Após o excelente "Skyfall", este novo filme da franquia sob a mesma direção de Sam Mendes prometeu muito e entregou menos do que o esperado. O filme não chega a ser ruim, mas, comparado ao seu antecessor e também, ainda na "Era Craig", ao fantástico "Cassino Royale", "Spectre" é, no mínimo, decepcionante. Apesar de retomar muitos aspectos clássicos da série, como o vilão Blofeld e a própria organização Spectre, o "vilão musculoso" (que, neste caso, é o Mr. Hinx, em referência aos antigos Odd Job e Jaws) e até mesmo em algumas cenas de ação bem irreais (como, por exemplo, a cena na qual Bond cai, exatamente, em cima de um sofá após uma queda brusca e, no final do filme, quando ele acerta, à noite e com um revólver, um helicóptero em movimento à ponto de fazê-lo cair), este filme apresenta sérios problemas relacionados à história apresentada.
Primeiramente, a maneira como os roteiristas tentaram relacionar esta organização secreta à todos os eventos que haviam ocorrido nos filmes anteriores é um pouco estranha e não apresenta muita sustentação. Segundo, a relação entre Bond e Madeleine não é muito bem aprofundada e não parece muito convincente (pelo menos, não tanto quando a conexão intensa entre James e Vesper Lynd em "Cassino Royale") à ponto do agente decidir sair do serviço secreto. Terceiro, as motivações de Blofeld também não são muito convincentes, assim como é inexplicável o motivo pelo qual ele foi até Londres para ir atrás de Bond.
Entre acertos e erros, "Spectre" decepciona e foge dos padrões da "Era Craig", mas não chega à ser um filme ruim e, para os fãs da franquia, é "tolerável" (muito por conta da belíssima fotografia e da presença de Léa Seydoux).
Mesmo mantendo as tradicionais e agradáveis características de um filme de Wes Anderson, este aqui se apresenta como o mais sério do diretor. Por trás dos personagens excêntricos, dos cenários coloridos e das situações cômicas, Anderson nos traz um drama familiar (que trata de questões sérias e nos provoca certas reflexões) disfarçado de comédia. Com certeza, este é um dos seus melhores trabalhos.
Apesar de não ser o melhor filme do Iñarritu (ainda acho que fica atrás de Birdman e Babel, que considero o seu melhor trabalho), de não se preocupar em fornecer qualquer tipo de reflexão mais séria (na maioria de suas obras, sempre existe alguma reflexão subentendida) e mostrar, em síntese, apenas uma história de vingança do protagonista (até me lembrando mais um filme do Tarantino do que do próprio Iñarritu), "O Regresso" passa longe de decepcionar ou de ser um filme ruim.
Aliás, se falta uma história mais bem elaborada e até, em alguns momentos, um ritmo mais acelerado, sobra qualidade nas atuações do elenco (sobretudo Leonardo DiCaprio e Tom Hardy, que fazem por merecer indicações ao Oscar), na fotografia (que é absurdamente belíssima), na direção com os excelentes "planos sequência" e também no realismo presente no filme (como, por exemplo, a iluminação natural e as lutas). Assim, apesar de não colocá-lo como favorito ao Oscar, considero-o um dos melhores filmes de 2015.
Saindo da sua "zona de conforto", Tim Burton conseguiu me surpreender com este filme, que aborda uma história verídica impressionante de uma maneira que equilibra comédia com drama (embora mais pareça um humor negro), mas abordando um assunto sério e, infelizmente, ainda presente dos dias atuais: o machismo. No entanto, é inegável que o diretor teve uma grande ajuda de Amy Adams (que consegue expressar toda a tristeza e frustração de Margaret em pintar os quadros e não receber o reconhecimento) e Christoph Waltz (que é perfeito ao passar a imagem de "canalha" e plagiador de Walter Keane, até tornando-se bem engraçado em alguns momentos), que, novamente, entregam ótimos trabalhos.
Mesmo para quem é fã do "estilo Tim Burton" de fazer filmes, "Grandes Olhos" merece uma atenção especial como um "ponto fora da curva" em sua carreira e uma prova de que o diretor pode entregar bons trabalhos mesmo fugindo do seu estilo tradicional.
Um filme de ficção científica diferente de qualquer um que eu já vi antes, com fotografia, trilha sonora e atuações do elenco excelentes. O maior diferencial deste para os demais filmes do gênero, com certeza, é a maneira como acontece a interação entre Caleb e a robô Ava e como essa interação se altera à medida que os dois personagens vão se conhecendo melhor e levando à um final que, ao meu ver, era inesperado. Recomendo!
É muito difícil perceber isso no momento, mas, na cena da visão da Rey, podemos ouvir o Obi Wan dizendo "'Rey... estes são seus primeiros passos", na voz (com um tom mais envelhecido, obviamente) de Ewan McGregor!
Outra curiosidade é que, na cena em que aparece o Líder Supremo Snoke, podemos escutar a mesma música da cena, no Episódio III, em que o Palpatine conta, para Anakin, a história de Darth Plagueis, o que pode ser um indício de que, na verdade, Snoke é Plagueis! Isso faz mais sentido se lembrarmos que, também no Episódio III, na cena em que Anakin pede para que Palpatine o ajude a salvar Padmé, ele diz que "enganar a morte é algo que somente um conseguiu" (apesar de que, na história contada, Plagueis morre nas mãos do seu aprendiz, que, na verdade, é o próprio Palpatine!). Assim, é compreensível que Palpatine tenha mentido somente sobre o final da história de Plagueis e que este, na verdade, ainda esteja vivo!
Apesar de uma história, em muitos momentos, lenta, o filme compensa com uma excelente fotografia, personagens carismáticos e a delicadeza usual presente em filmes do Estúdio Ghibli. Indiscutivelmente, é um filme muito delicioso de se assistir!
Curiosidade: apesar de ter negado há algumas semanas atrás, Daniel Craig está no filme! Ele interpreta o stormtrooper que é "manipulado" pela Rey dentro da base da Primeira Ordem.
Estava tão emocionado e animado enquanto eu assistia o filme que eu confesso que ainda estou tentando compreender melhor o que eu acabei de assistir (com certeza, acabei deixando passar alguns diálogos e pretendo assistir várias outras vezes para avaliar de uma maneira mais confiável), mas, se a primeira impressão é a que fica, a minha opinião inicial a respeito do filme é de que, mesmo não considerando-o o melhor da franquia (ainda não se equipara ao "Império Contra-ataca"), o Episódio VII já se encontra dentre os melhores e, sem dúvida alguma, é um ótimo filme.
Mesmo apresentando algumas pequenas falhas, o filme consegue cumprir os seus principais objetivos e desafios, pois, com maestria, mantém a essência dos filmes da franquia, conecta os novos personagens com os antigos, associa a história com a trilogia original e, principalmente, abre caminho para uma nova trilogia e uma nova história. Outro aspecto interessante foi que, mesmo após termos assistido o filme, ainda sabemos pouco acerca da Primeira Ordem, de Kylo Ren, de Rey e também do Líder Supremo Snoke, o que fornece um maior mistério à história (o mesmo mistério que é presente, por exemplo, no episódio IV, no qual sabemos pouco acerca de Luke Skywalker, Darth Vader e Obi Wan) e aumenta a expectativa para que tudo isso seja explicado nos episódios seguintes.
Acredito que o personagem mais controverso da história, com certeza, será Kylo Ren (vi muitas pessoas dizendo que o adoraram e outras dizendo que não gostaram do personagem). Em minha opinião, a principal característica do personagem (que o torna ainda mais interessante) é o mistério que gira em torno de sua história e também a confusão que ainda pode ser sentida nele, tornando-o um tipo diferente de vilão, pois ele é inexperiente e confuso (o que, curiosamente, até me lembrou um pouco do Anakin Skywalker).
Além disso, conta com a fantástica trilha sonora de John Williams e uma excepcional atuação do novo elenco, especialmente de Daisy Ridley (ao meu ver, ela consegue dominar o filme de uma maneira impressionante e, naturalmente, trazer personalidade e destaque à Rey). Assim, toda a preocupação que existia acerca desse novo episódio foi, totalmente, atropelada, por uma ótima história, direção, elenco e por um filme que cumpre o seu papel de maneira excepcional.
Após assistir "Cassino Royale" e "Goldeneye", estou convicto de que Martin Campbell nasceu para dirigir filmes do 007. É incrível como o diretor consegue manter a tensão durante todo o filme, além de apresentar uma boa história, ótimos vilões (com destaque para Xenia Onatopp) e, claro, manter a essência e estrutura clássicas dos filmes da franquia. Pierce Brosnan, desde o primeiro filme, já mostrava que iria se tornar um dos melhores James Bond (ao meu ver, apenas atrás de Connery e Moore).
O primeiro filme de Roger Moore como James Bond é, sem dúvida alguma, fraco, além de ser muito mais um filme de humor pastelão do que, necessariamente, um filme investigativo clássico ao estilo 007. As únicas coisas boas presentes em "Viva e deixe morrer" são a música dos Beatles, a belíssima Jane Seymour e Moore (que consegue prender a atenção e, de fato, encarnar James Bond). Não é o pior filme da franquia ("Um novo dia para morrer" consegue ser ainda pior), mas não será lembrado dentre os melhores.
Apesar de não colocar Daniel Craig dentre os melhores James Bond, é inegável que ele já pode dizer que fez parte de dois excepcionais filmes da franquia: Cassino Royale e Operação Skyfall. Apesar de prosseguir o estilo mais realista que caracteriza os filmes com Craig, Skyfall retoma muitos elementos dos filmes clássicos, tanto nas interessantes referências espalhadas pela história (dentre as quais destaco a aparição do carro Aston Martin DB5) quanto na representação de um agente 007 mais calmo, frio e experiente. Com excelentes atores coadjuvantes (principalmente, Javier Bardem), história bem elaborada e trilha sonora impecável (com destaque para a música "Skyfall", de Adele), Sam Mendes consegue manter os filmes 007 na ativa e, por isso, eu sou eternamente grato à ele.
Junto com "Cassino Royale" e Goldfinger", considero este um dos melhores filmes da franquia, combinando uma história madura, um ótimo vilão (Grant) e uma das mais belas Bond girls (Daniela Bianchi).
Apesar de considerar que Daniel Craig ainda se encontra bem atrás de Roger Moore, Pierce Brosnan e, claro, Sean Connery (o melhor James Bond), ele consegue ser muito convincente na pele do agente 007, associando a frieza e charme características da personagem com muitos aspectos originais. Aliás, o que Craig acrescenta à James Bond, o diretor Martin Campbell consegue acrescentar à um filme da série 007, pois ele fornece novos elementos (como, por exemplo, uma Bond Girl que não se limita a se atrair, fisicamente, por James, mas consegue compreender a sua mente e um agente mais emotivo, sensível e, ao mesmo tempo, visceral e bruto), mas conserva a essência dos filmes da franquia. Assim, "Cassino Royale", com certeza, ainda será lembrado, durante muitos anos, como um dos melhores filmes da série 007, por associar tradição e inovação.
Obs: o filme traz uma das melhores introduções dos filmes da franquia, com a música "You Know My Name", de Chris Cornell. Obs²: apesar de tudo, acredito que as únicas coisas que me fizeram não dar cinco estrelas para o filme foram as ausências de "Q" e Moneypenny.
Após assistir pela primeira vez, eu, sinceramente, achei o filme apenas bom, mas não suficiente para ganhar, por exemplo, um Oscar de melhor filme ou para ser lembrado nos próximos anos. Após ter vencido o prêmio, decidi dar uma nova chance à "Birdman" e consegui perceber que o filme é muito mais do que aparenta ser. Iñárritu consegue, nesse drama familiar (me recuso à chamar de comédia, pois, apesar de ter muitas piadas e situações hilárias, a história aproxima-se muito mais de um drama), abordar a conturbada relação entre Riggan Thomson (personagem baseado quase que completamente no próprio Michael Keaton) e sua família, a atual e "pobre" indústria cinematográfica e nos faz refletir sobre amor próprio.
A história, aliás, foca, principalmente, na autoestima, pois é exatamente a busca por ela e por admiração que Riggan arrisca tudo em sua peça, pela qual ele dirige, escreve roteiro, atua e até chega a vender sua casa de praia. Riggan tenta superar todos os seus problemas a fim de fazer o máximo possível pela sua peça e recuperar sua carreira, pois ele ainda acredita em si e que é melhor do que todos os outros (como fica ilustrado na cena em que ele, simplesmente, voa, mostrando, por meio dessa metáfora, que ele está acima de todos os demais e, por mais que ele não voe ou não tenha superpoderes ou nem seja um fantástico ator, ele apenas acredita nisso e acredita em si mesmo). Assim, eu recomendo que todos que não gostaram do filme na primeira vez que assistiram, também consigam assistir novamente e dar uma segunda chance à esse fantástico filme. Por fim, gostaria de destacar a fantásticas atuações de Keaton, Norton e Emma Stone e também a genialidade de Iñárritu em filmar, quase por completo, sem edição e com o plano sequência, pois esse foi um dos aspectos que deram uma maior originalidade à obra.
Definitivamente, é um filme macabro e assustador, que mostra o quanto uma bailarina (embora isso possa se aplicar a qualquer outra profissão do gênero) pode se esforçar e se sacrificar para realizar uma apresentação, no final, perfeita. O diretor consegue, com uma técnica de filmagem e trilha sonora impressionantes, trazer uma análise psicológica profunda que envolve os desejos sexuais de Nina, sua relação com a mãe, sua relação com o professor e toda a pressão que ela sofria por ser a principal estrela da apresentação de balé.
Também é impressionante a transformação que ela sofre, pois, no começo, ela era a verdadeira personificação do Cisne Branco (dócil, graciosa e inocente), mas, com o tempo, à medida que se relaciona mais com Lily (que interpreta o Cisne Negro) e o dia da apresentação vai se aproximando, ela perde toda sua inocência, graciosidade e doçura, tornando-se, justamente, o Cisne Negro. Por essas e outras, recomendo o filme para qualquer um que tenha bom gosto artístico.
Confesso que fui assistir apenas por curiosidade e sem grandes pretensões. No final das contas, acabou sendo melhor assim, pois fui surpreendido, positivamente, por esse fantástico filme, que conseguiu me encantar com a bela fotografia, diálogos inteligentes e ótimas atuações (especialmente de Michael Caine). Apesar de "Youth" significar "juventude", o diretor Paolo Sorrentino nos faz refletir sobre o envelhecimento, pois, ao mesmo tempo que adquirimos a sensação de termos vivido vários anos e de ter passado por várias experiências (o que nos fornece sabedoria e conhecimento sobre a vida), também temos que conviver com a sensação de não poder mais concertar as frustrações e erros adquiridos durante a vida.
Assim como "Os bons companheiros", me lembrei de outro filme de Scorcese: "Os infiltrados". Curiosamente, acabei descobrindo, ao acaso, que o personagem do Jack Nicholson em "Os infiltrados" é baseado, justamente, em Whitey Bulger.
Inegavelmente, assim como li em alguns comentários, o filme lembra (e muito) o genial "Os bons companheiros" de Martin Scorcese. No entanto, Scott Cooper consegue retratar bem a corrupta relação entre Whitey Bulger e o agente Connolly e como ela tornou-se cada vez mais perigosa para os dois (especialmente para Connolly) e abriu caminho para a ascensão do criminoso e sua gangue em Boston. Se a história e a estrutura do filme não agradam à todos (embora eu tenha gostado), as atuações de Depp (que, com certeza, será indicado ao Oscar) e Cumberbatch são fantásticas.
Retratando uma história de vingança do personagem principal Sweeney Todd de uma maneira sombria e assustadora, esse filme é um dos melhores musicais que já tive a oportunidade de assistir e, em minha humilde opinião, um dos melhores trabalhos de Tim Burton (que também conta com as excelentes atuações de Depp, Helena Bonham Carter e Alan Rickman).
Apesar de já sabermos o que vai acontecer na história (o próprio título já deixa isso claro), o diretor consegue, durante mais de 2 horas, prender a atenção do público para um filme que explica não o que vai acontecer, mas como vai acontecer, em uma profunda análise psicológica tanto acerca de Jesse James (caracterizado como um bandido que passou muitos anos roubando trens e bancos e que agora pretende "descansar" e dar adeus à vida de ladrão, desligando-se de tudo que o faça lembrar o seu passado, o que inclui os próprios capangas) quanto de Robert Ford (retratado como o "caçula" da família Ford, que, sem ter recebido muita atenção e tendo mantido uma mistura de admiração e ódio por Jesse James, sonhava em fazer algo grandioso em sua vida) e de todos os fatores que levaram Robert à cometer o assassinato de Jesse. Além disso, é impossível não mencionar a brilhante fotografia e trilha sonora do filme e as excelentes atuações de Brad Pitt e Casey Affleck (que, para mim, está mais para um dos protagonistas do que para personagem coadjuvante).
Divertido, encantador e engraçado! Assim como muitos que comentaram, já perdi a conta de quantas vezes já assisti o filme (não só porque passa muito na TV, mas também porque sempre relaxo e me divirto assistindo), tendo feito parte da minha infância. Sempre será um dos meus filmes preferidos!
Com todo respeito à Shakespeare Apaixonado (que é um filme belíssimo), mas este filme merecia mais ganhar o Oscar, sendo um dos melhores filmes de Spielberg e um retrato fiel da guerra, com cenas muitos realistas e chocantes, fazendo com que o espectador se sinta em um real ambiente de conflito militar.
007 Contra Spectre
3.3 1,0K Assista AgoraApós o excelente "Skyfall", este novo filme da franquia sob a mesma direção de Sam Mendes prometeu muito e entregou menos do que o esperado. O filme não chega a ser ruim, mas, comparado ao seu antecessor e também, ainda na "Era Craig", ao fantástico "Cassino Royale", "Spectre" é, no mínimo, decepcionante. Apesar de retomar muitos aspectos clássicos da série, como o vilão Blofeld e a própria organização Spectre, o "vilão musculoso" (que, neste caso, é o Mr. Hinx, em referência aos antigos Odd Job e Jaws) e até mesmo em algumas cenas de ação bem irreais (como, por exemplo, a cena na qual Bond cai, exatamente, em cima de um sofá após uma queda brusca e, no final do filme, quando ele acerta, à noite e com um revólver, um helicóptero em movimento à ponto de fazê-lo cair), este filme apresenta sérios problemas relacionados à história apresentada.
Primeiramente, a maneira como os roteiristas tentaram relacionar esta organização secreta à todos os eventos que haviam ocorrido nos filmes anteriores é um pouco estranha e não apresenta muita sustentação. Segundo, a relação entre Bond e Madeleine não é muito bem aprofundada e não parece muito convincente (pelo menos, não tanto quando a conexão intensa entre James e Vesper Lynd em "Cassino Royale") à ponto do agente decidir sair do serviço secreto. Terceiro, as motivações de Blofeld também não são muito convincentes, assim como é inexplicável o motivo pelo qual ele foi até Londres para ir atrás de Bond.
Entre acertos e erros, "Spectre" decepciona e foge dos padrões da "Era Craig", mas não chega à ser um filme ruim e, para os fãs da franquia, é "tolerável" (muito por conta da belíssima fotografia e da presença de Léa Seydoux).
Os Excêntricos Tenenbaums
4.1 856 Assista AgoraMesmo mantendo as tradicionais e agradáveis características de um filme de Wes Anderson, este aqui se apresenta como o mais sério do diretor. Por trás dos personagens excêntricos, dos cenários coloridos e das situações cômicas, Anderson nos traz um drama familiar (que trata de questões sérias e nos provoca certas reflexões) disfarçado de comédia. Com certeza, este é um dos seus melhores trabalhos.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraApesar de não ser o melhor filme do Iñarritu (ainda acho que fica atrás de Birdman e Babel, que considero o seu melhor trabalho), de não se preocupar em fornecer qualquer tipo de reflexão mais séria (na maioria de suas obras, sempre existe alguma reflexão subentendida) e mostrar, em síntese, apenas uma história de vingança do protagonista (até me lembrando mais um filme do Tarantino do que do próprio Iñarritu), "O Regresso" passa longe de decepcionar ou de ser um filme ruim.
Aliás, se falta uma história mais bem elaborada e até, em alguns momentos, um ritmo mais acelerado, sobra qualidade nas atuações do elenco (sobretudo Leonardo DiCaprio e Tom Hardy, que fazem por merecer indicações ao Oscar), na fotografia (que é absurdamente belíssima), na direção com os excelentes "planos sequência" e também no realismo presente no filme (como, por exemplo, a iluminação natural e as lutas). Assim, apesar de não colocá-lo como favorito ao Oscar, considero-o um dos melhores filmes de 2015.
Grandes Olhos
3.8 1,1K Assista grátisSaindo da sua "zona de conforto", Tim Burton conseguiu me surpreender com este filme, que aborda uma história verídica impressionante de uma maneira que equilibra comédia com drama (embora mais pareça um humor negro), mas abordando um assunto sério e, infelizmente, ainda presente dos dias atuais: o machismo. No entanto, é inegável que o diretor teve uma grande ajuda de Amy Adams (que consegue expressar toda a tristeza e frustração de Margaret em pintar os quadros e não receber o reconhecimento) e Christoph Waltz (que é perfeito ao passar a imagem de "canalha" e plagiador de Walter Keane, até tornando-se bem engraçado em alguns momentos), que, novamente, entregam ótimos trabalhos.
Mesmo para quem é fã do "estilo Tim Burton" de fazer filmes, "Grandes Olhos" merece uma atenção especial como um "ponto fora da curva" em sua carreira e uma prova de que o diretor pode entregar bons trabalhos mesmo fugindo do seu estilo tradicional.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraUm filme de ficção científica diferente de qualquer um que eu já vi antes, com fotografia, trilha sonora e atuações do elenco excelentes. O maior diferencial deste para os demais filmes do gênero, com certeza, é a maneira como acontece a interação entre Caleb e a robô Ava e como essa interação se altera à medida que os dois personagens vão se conhecendo melhor e levando à um final que, ao meu ver, era inesperado. Recomendo!
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraCuriosidades:
É muito difícil perceber isso no momento, mas, na cena da visão da Rey, podemos ouvir o Obi Wan dizendo "'Rey... estes são seus primeiros passos", na voz (com um tom mais envelhecido, obviamente) de Ewan McGregor!
Outra curiosidade é que, na cena em que aparece o Líder Supremo Snoke, podemos escutar a mesma música da cena, no Episódio III, em que o Palpatine conta, para Anakin, a história de Darth Plagueis, o que pode ser um indício de que, na verdade, Snoke é Plagueis! Isso faz mais sentido se lembrarmos que, também no Episódio III, na cena em que Anakin pede para que Palpatine o ajude a salvar Padmé, ele diz que "enganar a morte é algo que somente um conseguiu" (apesar de que, na história contada, Plagueis morre nas mãos do seu aprendiz, que, na verdade, é o próprio Palpatine!). Assim, é compreensível que Palpatine tenha mentido somente sobre o final da história de Plagueis e que este, na verdade, ainda esteja vivo!
O Conto da Princesa Kaguya
4.4 802 Assista AgoraApesar de uma história, em muitos momentos, lenta, o filme compensa com uma excelente fotografia, personagens carismáticos e a delicadeza usual presente em filmes do Estúdio Ghibli. Indiscutivelmente, é um filme muito delicioso de se assistir!
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraCuriosidade: apesar de ter negado há algumas semanas atrás, Daniel Craig está no filme! Ele interpreta o stormtrooper que é "manipulado" pela Rey dentro da base da Primeira Ordem.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraEstava tão emocionado e animado enquanto eu assistia o filme que eu confesso que ainda estou tentando compreender melhor o que eu acabei de assistir (com certeza, acabei deixando passar alguns diálogos e pretendo assistir várias outras vezes para avaliar de uma maneira mais confiável), mas, se a primeira impressão é a que fica, a minha opinião inicial a respeito do filme é de que, mesmo não considerando-o o melhor da franquia (ainda não se equipara ao "Império Contra-ataca"), o Episódio VII já se encontra dentre os melhores e, sem dúvida alguma, é um ótimo filme.
Mesmo apresentando algumas pequenas falhas, o filme consegue cumprir os seus principais objetivos e desafios, pois, com maestria, mantém a essência dos filmes da franquia, conecta os novos personagens com os antigos, associa a história com a trilogia original e, principalmente, abre caminho para uma nova trilogia e uma nova história. Outro aspecto interessante foi que, mesmo após termos assistido o filme, ainda sabemos pouco acerca da Primeira Ordem, de Kylo Ren, de Rey e também do Líder Supremo Snoke, o que fornece um maior mistério à história (o mesmo mistério que é presente, por exemplo, no episódio IV, no qual sabemos pouco acerca de Luke Skywalker, Darth Vader e Obi Wan) e aumenta a expectativa para que tudo isso seja explicado nos episódios seguintes.
Acredito que o personagem mais controverso da história, com certeza, será Kylo Ren (vi muitas pessoas dizendo que o adoraram e outras dizendo que não gostaram do personagem). Em minha opinião, a principal característica do personagem (que o torna ainda mais interessante) é o mistério que gira em torno de sua história e também a confusão que ainda pode ser sentida nele, tornando-o um tipo diferente de vilão, pois ele é inexperiente e confuso (o que, curiosamente, até me lembrou um pouco do Anakin Skywalker).
Além disso, conta com a fantástica trilha sonora de John Williams e uma excepcional atuação do novo elenco, especialmente de Daisy Ridley (ao meu ver, ela consegue dominar o filme de uma maneira impressionante e, naturalmente, trazer personalidade e destaque à Rey). Assim, toda a preocupação que existia acerca desse novo episódio foi, totalmente, atropelada, por uma ótima história, direção, elenco e por um filme que cumpre o seu papel de maneira excepcional.
007 Contra GoldenEye
3.6 269 Assista AgoraApós assistir "Cassino Royale" e "Goldeneye", estou convicto de que Martin Campbell nasceu para dirigir filmes do 007. É incrível como o diretor consegue manter a tensão durante todo o filme, além de apresentar uma boa história, ótimos vilões (com destaque para Xenia Onatopp) e, claro, manter a essência e estrutura clássicas dos filmes da franquia. Pierce Brosnan, desde o primeiro filme, já mostrava que iria se tornar um dos melhores James Bond (ao meu ver, apenas atrás de Connery e Moore).
Com 007 Viva e Deixe Morrer
3.5 177 Assista AgoraO primeiro filme de Roger Moore como James Bond é, sem dúvida alguma, fraco, além de ser muito mais um filme de humor pastelão do que, necessariamente, um filme investigativo clássico ao estilo 007. As únicas coisas boas presentes em "Viva e deixe morrer" são a música dos Beatles, a belíssima Jane Seymour e Moore (que consegue prender a atenção e, de fato, encarnar James Bond). Não é o pior filme da franquia ("Um novo dia para morrer" consegue ser ainda pior), mas não será lembrado dentre os melhores.
007: Operação Skyfall
3.9 2,5K Assista AgoraApesar de não colocar Daniel Craig dentre os melhores James Bond, é inegável que ele já pode dizer que fez parte de dois excepcionais filmes da franquia: Cassino Royale e Operação Skyfall. Apesar de prosseguir o estilo mais realista que caracteriza os filmes com Craig, Skyfall retoma muitos elementos dos filmes clássicos, tanto nas interessantes referências espalhadas pela história (dentre as quais destaco a aparição do carro Aston Martin DB5) quanto na representação de um agente 007 mais calmo, frio e experiente. Com excelentes atores coadjuvantes (principalmente, Javier Bardem), história bem elaborada e trilha sonora impecável (com destaque para a música "Skyfall", de Adele), Sam Mendes consegue manter os filmes 007 na ativa e, por isso, eu sou eternamente grato à ele.
Moscou Contra 007
3.7 198 Assista AgoraJunto com "Cassino Royale" e Goldfinger", considero este um dos melhores filmes da franquia, combinando uma história madura, um ótimo vilão (Grant) e uma das mais belas Bond girls (Daniela Bianchi).
007: Cassino Royale
3.8 881 Assista AgoraApesar de considerar que Daniel Craig ainda se encontra bem atrás de Roger Moore, Pierce Brosnan e, claro, Sean Connery (o melhor James Bond), ele consegue ser muito convincente na pele do agente 007, associando a frieza e charme características da personagem com muitos aspectos originais. Aliás, o que Craig acrescenta à James Bond, o diretor Martin Campbell consegue acrescentar à um filme da série 007, pois ele fornece novos elementos (como, por exemplo, uma Bond Girl que não se limita a se atrair, fisicamente, por James, mas consegue compreender a sua mente e um agente mais emotivo, sensível e, ao mesmo tempo, visceral e bruto), mas conserva a essência dos filmes da franquia. Assim, "Cassino Royale", com certeza, ainda será lembrado, durante muitos anos, como um dos melhores filmes da série 007, por associar tradição e inovação.
Obs: o filme traz uma das melhores introduções dos filmes da franquia, com a música "You Know My Name", de Chris Cornell.
Obs²: apesar de tudo, acredito que as únicas coisas que me fizeram não dar cinco estrelas para o filme foram as ausências de "Q" e Moneypenny.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraApós assistir pela primeira vez, eu, sinceramente, achei o filme apenas bom, mas não suficiente para ganhar, por exemplo, um Oscar de melhor filme ou para ser lembrado nos próximos anos. Após ter vencido o prêmio, decidi dar uma nova chance à "Birdman" e consegui perceber que o filme é muito mais do que aparenta ser. Iñárritu consegue, nesse drama familiar (me recuso à chamar de comédia, pois, apesar de ter muitas piadas e situações hilárias, a história aproxima-se muito mais de um drama), abordar a conturbada relação entre Riggan Thomson (personagem baseado quase que completamente no próprio Michael Keaton) e sua família, a atual e "pobre" indústria cinematográfica e nos faz refletir sobre amor próprio.
A história, aliás, foca, principalmente, na autoestima, pois é exatamente a busca por ela e por admiração que Riggan arrisca tudo em sua peça, pela qual ele dirige, escreve roteiro, atua e até chega a vender sua casa de praia. Riggan tenta superar todos os seus problemas a fim de fazer o máximo possível pela sua peça e recuperar sua carreira, pois ele ainda acredita em si e que é melhor do que todos os outros (como fica ilustrado na cena em que ele, simplesmente, voa, mostrando, por meio dessa metáfora, que ele está acima de todos os demais e, por mais que ele não voe ou não tenha superpoderes ou nem seja um fantástico ator, ele apenas acredita nisso e acredita em si mesmo). Assim, eu recomendo que todos que não gostaram do filme na primeira vez que assistiram, também consigam assistir novamente e dar uma segunda chance à esse fantástico filme. Por fim, gostaria de destacar a fantásticas atuações de Keaton, Norton e Emma Stone e também a genialidade de Iñárritu em filmar, quase por completo, sem edição e com o plano sequência, pois esse foi um dos aspectos que deram uma maior originalidade à obra.
Cisne Negro
4.2 7,9K Assista AgoraDefinitivamente, é um filme macabro e assustador, que mostra o quanto uma bailarina (embora isso possa se aplicar a qualquer outra profissão do gênero) pode se esforçar e se sacrificar para realizar uma apresentação, no final, perfeita. O diretor consegue, com uma técnica de filmagem e trilha sonora impressionantes, trazer uma análise psicológica profunda que envolve os desejos sexuais de Nina, sua relação com a mãe, sua relação com o professor e toda a pressão que ela sofria por ser a principal estrela da apresentação de balé.
Também é impressionante a transformação que ela sofre, pois, no começo, ela era a verdadeira personificação do Cisne Branco (dócil, graciosa e inocente), mas, com o tempo, à medida que se relaciona mais com Lily (que interpreta o Cisne Negro) e o dia da apresentação vai se aproximando, ela perde toda sua inocência, graciosidade e doçura, tornando-se, justamente, o Cisne Negro. Por essas e outras, recomendo o filme para qualquer um que tenha bom gosto artístico.
A Juventude
4.0 342Confesso que fui assistir apenas por curiosidade e sem grandes pretensões. No final das contas, acabou sendo melhor assim, pois fui surpreendido, positivamente, por esse fantástico filme, que conseguiu me encantar com a bela fotografia, diálogos inteligentes e ótimas atuações (especialmente de Michael Caine). Apesar de "Youth" significar "juventude", o diretor Paolo Sorrentino nos faz refletir sobre o envelhecimento, pois, ao mesmo tempo que adquirimos a sensação de termos vivido vários anos e de ter passado por várias experiências (o que nos fornece sabedoria e conhecimento sobre a vida), também temos que conviver com a sensação de não poder mais concertar as frustrações e erros adquiridos durante a vida.
Aliança do Crime
3.4 408 Assista AgoraAssim como "Os bons companheiros", me lembrei de outro filme de Scorcese: "Os infiltrados". Curiosamente, acabei descobrindo, ao acaso, que o personagem do Jack Nicholson em "Os infiltrados" é baseado, justamente, em Whitey Bulger.
Aliança do Crime
3.4 408 Assista AgoraInegavelmente, assim como li em alguns comentários, o filme lembra (e muito) o genial "Os bons companheiros" de Martin Scorcese. No entanto, Scott Cooper consegue retratar bem a corrupta relação entre Whitey Bulger e o agente Connolly e como ela tornou-se cada vez mais perigosa para os dois (especialmente para Connolly) e abriu caminho para a ascensão do criminoso e sua gangue em Boston. Se a história e a estrutura do filme não agradam à todos (embora eu tenha gostado), as atuações de Depp (que, com certeza, será indicado ao Oscar) e Cumberbatch são fantásticas.
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
3.9 2,2K Assista AgoraRetratando uma história de vingança do personagem principal Sweeney Todd de uma maneira sombria e assustadora, esse filme é um dos melhores musicais que já tive a oportunidade de assistir e, em minha humilde opinião, um dos melhores trabalhos de Tim Burton (que também conta com as excelentes atuações de Depp, Helena Bonham Carter e Alan Rickman).
O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford
3.6 478 Assista AgoraApesar de já sabermos o que vai acontecer na história (o próprio título já deixa isso claro), o diretor consegue, durante mais de 2 horas, prender a atenção do público para um filme que explica não o que vai acontecer, mas como vai acontecer, em uma profunda análise psicológica tanto acerca de Jesse James (caracterizado como um bandido que passou muitos anos roubando trens e bancos e que agora pretende "descansar" e dar adeus à vida de ladrão, desligando-se de tudo que o faça lembrar o seu passado, o que inclui os próprios capangas) quanto de Robert Ford (retratado como o "caçula" da família Ford, que, sem ter recebido muita atenção e tendo mantido uma mistura de admiração e ódio por Jesse James, sonhava em fazer algo grandioso em sua vida) e de todos os fatores que levaram Robert à cometer o assassinato de Jesse. Além disso, é impossível não mencionar a brilhante fotografia e trilha sonora do filme e as excelentes atuações de Brad Pitt e Casey Affleck (que, para mim, está mais para um dos protagonistas do que para personagem coadjuvante).
Toy Story 2
4.0 712 Assista AgoraDivertido, encantador e engraçado! Assim como muitos que comentaram, já perdi a conta de quantas vezes já assisti o filme (não só porque passa muito na TV, mas também porque sempre relaxo e me divirto assistindo), tendo feito parte da minha infância. Sempre será um dos meus filmes preferidos!
O Resgate do Soldado Ryan
4.2 1,7K Assista AgoraCom todo respeito à Shakespeare Apaixonado (que é um filme belíssimo), mas este filme merecia mais ganhar o Oscar, sendo um dos melhores filmes de Spielberg e um retrato fiel da guerra, com cenas muitos realistas e chocantes, fazendo com que o espectador se sinta em um real ambiente de conflito militar.
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista AgoraFico imaginando como seria uma discussão entre Terence Fletcher (Whiplash) e o Sargento Hartman (interpretado, brilhantemente, por R. Lee Ermey), rs'.