Tem a assinatura do James Gunn por toda parte. É bastante cômico, bizarro e juntou uma gama de ótimos atores que cumpriram bem seus papéis, inclusive o Frank tem algumas características que o Rainn Wilson já vinha explorando através do Dwight. Vale a pena conferir por ser um filme curto, mesmo para quem não seja fã de uma abordagem divertidamente "esdrúxula".
O ponto de partida da história é um pouco desorganizado, mas quando as negociações começam de fato tudo se encaixa perfeitamente. O roteiro é bastante inteligente ao estabelecer as conexões entre os personagens e o dilema hierárquico das forças de segurança, além do interessante desfecho. Adoro a Son Ye Jin e sua adaptabilidade às cenas, mas quem brilha sem sombra de dúvidas é o Hyun Bin com uma performance extraordinária. Vale também uma menção honrosa à direção do Jong-suk Lee.
Ao pesquisar os fatos reais, me deparei com uma grata fidedignidade em relação à corajosa e ambiciosa Operação Antropoid, muito bem adaptada pelo Sean Ellis. Faltou um pouco de dinamismo nos 30 primeiros minutos para apresentar e conectar os envolvidos, mas o ato final recompensou a paciência pela construção em tela do planejamento e execução do assassinato do abominável Reinhard Heydrich. Murphy e Dornan entregaram uma atuação mediana e a tentativa de sotaque eslavo deles realmente me incomodou, principalmente quando contracenavam com o polonês Dorocinski, ao passo que o elenco de apoio esteve sólido. No geral, mais um bom filme biográfico ambientado na Segunda Guerra Mundial.
É uma animação difícil de descrever. Ela aborda um tema complexo como a psiquiatria a partir de acontecimentos caóticos que constantemente mesclam realidade e fantasia (talvez o pôster seja um indicativo, rs), e acho essa justamente sua maior genialidade ao representar o cérebro humano. Vale muito a pena se assistido com um pouco mais de concentração para conseguir absorver toda a conceituação elaborada pelos roteiristas e animadores.
Gostei da concepção de explorar outros planetas mais "realisticamente", aparentemente teve uma boa equipe de consultoria científica envolvida no projeto e os responsáveis pelos belíssimos efeitos visuais igualmente merecem os devidos créditos. O Roy é tão introspectivo que, mesmo com a performance sólida do Brad Pitt, a narrativa que já era bastante pausada ficou ainda mais cansativa (me lembrou um pouco de quando li 'Eu, Robô'), mas o James Gray extraiu o máximo que podia do roteiro, o qual deixou alguns questionamentos:
Como os alimentos/água duraram tanto tempo na espaçonave do Clifford? Foram enviadas outras missões para buscar sua tripulação? Será que ele conseguiria assassiná-la tão facilmente?
No mais, tem alguns momentos de heroísmo meio exacerbados, mas até que se encaixaram bem.
Não tinha quaisquer expectativas acerca do filme, mas imaginava que abordaria com grandes detalhes a origem da Viúva Negra, já que foi um projeto essencialmente derivado da pressão dos fãs. Infelizmente o resultado é no máximo mediano, não enaltece a Natasha apropriadamente ao tratá-la como mera coadjuvante e também não acrescenta em nada ao MCU, exceto para introduzir a Yelena. O vilão Dreykov foi quem mais me incomodou por ter sido reduzido de um personagem extremamente poderoso a um palerma absurdamente fácil de ser derrotado. As cenas de ação são de fato ótimas (por mérito das dublês), assim como os efeitos especiais, mas o roteiro deixou bastante a desejar e nem o Kevin Feige conseguiu dar aquele toque mágico característico.
Fraco como comédia, mas ótimo como ação/drama investigativo, estes sim os verdadeiros acertos do Edgar Wright ao fazer uma abordagem menos séria e compromissada a partir de um excelente roteiro, embora pudesse ter acelerado algumas partes até alcançar o clímax da história. As atuações são medianas, ninguém tinha muito espaço para brilhar exceto o Simon Pegg, mas essa é basicamente uma espécie de papel-reprise de 'Shaun of the Dead'. Indico para quem gosta do peculiar humor britânico e de um tiroteio burlesco.
Ah Emma Stone, tem algum projeto em que você não se saia absolutamente PERFEITA? Que atuação memorável! As equipes de design e figurino também estão de parabéns, visuais simplesmente estonteantes. Essa nova abordagem que a Disney fez da vilã é excelente (em grande parte graças à possibilidade de fazer os animais por CGI, ampliando o leque de possibilidades das cenas) e carrega toda uma nostalgia, sem contar que este é um dos, senão o filme com a melhor trilha sonora que já vi, cada música se encaixou muito bem.
Honestamente, dentro da dinâmica apresentada não encontrei nenhum defeito. Craig Gillespie fez um trabalho fenomenal!
A saga como um todo é bastante interessante: tem boa temática, efeitos visuais e sonoros, bem como a própria trilha sonora e elenco de apoio. Deu um pouco de azar por ter sido lançada contemporaneamente a Jogos Vorazes, mas creio que os principais problemas tenham sido a fraca direção de Robert Schwentke e a escalação da Shailene Woodley como protagonista, parece que lhe falta preparação física e artística, além de ela ter uma personalidade dócil que não combina tanto com uma personagem tão marcante quanto a Tris (em compensação, o Theo James atuou tão bem que a disparidade ficou ainda mais visível).
Não achei 'Convergente' ruim, mas a "ponte" para o último filme foi claramente preguiçosa (esse é um dos vários desafios de se dividir um livro em duas partes), já era de se esperar o cancelamento depois das péssimas recepções e bilheteria. Resta a sensação de que o universo de Divergente tinha um potencial enorme que nunca foi aproveitado.
A história fantástica do Louis Zamperini já é fantástica por si só, mas a Angelina Jolie conseguiu contá-la de uma forma tão imersiva e grandiosa que nem aparentou ser um de seus primeiros trabalhos como diretora. Ademais, poucas vezes vi um elenco tão bem encaixado quanto este, ressaltando-se a performance primorosa de Jack O’Connell, até mesmo nas transformações físicas. A fotografia também é excelente!
Fizeram um filme acelerado e lento ao mesmo tempo, praticamente não deram uma introdução ao Earl, preferindo focar mais na sua longa jornada de redenção sem que o público conheça suas reais motivações, afinal, se o início de seu "emprego" foi altruísta, toda sua indiferença aos perigos enfrentados não fez qualquer sentido. A produção é ótima e o Eastwood está ótimo até mesmo na direção, mas a obra peca pela superficialidade e obviedade:
Policiais e agentes relevando suspeitas claríssimas, membros de gangues defendendo o protagonista mesmo que ele possua informações demais e possa colocar todo o cartel em risco, veterano que negligencia a família a vida inteira para só no final valorizá-la etc.
Algo que o roteiro trabalhou muito bem foi a conclusão da história, dentro dos parâmetros a que se propôs.
* É extremamente irritante quando os personagens latinos começando a mesclar espanhol e inglês quando estão falando entre si.
É um pouco lento, mas a proposta de retratar a guerra sob uma perspectiva mais realista e intimista foi bastante interessante, principalmente nos momentos mais tensos de combate ou nos diálogos fora dele. Nunca é simples de captar os sentimentos dos soldados nessas situações, mas a Kathryn Bigelow fez um ótimo trabalho do começo ao fim (focalizar os locais a todo instante foi um detalhe genial) e o elenco correspondeu bem à sua direção.
A princípio havia pensado que a coragem e insubordinação do Sgt. James estava "extra roteirizada" para transparecer mais heroísmo, mas conhecer suas motivações deu total sentido ao personagem, inclusive em suas interações com o Sgt. Sanborn (ponto para o roteiro de Mark Boal).
A proposta parecia interessante, mas o resultado não condiz com o pesado marketing da Universal, por isso o filme se sustenta na nostalgia do público em relação aos Beatles. Acertada a decisão de não se ater a explicações sobre o fenômeno ocorrido, já que poderia complicar demais o roteiro, mas passou do ponto na insistência acerca de outros elementos como
O mesmo vale para o romance, que chega a irritar em certos momentos que poderiam ser dedicados à construção do protagonista. Apesar de ter bons vocais, o Himesh Patel é consideravelmente limitado como ator, lhe falta expressão em cena, já a Lily James é adorável e entregou uma excelente performance, assim como o Ed Sheeran (dentro do esperado, claro).
Foi através da simplicidade que Brad Bird montou uma obra incrível, esteticamente muito bonita e com história encantadora, pena que a assisti "fora de época", então perdeu um pouco da magia da infância. Uma verdadeira lição de amizade!
Quando 'X-Men First Class' saiu fiquei bastante empolgado com o reboot, não só pelas excelentes caracterizações dos mutantes, mas também porque McAvoy e Fassbender eram nomes excepcionais para liderarem essa nova geração, mas acredito que a Lawrence sabotou a franquia, não por ser uma má atriz, mas porque a história foi construída em torno da Mística por puro marketing e ofuscou os demais personagens.
'Dark Phoenix' é consequência disso.
Apesar de controverso, é um filme razoável e com ótima qualidade gráfica, mas o roteiro é bastante ruim (parece uma reciclagem) e não conclui satisfatoriamente esse arco da primeira equipe, particularmente sequer consigo me importar com a Tempestade e o Ciclope, por exemplo, já que não passaram de meros coadjuvantes. Resta esperar que a Marvel faça um trabalho melhor que a Fox daqui para frente.
A trama em si não me conquistou, mas é indiscutível sua qualidade, bem ao estilo do Paul Thomas Anderson, com roteiro e personagens cheios de camadas bem trabalhadas e uma bela fotografia. Não é um simples filme sobre relacionamentos tóxicos, há todo um contexto em torno do Woodcock que precisa ser compreendido antes que possam haver julgamentos sobre as decisões da Alma.
* Day-Lewis chegou em um patamar de atuação que sua mera presença em cena exala talento. Possivelmente o melhor ator de sua geração, fará muita falta para a Sétima Arte.
Difícil descrever a beleza e sutileza dessa animação, toda a concepção do conto original foi muito bem desenvolvida por meio de um roteiro e estilo artístico encantadores, além de uma sonoplastia que é um deleite a parte. Foi como uma jornada ao Japão antigo repleta de aprendizados sobre liberdade, felicidade e afeto, com a particular qualidade do Studio Ghibli. Meu único adendo é que
poderiam ter mantido a versão em que a Kaguya tem uma real conexão com o Imperador, possuindo todo um simbolismo de ele marchar à montanha mais alta para tentar tocar o céu em busca da princesa.
* Adorei a Menowarawa e suas divertidas caras e bocas.
Já havia lido bastante sobre o savantismo e me surpreendeu um filme de +30 anos retratar essa síndrome tão impecavelmente, considerando os estudos disponíveis à época, méritos, claro, da atuação brilhante do Hoffman. A jornada dos irmãos não é excepcional ao meu ver, mas foi muito bem construída a fim de estabelecer a conexão entre eles, contando ainda com um final corajoso. Boa direção de Levinson e bom roteiro de Morrow e Bass, trio este que foi merecidamente vencedor do Oscar de 89.
Achava difícil, mas correspondeu ao hype da estrondosa bilheteria. É uma adaptação completa em si mesma e com todos os elementos que são elogiados no anime, especialmente o estilo artístico, mas o ritmo merece especial elogio pela ótima combinação de ação e momentos mais focados na história dos protagonistas. Impossível não se emocionar com o final e o Rengoku se tornou meu personagem favorito ao lado do Tomioka, seu carisma é incrível, destacando também a canção dos créditos da LiSA, que representa bem o legado do Hashira das chamas:
"Eu vou em frente sem olhar para trás, Eu vou apenas olhar para frente e gritar, Acenderei as chamas do meu coração Até eu alcançar o futuro distante."
Previsível. Quase se trata de uma história de uma jovem bonita, inteligente e de futuro promissor se envolvendo com um homem mais velho e galanteador, que lhe promete uma vida luxuosa e culturalmente rica, automaticamente é esperado algum tipo de depravação no decorrer da trama. Felizmente o roteiro demonstrou a parcela de culpa da Jenny, restando significativa a lição de não se deixar seduzir pelos prazeres, mas sim focar em uma boa educação para conquistar seus objetivos por si mesmo(a). Pontuais atuações e direção da Lone Scherfig, bem como uma ótima ambientação.
Bastante raso, estranho e desinteressante. Basicamente é o Dylan O'Brien em um cenário pós-apocalíptico fugindo de monstros de CGI para encontrar um grupo de sobreviventes que devem ir a algum tipo de "Terra Prometida" (Fãs de Maze Runner, notaram algo descaradamente familiar?). Talvez sirva como distração para os entediados, mas achei esquecível, com um design demasiadamente grotesco e direção ruim, principalmente no enquadramento das cenas com o cão.
* Quase 200km de viagem e nosso "herói" se depara apenas com um punhado de monstros em um mundo que supostamente deveria ser letal... Realmente sua fala fez sentido, qualquer pessoa poderia fazer o mesmo. ** Que vilões humanos patéticos...
Tenho sentimentos confusos quanto a esse filme, talvez por ter criado expectativas demais. O plot em si aparenta ser ótimo, mas com o desenrolar passa a impressão de ser bastante previsível, - meio que um Deja Vu em relação à "família disfuncional de herdeiros" -, talvez por ser difícil inovar em obras de mistério e assassinato. Me chamou a atenção que dois detalhes importantíssimos (aparentemente) foram desapercebidos pelo roteiro:
I - A Marta não podia mentir sem se autodenunciar, no entanto, ao presenciar o Harlan cortando a garganta, ficou claro que ela não era a assassina, pois o medicamento sequer teria tido efeito naquele momento, ainda que administrado incorretamente; II - Na mesma cena do suicídio, ela estava a pelo menos uns 2m do Harlan, tornando bem improvável que uma gota de sangue tenha ido parar em seu sapato, que acabou desencadeando a tese do Detetive Blanc.
A morte da Fran não fez qualquer sentido. Ela simplesmente chamou o suspeito para um local abandonado sem qualquer tipo de plano? O que ela esperava que o Hugh fizesse? Ou o que ganharia em troca?
O ritmo poderia ter sido mais acelerado até a metade do filme, mas é inegável que o Rian Johnson conduziu brilhantemente o respeitabilíssimo elenco, bem como que a fotografia é estupenda. Com certeza vale a pena conferir.
Animação perfeita! Provavelmente tem a melhor qualidade gráfica do gênero e impressiona pela fluidez dos movimentos e detalhes artísticos (formas e cores). O roteiro foi muito bem escrito, - sendo repleto de lições sobre coragem, trabalho em equipe, bondade e confiança -, e a história completa seu ciclo excepcionalmente com ótimas doses de ação, humor e fantasia. A dublagem é impecável, assim como todo o trabalho da staff de produção da Disney ora envolvida, que merece o devido reconhecimento pela diversidade. Excelente trabalho de López Estrada e Don Hall.
* Enquanto minha geração teve Mulan e Pocahontas como exemplos de bravura, a atual também está muito bem representada por Moana e Raya.
É muito bonito esteticamente e se ampara em diversos momentos no talento, beleza e carisma da Ni Ni. A mensagem de fundo acerca de amadurecimento e autodescoberta é bacana, mas senti que poderiam ter trabalhado melhor a relação entre as versões da protagonista (no estilo de 'Kimi No Na Wa') e o desenvolvimento de seus respectivos sentimentos amorosos, ao invés de limitá-las a correr atrás de seus pares. É um bom filme se assistido despretensiosamente, apesar da abordagem mais "infantilizada".
Super
3.4 603Tem a assinatura do James Gunn por toda parte. É bastante cômico, bizarro e juntou uma gama de ótimos atores que cumpriram bem seus papéis, inclusive o Frank tem algumas características que o Rainn Wilson já vinha explorando através do Dwight. Vale a pena conferir por ser um filme curto, mesmo para quem não seja fã de uma abordagem divertidamente "esdrúxula".
The Negotiation
3.6 22O ponto de partida da história é um pouco desorganizado, mas quando as negociações começam de fato tudo se encaixa perfeitamente. O roteiro é bastante inteligente ao estabelecer as conexões entre os personagens e o dilema hierárquico das forças de segurança, além do interessante desfecho. Adoro a Son Ye Jin e sua adaptabilidade às cenas, mas quem brilha sem sombra de dúvidas é o Hyun Bin com uma performance extraordinária. Vale também uma menção honrosa à direção do Jong-suk Lee.
Operação Anthropoid
3.8 103Ao pesquisar os fatos reais, me deparei com uma grata fidedignidade em relação à corajosa e ambiciosa Operação Antropoid, muito bem adaptada pelo Sean Ellis. Faltou um pouco de dinamismo nos 30 primeiros minutos para apresentar e conectar os envolvidos, mas o ato final recompensou a paciência pela construção em tela do planejamento e execução do assassinato do abominável Reinhard Heydrich. Murphy e Dornan entregaram uma atuação mediana e a tentativa de sotaque eslavo deles realmente me incomodou, principalmente quando contracenavam com o polonês Dorocinski, ao passo que o elenco de apoio esteve sólido. No geral, mais um bom filme biográfico ambientado na Segunda Guerra Mundial.
Paprika
4.2 503 Assista AgoraÉ uma animação difícil de descrever. Ela aborda um tema complexo como a psiquiatria a partir de acontecimentos caóticos que constantemente mesclam realidade e fantasia (talvez o pôster seja um indicativo, rs), e acho essa justamente sua maior genialidade ao representar o cérebro humano. Vale muito a pena se assistido com um pouco mais de concentração para conseguir absorver toda a conceituação elaborada pelos roteiristas e animadores.
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 850 Assista AgoraGostei da concepção de explorar outros planetas mais "realisticamente", aparentemente teve uma boa equipe de consultoria científica envolvida no projeto e os responsáveis pelos belíssimos efeitos visuais igualmente merecem os devidos créditos. O Roy é tão introspectivo que, mesmo com a performance sólida do Brad Pitt, a narrativa que já era bastante pausada ficou ainda mais cansativa (me lembrou um pouco de quando li 'Eu, Robô'), mas o James Gray extraiu o máximo que podia do roteiro, o qual deixou alguns questionamentos:
Como os alimentos/água duraram tanto tempo na espaçonave do Clifford? Foram enviadas outras missões para buscar sua tripulação? Será que ele conseguiria assassiná-la tão facilmente?
No mais, tem alguns momentos de heroísmo meio exacerbados, mas até que se encaixaram bem.
Viúva Negra
3.5 1,0K Assista AgoraNão tinha quaisquer expectativas acerca do filme, mas imaginava que abordaria com grandes detalhes a origem da Viúva Negra, já que foi um projeto essencialmente derivado da pressão dos fãs. Infelizmente o resultado é no máximo mediano, não enaltece a Natasha apropriadamente ao tratá-la como mera coadjuvante e também não acrescenta em nada ao MCU, exceto para introduzir a Yelena. O vilão Dreykov foi quem mais me incomodou por ter sido reduzido de um personagem extremamente poderoso a um palerma absurdamente fácil de ser derrotado. As cenas de ação são de fato ótimas (por mérito das dublês), assim como os efeitos especiais, mas o roteiro deixou bastante a desejar e nem o Kevin Feige conseguiu dar aquele toque mágico característico.
Chumbo Grosso
3.9 532 Assista AgoraFraco como comédia, mas ótimo como ação/drama investigativo, estes sim os verdadeiros acertos do Edgar Wright ao fazer uma abordagem menos séria e compromissada a partir de um excelente roteiro, embora pudesse ter acelerado algumas partes até alcançar o clímax da história. As atuações são medianas, ninguém tinha muito espaço para brilhar exceto o Simon Pegg, mas essa é basicamente uma espécie de papel-reprise de 'Shaun of the Dead'. Indico para quem gosta do peculiar humor britânico e de um tiroteio burlesco.
Cruella
4.0 1,4K Assista AgoraAh Emma Stone, tem algum projeto em que você não se saia absolutamente PERFEITA? Que atuação memorável! As equipes de design e figurino também estão de parabéns, visuais simplesmente estonteantes. Essa nova abordagem que a Disney fez da vilã é excelente (em grande parte graças à possibilidade de fazer os animais por CGI, ampliando o leque de possibilidades das cenas) e carrega toda uma nostalgia, sem contar que este é um dos, senão o filme com a melhor trilha sonora que já vi, cada música se encaixou muito bem.
Honestamente, dentro da dinâmica apresentada não encontrei nenhum defeito. Craig Gillespie fez um trabalho fenomenal!
A Série Divergente: Convergente
2.8 599 Assista AgoraA saga como um todo é bastante interessante: tem boa temática, efeitos visuais e sonoros, bem como a própria trilha sonora e elenco de apoio. Deu um pouco de azar por ter sido lançada contemporaneamente a Jogos Vorazes, mas creio que os principais problemas tenham sido a fraca direção de Robert Schwentke e a escalação da Shailene Woodley como protagonista, parece que lhe falta preparação física e artística, além de ela ter uma personalidade dócil que não combina tanto com uma personagem tão marcante quanto a Tris (em compensação, o Theo James atuou tão bem que a disparidade ficou ainda mais visível).
Não achei 'Convergente' ruim, mas a "ponte" para o último filme foi claramente preguiçosa (esse é um dos vários desafios de se dividir um livro em duas partes), já era de se esperar o cancelamento depois das péssimas recepções e bilheteria. Resta a sensação de que o universo de Divergente tinha um potencial enorme que nunca foi aproveitado.
Invencível
3.9 924 Assista AgoraA história fantástica do Louis Zamperini já é fantástica por si só, mas a Angelina Jolie conseguiu contá-la de uma forma tão imersiva e grandiosa que nem aparentou ser um de seus primeiros trabalhos como diretora. Ademais, poucas vezes vi um elenco tão bem encaixado quanto este, ressaltando-se a performance primorosa de Jack O’Connell, até mesmo nas transformações físicas. A fotografia também é excelente!
A Mula
3.6 355 Assista AgoraFizeram um filme acelerado e lento ao mesmo tempo, praticamente não deram uma introdução ao Earl, preferindo focar mais na sua longa jornada de redenção sem que o público conheça suas reais motivações, afinal, se o início de seu "emprego" foi altruísta, toda sua indiferença aos perigos enfrentados não fez qualquer sentido. A produção é ótima e o Eastwood está ótimo até mesmo na direção, mas a obra peca pela superficialidade e obviedade:
Policiais e agentes relevando suspeitas claríssimas, membros de gangues defendendo o protagonista mesmo que ele possua informações demais e possa colocar todo o cartel em risco, veterano que negligencia a família a vida inteira para só no final valorizá-la etc.
Algo que o roteiro trabalhou muito bem foi a conclusão da história, dentro dos parâmetros a que se propôs.
* É extremamente irritante quando os personagens latinos começando a mesclar espanhol e inglês quando estão falando entre si.
Guerra ao Terror
3.5 1,4K Assista AgoraÉ um pouco lento, mas a proposta de retratar a guerra sob uma perspectiva mais realista e intimista foi bastante interessante, principalmente nos momentos mais tensos de combate ou nos diálogos fora dele. Nunca é simples de captar os sentimentos dos soldados nessas situações, mas a Kathryn Bigelow fez um ótimo trabalho do começo ao fim (focalizar os locais a todo instante foi um detalhe genial) e o elenco correspondeu bem à sua direção.
A princípio havia pensado que a coragem e insubordinação do Sgt. James estava "extra roteirizada" para transparecer mais heroísmo, mas conhecer suas motivações deu total sentido ao personagem, inclusive em suas interações com o Sgt. Sanborn (ponto para o roteiro de Mark Boal).
Yesterday: A Trilha do Sucesso
3.4 1,0KA proposta parecia interessante, mas o resultado não condiz com o pesado marketing da Universal, por isso o filme se sustenta na nostalgia do público em relação aos Beatles. Acertada a decisão de não se ater a explicações sobre o fenômeno ocorrido, já que poderia complicar demais o roteiro, mas passou do ponto na insistência acerca de outros elementos como
Coca-Cola, Wonderwall, Harry Potter etc.
O mesmo vale para o romance, que chega a irritar em certos momentos que poderiam ser dedicados à construção do protagonista. Apesar de ter bons vocais, o Himesh Patel é consideravelmente limitado como ator, lhe falta expressão em cena, já a Lily James é adorável e entregou uma excelente performance, assim como o Ed Sheeran (dentro do esperado, claro).
* Toque sublime do roteiro na adição do
"John Lennon", ninguém mais poderia ter inspirado o Jack a se reencontrar.
O Gigante de Ferro
4.1 508 Assista AgoraFoi através da simplicidade que Brad Bird montou uma obra incrível, esteticamente muito bonita e com história encantadora, pena que a assisti "fora de época", então perdeu um pouco da magia da infância. Uma verdadeira lição de amizade!
X-Men: Fênix Negra
2.6 1,1K Assista AgoraQuando 'X-Men First Class' saiu fiquei bastante empolgado com o reboot, não só pelas excelentes caracterizações dos mutantes, mas também porque McAvoy e Fassbender eram nomes excepcionais para liderarem essa nova geração, mas acredito que a Lawrence sabotou a franquia, não por ser uma má atriz, mas porque a história foi construída em torno da Mística por puro marketing e ofuscou os demais personagens.
'Dark Phoenix' é consequência disso.
Apesar de controverso, é um filme razoável e com ótima qualidade gráfica, mas o roteiro é bastante ruim (parece uma reciclagem) e não conclui satisfatoriamente esse arco da primeira equipe, particularmente sequer consigo me importar com a Tempestade e o Ciclope, por exemplo, já que não passaram de meros coadjuvantes. Resta esperar que a Marvel faça um trabalho melhor que a Fox daqui para frente.
Trama Fantasma
3.7 804 Assista AgoraA trama em si não me conquistou, mas é indiscutível sua qualidade, bem ao estilo do Paul Thomas Anderson, com roteiro e personagens cheios de camadas bem trabalhadas e uma bela fotografia. Não é um simples filme sobre relacionamentos tóxicos, há todo um contexto em torno do Woodcock que precisa ser compreendido antes que possam haver julgamentos sobre as decisões da Alma.
* Day-Lewis chegou em um patamar de atuação que sua mera presença em cena exala talento. Possivelmente o melhor ator de sua geração, fará muita falta para a Sétima Arte.
O Conto da Princesa Kaguya
4.4 802 Assista AgoraDifícil descrever a beleza e sutileza dessa animação, toda a concepção do conto original foi muito bem desenvolvida por meio de um roteiro e estilo artístico encantadores, além de uma sonoplastia que é um deleite a parte. Foi como uma jornada ao Japão antigo repleta de aprendizados sobre liberdade, felicidade e afeto, com a particular qualidade do Studio Ghibli. Meu único adendo é que
poderiam ter mantido a versão em que a Kaguya tem uma real conexão com o Imperador, possuindo todo um simbolismo de ele marchar à montanha mais alta para tentar tocar o céu em busca da princesa.
* Adorei a Menowarawa e suas divertidas caras e bocas.
Rain Man
4.1 767 Assista AgoraJá havia lido bastante sobre o savantismo e me surpreendeu um filme de +30 anos retratar essa síndrome tão impecavelmente, considerando os estudos disponíveis à época, méritos, claro, da atuação brilhante do Hoffman. A jornada dos irmãos não é excepcional ao meu ver, mas foi muito bem construída a fim de estabelecer a conexão entre eles, contando ainda com um final corajoso. Boa direção de Levinson e bom roteiro de Morrow e Bass, trio este que foi merecidamente vencedor do Oscar de 89.
Demon Slayer - Mugen Train: O Filme
4.3 206 Assista AgoraAchava difícil, mas correspondeu ao hype da estrondosa bilheteria. É uma adaptação completa em si mesma e com todos os elementos que são elogiados no anime, especialmente o estilo artístico, mas o ritmo merece especial elogio pela ótima combinação de ação e momentos mais focados na história dos protagonistas. Impossível não se emocionar com o final e o Rengoku se tornou meu personagem favorito ao lado do Tomioka, seu carisma é incrível, destacando também a canção dos créditos da LiSA, que representa bem o legado do Hashira das chamas:
"Eu vou em frente sem olhar para trás,
Eu vou apenas olhar para frente e gritar,
Acenderei as chamas do meu coração
Até eu alcançar o futuro distante."
Educação
3.8 1,2K Assista AgoraPrevisível. Quase se trata de uma história de uma jovem bonita, inteligente e de futuro promissor se envolvendo com um homem mais velho e galanteador, que lhe promete uma vida luxuosa e culturalmente rica, automaticamente é esperado algum tipo de depravação no decorrer da trama. Felizmente o roteiro demonstrou a parcela de culpa da Jenny, restando significativa a lição de não se deixar seduzir pelos prazeres, mas sim focar em uma boa educação para conquistar seus objetivos por si mesmo(a). Pontuais atuações e direção da Lone Scherfig, bem como uma ótima ambientação.
Amor e Monstros
3.5 664 Assista AgoraBastante raso, estranho e desinteressante. Basicamente é o Dylan O'Brien em um cenário pós-apocalíptico fugindo de monstros de CGI para encontrar um grupo de sobreviventes que devem ir a algum tipo de "Terra Prometida" (Fãs de Maze Runner, notaram algo descaradamente familiar?). Talvez sirva como distração para os entediados, mas achei esquecível, com um design demasiadamente grotesco e direção ruim, principalmente no enquadramento das cenas com o cão.
* Quase 200km de viagem e nosso "herói" se depara apenas com um punhado de monstros em um mundo que supostamente deveria ser letal... Realmente sua fala fez sentido, qualquer pessoa poderia fazer o mesmo.
** Que vilões humanos patéticos...
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraTenho sentimentos confusos quanto a esse filme, talvez por ter criado expectativas demais. O plot em si aparenta ser ótimo, mas com o desenrolar passa a impressão de ser bastante previsível, - meio que um Deja Vu em relação à "família disfuncional de herdeiros" -, talvez por ser difícil inovar em obras de mistério e assassinato. Me chamou a atenção que dois detalhes importantíssimos (aparentemente) foram desapercebidos pelo roteiro:
I - A Marta não podia mentir sem se autodenunciar, no entanto, ao presenciar o Harlan cortando a garganta, ficou claro que ela não era a assassina, pois o medicamento sequer teria tido efeito naquele momento, ainda que administrado incorretamente;
II - Na mesma cena do suicídio, ela estava a pelo menos uns 2m do Harlan, tornando bem improvável que uma gota de sangue tenha ido parar em seu sapato, que acabou desencadeando a tese do Detetive Blanc.
Além disso:
A morte da Fran não fez qualquer sentido. Ela simplesmente chamou o suspeito para um local abandonado sem qualquer tipo de plano? O que ela esperava que o Hugh fizesse? Ou o que ganharia em troca?
O ritmo poderia ter sido mais acelerado até a metade do filme, mas é inegável que o Rian Johnson conduziu brilhantemente o respeitabilíssimo elenco, bem como que a fotografia é estupenda. Com certeza vale a pena conferir.
Raya e o Último Dragão
4.0 646 Assista AgoraAnimação perfeita! Provavelmente tem a melhor qualidade gráfica do gênero e impressiona pela fluidez dos movimentos e detalhes artísticos (formas e cores). O roteiro foi muito bem escrito, - sendo repleto de lições sobre coragem, trabalho em equipe, bondade e confiança -, e a história completa seu ciclo excepcionalmente com ótimas doses de ação, humor e fantasia. A dublagem é impecável, assim como todo o trabalho da staff de produção da Disney ora envolvida, que merece o devido reconhecimento pela diversidade. Excelente trabalho de López Estrada e Don Hall.
* Enquanto minha geração teve Mulan e Pocahontas como exemplos de bravura, a atual também está muito bem representada por Moana e Raya.
Suddenly Seventeen
3.9 8É muito bonito esteticamente e se ampara em diversos momentos no talento, beleza e carisma da Ni Ni. A mensagem de fundo acerca de amadurecimento e autodescoberta é bacana, mas senti que poderiam ter trabalhado melhor a relação entre as versões da protagonista (no estilo de 'Kimi No Na Wa') e o desenvolvimento de seus respectivos sentimentos amorosos, ao invés de limitá-las a correr atrás de seus pares. É um bom filme se assistido despretensiosamente, apesar da abordagem mais "infantilizada".