Apesar de não ter uma premissa tão inovadora assim, P2 sabe como criar suas tensões e se apoia em excelentes atuações por parte de seus protagonistas para criar seu clima de suspense e servir como um excelente filme de terror natalino.
Eu acho que o terror de Natal funciona melhor quando explora a solidão provocado por essa época do ano e como um assassino acaba por usar isso como um pretexto para caçar novas vítimas, nesse ponto P2 sabe construir bem seu roteiro.
Tem alguns momentos com bastante gore e bem surpreendentes, outros acabam por se estender mais do que deveriam. No geral, é um bom filme para passar o tempo.
Em um mundo cheio de reboots caça-níquel, eu realmente achei que Lana Wachowski teria algo a dizer com Matrix Resurrections, mas eu não poderia estar mais errado. Em determinado momento do filme, parece claro que essa sequência existe porque a Warner faria ela com o sem suas criadoras originais.
O filme peca em sua maior parte por seus excessos, existe um excesso de nostalgia, de metalinguagem, de explicações e justificativas e falta o principal: Uma boa história que se sustente sozinha e não precise de mil muletas para fazer o público comprá-la. Existem bons momentos dentro do filme, mas existe uma falta de unidade que torne esse filme parte de uma franquia maior, unidade que estava presente até mesmo nos criticados Reloaded e Revolutions.
Infelizmente The Matrix Resurrections entra para o cinema como uma sequência esquecível, uma tentativa de acordar uma franquia que jamais pediu pra ser acordada e sem dúvidas trás a conclusão que algumas vezes, o melhor a se fazer é escolher a pílula azul.
Kevin Feige mais uma vez mostra que o MCU funciona melhor quando toca no emocional de seus fãs e nenhum filme conseguiu fazer isso tão bem quanto Homem-Aranha: Sem volta para casa (Nem mesmo Vingadores).
Desde que a Disney começou a comprar direitos sobre seu heróis de outros estúdios, a conversa sobre aparições de heróis nos filmes da Marvel surgiram, e nenhuma delas era tão forte quanto de Homem-Aranha. Dentro dos anos 2000, acho que nenhum herói conseguiu ser tão icônico quanto o cabeça de teia dentro do cinemas e Feige sempre teve plena consciência do poder que a Sony tinha em mãos ao ter os direitos sobre o herói mais popular do universo Marvel.
Com tudo isso, o filme funciona melhor para aqueles que carregam uma boa dose de nostalgia pelos filmes antigos e apresenta de maneira bastante divertida a história de origem definitiva do Homem-Aranha de Tom Holland, servindo muito bem como fechamento de arco de uma trilogia divertida mas não tão interessante assim e abrindo caminhos para que o verdadeiro Peter Parker e Homem-Aranha de Tom Holland possam florescer (Tudo isso com a benção de seus antecessores)
É como assistir um especial do desenho do Homem-Aranha, tem buracos no roteiro, não tem uma história tão profunda assim, mas é extremamente divertido e vai pegar completamente no seu emocional, te convidando a mergulhar de cabeça em um experiência baseada no apego que você tem pelos personagens na tela.
É talvez o filme mais ambicioso da Marvel e mostra a força que as redes sociais podem ter em torno da construção de uma expectativa, é muito mais um evento cinematográfico do que um filme em si, mas eu diria que no estado que o mundo se encontra hoje, um pouco de diversão não faz mal para ninguém.
Em termos visuais e de direção, como sempre é completamente impecável, poucos diretores conseguem manter tão bem seu estilo ao decorrer de tantos anos e manter um coesão estética em quase todas as suas obras. O problema mesmo fica nas mãos do roteiro.
Pra mim todo filme do Wes Anderson sempre soou como aquele livro infanto-juvenil que você leu em algum momento da infância e te acompanhou a vida toda, te prende do começo ao fim e te deixa pensando na história por dias depois, o que infelizmente não acontece em The French Dispatch.
Não existe muito um fio condutor na história, ao optar por contar história separadas, Anderson escolhe não prender tanto a atenção de seu espectador em nome de ter uma liberdade maior dentro de seu roteiro (Que se propõe a soar como uma revista), mas não consegue ter consistência e acaba por se perder no meio do caminho.
The French Dispatch talvez seja pra mim um filme fraco de Anderson, mas ainda assim, é extremamente bem dirigido por alguém que sempre tem plena consciência do que está tentando fazer.
É difícil pensar que o filme que antecede Last Night in Soho na filmografia de Edgar Wright é Baby Driver, mais difícil ainda é imaginar a supresa de alguém que esperava algo na mesma linha desse filme. Last Night in Soho é um filme de horror, em todos os sentidos da palavra, desde sua concepção até a sua conclusão o filme passa pelas mais diversas formas do terror psicológico sem soar clichê demais, e apesar de carregar um plot twist um tanto quanto previsível, consegue impressionar por uma direção incrível que sabe exatamente o que quer e principalmente por atuações que se superam a cada momento.
Eu acho que tudo funciona extremamente bem dentro da proposta de Wright, que parece saber onde quer chegar desde o começo. É difícil não se entregar pela atmosfera criada ao longo do filme e a fotografia consegue deixar tudo isso ainda melhor, navegando entro uma Soho atual e uma Soho do passado. As cenas de suspense/terror mais explicitas são muito bem colocadas também e sem dúvidas são dignas de grandes nomes do gênero.
Edgar Wright segue surpreendendo em cada filme lançado e Last Night in Soho pode tranquilamente estar nas listas de melhores filmes do ano, chutaria até que pode ser considerado o melhor terror do ano.
Acho que poucas pessoas conseguem criar um mundo de fantasia tão incrível quanto Jim Henson, mesmo que a premissa de Labirinto não seja nada extremamente inovadora, é dentro do universo proposto por Henson que a mágica realmente acontece, transformando Labirinto em uma viagem inesquecível.
Apesar de gostar um pouco mais de Cristal Encantando, Labirinto ainda merece bastante destaque, principalmente dentro dos filmes de fantasia dos anos 80. As atuações de Bowie e de Jennifer Connelly funcionam muito bem, mesmo achando que os atos musicais só estejam ali pela presença de Bowie.
No final do dia, Labirinto é um filme extremamente divertido, eternizou Bowie nos cinemas e consegue surpreender até hoje
The Dream Master é um filme um tanto quanto difícil de terminar sem se sentir entediado, por mais que esse seja o filme que mais apela para o humor (Especialmente por parte de Krueger) mas não consegue fazer isso de maneira que pareça natural e tudo acaba soando forçado demais.
A tentativa de dar continuidade para os personagens de Dream Warriors é até boa, mas é desperdiçada em mortes e falta de um roteiro que realmente faça você se importar novamente com aqueles personagens, sem dizer que todos os personagens novos apresentados nesse filme não tem carisma alguma e você não consegue nem se quer torcer por eles.
Apesar disso, tem sequências de pesadelos com efeitos práticos ótimos, talvez a minha morte favorita de toda a franquia seja a do supino. No geral, The Dream Master é o início da falta de ideias novas para a franquia, mas vale hoje em dia pela nostalgia de toda cafonice dos anos 80.
É uma sequência que se leva muito menos a sério do que a parte 2 e tenta ( e consegue) brincar com diversos elementos dos anos 80 para claramente ir além do filme, trazendo para a atmosfera da franquia camisetas, pôsteres, músicas temas e cravar de vez Freddy Krueger como parte da cultura Norte-americana dos anos 80.
É um filme bem executado, tem alguns dos melhores efeitos práticos da franquia e começa a explorar ainda mais a criatividade por trás das mortes de Freddy, transformando o cruel vilão em um assassino com um senso de humor um tanto quanto duvidoso. O filme pega o espírito das melhores aventuras dos anos 80 e transporta isso para o universo imaginado por Craven, criando uma aventura dos anos 80 para adolescentes, com direito a Dokken na trilha sonora e um dos confrontos finais mais divertidos da franquia.
Apesar de se levar menos a sério, o filme tem excelentes momentos e algumas das mortes mais icônicas de toda a série, o retorno de Nancy é divertido mas um tanto quanto mal aproveitado, trazendo uma personagem de volta mais para chamar público do que para adicionar algo realmente relevante para a história.
Dream Warriors é quase uma aula sobre tudo que os Estados Unidos exportaram nos anos 80 em termos de cultura pop, consegue conversar com uma geração e faz parte até hoje de um imaginário popular que muitas vezes é até mesmo maior do que o próprio filme.
Diferente de todos os outros filmes da franquia, A Vingança de Freddy trás um assassino muito mais cruel e frio, e um subtexto que apenas ganhou forças com os anos e fez com que o filme ganhasse uma força ainda maior na franquia.
A temática LGBT e a construção do personagem de Jesse são os pontos altos do filme, a ideia de Freddy possuir alguém pode fugir um pouco da concepção original do vilão, mas dentro do contexto desse filme funciona absurdamente bem, melhor ainda quando levamos em consideração o quanto esse filme conversava com a juventude da época e o quanto ele estava afrente do seu tempo por colocar essa temática dentro da história (mesmo que nas entrelinhas).
Mas acho que o segundo filme da franquia acaba por ter mais força em sua concepção do que em sua execução, o filme acaba por se tornar arrastado demais em alguns momentos e falta um pouco da tensão e atmosfera presentes no primeiro, a sequência da festa é bem dirigida e tem bons momentos de Freddy. Gosto como a casa de Elm Street ganha uma importância ainda maior e pequenos detalhes da mitologia da franquia começam a ser introduzidos aos poucos.
Apesar de não ser tão bom quanto seu antecessor, A Hora do Pesadelo 2 é um dos grandes destaques da franquia e merece seu lugar como um dos favoritos dos fãs.
É difícil pensar em A Hora do Pesadelo sem imaginar Freddy Krueger como o ícone da cultura pop que ele é hoje, acho que existe até mesmo no imaginário popular que o assassino sempre foi um tanto quanto brincalhão e possuía um senso de humor duvidoso. Mas é ao re-assistir A Hora do Pesadelo que nos lembramos como Wes Craven criou um filme extremamente assustador e mesmo quebrando uma regra quase imutável dos slashers (o silêncio dos assassinos) Craven criou um dos assassinos mais cruéis e assustadores do cinema, que manteve adolescentes acordados por anos.
Acho que todos os elementos do filme funcionam extremamente bem, ele não demora muito para se mostrar ao que realmente veio e está muito mais preocupado em criar a atmosfera de loucura que alimenta o poder de Freddy do que de necessariamente mostrar o assassino matando pessoas.
Do pesadelo no corredor, passando pela sequência na banheira até o confronto final é difícil encontrar sequências no filme que não tenham se tornado clássicos instantâneos, Craven entrega aqui uma das melhores direções da sua carreira, sabendo exatamente como conquistar e assustar seu público.
A construção de personagens funciona, é muito difícil não se importar com os personagens apresentados no filme e o filme todo tem um arco extremamente fechado, concluindo bem e apresentando ao público um assassino slasher que iria se imortalizar na cultura popular e também nos sonhos de inúmeras pessoas.
Acho que não fica mais anos 80 do que isso, desde a atmosfera de uma Los Angeles pós-apocalíptica até a trilha sonora recheada de clássicos dos anos 80, Night of the Comet consegue pegar tudo que existiu de melhor na década e colocar em 90 minutos de filme sem se estender mais do que deveria ou se tornando cômico demais.
Acho que todos os elementos são bem equilibrados e gosto como na maior parte do tempo ele é um filme de ficção científica pós-apocalíptica do que como propriamente um filme de zumbi cheio de ação, conseguindo carregar até mesmo um pouco mais da atmosfera presente em filmes de zumbis de Romero e Fulci.
É um experiência excelente e um dos grandes destaques da década, que infelizmente acaba sendo esquecido algumas vezes.
Apesar de ter algumas partes interessantes, A Família Addams 2 acaba por falhar em apresentar uma boa história e se torna uma sketch de 1h30 sem muito objetivo e que acaba mais por entediar do que por entreter.
É realmente uma pena que mesmo com um elenco tão bom em mãos, o filme não consegue executar a premissa mais básica de entreter e acaba por se tornar completamente esquecível.
É um filme interessante e impressionante tanto do ponto de vista técnico quanto do ponto de vista narrativo, a evolução de Julia Ducournau é bastante perceptível e aqueles que já ficaram fascinados com Raw provavelmente irão venerar Titane (e com razão).
Um body horror em sua melhor definição, assistir Titane é como andar de montanha-russa com os olhos fechados, é impossível saber para onde o filme vai te levar e o que pode acontecer nos próximos minutos. A primeira parte do filme levanta uma série de questões e tem um ritmo acelerado, com sequências incríveis e memoráveis. A segunda parte escolhe por não responder essas questões levantadas e oferecer uma trama chocante, desviando de quase tudo apresentado no início do filme, mas mantendo como fio condutor o metal que dá nome ao filme.
Não é um filme para todos e nem se propõe a ser, espero que não fique restrito a um nicho específico e que possa receber o prestígio que realmente merece.
Serve para lembrar que ninguém sabe fazer filmes perturbadores como os franceses.
Assistir esse filme no cinema é sem dúvidas uma das melhores experiências que qualquer um que realmente goste de cinema pode ter.
Pra mim tudo funcionou extremamente bem, Duna sempre foi uma história muito difícil de se adaptar para o cinema e Villeneuve soube como conectar esses pontos de maneira que mesmo para quem nunca teve contato com a história de Frank Herbert consiga entender e se fascinar por esse universo.
Gosto de como ele funciona muito mais como um drama político de ficção científica do que como um filme de ação no espaço, entendo a decepção das pessoas que foram em busca disso, mas pelo menos nesse sentido Duna e completamente honesto e nunca foi vendido como um "Novo Star Wars da Disney".
Acredito que é um filme que vai crescer com o tempo, talvez seja muito cedo para dizer o que o futuro reserva para Duna, mas pelo menos para mim é o épico de ficção cientifica definitivo da história do cinema.
Body Bags é uma antologia divertida, recheada de rostos conhecidos e referências para os fãs de horror. Não trás nenhuma história inovadora ou mirabolante, mas entrega três história de terror muito bem dirigidas por grandes nomes do gênero e com gore de sobra. Vale para se divertir e não ser levado tão a sério.
Apesar de ter uns momentos meio seriado adolescente da Disney, Happy Death Day consegue trazer um respiro para o gênero slasher e assumir seus inúmeros absurdos sem muito medo de cair pra comédia, ao mesmo tempo que consegue balancear esses elementos suficientemente bem para que nada soe exagerado demais, proporcionando uma experiência divertida para qualquer um que não leve o gênero tão a sério assim.
Tem boas reviravoltas, um elenco bastante conciso e momentos divertidos, vale assistir.
Apesar de ter uma boa ambientação e trazer um tema interessante para o universo do horror, The Menor é um filme que mais promete do que realmente entrega alguma coisa. O filme tenta criar uma relação entre a demência e o horror, apresentando um criatura com um ótimo design e parecendo tentar criar algo que pode estar na linha de filmes como Relic, mas o resultado final é bem distante disso.
Acho que nem vale muito entrar sobre a conclusão do filme e algumas atuações bem duvidosas, a curta duração do filme consegue salvar ele de se tornar um desastre ainda maior e em alguns momentos parece ser um episódio perdido de Contos da Cripta, mas fora isso, nada vale muito a pena e perde a oportunidade de se aprofundar mais na questão da velhice.
Acho injusto avaliar Halloween Kills (E qualquer slasher na verdade) buscando semelhanças e justificativas com a realidade, desde sua popularização, slashers se tornaram provavelmente o subgênero de terror onde o maior objetivo é entregar entretenimento para um público sedento por ver vilões icônicos em matanças absurdas. Nesse ponto, Halloween Kills cumpre muito bem seu papel e entrega um dos melhores e mais brutais slashers dos últimos anos, sendo o filme mais violento de toda a franquia.
Por outro lado, é a continuação de um filme que se propôs a aprofundar um pouco mais a história que rondava Michael Myers e Laurie Strode, explorando traumas, relações familiares e medos, nesse ponto Halloween Kills deixa um pouco a desejar. Tentando esticar sua história mais do que deveria, o filme pede que o público se importe com personagens mal desenvolvidos e outros que estão ali apenas pelo fan service, enquanto personagens importantes para o primeiro filme são deixados de lado
(É inacreditável que Tommy tenha tido um protagonismo muito maior que Allyson por exemplo)
, mostrando mais uma vez que existia uma preocupação muito grande dos roteiristas em satisfazer um público que busca referências a todo custo.
É claro, dentro da franquia como um todo, Halloween Kills ainda é um grande destaque, tem uma fotografia incrível, a revisitação da trilha sonora é um ponto extremamente forte e tem de longe as melhores sequências de toda a franquia. Talvez sofra por ser a ponte entre um filme que marca o retorno de Michael Myers e outro que promete entregar um confronto final que fãs de horror tem esperado décadas para assistir, mas mesmo assim, é indispensável para qualquer fã da franquia e do gênero.
The Haunting é provavelmente um dos melhores filmes de casas assombradas e sem dúvidas uma das melhores adaptações do livro de Shirley Jackson. É um filme que apesar de sua época ainda consegue surpreender por seus momentos de tensão e até mesmo por suas escolhas narrativas, a direção de Robert Wise funciona extremamente bem, acompanhado por ótimas atuações.
Talvez teria sido uma experiência melhor ver antes da adaptação de Flanagan, mas ainda assim funciona muito bem.
Até tenta criar bons momentos e trazer um pouco de originalidade pra fórmula dos slashers, mas falha demais no roteiro e em escolhas que não fazem sentindo alguma para trama e parecem estar ali apenas por estar.
É uma homenagem razoável para os slashers teen dos anos 90, tem mortes sangrentas e quebra com alguns estereótipos tão presentes no gênero, mas não é nada além disso. É um filme para se assistir quando não tem mais nada para fazer.
Sutilmente, Debra Hill e John Carpenter construíram uma das minhas cenas preferidas do cinema de horror (E talvez uma das que eu considero mais assustadoras) dentro de uma sala de aula, em plena luz do dia. Enquanto Laurie Strode olha pela janela e encara Michael Myers pela primeira vez, ouvimos um discurso sobre como o destino é algo real, concreto e que toda pessoa deve enfrentar. E é exatamente nesse momento, que todo espectador que estiver com a sua atenção fixada no filme, sente um frio na barriga. E se mesmo nos cercando da sensação de segurança de bairros residências, de boas escolas, amizades e vizinhanças onde a violência é apenas uma brincadeira de Halloween que acontece todo ano, nós estivermos destinados, assim como Laurie Strode, a enfrentar o mal de frente? Sem motivos, sem explicação, sem porquês. Apenas o mal, sem rosto, sem forma, sem escolhas, nascemos destinados a cruzar o caminho de uma força implacável e imparável, que vai consumir aquilo que amamos e tirar de nós toda sensação de segurança que um dia achávamos que poderíamos ter. É nesse momento que torcemos para que Laurie consiga escapar do seu destino, e também é nesse momento que torcermos para estarmos destinados a coisas melhores.
Sempre foi e sempre vai ser um dos filmes de horror mais assustadores e incríveis de todos os tempos
The Woods é uma mistura de Suspiria com influência de folk horror que tem um ritmo bastante lento, mas momentos interessantes. O filme consegue ir construindo sua atmosfera aos poucos, apesar de se mostrar um tanto quanto confuso em suas ideias de trama e revelações, toda a ambientação da escola é boa e a maioria das cenas de horror é bem dirigida.
O filme peca no seu ritmo, mas no geral não deixa de ser uma homenagem extremamente interessante aos anos 60 e consegue entreter qualquer um que goste do gênero.
P2: Sem Saída
3.1 475 Assista AgoraApesar de não ter uma premissa tão inovadora assim, P2 sabe como criar suas tensões e se apoia em excelentes atuações por parte de seus protagonistas para criar seu clima de suspense e servir como um excelente filme de terror natalino.
Eu acho que o terror de Natal funciona melhor quando explora a solidão provocado por essa época do ano e como um assassino acaba por usar isso como um pretexto para caçar novas vítimas, nesse ponto P2 sabe construir bem seu roteiro.
Tem alguns momentos com bastante gore e bem surpreendentes, outros acabam por se estender mais do que deveriam. No geral, é um bom filme para passar o tempo.
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraEm um mundo cheio de reboots caça-níquel, eu realmente achei que Lana Wachowski teria algo a dizer com Matrix Resurrections, mas eu não poderia estar mais errado. Em determinado momento do filme, parece claro que essa sequência existe porque a Warner faria ela com o sem suas criadoras originais.
O filme peca em sua maior parte por seus excessos, existe um excesso de nostalgia, de metalinguagem, de explicações e justificativas e falta o principal: Uma boa história que se sustente sozinha e não precise de mil muletas para fazer o público comprá-la. Existem bons momentos dentro do filme, mas existe uma falta de unidade que torne esse filme parte de uma franquia maior, unidade que estava presente até mesmo nos criticados Reloaded e Revolutions.
Infelizmente The Matrix Resurrections entra para o cinema como uma sequência esquecível, uma tentativa de acordar uma franquia que jamais pediu pra ser acordada e sem dúvidas trás a conclusão que algumas vezes, o melhor a se fazer é escolher a pílula azul.
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista AgoraKevin Feige mais uma vez mostra que o MCU funciona melhor quando toca no emocional de seus fãs e nenhum filme conseguiu fazer isso tão bem quanto Homem-Aranha: Sem volta para casa (Nem mesmo Vingadores).
Desde que a Disney começou a comprar direitos sobre seu heróis de outros estúdios, a conversa sobre aparições de heróis nos filmes da Marvel surgiram, e nenhuma delas era tão forte quanto de Homem-Aranha. Dentro dos anos 2000, acho que nenhum herói conseguiu ser tão icônico quanto o cabeça de teia dentro do cinemas e Feige sempre teve plena consciência do poder que a Sony tinha em mãos ao ter os direitos sobre o herói mais popular do universo Marvel.
Com tudo isso, o filme funciona melhor para aqueles que carregam uma boa dose de nostalgia pelos filmes antigos e apresenta de maneira bastante divertida a história de origem definitiva do Homem-Aranha de Tom Holland, servindo muito bem como fechamento de arco de uma trilogia divertida mas não tão interessante assim e abrindo caminhos para que o verdadeiro Peter Parker e Homem-Aranha de Tom Holland possam florescer (Tudo isso com a benção de seus antecessores)
É como assistir um especial do desenho do Homem-Aranha, tem buracos no roteiro, não tem uma história tão profunda assim, mas é extremamente divertido e vai pegar completamente no seu emocional, te convidando a mergulhar de cabeça em um experiência baseada no apego que você tem pelos personagens na tela.
É talvez o filme mais ambicioso da Marvel e mostra a força que as redes sociais podem ter em torno da construção de uma expectativa, é muito mais um evento cinematográfico do que um filme em si, mas eu diria que no estado que o mundo se encontra hoje, um pouco de diversão não faz mal para ninguém.
A Crônica Francesa
3.5 287 Assista AgoraEm termos visuais e de direção, como sempre é completamente impecável, poucos diretores conseguem manter tão bem seu estilo ao decorrer de tantos anos e manter um coesão estética em quase todas as suas obras. O problema mesmo fica nas mãos do roteiro.
Pra mim todo filme do Wes Anderson sempre soou como aquele livro infanto-juvenil que você leu em algum momento da infância e te acompanhou a vida toda, te prende do começo ao fim e te deixa pensando na história por dias depois, o que infelizmente não acontece em The French Dispatch.
Não existe muito um fio condutor na história, ao optar por contar história separadas, Anderson escolhe não prender tanto a atenção de seu espectador em nome de ter uma liberdade maior dentro de seu roteiro (Que se propõe a soar como uma revista), mas não consegue ter consistência e acaba por se perder no meio do caminho.
The French Dispatch talvez seja pra mim um filme fraco de Anderson, mas ainda assim, é extremamente bem dirigido por alguém que sempre tem plena consciência do que está tentando fazer.
South Park: Pós-Covid
3.5 29 Assista AgoraNada que saiu esse ano conseguiu ser tão engraçado e assustador ao mesmo tempo.
Noite Passada em Soho
3.5 745 Assista AgoraÉ difícil pensar que o filme que antecede Last Night in Soho na filmografia de Edgar Wright é Baby Driver, mais difícil ainda é imaginar a supresa de alguém que esperava algo na mesma linha desse filme. Last Night in Soho é um filme de horror, em todos os sentidos da palavra, desde sua concepção até a sua conclusão o filme passa pelas mais diversas formas do terror psicológico sem soar clichê demais, e apesar de carregar um plot twist um tanto quanto previsível, consegue impressionar por uma direção incrível que sabe exatamente o que quer e principalmente por atuações que se superam a cada momento.
Eu acho que tudo funciona extremamente bem dentro da proposta de Wright, que parece saber onde quer chegar desde o começo. É difícil não se entregar pela atmosfera criada ao longo do filme e a fotografia consegue deixar tudo isso ainda melhor, navegando entro uma Soho atual e uma Soho do passado. As cenas de suspense/terror mais explicitas são muito bem colocadas também e sem dúvidas são dignas de grandes nomes do gênero.
Edgar Wright segue surpreendendo em cada filme lançado e Last Night in Soho pode tranquilamente estar nas listas de melhores filmes do ano, chutaria até que pode ser considerado o melhor terror do ano.
Labirinto: A Magia do Tempo
3.9 609Acho que poucas pessoas conseguem criar um mundo de fantasia tão incrível quanto Jim Henson, mesmo que a premissa de Labirinto não seja nada extremamente inovadora, é dentro do universo proposto por Henson que a mágica realmente acontece, transformando Labirinto em uma viagem inesquecível.
Apesar de gostar um pouco mais de Cristal Encantando, Labirinto ainda merece bastante destaque, principalmente dentro dos filmes de fantasia dos anos 80. As atuações de Bowie e de Jennifer Connelly funcionam muito bem, mesmo achando que os atos musicais só estejam ali pela presença de Bowie.
No final do dia, Labirinto é um filme extremamente divertido, eternizou Bowie nos cinemas e consegue surpreender até hoje
A Hora do Pesadelo 4: O Mestre dos Sonhos
3.1 337 Assista AgoraThe Dream Master é um filme um tanto quanto difícil de terminar sem se sentir entediado, por mais que esse seja o filme que mais apela para o humor (Especialmente por parte de Krueger) mas não consegue fazer isso de maneira que pareça natural e tudo acaba soando forçado demais.
A tentativa de dar continuidade para os personagens de Dream Warriors é até boa, mas é desperdiçada em mortes e falta de um roteiro que realmente faça você se importar novamente com aqueles personagens, sem dizer que todos os personagens novos apresentados nesse filme não tem carisma alguma e você não consegue nem se quer torcer por eles.
Apesar disso, tem sequências de pesadelos com efeitos práticos ótimos, talvez a minha morte favorita de toda a franquia seja a do supino. No geral, The Dream Master é o início da falta de ideias novas para a franquia, mas vale hoje em dia pela nostalgia de toda cafonice dos anos 80.
A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros dos Sonhos
3.5 442 Assista AgoraÉ uma sequência que se leva muito menos a sério do que a parte 2 e tenta ( e consegue) brincar com diversos elementos dos anos 80 para claramente ir além do filme, trazendo para a atmosfera da franquia camisetas, pôsteres, músicas temas e cravar de vez Freddy Krueger como parte da cultura Norte-americana dos anos 80.
É um filme bem executado, tem alguns dos melhores efeitos práticos da franquia e começa a explorar ainda mais a criatividade por trás das mortes de Freddy, transformando o cruel vilão em um assassino com um senso de humor um tanto quanto duvidoso. O filme pega o espírito das melhores aventuras dos anos 80 e transporta isso para o universo imaginado por Craven, criando uma aventura dos anos 80 para adolescentes, com direito a Dokken na trilha sonora e um dos confrontos finais mais divertidos da franquia.
Apesar de se levar menos a sério, o filme tem excelentes momentos e algumas das mortes mais icônicas de toda a série, o retorno de Nancy é divertido mas um tanto quanto mal aproveitado, trazendo uma personagem de volta mais para chamar público do que para adicionar algo realmente relevante para a história.
Dream Warriors é quase uma aula sobre tudo que os Estados Unidos exportaram nos anos 80 em termos de cultura pop, consegue conversar com uma geração e faz parte até hoje de um imaginário popular que muitas vezes é até mesmo maior do que o próprio filme.
A Hora do Pesadelo 2: A Vingança de Freddy
3.1 478 Assista AgoraDiferente de todos os outros filmes da franquia, A Vingança de Freddy trás um assassino muito mais cruel e frio, e um subtexto que apenas ganhou forças com os anos e fez com que o filme ganhasse uma força ainda maior na franquia.
A temática LGBT e a construção do personagem de Jesse são os pontos altos do filme, a ideia de Freddy possuir alguém pode fugir um pouco da concepção original do vilão, mas dentro do contexto desse filme funciona absurdamente bem, melhor ainda quando levamos em consideração o quanto esse filme conversava com a juventude da época e o quanto ele estava afrente do seu tempo por colocar essa temática dentro da história (mesmo que nas entrelinhas).
Mas acho que o segundo filme da franquia acaba por ter mais força em sua concepção do que em sua execução, o filme acaba por se tornar arrastado demais em alguns momentos e falta um pouco da tensão e atmosfera presentes no primeiro, a sequência da festa é bem dirigida e tem bons momentos de Freddy. Gosto como a casa de Elm Street ganha uma importância ainda maior e pequenos detalhes da mitologia da franquia começam a ser introduzidos aos poucos.
Apesar de não ser tão bom quanto seu antecessor, A Hora do Pesadelo 2 é um dos grandes destaques da franquia e merece seu lugar como um dos favoritos dos fãs.
A Hora do Pesadelo
3.8 1,2K Assista AgoraÉ difícil pensar em A Hora do Pesadelo sem imaginar Freddy Krueger como o ícone da cultura pop que ele é hoje, acho que existe até mesmo no imaginário popular que o assassino sempre foi um tanto quanto brincalhão e possuía um senso de humor duvidoso. Mas é ao re-assistir A Hora do Pesadelo que nos lembramos como Wes Craven criou um filme extremamente assustador e mesmo quebrando uma regra quase imutável dos slashers (o silêncio dos assassinos) Craven criou um dos assassinos mais cruéis e assustadores do cinema, que manteve adolescentes acordados por anos.
Acho que todos os elementos do filme funcionam extremamente bem, ele não demora muito para se mostrar ao que realmente veio e está muito mais preocupado em criar a atmosfera de loucura que alimenta o poder de Freddy do que de necessariamente mostrar o assassino matando pessoas.
Do pesadelo no corredor, passando pela sequência na banheira até o confronto final é difícil encontrar sequências no filme que não tenham se tornado clássicos instantâneos, Craven entrega aqui uma das melhores direções da sua carreira, sabendo exatamente como conquistar e assustar seu público.
A construção de personagens funciona, é muito difícil não se importar com os personagens apresentados no filme e o filme todo tem um arco extremamente fechado, concluindo bem e apresentando ao público um assassino slasher que iria se imortalizar na cultura popular e também nos sonhos de inúmeras pessoas.
A Noite do Cometa
2.8 84Acho que não fica mais anos 80 do que isso, desde a atmosfera de uma Los Angeles pós-apocalíptica até a trilha sonora recheada de clássicos dos anos 80, Night of the Comet consegue pegar tudo que existiu de melhor na década e colocar em 90 minutos de filme sem se estender mais do que deveria ou se tornando cômico demais.
Acho que todos os elementos são bem equilibrados e gosto como na maior parte do tempo ele é um filme de ficção científica pós-apocalíptica do que como propriamente um filme de zumbi cheio de ação, conseguindo carregar até mesmo um pouco mais da atmosfera presente em filmes de zumbis de Romero e Fulci.
É um experiência excelente e um dos grandes destaques da década, que infelizmente acaba sendo esquecido algumas vezes.
A Família Addams 2: Pé na Estrada
2.9 65 Assista AgoraApesar de ter algumas partes interessantes, A Família Addams 2 acaba por falhar em apresentar uma boa história e se torna uma sketch de 1h30 sem muito objetivo e que acaba mais por entediar do que por entreter.
É realmente uma pena que mesmo com um elenco tão bom em mãos, o filme não consegue executar a premissa mais básica de entreter e acaba por se tornar completamente esquecível.
Cordeiro
3.3 555 Assista AgoraTer aguentado quase duas horas desse filme é uma das minhas maiores conquistas de 2021.
Titane
3.5 391 Assista AgoraÉ um filme interessante e impressionante tanto do ponto de vista técnico quanto do ponto de vista narrativo, a evolução de Julia Ducournau é bastante perceptível e aqueles que já ficaram fascinados com Raw provavelmente irão venerar Titane (e com razão).
Um body horror em sua melhor definição, assistir Titane é como andar de montanha-russa com os olhos fechados, é impossível saber para onde o filme vai te levar e o que pode acontecer nos próximos minutos. A primeira parte do filme levanta uma série de questões e tem um ritmo acelerado, com sequências incríveis e memoráveis. A segunda parte escolhe por não responder essas questões levantadas e oferecer uma trama chocante, desviando de quase tudo apresentado no início do filme, mas mantendo como fio condutor o metal que dá nome ao filme.
Não é um filme para todos e nem se propõe a ser, espero que não fique restrito a um nicho específico e que possa receber o prestígio que realmente merece.
Serve para lembrar que ninguém sabe fazer filmes perturbadores como os franceses.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraAssistir esse filme no cinema é sem dúvidas uma das melhores experiências que qualquer um que realmente goste de cinema pode ter.
Pra mim tudo funcionou extremamente bem, Duna sempre foi uma história muito difícil de se adaptar para o cinema e Villeneuve soube como conectar esses pontos de maneira que mesmo para quem nunca teve contato com a história de Frank Herbert consiga entender e se fascinar por esse universo.
Gosto de como ele funciona muito mais como um drama político de ficção científica do que como um filme de ação no espaço, entendo a decepção das pessoas que foram em busca disso, mas pelo menos nesse sentido Duna e completamente honesto e nunca foi vendido como um "Novo Star Wars da Disney".
Acredito que é um filme que vai crescer com o tempo, talvez seja muito cedo para dizer o que o futuro reserva para Duna, mas pelo menos para mim é o épico de ficção cientifica definitivo da história do cinema.
Trilogia do Terror
3.3 77Body Bags é uma antologia divertida, recheada de rostos conhecidos e referências para os fãs de horror. Não trás nenhuma história inovadora ou mirabolante, mas entrega três história de terror muito bem dirigidas por grandes nomes do gênero e com gore de sobra. Vale para se divertir e não ser levado tão a sério.
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5K Assista AgoraApesar de ter uns momentos meio seriado adolescente da Disney, Happy Death Day consegue trazer um respiro para o gênero slasher e assumir seus inúmeros absurdos sem muito medo de cair pra comédia, ao mesmo tempo que consegue balancear esses elementos suficientemente bem para que nada soe exagerado demais, proporcionando uma experiência divertida para qualquer um que não leve o gênero tão a sério assim.
Tem boas reviravoltas, um elenco bastante conciso e momentos divertidos, vale assistir.
A Mansão
2.5 101Apesar de ter uma boa ambientação e trazer um tema interessante para o universo do horror, The Menor é um filme que mais promete do que realmente entrega alguma coisa. O filme tenta criar uma relação entre a demência e o horror, apresentando um criatura com um ótimo design e parecendo tentar criar algo que pode estar na linha de filmes como Relic, mas o resultado final é bem distante disso.
Acho que nem vale muito entrar sobre a conclusão do filme e algumas atuações bem duvidosas, a curta duração do filme consegue salvar ele de se tornar um desastre ainda maior e em alguns momentos parece ser um episódio perdido de Contos da Cripta, mas fora isso, nada vale muito a pena e perde a oportunidade de se aprofundar mais na questão da velhice.
Halloween Kills: O Terror Continua
3.0 683 Assista AgoraAcho injusto avaliar Halloween Kills (E qualquer slasher na verdade) buscando semelhanças e justificativas com a realidade, desde sua popularização, slashers se tornaram provavelmente o subgênero de terror onde o maior objetivo é entregar entretenimento para um público sedento por ver vilões icônicos em matanças absurdas. Nesse ponto, Halloween Kills cumpre muito bem seu papel e entrega um dos melhores e mais brutais slashers dos últimos anos, sendo o filme mais violento de toda a franquia.
Por outro lado, é a continuação de um filme que se propôs a aprofundar um pouco mais a história que rondava Michael Myers e Laurie Strode, explorando traumas, relações familiares e medos, nesse ponto Halloween Kills deixa um pouco a desejar. Tentando esticar sua história mais do que deveria, o filme pede que o público se importe com personagens mal desenvolvidos e outros que estão ali apenas pelo fan service, enquanto personagens importantes para o primeiro filme são deixados de lado
(É inacreditável que Tommy tenha tido um protagonismo muito maior que Allyson por exemplo)
É claro, dentro da franquia como um todo, Halloween Kills ainda é um grande destaque, tem uma fotografia incrível, a revisitação da trilha sonora é um ponto extremamente forte e tem de longe as melhores sequências de toda a franquia. Talvez sofra por ser a ponte entre um filme que marca o retorno de Michael Myers e outro que promete entregar um confronto final que fãs de horror tem esperado décadas para assistir, mas mesmo assim, é indispensável para qualquer fã da franquia e do gênero.
Desafio do Além
3.7 138 Assista AgoraThe Haunting é provavelmente um dos melhores filmes de casas assombradas e sem dúvidas uma das melhores adaptações do livro de Shirley Jackson. É um filme que apesar de sua época ainda consegue surpreender por seus momentos de tensão e até mesmo por suas escolhas narrativas, a direção de Robert Wise funciona extremamente bem, acompanhado por ótimas atuações.
Talvez teria sido uma experiência melhor ver antes da adaptação de Flanagan, mas ainda assim funciona muito bem.
Tem Alguém na sua Casa
2.3 239Até tenta criar bons momentos e trazer um pouco de originalidade pra fórmula dos slashers, mas falha demais no roteiro e em escolhas que não fazem sentindo alguma para trama e parecem estar ali apenas por estar.
É uma homenagem razoável para os slashers teen dos anos 90, tem mortes sangrentas e quebra com alguns estereótipos tão presentes no gênero, mas não é nada além disso. É um filme para se assistir quando não tem mais nada para fazer.
Halloween: A Noite do Terror
3.7 1,2K Assista AgoraSutilmente, Debra Hill e John Carpenter construíram uma das minhas cenas preferidas do cinema de horror (E talvez uma das que eu considero mais assustadoras) dentro de uma sala de aula, em plena luz do dia. Enquanto Laurie Strode olha pela janela e encara Michael Myers pela primeira vez, ouvimos um discurso sobre como o destino é algo real, concreto e que toda pessoa deve enfrentar. E é exatamente nesse momento, que todo espectador que estiver com a sua atenção fixada no filme, sente um frio na barriga. E se mesmo nos cercando da sensação de segurança de bairros residências, de boas escolas, amizades e vizinhanças onde a violência é apenas uma brincadeira de Halloween que acontece todo ano, nós estivermos destinados, assim como Laurie Strode, a enfrentar o mal de frente? Sem motivos, sem explicação, sem porquês. Apenas o mal, sem rosto, sem forma, sem escolhas, nascemos destinados a cruzar o caminho de uma força implacável e imparável, que vai consumir aquilo que amamos e tirar de nós toda sensação de segurança que um dia achávamos que poderíamos ter. É nesse momento que torcemos para que Laurie consiga escapar do seu destino, e também é nesse momento que torcermos para estarmos destinados a coisas melhores.
Sempre foi e sempre vai ser um dos filmes de horror mais assustadores e incríveis de todos os tempos
A Floresta
2.8 103 Assista AgoraThe Woods é uma mistura de Suspiria com influência de folk horror que tem um ritmo bastante lento, mas momentos interessantes. O filme consegue ir construindo sua atmosfera aos poucos, apesar de se mostrar um tanto quanto confuso em suas ideias de trama e revelações, toda a ambientação da escola é boa e a maioria das cenas de horror é bem dirigida.
O filme peca no seu ritmo, mas no geral não deixa de ser uma homenagem extremamente interessante aos anos 60 e consegue entreter qualquer um que goste do gênero.
É claro, Bruce Campbell segurando um machado é completamente fan service, mas é o tipo de fan service que todo fã de horror gosta de ver.