Premiado filme estadunidense, que aborda o racismo em meio a uma trama policial. Para um espectador de hoje, a obra pode estar defasada, já que não adentra camadas mais profundas e estruturantes do racismo e ainda tem que ver a redenção do personagem racista. Mas pra época era palatável abordar o racismo dessa maneira e certamente teve um importante valor diante do debate público sobre os direitos civis estadunidenses, no país que tinha acabado de assassinar Malcolm X e veria Luther King ser morto um ano depois do lançamento dessa obra.
Os EUA pegavam fogo! E o Oscar se posicionou, dando o prêmio de melhor filme para No Calor da Noite, desbancando Bonnie e Claide, A Primeira Noite de um Homem e... Adivinha quem vem para jantar, um filme muito parecido e que também era estrelado pelo Sidney Poitier. O curioso é que mesmo protagonizando dois filmes que concorriam à categoria de Melhor Filme, Poitier não levou o Oscar de melhor ator. A estatueta ficou com Rod Steiger, o ator branco que interpretava o personagem racista.
Minha esperança é que as próximas gerações vejam esse filme e pensem: putz... então era assim naquela época? Até lá, que as pessoas ao menos se revoltem contra os que negam o direito ao amor.
Mais um filme do Mestre para a lista. Acho que já vi todos os "melhores filmes" de Hitchcock. Ou pelo menos, nunca mais me surpreendi com nenhum. Enquanto isso, vou passeando por sua incansável filmografia...
Vi esse documentário logo após ter visto "O Triunfo da Vontade". E como é bom perceber o quanto um país é capaz de se reinventar. O triste é saber que o drama dos imigrantes documentado pelo Karim é apenas uma ponta do iceberg. Quantos sequer conseguem sair do seu país!? Quantos morrem pelo caminho!? Quantos morrem depois de saírem do Aeroporto Central!? Ou se não morrem, qual o tamanho da dor que carregam consigo!?
Eu nunca imaginei que um dia pararia pra ver esse filme. Mas o Brasil de Bolsonaro me despertou a curiosidade de ver documentários como esse, que retratam a ascensão de líderes nazistas. O preocupante é que esse mar de gente que legitimou Hitler são pessoas comuns, que podem ser iguais aos que a gente encontra ali na esquina. Por uma série de fatores políticos e uma crise econômica profunda, essas pessoas são capazes de dar seu voto para um governo nazista e as consequências disso são imprevisíveis.
Hitler não nasceu do dia pra noite. Da sua eleição até o início da Segunda Guerra Mundial foram 6 anos. Antes disso, muita água rolou. Com o lema "Alemanha acima de tudo", Hitler apelou ao nacionalismo da população, que foi na onda provocada pela principal arma para mobilizar corações e braços armados: a propaganda nazista. Naquela época não existia o conceito de Fake News.
Por isso, faz todo o sentido ver filmes como esse e tentar se aproximar dos cidadãos e cidadãs que foram responsáveis por um dos governos mais genocida da História. Terminado o filme, difícil não ficar apreensivo e frustrado. Mas também há espaço para a esperança por saber que essas pessoas não são necessariamente más. Algumas sim. Mas a grande maioria pode ter cedido ao desespero e sucumbido à sua própria ignorância.
A direção é bem simplória e o filme acaba parecendo uma novela das 6. Meio bobo. Mas agradável de se ver e, ainda que superficial, se desenrola a partir de um tema tabu: o suicídio.
Clássico do cinema espanhol, a comédia é provocativa. Faz a gente pensar sobre os estigmas de um carrasco e sobre seus dramas e reflexões ao fazer da morte um meio de ganhar vida.
O documentário traz um apanhado histórico sobre o processo que fez da Cannabis uma planta amaldiçoada por políticos do alto escalão dos Estados Unidos. A maconha foi, inicialmente, muito consumida pela população negra e de origem mexicana - destaque para Louis Armstrong, que sempre foi um amante da erva - e passou a ser criminalizada numa guerra semelhante à daqui: a guerra aos pobres disfarçada de "guerra às drogas", servindo de bode expiatório para ampliação das políticas racistas que marcam a história dos Estados Unidos.
Lá, como cá, a criminalização da maconha enriqueceu políticos e grandes empresários que lucram com o tráfico e matou milhares de pobres, encarcerando tantos outros.
Outro elemento interessante que o documentário traz é que, apesar de diversos estados terem legalizado e regulamentado o uso e comércio da maconha, a população negra segue excluída desse novo mercado legalizado que vende a planta e artigos para seu uso. Ou seja, mesmo com o país começando a corrigir os erros do passado, a estrutura racista dos Estados Unidos ainda é algo de difícil solução.
Um tapa na cara, um murro no estômago e um chute na consciência de muita gente.
Às vezes os clichês holywoodianos usados por Spike Lee no filme me incomodavam. Mas sei que é através deles que o diretor consegue dialogar com uma gama de gente que foi habituada a ver filmes de guerra como se fosse entretenimento. E é através de alguns clichês, do "filme de guerra" e do entretenimento que Spike Lee consegue fazer uma ponte com um público maior, que talvez nunca tivesse visto um filme seu.
E uma vez que você tá dentro do filme, está vulnerável a receber os tapas, murros e chutes que Spike Lee dá.
Tomara que o diretor chegue cada vez mais nas casas das pessoas e que essas pensem duas vezes antes de usar um bonezinho do seu fascista de estimação.
A guerra não acabou.
E se eles vêm de lá com tanques, venenos, e policiais assassinos, a gente vai com cinema, consciência e fogo nos racistas!
Que coisa linda! A natureza e seus mistérios flagrados pelo cinema. E uma relação entre mãe e filho que mexe com nossas emoções e faz a gente torcer por um final feliz até o fim!
O vazio existencial de um presidente obsoleto e que perdeu a legitimidade para uma juventude cansada de uma retórica pretérita que não dá respostas aos problemas presentes.
O diretor Bekolo faz uma alegoria do presidente camaronês Paul Biya. Quando o filme foi feito, em 2013, ele estava há 32 anos no poder. Em 2018, Biya foi reeleito para mais 7 anos na presidência. Alguns candidatos não participaram da eleição, alegando que o processo era fraudulento. Alguém duvida que seja?
Encontros no Fim do Mundo
4.3 22Herzog, por favor me chama pra te acompanhar nos seus próximos documentários!!!
Delicatessen
3.8 278 Assista AgoraO filme começa deliciosamente bom de se ver. Mas depois eu me perdi ou não tava louco o suficiente pra acompanhar...
No Calor da Noite
4.0 139 Assista AgoraPremiado filme estadunidense, que aborda o racismo em meio a uma trama policial. Para um espectador de hoje, a obra pode estar defasada, já que não adentra camadas mais profundas e estruturantes do racismo e ainda tem que ver a redenção do personagem racista. Mas pra época era palatável abordar o racismo dessa maneira e certamente teve um importante valor diante do debate público sobre os direitos civis estadunidenses, no país que tinha acabado de assassinar Malcolm X e veria Luther King ser morto um ano depois do lançamento dessa obra.
Os EUA pegavam fogo! E o Oscar se posicionou, dando o prêmio de melhor filme para No Calor da Noite, desbancando Bonnie e Claide, A Primeira Noite de um Homem e... Adivinha quem vem para jantar, um filme muito parecido e que também era estrelado pelo Sidney Poitier. O curioso é que mesmo protagonizando dois filmes que concorriam à categoria de Melhor Filme, Poitier não levou o Oscar de melhor ator. A estatueta ficou com Rod Steiger, o ator branco que interpretava o personagem racista.
Ilusões de Órbita
3.9 5Mais uma obra fantástica de Martin Sulík. No melhor estilo "Alice no País das Maravilhas", Tereza vai seguindo seu nada fácil percurso...
Medo e Desejo
2.9 93 Assista AgoraO filme não é bom. Mas também não é tão ruim ao ponto do diretor rejeitá-lo.
Rafiki
4.0 110 Assista AgoraMinha esperança é que as próximas gerações vejam esse filme e pensem: putz... então era assim naquela época? Até lá, que as pessoas ao menos se revoltem contra os que negam o direito ao amor.
Os Miseráveis
4.0 161Terminei de ver o filme completamente arrepiado. Foda!!!
A Negação do Brasil
4.3 49O racismo brasileiro diante dos nossos olhos.
Joel Zito é um diretor indispensável para um cinema que não passa na tv.
Uma História de Amor e Fúria
4.0 657“Viver sem conhecer o passado é andar no escuro”
O Terceiro Tiro
3.7 145 Assista AgoraMais um filme do Mestre para a lista. Acho que já vi todos os "melhores filmes" de Hitchcock. Ou pelo menos, nunca mais me surpreendi com nenhum. Enquanto isso, vou passeando por sua incansável filmografia...
Aeroporto Central
3.4 7 Assista AgoraVi esse documentário logo após ter visto "O Triunfo da Vontade". E como é bom perceber o quanto um país é capaz de se reinventar. O triste é saber que o drama dos imigrantes documentado pelo Karim é apenas uma ponta do iceberg. Quantos sequer conseguem sair do seu país!? Quantos morrem pelo caminho!? Quantos morrem depois de saírem do Aeroporto Central!? Ou se não morrem, qual o tamanho da dor que carregam consigo!?
O Triunfo da Vontade
3.8 95 Assista AgoraEu nunca imaginei que um dia pararia pra ver esse filme. Mas o Brasil de Bolsonaro me despertou a curiosidade de ver documentários como esse, que retratam a ascensão de líderes nazistas. O preocupante é que esse mar de gente que legitimou Hitler são pessoas comuns, que podem ser iguais aos que a gente encontra ali na esquina. Por uma série de fatores políticos e uma crise econômica profunda, essas pessoas são capazes de dar seu voto para um governo nazista e as consequências disso são imprevisíveis.
Hitler não nasceu do dia pra noite. Da sua eleição até o início da Segunda Guerra Mundial foram 6 anos. Antes disso, muita água rolou. Com o lema "Alemanha acima de tudo", Hitler apelou ao nacionalismo da população, que foi na onda provocada pela principal arma para mobilizar corações e braços armados: a propaganda nazista. Naquela época não existia o conceito de Fake News.
Por isso, faz todo o sentido ver filmes como esse e tentar se aproximar dos cidadãos e cidadãs que foram responsáveis por um dos governos mais genocida da História. Terminado o filme, difícil não ficar apreensivo e frustrado. Mas também há espaço para a esperança por saber que essas pessoas não são necessariamente más. Algumas sim. Mas a grande maioria pode ter cedido ao desespero e sucumbido à sua própria ignorância.
Ainda há tempo.
O Terraço
3.9 7A cada filme de Ettore Scola que assisto ainda consigo me surpreender e me apaixonar. Que filme! Que diretor!!!
O Suborno do Céu
3.7 5A direção é bem simplória e o filme acaba parecendo uma novela das 6. Meio bobo. Mas agradável de se ver e, ainda que superficial, se desenrola a partir de um tema tabu: o suicídio.
O Carrasco
3.9 8Clássico do cinema espanhol, a comédia é provocativa. Faz a gente pensar sobre os estigmas de um carrasco e sobre seus dramas e reflexões ao fazer da morte um meio de ganhar vida.
Mamãe Faz 100 Anos
3.9 29Delícia de filme!
A Odisseia dos Tontos
3.8 165Vi tantos elogios a esse filme que cheguei a achar que o problema estava comigo. Mas não. O filme é bobo mesmo. Bobinho, bobinho...
Baseado em Fatos Raciais
4.3 21 Assista AgoraO documentário traz um apanhado histórico sobre o processo que fez da Cannabis uma planta amaldiçoada por políticos do alto escalão dos Estados Unidos. A maconha foi, inicialmente, muito consumida pela população negra e de origem mexicana - destaque para Louis Armstrong, que sempre foi um amante da erva - e passou a ser criminalizada numa guerra semelhante à daqui: a guerra aos pobres disfarçada de "guerra às drogas", servindo de bode expiatório para ampliação das políticas racistas que marcam a história dos Estados Unidos.
Lá, como cá, a criminalização da maconha enriqueceu políticos e grandes empresários que lucram com o tráfico e matou milhares de pobres, encarcerando tantos outros.
Outro elemento interessante que o documentário traz é que, apesar de diversos estados terem legalizado e regulamentado o uso e comércio da maconha, a população negra segue excluída desse novo mercado legalizado que vende a planta e artigos para seu uso. Ou seja, mesmo com o país começando a corrigir os erros do passado, a estrutura racista dos Estados Unidos ainda é algo de difícil solução.
Destacamento Blood
3.8 448 Assista AgoraUm tapa na cara, um murro no estômago e um chute na consciência de muita gente.
Às vezes os clichês holywoodianos usados por Spike Lee no filme me incomodavam. Mas sei que é através deles que o diretor consegue dialogar com uma gama de gente que foi habituada a ver filmes de guerra como se fosse entretenimento. E é através de alguns clichês, do "filme de guerra" e do entretenimento que Spike Lee consegue fazer uma ponte com um público maior, que talvez nunca tivesse visto um filme seu.
E uma vez que você tá dentro do filme, está vulnerável a receber os tapas, murros e chutes que Spike Lee dá.
Tomara que o diretor chegue cada vez mais nas casas das pessoas e que essas pensem duas vezes antes de usar um bonezinho do seu fascista de estimação.
A guerra não acabou.
E se eles vêm de lá com tanques, venenos, e policiais assassinos, a gente vai com cinema, consciência e fogo nos racistas!
As Vilas Volantes: O verbo contra o vento
4.1 6Um olhar lançado sobre um lugar, pessoas e histórias
levados pelo vento, pelo tempo e pelas memórias.
Pássaros de Verão
4.0 77Filmão! Cinema latinoamericano voando!!!!
Camelos Também Choram
4.1 36Que coisa linda! A natureza e seus mistérios flagrados pelo cinema. E uma relação entre mãe e filho que mexe com nossas emoções e faz a gente torcer por um final feliz até o fim!
Não Estou mais Aqui
4.0 75 Assista AgoraFoda! Filmaço! Cinema latinoamericano voando!!!
Le président
3.3 1O vazio existencial de um presidente obsoleto e que perdeu a legitimidade para uma juventude cansada de uma retórica pretérita que não dá respostas aos problemas presentes.
O diretor Bekolo faz uma alegoria do presidente camaronês Paul Biya. Quando o filme foi feito, em 2013, ele estava há 32 anos no poder. Em 2018, Biya foi reeleito para mais 7 anos na presidência. Alguns candidatos não participaram da eleição, alegando que o processo era fraudulento. Alguém duvida que seja?