Aqui Hitchcock não faz uso de muitos enquadramentos inusitados como seus filmes anteriores mas mesmo assim entrega um melodrama de ótima qualidade. Lançado pela ClassicLine com o título "Entre a Lei e o Coração".
Um casal de fazendeiros encontra uma gosma branca saindo do chão e o que faz? Dá para as galinhas comerem, é claro! Triste ver a talentosa atriz e diretora Ida Lupino em fim de carreira em uma produção dessas. Marjoe Gortner tenta emplacar como herói enquanto Pamela Franklin (a garotinha do clássico Os Inocentes) está totalmente inexpressiva. Já o veterano Ralph Meeker está apenas irritante como uma caricatura do empresário ganancioso. Os efeitos visuais são uma atração à parte, desde as vespas (que mais parecem sombras) até uma das inundações mais risíveis da história do cinema. Um divertido trash raiz dirigido pelo recentemente falecido Bert I. Gordon.
Era o filme que Alfredão menos gostava mas penso que ele fez outros piores, como A Mulher do Fazendeiro e A Estalagem Maldita. Mais uma vez ele demonstra um imenso talento com a câmera subjetiva (como ao enfocar o fundo de um taça). O roteiro é uma Cinderela às Avessas versão anos 20, com muitos momentos de humor.
Mantendo o mesmo ritmo da primeira parte e uma grande atenção aos detalhes (como a longa cena da coroação de Carlos VII) esta conclusão se destaca pelo terço final, que explora toda a dramaticidade da situação da heroína.
Um dos retratos mais detalhistas e humanos da Heroína da França. Uma excelente recriação de época, fotografia e figurinos realistas. Dá pra se sentir em uma viagem no tempo. Se você espera batalhas catárticas como as de Hollywood talvez fique decepcionado. Os embates aqui são feios e sem glamour. Sandrine Bonnaire, embora já com 27 anos, está perfeita, conseguindo expressar fé, coragem, dor e até arrogância em sua caracterização de Joana D'Arc.
Típico filme do 3º Reich onde a história serve de pano de fundo para a propaganda ideológica do regime. Aqui os nobres franceses e ingleses são retratados da pior maneira, sempre gananciosos, oportunistas, cruéis e indiferentes ao sofrimento do povo. Já Joana, que deveria ser a protagonista aparece em menos da metade da duração do filme. Um dos poucos pontos positivos é a atuação da bela Angela Salloker, que consegue transmitir fragilidade à personagem, como sua reação ao saber que será executada.
Além da história romanceada de Joana D'Arc, o filme também tem o prólogo e o epilogo durante a Primeira Guerra Mundial. Como os ingleses eram aliados dos franceses na guerra, o roteiro procurou atenuar a vilania deles na história de Joana. Inventaram até um interesse romântico dela por um oficial inglês (!) A cena da batalha das Torres é bem encenada mas a atriz Geraldine Farrar (uma famosa cantora de ópera da época) não convence como Joana. Aos 34 anos ela era visivelmente velha para interpretar a protagonista adolescente.
Um filme que equilibra humor e dor de forma magnifica, apoiada em seu talentoso elenco. Barry Keoghan tem chances de ser um grande nome do cinema nos próximos anos. Seu desempenho aqui me lembrou o de Leonardo Di Caprio em Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador (1993).
Uma homenagem de despedida à Henry Fonda, em seu último western. O diretor Tonino Valerii emula com perfeição os filmes de Sergio Leone, algo reforçado pela divertida trilha sonora de Ennio Morricone (que satirizou várias de suas próprias composições). Fonda e Hill conseguem uma ótima química juntos.
quando a grávida se joga duas vezes (!) do teto do hospital e pouco tempo depois está quase totalmente saudável e seu bebê também. Além disso por que lutar contra a reencarnação se, no universo do filme, ela era inevitável?
Primeiramente, na década de 80 era permitido à menores de idade participar de cenas eróticas simuladas desde que autorizados pelos pais (e certamente um dos pais estava presente durante as filmagens). É verdade que o diretor Alberto Salvá conduz a trama (co-escrita por ele e Elisa Tolomelli) com distanciamento emocional, deixando para o espectador fazer seus julgamentos morais. Mas ele também jamais dirige de forma sensacionalista, buscando explorar um tema polêmico. Sim, o protagonista devia se questionar mais sobre seus atos mas o filme deixa claro que seus sentimentos eram verdadeiros, embora problemáticos. Na época do lançamento não parece ter suscitado muita polêmica, já que foi premiado no Festival de Gramado com os Kikitos de melhor ator e atriz, ambos merecidos pelo ótimo trabalho de Reginaldo Faria e Flávia Monteiro. Ela merece destaque pois sua personagem jamais se torna uma "mini-adulta", alguém mais madura do que seria esperado na sua idade. Muitas de suas atitudes ainda são de criança, o que torna o contexto ainda mais incômodo.
Um argumento comum nos faroestes, uma comunidade que contrata um pistoleiro de passado duvidoso para se livrar de criminosos que querem controlar tudo no local. Mas nesse caso o "pacificador" se mostra cada vez mais truculento, podendo ser tão perigoso quanto os bandidos que enfrenta. A direção de arte recria com realismo a cidadezinha e a fotografia em preto e branco dá um clima noir à narrativa. Uma pérola do gênero que merece ser redescoberta.
O melhor desempenho da carreira de Will Smith, que não se intimida em mostrar Ali como um jovem tão talentoso quanto arrogante, não temendo criar uma persona até mesmo antipática para o personagem-título. Entre os muitos coadjuvantes merecem atenção Mario van Peebles (que recria um Malcolm X que faz jus ao de Denzel Washington no filme de 1992), Jamie Foxx, Jon Voight (irreconhecível sob pesadíssima maquiagem), Giancarlo Esposito e Nona Gaye. Os demais tem pouco tempo de roteiro para brilhar.
Uma interessante produção nacional com a maioria do elenco e equipe técnica de mulheres. Tereza Trautman conduz a narrativa com segurança, incluindo um plano-sequência de mais de três minutos. Também consegue interpretações naturalistas de todo o elenco. Já como roteirista o resultado não é tão bom, já que a cada cinco minutos entra um personagem novo em cena (!) Assim as subtramas nunca são desenvolvidas com profundidade.
a de que basta instinto e a experiência profissional para tornar um policial infalível.
Sterling Hayden se sai bem como o policial truculento, assim como Gloria Grahame como uma mulher sensual. Já o canastrão Gene Barry faz um trabalho razoável (e muito melhor do que em Guerra dos Mundos). Mas imagino se o papel tivesse ido para um ator talentoso como, por exemplo Richard Widimark ou Kirk Douglas.
Tubarão com telepatia. Só assim para explicar como peixão descobriu que a família Brody tinha viajado para as Bahamas. Michael Caine recebeu o Oscar de melhor ator coadjuvante enquanto filmava essa bomba. As cenas de ataque são tão mal editadas que não dá pra entender nada. E o que dizer do final, com o tubarão rugindo (com o rugido tirado de um desenho de Tom & Jerry)? Pra não dizer que nada presta, pelo menos a fotografia é bonita, ao contrária do pavoroso 3-D do filme anterior. Triste fim para uma série que começou com um clássico instantâneo.
Detalhe trágico: um ano depois a meininha Judith Barsi foi assassinada, junto com a mãe, pelo pai, que em seguida se suicidou.
O filme aproveita praticamente todos os elementos de filmes de "multiverso" e viagens no tempo feitos nos últimos 25 anos. A trama parece uma versão (muito) melhorada de o Confronto (2001) onde duas versões de Jet Li viajavam e se enfrentavam em diversas realidades. Há também elementos de Matrix (o centro de comando da Nabucodonosor agora é em uma van...), Efeito Borboleta, A Origem
(os totens são substituídos por atos bizarros, como enfiar troféus no cu).
, entre outros. Há até um momento "Thanos e a joia da realidade" onde a vilã transforma os rivais em versões absurdas. O elenco se entrega à bizarrice e se sai muito bem. Curiosamente achei melhor o primeiro ato, Tudo, onde sabemos pouco sobre a trama. Mas à medida em que as explicações surgem, vai ficando forçado e piegas, com algumas situações difíceis de entender: por que ocultar a genitália de um ator se, minutos antes mostraram dois enormes pênis de borracha? As lutas são bem coreografadas mas nada trazem de inovador. O mesmo vale para os efeitos visuais. Enfim, um filme mediano, bem realizado, mas que não faz jus à toda a celeuma que vem causando.
Nada se salva nessa tranqueira! A fotografia em "3-D" deixa algumas cenas borradas. Outras imagens são tão granulosas que praticamente não dá pra ver os rostos dos atores. Nem o carisma de Dennis Quaid consegue tornar o fiasco um pouco interessante (aliás ele revelou que estava doidão de cocaína em todas as suas cenas).
Filme construído com apuro visual por Douglas Sirk. Mas o terceiro ato é previsível demais. Lucille Ball faz uma mulher forte e inteligente, George Sanders um tipo cínico e sedutor e Boris Karloff um doido varrido. Boa diversão.
O único diferencial em relação aos anteriores é a ambientação. Nesse o ritmo é mais arrastado e enfadonho, demorando um bom tempo para os zumbis darem as caras. E se os personagens dos anteriores já não eram dos mais interessantes, neste é que são ainda mais chatos.
Amando De Ossorio, por incompetência ou falta de recursos para refazer cenas, deixa que vejamos mangueiras esguichando sangue nos bonecos (!). Em outras cenas a mise-en-scene é caótica, com os mortos-vivos aparecendo do nada na frente dos personagens.
O epílogo faz uma homenagem ao clássico Os Pássaros (1963), de Hitchcok.
Será que Tarantino viu este filme? A trama tem inúmeros pontos em comum com Bastardos Inglórios (2009): um grupo de guerrilheiros que bola um plano mirabolante para eliminar o alto escalão de um governo ditatorial. Aliás, o personagem de Pedro Armandáriz é ao mesmo tempo uma versão prévia do coronel Hans Landa e do soldado Frederick Zoller (!) O roteiro também antecipa elementos do clássico A Batalha de Argel (1966), de Gillo Pontecorvo (cujo tema musical também aparece em Bastardos...), ao enfocar um grupo clandestino que lança mão do terrorismo o terrorismo como meio de insurreição.
Esta versão inclui eventos históricos que não constam no romance nem na versão de 1930, referentes à negociação do cessar-fogo. Notável a trilha sonora com acordes altos, que gera um incômodo que lembra um filme de terror. O design de som também é fabuloso, seja no som das botas caminhando na lama ou a respiração de um soldado usando máscara de gás. O ótimo protagonista Felix Kammerer passa por uma transformação que lembra a do jovem Flyora, de Vá e Veja (1985). Um brutal mergulho na guerra que vale cada minuto.
A década de 1960 foi a mais importante do cinema brasileiro, sem dúvida. Tivemos O Pagador de Promessas, Vidas Secas, Deus e o Diabo na Terra do Sol, A Hora e a Vez de Augusto Matraga, Terra em Transe, O Bandido da Luz Vermelha, Macunaíma entre tantos outros. É lastimável que são Paulo, Sociedade Anônima não seja tão lembrando quanto esses outros, já que oferece uma linguagem moderna e uma crítica a urbanização desumanizada e ao "sucesso a qualquer preço" que é bem atual.
Só faltou Carlos encontrar um Tyler Durden para fundar um Clube da Luta em São Paulo...
O Ilhéu
3.5 23Aqui Hitchcock não faz uso de muitos enquadramentos inusitados como seus filmes anteriores mas mesmo assim entrega um melodrama de ótima qualidade.
Lançado pela ClassicLine com o título "Entre a Lei e o Coração".
A Fúria das Feras Atômicas
2.8 18 Assista AgoraUm casal de fazendeiros encontra uma gosma branca saindo do chão e o que faz? Dá para as galinhas comerem, é claro! Triste ver a talentosa atriz e diretora Ida Lupino em fim de carreira em uma produção dessas. Marjoe Gortner tenta emplacar como herói enquanto Pamela Franklin (a garotinha do clássico Os Inocentes) está totalmente inexpressiva. Já o veterano Ralph Meeker está apenas irritante como uma caricatura do empresário ganancioso.
Os efeitos visuais são uma atração à parte, desde as vespas (que mais parecem sombras) até uma das inundações mais risíveis da história do cinema.
Um divertido trash raiz dirigido pelo recentemente falecido Bert I. Gordon.
Champagne
2.9 20Era o filme que Alfredão menos gostava mas penso que ele fez outros piores, como A Mulher do Fazendeiro e A Estalagem Maldita. Mais uma vez ele demonstra um imenso talento com a câmera subjetiva (como ao enfocar o fundo de um taça).
O roteiro é uma Cinderela às Avessas versão anos 20, com muitos momentos de humor.
Joana a Virgem II – As prisões
4.1 2Mantendo o mesmo ritmo da primeira parte e uma grande atenção aos detalhes (como a longa cena da coroação de Carlos VII) esta conclusão se destaca pelo terço final, que explora toda a dramaticidade da situação da heroína.
Joana a Virgem I – As Batalhas
3.9 3Um dos retratos mais detalhistas e humanos da Heroína da França. Uma excelente recriação de época, fotografia e figurinos realistas. Dá pra se sentir em uma viagem no tempo. Se você espera batalhas catárticas como as de Hollywood talvez fique decepcionado. Os embates aqui são feios e sem glamour.
Sandrine Bonnaire, embora já com 27 anos, está perfeita, conseguindo expressar fé, coragem, dor e até arrogância em sua caracterização de Joana D'Arc.
Santa Joana D'Arc
3.2 1Típico filme do 3º Reich onde a história serve de pano de fundo para a propaganda ideológica do regime. Aqui os nobres franceses e ingleses são retratados da pior maneira, sempre gananciosos, oportunistas, cruéis e indiferentes ao sofrimento do povo. Já Joana, que deveria ser a protagonista aparece em menos da metade da duração do filme.
Um dos poucos pontos positivos é a atuação da bela Angela Salloker, que consegue transmitir fragilidade à personagem, como sua reação ao saber que será executada.
Joana D'Arc - A Donzela de Orleans
3.5 1Além da história romanceada de Joana D'Arc, o filme também tem o prólogo e o epilogo durante a Primeira Guerra Mundial. Como os ingleses eram aliados dos franceses na guerra, o roteiro procurou atenuar a vilania deles na história de Joana. Inventaram até um interesse romântico dela por um oficial inglês (!)
A cena da batalha das Torres é bem encenada mas a atriz Geraldine Farrar (uma famosa cantora de ópera da época) não convence como Joana. Aos 34 anos ela era visivelmente velha para interpretar a protagonista adolescente.
Os Banshees de Inisherin
3.9 570 Assista AgoraUm filme que equilibra humor e dor de forma magnifica, apoiada em seu talentoso elenco.
Barry Keoghan tem chances de ser um grande nome do cinema nos próximos anos. Seu desempenho aqui me lembrou o de Leonardo Di Caprio em Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador (1993).
Meu Nome é Ninguém
3.9 81 Assista AgoraUma homenagem de despedida à Henry Fonda, em seu último western. O diretor Tonino Valerii emula com perfeição os filmes de Sergio Leone, algo reforçado pela divertida trilha sonora de Ennio Morricone (que satirizou várias de suas próprias composições).
Fonda e Hill conseguem uma ótima química juntos.
Visões
2.6 60Assim como no anterior The Eye, os diretores constroem bem o clima aterrorizante. Mas fica difícil levar à sério
quando a grávida se joga duas vezes (!) do teto do hospital e pouco tempo depois está quase totalmente saudável e seu bebê também. Além disso por que lutar contra a reencarnação se, no universo do filme, ela era inevitável?
A Menina do Lado
2.6 51Primeiramente, na década de 80 era permitido à menores de idade participar de cenas eróticas simuladas desde que autorizados pelos pais (e certamente um dos pais estava presente durante as filmagens). É verdade que o diretor Alberto Salvá conduz a trama (co-escrita por ele e Elisa Tolomelli) com distanciamento emocional, deixando para o espectador fazer seus julgamentos morais. Mas ele também jamais dirige de forma sensacionalista, buscando explorar um tema polêmico. Sim, o protagonista devia se questionar mais sobre seus atos mas o filme deixa claro que seus sentimentos eram verdadeiros, embora problemáticos.
Na época do lançamento não parece ter suscitado muita polêmica, já que foi premiado no Festival de Gramado com os Kikitos de melhor ator e atriz, ambos merecidos pelo ótimo trabalho de Reginaldo Faria e Flávia Monteiro. Ela merece destaque pois sua personagem jamais se torna uma "mini-adulta", alguém mais madura do que seria esperado na sua idade. Muitas de suas atitudes ainda são de criança, o que torna o contexto ainda mais incômodo.
Armado Até os Dentes
3.8 7Um argumento comum nos faroestes, uma comunidade que contrata um pistoleiro de passado duvidoso para se livrar de criminosos que querem controlar tudo no local. Mas nesse caso o "pacificador" se mostra cada vez mais truculento, podendo ser tão perigoso quanto os bandidos que enfrenta. A direção de arte recria com realismo a cidadezinha e a fotografia em preto e branco dá um clima noir à narrativa. Uma pérola do gênero que merece ser redescoberta.
Ali
3.6 173 Assista AgoraO melhor desempenho da carreira de Will Smith, que não se intimida em mostrar Ali como um jovem tão talentoso quanto arrogante, não temendo criar uma persona até mesmo antipática para o personagem-título. Entre os muitos coadjuvantes merecem atenção Mario van Peebles (que recria um Malcolm X que faz jus ao de Denzel Washington no filme de 1992), Jamie Foxx, Jon Voight (irreconhecível sob pesadíssima maquiagem), Giancarlo Esposito e Nona Gaye. Os demais tem pouco tempo de roteiro para brilhar.
Sonhos de Menina Moça
3.1 2Uma interessante produção nacional com a maioria do elenco e equipe técnica de mulheres. Tereza Trautman conduz a narrativa com segurança, incluindo um plano-sequência de mais de três minutos. Também consegue interpretações naturalistas de todo o elenco.
Já como roteirista o resultado não é tão bom, já que a cada cinco minutos entra um personagem novo em cena (!) Assim as subtramas nunca são desenvolvidas com profundidade.
Fúria Assassina
3.6 5O filme começa com uma crítica à violência policial mas termina com uma mensagem questionável:
a de que basta instinto e a experiência profissional para tornar um policial infalível.
Sterling Hayden se sai bem como o policial truculento, assim como Gloria Grahame como uma mulher sensual. Já o canastrão Gene Barry faz um trabalho razoável (e muito melhor do que em Guerra dos Mundos). Mas imagino se o papel tivesse ido para um ator talentoso como, por exemplo Richard Widimark ou Kirk Douglas.
Tubarão 4: A Vingança
2.1 133 Assista AgoraTubarão com telepatia. Só assim para explicar como peixão descobriu que a família Brody tinha viajado para as Bahamas. Michael Caine recebeu o Oscar de melhor ator coadjuvante enquanto filmava essa bomba. As cenas de ataque são tão mal editadas que não dá pra entender nada. E o que dizer do final, com o tubarão rugindo (com o rugido tirado de um desenho de Tom & Jerry)?
Pra não dizer que nada presta, pelo menos a fotografia é bonita, ao contrária do pavoroso 3-D do filme anterior. Triste fim para uma série que começou com um clássico instantâneo.
Detalhe trágico: um ano depois a meininha Judith Barsi foi assassinada, junto com a mãe, pelo pai, que em seguida se suicidou.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraO filme aproveita praticamente todos os elementos de filmes de "multiverso" e viagens no tempo feitos nos últimos 25 anos. A trama parece uma versão (muito) melhorada de o Confronto (2001) onde duas versões de Jet Li viajavam e se enfrentavam em diversas realidades. Há também elementos de Matrix (o centro de comando da Nabucodonosor agora é em uma van...), Efeito Borboleta, A Origem
(os totens são substituídos por atos bizarros, como enfiar troféus no cu).
O elenco se entrega à bizarrice e se sai muito bem. Curiosamente achei melhor o primeiro ato, Tudo, onde sabemos pouco sobre a trama. Mas à medida em que as explicações surgem, vai ficando forçado e piegas, com algumas situações difíceis de entender: por que ocultar a genitália de um ator se, minutos antes mostraram dois enormes pênis de borracha?
As lutas são bem coreografadas mas nada trazem de inovador. O mesmo vale para os efeitos visuais. Enfim, um filme mediano, bem realizado, mas que não faz jus à toda a celeuma que vem causando.
Tubarão 3
2.3 152 Assista AgoraNada se salva nessa tranqueira! A fotografia em "3-D" deixa algumas cenas borradas. Outras imagens são tão granulosas que praticamente não dá pra ver os rostos dos atores.
Nem o carisma de Dennis Quaid consegue tornar o fiasco um pouco interessante (aliás ele revelou que estava doidão de cocaína em todas as suas cenas).
Emboscada
3.8 10Filme construído com apuro visual por Douglas Sirk. Mas o terceiro ato é previsível demais. Lucille Ball faz uma mulher forte e inteligente, George Sanders um tipo cínico e sedutor e Boris Karloff um doido varrido. Boa diversão.
O Galeão Fantasma
3.0 20O único diferencial em relação aos anteriores é a ambientação. Nesse o ritmo é mais arrastado e enfadonho, demorando um bom tempo para os zumbis darem as caras. E se os personagens dos anteriores já não eram dos mais interessantes, neste é que são ainda mais chatos.
O Retorno dos Mortos Vivos
3.3 31 Assista AgoraO único ponto interessante é que este é mais sanguinolento que o primeiro mas em compensação é mais tosco e trash.
Amando De Ossorio, por incompetência ou falta de recursos para refazer cenas, deixa que vejamos mangueiras esguichando sangue nos bonecos (!). Em outras cenas a mise-en-scene é caótica, com os mortos-vivos aparecendo do nada na frente dos personagens.
O epílogo faz uma homenagem ao clássico Os Pássaros (1963), de Hitchcok.
Resgate de Sangue
3.7 4 Assista AgoraSerá que Tarantino viu este filme? A trama tem inúmeros pontos em comum com Bastardos Inglórios (2009): um grupo de guerrilheiros que bola um plano mirabolante para eliminar o alto escalão de um governo ditatorial. Aliás, o personagem de Pedro Armandáriz é ao mesmo tempo uma versão prévia do coronel Hans Landa e do soldado Frederick Zoller (!)
O roteiro também antecipa elementos do clássico A Batalha de Argel (1966), de Gillo Pontecorvo (cujo tema musical também aparece em Bastardos...), ao enfocar um grupo clandestino que lança mão do terrorismo o terrorismo como meio de insurreição.
Nada de Novo no Front
4.0 612 Assista AgoraEsta versão inclui eventos históricos que não constam no romance nem na versão de 1930, referentes à negociação do cessar-fogo. Notável a trilha sonora com acordes altos, que gera um incômodo que lembra um filme de terror. O design de som também é fabuloso, seja no som das botas caminhando na lama ou a respiração de um soldado usando máscara de gás.
O ótimo protagonista Felix Kammerer passa por uma transformação que lembra a do jovem Flyora, de Vá e Veja (1985). Um brutal mergulho na guerra que vale cada minuto.
São Paulo Sociedade Anônima
4.2 172A década de 1960 foi a mais importante do cinema brasileiro, sem dúvida. Tivemos O Pagador de Promessas, Vidas Secas, Deus e o Diabo na Terra do Sol, A Hora e a Vez de Augusto Matraga, Terra em Transe, O Bandido da Luz Vermelha, Macunaíma entre tantos outros. É lastimável que são Paulo, Sociedade Anônima não seja tão lembrando quanto esses outros, já que oferece uma linguagem moderna e uma crítica a urbanização desumanizada e ao "sucesso a qualquer preço" que é bem atual.
Só faltou Carlos encontrar um Tyler Durden para fundar um Clube da Luta em São Paulo...