A direção de arte de Sarah Greenwood é de uma genialidade e de uma beleza absurdas. É ela que dá conta de boa parcela do funcionamento do interessante conceito proposto pelo diretor - que curiosamente sempre faz filmes com ótimas ideias, mas que nem sempre chegam lá. Junto com a fotografia maravilhosa e os figurinos, forma um dos filmes visualmente mais interessantes e deslumbrantes que já vi. E Dario Marianelli, como sempre, ahaza na trilha sonora.
Não está no mesmo nível do segundo filme - e não, não é pela atuação do Heath Ledger, é questão de roteiro mesmo - mas é um filme interessante. Mas talvez não o desfecho adequado para toda a expectativa plantada no filme de 2008.
Não acontece quase nada, as interpretações são - como sempre - um problema, achei a foto bem tosca (me surpreendi ao saber que é do Navarro), mas eu gostei =D. não sei o porquê...
O filme é bem bom pra seu público alvo e o nível da produção é altíssimo. Mas, como eu não me encaixo no perfil alvo e o protagonista é a personagem mais insossa do filme, fiquei o tempo todo assim:
Na verdade, o filme é sobre o cinema americano clássico. Spielberg - de quem eu, particularmente não gosto neeeeeem um pouco - tenta fazer, em 2011, um filme aos moldes dos anos 1940/50. Obviamente inspirado por filmes de Ford, Flemming, Stevens e outros grandes diretores da Hollywood clássica, o filme segue a cartilha dos épicos melodramáticos da época, que hoje são clássicas obras-primas. Daí o grande apelo emocional, a trilha sonora constante e adocicada, a montagem cheia de crossfades, a estrutura de roteiro - episódica, com mil coinscidências e reviravoltas, a decupagem em planos majestosos, a fotografia e as interpretações não naturalistas. Estes aspectos, já que não são mais correntes desde o final da década de 1960, soariam defeitos hoje em dia, mas não podem ser vistos assim já que é exatamente esta a proposta do filme, homenagear um estilo de filme marcado na história do cinema americano. No máximo, poderíamos questioná-lo por apenas reproduzir uma estética, ao invés de também reinventá-la ou, pelo menos, brincar com ela. Mas sei lá, será que a gente pode cobrar de uma obra algo que ela não se propõe a ser só por que gostaríamos que ela fosse?
Juro que não entendi por que tanto frisson. Acho bom, mas nada além disso. Fiquei até decepcionado com a direção. Acho o trabalho do Miller em "Capote" genial
Parece ser um filme afim de tecer uma análise crítica sobre os bastidores da política eleitoral americana, mas, na verdade, é apenas um thriller que usa a política como cenário. A força e o foco residem nas reviravoltas de roteiro e nos momentos de tensão, como todo bom thriller. E esse é um dos bons.
Tyler Perry usa uma proposta estética extremamente cafona e de mal gosto, daquele tipo que acha que está sendo "sensível" e "poética", mas, na verdade, apenas brega. Entretanto, o filme chama a atenção para questões muito importantes e as atrizes são INCRÍVEIS, entregam performances louváveis. O que acho interessante é como o filme coloca os homens negros americanos como principal razão para a ruína das mulheres. Não conheço exatamente como é a situação da população negra americana, mas talvez isso seja uma simplificação inocente de uma problemática maior.
A genialidade do filme reside justamente em colocar pessoas comuns nos cânones da comédia romântica. A protagonista, seu par amoroso e a melhor amiga, Lilian, não são lindas jovens da metrópole movimentada. A personagem de Wiig não está sofrendo as turbulências do amor no auge de seus 20 anos. Ela é uma mulher com mais de 30 anos, vítima da crise econômica de 2008, que mal consegue um emprego digno. A situação principal do filme é a ser madrinha de casamento, um tema extremamente provinciano e que soaria anacrônico hoje em dia se não fosse a inteligência do roteiro. Todo esse caráter não usual é adaptado para convenções do gênero, ao mesmo tempo que, por mais que algumas personagens sejam meros estereótipos, há um grande desenvolvimento das principais e seus dramas são muito sérios e se relacionam com a situação contemporânea dos EUA.
Apesar das previsibilidades, ousa e inventa em vários aspectos. A direção é super competente e o filme tem um caráter contemporâneo aliado a velhas formas que funciona muito bem. Mila Kunis está encantadora!
Adoro Douglas Sirk, mas é uma injustiça ele ter ficado conhecido como "mestre do melodrama hollywoodiano"; os do Minnelli são melhores. E é muito forte o que esse filme diz, principalmente se considerarmos a época e o fato de que ele é um filme de estúdio - já quando este sistema estava em decadência.
É incrível como Minnelli, sob o estrito regime de estúdio, conseguia ser tão autoral e, ao mesmo tempo, popular. Também é notável como ele conduz tramas em que "nada acontece", não há um conflito a ser resolvido pelo protagonista, mas sim um estudo de personagens e suas relações em um período marcante de suas vidas.
Verão em Red Hook
3.5 14Excede expectativas.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraImperdível.
Anna Karenina
3.7 1,2K Assista AgoraA direção de arte de Sarah Greenwood é de uma genialidade e de uma beleza absurdas. É ela que dá conta de boa parcela do funcionamento do interessante conceito proposto pelo diretor - que curiosamente sempre faz filmes com ótimas ideias, mas que nem sempre chegam lá. Junto com a fotografia maravilhosa e os figurinos, forma um dos filmes visualmente mais interessantes e deslumbrantes que já vi.
E Dario Marianelli, como sempre, ahaza na trilha sonora.
Oslo, 31 de Agosto
3.9 194MARAVILHOSO
O Voo
3.6 1,4K Assista AgoraPerde-se a oportunidade de apostar em uma ótima premissa para contar um melodrama de vícios cheio de clichês, perdendo assim sua potência.
Paraísos Artificiais
3.2 1,8K Assista AgoraDaora essa novela.
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista AgoraNão está no mesmo nível do segundo filme - e não, não é pela atuação do Heath Ledger, é questão de roteiro mesmo - mas é um filme interessante. Mas talvez não o desfecho adequado para toda a expectativa plantada no filme de 2008.
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1
2.8 2,8K Assista AgoraNão acontece quase nada, as interpretações são - como sempre - um problema, achei a foto bem tosca (me surpreendi ao saber que é do Navarro), mas eu gostei =D. não sei o porquê...
2 Coelhos
4.0 2,7K Assista AgoraO filme é bem bom pra seu público alvo e o nível da produção é altíssimo. Mas, como eu não me encaixo no perfil alvo e o protagonista é a personagem mais insossa do filme, fiquei o tempo todo assim:
A Separação
4.2 725Olhando com mais cuidado, vê-se vários problemas de roteiro.
Cavalo de Guerra
4.0 1,9KNa verdade, o filme é sobre o cinema americano clássico. Spielberg - de quem eu, particularmente não gosto neeeeeem um pouco - tenta fazer, em 2011, um filme aos moldes dos anos 1940/50. Obviamente inspirado por filmes de Ford, Flemming, Stevens e outros grandes diretores da Hollywood clássica, o filme segue a cartilha dos épicos melodramáticos da época, que hoje são clássicas obras-primas. Daí o grande apelo emocional, a trilha sonora constante e adocicada, a montagem cheia de crossfades, a estrutura de roteiro - episódica, com mil coinscidências e reviravoltas, a decupagem em planos majestosos, a fotografia e as interpretações não naturalistas. Estes aspectos, já que não são mais correntes desde o final da década de 1960, soariam defeitos hoje em dia, mas não podem ser vistos assim já que é exatamente esta a proposta do filme, homenagear um estilo de filme marcado na história do cinema americano. No máximo, poderíamos questioná-lo por apenas reproduzir uma estética, ao invés de também reinventá-la ou, pelo menos, brincar com ela. Mas sei lá, será que a gente pode cobrar de uma obra algo que ela não se propõe a ser só por que gostaríamos que ela fosse?
O Espião que Sabia Demais
3.4 744 Assista AgoraBrilhante. É uma pena que a atual temporada de prêmios americanos esteja ignorando-o.
O Homem que Mudou o Jogo
3.7 931 Assista AgoraJuro que não entendi por que tanto frisson. Acho bom, mas nada além disso. Fiquei até decepcionado com a direção. Acho o trabalho do Miller em "Capote" genial
Tudo pelo Poder
3.8 764 Assista AgoraParece ser um filme afim de tecer uma análise crítica sobre os bastidores da política eleitoral americana, mas, na verdade, é apenas um thriller que usa a política como cenário. A força e o foco residem nas reviravoltas de roteiro e nos momentos de tensão, como todo bom thriller. E esse é um dos bons.
Para Garotas de Cor
4.2 74 Assista AgoraTyler Perry usa uma proposta estética extremamente cafona e de mal gosto, daquele tipo que acha que está sendo "sensível" e "poética", mas, na verdade, apenas brega. Entretanto, o filme chama a atenção para questões muito importantes e as atrizes são INCRÍVEIS, entregam performances louváveis. O que acho interessante é como o filme coloca os homens negros americanos como principal razão para a ruína das mulheres. Não conheço exatamente como é a situação da população negra americana, mas talvez isso seja uma simplificação inocente de uma problemática maior.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraNo final eu só conseguia pensar uma coisa: MUUUUUUUUUUUUUUUUUITO FOOOOODA
Missão Madrinha de Casamento
3.2 1,7K Assista AgoraA genialidade do filme reside justamente em colocar pessoas comuns nos cânones da comédia romântica. A protagonista, seu par amoroso e a melhor amiga, Lilian, não são lindas jovens da metrópole movimentada. A personagem de Wiig não está sofrendo as turbulências do amor no auge de seus 20 anos. Ela é uma mulher com mais de 30 anos, vítima da crise econômica de 2008, que mal consegue um emprego digno. A situação principal do filme é a ser madrinha de casamento, um tema extremamente provinciano e que soaria anacrônico hoje em dia se não fosse a inteligência do roteiro. Todo esse caráter não usual é adaptado para convenções do gênero, ao mesmo tempo que, por mais que algumas personagens sejam meros estereótipos, há um grande desenvolvimento das principais e seus dramas são muito sérios e se relacionam com a situação contemporânea dos EUA.
Hanna
3.5 945 Assista AgoraUm filme de ação com forma e estética originais e interessantes e que usa como partida paradigmas e clichês do gênero.
Submarine
4.0 1,6KUm filme "indie" canceriano heterossexual.
Amizade Colorida
3.5 3,0K Assista AgoraApesar das previsibilidades, ousa e inventa em vários aspectos. A direção é super competente e o filme tem um caráter contemporâneo aliado a velhas formas que funciona muito bem. Mila Kunis está encantadora!
Minha Adorável Lavanderia
3.5 72sempre que vejo, saio apaixonado pelo Daniel Day-Lewis
Traídos Pelo Desejo
3.8 161uma ótima história. grande roteiro
Adeus às Ilusões
3.8 15Adoro Douglas Sirk, mas é uma injustiça ele ter ficado conhecido como "mestre do melodrama hollywoodiano"; os do Minnelli são melhores. E é muito forte o que esse filme diz, principalmente se considerarmos a época e o fato de que ele é um filme de estúdio - já quando este sistema estava em decadência.
Deus Sabe Quanto Amei
3.7 25 Assista AgoraÉ incrível como Minnelli, sob o estrito regime de estúdio, conseguia ser tão autoral e, ao mesmo tempo, popular. Também é notável como ele conduz tramas em que "nada acontece", não há um conflito a ser resolvido pelo protagonista, mas sim um estudo de personagens e suas relações em um período marcante de suas vidas.