O filme é um labirinto psíquico e lembra muito Mother do aronofsky. Dadas as comparações, podemos dizer que aqui o diretor é um pouco infeliz pois muita coisa é realmente ininteligível, diferente de Mother onde pelo menos o simbolismo era claramente explicado nas mudanças de cena.
Acho que os cortes e os planos fechados mais atrapalham do que ajudam, isso prejudica o entendimento do filme ao meu ver pq parece que no enquadramento 4:3 fica sempre algo fora de cena. Claro, o diretor faz isso com o propósito de simular uma mente doentia e/ou perdida e também para prender nossa atenção mas não funciona bem pq o filme é vago demais.
O filme tem monólogos interessantes e a cena final é uma ode ao teatro. Boa atuação da Jessie Buckley também.
Quem vê o trailer desse filme pensa num clichê mas o que se vê na tela é um sopro de originalidade. Trilha sonora impecável. A direção de som brinca com nosso sentido a toda hora e isso é muito inquietante e interessante de se ver hoje em dia.
Filme sublime sobre superação, sobre emoção, sobre ser o que você quiser ser independente de quem você é e, mais importante, sobre como contar uma boa história. Forrest tem o poder da narrativa e da delicadeza. Um filme para a eternidade.
Uma das melhores atuações que já na vida. Sublime o esforço do personagem em dissimular o tempo todo aquilo que ele sente e nos enganar a ponto de simpatizarmos com ele, creio que isso seja realmente a intenção do filme para demonstrar o tema que o mesmo propõe a debater.
O filme tem uma premissa parecida com "A Rede Social" mas vai numa linha diferente ao mostrar o lado sombrio da internet e como ela pode ser terrivelmente perigosa.
Filme urgente pra entendermos como a opinião pública pode ser moldada e remodelada em tempos onde a comunicação virtual é tão presente e também para entender a importância de se combater a divulgação de falsas noticias na internet.
Diretores ateus fazem filmes com temática religiosa melhor e menos viciada e Enter the Void é a prova disso.
O filme segue a linha do livro tibetano dos mortos e mostra uma perspectiva muito diferente sobre um tema tão misterioso como a morte. A religiosidade se entrelaça e vai ganhando forma de modo que num conjunto, podemos dizer que o filme é uma descoberta e uma tentativa de racionalizar, ainda que não seja claro, como é a passagem da morte para o renascimento dentro da perspectiva tibetana descrita no livro.
Logo no começo do filme já é dada uma perspectiva imersiva, com narração em primeira pessoa e um plano de filmagem que coloca também o telespectador na perspectiva do personagem, é uma viagem. E passam então quase 3 horas de filme onde vamos dando voltas e vagando pela vida do personagem e pela Tóquio de neon do Gaspar Noé.
Eu diria que esse filme é uma experiência, muito mais do que um entretenimento. As espirais que a vida e história do personagem dá, os caminhos, as lembranças, tudo isso é mostrado de forma muito genuína e sempre de forma misteriosa fazendo com que você questione a moral do personagem. Abre-se espaço também a várias referências como o catolicismo, que é bem presente na obra, ao capitalismo, que é questionado de forma bem acintosa, ao eterno retorno de Nietzsche e a várias outras ideias que formam a sociedade. Destaque para o ator que faz o Alex, que no filme está muito bem e é o guia espiritual do protagonista durante toda a viagem.
Ponto fraco apenas para a teoria freudiana que é explorada até o último em quase todo o filme, levando a psico-sexualidade a ser um fator muito predominante na obra.
Uncut Jems é uma peróla(com o perdão do eufemismo) do cinema. Howard Ratner já é um ícone dos personagens mais insuportáveis e viciantes que o cinema nos trouxe. Você torce o tempo todo para que ele para de falar mas no fim se solidariza com o personagem. Adam Sandler fez o papel da sua vida aqui. Achei excelente a participação do Garnett também, além do um grande jogador de basquete que foi se revela agora um ator de muita versatilidade.
Tudo funciona bem nesse filme, atores, cores, planos, diálogos...é bizarro ver que um filme tão bom quanto esse foi ignorado no Oscar, o tempo tratará de consertar isso.
Destaque para a trilha sonora que caminha entre psicodélico e o surrealismo sonoro.
Documentário muito didático e que apresenta uma visão autocentrada de quem participou do processo histórico brasileiro. Muito bacana a Petra usar sua história de vida em paralelo com o que ela demonstra na tela, a narração feita por em off ficou muito boa e traz questionamentos que vão além da política e chegam na veia moral da própria diretora.
O Documentário também mostra algumas boas imagens inéditas da prisão do Ex Presidente e do Processo de impeachment que servem de registro histórico.
Creio que peca um pouco ao não explorar melhor a relação que é tão criticada no filme, que é a relação empresarial que o mercado tem com o congresso nacional. Nesse ponto falta uma ousadia porque a critica feita é de forma rasa, sem o aprofundamento necessário que poderia ter, e desta forma, soa apenas como clichê - embora mantenha sua importância no debate.
Exemplificando: na cena onde é mostrado a placa com o nome das construtoras no palácio do alvorada, o sentido critico ao esquema de poder é notório mas a engrenagem que faz com que isso aconteça não é demonstrada, quando muito poderia ter sido feito mostrando a relação e como esse processo se desdobra em pequenas nuances.
Ao mostrar o processo de impeachment o documentário faz o que "O Processo" já havia mostrado com uma melhor enfase, faltou um aprofundamento aqui também.
No geral é um bom documentário mas acho um exagero da academia ele ter concorrido ao Oscar
Frozen 2 é o reflexo da falta de criatividade que vive a Disney Pictures. Uma película desnecessária que não sabe se segue o caminho de um musical ou uma animação com uma história factível. Roteiro bizarro e de pouca lógica e que insulta até as crianças, público alvo da animação.
A parte musical foi mais terrível ainda, uma música a cada 5 minutos de história, a coisa mais irritante que já vi em numa animação. E não emplaca nenhuma canção, por mais forçado que seja. Não tem a naturalidade do primeiro nesse ponto e passa longe de muitos filmes da Disney onde as musicas são mais presentes.
Cada vez que o homem avança no futuro, mais descobre a si mesmo. Essa é a grande mensagem que o filme deixa.
Obra de muita ousadia e coragem, faz um interessante paralelo com outras do gênero, mas aqui com muito mais cuidado, sem se ater a malabarismos no seu desfecho como foi Interestelar por exemplo(que é, a meu ver, um ótimo filme mas tem um péssimo final). A questão familiar, que parece artificial no filme, serve de pano de fundo para a grande questão do filme, que é a solidão do homem. Joaquim Phoenix que me desculpe mas a atuação do Brad Pitt é digna de Oscar, o cara teve duas mega atuações esse ano, essa e com o Tarantino em Once in HollyWood.
Ad Astra é m filme reflexivo e que reponde com muita inteligência uma questão que a humanidade parece saber a resposta mas se recusa a ouvir, a de que no fim estamos sozinhos no universo.
Tarantino faz um passeio pela história do cinema e entrega uma obra suprema, madura e de muita irreverência.
Produção cuidadosa e ótimo elenco marcam um filme pós moderno, que usa bem a metalinguagem pra contar uma história cruel e dolorosa, sempre com muito repeito aos envolvidos e com muito zelo aos sues nomes. Mas o principal fica por conta do paralelo entre a tragédia sombria e a tragédia que a indústria do cinema viveu na mesma época, quase como se uma flertasse com a outra, se amalgamando e criando vínculos inesperados na história da sétima arte. Interessante ver como o Tarantino sabe contar uma história com calma, sem apressar o desfecho e de uma forma natural, realmente um mestre na arte da direção.
Gostei muito da atuação do Brad Pitt, rouba o filme pra si quando aparece com destaque na tela. Mostra um ator em ótima forma que sabe mesclar muito bem seus trabalhos.
Um filme divertido e tranquilo, sem toda a espetacularização que a Marvel costuma fazer. Gostei muito da cena no universo quântico(na parte do resgate), psicodélica e bem fotografada, pena explorarem pouco essa parte.
A desigualdade como horror. Parasita é uma obra genial em todos os aspectos e vem para aclamar a boa safra do cinema sul-coreano. Sem duvida o melhor filme de 2019.
Duas questões em especial chamam a atenção nesse filme. A primeira diz respeito a saúde mental, tema atualíssimo e que o diretor trata com muito respeito, trazendo a discussão a tona numa sociedade que opta por tratar como questão menor. A segunda, diz respeito a crescente desigualdade que marginaliza cadas vez mais as pessoas menos privilegiadas. Mas e quando se tem essas duas questões dentro de um personagem?
Pois bem, o Coringa é uma prova de que um mundo que marginaliza seus problemas, pode uma hora ter que resolvê-los da pior maneira. A doença do Arthur não é só mental, ela se alastra socialmente e vem como um tsunami arrebatar uma cidade esquecida, perdida no meio do lixo que a cerca. O Coringa é resultado complexo dessas nuances que se perdem, ficam escondidas num canto até mostrar a sua verdadeira face.
A que se destacar também uma atuação sublime que eleva o personagem, transporta o Coringa não mais num filme de quadrinhos mas num filme cru, que arrebata, que critica e que discute e, não menos importante, conversa com o leitor da obra de uma maneira lúcida e verdadeira, sem medo de ser sincero nas questões que aborda.
Aposta corajosa a DC usar um filme de grande apelo pop pra fazer uma critica profunda da desigualdade e que deixa o telespectador pensando no final da obra, realmente um Coringa num universo onde a Marvel, a cada dia que passa, faz filme pra burguês se deleitar.
A continuação mais que ótima do icônico primeiro filme e que chega aqui com outro patamar, pra elevar um dos personagens mais divertidos da Marvel e se firmar como uma franquia de sucesso.
Homem Aranha 2 é, dos três filmes da primeira fase, digamos, o que melhor se sobressaí no conjunto da obra. O vilão é desenvolvido muito bem, com calma e sem apressar a história. Os efeitos especiais, melhoram nesse segundo filme e entregam muito mais que o primeiro, sem falar da fotografia que deixa o filme com cores marcantes e anima a trama, filme de quadrinhos sem cor deveria ser proibido aliás. E, por fim, os atores estão todos em boa forma e agregam muito a trama.
Vale a pena, sempre que possível, revisitar esse filme e se encher de nostalgia.
O melhor homem-aranha já filmado e um clássico que sempre será lembrado. Desenvolve bem o personagem, sem pressa de acelerar a história. Mostra um universo a ser explorado, os conflitos morais do cabeça de teia e oferece boas cenas de ação, além das cenas icônicas que marcaram uma geração e que já foram revividas em outros filmes.
O único pecado desse filme foi ter mostrado pouco o Duende Verde e ter exagerado nos efeitos especiais(bizarros em algumas partes).
Apesar de passar longe dos primeiros x-mens da nova fase, esse supera o terrível Apocalipse e acaba por ser um filme bem divertido e interessante. Faltam cenas de ação mas no geral é um bom filme, com excelentes efeitos especiais e umas boas atuações. O filme poderia ter mergulhado mais no personagem da fênix mas preferiram encerram o filme como se fosse um conto rápido que parece não alterar o universo dos x-men.
A prova de que o homem sempre pode evoluir e ir mais longe do que ele imagina.
O documentário mostra mais o homem do que a ação deste, foca mais no personagem do que na escalada em si mas nem por isso deixa de ser interessante, é um ponto de vista diferente do que eu esperava quando vi o trailer. Mesmo assim achei que faltou cenas do Alex escalando, apesar de que aqueles últimos cinco minutos são de tirar o fôlego.
Cada pedaço desse filme é um universo próprio que vai se revelando com extrema delicadeza e sensibilidade a frente do telespectador. Uma obra que contempla as mais diversas sensações e faz uma viagem por um lugar que só é possível descobrir quem realmente se deixa impactar pela obra.
A trama mostra um pouco como a crise econômica do japão afetou não só aquela sociedade financeiramente mas também como o imaginário social de um povo e suas relações interpessoais foram roubadas e suprimidas por uma relação mercadológica de afetos, a cena do abraço no bordel, digamos, clarifica isso na trama. E os ladrões aqui são na verdade guardiões talvez do último resquício do que sobrou de humanidade nas relações, guardiões do amor, da pureza e da empatia. Protetores de um mundo só seu. O "rapto" da garotinha é na verdade uma porta que eles acabam abrindo para sua própria imaginação, não existir mais como família de sangue, aquela que é mais fácil negar do que se orgulhar por pertencer, mas sim ser família, reimaginar a família não mais como algo genético mas sim como uma sensação subtraída das suas escolhas e partilhadas com aqueles que você escolheu estar. Se fosse pra resumir numa frase esse filme, daria para colocar da seguinte forma: É A RE-INVENÇÃO DA FAMÍLIA.
Além da várias emoções que é possível sentir nesse filme, a que mais me chamou a atenção é o fato de que aquele lugar onde a família vive é convidativo para que você mesmo entre também e estabeleça ali o seu convívio. O sentimento de querer estar ali explorando aquele pequeno universo é gritante, instigante e provocativo. Há um mundo novo ali que só quem percebe o mistério por trás de tudo aquilo, só quem percebe aquilo que não se revela mas sim se sente, é convidado a entrar.
Aquela casinha, no meio dos prédios, rodeada por concreto, esconde um mistério que permanece incólume a ação do tempo e que no fim permanece ali como uma prova de que outro mundo é possível, como prova de que é possível escolher.
Woody Allen sabe contar uma história, isso é fato. Aqui temos um conto onde as pequenas sutilezas vão se tornando ondas que irão afogar o protagonista. O filme é bem dirigido, com suspense em boa medida e com tiradas muito bem colocadas que deixam a trama com um humor peculiar. A temática filosófica da obra é justificada nas ações dos personagens, deixando o filme com ares de intelectual mas, no fim, o que sobra de toda a filosofia(sem a desmerecer no contexto da obra) é uma boa e divertida história de um homem cego em suas atitudes.
Não é só a história de uma bela amizade é ,também, a história de como a música pode quebrar paradigmas e mostrar novos caminhos para se explorar. A viagem que os dois protagonistas fazem é a descoberta desses caminhos em um mundo que vai se expandindo pelo som do piano. Belo e Marcante.
A Origem
4.4 5,9K Assista AgoraMelhora a cada vez que eu vejo, uma obra prima dessa geração.
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraO filme é um labirinto psíquico e lembra muito Mother do aronofsky. Dadas as comparações, podemos dizer que aqui o diretor é um pouco infeliz pois muita coisa é realmente ininteligível, diferente de Mother onde pelo menos o simbolismo era claramente explicado nas mudanças de cena.
Acho que os cortes e os planos fechados mais atrapalham do que ajudam, isso prejudica o entendimento do filme ao meu ver pq parece que no enquadramento 4:3 fica sempre algo fora de cena. Claro, o diretor faz isso com o propósito de simular uma mente doentia e/ou perdida e também para prender nossa atenção mas não funciona bem pq o filme é vago demais.
O filme tem monólogos interessantes e a cena final é uma ode ao teatro. Boa atuação da Jessie Buckley também.
A Vastidão da Noite
3.5 576 Assista AgoraQuem vê o trailer desse filme pensa num clichê mas o que se vê na tela é um sopro de originalidade.
Trilha sonora impecável. A direção de som brinca com nosso sentido a toda hora e isso é muito inquietante e interessante de se ver hoje em dia.
Forrest Gump: O Contador de Histórias
4.5 3,8K Assista AgoraGo your own way.
Filme sublime sobre superação, sobre emoção, sobre ser o que você quiser ser independente de quem você é e, mais importante, sobre como contar uma boa história. Forrest tem o poder da narrativa e da delicadeza. Um filme para a eternidade.
Rede de Ódio
3.7 363 Assista AgoraUma das melhores atuações que já na vida. Sublime o esforço do personagem em dissimular o tempo todo aquilo que ele sente e nos enganar a ponto de simpatizarmos com ele, creio que isso seja realmente a intenção do filme para demonstrar o tema que o mesmo propõe a debater.
O filme tem uma premissa parecida com "A Rede Social" mas vai numa linha diferente ao mostrar o lado sombrio da internet e como ela pode ser terrivelmente perigosa.
Filme urgente pra entendermos como a opinião pública pode ser moldada e remodelada em tempos onde a comunicação virtual é tão presente e também para entender a importância de se combater a divulgação de falsas noticias na internet.
Enter The Void: Viagem Alucinante
4.0 870Diretores ateus fazem filmes com temática religiosa melhor e menos viciada e Enter the Void é a prova disso.
O filme segue a linha do livro tibetano dos mortos e mostra uma perspectiva muito diferente sobre um tema tão misterioso como a morte. A religiosidade se entrelaça e vai ganhando forma de modo que num conjunto, podemos dizer que o filme é uma descoberta e uma tentativa de racionalizar, ainda que não seja claro, como é a passagem da morte para o renascimento dentro da perspectiva tibetana descrita no livro.
Logo no começo do filme já é dada uma perspectiva imersiva, com narração em primeira pessoa e um plano de filmagem que coloca também o telespectador na perspectiva do personagem, é uma viagem. E passam então quase 3 horas de filme onde vamos dando voltas e vagando pela vida do personagem e pela Tóquio de neon do Gaspar Noé.
Eu diria que esse filme é uma experiência, muito mais do que um entretenimento. As espirais que a vida e história do personagem dá, os caminhos, as lembranças, tudo isso é mostrado de forma muito genuína e sempre de forma misteriosa fazendo com que você questione a moral do personagem. Abre-se espaço também a várias referências como o catolicismo, que é bem presente na obra, ao capitalismo, que é questionado de forma bem acintosa, ao eterno retorno de Nietzsche e a várias outras ideias que formam a sociedade. Destaque para o ator que faz o Alex, que no filme está muito bem e é o guia espiritual do protagonista durante toda a viagem.
Ponto fraco apenas para a teoria freudiana que é explorada até o último em quase todo o filme, levando a psico-sexualidade a ser um fator muito predominante na obra.
Sonic: O Filme
3.4 712 Assista AgoraÉ a história de um ouriço legal, com uma ar nostálgico dos anos 90 e que agora virou um bichinho de estimação de um casal sem graça.
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraUncut Jems é uma peróla(com o perdão do eufemismo) do cinema.
Howard Ratner já é um ícone dos personagens mais insuportáveis e viciantes que o cinema nos trouxe. Você torce o tempo todo para que ele para de falar mas no fim se solidariza com o personagem. Adam Sandler fez o papel da sua vida aqui. Achei excelente a participação do Garnett também, além do um grande jogador de basquete que foi se revela agora um ator de muita versatilidade.
Tudo funciona bem nesse filme, atores, cores, planos, diálogos...é bizarro ver que um filme tão bom quanto esse foi ignorado no Oscar, o tempo tratará de consertar isso.
Destaque para a trilha sonora que caminha entre psicodélico e o surrealismo sonoro.
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KDocumentário muito didático e que apresenta uma visão autocentrada de quem participou do processo histórico brasileiro. Muito bacana a Petra usar sua história de vida em paralelo com o que ela demonstra na tela, a narração feita por em off ficou muito boa e traz questionamentos que vão além da política e chegam na veia moral da própria diretora.
O Documentário também mostra algumas boas imagens inéditas da prisão do Ex Presidente e do Processo de impeachment que servem de registro histórico.
Creio que peca um pouco ao não explorar melhor a relação que é tão criticada no filme, que é a relação empresarial que o mercado tem com o congresso nacional. Nesse ponto falta uma ousadia porque a critica feita é de forma rasa, sem o aprofundamento necessário que poderia ter, e desta forma, soa apenas como clichê - embora mantenha sua importância no debate.
Exemplificando: na cena onde é mostrado a placa com o nome das construtoras no palácio do alvorada, o sentido critico ao esquema de poder é notório mas a engrenagem que faz com que isso aconteça não é demonstrada, quando muito poderia ter sido feito mostrando a relação e como esse processo se desdobra em pequenas nuances.
Ao mostrar o processo de impeachment o documentário faz o que "O Processo" já havia mostrado com uma melhor enfase, faltou um aprofundamento aqui também.
No geral é um bom documentário mas acho um exagero da academia ele ter concorrido ao Oscar
(embora obviamente eu fique na torcida pela primeira estatueta brasileira)
Frozen II
3.6 786Frozen 2 é o reflexo da falta de criatividade que vive a Disney Pictures. Uma película desnecessária que não sabe se segue o caminho de um musical ou uma animação com uma história factível. Roteiro bizarro e de pouca lógica e que insulta até as crianças, público alvo da animação.
A parte musical foi mais terrível ainda, uma música a cada 5 minutos de história, a coisa mais irritante que já vi em numa animação. E não emplaca nenhuma canção, por mais forçado que seja. Não tem a naturalidade do primeiro nesse ponto e passa longe de muitos filmes da Disney onde as musicas são mais presentes.
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 852 Assista AgoraCada vez que o homem avança no futuro, mais descobre a si mesmo. Essa é a grande mensagem que o filme deixa.
Obra de muita ousadia e coragem, faz um interessante paralelo com outras do gênero, mas aqui com muito mais cuidado, sem se ater a malabarismos no seu desfecho como foi Interestelar por exemplo(que é, a meu ver, um ótimo filme mas tem um péssimo final). A questão familiar, que parece artificial no filme, serve de pano de fundo para a grande questão do filme, que é a solidão do homem.
Joaquim Phoenix que me desculpe mas a atuação do Brad Pitt é digna de Oscar, o cara teve duas mega atuações esse ano, essa e com o Tarantino em Once in HollyWood.
Ad Astra é m filme reflexivo e que reponde com muita inteligência uma questão que a humanidade parece saber a resposta mas se recusa a ouvir, a de que no fim estamos sozinhos no universo.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraTarantino faz um passeio pela história do cinema e entrega uma obra suprema, madura e de muita irreverência.
Produção cuidadosa e ótimo elenco marcam um filme pós moderno, que usa bem a metalinguagem pra contar uma história cruel e dolorosa, sempre com muito repeito aos envolvidos e com muito zelo aos sues nomes. Mas o principal fica por conta do paralelo entre a tragédia sombria e a tragédia que a indústria do cinema viveu na mesma época, quase como se uma flertasse com a outra, se amalgamando e criando vínculos inesperados na história da sétima arte. Interessante ver como o Tarantino sabe contar uma história com calma, sem apressar o desfecho e de uma forma natural, realmente um mestre na arte da direção.
Gostei muito da atuação do Brad Pitt, rouba o filme pra si quando aparece com destaque na tela. Mostra um ator em ótima forma que sabe mesclar muito bem seus trabalhos.
Homem-Formiga e a Vespa
3.6 990 Assista AgoraUm filme divertido e tranquilo, sem toda a espetacularização que a Marvel costuma fazer. Gostei muito da cena no universo quântico(na parte do resgate), psicodélica e bem fotografada, pena explorarem pouco essa parte.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraA desigualdade como horror.
Parasita é uma obra genial em todos os aspectos e vem para aclamar a boa safra do cinema sul-coreano. Sem duvida o melhor filme de 2019.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraBacuraru é o resultado do que se tem quando a arte luta contra o facismo. Filme brutal e marcante, Bacuraru é uma obra urgente.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraDuas questões em especial chamam a atenção nesse filme. A primeira diz respeito a saúde mental, tema atualíssimo e que o diretor trata com muito respeito, trazendo a discussão a tona numa sociedade que opta por tratar como questão menor. A segunda, diz respeito a crescente desigualdade que marginaliza cadas vez mais as pessoas menos privilegiadas. Mas e quando se tem essas duas questões dentro de um personagem?
Pois bem, o Coringa é uma prova de que um mundo que marginaliza seus problemas, pode uma hora ter que resolvê-los da pior maneira. A doença do Arthur não é só mental, ela se alastra socialmente e vem como um tsunami arrebatar uma cidade esquecida, perdida no meio do lixo que a cerca. O Coringa é resultado complexo dessas nuances que se perdem, ficam escondidas num canto até mostrar a sua verdadeira face.
A que se destacar também uma atuação sublime que eleva o personagem, transporta o Coringa não mais num filme de quadrinhos mas num filme cru, que arrebata, que critica e que discute e, não menos importante, conversa com o leitor da obra de uma maneira lúcida e verdadeira, sem medo de ser sincero nas questões que aborda.
O Coringa é um dos grandes filmes desse ano.
Aposta corajosa a DC usar um filme de grande apelo pop pra fazer uma critica profunda da desigualdade e que deixa o telespectador pensando no final da obra, realmente um Coringa num universo onde a Marvel, a cada dia que passa, faz filme pra burguês se deleitar.
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraFilme apressado e sem empolgação nenhuma.
Homem-Aranha 2
3.6 1,1K Assista AgoraA continuação mais que ótima do icônico primeiro filme e que chega aqui com outro patamar, pra elevar um dos personagens mais divertidos da Marvel e se firmar como uma franquia de sucesso.
Homem Aranha 2 é, dos três filmes da primeira fase, digamos, o que melhor se sobressaí no conjunto da obra. O vilão é desenvolvido muito bem, com calma e sem apressar a história. Os efeitos especiais, melhoram nesse segundo filme e entregam muito mais que o primeiro, sem falar da fotografia que deixa o filme com cores marcantes e anima a trama, filme de quadrinhos sem cor deveria ser proibido aliás. E, por fim, os atores estão todos em boa forma e agregam muito a trama.
Vale a pena, sempre que possível, revisitar esse filme e se encher de nostalgia.
Ps: A cena do metrô é eterna.
Homem-Aranha
3.7 1,3K Assista AgoraO melhor homem-aranha já filmado e um clássico que sempre será lembrado.
Desenvolve bem o personagem, sem pressa de acelerar a história. Mostra um universo a ser explorado, os conflitos morais do cabeça de teia e oferece boas cenas de ação, além das cenas icônicas que marcaram uma geração e que já foram revividas em outros filmes.
O único pecado desse filme foi ter mostrado pouco o Duende Verde e ter exagerado nos efeitos especiais(bizarros em algumas partes).
X-Men: Fênix Negra
2.6 1,1K Assista AgoraApesar de passar longe dos primeiros x-mens da nova fase, esse supera o terrível Apocalipse e acaba por ser um filme bem divertido e interessante. Faltam cenas de ação mas no geral é um bom filme, com excelentes efeitos especiais e umas boas atuações. O filme poderia ter mergulhado mais no personagem da fênix mas preferiram encerram o filme como se fosse um conto rápido que parece não alterar o universo dos x-men.
Free Solo
4.1 158 Assista AgoraA prova de que o homem sempre pode evoluir e ir mais longe do que ele imagina.
O documentário mostra mais o homem do que a ação deste, foca mais no personagem do que na escalada em si mas nem por isso deixa de ser interessante, é um ponto de vista diferente do que eu esperava quando vi o trailer. Mesmo assim achei que faltou cenas do Alex escalando, apesar de que aqueles últimos cinco minutos são de tirar o fôlego.
Assunto de Família
4.2 399 Assista AgoraCada pedaço desse filme é um universo próprio que vai se revelando com extrema delicadeza e sensibilidade a frente do telespectador. Uma obra que contempla as mais diversas sensações e faz uma viagem por um lugar que só é possível descobrir quem realmente se deixa impactar pela obra.
A trama mostra um pouco como a crise econômica do japão afetou não só aquela sociedade financeiramente mas também como o imaginário social de um povo e suas relações interpessoais foram roubadas e suprimidas por uma relação mercadológica de afetos, a cena do abraço no bordel, digamos, clarifica isso na trama. E os ladrões aqui são na verdade guardiões talvez do último resquício do que sobrou de humanidade nas relações, guardiões do amor, da pureza e da empatia. Protetores de um mundo só seu. O "rapto" da garotinha é na verdade uma porta que eles acabam abrindo para sua própria imaginação, não existir mais como família de sangue, aquela que é mais fácil negar do que se orgulhar por pertencer, mas sim ser família, reimaginar a família não mais como algo genético mas sim como uma sensação subtraída das suas escolhas e partilhadas com aqueles que você escolheu estar. Se fosse pra resumir numa frase esse filme, daria para colocar da seguinte forma: É A RE-INVENÇÃO DA FAMÍLIA.
Além da várias emoções que é possível sentir nesse filme, a que mais me chamou a atenção é o fato de que aquele lugar onde a família vive é convidativo para que você mesmo entre também e estabeleça ali o seu convívio. O sentimento de querer estar ali explorando aquele pequeno universo é gritante, instigante e provocativo. Há um mundo novo ali que só quem percebe o mistério por trás de tudo aquilo, só quem percebe aquilo que não se revela mas sim se sente, é convidado a entrar.
Aquela casinha, no meio dos prédios, rodeada por concreto, esconde um mistério que permanece incólume a ação do tempo e que no fim permanece ali como uma prova de que outro mundo é possível, como prova de que é possível escolher.
O Homem Irracional
3.5 555 Assista AgoraWoody Allen sabe contar uma história, isso é fato.
Aqui temos um conto onde as pequenas sutilezas vão se tornando ondas que irão afogar o protagonista. O filme é bem dirigido, com suspense em boa medida e com tiradas muito bem colocadas que deixam a trama com um humor peculiar. A temática filosófica da obra é justificada nas ações dos personagens, deixando o filme com ares de intelectual mas, no fim, o que sobra de toda a filosofia(sem a desmerecer no contexto da obra) é uma boa e divertida história de um homem cego em suas atitudes.
Green Book: O Guia
4.1 1,5K Assista AgoraNão é só a história de uma bela amizade é ,também, a história de como a música pode quebrar paradigmas e mostrar novos caminhos para se explorar. A viagem que os dois protagonistas fazem é a descoberta desses caminhos em um mundo que vai se expandindo pelo som do piano. Belo e Marcante.