Nos últimos dias, imagens do povo Yanomami rodaram o Brasil. Em uma delas, uma criança desnutrida e em grave situação de insegurança alimentar, divulgada no mesmo dia em que o presidente ostentava um pedaço de picanha que custa R$ 1.799,00 o quilo.
Outra imagem foram de garimpeiros invasores atirando contra os Yanomamis. Há quem diga que eram ligados ao PCC e aos grandes empresários que lucram com o garimpo. Isso, em um país em que o Ministro do Meio Ambiente critica operações policiais contra a exploração ilegal da floresta e o governo defende mais invasões e menos indígenas, menos floresta e mais boiada.
Diante desse contexto, o recém-lançado filme de Luiz Bolognesi acaba tendo um valor histórico imensurável. Uma obra delicada e um registro fantástico de uma cultura que, há séculos, pode ser exterminada a qualquer momento.
Uma passagem, em especial, me tocou. Quando uma delas comenta que nunca contou sobre os fatos vividos na prisão para seus maridos, filhos e netos. Eu sei o que é isso. Tenho um exemplo em casa.
O filme me deixou com vontade de conversar com minha mãe. Por mais difícil que seja, falar é um ato de luta e coragem. E ouvir é indispensável para não deixar a luta por democracia morrer.
E assim, aos trancos e barrancos, vamos tentando construir um país livre, soberano, com justiça social, inclusivo e com os direitos humanos respeitados.
Muito bom filme, excelente atuação da atriz Gabriela Cartol e as dores e delícias que a personagem vai aprendendo no seu tímido caminhar. Mais um com o selo Cinema Latinoamericano de Qualidade!
É até curioso que esse filme tenha sido tão rejeitado e se tornado "maldito". Sua classificação como "terror" e sua proibição em diversos países dizem mais sobre os preconceitos da sociedade da época do que as críticas que a obra traz.
Boa comédia (ou drama?) francesa, que brinca com coisa séria: a construção da sexualidade - e as pressões, preconceitos e descobertas. Vale à pena conferir!
O filme já me ganhou quando tocou "Na Baixa do Sapateiro". Mas a obra vai muito mais além. Uma verdadeira aula de como usar a câmera, como jogar com ela, como criar com ela. Aula de cinema!
Uma pequena jóia do cinema nacional, com registros históricos e faces e falas de quem construiu o tão diverso movimento negro brasileiro. As lutas não começaram hoje. Nem suas contradições. Por isso é sempre bom olhar para trás, pra pegar o fio da meada...
Um bom suspense dinamarquês, no melhor estilo anos 90. Hoje em dia esse formato de filme já tá um pouco ultrapassado, mas vale à pena conferir pela curiosidade.
Uma fotografia que passeia pelas belezas do Vale do Capão e pelas vistas de Salvador já é meio caminho andado para qualquer filme. Mas a obra de Edgar Navarro vai além. Um de seus melhores filmes.
"Quando a morte vem, somente as suas ações em vida o acompanham. Seu futuro virá de seu passado, como a flor de Udumbara vem de sua semente. Você não pode mudar o seu karma como muda de cavalo".
Infelizmente a Nicarágua não tem tradição cinematográfica. Uma pena, pois cultura e arte são armas poderosas contra as injustiças, violências e desigualdades - uma tríade habitual na América Latina.
Por isso, La Yuma acaba se destacando. Apesar de ser um filme simples (bom, mas basicão), põe na tela um país praticamente invisível na filmografia mundial. Tanto é que - pelo que pesquisei - essa película foi a última ficção produzida na Nicarágua. E lá se vai mais de uma década...
Em 1995, um novo inquérito terminou de forma inconclusiva. Finalmente, em 2012, um quarto inquérito concluiu a inocência dos pais, onde a médica legista atestou que o dingo foi o responsável pela morte do bebê.
Em 1991 o casal Chamberlain se divorciou. Lindy, há alguns anos, afirmou que depois do episódio vivido "lutou para perdoar" seu ex-marido, que não nutria nenhuma raiva, mas tinhas razões privadas para não perdoá-lo. Michael respondeu que "nunca concordou muito com Lindy", mas que também não guardava nenhuma raiva dela. Ele morreu em 2017.
A nada fácil vida, no melhor estilo do irmãos Dardenne. Apesar de vir com o selo de qualidade dos diretores, "O garoto da bicicleta" foi o que menos me impactou, diante dos que eu já vi da filmorafia dos irmãos (Rosetta, O Filho, A Criança, Dois dias). Mas sendo deles, menos ainda é muito.
Cochabamba, Bolívia, 2000. Atendendo à pressão do Banco Mundial e fechando negociatas com empresários, o governo local anunciou a privatização da água.
Naquela época, as garras neolibeirais buscavam privatizar - ou seja, tirar do controle público para pôr na mão de meia dúzia de magnatas - as riquezas do continente latinoamericano. Foi assim em relação a diversos patrimôminos públicos, sobretudo durante a década de 1990. E foi isso que tentaram fazer com a água dos bolivianos: privatizar.
O que eles não esperavam é que haveria uma revolta popular que durante quatro meses parou Cochabamba, no episódio conhecido como "Guerra da Água". O povo saiu vitorioso. As empresas recuaram e o governo revogou a lei de privatização. O acesso a água, portanto, continuou sendo um direito humano e público, e não privilégio de quem teria condições de pagar.
"También la lluvia" conta um pouco dessa história, usando como pano de fundo o passado colonizador da Espanha e sua relação com os indígenas que viviam nas terras que hoje são conhecidas como Bolívia!
Há muito tempo ouvia elogios sobre esse filme de baixo orçamento. E faz valer a fama. Não é nada de excepcional, mas consegue provocar alguns arrepios e deixar o estado de suspense e tensão até o final.
Nômade: Seguindo os Passos de Bruce Chatwin
3.9 2a diversidade de histórias, pessoas e lugares documentadas por Herzog é incrível. Cada vez melhor viajar por seus documentários!!!
Alvorada
3.2 25Dilma, a humana.
A Última Floresta
4.3 35Nos últimos dias, imagens do povo Yanomami rodaram o Brasil. Em uma delas, uma criança desnutrida e em grave situação de insegurança alimentar, divulgada no mesmo dia em que o presidente ostentava um pedaço de picanha que custa R$ 1.799,00 o quilo.
Outra imagem foram de garimpeiros invasores atirando contra os Yanomamis. Há quem diga que eram ligados ao PCC e aos grandes empresários que lucram com o garimpo. Isso, em um país em que o Ministro do Meio Ambiente critica operações policiais contra a exploração ilegal da floresta e o governo defende mais invasões e menos indígenas, menos floresta e mais boiada.
Diante desse contexto, o recém-lançado filme de Luiz Bolognesi acaba tendo um valor histórico imensurável. Uma obra delicada e um registro fantástico de uma cultura que, há séculos, pode ser exterminada a qualquer momento.
Boogie Nights: Prazer Sem Limites
4.0 551 Assista AgoraO filme é excelente quando vê. E melhor ainda quando revê. Filmaço!
Mapa de Sonhos Latinoamericanos
3.7 5Daqueles filmes que faz você ter uma inveja do bem: putz! como eu queria ter feito um filme como esse.
Parabéns ao fotógrafo e diretor Martín Weber por esse projeto. Saiu lindo, tenso e apaixonante tal como a América Latina!
Torre das Donzelas
4.2 23Uma passagem, em especial, me tocou. Quando uma delas comenta que nunca contou sobre os fatos vividos na prisão para seus maridos, filhos e netos. Eu sei o que é isso. Tenho um exemplo em casa.
O filme me deixou com vontade de conversar com minha mãe. Por mais difícil que seja, falar é um ato de luta e coragem. E ouvir é indispensável para não deixar a luta por democracia morrer.
E assim, aos trancos e barrancos, vamos tentando construir um país livre, soberano, com justiça social, inclusivo e com os direitos humanos respeitados.
Obrigado, Donzelas.
Ditadura nunca mais!
A Camareira
3.8 19Muito bom filme, excelente atuação da atriz Gabriela Cartol e as dores e delícias que a personagem vai aprendendo no seu tímido caminhar. Mais um com o selo Cinema Latinoamericano de Qualidade!
Lumière e Companhia
3.9 20Aii, o cinema! Que arte fantástica!
E o filme... que timaço de diretores/as!
O Circo
4.4 227 Assista AgoraMais um clássico do genial e inigualável Charles Chaplin!
Monstros
4.3 509 Assista AgoraÉ até curioso que esse filme tenha sido tão rejeitado e se tornado "maldito". Sua classificação como "terror" e sua proibição em diversos países dizem mais sobre os preconceitos da sociedade da época do que as críticas que a obra traz.
O Cheiro do Ralo
3.7 1,1K Assista AgoraSelton Mello já é metade do caminho para um filme dar certo!
Eu, Mamãe e os Meninos
3.7 162 Assista AgoraBoa comédia (ou drama?) francesa, que brinca com coisa séria: a construção da sexualidade - e as pressões, preconceitos e descobertas. Vale à pena conferir!
A Dama de Shanghai
4.0 103 Assista AgoraO filme já me ganhou quando tocou "Na Baixa do Sapateiro". Mas a obra vai muito mais além. Uma verdadeira aula de como usar a câmera, como jogar com ela, como criar com ela. Aula de cinema!
Ôrí
4.5 10Uma pequena jóia do cinema nacional, com registros históricos e faces e falas de quem construiu o tão diverso movimento negro brasileiro. As lutas não começaram hoje. Nem suas contradições. Por isso é sempre bom olhar para trás, pra pegar o fio da meada...
Nightwatch: Perigo na Noite
3.5 36Um bom suspense dinamarquês, no melhor estilo anos 90. Hoje em dia esse formato de filme já tá um pouco ultrapassado, mas vale à pena conferir pela curiosidade.
Abaixo a Gravidade
2.4 5Uma fotografia que passeia pelas belezas do Vale do Capão e pelas vistas de Salvador já é meio caminho andado para qualquer filme. Mas a obra de Edgar Navarro vai além. Um de seus melhores filmes.
Milarepa
3.6 12"Quando a morte vem, somente as suas ações em vida o acompanham. Seu futuro virá de seu passado, como a flor de Udumbara vem de sua semente. Você não pode mudar o seu karma como muda de cavalo".
Guelwaar
3.9 2Dizer o que, diante de um filme desses? Só agradecer ao pai do cinema africano por mais essa obra.
La Yuma
3.5 2Infelizmente a Nicarágua não tem tradição cinematográfica. Uma pena, pois cultura e arte são armas poderosas contra as injustiças, violências e desigualdades - uma tríade habitual na América Latina.
Por isso, La Yuma acaba se destacando. Apesar de ser um filme simples (bom, mas basicão), põe na tela um país praticamente invisível na filmografia mundial. Tanto é que - pelo que pesquisei - essa película foi a última ficção produzida na Nicarágua. E lá se vai mais de uma década...
Um Grito no Escuro
3.6 73Baseado em uma história real que marcou o sistema judiciário australiano.
Quando esse filme foi rodado, o caso ainda não tinha chegado ao seu desfecho total.
Aqui vão alguns fatos ocorridos após 1988
Em 1995, um novo inquérito terminou de forma inconclusiva. Finalmente, em 2012, um quarto inquérito concluiu a inocência dos pais, onde a médica legista atestou que o dingo foi o responsável pela morte do bebê.
Em 1991 o casal Chamberlain se divorciou. Lindy, há alguns anos, afirmou que depois do episódio vivido "lutou para perdoar" seu ex-marido, que não nutria nenhuma raiva, mas tinhas razões privadas para não perdoá-lo. Michael respondeu que "nunca concordou muito com Lindy", mas que também não guardava nenhuma raiva dela. Ele morreu em 2017.
Nomadland
3.9 896 Assista AgoraCada vida é uma estrada. A mesma que liberta, a mesma que aprisiona. O que você faz dela, o que ela faz com você. Viver é estradar...
O Garoto da Bicicleta
3.7 323A nada fácil vida, no melhor estilo do irmãos Dardenne. Apesar de vir com o selo de qualidade dos diretores, "O garoto da bicicleta" foi o que menos me impactou, diante dos que eu já vi da filmorafia dos irmãos (Rosetta, O Filho, A Criança, Dois dias). Mas sendo deles, menos ainda é muito.
Conflito das Águas
4.0 94 Assista AgoraCochabamba, Bolívia, 2000. Atendendo à pressão do Banco Mundial e fechando negociatas com empresários, o governo local anunciou a privatização da água.
Naquela época, as garras neolibeirais buscavam privatizar - ou seja, tirar do controle público para pôr na mão de meia dúzia de magnatas - as riquezas do continente latinoamericano. Foi assim em relação a diversos patrimôminos públicos, sobretudo durante a década de 1990. E foi isso que tentaram fazer com a água dos bolivianos: privatizar.
O que eles não esperavam é que haveria uma revolta popular que durante quatro meses parou Cochabamba, no episódio conhecido como "Guerra da Água". O povo saiu vitorioso. As empresas recuaram e o governo revogou a lei de privatização. O acesso a água, portanto, continuou sendo um direito humano e público, e não privilégio de quem teria condições de pagar.
"También la lluvia" conta um pouco dessa história, usando como pano de fundo o passado colonizador da Espanha e sua relação com os indígenas que viviam nas terras que hoje são conhecidas como Bolívia!
Coerência
4.0 1,3K Assista AgoraHá muito tempo ouvia elogios sobre esse filme de baixo orçamento. E faz valer a fama. Não é nada de excepcional, mas consegue provocar alguns arrepios e deixar o estado de suspense e tensão até o final.