Assim como Cidade das Ilusões (1972), este filme se passa em uma cidade decadente e cheia de personagens marginalizados. A direção de arte e os figurinos causam estranheza pois parecem ser da década de 50, embora a história se passe na atualidade, isto é, no final da década de 70 (Esse anacronismo intencional também seri usado em outros filmes como Ruas de Fogo (1984) e Marte Ataca! (1996)). Brad Dourif, especialista em papéis excêntricos, está excelente, assim como Harry Dean Stanton e Ned Beatty, como dois malandros que tentam explorar a fé do protagonista em proveito próprio. Mas o roteiro nem sempre se desenvolve de forma interessante, com subtramas mal desenvolvidas, como o passado de Hazel, sua relação com o avô, assim como a subtrama do jovem Enoch (Dan Shor).
Uma história passada na Idade Média mas que reflete os conflitos sociais do final dos anos 1960: a guerra fria, o maio de 68 na França, a Primavera de Praga, a guerra do Vietnã, os jovens da geração "Flower-Power", o movimento hippie, etc. O design de produção é quase tão brilhante quanto o visto na Trilogia da Vida, de Pasolini, aproveitando bem as belas locações e os figurinos são eficientes sem ser muito chamativos. Mas o dentes perfeitos da maioria dos atores acaba sendo uma distração. Mas o ponto fraco do filme é mesmo o elenco, em especial o inexpressivo casal de protagonistas.
Quando Explode a Vingança (1975) de Sergio Leone é quase uma refilmagem deste ótimo faroeste de seu xará Sergio Corbucci. Em ambos há um mercenário estrangeiro (polonês/irlandês) e um bandido mexicano que acaba se tornando herói involuntário da Revolução Mexicana. A cópia em DVD da Ocean Pictures é muito ruim, com cenas cortadas, fotografia apagada e péssima dublagem em inglês.
A ausência do roteirista Kevin Williamson é bem perceptível neste terceiro exemplar da série (que devia ser a conclusão de uma trilogia). As referências à cultura pop, em especial ao cinema de terror são bem mais escassas e pouco inspiradas e a solução do mistério é risível, ainda mais quando se conecta com o primeiro filme. Nem as participações de Carrie Fischer, Jay & Silent Bob ou o legendário cineasta Roger Corman ajudam a tornar o filme mais interessante. Mesmo as mortes não tem o mesmo impacto das vistas nos dois filmes anteriores. O elenco também pouco pode fazer com o que o roteiro oferece: o trio de veteranos aparece no piloto automático e os novatos basicamente servem para morrer (Parker Posey pelo menos consegue ser divertida nas cenas em que contracena com Courtney Cox).
Imagine o roteiro de um filme noir escrito por Alexandre Dumas. Creio que esta é uma boa definição deste trabalho injustamente pouco lembrado de Anthony Mann. Grande parte dos méritos também cabem à impecável fotografia do grande John Alton. Trama bem construída e cenas bastante tensas.
O filme foi feito às pressas para aproveitar o sucesso de Alan Ladd (que tinha sido reconvocado pelo exército). Assim como em Alma torturada (primeira parceria entre Ladd e Veronica Lake) o roteiro lança mão de muitas coincidências:
Joyce dá carona a Johnny, que era casado com a amante do marido de Joyce. Buzz vai procurar Johnny sem nenhum motivo e encontra Helen, que o convida para ir à sua casa.
O desfecho do filme também é muito longo e fica dando voltas sem chegar ao ponto.
Um filme com tema sério (os protestos contra a Guerra do Vietnã) mas feito de forma totalmente amadora e relapsa. A pindaíba era tão grande que não tinham nem como simular uma personagem caindo de um edifício ou a explosão de um automóvel. A primeira versão (No Place to Hide) foi remontada após a fama de Stallone, dando mais destaque a seu personagem, e relançada como Rebel nos anos 80. A montagem é caótica, não conseguindo transmitir tensão ou interesse pela história e a fotografia é pavorosa, parecendo ter sido feita com luz ambiente. Só vale para os fãs conhecerem o inicio da carreira de Stallone e pelas imagens documentais dos protestos contra a guerra. A trilha sonora com hits da época também é legal.
O filme resiste ao tempo graças sobretudo ao personagem de Alan Ladd, um assassino frio e implacável. Veronica Lake, Robert Preston e Laird Cregar também executam bem seus papéis, mas ficam à sombra de Ladd. Já o roteiro se vale de muitas coincidências ainda no primeiro ato:
Gates procura o detetive Crane, que é namorado de Ellen, que será procurada por um senador para se passar por amante de Gates e ela acaba encontrando Raven em um trem onde também está Gates. Ufa!
Um detalhe trágico é que tanto Alan Ladd quanto Veronica Lake morreram aos 50 anos, vitimas de efeitos do alcoolismo.
Um terror trash com estória bem disparatada. O primeiro e o terceiro atos são um terror sobrenatural enquanto o segundo ato é um slasher convencional. Tive a impressão de que os realizadores queriam fazer um filme e desistiram, começaram outro e depois juntaram com o primeiro. Isso explicaria porque as filmagens foram em 1976 mas o filme só foi lançado dois anos depois.
Excelente thriller racial com personagens complexos, roteiro bem construído e direção segura do grande Joseph Mankiewicz. Richard Widmark está diabólico como o criminoso racista (e no mesmo ano ele fez o heroico médico de "Pânico nas Ruas"); Linda Darnell também se destaca como uma mulher criada em um ambiente perverso e que hesita em fazer o correto, assim como Stephen McNally, à principio ambíguo mas que revela sentimentos nobres. E, claro, Sidney Poitier como um homem pacifista mas não conformista com o racismo que enfrenta.
Um delinquente sai da prisão após 14 anos e encontra uma mundo diferente: seu pequeno empreendimento virou uma grande empresa burocratizada. Além de iniciar a parceria entre Kirk Douglas e Burt Lancaster há também a ótima presença de Lizabeth Scott e Kristine Miller (que voltariam a se enfrentar em 1949 no também noir Lágrimas Tardias, novamente sob a direção de Byron Haskin). O diretor constrói elegantes enquadramentos e a fotografia explora bem o contraste claro-escuro típico do estilo noir. O roteiro dá algumas derrapadas, como a personagem de Miller que simplesmente some da história ou um personagem que ao se ver perseguido entra em uma rua escura em vez de procurar um lugar movimentado, mas não chegam a comprometer a qualidade do filme.
O ponto forte do roteiro é conseguir retratar Maria Montessori como uma figura complexa e interessante. Dona de um otimismo inabalável em relação às crianças que educa mas amargurada devido aos problemas de sua vida pessoal, ela atravessa três décadas em conflito para obter financiamento para suas pesquisas. Em alguns momentos a minissérie carrega um pouco no melodrama e também em algumas coincidências improváveis mas no geral é bem desenvolvida. A direção de arte também consegue recriar a época de forma competente.
Um ano após dirigir Ódio Que Mata, o diretor John Brahm se reuniu novamente com Laird Cregar e George Sanders para outro filme de serial killer. Este foi o ultimo filme de Cregar. Ele se submeteu a uma imprudente dieta à base de anfetaminas e acabou sofrendo um infarto. Foi operado mas morreu em dezembro de 1944, dois meses antes da estreia deste filme.
Um divertida homenagem às comédias adolescentes dos anos 80 mas com a cabeça na era da internet e dos smart-phones. Emma Stone distribui carisma e talento, embora o filme tenha algumas cenas inexplicáveis:
como a visita dela a várias igrejas para tentar entender a hostilidade dos colegas, já que ela até então não ligava a mínima para religião, ficou uma cena meio deslocada. Em outra cena os alunos religiosos dizem que tentariam conversar com Olive para convertê-la mas isso nunca ocorre.
Jackie Chan bem jovem como capanga do vilão e com uma pinta enorme no rosto. Isso é tudo para ser visto nesse filme. A versão lançada em DVD pela Spectra Nova é horrível, com cortes na tela que deixam parte do rosto dos atores fora do enquadramento e um dublagem porca em inglês (além de ter apenas 71 minutos e vários defeitos na imagem). As lutas e acrobacias estão longe de ser tão boas quanto os filmes posteriores de Jackie (aliás este é o primeiro filme onde ele é creditado como Jackie Chan). Só vale como curiosidade para os fãs de um dos maiores astros do cinema de artes marciais.
Filme medíocre e esquecível que poderia ser lançado diretamente na TV ou em DVD (não é a toa que o diretor Teague só trabalhou em séries de TV posteriormente). Os aviões criados por efeitos digitais são risíveis e a montagem das cenas de combate é caótica. Os personagens são unidimensionais e o roteiro se vale de reviravoltas e situações implausíveis
Além da pesada maquiagem para ficar parecido com Bruce Willis, Joseph Gordon-Levitt também copiou direitinho os maneirismos de interpretação de Willis (e em algumas cenas ele também me lembrou o jeito de Robert De Niro). O roteiro consegue colar situações de várias outras produções sobre viagem no tempo como "De Volta para o Futuro" e "O Exterminador do Futuro" e seu desfecho lembra muito "Os Doze Macacos", que também era estrelado por Bruce Willis.
Que cartaz mais picareta é esse?! Jackie Chan não está nesse filme e sim um tal Jackie Chang (cujo personagem se chama Ching Ling!), em seu único filme. Já Tae-jeong Kim homenageia Bruce Lee usando seu icônico macacão amarelo de O Jogo da Morte. As cenas de luta são divertidas mas não das mais inspiradas. Em compensação há cenas eróticas e até de tortura (!), algo que nem sempre se vê nesse gênero.
Ótimo filme B de roubo e fuga cujos primeiros 11 minutos são sem diálogos, apenas narrações em off dos personagens. Cenas tensas bem conduzidas pelo diretor Hubert Cornfield.
Milos Forman retorna pela terceira vez ao século XVIII, depois do magnífico Amadeus (1984) e do mediano Valmont (1989). Infelizmente os resultados desse Sombras de Goya estão mais próximos do segundo que do primeiro. A direção de arte, os figurinos e a fotografia são excelentes como de hábito nos filmes de Forman. Já o roteiro de Jean-Claude Carrière (que também escreveu Valmont) se vale muito de reviravoltas, algumas realmente surpreendentes (duvido que alguém adivinhe como termina a cena do jantar na casa dos Bilbatúa). Mas a história vai perdendo força na segunda metade, devido à coincidências pouco críveis e a uma esterilidade emocional por parte do diretor:
repare que nem a morte de toda a família de Inês parece ter qualquer relevância emocional.
Natalie Portman e Javier Bardem exploram bem seus papeis, assim como José Luiz Gomez, como um homem pacífico mas capaz de tudo para reaver a filha. Já o Goya de Stellan Skarsgard acaba relegado a segundo plano, o que é frustrante.
Sombras de Goya é filme visualmente belo mas que não faz jus ao imenso talento de seu diretor.
Um excelente drama de prisão que não perdeu a força depois de seis décadas! Eleanor Parker, aos 28 anos, convence como uma personagem de 19 que percorre um triste arco dramático. Agnes Moorehead trava uma luta inglória, tentando trazer justiça a um universo corrompido e violento. E Hope Emerson tira de letra o papel de uma diabólica carcereira. O diretor John Cromwell mantém a câmera perto de suas personagens, criando um clima claustrofóbico. Amargo e pessimista, este é um raro filme sem concessões da Hollywood clássica.
Mesmo com grande parte da equipe do primeiro filme de volta e com algumas boas sequencias de ação, este filme não consegue repetir o brilhantismo do primeiro. O roteiro apela ainda mais que o primeiro para coincidências:
McClane no mesmo lugar atacado por terroristas; McClane descobre sozinho a conspiração apenas observando homens caminhando; Holly e Thornburg no mesmo avião.
Outro problema é que ninguém no elenco, com exceção de Bruce Willis, consegue ser interessante. Dennis Franz está completamente irritante e os três vilões interpretados por William Sadler, Franco Nero e
não tem o magnetismo do Hans Gruber de Alan Rickman. E as cenas entre Bonnie Bedelia e William Atherton, que deveriam ser o alivio cômico do filme, tem os piores diálogos do roteiro. Pelo menos o diretor Renny Harlin consegue manter um bom ritmo e não economiza na violência das cenas de ação. Yippee Ki-Yay motherfucker!
Sangue Selvagem
3.4 8Assim como Cidade das Ilusões (1972), este filme se passa em uma cidade decadente e cheia de personagens marginalizados. A direção de arte e os figurinos causam estranheza pois parecem ser da década de 50, embora a história se passe na atualidade, isto é, no final da década de 70 (Esse anacronismo intencional também seri usado em outros filmes como Ruas de Fogo (1984) e Marte Ataca! (1996)).
Brad Dourif, especialista em papéis excêntricos, está excelente, assim como Harry Dean Stanton e Ned Beatty, como dois malandros que tentam explorar a fé do protagonista em proveito próprio. Mas o roteiro nem sempre se desenvolve de forma interessante, com subtramas mal desenvolvidas, como o passado de Hazel, sua relação com o avô, assim como a subtrama do jovem Enoch (Dan Shor).
O Diabo Riu Por Último
3.3 19 Assista AgoraUm elenco e um diretor de primeira mas com um humor que não envelheceu bem.
Caminhando com o Amor e a Morte
2.9 2Uma história passada na Idade Média mas que reflete os conflitos sociais do final dos anos 1960: a guerra fria, o maio de 68 na França, a Primavera de Praga, a guerra do Vietnã, os jovens da geração "Flower-Power", o movimento hippie, etc.
O design de produção é quase tão brilhante quanto o visto na Trilogia da Vida, de Pasolini, aproveitando bem as belas locações e os figurinos são eficientes sem ser muito chamativos. Mas o dentes perfeitos da maioria dos atores acaba sendo uma distração.
Mas o ponto fraco do filme é mesmo o elenco, em especial o inexpressivo casal de protagonistas.
Os Violentos Vão para o Inferno
3.9 30Quando Explode a Vingança (1975) de Sergio Leone é quase uma refilmagem deste ótimo faroeste de seu xará Sergio Corbucci. Em ambos há um mercenário estrangeiro (polonês/irlandês) e um bandido mexicano que acaba se tornando herói involuntário da Revolução Mexicana.
A cópia em DVD da Ocean Pictures é muito ruim, com cenas cortadas, fotografia apagada e péssima dublagem em inglês.
Pânico 3
3.0 775 Assista AgoraA ausência do roteirista Kevin Williamson é bem perceptível neste terceiro exemplar da série (que devia ser a conclusão de uma trilogia). As referências à cultura pop, em especial ao cinema de terror são bem mais escassas e pouco inspiradas e a solução do mistério é risível, ainda mais quando se conecta com o primeiro filme. Nem as participações de Carrie Fischer, Jay & Silent Bob ou o legendário cineasta Roger Corman ajudam a tornar o filme mais interessante.
Mesmo as mortes não tem o mesmo impacto das vistas nos dois filmes anteriores. O elenco também pouco pode fazer com o que o roteiro oferece: o trio de veteranos aparece no piloto automático e os novatos basicamente servem para morrer (Parker Posey pelo menos consegue ser divertida nas cenas em que contracena com Courtney Cox).
A Sombra da Guilhotina
4.0 9Imagine o roteiro de um filme noir escrito por Alexandre Dumas. Creio que esta é uma boa definição deste trabalho injustamente pouco lembrado de Anthony Mann. Grande parte dos méritos também cabem à impecável fotografia do grande John Alton. Trama bem construída e cenas bastante tensas.
A Dália Azul
3.4 11O filme foi feito às pressas para aproveitar o sucesso de Alan Ladd (que tinha sido reconvocado pelo exército). Assim como em Alma torturada (primeira parceria entre Ladd e Veronica Lake) o roteiro lança mão de muitas coincidências:
Joyce dá carona a Johnny, que era casado com a amante do marido de Joyce. Buzz vai procurar Johnny sem nenhum motivo e encontra Helen, que o convida para ir à sua casa.
O desfecho do filme também é muito longo e fica dando voltas sem chegar ao ponto.
Rebelde
2.2 16Um filme com tema sério (os protestos contra a Guerra do Vietnã) mas feito de forma totalmente amadora e relapsa. A pindaíba era tão grande que não tinham nem como simular uma personagem caindo de um edifício ou a explosão de um automóvel. A primeira versão (No Place to Hide) foi remontada após a fama de Stallone, dando mais destaque a seu personagem, e relançada como Rebel nos anos 80. A montagem é caótica, não conseguindo transmitir tensão ou interesse pela história e a fotografia é pavorosa, parecendo ter sido feita com luz ambiente. Só vale para os fãs conhecerem o inicio da carreira de Stallone e pelas imagens documentais dos protestos contra a guerra. A trilha sonora com hits da época também é legal.
Alma Torturada
3.7 28O filme resiste ao tempo graças sobretudo ao personagem de Alan Ladd, um assassino frio e implacável. Veronica Lake, Robert Preston e Laird Cregar também executam bem seus papéis, mas ficam à sombra de Ladd. Já o roteiro se vale de muitas coincidências ainda no primeiro ato:
Gates procura o detetive Crane, que é namorado de Ellen, que será procurada por um senador para se passar por amante de Gates e ela acaba encontrando Raven em um trem onde também está Gates. Ufa!
Um detalhe trágico é que tanto Alan Ladd quanto Veronica Lake morreram aos 50 anos, vitimas de efeitos do alcoolismo.
O Filho de Satã
2.5 20 Assista AgoraUm terror trash com estória bem disparatada. O primeiro e o terceiro atos são um terror sobrenatural enquanto o segundo ato é um slasher convencional. Tive a impressão de que os realizadores queriam fazer um filme e desistiram, começaram outro e depois juntaram com o primeiro. Isso explicaria porque as filmagens foram em 1976 mas o filme só foi lançado dois anos depois.
O Ódio é Cego
3.9 30Excelente thriller racial com personagens complexos, roteiro bem construído e direção segura do grande Joseph Mankiewicz. Richard Widmark está diabólico como o criminoso racista (e no mesmo ano ele fez o heroico médico de "Pânico nas Ruas"); Linda Darnell também se destaca como uma mulher criada em um ambiente perverso e que hesita em fazer o correto, assim como Stephen McNally, à principio ambíguo mas que revela sentimentos nobres. E, claro, Sidney Poitier como um homem pacifista mas não conformista com o racismo que enfrenta.
Estranha Fascinação
3.8 16Um delinquente sai da prisão após 14 anos e encontra uma mundo diferente: seu pequeno empreendimento virou uma grande empresa burocratizada. Além de iniciar a parceria entre Kirk Douglas e Burt Lancaster há também a ótima presença de Lizabeth Scott e Kristine Miller (que voltariam a se enfrentar em 1949 no também noir Lágrimas Tardias, novamente sob a direção de Byron Haskin). O diretor constrói elegantes enquadramentos e a fotografia explora bem o contraste claro-escuro típico do estilo noir. O roteiro dá algumas derrapadas, como a personagem de Miller que simplesmente some da história ou um personagem que ao se ver perseguido entra em uma rua escura em vez de procurar um lugar movimentado, mas não chegam a comprometer a qualidade do filme.
Maria Montessori - Uma Vida Dedicada as Crianças
4.4 26O ponto forte do roteiro é conseguir retratar Maria Montessori como uma figura complexa e interessante. Dona de um otimismo inabalável em relação às crianças que educa mas amargurada devido aos problemas de sua vida pessoal, ela atravessa três décadas em conflito para obter financiamento para suas pesquisas. Em alguns momentos a minissérie carrega um pouco no melodrama e também em algumas coincidências improváveis mas no geral é bem desenvolvida. A direção de arte também consegue recriar a época de forma competente.
Concerto Macabro
4.0 12Um ano após dirigir Ódio Que Mata, o diretor John Brahm se reuniu novamente com Laird Cregar e George Sanders para outro filme de serial killer. Este foi o ultimo filme de Cregar. Ele se submeteu a uma imprudente dieta à base de anfetaminas e acabou sofrendo um infarto. Foi operado mas morreu em dezembro de 1944, dois meses antes da estreia deste filme.
A Mentira
3.6 2,2K Assista AgoraUm divertida homenagem às comédias adolescentes dos anos 80 mas com a cabeça na era da internet e dos smart-phones. Emma Stone distribui carisma e talento, embora o filme tenha algumas cenas inexplicáveis:
como a visita dela a várias igrejas para tentar entender a hostilidade dos colegas, já que ela até então não ligava a mínima para religião, ficou uma cena meio deslocada. Em outra cena os alunos religiosos dizem que tentariam conversar com Olive para convertê-la mas isso nunca ocorre.
Outro ponto fraco do roteiro é
a dinâmica entre Olive e Todd, já que é previsível demais que eles terminariam juntos.
O Jovem Tigre
2.3 23Jackie Chan bem jovem como capanga do vilão e com uma pinta enorme no rosto. Isso é tudo para ser visto nesse filme. A versão lançada em DVD pela Spectra Nova é horrível, com cortes na tela que deixam parte do rosto dos atores fora do enquadramento e um dublagem porca em inglês (além de ter apenas 71 minutos e vários defeitos na imagem). As lutas e acrobacias estão longe de ser tão boas quanto os filmes posteriores de Jackie (aliás este é o primeiro filme onde ele é creditado como Jackie Chan).
Só vale como curiosidade para os fãs de um dos maiores astros do cinema de artes marciais.
Heróis de Guerra
2.8 15 Assista AgoraFilme medíocre e esquecível que poderia ser lançado diretamente na TV ou em DVD (não é a toa que o diretor Teague só trabalhou em séries de TV posteriormente). Os aviões criados por efeitos digitais são risíveis e a montagem das cenas de combate é caótica. Os personagens são unidimensionais e o roteiro se vale de reviravoltas e situações implausíveis
como as duas holandesas ajudando um alemão a fugir no final.
Looper: Assassinos do Futuro
3.6 2,1KAlém da pesada maquiagem para ficar parecido com Bruce Willis, Joseph Gordon-Levitt também copiou direitinho os maneirismos de interpretação de Willis (e em algumas cenas ele também me lembrou o jeito de Robert De Niro). O roteiro consegue colar situações de várias outras produções sobre viagem no tempo como "De Volta para o Futuro" e "O Exterminador do Futuro" e seu desfecho lembra muito "Os Doze Macacos", que também era estrelado por Bruce Willis.
A Vingança de Bruce e Jackie
3.1 2Que cartaz mais picareta é esse?!
Jackie Chan não está nesse filme e sim um tal Jackie Chang (cujo personagem se chama Ching Ling!), em seu único filme. Já Tae-jeong Kim homenageia Bruce Lee usando seu icônico macacão amarelo de O Jogo da Morte. As cenas de luta são divertidas mas não das mais inspiradas. Em compensação há cenas eróticas e até de tortura (!), algo que nem sempre se vê nesse gênero.
Os Salteadores de Estradas
3.4 2Ótimo filme B de roubo e fuga cujos primeiros 11 minutos são sem diálogos, apenas narrações em off dos personagens. Cenas tensas bem conduzidas pelo diretor Hubert Cornfield.
Sombras de Goya
3.8 204Milos Forman retorna pela terceira vez ao século XVIII, depois do magnífico Amadeus (1984) e do mediano Valmont (1989). Infelizmente os resultados desse Sombras de Goya estão mais próximos do segundo que do primeiro. A direção de arte, os figurinos e a fotografia são excelentes como de hábito nos filmes de Forman. Já o roteiro de Jean-Claude Carrière (que também escreveu Valmont) se vale muito de reviravoltas, algumas realmente surpreendentes (duvido que alguém adivinhe como termina a cena do jantar na casa dos Bilbatúa). Mas a história vai perdendo força na segunda metade, devido à coincidências pouco críveis e a uma esterilidade emocional por parte do diretor:
repare que nem a morte de toda a família de Inês parece ter qualquer relevância emocional.
Natalie Portman e Javier Bardem exploram bem seus papeis, assim como José Luiz Gomez, como um homem pacífico mas capaz de tudo para reaver a filha. Já o Goya de Stellan Skarsgard acaba relegado a segundo plano, o que é frustrante.
Sombras de Goya é filme visualmente belo mas que não faz jus ao imenso talento de seu diretor.
Rebelião no Presídio
3.6 9Corajoso filme-denúncia onde o diretor Siegel não suaviza ou romantiza os personagens. Ótimos diálogos e cenas violentas.
À Margem da Vida
4.2 18 Assista AgoraUm excelente drama de prisão que não perdeu a força depois de seis décadas! Eleanor Parker, aos 28 anos, convence como uma personagem de 19 que percorre um triste arco dramático. Agnes Moorehead trava uma luta inglória, tentando trazer justiça a um universo corrompido e violento. E Hope Emerson tira de letra o papel de uma diabólica carcereira. O diretor John Cromwell mantém a câmera perto de suas personagens, criando um clima claustrofóbico. Amargo e pessimista, este é um raro filme sem concessões da Hollywood clássica.
Duro de Matar 2
3.5 253 Assista AgoraMesmo com grande parte da equipe do primeiro filme de volta e com algumas boas sequencias de ação, este filme não consegue repetir o brilhantismo do primeiro. O roteiro apela ainda mais que o primeiro para coincidências:
McClane no mesmo lugar atacado por terroristas; McClane descobre sozinho a conspiração apenas observando homens caminhando; Holly e Thornburg no mesmo avião.
Outro problema é que ninguém no elenco, com exceção de Bruce Willis, consegue ser interessante. Dennis Franz está completamente irritante e os três vilões interpretados por William Sadler, Franco Nero e
John Amos
Pelo menos o diretor Renny Harlin consegue manter um bom ritmo e não economiza na violência das cenas de ação.
Yippee Ki-Yay motherfucker!