Uma boa temporada, no mesmo nível médio da série. Conseguiu inserir novas temáticas, principalmente envolvendo a crise migratória e de deportação estadunidense, ao mesmo tempo que encaminhou e desenvolveu suas personagens para o seu desfecho. Tudo isso com o foco nos problemas do sistema carcerário, que sempre foi a principal crítica de OITNB, sendo hábil também em mostrar como esse sistema prejudica suas detentas até depois delas já não fazerem mais parte dele.
Apesar de todas todas as críticas que eu poderia fazer à série, o que mais me agrada nela é perceber como ela é concisa e sempre soube do que ela queria tratar. Todas as tramas, núcleos, personagens e desenvolvimentos servem para construir a mensagem de que a mudança deve partir de nós, as pessoas. O sistema existe, e o amargor que a série causa até o seu último episódio é justamente por mostrar como parece que ele sempre irá continuar existindo, por melhores que sejam as intenções de quem esteja querendo mudar ele.
E essa é a síntese final da série. A de que podemos fazer a diferença através do nosso trabalho e determinação individual. Não temos que depender do sistema, e não podemos esperar que ele traga as mudanças queremos que aconteça. Uma mensagem aplicada ao sistema carcerário na série, mas que deveríamos aplicar a qualquer situação que seja nas nossas vidas pessoais.
Estava empacado nessa temporada a meses, tendo começado e terminado diversas outras séries antes de conseguir finalizar ela. Vou ser sincero: achei insuportável. Extremamente convoluta e desinteressante, com sequências, núcleos e cenas que me faziam pensar do porque eu estar assistindo essa série. E pra piorar, não possuí nem um protagonista interessante e cativante, como acontece em Jessica Jones, por exemplo. Ainda assim, a série conseguiu fazer com que eu ficasse um pouco descontente com o seu final, já que pareceu que ela iria seguir para um caminho interessante se tivesse continuado a existir.
Continuo gostando bastante dessa série. Meu medo, que fosse se tornar repetitiva, ainda não aconteceu, já que eles estão sabendo inserir bem o crescimento dos atores na narrativa da obra, e utilizando os elementos fantásticos como pivô do crescimento emocional e social dos personagens envolvidos. Tem alguns pontos e personagens que me desagradam, mas nada que prejudique a série demais. Enquanto os criadores souberem reinventar os elementos presentes na obra e acrescentar outros novos, ela vai continuar sendo muito divertida de se assistir.
Em vez de comentar sobre a temporada como um todo, o que eu acho difícil, prefiro comentar o que eu achei episódio por episódio. Mas no geral, achei uma temporada boa, mas infelizmente não teve nenhum episódio que realmente me marcou e que eu tenha achado extraordinário.
01 - Striking Vipers - 4/5
Talvez seja o episódio mais hard sci-fi de toda a temporada. Apesar de faltar um senso de objetivo ao roteiro, é o episódio da temporada que levanta as discussões mais profundas, principalmente envolvendo afeto e atração sexual, e de como essas coisas são afetadas por muito mais especificidades do contexto no qual estamos localizados do que nós pensamos.
02 - Smithereens - 4/5
Meu favorito dessa temporada. Contém uma performance excelente do protagonista, que nos mantém tensos do início ao fim, por não sabermos qual o seu objetivo de fato. E quando esse é revelado, a banalidade com o qual é tratado reflete perfeitamente a discussão do episódio, sobre como a intensidade que esse tipo de evento nos comove é diretamente proporcional a facilidade que temos de esquece-los.
03 - Rachel, Jack and Ashley Too - 1/5
Péssimo final de temporada. Começa interessante, estabelecendo um paralelo entre as duas protagonistas, e como a geração de felicidade pode vir de uma fonte infeliz, mas depois descamba pra uma das histórias mais idiotas e infantis que eu já vi, com uma traminha de resgate sem pé nem cabeça que utiliza dos artifícios de roteiro mais absurdos pra solucionar seus problemas.
Já faz um tempo que a temporada terminou, então já consegui pensar e refletir melhor sobre o que achei da conclusão da série. E pra ser sincero, não foge muito do que já foi discutido por todo mundo: não discordo dos rumos que a série tomou, mas sim de como ela os tomou.
Cheguei a conclusão disso ao perceber que nas diversas discussões semanais, eu era uma das pessoas que mais defendia os episódios enquanto outros criticavam, mas sempre tinha um ponto em que todos concordavam: a série está muito corrida, resolvendo plots que foram construídos a série toda em questão de 1 episódio apenas. O que deixa um certo gosto amargo, já que estamos vendo aquilo que provavelmente é a melhor decisão narrativa, mas que não é desenvolvido da forma excepcional que a série sempre desenvolveu seus plots e, principalmente, seus personagens.
Apenas não compartilho desse ponto em relação ao último episódio, que na minha opinião foi muito ruim de fato, com diversas decisões sem a menor lógica temática e até mesmo estúpidas, que não fazem sentido com a própria construção de universo que a série fez. O que é uma pena, já que a série deixa pra cometer os erros mais graves não só na última temporada, como também no último episódio dela, meio que deslegitimando o imenso número de pontos positivos que a série sempre possuiu.
Além de que, a maioria das pessoas agora irão sempre ter um pé atrás ao recomendar ela para alguém que nunca a tenha visto, já que, apesar de fazer parte da história não só das séries de TV como da cultura pop em geral, ela não vai mais possuir o brilho que as discussões semanais davam para ela, e ainda vai carregar pra sempre o estigma de série com um final ruim, o que invalida a trajetória como um todo para muitas pessoas. Mas não para mim, felizmente.
Achei a história bem interessante, principalmente porque não sabia nada sobre ela, então foi instigante ir descobrindo sobre os assassinatos e sobre a psique do protagonista. Ainda assim, não encontrei nenhum motivo temático para a montagem da temporada ser feita ou contrário, além de ter achado os núcleos do assassino e do Versace desconexos.
Achei muito boa essa temporada. Acredito que o ponto forte fique tanto pela montagem, que faz um excelente trabalho em mesclar as 3 linhas temporais de forma clara, quanto pelas ótimas atuações auxiliadas pelo trabalho de maquiagem magistral. Além disso, o roteiro cria um caso instigante e justifica a narrativa através do problema de Alzheimer do personagem principal. Só peca pelo final ser expositivo demais, tanto pela forma que revelado, quanto por ser mais explícito que o necessário.
Unbreakable Kimmy Schmidt sempre foi uma série que me agradou muito, principalmente pelos seus personagens, sempre muito carismáticos e engraçados.
Acredito que essa temporada se manteve na média da série, e ainda conseguiu fecha-la de forma coerente com seu tema: sobre traumas que passamos por nossa vida, a forma como lidamos com eles e como podemos melhorar o mundo para que outras pessoas não passem por eles também.
Fico triste que acabou, porém feliz que não se estendeu o suficiente para se tornar sem graça, além de ter terminado de forma tão positiva e com uma mensagem tão importante.
Eu gosto muito da protagonista e de todos os conflitos que a envolvem, como desamparo familiar, depressão e falta de confiança. Mas fazendo uma crítica recorrente das séries Marvel/Netflix, devo dizer o número de episódios é excessivamente grande, principalmente porque mais da metade do tempo é gasto com personagens completamente irritantes que não despertam interesse nenhum. A única que ainda se salva é a Hogarth. Infelizmente, bem abaixo do nível da primeira temporada.
Continua excelente, os personagens continuam ótimos, e os episódios sempre trazem um roteiro criativo e extremamente engraçado. Só um pouco abaixo da anterior por não ter uma trama que envolve a temporada como um todo, apesar deles relembrarem de certos acontecimentos passados.
Falando da temporada em si, eu achei muito ruim, quase beirando o péssimo. Não acho que a Robin Wright não consiga segurar o protagonismo, mas acho que a personagem não tenha sido construída para ocupar tal cargo, o que gera uma sensação de estranheza, principalmente pela forma abrupta com que isso acontece.
Porém, esse nem é o maior problema, visto que a trama contada é genérica, recheada de forçações que só servem para movimenta-lá, personagens rasos, e uma pressa que transforma o exagerado número de acontecimentos em uma grande bagunça.
O que é triste. House of Cards poderia ter entrado para história das séries não só pela sua trama inteligente e grandes atuações, mas também pela inovação na linguagem e narrativa das séries de TV em geral. Infelizmente, por questões que vão além da capacidade criativa dos envolvidos, a série encerrou sua trajetória dessa forma deprimente.
House of Cards poderia ter entrado no panteão de séries como The Sopranos ou Breaking Bad. Porém, vai ficar relegada à memória das pessoas ao lado de séries como Dexter.
Considero a terceira temporada a melhor da série, e acho que essa não foi tão boa quanto, apesar de ter achado excelente. Talvez por se tratar mais de uma temporada de preparação do que de consequência.
Isso principalmente envolvendo o núcleo do Mike, Gus e os mexicanos. Me pareceu muita preparação para algo que ainda esta por vir. Ainda assim, a construção das relações tanto entre Gus e Hector como entre Mike e Werner são muito bem apresentadas. Essa última principalmente, e o fato dela ter sido tão bem feita é o que causa toda dor pela ação tomada no final da temporada.
Eu tive esse mesmo sentimento em relação ao núcleo envolvendo o Jimmy e a Kim durante a temporada, porém, o final já trouxe payoffs mais recompensadores. E meu senhores, que final magistral. A começar pela incrível construção do distanciamento envolvendo os dois personagens, e a frustração do Jimmy em não conseguir acompanhar a companheira na trilha que essa está seguindo.
Mas nada foi mais genial que a forma como eles trataram o ponto de virada de Jimmy se transformando em Saul. A tristeza que dá quando ele faz o discurso para a menina que não conseguiu a bolsa de estudos vem justamente do vazio que aquelas palavras carregam, por ele mesmo sofrer desse preconceito, e saber que as coisas não dão certo apesar de você querer que elas deem. E no final, quando ele aceita a sua realidade, e age não como ele é, mas como as pessoas esperam que ele aja, e manda um "S'all good, man!" para a Kim, puta que pariu, eu vibrei demais por estar presenciando uma das melhores construções de personagem da história.
A única coisa que me incomodavam nas temporadas anteriores era o fato da série não possuir um continuidade, onde os atos de um episódio eram ignorados nos episódios seguintes. Mas para minha surpresa, isso não aconteceu nessa daqui, o que melhorou em muito a série e elevou ela a um patamar espetacular. Os personagens estão simplesmente incríveis, e o roteiro dos episódios foram afiadíssimos, e principalmente, engraçadíssimos. Espero que as próximas temporadas mantenham a continuidade e possuam episódios tão bons quanto essa possui.
Achei uma temporada bem eficiente, principalmente em relação a apresentação do novo cenário e das personagens que o habitam. É quase como se voltássemos a primeira temporada, onde somos inseridos em um lugar coberto de desconfianças, já não conhecemos nada sobre ele, porém, com a perspectiva de várias personagens, e não de apenas uma só. Além disso, a trama é sempre galopante, com acontecimentos que nunca fazem ela parar, e contribuem para a temática da série, sobre os problemas do sistema carcerário estadunidense. E como eu sempre digo, essa série sabe fazer finais de temporadas como ninguém. E aqui, eu só não faço a minima ideia de como ela irá continuar (apesar das pontas soltas), como também não sei se existe a necessidade da série continuar por muito mais tempo.
Acho que a série continua eficiente, principalmente em como aborda sutilmente temas como desigualdade social, rivalidade política, e até mesmo a chegada da idade. Além disso, a construção dos personagem se mostrou mais concisa do que na primeira temporada, com desenvolvimentos mais coesos à narrativa.
O problema é que essas características são envoltas por uma trama completamente boba, com reviravoltas desnecessárias e mal planejadas, personagens que voltam apenas pra não desempenharem nenhuma função relevante, além das inconsistências dentro do próprio universo da série.
Simplesmente incrível. Uma série que não subestima o seu espectador, exigindo e desafiando ele a entender toda a sua complexidade narrativa e conceitual. Essa temporada não peca em questão de ritmo como a primeira, utilizando todo o seu tempo para desenvolver minuciosamente a sua trama e seus personagens. além de tecer um comentário sobre a humanidade e todos os seus temores e simplicidades.
*sigh* Não sei mais o que comentar dessa série. Acho que ela até continua eficiente em alguns aspectos, mas pra mim já deu. Não sei se eu vou ter paciência pra continuar assistindo outras temporadas de uma história que eu simplesmente não me importo mais. E só de pensar que eles vão continuar esticando ela até sei lá quando, só me deixa mais desmotivado ainda.
A única coisa boa desse episódio é que ele finalmente encerra de vez essa série, porque de resto, parece que foi tudo feito da forma mais tosca e zuada de propósito, quase que como um protesto ao próprio cancelamento.
Se for pra mim reclamar de alguma coisa, vai continuar sendo sobre o fato da serie ter poucas consequências. As coisas que acontecem nunca tem resultados em episódios futuros. Mas tirando isso, que eu já estou me acostumando (afinal, esse é o estilo da série), eu só estou gostando cada vez mais de Seinfeld, dos personagens e principalmente da relação entre eles.
Essa temporada já é melhor que a primeira. Tem mais conteúdo, dá pra conhecer mais os personagens, e é mais engraçada. Ainda assim, me incomoda que a série não tenha consequências. Coisas que acontecem em alguns episódios, que deveriam influenciar os outros episódios da série, como o Seinfeld e a Elaine voltando a ser um casal, é simplesmente ignorada nos episódios posteriores. Pelo menos já deu pra ter uma ideia de como vai ser a série daqui pra frente.
A série até começa bem, já que o conceito é interessante, e a premissa apresentada consegue fisgar o telespectador. O problema é que ela se perde, principalmente na inserção de subtramas completamente desnecessárias, como também pelo alongamento de sua duração. Além disso, aquele mistério inicial que era o que interessava de fato, é resolvido da forma mais tosca possível, em uma cena digna das novelas mexicanas mais safadas.
Sobre a temporada em si, não acho que seja tão boa quanto as duas anteriores, apesar de continuar excelente. Penso que a trama foi um pouco extrapolada, destoando daquela realidade crua que as temporadas anteriores empregavam. Mas tirando isso, ela mantém todas as qualidades, focando dessa vez na mídia, e fechando a série com vários elementos de outras temporadas.
Sobre a série como um todo, acho que ela encerrou de forma perfeita. Para mim, The Wire é um estudo extremamente realista do mundo do tráfico e de todas as vertentes que o influenciam. E a conclusão final é de que não importa as pessoas que passem por ele; elas são apenas peças de um sistema que sempre continuará ali, e que sempre servirá de palco para que essas pessoas desempenhem seus papéis marcados. Um pouco amargo, mas que reflete a realidade do nosso mundo. Realidade que série nenhuma conseguiu refletir tão bem como The Wire.
Em sua jornada em retratar o mundo do tráfico, The Wire dessa vez aborda o mundo das crianças e adolescentes, e de como eles são engolidos por esse mundo perverso. E a realidade e crueza com que isso é tratado é muito impactante, mostrando todos os diversos fatores que levam essas crianças a entrar nesse mundo, e de que as vezes o problema é muito mais complexo do que o sistema de ensino (não que isso também não seja um problema, mas não é o único que precisa de reparação). Além disso, a série continua fazendo muito bem o que já fazia antes, que é equilibrar os diversos núcleos, e desenvolver muito bem seus personagens.
Uma temporada absolutamente espetacular, que poderia facilmente ser a última, e teria encerrado de forma primorosa a série. Os personagens e suas relações continuam sendo desenvolvidas de forma primorosa, e a trama entra num afunilamento extremamente tenso. Além disso, com a inclusão do núcleo político e as ações do Major Colvin, a série levanta a discussão de legalização das drogas, e conclui da forma que todos nós conhecemos: de que é uma guerra perdida. Uma eterna corrida de gato e rato, onde quando o traficante é preso ou morto (como acontece com Stringer e Avon), sempre há outro para tomar o seu lugar, dando início novamente a esse ciclo desnecessário e sem fim.
Orange is the New Black (7ª Temporada)
4.3 302Uma boa temporada, no mesmo nível médio da série. Conseguiu inserir novas temáticas, principalmente envolvendo a crise migratória e de deportação estadunidense, ao mesmo tempo que encaminhou e desenvolveu suas personagens para o seu desfecho. Tudo isso com o foco nos problemas do sistema carcerário, que sempre foi a principal crítica de OITNB, sendo hábil também em mostrar como esse sistema prejudica suas detentas até depois delas já não fazerem mais parte dele.
Apesar de todas todas as críticas que eu poderia fazer à série, o que mais me agrada nela é perceber como ela é concisa e sempre soube do que ela queria tratar. Todas as tramas, núcleos, personagens e desenvolvimentos servem para construir a mensagem de que a mudança deve partir de nós, as pessoas. O sistema existe, e o amargor que a série causa até o seu último episódio é justamente por mostrar como parece que ele sempre irá continuar existindo, por melhores que sejam as intenções de quem esteja querendo mudar ele.
E essa é a síntese final da série. A de que podemos fazer a diferença através do nosso trabalho e determinação individual. Não temos que depender do sistema, e não podemos esperar que ele traga as mudanças queremos que aconteça. Uma mensagem aplicada ao sistema carcerário na série, mas que deveríamos aplicar a qualquer situação que seja nas nossas vidas pessoais.
Luke Cage (2ª Temporada)
3.5 147Estava empacado nessa temporada a meses, tendo começado e terminado diversas outras séries antes de conseguir finalizar ela. Vou ser sincero: achei insuportável. Extremamente convoluta e desinteressante, com sequências, núcleos e cenas que me faziam pensar do porque eu estar assistindo essa série. E pra piorar, não possuí nem um protagonista interessante e cativante, como acontece em Jessica Jones, por exemplo. Ainda assim, a série conseguiu fazer com que eu ficasse um pouco descontente com o seu final, já que pareceu que ela iria seguir para um caminho interessante se tivesse continuado a existir.
Stranger Things (3ª Temporada)
4.2 1,3KContinuo gostando bastante dessa série. Meu medo, que fosse se tornar repetitiva, ainda não aconteceu, já que eles estão sabendo inserir bem o crescimento dos atores na narrativa da obra, e utilizando os elementos fantásticos como pivô do crescimento emocional e social dos personagens envolvidos. Tem alguns pontos e personagens que me desagradam, mas nada que prejudique a série demais. Enquanto os criadores souberem reinventar os elementos presentes na obra e acrescentar outros novos, ela vai continuar sendo muito divertida de se assistir.
Black Mirror (5ª Temporada)
3.2 959Em vez de comentar sobre a temporada como um todo, o que eu acho difícil, prefiro comentar o que eu achei episódio por episódio. Mas no geral, achei uma temporada boa, mas infelizmente não teve nenhum episódio que realmente me marcou e que eu tenha achado extraordinário.
01 - Striking Vipers - 4/5
Talvez seja o episódio mais hard sci-fi de toda a temporada. Apesar de faltar um senso de objetivo ao roteiro, é o episódio da temporada que levanta as discussões mais profundas, principalmente envolvendo afeto e atração sexual, e de como essas coisas são afetadas por muito mais especificidades do contexto no qual estamos localizados do que nós pensamos.
02 - Smithereens - 4/5
Meu favorito dessa temporada. Contém uma performance excelente do protagonista, que nos mantém tensos do início ao fim, por não sabermos qual o seu objetivo de fato. E quando esse é revelado, a banalidade com o qual é tratado reflete perfeitamente a discussão do episódio, sobre como a intensidade que esse tipo de evento nos comove é diretamente proporcional a facilidade que temos de esquece-los.
03 - Rachel, Jack and Ashley Too - 1/5
Péssimo final de temporada. Começa interessante, estabelecendo um paralelo entre as duas protagonistas, e como a geração de felicidade pode vir de uma fonte infeliz, mas depois descamba pra uma das histórias mais idiotas e infantis que eu já vi, com uma traminha de resgate sem pé nem cabeça que utiliza dos artifícios de roteiro mais absurdos pra solucionar seus problemas.
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraJá faz um tempo que a temporada terminou, então já consegui pensar e refletir melhor sobre o que achei da conclusão da série. E pra ser sincero, não foge muito do que já foi discutido por todo mundo: não discordo dos rumos que a série tomou, mas sim de como ela os tomou.
Cheguei a conclusão disso ao perceber que nas diversas discussões semanais, eu era uma das pessoas que mais defendia os episódios enquanto outros criticavam, mas sempre tinha um ponto em que todos concordavam: a série está muito corrida, resolvendo plots que foram construídos a série toda em questão de 1 episódio apenas. O que deixa um certo gosto amargo, já que estamos vendo aquilo que provavelmente é a melhor decisão narrativa, mas que não é desenvolvido da forma excepcional que a série sempre desenvolveu seus plots e, principalmente, seus personagens.
Apenas não compartilho desse ponto em relação ao último episódio, que na minha opinião foi muito ruim de fato, com diversas decisões sem a menor lógica temática e até mesmo estúpidas, que não fazem sentido com a própria construção de universo que a série fez. O que é uma pena, já que a série deixa pra cometer os erros mais graves não só na última temporada, como também no último episódio dela, meio que deslegitimando o imenso número de pontos positivos que a série sempre possuiu.
Além de que, a maioria das pessoas agora irão sempre ter um pé atrás ao recomendar ela para alguém que nunca a tenha visto, já que, apesar de fazer parte da história não só das séries de TV como da cultura pop em geral, ela não vai mais possuir o brilho que as discussões semanais davam para ela, e ainda vai carregar pra sempre o estigma de série com um final ruim, o que invalida a trajetória como um todo para muitas pessoas. Mas não para mim, felizmente.
American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace (2ª Temporada)
4.1 392 Assista AgoraAchei a história bem interessante, principalmente porque não sabia nada sobre ela, então foi instigante ir descobrindo sobre os assassinatos e sobre a psique do protagonista. Ainda assim, não encontrei nenhum motivo temático para a montagem da temporada ser feita ou contrário, além de ter achado os núcleos do assassino e do Versace desconexos.
True Detective (3ª Temporada)
4.0 285Achei muito boa essa temporada. Acredito que o ponto forte fique tanto pela montagem, que faz um excelente trabalho em mesclar as 3 linhas temporais de forma clara, quanto pelas ótimas atuações auxiliadas pelo trabalho de maquiagem magistral. Além disso, o roteiro cria um caso instigante e justifica a narrativa através do problema de Alzheimer do personagem principal. Só peca pelo final ser expositivo demais, tanto pela forma que revelado, quanto por ser mais explícito que o necessário.
Unbreakable Kimmy Schmidt (4ª Temporada)
4.0 145 Assista AgoraUnbreakable Kimmy Schmidt sempre foi uma série que me agradou muito, principalmente pelos seus personagens, sempre muito carismáticos e engraçados.
Acredito que essa temporada se manteve na média da série, e ainda conseguiu fecha-la de forma coerente com seu tema: sobre traumas que passamos por nossa vida, a forma como lidamos com eles e como podemos melhorar o mundo para que outras pessoas não passem por eles também.
Fico triste que acabou, porém feliz que não se estendeu o suficiente para se tornar sem graça, além de ter terminado de forma tão positiva e com uma mensagem tão importante.
Jessica Jones (2ª Temporada)
3.6 286 Assista AgoraEu gosto muito da protagonista e de todos os conflitos que a envolvem, como desamparo familiar, depressão e falta de confiança. Mas fazendo uma crítica recorrente das séries Marvel/Netflix, devo dizer o número de episódios é excessivamente grande, principalmente porque mais da metade do tempo é gasto com personagens completamente irritantes que não despertam interesse nenhum. A única que ainda se salva é a Hogarth. Infelizmente, bem abaixo do nível da primeira temporada.
Seinfeld (5ª Temporada)
4.6 56 Assista AgoraContinua excelente, os personagens continuam ótimos, e os episódios sempre trazem um roteiro criativo e extremamente engraçado. Só um pouco abaixo da anterior por não ter uma trama que envolve a temporada como um todo, apesar deles relembrarem de certos acontecimentos passados.
House of Cards (6ª Temporada)
3.1 202 Assista AgoraFalando da temporada em si, eu achei muito ruim, quase beirando o péssimo. Não acho que a Robin Wright não consiga segurar o protagonismo, mas acho que a personagem não tenha sido construída para ocupar tal cargo, o que gera uma sensação de estranheza, principalmente pela forma abrupta com que isso acontece.
Porém, esse nem é o maior problema, visto que a trama contada é genérica, recheada de forçações que só servem para movimenta-lá, personagens rasos, e uma pressa que transforma o exagerado número de acontecimentos em uma grande bagunça.
O que é triste. House of Cards poderia ter entrado para história das séries não só pela sua trama inteligente e grandes atuações, mas também pela inovação na linguagem e narrativa das séries de TV em geral. Infelizmente, por questões que vão além da capacidade criativa dos envolvidos, a série encerrou sua trajetória dessa forma deprimente.
House of Cards poderia ter entrado no panteão de séries como The Sopranos ou Breaking Bad. Porém, vai ficar relegada à memória das pessoas ao lado de séries como Dexter.
Better Call Saul (4ª Temporada)
4.4 230 Assista AgoraConsidero a terceira temporada a melhor da série, e acho que essa não foi tão boa quanto, apesar de ter achado excelente. Talvez por se tratar mais de uma temporada de preparação do que de consequência.
Isso principalmente envolvendo o núcleo do Mike, Gus e os mexicanos. Me pareceu muita preparação para algo que ainda esta por vir. Ainda assim, a construção das relações tanto entre Gus e Hector como entre Mike e Werner são muito bem apresentadas. Essa última principalmente, e o fato dela ter sido tão bem feita é o que causa toda dor pela ação tomada no final da temporada.
Eu tive esse mesmo sentimento em relação ao núcleo envolvendo o Jimmy e a Kim durante a temporada, porém, o final já trouxe payoffs mais recompensadores. E meu senhores, que final magistral. A começar pela incrível construção do distanciamento envolvendo os dois personagens, e a frustração do Jimmy em não conseguir acompanhar a companheira na trilha que essa está seguindo.
Mas nada foi mais genial que a forma como eles trataram o ponto de virada de Jimmy se transformando em Saul. A tristeza que dá quando ele faz o discurso para a menina que não conseguiu a bolsa de estudos vem justamente do vazio que aquelas palavras carregam, por ele mesmo sofrer desse preconceito, e saber que as coisas não dão certo apesar de você querer que elas deem. E no final, quando ele aceita a sua realidade, e age não como ele é, mas como as pessoas esperam que ele aja, e manda um "S'all good, man!" para a Kim, puta que pariu, eu vibrei demais por estar presenciando uma das melhores construções de personagem da história.
Seinfeld (4ª Temporada)
4.6 86 Assista AgoraA única coisa que me incomodavam nas temporadas anteriores era o fato da série não possuir um continuidade, onde os atos de um episódio eram ignorados nos episódios seguintes. Mas para minha surpresa, isso não aconteceu nessa daqui, o que melhorou em muito a série e elevou ela a um patamar espetacular. Os personagens estão simplesmente incríveis, e o roteiro dos episódios foram afiadíssimos, e principalmente, engraçadíssimos. Espero que as próximas temporadas mantenham a continuidade e possuam episódios tão bons quanto essa possui.
Orange Is the New Black (6ª Temporada)
4.0 291Achei uma temporada bem eficiente, principalmente em relação a apresentação do novo cenário e das personagens que o habitam. É quase como se voltássemos a primeira temporada, onde somos inseridos em um lugar coberto de desconfianças, já não conhecemos nada sobre ele, porém, com a perspectiva de várias personagens, e não de apenas uma só. Além disso, a trama é sempre galopante, com acontecimentos que nunca fazem ela parar, e contribuem para a temática da série, sobre os problemas do sistema carcerário estadunidense. E como eu sempre digo, essa série sabe fazer finais de temporadas como ninguém. E aqui, eu só não faço a minima ideia de como ela irá continuar (apesar das pontas soltas), como também não sei se existe a necessidade da série continuar por muito mais tempo.
3% (2ª Temporada)
3.8 273 Assista AgoraAcho que a série continua eficiente, principalmente em como aborda sutilmente temas como desigualdade social, rivalidade política, e até mesmo a chegada da idade. Além disso, a construção dos personagem se mostrou mais concisa do que na primeira temporada, com desenvolvimentos mais coesos à narrativa.
O problema é que essas características são envoltas por uma trama completamente boba, com reviravoltas desnecessárias e mal planejadas, personagens que voltam apenas pra não desempenharem nenhuma função relevante, além das inconsistências dentro do próprio universo da série.
Westworld (2ª Temporada)
4.2 491Simplesmente incrível. Uma série que não subestima o seu espectador, exigindo e desafiando ele a entender toda a sua complexidade narrativa e conceitual. Essa temporada não peca em questão de ritmo como a primeira, utilizando todo o seu tempo para desenvolver minuciosamente a sua trama e seus personagens. além de tecer um comentário sobre a humanidade e todos os seus temores e simplicidades.
The Walking Dead (8ª Temporada)
3.4 555 Assista Agora*sigh*
Não sei mais o que comentar dessa série. Acho que ela até continua eficiente em alguns aspectos, mas pra mim já deu. Não sei se eu vou ter paciência pra continuar assistindo outras temporadas de uma história que eu simplesmente não me importo mais. E só de pensar que eles vão continuar esticando ela até sei lá quando, só me deixa mais desmotivado ainda.
Sense8 - Episódio Final
4.2 343A única coisa boa desse episódio é que ele finalmente encerra de vez essa série, porque de resto, parece que foi tudo feito da forma mais tosca e zuada de propósito, quase que como um protesto ao próprio cancelamento.
Seinfeld (3ª Temporada)
4.5 101 Assista AgoraSe for pra mim reclamar de alguma coisa, vai continuar sendo sobre o fato da serie ter poucas consequências. As coisas que acontecem nunca tem resultados em episódios futuros. Mas tirando isso, que eu já estou me acostumando (afinal, esse é o estilo da série), eu só estou gostando cada vez mais de Seinfeld, dos personagens e principalmente da relação entre eles.
Seinfeld (2ª Temporada)
4.3 93 Assista AgoraEssa temporada já é melhor que a primeira. Tem mais conteúdo, dá pra conhecer mais os personagens, e é mais engraçada. Ainda assim, me incomoda que a série não tenha consequências. Coisas que acontecem em alguns episódios, que deveriam influenciar os outros episódios da série, como o Seinfeld e a Elaine voltando a ser um casal, é simplesmente ignorada nos episódios posteriores. Pelo menos já deu pra ter uma ideia de como vai ser a série daqui pra frente.
Altered Carbon (1ª Temporada)
3.8 358 Assista AgoraA série até começa bem, já que o conceito é interessante, e a premissa apresentada consegue fisgar o telespectador. O problema é que ela se perde, principalmente na inserção de subtramas completamente desnecessárias, como também pelo alongamento de sua duração. Além disso, aquele mistério inicial que era o que interessava de fato, é resolvido da forma mais tosca possível, em uma cena digna das novelas mexicanas mais safadas.
The Wire (5ª Temporada)
4.6 113Sobre a temporada em si, não acho que seja tão boa quanto as duas anteriores, apesar de continuar excelente. Penso que a trama foi um pouco extrapolada, destoando daquela realidade crua que as temporadas anteriores empregavam. Mas tirando isso, ela mantém todas as qualidades, focando dessa vez na mídia, e fechando a série com vários elementos de outras temporadas.
Sobre a série como um todo, acho que ela encerrou de forma perfeita. Para mim, The Wire é um estudo extremamente realista do mundo do tráfico e de todas as vertentes que o influenciam. E a conclusão final é de que não importa as pessoas que passem por ele; elas são apenas peças de um sistema que sempre continuará ali, e que sempre servirá de palco para que essas pessoas desempenhem seus papéis marcados. Um pouco amargo, mas que reflete a realidade do nosso mundo. Realidade que série nenhuma conseguiu refletir tão bem como The Wire.
The Wire (4ª Temporada)
4.7 84Em sua jornada em retratar o mundo do tráfico, The Wire dessa vez aborda o mundo das crianças e adolescentes, e de como eles são engolidos por esse mundo perverso. E a realidade e crueza com que isso é tratado é muito impactante, mostrando todos os diversos fatores que levam essas crianças a entrar nesse mundo, e de que as vezes o problema é muito mais complexo do que o sistema de ensino (não que isso também não seja um problema, mas não é o único que precisa de reparação). Além disso, a série continua fazendo muito bem o que já fazia antes, que é equilibrar os diversos núcleos, e desenvolver muito bem seus personagens.
The Wire (3ª Temporada)
4.7 78Uma temporada absolutamente espetacular, que poderia facilmente ser a última, e teria encerrado de forma primorosa a série. Os personagens e suas relações continuam sendo desenvolvidas de forma primorosa, e a trama entra num afunilamento extremamente tenso. Além disso, com a inclusão do núcleo político e as ações do Major Colvin, a série levanta a discussão de legalização das drogas, e conclui da forma que todos nós conhecemos: de que é uma guerra perdida. Uma eterna corrida de gato e rato, onde quando o traficante é preso ou morto (como acontece com Stringer e Avon), sempre há outro para tomar o seu lugar, dando início novamente a esse ciclo desnecessário e sem fim.