bem aproveitada pelos diretores Adil El Arbi e Bilall Fallah. Interessante ver como adaptaram, acertadamente, uma franquia tão antiga, trazendo diversos elementos atuais e um bom elenco de apoio, mas sem perder a essência de 'Bad Boys'.
O propósito crítico de 'Children of Men' é bastante interessante, mas é muito difícil ignorar a falta de informações e as falhas dela decorrente em termos de desenvolvimento, motivação dos personagens e a aleatoriedade que conecta cada parte da história. A narrativa é rasa, como se fosse um interposto de um projeto maior, e se sustenta pelas cenas de ação e pelas boas atuações do elenco, me levando à indagar se teria o mesmo reconhecimento se não estivesse atrelado ao renome do Alfonso Cuarón.
* Definitivamente não é um filme para ser questionado.
'That Awkward Moment' abraçou a mediocridade ao invés de ser mais ambicioso, já que a ideia em si não era ruim, mas foi pessimamente executada com interações em sua maioria superficiais, e que só melhoraram quando partiram um pouco mais para o lado dramático. A única coisa realmente engraçada foi ver o Michael B. Jordan fingindo que não conseguia pegar ninguém, porque o filme é bem sofrível, especialmente o Zac Efron e tudo que envolveu o Jason. Sua contraparte, Imogen Poots, tentou e muito tirar algo das cenas, mas sua personagem foi projetada para não sair do lugar. Já a Mackenzie Davis fez um par legal com o Miles Teller.
Impossível fazer qualquer comparativo sem conhecer o material original, mas o alicerce poético-narrativo de 'The Green Knight' foi muito bem transformado em obra cinematográfica, com destaque para a agradabilíssima estética, tanto sonora quanto visual. Atuações pontuais e coesas, assim como a direção de David Lowery, com um ritmo lento que fez parte da forma escolhida para contar a jornada de Sir Gawain.
Um filme completo em si mesmo e de final razoavelmente bom.
Espetacular: na direção, elenco, roteiro, visuais, personagens, abordagem... Sim, é mais um filme do Batman em pleno 2022, mas bastante diferente dos demais, por meio de uma versão melancólica e ainda inexperiente do Bruce Wayne. Matt Reeves mostrou sua assinatura de forma brilhante em cada tomada e na condução da bem detalhada história. E que atuações monumentais, especialmente do Paul Dano e da Zoë Kravitz.
Faltou capricho em relação à Selina Kyle, com algumas partes superficiais demais, a exemplo da sua conexão inicial com o Batman. A polícia de Gotham também foi retratada de modo inconsistente quanto à sua (des)confiança das reais intenções do vigilante. Por fim, com exceção do tema principal, a trilha sonora foi bem desapontante.
Pattinson tem um longo futuro pela frente, mas será preciso evoluir sua atuação de acordo com seu personagem.
Saí do cinema tão satisfeito pela experiência que me surpreendi ao ver a reação negativa da crítica. Uncharted funciona muito bem em termos de aventura, a direção esteve ótimas nas cenas de lutas, o trio de ladrões tem boa química, além de que os puzzles e a parte da exploração foram bastante razoáveis, apesar da simplificação em excesso.
Os problemas, claro, são visíveis: Péssimos vilões, falho desenvolvimento da família Moncada, furtos absurdamente fáceis, ausência de detalhamento sobre a história... Mas, de todo modo, creio que não era a intenção da produção criar um filme complexo, e sim focar no entretenimento, que é sua principal qualidade.
Sobre o Tom Holland, ainda estou incerto sobre ter sido uma boa escolha. Por um lado é um ator jovem, cheio de carisma e com bom atleticismo, mas, por outro, lhe falta a presença sedutora e marcante do Nathan Drake dos games, por isso preferiria alguém como Scott Eastwood.
* Espero que a Sony invista em uma trilogia, Uncharted ainda tem muito potencial.
Vidas ao Vento
4.1 603 Assista AgoraTão inspirador e triste ao mesmo tempo, mas inegavelmente bem construído em relação ao contraste entre a vida profissional e amorosa do protagonista. O design e a fluidez da animação como um todo impressiona e um grande mérito é a excelente dublagem.
Belíssima homenagem atemporal do Miyazaki ao Jiro Horikoshi
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista AgoraÉ um filme lindíssimo, certamente entrará para a história do Cinema com tal característica, assim como seu antecessor. James Cameron (que, por sinal, fez uma direção impecável) investiu bem cada centavo na produção dos efeitos especiais, os quais foram particularmente poéticos nas cenas com a Kiri.
No tocante à duração, só fui notar após 2h de filme, mas não é tão desgastante quanto parece por causa da bela exploração de Pandora e da mitologia dos Na'vi, e é justamente esse aspecto que eleva a obra, porque, convenhamos, o roteiro é raso, previsível e extremamente conveniente, chegando a irritar pelo excesso de circunstâncias preguiçosamente escritas. Tudo se baseia na insistente teimosia do Lo'ak e as fases da história são muito mal conectadas, além de diversos furos e momentos irritantes:
- Jake simplesmente abandonou a tribo da floresta para ser dizimada (?);
- A tribo da água simplesmente desapareceu do nada na batalha final (?);
- Jake e Neytiri, os dois melhores guerreiros da tribo da floresta, treinados por Tonowari e Ronal, os dois melhores guerreiros da tribo da água, simplesmente não aprenderam (ou esqueceram) como respirar debaixo d'água (?);
- Vão reciclar (de novo!) o Miles Quaritch como vilão (?);
- Tudo envolvendo o Spider...
Em resumo, a parte visual "salvou" a precária história de 'Avatar: The Way of Water'.
Confissões
4.2 855A narrativa de 'Kokuhaku' é extraordinária: a princípio se mostra uma incógnita que, aos poucos, prende a atenção do espectador com o desenrolar das consequências do incidente na vida de cada um dos envolvidos que, a propósito, foram muito bem representados em tela. Interessante abordagem de temas como leis juvenis, relacionamentos (amorosos e profissionais) e psicopatia com foco majoritário na sociedade japonesa. Um achado cinematográfico!
Top Gun: Maverick
4.1 1,1K Assista AgoraTem seus pequenos defeitos e talvez um desnecessário excesso de dramatização, mas de modo geral é excelente, com uma trama coerente e que respeita o legado do seu predecessor. Visualmente, 'Top Gun: Maverick' está ainda mais bonito e as cenas de pilotagem estão ainda mais arrojadas, belo trabalho do diretor Joseph Kosinski e também, claro, do Tom Cruise, que se mostrou bastante focado e dedicado para entregar uma sequência digníssima. Sem dúvidas um dos melhores filmes do ano.
Top Gun: Ases Indomáveis
3.5 921 Assista AgoraA história é objetiva, mas tem elementos interessantes que fogem do óbvio, tornando-a até que razoável e consistente, considerando que não se trata de um embate entre mocinho e vilão, mas sim um grupo de combatentes aliados com as mesmas ambições. Faltou um certo desenvolvimento dos personagens coadjuvantes e as atuações estavam meio picarescas, mas para um filme lançado há quase 40 anos, a qualidade das cenas aéreas impressiona pelas diversas acrobacias esteticamente prazerosas de assistir (apesar de um pouco confusas em alguns momentos, rs) e a trilha sonora a complementa muito bem.
#Partiu ver Top Gun: Maverick.
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
3.5 799 Assista AgoraRyan Coogler tem um jeito especial de contar a história de Wakanda, e mesmo as adaptações realizadas em virtude do triste falecimento do Chadwick Boseman foram coerentes com a narrativa, mas particularmente não gostei da introdução genérica da Riri Williams e espero que não afastem sua ligação com o Iron Man.
Angela Bassett e Tenoch Huerta estavam impecáveis, pena que a Letitia Wright não tem o calibre de protagonista, tampouco transpareceu qualquer emoção nas cenas, nitidamente deslocada em relação ao restante dos wakandanos, e transformá-la em Black Panther foi uma escolha lógica, mas não significa que foi necessariamente boa.
Do ponto de vista técnico a obra manteve a qualidade do antecessor, dessa vez com o belíssimo Reino de Talokan. A cena final e a pós-créditos foram fantásticas, escolha inteligentíssima da Marvel para o futuro da franquia.
Alerta Vermelho
3.1 528'Red Notice' entrega exatamente o que se era esperado, e mesmo a previsibilidade e o repetitivo roteiro de roubo de artes não o impede de ser uma boa comédia, principalmente por causa de um elenco em alta em Hollywood. Particularmente acho que o Ryan Reynolds se sobressaiu, por ter uma atuação mais voltada para esse tipo de filme, mas o Johnson e Gadot também foram ótimos quando exigidos.
Puro entretenimento, nada mais, nada menos.
LiSA Another Great Day
4.5 1 Assista AgoraLiSa <3
Adão Negro
3.1 687 Assista AgoraPrimeiramente, parabéns ao Dwayne Johnson por ter acreditado, lutado e se dedicado ao projeto, quaisquer méritos que o filme tenha certamente se deve a ele, inclusive a atuação como protagonista.
O ponto forte da obra são os embates e os efeitos especiais (embora pudessem ser um pouco mais refinados), mas, apesar disso, 'Black Adam' tem muitos e muitos problemas, principalmente de roteiro quanto à conexão entre as fases da história, já que praticamente tudo envolvendo a Adrianna e o Amon é deveras cringe, apressado e sem sentido. Ainda, a introdução da Sociedade da Justiça foi simplesmente jogada em tela e a única personagem que teve algum tipo de brilho foi a Cyclone (e somente por conta do CGI), já que o Blackhawk se limitou a um péssimo e agressivo líder, o Doctor Fate se mostrou fraquíssimo e o Atom Smasher só está ali para cumprir o papel de piadista. Enfim, o praticamente inexistente vilão nem merece comentários.
Tenho a impressão de que o Black Adam se sairá bem em outros filmes em grupo, mas não adianta o pintarem como anti-herói só nas falas, já que as atitudes e o enredo o mostram efetivamente como herói.
Henry Cavill de volta <3
Trem-Bala
3.6 584 Assista AgoraGenialmente hilário! Há tempos não assistia um filme tão prazeroso em termos de comédia + ação. Cada personagem possui características próprias, o que tornou a interação entre eles muito divertida, assim como as cenas de luta impecavelmente dirigidas pelo David Leitch, e até mesmo a história de pano de fundo, apesar de simplória, é bem interessante, me dando vontade de ler o livro de Kotaro Isaka.
* Elenco perfeito, Brad Pitt brilhou demais.
Amor, Sublime Amor
3.4 355 Assista AgoraPor se tratar de uma releitura, a obra de 2021 deve ser analisada com mais rigor, e esta versão de 'West Side Story' consegue se destacar principalmente por seus aspectos técnicos, com ótima ambientação, figurino, coreografia e edição de som. Curiosamente, a experiência do Spielberg com filmes de ação foi bastante útil nas cenas contínuas de dança, se valendo, para tanto, de ângulos interessantes e cortes precisos.
A história é envolvente por si mesma, basicamente um Romeu & Julieta adaptado para a realidade estadunidense, que sempre teve um contraste com os imigrantes (desta vez os porto-riquenhos) e que, por vezes, envolve conflitos de gangues e xenofobia. Merecem menção as escolhas de roteiro que levaram a um desfecho ousado e condizente com a narrativa.
Por fim, o elenco é excelente em todos os aspectos, e felizmente houve um dinamismo que possibilitou captar uma amostra do talento de cada um dos atores e atrizes, mas os coadjuvantes sem dúvidas brilharam mais que os protagonistas. Rachel Zegler se mostrou esforçada, mas lhe faltou presença em cena, especialmente em comparação com a atuação fantástica da Ariana DeBose, e mesmo seu alcance vocal pareceu fora de harmonia. Ansel Elgort, por sua vez, entregou uma performance simplória e monótona.
Ingresso Para o Paraíso
3.1 108Clichê ao extremo, mas Clooney e Roberts conseguiram entregar uma atuação dinâmica e divertida que acaba valendo a pena se assistido de forma despretensiosa e para relaxamento, já que a história em si é esquecível e pouco ousada. Ademais, conseguiram incorporar bem a cultura e os elementos paisagísticos de Bali.
Viagem Para Agartha
4.0 158 Assista AgoraVisualmente belíssimo, mas a história infelizmente não tem profundidade, o que é realçado especialmente diante de uma jornada simplória, direta e que envolve poucos personagens. Assim como outras animações japonesas, é possível extrair um ou outro significado do enredo, o que não torna a obra exatamente mais completa em virtude da falta de contextualização.
Thor: Amor e Trovão
2.9 973 Assista AgoraUma pena desperdiçarem o Gorr dessa forma, sem desenvolvimento do seu background ou da real dimensão dos seus poderes, poderiam ao menos mostrar ele tocando o terror em Onipotência... Quanto à Jane Foster, achei uma personagem bastante interessante, mas também poderiam ter aprofundado em sua transformação na Mighty Thor.
No geral é um filme de entretenimento mediano, com humor até que bem distribuído, mas um dos piores arcos finais do MCU:
Crianças recebendo aleatoriamente o poder do Thor, Gorr salvando a filha para deixar nos braços do inimigo, Thor paizão... E para complementar, essa versão patética de Zeus causou muito incômodo para quem deveria ser o "Deus dos deuses".
Sinceramente, não sei mais para onde essa franquia Thor pode ir. 'Ragnarok' tinha dado um bom rumo, mas 'Endgame' fez mudanças necessárias que 'Love and Thunder' não soube lidar, principalmente por tirar toda a seriedade do herói após as perdas.
* Meu Odin, como a Natalie Portman está ainda mais linda <3
** Totalmente irrelevante a tão aguardada participação dos Guardiões da Galáxia.
Vizinhos 2
3.0 379 Assista AgoraSequer é possível dizer que é mais do mesmo, já que são filmes diferentes, e enquanto o primeiro era meio idiota, mas meio engraçado, a sequência é piorada com uma trama totalmente sem graça. Parecia uma ideia interessante mostrar uma sororidade feminina, mas nem se deram ao luxo de desenvolver o trio insosso de amigas, - inclusive gastaram mais tempo relembrando a amizade entre Teddy (Zac Efron) e Pete (Dave Franco) -, e ainda inseriram um empoderamento forçado e desconexo. Ao menos é um filme curto.
* Lamento, Seth Rogen, mas tirando 'The Interview', continuo te achando insuportável.
As Viúvas
3.4 410Por maior que seja meu respeito pelo elenco e pelo McQueen, a trama é bem fraca, arrastada e apelativa, principalmente pela conveniência de roteiro. As protagonistas praticamente não precisaram se esforçar na (pífia) execução do plano, já que sempre brotava uma situação favorável (p.ex., a introdução da Belle, os "contatos" do David, o suborno do Ken etc.), e mesmo a disputa político-racial como pano de fundo mais pareceu uma mera tentativa infrutífera de salvar um filme que se mostrava vazio desde o princípio, ainda que a carga dramática tenha sido interessante.
Sejamos sinceros, alguém de fato acreditou que o Liam Neeson tinha morrido? Os flashbacks foram tão mal construídos que estragaram a "reviravolta".
O Melhor Lance
4.1 366 Assista Agora'La Migliore Offerta' é tão brilhante que eu sequer consigo ficar bravo comigo mesmo por não ter captado todos os detalhes sutilmente expostos à medida em que as cenas se desenrolavam. É um pouco lento, mas o final compensa e muito pela forma como demonstra a engenhosidade do roteiro e direção magnificamente insidiosa do Tornatore. Uma elegante e grata surpresa!
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraInequívoco que o Sam Raimi fez um trabalho extraordinário, mantendo seu estilo mesmo dentro dos padrões do MCU, pois 'Multiverse of Madness' tem uma filmografia fluída e interessante, apesar de alguns excessos. O problema mesmo do filme está no roteiro: por mais que se entenda que a construção dos eventos anteriores (principalmente de WandaVision) levou a este momento, fato é que os personagens não foram bem trabalhados, sendo que os "heróis" precisaram ser extremamente nerfados (Illuminatis!?) para se dar uma real dimensão dos poderes da Scarlet Witch.
Não se agregou em quase nada à fase 4, mas tomara que, devido às diversas referências e por mais que eu goste do Benedict Wong, Dr. Strange se torne oficialmente o Mago Supremo.
* John Krasinski como Reed Richards <333
Bad Boys Para Sempre
3.4 395 Assista AgoraTirando o roteiro meio que nada a ver, as cenas clichês e o excesso de filtro, é um filme divertido e repleto de ação, com uma vibe moderna bem aproveitada pelos diretores Adil El Arbi e Bilall Fallah. Interessante ver como adaptaram, acertadamente, uma franquia tão antiga, trazendo diversos elementos atuais e um bom elenco de apoio, mas sem perder a essência de 'Bad Boys'.
Filhos da Esperança
3.9 940 Assista AgoraO propósito crítico de 'Children of Men' é bastante interessante, mas é muito difícil ignorar a falta de informações e as falhas dela decorrente em termos de desenvolvimento, motivação dos personagens e a aleatoriedade que conecta cada parte da história. A narrativa é rasa, como se fosse um interposto de um projeto maior, e se sustenta pelas cenas de ação e pelas boas atuações do elenco, me levando à indagar se teria o mesmo reconhecimento se não estivesse atrelado ao renome do Alfonso Cuarón.
* Definitivamente não é um filme para ser questionado.
Namoro ou Liberdade
3.1 488 Assista Agora'That Awkward Moment' abraçou a mediocridade ao invés de ser mais ambicioso, já que a ideia em si não era ruim, mas foi pessimamente executada com interações em sua maioria superficiais, e que só melhoraram quando partiram um pouco mais para o lado dramático. A única coisa realmente engraçada foi ver o Michael B. Jordan fingindo que não conseguia pegar ninguém, porque o filme é bem sofrível, especialmente o Zac Efron e tudo que envolveu o Jason. Sua contraparte, Imogen Poots, tentou e muito tirar algo das cenas, mas sua personagem foi projetada para não sair do lugar. Já a Mackenzie Davis fez um par legal com o Miles Teller.
A Lenda do Cavaleiro Verde
3.6 475 Assista AgoraImpossível fazer qualquer comparativo sem conhecer o material original, mas o alicerce poético-narrativo de 'The Green Knight' foi muito bem transformado em obra cinematográfica, com destaque para a agradabilíssima estética, tanto sonora quanto visual. Atuações pontuais e coesas, assim como a direção de David Lowery, com um ritmo lento que fez parte da forma escolhida para contar a jornada de Sir Gawain.
Um filme completo em si mesmo e de final razoavelmente bom.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraEspetacular: na direção, elenco, roteiro, visuais, personagens, abordagem... Sim, é mais um filme do Batman em pleno 2022, mas bastante diferente dos demais, por meio de uma versão melancólica e ainda inexperiente do Bruce Wayne. Matt Reeves mostrou sua assinatura de forma brilhante em cada tomada e na condução da bem detalhada história. E que atuações monumentais, especialmente do Paul Dano e da Zoë Kravitz.
Faltou capricho em relação à Selina Kyle, com algumas partes superficiais demais, a exemplo da sua conexão inicial com o Batman. A polícia de Gotham também foi retratada de modo inconsistente quanto à sua (des)confiança das reais intenções do vigilante. Por fim, com exceção do tema principal, a trilha sonora foi bem desapontante.
Pattinson tem um longo futuro pela frente, mas será preciso evoluir sua atuação de acordo com seu personagem.
Uncharted: Fora do Mapa
3.1 450 Assista AgoraSaí do cinema tão satisfeito pela experiência que me surpreendi ao ver a reação negativa da crítica. Uncharted funciona muito bem em termos de aventura, a direção esteve ótimas nas cenas de lutas, o trio de ladrões tem boa química, além de que os puzzles e a parte da exploração foram bastante razoáveis, apesar da simplificação em excesso.
Os problemas, claro, são visíveis: Péssimos vilões, falho desenvolvimento da família Moncada, furtos absurdamente fáceis, ausência de detalhamento sobre a história... Mas, de todo modo, creio que não era a intenção da produção criar um filme complexo, e sim focar no entretenimento, que é sua principal qualidade.
Sobre o Tom Holland, ainda estou incerto sobre ter sido uma boa escolha. Por um lado é um ator jovem, cheio de carisma e com bom atleticismo, mas, por outro, lhe falta a presença sedutora e marcante do Nathan Drake dos games, por isso preferiria alguém como Scott Eastwood.
* Espero que a Sony invista em uma trilogia, Uncharted ainda tem muito potencial.