Acho que funciona tanto no seu conceito quanto na execução, o humor é colocado na medida certa e é o tipo de filme que quanto menos você souber sobre ele antes de assistir melhor a experiência se torna.
Apesar de repetir inúmeros clichês, Fresh consegue dar significado a eles de maneira inteligente, mesmo construindo uma narrativa que já estamos cansados de ver. As atuações também funcionam muito bem e também consegue de maneira bastante clara encontrar o balanço entre o humor e o suspense.
Matt Reeves entrega a adaptação de Batman que todo fã de HQ sempre quis ver nos cinemas. Finalmente temos um Batman detetive, em dúvidas com seu papel em meio a uma Gotham sombria e dominada pelo crime, sendo obrigado a confrontar seus fantasmas do passado em meio ao surgimento de um novo vilão.
Esse filme tem tudo que eu sempre quis ver em um filme do Batman, desde uma Gotham moderna e gótica até um foco investigativo muito maior. Acho que o único erro do filme é se estender demais em momentos que não deveria e acabar pecando um pouco na sua duração, talvez uma versão com 30 minutos a menos para o cinema e essa versão em exibição sendo lançada posteriormente para Blu-ray funcionaria de maneira muito melhor.
Ainda assim, tudo se encaixa perfeitamente, desde a atuação de Pattinson até a trilha sonora, tudo é entregue de maneira magistral sendo difícil decidir qual momento do filme é o melhor. A forma como a investigação é conduzida é bastante interessante também e as referências ao filme de investigação dos anos 90/00 são bastante claras e apenas somam para a estética do filme.
Desde que foi anunciado, The Batman foi um filme que eu nunca criei muita expectativa ao redor, mas depois de sair do cinema a única coisa que eu espero é poder ver mais do universo que Matt Reeves e a Warner estão reservando para o futuro de Batman.
Confesso que queria ter gostado um pouco mais desse filme. Apesar de ter um visual legal e algumas passagens interessantes, sinto falta de algo que de fato amarre a história de maneira mais concisa e que crie um conflito um pouco melhor a ser enfrentado, boa parte do filme parece uma amontoado de imagens que com a trilha sonora certa se tornaria o clipe perfeito de uma banda.
Acho que o destaque fica para relação de mãe e filha e também para o final, é um filme que poderia ser melhor mas também chega a ser interessante, me deixando ansioso para os próximos trabalhos futuros da dupla de diretoras.
Um coming of age bem sem sal, parabenizo o editor do trailer que conseguiu vender um filme que não existe. Kenneth Branagh mergulha em suas memórias de infância, mas não consegue convencer ninguém de que mesmo em meio a um conflito, existia um carinho por Belfest.
O filme tem uma fotografia legal, mas em vários pontos o preto e branco não se faz necessário, parece estar ali apenas para contrastar o cinema e teatro coloridos, mostrando que em meio a um conflito o cinema era um refugio (Fato extremamente mal explorado no filme também).
No geral, não desperta absolutamente nada, terminei o filme sem me importar com os personagens, com Belfast ou com o conflito entre católicos e protestantes. Talvez o filme converse muito melhor com aqueles que vivenciaram de maneira direta o conflito, mas perde a oportunidade de nos colocar lá e despertar sentimentos.
Se vendeu como uma espécie de Jojo Rabbit, mas acaba sendo qualquer coisa.
Tem pontos bons e pontos ruins, mas pelo menos pra mim, os ruins acabam falando mais alto. Sinto que falta química entre o casal, falta um roteiro que amarre as coisas de um jeito melhor e não apenas o feijão com arroz do original, onde Spielberg opta até por repetir o que não dá certo.
É bem feito, bem dirigido, tem uma direção de arte e figurinos impecáveis, mas no final, não me causou nada. Não consegui terminar o filme me importando com os personagens, e ainda os que pareciam ser interessantes, são muito pouco aproveitados para dar lugar a um romance de casal sem pé nem cabeça, com atitudes muito duvidosas de ambas as partes.
Um novelão dirigido por Almodóvar sobre a maternidade, conflitos políticos , a passagem dor através das gerações, do lugar de jovens dentro de um país marcado por conflitos e a importância de se reconhecer dentro de sua própria nação e de onde você vem.
Não tem nem muito o que se possa falar sobre , o filme fala por si.
Apesar de parecer um filme que a gente já viu milhares de vezes, CODA não tem vergonha de assumir seus clichês para contar a mesma história de maneira muito melhor que todos.
É um filme que acaba sendo divertido de assistir e sabe como emocionar, a inclusão é o ponto forte do filme e se faz necessária em diversos momentos da história, trazendo atuações incríveis de todos da família com um destaque enorme para Troy Kotsur.
Talvez em um ano diferente teria passado despercebido pelo Oscar, mas é um indicação justa e que vai acabar atraindo ainda mais pessoas para um filme extremamente divertido, emocionante e acima de tudo, necessário.
Em um mundo cheio de filmes que apelam pra uma nostalgia barata e apego emocional das pessoas pela suas memórias, PTA nos convida a passar 2 horas pela Los Angeles dos anos 70 e se encher de um sentimento real de nostalgia, mesmo que não tenhamos vivido nada daquilo.
É um filme que me lembra do porque eu comecei a gostar de cinema em primeiro lugar, ele não está preocupado em te entregar um pico de dopamina a cada 10 minutos, ou encher o enredo de grandes reviravoltas, mas sim em apenas contar uma história, com personagens humanos e que se pareçam com humanos reais, em suas falhas, defeitos e acertos.
Nem tudo precisa ser grandioso ou épico, mas é justamente na simplicidade que Licorice Pizza encontra sua grandeza, se tornando um respiro de um cinema que parece cada vez mais esquecido pelos grandes estúdios. É sem dúvida nenhuma um dos grandes lançamentos do cinema dessa década.
Apesar do desenvolvimento raso de história e de personagens, em um filme que poderia ser um pouco mais longo, é uma injustiça com esse filme chamá-lo de "um dos piores filmes de terror mainstream já feitos" como alguns sites tem chamado, ainda mais levando em consideração as incontáveis bobeiras que essa franquia lançou ao longo dos anos.
Acho que assim como o remake de 2003, ele não tenta superar o filme original ou nem mesmo se igualar a ele, ele apresenta um roteiro um tanto descartável apenas para para apresentar o que essa franquia sempre soube entregar em seus melhores momentos: Brutalidade.
Tudo aqui aqui é voltado para ser o mais gore e cru possível porque David Blue Garcia sabe que no fim do dia, é isso que o fã de O Massacre da Serra Elétrica espera de um slasher que envolva um assassino de 2 metros matando pessoas com uma motoserra.
Tudo é voltado pra esse lado mais sangrento do confronto, o plot central do filme é descartado em seus primeiros 10 minutos e depois mergulhamos de cabeça por 1 hora em sequências de Leatherface fazendo o que sabe fazer de melhor, e de verdade, se é pra entregar esse tipo de entretenimento, mas ficar recheando o filme de um plot que ninguém liga, como Halloween Kills fez, eu fico com O Massacre da Serra Elétrica.
Arriscaria dizer que a sequência do ônibus já se tornou uma das minhas favoritas da franquia, e a fotografia do filme é realmente muito bem colocada, sendo sem dúvidas um de seus pontos mais fortes.
No geral, acho que para um slasher que está mais interessado nas mortes do que qualquer outra coisa, funciona perfeitamente e também acho que a escolha de lança-lo direto no streaming também foi um pouco mais inteligente. E por mais que possa parecer loucura para muitos, eu realmente espero que esse filme ganha uma sequência.
O começo da década de 90 é um período bem complicado para o cinema de terror. Muitos clichês dos anos 80 estavam se tornando completamente desgastados e muitas franquias pareciam nem saber mais qual rumo tomar.
De certa maneira, Sleepwalkers parece trazer de volta essa sensação de um clássico da década, que sabe exatamente onde está pisando. Com um roteiro recheado dos elementos mais clássicos das história de King, que vão desde a cidade pequena até gatos, Sleepwalkers é um filme extremamente divertido e até bastante bizarro ou sangrento em seus momentos de maior horror.
A direção de Mick Garris é bastante concisa aqui e acho que talvez ele seja um dos diretores que melhor sabe adaptar o universo de King para o cinema, o filme consegue se levar a sério quando necessário e sabe divertir na medida certa.
E é claro, ver Mädchen Amick fugindo de demônios milenares sugadores de alma que tem medo de gatos é sempre um excelente jeito de se passar 90 minutos.
Sem dúvida o filme mais pé no chão do del Toro, todos os elementos de fantasia ou sobrenaturais que cercam o seu cinema são deixados de lado aqui para dar lugar a uma história muito mais humana e real, mas acho que esse está longe de ser o maior problema de Nightmare Alley.
O filme peca principalmente pelo seus excessos, é mais longo do que deveria ser, transformando a experiência em algo quase que tedioso na maioria das vezes justamente por não trazer em nenhum momento aquele fascínio que sempre foi característico das obras do del Toro. Mesmo em seus filmes com ritmo mais lento, como A Colina Escarlate por exemplo, existia uma interesse pelos momentos mais arrastados, porque eles pareciam ser parte essencial da trama, coisa que não acontece em Nightmare Alley.
A montagem e o ritmo do filme foram as duas coisas que mais me incomodaram, mesmo com 2h30 a sensação que fica é que esse era um filme muito maior, que simplesmente foi sendo cortado até chegar em um tamanho que fosse confortável para o cinema. São inúmeros buracos que parecem simplesmente terem sido deixados lá e muitos momentos da história não se justificam, o que deixa sempre uma sensação de estar faltando algo ali.
Mas é um filme bem dirigido, tem seus pontos fortes no elenco que entrega um trabalho excepcional e também na fotografia e na sua direção de arte, marcas que sempre tornaram o trabalho de del Toro fora da curva.
Infelizmente queria ter gostado um pouco mais de Nightmare Alley, entendo aqueles que gostarem do filme e acho que dizer que ele é um filme ruim seria uma injustiça com o próprio filme e com a trajetória do diretor, mas pra mim simplesmente não funciona. É sem dúvidas o filme do del Toro que eu vou menos me importar e provavelmente não vou ter vontade de rever.
Apesar de ser um pouco enrolado no seu enredo principal e parece durar mais tempo do que deveria, It's Alive sabe criar muito bem seus momentos de suspense e mesmo dentro de seus absurdos consegue funcionar. É divertido na medida certa e até consegue trazer uma discussão interessante sobre paternidade e maternidade, vale assistir.
O tipo de filme que apenas os anos 80 conseguem nos proporcionar. Consegue ir de uma ficção científica B, para um assassino com machado nos anos 50 e parar em zumbis no anos 80, fazendo uma homenagem merecida para diversos sub-gêneros.
Não é o melhor filme do mundo, mas cumpre muito bem seu papel de divertir e sempre vale pela viagem aos anos 80.
Acho que o primeiro curta consegue ser o mais interessante, tanto que me deixou com vontade de ver até onde aquela história poderia ir. No geral, é um filme incômodo e bastante interessante, que gera uma reflexão sobre os verdadeiros significados de um lar, a técnica de stop motion é fascinante e merece todo reconhecimento possível.
Aos poucos Joachim Trier vem se tornando um dos meus diretores preferidos, principalmente pela exploração extremamente humana de seus personagens, que sempre estão sujeitos a falhas, erros e acertos e por mais devastadores que certos momentos em seus filmes possam ser, sempre existe algo para ser tirado ali, o que torna a experiência ainda melhor.
Por mais que o filme se passe na Noruega, acho que ele conversa bastante com toda a cultura Ocidental, e aqui Trier explora temas bastante atuais, conseguindo tocar em pautas polêmicas através de uma personagem extremamente identificável, que coloca em jogo suas escolhas narcisistas de uma forma extremamente humana, o que faz com que o sentimento de que ela seja a pior pessoa do mundo não consiga se aplicar para o espectador que está observando a história com um todo, são decisões que fazem parte da nossa vida e dilemas necessários de serem enfrentados por grande parte das pessoas.
É mais uma excelente surpresa de 2021 e merece estar em todas as listas de melhores do ano, mal posso esperar pelo o que Joachim Trier vai fazer a seguir.
Pleasure é uma interessante viagem pela indústria pornográfica de Los Angeles de uma maneira que o cinema nunca tinha visto antes. Apesar de tocar apenas a ponta do iceberg em inúmeros tópicos que cercam a indústria, Pleasure consegue dar ao espectador pelo menos uma noção do que é essa indústria e tenta mostrar um olhar sincero sobre o que acontece por trás das câmeras, sem glamorizar e nem denegrir completamente a indústria.
É um filme sincero e incômodo em seus momentos mais explícitos, mas fora deles, o filme parece perder um pouco de alma. São poucos os grandes conflitos enfrentados por Bella e pouco sabemos da motivação das personagens também, talvez Ninja Thyberg quis mostrar com isso o quanto a indústria não se importa com o passado ou motivos pelos quais aquelas mulheres estão ali, mas acaba por perder uma oportunidade de mostrar o que motiva determinadas pessoas a essa escolha.
Mas no geral, não acho que nem a intenção do filme seja chocar, o fato do elenco todo ser realmente parte da indústria pornográfica faz tudo soar quase que como um documentário, mas que ao mesmo tempo tenta ser dramático por apresentar uma personagem (Que segura o filme com a incrível atuação de Sofia Kappel) e apenas escancara o que a indústria pornográfica de Los Angeles realmente é, mostrando seu lado mais baixo e também seu lado mais glamoroso.
O grande destaque do filme pra mim fica em seu final, onde Ninja Thyberg consegue deixar extremamente claro que independente do tipo de cena que está sendo gravada, tudo dentro da indústria gira apenas ao redor de dominação masculina (Mesmo quando esse masculino está sendo representado por uma mulher) e um dos processos de fazer parte da indústria é entender isso e se perguntar, o quão longe você está disposta a ir por isso?
O tipo de filme de natal que não fazem mais com tanta frequência, várias vezes me senti assistindo um filme que poderia muito bem estar passando na Sessão da Tarde no fim de ano. Não é grandioso, nem trás nada de novo, mas consegue divertir, entreter e sem dúvidas matar a saudade que muitos tem de produções divertidas como essa, ainda mais envolvendo anos 80 e Nintendo.
Apesar de ter uma revelação bastante óbvia para qualquer um que preste um pouco mais de atenção nos detalhes, Werewolves Within é uma divertida comédia de terror, que sabe muito bem se apoiar na construção de seus personagens para gerar situações cômicas e interessantes, mantendo o espectador preso na trama durante todo filme.
As atuações acabam por reforçar o bom roteiro por trás do filme, e se torna um daqueles filmes que é impossível de se perceber o tempo passar, é divertido de um jeito que não soa exagerado e não precisa ser levado tão a sério assim. Consegue cumprir muito bem sua proposta desde o início.
A única maneira de descrever o novo Pânico é que ele é um presente de fãs para os fãs, é uma viagem nostalgia a Woodsboro e tudo que tornou o primeiro filme clássico, mas de maneira autoconsciente o suficiente para fugir de clichês que cercam praticamente todo revival de franquia atualmente.
É um filme extremamente bem dirigido, com atuações e mortes que conseguem realmente honrar a palavra slasher, mas ainda assim, acho que o 4 consegue fazer de maneira melhor o que esse filme propôs desde seu início, trazendo uma história um pouco mais original e não apenas abusando da metalinguagem como uma muleta para um roteiro que no final só quer entregar o que o fã quer.
Dentro da franquia, funciona perfeitamente, para aqueles que querem apenas se divertir com um filme slasher também funciona muito bem, mas é bastante claro que Williamson faz falta no roteiro e suas jogadas sobre o gênero acabam fazendo falta em determinados momentos e deixam a sensação que algo poderia ter sido diferente ali, pelo menos para os fãs do quarto filme da franquia.
Mas voltar para Woodsboro é sempre divertido, rever antigos personagens, reviver e abusar dos clichês da minha franquia favorita do terror e ver mortes extremamente brutais no cinema é o que torna a experiência de Pânico divertida e serve como um presente para todos os fãs da obra de Wes Craven.
E por falar em Wes Craven, Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett honram o seu legado na direção de maneira bastante consistente e onde quer que ele esteja, deve estar orgulhoso.
Sem dúvidas um dos melhores lançamentos de 2021, The Medium consegue funcionar como uma mistura de The Wailing e Noroi e mesmo assim soar original, apresentando um mockumentary digno das produções japonesas do começo dos anos 2000.
Apesar de levantar diversas questões nos primeiros atos, e deixá-las de lado no restante do filme, o último ato do longa consegue ser um dos mais intensos dos últimos anos, trazendo tudo aquilo que os fãs desse tipo de filme podem esperar.
The Medium tem uma boa construção de trama e bons momentos de horror, talvez com uma duração um pouco menor e um foco maior em momentos como os do final, conseguisse ser um filme mais redondo.
Sean Baker continua a nos entregar retratos de um Estados Unidos não tão glamourizado assim, mas sim seu retrato cru e real, de um país onde sobreviver muitas vezes é um ato para poucos. Red Rocket dessa vez nos apresenta paisagens incríveis do Texas, e apesar de ter um humor ácido e mais leve em alguns momentos do que Project Florida, Red Rocket consegue tocar em temas muito mais polêmicos e levantar questões sobre a indústria pornográfica que até hoje são deixados de lado em sua maioria.
Bem dirigido, com atuações incríveis e um roteiro ainda melhor, Red Rocket é mais um convite a olhar para lugares que um país que tenta vender seu estilo de vida para o mundo inteiro insiste em esconder, é cru e real do jeito que a vida é e do jeito que as coisas devem ser.
Antlers é um filme extremamente bem conduzido e com uma atmosfera bastante interessante, a trilha sonora casada com a atmosfera da cidade deixa tudo com um ar de Twin Peaks que colabora bastante para o filme.
O primeiro ato do filme usa todos esses elementos para apresentar uma narrativa que mistura traumas, relação com abuso e um monstro que mais serve como um metáfora bem colocada do que como um criatura em si (E mesmo assim o filme não deixa a desejar com cenas de gore e da criatura).
Infelizmente o filme perde um pouco de seu ritmo na segunda parte, sendo que não explora tanto assim os traumas levantados no primeiro ato e parece correr demais para uma solução que poderia ter sido um pouco mais trabalhada, mas mesmo assim, Antlers não deixa a desejar e é sem dúvida um dos grandes filmes de terror de 2021.
Apesar de algumas cenas se estenderem mais do que deveriam, é um típico filme do DeCoteau dos anos 80. Tudo parece ser tão autoconsciente que chega a se tornar caricato de propósito e é exatamente isso que torna a experiência de assistir o filme divertida.
O filme falha em diversos aspectos, seja no péssimo uso de trilha sonora ou da falta de profundidade dentro da história. É bastante claro que o grande objetivo do filme era ser um fan film, direcionado para aqueles que jogaram e conhecem os primeiros jogos da franquia.
Em determinados momentos, a produção e até mesmo a direção de arte acertam, criando ambientes bastante fiéis ao jogo, mas nada disso é o suficiente para sustentar um filme de quase 2 horas que poderia ter sido melhor executado em diversos aspectos.
Mesmo assim, tem momentos divertidos e até um pouco trash, que pode divertir alguns fãs do jogo ou até mesmo aqueles que tem um amor um pouco maior pelo cinema de podreira. Mas falha em ser um ponte de partida digno de uma franquia como Resident Evil.
Fresh
3.5 525Acho que funciona tanto no seu conceito quanto na execução, o humor é colocado na medida certa e é o tipo de filme que quanto menos você souber sobre ele antes de assistir melhor a experiência se torna.
Apesar de repetir inúmeros clichês, Fresh consegue dar significado a eles de maneira inteligente, mesmo construindo uma narrativa que já estamos cansados de ver. As atuações também funcionam muito bem e também consegue de maneira bastante clara encontrar o balanço entre o humor e o suspense.
Batman
4.0 1,9KMatt Reeves entrega a adaptação de Batman que todo fã de HQ sempre quis ver nos cinemas. Finalmente temos um Batman detetive, em dúvidas com seu papel em meio a uma Gotham sombria e dominada pelo crime, sendo obrigado a confrontar seus fantasmas do passado em meio ao surgimento de um novo vilão.
Esse filme tem tudo que eu sempre quis ver em um filme do Batman, desde uma Gotham moderna e gótica até um foco investigativo muito maior. Acho que o único erro do filme é se estender demais em momentos que não deveria e acabar pecando um pouco na sua duração, talvez uma versão com 30 minutos a menos para o cinema e essa versão em exibição sendo lançada posteriormente para Blu-ray funcionaria de maneira muito melhor.
Ainda assim, tudo se encaixa perfeitamente, desde a atuação de Pattinson até a trilha sonora, tudo é entregue de maneira magistral sendo difícil decidir qual momento do filme é o melhor. A forma como a investigação é conduzida é bastante interessante também e as referências ao filme de investigação dos anos 90/00 são bastante claras e apenas somam para a estética do filme.
Desde que foi anunciado, The Batman foi um filme que eu nunca criei muita expectativa ao redor, mas depois de sair do cinema a única coisa que eu espero é poder ver mais do universo que Matt Reeves e a Warner estão reservando para o futuro de Batman.
Hellbender
2.6 48Confesso que queria ter gostado um pouco mais desse filme. Apesar de ter um visual legal e algumas passagens interessantes, sinto falta de algo que de fato amarre a história de maneira mais concisa e que crie um conflito um pouco melhor a ser enfrentado, boa parte do filme parece uma amontoado de imagens que com a trilha sonora certa se tornaria o clipe perfeito de uma banda.
Acho que o destaque fica para relação de mãe e filha e também para o final, é um filme que poderia ser melhor mas também chega a ser interessante, me deixando ansioso para os próximos trabalhos futuros da dupla de diretoras.
Belfast
3.5 291Um coming of age bem sem sal, parabenizo o editor do trailer que conseguiu vender um filme que não existe. Kenneth Branagh mergulha em suas memórias de infância, mas não consegue convencer ninguém de que mesmo em meio a um conflito, existia um carinho por Belfest.
O filme tem uma fotografia legal, mas em vários pontos o preto e branco não se faz necessário, parece estar ali apenas para contrastar o cinema e teatro coloridos, mostrando que em meio a um conflito o cinema era um refugio (Fato extremamente mal explorado no filme também).
No geral, não desperta absolutamente nada, terminei o filme sem me importar com os personagens, com Belfast ou com o conflito entre católicos e protestantes. Talvez o filme converse muito melhor com aqueles que vivenciaram de maneira direta o conflito, mas perde a oportunidade de nos colocar lá e despertar sentimentos.
Se vendeu como uma espécie de Jojo Rabbit, mas acaba sendo qualquer coisa.
Amor, Sublime Amor
3.4 355Tem pontos bons e pontos ruins, mas pelo menos pra mim, os ruins acabam falando mais alto. Sinto que falta química entre o casal, falta um roteiro que amarre as coisas de um jeito melhor e não apenas o feijão com arroz do original, onde Spielberg opta até por repetir o que não dá certo.
É bem feito, bem dirigido, tem uma direção de arte e figurinos impecáveis, mas no final, não me causou nada. Não consegui terminar o filme me importando com os personagens, e ainda os que pareciam ser interessantes, são muito pouco aproveitados para dar lugar a um romance de casal sem pé nem cabeça, com atitudes muito duvidosas de ambas as partes.
Mães Paralelas
3.7 411Um novelão dirigido por Almodóvar sobre a maternidade, conflitos políticos , a passagem dor através das gerações, do lugar de jovens dentro de um país marcado por conflitos e a importância de se reconhecer dentro de sua própria nação e de onde você vem.
Não tem nem muito o que se possa falar sobre , o filme fala por si.
No Ritmo do Coração
4.1 754Apesar de parecer um filme que a gente já viu milhares de vezes, CODA não tem vergonha de assumir seus clichês para contar a mesma história de maneira muito melhor que todos.
É um filme que acaba sendo divertido de assistir e sabe como emocionar, a inclusão é o ponto forte do filme e se faz necessária em diversos momentos da história, trazendo atuações incríveis de todos da família com um destaque enorme para Troy Kotsur.
Talvez em um ano diferente teria passado despercebido pelo Oscar, mas é um indicação justa e que vai acabar atraindo ainda mais pessoas para um filme extremamente divertido, emocionante e acima de tudo, necessário.
Licorice Pizza
3.5 598Em um mundo cheio de filmes que apelam pra uma nostalgia barata e apego emocional das pessoas pela suas memórias, PTA nos convida a passar 2 horas pela Los Angeles dos anos 70 e se encher de um sentimento real de nostalgia, mesmo que não tenhamos vivido nada daquilo.
É um filme que me lembra do porque eu comecei a gostar de cinema em primeiro lugar, ele não está preocupado em te entregar um pico de dopamina a cada 10 minutos, ou encher o enredo de grandes reviravoltas, mas sim em apenas contar uma história, com personagens humanos e que se pareçam com humanos reais, em suas falhas, defeitos e acertos.
Nem tudo precisa ser grandioso ou épico, mas é justamente na simplicidade que Licorice Pizza encontra sua grandeza, se tornando um respiro de um cinema que parece cada vez mais esquecido pelos grandes estúdios. É sem dúvida nenhuma um dos grandes lançamentos do cinema dessa década.
O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface
2.2 697Apesar do desenvolvimento raso de história e de personagens, em um filme que poderia ser um pouco mais longo, é uma injustiça com esse filme chamá-lo de "um dos piores filmes de terror mainstream já feitos" como alguns sites tem chamado, ainda mais levando em consideração as incontáveis bobeiras que essa franquia lançou ao longo dos anos.
Acho que assim como o remake de 2003, ele não tenta superar o filme original ou nem mesmo se igualar a ele, ele apresenta um roteiro um tanto descartável apenas para para apresentar o que essa franquia sempre soube entregar em seus melhores momentos: Brutalidade.
Tudo aqui aqui é voltado para ser o mais gore e cru possível porque David Blue Garcia sabe que no fim do dia, é isso que o fã de O Massacre da Serra Elétrica espera de um slasher que envolva um assassino de 2 metros matando pessoas com uma motoserra.
Tudo é voltado pra esse lado mais sangrento do confronto, o plot central do filme é descartado em seus primeiros 10 minutos e depois mergulhamos de cabeça por 1 hora em sequências de Leatherface fazendo o que sabe fazer de melhor, e de verdade, se é pra entregar esse tipo de entretenimento, mas ficar recheando o filme de um plot que ninguém liga, como Halloween Kills fez, eu fico com O Massacre da Serra Elétrica.
Arriscaria dizer que a sequência do ônibus já se tornou uma das minhas favoritas da franquia, e a fotografia do filme é realmente muito bem colocada, sendo sem dúvidas um de seus pontos mais fortes.
No geral, acho que para um slasher que está mais interessado nas mortes do que qualquer outra coisa, funciona perfeitamente e também acho que a escolha de lança-lo direto no streaming também foi um pouco mais inteligente. E por mais que possa parecer loucura para muitos, eu realmente espero que esse filme ganha uma sequência.
Sonâmbulos
3.1 244O começo da década de 90 é um período bem complicado para o cinema de terror. Muitos clichês dos anos 80 estavam se tornando completamente desgastados e muitas franquias pareciam nem saber mais qual rumo tomar.
De certa maneira, Sleepwalkers parece trazer de volta essa sensação de um clássico da década, que sabe exatamente onde está pisando. Com um roteiro recheado dos elementos mais clássicos das história de King, que vão desde a cidade pequena até gatos, Sleepwalkers é um filme extremamente divertido e até bastante bizarro ou sangrento em seus momentos de maior horror.
A direção de Mick Garris é bastante concisa aqui e acho que talvez ele seja um dos diretores que melhor sabe adaptar o universo de King para o cinema, o filme consegue se levar a sério quando necessário e sabe divertir na medida certa.
E é claro, ver Mädchen Amick fugindo de demônios milenares sugadores de alma que tem medo de gatos é sempre um excelente jeito de se passar 90 minutos.
O Beco do Pesadelo
3.5 496Sem dúvida o filme mais pé no chão do del Toro, todos os elementos de fantasia ou sobrenaturais que cercam o seu cinema são deixados de lado aqui para dar lugar a uma história muito mais humana e real, mas acho que esse está longe de ser o maior problema de Nightmare Alley.
O filme peca principalmente pelo seus excessos, é mais longo do que deveria ser, transformando a experiência em algo quase que tedioso na maioria das vezes justamente por não trazer em nenhum momento aquele fascínio que sempre foi característico das obras do del Toro. Mesmo em seus filmes com ritmo mais lento, como A Colina Escarlate por exemplo, existia uma interesse pelos momentos mais arrastados, porque eles pareciam ser parte essencial da trama, coisa que não acontece em Nightmare Alley.
A montagem e o ritmo do filme foram as duas coisas que mais me incomodaram, mesmo com 2h30 a sensação que fica é que esse era um filme muito maior, que simplesmente foi sendo cortado até chegar em um tamanho que fosse confortável para o cinema. São inúmeros buracos que parecem simplesmente terem sido deixados lá e muitos momentos da história não se justificam, o que deixa sempre uma sensação de estar faltando algo ali.
Mas é um filme bem dirigido, tem seus pontos fortes no elenco que entrega um trabalho excepcional e também na fotografia e na sua direção de arte, marcas que sempre tornaram o trabalho de del Toro fora da curva.
Infelizmente queria ter gostado um pouco mais de Nightmare Alley, entendo aqueles que gostarem do filme e acho que dizer que ele é um filme ruim seria uma injustiça com o próprio filme e com a trajetória do diretor, mas pra mim simplesmente não funciona. É sem dúvidas o filme do del Toro que eu vou menos me importar e provavelmente não vou ter vontade de rever.
Nasce um Monstro
3.2 95Apesar de ser um pouco enrolado no seu enredo principal e parece durar mais tempo do que deveria, It's Alive sabe criar muito bem seus momentos de suspense e mesmo dentro de seus absurdos consegue funcionar. É divertido na medida certa e até consegue trazer uma discussão interessante sobre paternidade e maternidade, vale assistir.
Noite dos Arrepios
3.5 198O tipo de filme que apenas os anos 80 conseguem nos proporcionar. Consegue ir de uma ficção científica B, para um assassino com machado nos anos 50 e parar em zumbis no anos 80, fazendo uma homenagem merecida para diversos sub-gêneros.
Não é o melhor filme do mundo, mas cumpre muito bem seu papel de divertir e sempre vale pela viagem aos anos 80.
The House
3.6 151Acho que o primeiro curta consegue ser o mais interessante, tanto que me deixou com vontade de ver até onde aquela história poderia ir. No geral, é um filme incômodo e bastante interessante, que gera uma reflexão sobre os verdadeiros significados de um lar, a técnica de stop motion é fascinante e merece todo reconhecimento possível.
A Pior Pessoa do Mundo
4.0 607Aos poucos Joachim Trier vem se tornando um dos meus diretores preferidos, principalmente pela exploração extremamente humana de seus personagens, que sempre estão sujeitos a falhas, erros e acertos e por mais devastadores que certos momentos em seus filmes possam ser, sempre existe algo para ser tirado ali, o que torna a experiência ainda melhor.
Por mais que o filme se passe na Noruega, acho que ele conversa bastante com toda a cultura Ocidental, e aqui Trier explora temas bastante atuais, conseguindo tocar em pautas polêmicas através de uma personagem extremamente identificável, que coloca em jogo suas escolhas narcisistas de uma forma extremamente humana, o que faz com que o sentimento de que ela seja a pior pessoa do mundo não consiga se aplicar para o espectador que está observando a história com um todo, são decisões que fazem parte da nossa vida e dilemas necessários de serem enfrentados por grande parte das pessoas.
É mais uma excelente surpresa de 2021 e merece estar em todas as listas de melhores do ano, mal posso esperar pelo o que Joachim Trier vai fazer a seguir.
Pleasure
3.4 113Pleasure é uma interessante viagem pela indústria pornográfica de Los Angeles de uma maneira que o cinema nunca tinha visto antes. Apesar de tocar apenas a ponta do iceberg em inúmeros tópicos que cercam a indústria, Pleasure consegue dar ao espectador pelo menos uma noção do que é essa indústria e tenta mostrar um olhar sincero sobre o que acontece por trás das câmeras, sem glamorizar e nem denegrir completamente a indústria.
É um filme sincero e incômodo em seus momentos mais explícitos, mas fora deles, o filme parece perder um pouco de alma. São poucos os grandes conflitos enfrentados por Bella e pouco sabemos da motivação das personagens também, talvez Ninja Thyberg quis mostrar com isso o quanto a indústria não se importa com o passado ou motivos pelos quais aquelas mulheres estão ali, mas acaba por perder uma oportunidade de mostrar o que motiva determinadas pessoas a essa escolha.
Mas no geral, não acho que nem a intenção do filme seja chocar, o fato do elenco todo ser realmente parte da indústria pornográfica faz tudo soar quase que como um documentário, mas que ao mesmo tempo tenta ser dramático por apresentar uma personagem (Que segura o filme com a incrível atuação de Sofia Kappel) e apenas escancara o que a indústria pornográfica de Los Angeles realmente é, mostrando seu lado mais baixo e também seu lado mais glamoroso.
O grande destaque do filme pra mim fica em seu final, onde Ninja Thyberg consegue deixar extremamente claro que independente do tipo de cena que está sendo gravada, tudo dentro da indústria gira apenas ao redor de dominação masculina (Mesmo quando esse masculino está sendo representado por uma mulher) e um dos processos de fazer parte da indústria é entender isso e se perguntar, o quão longe você está disposta a ir por isso?
Natal em 8 Bits
3.3 45O tipo de filme de natal que não fazem mais com tanta frequência, várias vezes me senti assistindo um filme que poderia muito bem estar passando na Sessão da Tarde no fim de ano. Não é grandioso, nem trás nada de novo, mas consegue divertir, entreter e sem dúvidas matar a saudade que muitos tem de produções divertidas como essa, ainda mais envolvendo anos 80 e Nintendo.
Um Lobo entre Nós
2.7 79Apesar de ter uma revelação bastante óbvia para qualquer um que preste um pouco mais de atenção nos detalhes, Werewolves Within é uma divertida comédia de terror, que sabe muito bem se apoiar na construção de seus personagens para gerar situações cômicas e interessantes, mantendo o espectador preso na trama durante todo filme.
As atuações acabam por reforçar o bom roteiro por trás do filme, e se torna um daqueles filmes que é impossível de se perceber o tempo passar, é divertido de um jeito que não soa exagerado e não precisa ser levado tão a sério assim. Consegue cumprir muito bem sua proposta desde o início.
Pânico
3.4 1,1KA única maneira de descrever o novo Pânico é que ele é um presente de fãs para os fãs, é uma viagem nostalgia a Woodsboro e tudo que tornou o primeiro filme clássico, mas de maneira autoconsciente o suficiente para fugir de clichês que cercam praticamente todo revival de franquia atualmente.
É um filme extremamente bem dirigido, com atuações e mortes que conseguem realmente honrar a palavra slasher, mas ainda assim, acho que o 4 consegue fazer de maneira melhor o que esse filme propôs desde seu início, trazendo uma história um pouco mais original e não apenas abusando da metalinguagem como uma muleta para um roteiro que no final só quer entregar o que o fã quer.
Dentro da franquia, funciona perfeitamente, para aqueles que querem apenas se divertir com um filme slasher também funciona muito bem, mas é bastante claro que Williamson faz falta no roteiro e suas jogadas sobre o gênero acabam fazendo falta em determinados momentos e deixam a sensação que algo poderia ter sido diferente ali, pelo menos para os fãs do quarto filme da franquia.
Mas voltar para Woodsboro é sempre divertido, rever antigos personagens, reviver e abusar dos clichês da minha franquia favorita do terror e ver mortes extremamente brutais no cinema é o que torna a experiência de Pânico divertida e serve como um presente para todos os fãs da obra de Wes Craven.
E por falar em Wes Craven, Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett honram o seu legado na direção de maneira bastante consistente e onde quer que ele esteja, deve estar orgulhoso.
For Wes.
A Médium
3.4 344Sem dúvidas um dos melhores lançamentos de 2021, The Medium consegue funcionar como uma mistura de The Wailing e Noroi e mesmo assim soar original, apresentando um mockumentary digno das produções japonesas do começo dos anos 2000.
Apesar de levantar diversas questões nos primeiros atos, e deixá-las de lado no restante do filme, o último ato do longa consegue ser um dos mais intensos dos últimos anos, trazendo tudo aquilo que os fãs desse tipo de filme podem esperar.
The Medium tem uma boa construção de trama e bons momentos de horror, talvez com uma duração um pouco menor e um foco maior em momentos como os do final, conseguisse ser um filme mais redondo.
Red Rocket
3.6 60Sean Baker continua a nos entregar retratos de um Estados Unidos não tão glamourizado assim, mas sim seu retrato cru e real, de um país onde sobreviver muitas vezes é um ato para poucos. Red Rocket dessa vez nos apresenta paisagens incríveis do Texas, e apesar de ter um humor ácido e mais leve em alguns momentos do que Project Florida, Red Rocket consegue tocar em temas muito mais polêmicos e levantar questões sobre a indústria pornográfica que até hoje são deixados de lado em sua maioria.
Bem dirigido, com atuações incríveis e um roteiro ainda melhor, Red Rocket é mais um convite a olhar para lugares que um país que tenta vender seu estilo de vida para o mundo inteiro insiste em esconder, é cru e real do jeito que a vida é e do jeito que as coisas devem ser.
Espíritos Obscuros
2.7 185Antlers é um filme extremamente bem conduzido e com uma atmosfera bastante interessante, a trilha sonora casada com a atmosfera da cidade deixa tudo com um ar de Twin Peaks que colabora bastante para o filme.
O primeiro ato do filme usa todos esses elementos para apresentar uma narrativa que mistura traumas, relação com abuso e um monstro que mais serve como um metáfora bem colocada do que como um criatura em si (E mesmo assim o filme não deixa a desejar com cenas de gore e da criatura).
Infelizmente o filme perde um pouco de seu ritmo na segunda parte, sendo que não explora tanto assim os traumas levantados no primeiro ato e parece correr demais para uma solução que poderia ter sido um pouco mais trabalhada, mas mesmo assim, Antlers não deixa a desejar e é sem dúvida um dos grandes filmes de terror de 2021.
Nightmare Sisters
2.8 9Apesar de algumas cenas se estenderem mais do que deveriam, é um típico filme do DeCoteau dos anos 80. Tudo parece ser tão autoconsciente que chega a se tornar caricato de propósito e é exatamente isso que torna a experiência de assistir o filme divertida.
Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City
2.2 582O filme falha em diversos aspectos, seja no péssimo uso de trilha sonora ou da falta de profundidade dentro da história. É bastante claro que o grande objetivo do filme era ser um fan film, direcionado para aqueles que jogaram e conhecem os primeiros jogos da franquia.
Em determinados momentos, a produção e até mesmo a direção de arte acertam, criando ambientes bastante fiéis ao jogo, mas nada disso é o suficiente para sustentar um filme de quase 2 horas que poderia ter sido melhor executado em diversos aspectos.
Mesmo assim, tem momentos divertidos e até um pouco trash, que pode divertir alguns fãs do jogo ou até mesmo aqueles que tem um amor um pouco maior pelo cinema de podreira. Mas falha em ser um ponte de partida digno de uma franquia como Resident Evil.