Um filme divertido que funciona bem no começo mas depois vai decaindo e termina com ares de filme de sessão da tarde. O roteiro é bem fraco e deixa mais perguntas do que respostas(a dr. Lawson consegui como o tesseract?).
Lançado no rastro do bom Mulher Maravilha e, aproveitando a força das personagens femininas que estão em alta no cinema atual, Capitã Marvel é um filme que foge a linha e entrega menos do que prometia.
Ponto positivo pro gato e pro Nick Fury que contracenam as melhores cenas do filme juntos.
Um filme que quebra todos os paradigmas da animação e mostra que sim, é possível evoluir dentro do gênero sem desgastar a história das animações, já há muito saturadas por Disney e DreamWorks.
Essa nova animação do Homem Aranha é algo sublime, atinge um nível acima da normalidade e entra na história como uma marco cinematográfico(e que gráfico) que, a partir de agora, será a régua que medira o gênero. Sem entrar em detalhes, tudo nesse filme é perfeito, até a cena pós-créditos, que é um paradoxo da história do filme, se faz engraçada e marcante.
Homem Aranha no Aranhaverso é uma viagem psicodélica que acende a imaginação e estasia quem o vê. É algo que, antes de ser descrito, precisa ser sentido.
Esperava mais da conclusão da história que o Shyamalan desenvolveu tão bem nos primeiros filmes. A melhor parte é quando o Elijah aparece tramando tudo. No resto, fraco e com uma exposição muito irritante das personalidades do Kevin(Macvoy é fenomenal e não tem culpa pela overdose que a direção o fez passar). Embora aquele seja o perfil dele, na segunda vez que ele começa a transmutar de persona aquilo vai ficando chato e desgastante no filme.
O filme entrega também entrega muita coisa e o final torna-se previsível. Era meio óbvio que o Elijah estava planejando algo, achei uma falha não mostrar logo pois até o trailer revelava aquilo. As conexões entre HQ's e pessoas com superhabilidades não fez muito sentido ao meu ver. Não me agradou como eu gostaria mas talvez envelheça melhor com o tempo e eu acabe revisitando no futuro.
Mads Mikkelsen é um camaleão. Um ator que se reinventa e pode assumir qualquer persona. Aqui temos ele em ótima forma dando vida a um anti-herói de forma muito interessante numa produção nem tão interessante assim.
O filme, em geral, é agradável mas não merece uma revisita. O roteiro é fraco é previsível, o que só deixou o plot final com cara de mais do mesmo. O vilão é mal explorado e não oferece grandes cenas ou falas marcantes. No geral parece um misto de kick-ass, pela parte gráfica, com John Wick, pelas cenas de ação. As cenas de ação são bem elaboradas e isso salva um pouco o filme, embora a sequência no corredor tenha me parecido apelativa.
Birdman ganhou o Oscar com propriedade em 2015. Embora naquele mesmo ano tivéssemos Wes Anderson fazendo algo magnifico em Grande Hotel Budapeste, Iñarritu trouxe a tona uma sátira que o superou e tornou Birdman, ao meu ver, um clássico do cinema moderno.
Há uma confusão misteriosamente boa que o faz refletir se o que passa na tela é atuação, realidade ou fantasia. Onde está a técnica? Onde está o roteiro? Onde está o desenvolvimento dos atores? Iñarritu entrega ao telespectador uma obra para que este vá descobrindo e reimaginando-a, uma obra de uma realismo mágico e fantástico que lembra muito o que Garcia Marques escreveu em Cem Anos de Solidão. Tudo se confunde, as coisas absurdas simplesmente vão sendo acopladas no dia a dia e assim segue a narrativa de Macondo, quer dizer, Birdman.
Não há porque entrar no mérito da excelente atuação que o elenco proporciona visto que ela é onipresente no filme. O que mais chama atenção, além do universo próprio que Birdman trás a tela, é a critica a um modelo atual de se fazer cinema. Uma critica ácida e de muita reflexão, resultado de um cinema cansativo e monótono que se tornou a fábrica Hollywoodiana de fazer filmes.
Revi novamente o filme aproveitando que a sequência estreou recentemente no cinema e devo dizer que me surpreendeu menos do que da primeira vez. Óbvio que, quando um filme é visto de novo ele gera um impacto menor, porém aqui não me senti extasiado novamente sendo que vários filmes fizeram eu me sentir da mesma forma quando os revi. Ainda continua bom e com uma interpretação brilhante do McAvoy.
Repensando o conteúdo do filme achei que sobrou tempo demais ali, poderiam concluir mais rapidamente o filme sem precisar retornar a mesma coisa toda hora, fazendo a história dar voltas.
Hostis é uma grande mensagem sobre como a sociedade foi se arranjando as custas de muito sangue inocente e apropriação indevida dos habitantes originais do país americano. Mensagem que não serve apenas para aquele país mas para todo um continente, o conflito indigêna x brancos, colocada pelo diretor, leva-nos a questionar se a hostilidade e violência vistas, no final, não é fruto da ganância do homem pela terra. O filme é violento no sentido de chegar mostrando uma realidade crua e verdadeira daquilo que somos.
As questões morais do filme são postas a frente a todo momento e isso foi agradável de ver pois o deixou a obra com mais intimidade entre tela e telespectador. Há toda uma filosofia ali que vai se emaranhando numa profusão de fatos e situações e então a história flui de forma visceral até chegar num desfecho quase natural para aquela pequena família de índios. Mesmo a reserva indígena, que seria local final de uma jornada de redescobrimento do homem com sua terra, já está tomada por aqueles que dizem ser os donos dela por direito e a cena final soa como mais uma prova do conflito que a obra trouxe em sua gênese.
Apesar de nos brindar com belas atuações o filme deixa a desejar quanto a sua duração para uma história que poderia ser melhor aproveitada com menos tempo. Parece que só vemos o bando acampar o tempo inteiro. 3,5/5
Melhor que o primeiro, essa sequência de Ralph é uma animação de muito bom gosto e de muito bom humor que a disney lançou e que me surpreendeu positivamente. Piadas na medida e boas referências marcam um personagem que era quase descartável se a história não tivesse sequência. Apesar de não ter um história cativante os personagens secundários que aparecem sustentam bem a trama e faz o filme render. A participação das princesas foi o melhor crossover da histórias disney.
O grande feito em Bandersnatch não é a interação mas o questionamento sobre o que é real e o que é virtual. Sem dúvidas que é isso o que mais chama atenção e deixa a obra com ares pós-modernos do cinema atual. Ainda que não seja cinema de fato é realmente inovador o que a produção conseguiu aqui. A filosofia por trás dos quesrtionamentos levantados pelo personagem é o grande trunfo sendo a interação(estamos mesmo interagindo?) que os telespectadores participam apenas o bônus da coisa toda.
Não da pra se apegar muito ao roteiro visto que somente as escolhas que fazemos pode nos dizer se ele é bom ou ruim. Bandersnatch, ao meu ver, inaugura uma nova fase no jeito como se faz arte.
Ao tentar recontar a história da franquia Transformers o estúdio acerta a mão nos efeitos mas erra ao deixar buracos entre os filmes posteriores e este. O filme é agradável de ver se a intenção é assistir uma espécie de 'sessão da tarde' moderna. Atores péssimos e que parecem não interagir direito e um roteiro fraco que quase me fizeram abandonar a sessão. Sem falar nas cenas onde a família está junta que são constrangedoras de se ver. Só me agradaram os efeitos especiais que deram uma cara melhor ao robôs e a trilha sonora que é bem executada.
'Eu, Daniel Blake' é uma critica potente e necessária em tempos de desesperança. O apontamento das falhas em nossa sociedade, não só como sistema organizado mas como organização humana, mostra como as classes mais baixas estão condenadas dentro de uma lógica perversa. É um filme que vem no momento certo e em tempos tão sombrios.
Da parte técnica, achei fraco a sonoridade da obra e os cortes fade-out me incomodaram bastante pois parece que o filme foi feito para ser dividido em mini capítulos.
A releitura de Alice no País das Maravilhas reimaginado pelo gênio Miyazaki. Não podia ser melhor, uma animação de pura sensibilidade e imaginação e com emoção e sensibilidade na medida para todos os públicos. Uma pena o filme ter uma duração tão curta pois, a cada cena em que totoro aparece, ficamos cada vez mais curiosos sobre ele e o seu mundo. Porém, creio, essa ser a grande sacada de toda a obra. Deixar o mistério sobre os seres imaginários e mostrar apenas o essencial, tornando assim o filme marcante justamente pelas pequenas cenas onde estes aparecem. Único defeito talvez seja a falta de um roteiro mais atrativo no começo que é um tanto quanto lento de acompanhar.
Cativante. Talvez essa seja a melhor palavra pra descrever o último vencedor do Oscar de melhor animação. Todos os personagens são muito carismáticos e fazem a história fluir bem, embora o enredo seja fraco e não no geral não me agradou muito. Ponto positivo pra a trilha sonora que foi muito bem colocada e essa, creio, seja o que melhor funciona nesse filme da pixar. Ressalta-se também os aspectos da cultura mexicana foram respeitados de forma excelente pela produção.
Animação chata e sem graça. O Touro Ferdinando infelizmente é um filme que não funciona nem como critica a indústria que maltrata animais e só mostra que os estúdios Fox, que nos surpreendeu com A Era do Gelo, está cada vez mais decadente em suas animações.
Fazia tempo que não via uma animação tão boa da Pixar. Um pecado ter demorado tanto pra ver essa obra de qualidade absurdamente boa. Uma das melhores animações dos estúdios pixar nos últimos anos.
Tudo funciona bem. É um filme para adultos como Toy Story 3 foi mas em deixar de lado o aspecto infantil ao qual é destinado. Difícil não se emocionar com a perda das emoções e ao mesmo tempo da infância que a Riley sofre. Sacada genial da direção nomear os personagens com nomes das nossas emoções ao invés de nomes comuns, deixou a obra mais objetiva e direta, planificando a mensagem que é passada. Excelente filme que merece ser revisitado no futuro.
A grande obra que é Roma talvez seja algo que ainda não pode ser compreendido. Somente sentido e contemplado na medida que sua linguagem nos chama a fazer parte daquilo. O retrato social pintado por Cuarón evidencia não só um México que ainda não tinha sido mostrado ao mundo. Ele mostra como uma sociedade foi sendo formada ao custo da exploração e mistura de elementos culturais distintos que descaracterizam um povo. Faz sentido portanto que as empregadas comuniquem-se na língua indígena enquanto trabalham para uma família de classe média que está absorvida por elementos culturais americanos a todo instante. Esse choque cultural tão prejudicial a um povo é composto de elementos que sempre fazem nos refletir o impacto que a exploração produz. Mas a exploração aqui não é só econômica, ela é cultural. A cada cena que se passa na casa da família o que se observar na verdade é uma espécie de roubo de identidade. Cleo, que na maior parte do tempo parece uma espectadora da família é na verdade a vitima que está sendo assaltada de sua identidade, ainda que seu carinho prevaleça e sua pureza mantenha-se firme ao até o final da obra. O grande ponto é que esse filme é um retrato não só do México mas de toda a América Latina, as castas que prevalecem de forma tão enraizada na sociedade sul-americana é mostrada ali de forma seca pra deixar claro como as coisas são. Ainda que este não seja o ponto principal da obra é como ela é formada e importa, portanto, descrever o que o diretor nos diz quando mostra, por exemplo, uma dupla de empregadas que moram nos fundo da casa de seus patrões e ao tempo todo estão ali não só para praticar o serviço mas para satisfazer caprichos doentios que foram herdados dos colonizadores. Uma empregada indígena numa casa de família classe media branca e de atos americanizados, nada mais simbólico do que isso.
A passagem de Jesus pelo deserto como um teste para sua fé é feita de maneira muito particular e cheia de nuances aqui. O diabo, a lhe tentar a cada passo, é uma mostra de como Jesus, apesar de andar lado a lado com a humanidade, sempre está distante desta pois sua fé prevalece em cada tentação que a ele se apresenta.
Esse filme é um caso muito particular de como o cinema as vezes pode ser contemplativo e reflexivo sem ser cansativo. O que fica no final é uma experiência boa de ver um filme religioso que não se prende a jargões religiosos e mostra o exercício da fé de maneira simples e sincera. Ao meu ver a tentativa do diretor aqui foi apresentar a religião tal como ela deve ser, uma experiência puramente pessoal e interior para o homem.
Me surpreendeu positivamente por não ser monótono como vários filmes que já vi sobre histórias reais. O uso de flashbacks intercalando com a situação que a protagonista se encontra funciona bem e deixa a trama mais agradável. A atriz é péssima no papel, senti falta de mais enfase nas cenas, no geral a atuação é bem ok sem muito a destacar.
Vi algumas referências a Life of Pi na trama que achei interessante. Bom filme pra curtir.
Não me agradou. Achei que o filme demora a engrenar e a vilã é mal explorada e não tem o carisma do Síndrome, o vilão anterior do primeiro filme. Quanto a família, continuam com o mesmo carisma mas sem o mesmo brilho, exceto pelo zezé que é muito fofo e rende as melhores risadas.
A técnica da pixar continua impecável, a animação é boa e surpreendente porém senti falta de uma trilha sonora mais cativante. Do roteiro, posso dizer que é algo que pretende trazer um lado político na trama mas não consegue soar coerente e no geral é bem fraco. Ainda que a discussão dos papéis do homem e mulher na sociedade contemporânea seja um ponto positivo que a trama apresentou no final não soa convincente a mensagem que é passada.
Um filme cru. Daria pra resumir assim essa obra não fosse algumas de suas nuances. Há um esvaziamento da linguagem de maneira proposital e essa seja talvez a principal marca desse filme e também seu maior defeito. Assisti pelo hype em torno da obra mas não creio que seja tudo isso como parte da crítica especializada parece achar. A história é instigante e pega um tema pesado para discutir, o que o torna interessante mas falta alguma coisa que não preenche o corpo da obra, há sempre algo a mais que a direção parece ter esquecido no meio do caminho.
Quanto a história, apesar de lenta no início vai prendendo aos poucos e finaliza de maneira interessante mostrando como o a violência e o abuso marcam a vida das pessoas, há algo de simbólico na cena da lanchonete no final.
Sobre Joaquin Phoenix não há o que falar, é o maior ator em atividade, simples. Entrega um personagem que poucos entregariam, mereceu o prêmio em Cannes com muito mérito. O mistério ecoa em quase todo o tempo em que vemos Joe em cena, sempre envolto a traumas do passado e alucinações do presente, todas elas marcadas por uma vida que passou tendo contato com a violência humana.
Esse esvaziamento que citei já foi visto no trabalho anterior da diretora(Precisamos falar sobre Kevin) mas é algo que não me agradou/não funcionou nesse daqui.
Como o homem pode ser ao mesmo tempo dócil e violento? Creio que em Dogman há uma resposta para essa pergunta. Há dois arquétipos que se entrelaçam aqui e vão, aos poucos se transformando naquilo vemos durante a passagem do filme. Marcello é um chihuahua que vira um pitbull. Dogman caminha no sentido de mostrar como o ser humano muitas vezes é tão ou igual a um animal. Há a docilidade, a obediência, a pureza, há o instinto de sobrevivência, a irracionalidade e há a violência(está última muito mais humana). Há um esforço do diretor em mostrar em quase todos os personagens, seu lado mais animalesco e também de contrastar isso em cada cena, leva o espectador a questionar o quão irracional pode ser o homem.
O filme, apesar de bom, da uma cansada por falta de ritmo, mas ainda sim é uma grandiosidade do cinema italiano recente. A fotografia é bem feita, utiliza poucas cores e entrega belas cenas principalmente no começo. Os cãezinhos que aparecem são um show a parte.
A melhor coisa da sequência de Deadpool é a dublagem brasileira. Não que o filme seja de todo ruim mas é o que me chamou mais atenção, creio que não teria tanta graça se eu o tivesse visto legendado.
No geral é algo pastelzão, feito pra quem quer se entreter e pensar pouco, o que pode ser um alívio pra alguns, visto que os 'filmes inteligentes' atuais só andam nos dando sono. Ademais, o roteiro é rasinho e não acrescenta nada ao universo marvel, é apenas um caça níquel que aproveitou a fama do estúdio e que aqui funciona razoavelmente bem(apesar de se perder no meio de tanta piada às vezes).
O documentário aborda o fato histórico do impeachment de maneira bem didática e interessante optando por deixar o espectador construir uma opinião conforme as cenas vão passando. A narrativa é boa mas cansa rápido a quem acompanhou o fato de perto. Creio que será melhor revisitado no futuro.
Achei o mais fraco de toda franquia. Roteiro muito raso, sem nenhum tipo de conclusão que leve o espectador a raciocinar muito. Na metade do filme, quem tem uma leitura mais apurada, já saca o desfecho e a trama perde a graça. As cenas de ação não agradaram tanto como nos outros filmes anteriores, bem chatinho.
Capitã Marvel
3.7 1,9K Assista AgoraUm filme divertido que funciona bem no começo mas depois vai decaindo e termina com ares de filme de sessão da tarde. O roteiro é bem fraco e deixa mais perguntas do que respostas(a dr. Lawson consegui como o tesseract?).
Lançado no rastro do bom Mulher Maravilha e, aproveitando a força das personagens femininas que estão em alta no cinema atual, Capitã Marvel é um filme que foge a linha e entrega menos do que prometia.
Ponto positivo pro gato e pro Nick Fury que contracenam as melhores cenas do filme juntos.
Homem-Aranha: No Aranhaverso
4.4 1,5K Assista AgoraUm filme que quebra todos os paradigmas da animação e mostra que sim, é possível evoluir dentro do gênero sem desgastar a história das animações, já há muito saturadas por Disney e DreamWorks.
Essa nova animação do Homem Aranha é algo sublime, atinge um nível acima da normalidade e entra na história como uma marco cinematográfico(e que gráfico) que, a partir de agora, será a régua que medira o gênero. Sem entrar em detalhes, tudo nesse filme é perfeito, até a cena pós-créditos, que é um paradoxo da história do filme, se faz engraçada e marcante.
Homem Aranha no Aranhaverso é uma viagem psicodélica que acende a imaginação e estasia quem o vê. É algo que, antes de ser descrito, precisa ser sentido.
Vidro
3.5 1,3K Assista AgoraEsperava mais da conclusão da história que o Shyamalan desenvolveu tão bem nos primeiros filmes. A melhor parte é quando o Elijah aparece tramando tudo. No resto, fraco e com uma exposição muito irritante das personalidades do Kevin(Macvoy é fenomenal e não tem culpa pela overdose que a direção o fez passar). Embora aquele seja o perfil dele, na segunda vez que ele começa a transmutar de persona aquilo vai ficando chato e desgastante no filme.
O filme entrega também entrega muita coisa e o final torna-se previsível. Era meio óbvio que o Elijah estava planejando algo, achei uma falha não mostrar logo pois até o trailer revelava aquilo. As conexões entre HQ's e pessoas com superhabilidades não fez muito sentido ao meu ver. Não me agradou como eu gostaria mas talvez envelheça melhor com o tempo e eu acabe revisitando no futuro.
Polar
3.2 428 Assista AgoraMads Mikkelsen é um camaleão. Um ator que se reinventa e pode assumir qualquer persona. Aqui temos ele em ótima forma dando vida a um anti-herói de forma muito interessante numa produção nem tão interessante assim.
O filme, em geral, é agradável mas não merece uma revisita. O roteiro é fraco é previsível, o que só deixou o plot final com cara de mais do mesmo. O vilão é mal explorado e não oferece grandes cenas ou falas marcantes. No geral parece um misto de kick-ass, pela parte gráfica, com John Wick, pelas cenas de ação. As cenas de ação são bem elaboradas e isso salva um pouco o filme, embora a sequência no corredor tenha me parecido apelativa.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraBirdman ganhou o Oscar com propriedade em 2015. Embora naquele mesmo ano tivéssemos Wes Anderson fazendo algo magnifico em Grande Hotel Budapeste, Iñarritu trouxe a tona uma sátira que o superou e tornou Birdman, ao meu ver, um clássico do cinema moderno.
Há uma confusão misteriosamente boa que o faz refletir se o que passa na tela é atuação, realidade ou fantasia. Onde está a técnica? Onde está o roteiro? Onde está o desenvolvimento dos atores? Iñarritu entrega ao telespectador uma obra para que este vá descobrindo e reimaginando-a, uma obra de uma realismo mágico e fantástico que lembra muito o que Garcia Marques escreveu em Cem Anos de Solidão. Tudo se confunde, as coisas absurdas simplesmente vão sendo acopladas no dia a dia e assim segue a narrativa de Macondo, quer dizer, Birdman.
Não há porque entrar no mérito da excelente atuação que o elenco proporciona visto que ela é onipresente no filme. O que mais chama atenção, além do universo próprio que Birdman trás a tela, é a critica a um modelo atual de se fazer cinema. Uma critica ácida e de muita reflexão, resultado de um cinema cansativo e monótono que se tornou a fábrica Hollywoodiana de fazer filmes.
Fragmentado
3.9 3,0K Assista AgoraRevi novamente o filme aproveitando que a sequência estreou recentemente no cinema e devo dizer que me surpreendeu menos do que da primeira vez. Óbvio que, quando um filme é visto de novo ele gera um impacto menor, porém aqui não me senti extasiado novamente sendo que vários filmes fizeram eu me sentir da mesma forma quando os revi. Ainda continua bom e com uma interpretação brilhante do McAvoy.
Repensando o conteúdo do filme achei que sobrou tempo demais ali, poderiam concluir mais rapidamente o filme sem precisar retornar a mesma coisa toda hora, fazendo a história dar voltas.
Hostis
3.7 157Hostis é uma grande mensagem sobre como a sociedade foi se arranjando as custas de muito sangue inocente e apropriação indevida dos habitantes originais do país americano. Mensagem que não serve apenas para aquele país mas para todo um continente, o conflito indigêna x brancos, colocada pelo diretor, leva-nos a questionar se a hostilidade e violência vistas, no final, não é fruto da ganância do homem pela terra. O filme é violento no sentido de chegar mostrando uma realidade crua e verdadeira daquilo que somos.
As questões morais do filme são postas a frente a todo momento e isso foi agradável de ver pois o deixou a obra com mais intimidade entre tela e telespectador. Há toda uma filosofia ali que vai se emaranhando numa profusão de fatos e situações e então a história flui de forma visceral até chegar num desfecho quase natural para aquela pequena família de índios. Mesmo a reserva indígena, que seria local final de uma jornada de redescobrimento do homem com sua terra, já está tomada por aqueles que dizem ser os donos dela por direito e a cena final soa como mais uma prova do conflito que a obra trouxe em sua gênese.
Apesar de nos brindar com belas atuações o filme deixa a desejar quanto a sua duração para uma história que poderia ser melhor aproveitada com menos tempo. Parece que só vemos o bando acampar o tempo inteiro. 3,5/5
WiFi Ralph: Quebrando a Internet
3.7 740 Assista AgoraMelhor que o primeiro, essa sequência de Ralph é uma animação de muito bom gosto e de muito bom humor que a disney lançou e que me surpreendeu positivamente. Piadas na medida e boas referências marcam um personagem que era quase descartável se a história não tivesse sequência. Apesar de não ter um história cativante os personagens secundários que aparecem sustentam bem a trama e faz o filme render. A participação das princesas foi o melhor crossover da histórias disney.
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KO grande feito em Bandersnatch não é a interação mas o questionamento sobre o que é real e o que é virtual. Sem dúvidas que é isso o que mais chama atenção e deixa a obra com ares pós-modernos do cinema atual. Ainda que não seja cinema de fato é realmente inovador o que a produção conseguiu aqui. A filosofia por trás dos quesrtionamentos levantados pelo personagem é o grande trunfo sendo a interação(estamos mesmo interagindo?) que os telespectadores participam apenas o bônus da coisa toda.
Não da pra se apegar muito ao roteiro visto que somente as escolhas que fazemos pode nos dizer se ele é bom ou ruim. Bandersnatch, ao meu ver, inaugura uma nova fase no jeito como se faz arte.
Bumblebee
3.5 538Ao tentar recontar a história da franquia Transformers o estúdio acerta a mão nos efeitos mas erra ao deixar buracos entre os filmes posteriores e este. O filme é agradável de ver se a intenção é assistir uma espécie de 'sessão da tarde' moderna. Atores péssimos e que parecem não interagir direito e um roteiro fraco que quase me fizeram abandonar a sessão. Sem falar nas cenas onde a família está junta que são constrangedoras de se ver. Só me agradaram os efeitos especiais que deram uma cara melhor ao robôs e a trilha sonora que é bem executada.
Eu, Daniel Blake
4.3 533 Assista Agora'Eu, Daniel Blake' é uma critica potente e necessária em tempos de desesperança. O apontamento das falhas em nossa sociedade, não só como sistema organizado mas como organização humana, mostra como as classes mais baixas estão condenadas dentro de uma lógica perversa. É um filme que vem no momento certo e em tempos tão sombrios.
Da parte técnica, achei fraco a sonoridade da obra e os cortes fade-out me incomodaram bastante pois parece que o filme foi feito para ser dividido em mini capítulos.
Meu Amigo Totoro
4.3 1,3K Assista AgoraA releitura de Alice no País das Maravilhas reimaginado pelo gênio Miyazaki. Não podia ser melhor, uma animação de pura sensibilidade e imaginação e com emoção e sensibilidade na medida para todos os públicos. Uma pena o filme ter uma duração tão curta pois, a cada cena em que totoro aparece, ficamos cada vez mais curiosos sobre ele e o seu mundo. Porém, creio, essa ser a grande sacada de toda a obra. Deixar o mistério sobre os seres imaginários e mostrar apenas o essencial, tornando assim o filme marcante justamente pelas pequenas cenas onde estes aparecem. Único defeito talvez seja a falta de um roteiro mais atrativo no começo que é um tanto quanto lento de acompanhar.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraCativante. Talvez essa seja a melhor palavra pra descrever o último vencedor do Oscar de melhor animação. Todos os personagens são muito carismáticos e fazem a história fluir bem, embora o enredo seja fraco e não no geral não me agradou muito. Ponto positivo pra a trilha sonora que foi muito bem colocada e essa, creio, seja o que melhor funciona nesse filme da pixar. Ressalta-se também os aspectos da cultura mexicana foram respeitados de forma excelente pela produção.
O Touro Ferdinando
3.7 440 Assista AgoraAnimação chata e sem graça. O Touro Ferdinando infelizmente é um filme que não funciona nem como critica a indústria que maltrata animais e só mostra que os estúdios Fox, que nos surpreendeu com A Era do Gelo, está cada vez mais decadente em suas animações.
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraFazia tempo que não via uma animação tão boa da Pixar. Um pecado ter demorado tanto pra ver essa obra de qualidade absurdamente boa. Uma das melhores animações dos estúdios pixar nos últimos anos.
Tudo funciona bem. É um filme para adultos como Toy Story 3 foi mas em deixar de lado o aspecto infantil ao qual é destinado. Difícil não se emocionar com a perda das emoções e ao mesmo tempo da infância que a Riley sofre. Sacada genial da direção nomear os personagens com nomes das nossas emoções ao invés de nomes comuns, deixou a obra mais objetiva e direta, planificando a mensagem que é passada. Excelente filme que merece ser revisitado no futuro.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraA grande obra que é Roma talvez seja algo que ainda não pode ser compreendido. Somente sentido e contemplado na medida que sua linguagem nos chama a fazer parte daquilo. O retrato social pintado por Cuarón evidencia não só um México que ainda não tinha sido mostrado ao mundo. Ele mostra como uma sociedade foi sendo formada ao custo da exploração e mistura de elementos culturais distintos que descaracterizam um povo. Faz sentido portanto que as empregadas comuniquem-se na língua indígena enquanto trabalham para uma família de classe média que está absorvida por elementos culturais americanos a todo instante. Esse choque cultural tão prejudicial a um povo é composto de elementos que sempre fazem nos refletir o impacto que a exploração produz. Mas a exploração aqui não é só econômica, ela é cultural. A cada cena que se passa na casa da família o que se observar na verdade é uma espécie de roubo de identidade. Cleo, que na maior parte do tempo parece uma espectadora da família é na verdade a vitima que está sendo assaltada de sua identidade, ainda que seu carinho prevaleça e sua pureza mantenha-se firme ao até o final da obra. O grande ponto é que esse filme é um retrato não só do México mas de toda a América Latina, as castas que prevalecem de forma tão enraizada na sociedade sul-americana é mostrada ali de forma seca pra deixar claro como as coisas são. Ainda que este não seja o ponto principal da obra é como ela é formada e importa, portanto, descrever o que o diretor nos diz quando mostra, por exemplo, uma dupla de empregadas que moram nos fundo da casa de seus patrões e ao tempo todo estão ali não só para praticar o serviço mas para satisfazer caprichos doentios que foram herdados dos colonizadores. Uma empregada indígena numa casa de família classe media branca e de atos americanizados, nada mais simbólico do que isso.
P.S.: que fotografia linda, meu deus.
Últimos Dias no Deserto
3.0 77 Assista AgoraA passagem de Jesus pelo deserto como um teste para sua fé é feita de maneira muito particular e cheia de nuances aqui. O diabo, a lhe tentar a cada passo, é uma mostra de como Jesus, apesar de andar lado a lado com a humanidade, sempre está distante desta pois sua fé prevalece em cada tentação que a ele se apresenta.
Esse filme é um caso muito particular de como o cinema as vezes pode ser contemplativo e reflexivo sem ser cansativo. O que fica no final é uma experiência boa de ver um filme religioso que não se prende a jargões religiosos e mostra o exercício da fé de maneira simples e sincera. Ao meu ver a tentativa do diretor aqui foi apresentar a religião tal como ela deve ser, uma experiência puramente pessoal e interior para o homem.
Vidas à Deriva
3.5 280 Assista AgoraMe surpreendeu positivamente por não ser monótono como vários filmes que já vi sobre histórias reais. O uso de flashbacks intercalando com a situação que a protagonista se encontra funciona bem e deixa a trama mais agradável. A atriz é péssima no papel, senti falta de mais enfase nas cenas, no geral a atuação é bem ok sem muito a destacar.
Vi algumas referências a Life of Pi na trama que achei interessante. Bom filme pra curtir.
Os Incríveis 2
4.1 1,4K Assista AgoraNão me agradou. Achei que o filme demora a engrenar e a vilã é mal explorada e não tem o carisma do Síndrome, o vilão anterior do primeiro filme. Quanto a família, continuam com o mesmo carisma mas sem o mesmo brilho, exceto pelo zezé que é muito fofo e rende as melhores risadas.
A técnica da pixar continua impecável, a animação é boa e surpreendente porém senti falta de uma trilha sonora mais cativante. Do roteiro, posso dizer que é algo que pretende trazer um lado político na trama mas não consegue soar coerente e no geral é bem fraco. Ainda que a discussão dos papéis do homem e mulher na sociedade contemporânea seja um ponto positivo que a trama apresentou no final não soa convincente a mensagem que é passada.
Você Nunca Esteve Realmente Aqui
3.6 521 Assista AgoraUm filme cru. Daria pra resumir assim essa obra não fosse algumas de suas nuances. Há um esvaziamento da linguagem de maneira proposital e essa seja talvez a principal marca desse filme e também seu maior defeito. Assisti pelo hype em torno da obra mas não creio que seja tudo isso como parte da crítica especializada parece achar. A história é instigante e pega um tema pesado para discutir, o que o torna interessante mas falta alguma coisa que não preenche o corpo da obra, há sempre algo a mais que a direção parece ter esquecido no meio do caminho.
Quanto a história, apesar de lenta no início vai prendendo aos poucos e finaliza de maneira interessante mostrando como o a violência e o abuso marcam a vida das pessoas, há algo de simbólico na cena da lanchonete no final.
Sobre Joaquin Phoenix não há o que falar, é o maior ator em atividade, simples. Entrega um personagem que poucos entregariam, mereceu o prêmio em Cannes com muito mérito. O mistério ecoa em quase todo o tempo em que vemos Joe em cena, sempre envolto a traumas do passado e alucinações do presente, todas elas marcadas por uma vida que passou tendo contato com a violência humana.
Esse esvaziamento que citei já foi visto no trabalho anterior da diretora(Precisamos falar sobre Kevin) mas é algo que não me agradou/não funcionou nesse daqui.
Dogman
3.6 113 Assista AgoraComo o homem pode ser ao mesmo tempo dócil e violento? Creio que em Dogman há uma resposta para essa pergunta. Há dois arquétipos que se entrelaçam aqui e vão, aos poucos se transformando naquilo vemos durante a passagem do filme. Marcello é um chihuahua que vira um pitbull. Dogman caminha no sentido de mostrar como o ser humano muitas vezes é tão ou igual a um animal. Há a docilidade, a obediência, a pureza, há o instinto de sobrevivência, a irracionalidade e há a violência(está última muito mais humana). Há um esforço do diretor em mostrar em quase todos os personagens, seu lado mais animalesco e também de contrastar isso em cada cena, leva o espectador a questionar o quão irracional pode ser o homem.
O filme, apesar de bom, da uma cansada por falta de ritmo, mas ainda sim é uma grandiosidade do cinema italiano recente. A fotografia é bem feita, utiliza poucas cores e entrega belas cenas principalmente no começo. Os cãezinhos que aparecem são um show a parte.
Deadpool 2
3.8 1,3K Assista AgoraA melhor coisa da sequência de Deadpool é a dublagem brasileira. Não que o filme seja de todo ruim mas é o que me chamou mais atenção, creio que não teria tanta graça se eu o tivesse visto legendado.
No geral é algo pastelzão, feito pra quem quer se entreter e pensar pouco, o que pode ser um alívio pra alguns, visto que os 'filmes inteligentes' atuais só andam nos dando sono. Ademais, o roteiro é rasinho e não acrescenta nada ao universo marvel, é apenas um caça níquel que aproveitou a fama do estúdio e que aqui funciona razoavelmente bem(apesar de se perder no meio de tanta piada às vezes).
O Processo
4.0 240O documentário aborda o fato histórico do impeachment de maneira bem didática e interessante optando por deixar o espectador construir uma opinião conforme as cenas vão passando. A narrativa é boa mas cansa rápido a quem acompanhou o fato de perto. Creio que será melhor revisitado no futuro.
Missão: Impossível - Efeito Fallout
3.9 788Achei o mais fraco de toda franquia. Roteiro muito raso, sem nenhum tipo de conclusão que leve o espectador a raciocinar muito. Na metade do filme, quem tem uma leitura mais apurada, já saca o desfecho e a trama perde a graça. As cenas de ação não agradaram tanto como nos outros filmes anteriores, bem chatinho.