O meu maior problema com essa temporada é a sua megalomania no trecho final. Achei aquela loucura com robôs gigantes e raio lasers meio desnecessário. Mas tirando isso, foi uma boa temporada, que encerrou de forma satisfatória o arco da protagonista, e fez reflexos muito bons com a outra série, como também com o nosso mundo.
Continua excelente, mas acho que decaiu o nível um pouco em relação a primeira. Mantém as qualidades da anterior, com os ótimos personagens, e uma trama muito bem desenvolvida, que mostra de forma muito categórica os caminhos que a investigação toma. Além disso, gostei que eles mantiveram o foco no núcleo dos traficantes da temporada passada, mesmo inserindo um novo completamente diferente, apesar de possuir conexões. Porém, o fato do núcleo dos policiais ter se distanciado tanto dos do traficantes quebrou um pouco do ritmo da temporada. Mas ainda assim, continua muito boa, e me deixou instigado para a próxima.
Melhor temporada até agora. Cria uma trama cativante, que utiliza muito bem acontecimentos anteriores, e traz as melhores cenas de ação da série até agora. Além disso, apresenta bons novos vilões, que sintetizam o conflito que o mundo da série está enfrentando, que é como se reorganizar depois dos eventos disruptivos que aconteceram, e o embate entre ideologias que buscam formas diferentes de alcançar essa reorganização.
Faz uma excelente história de investigação, mostrando de forma clara todos os passos e caminhos que os detetives tomaram, dando espaço pra mostrar como cada um teve sua contribuição para que aquele caso fosse resolvido. Mas o melhor mesmo é como a série também desenvolve a relação entre seus personagens, não só da parte dos policiais, como também da parte dos traficantes, e como também dos personagens adjacentes aquela situação. Gosto ainda de como é uma temporada que apesar de dar brechas pra continuação, ela encerra um arco nela própria, fazendo diversos ecos do começo com o final da temporada, e encerrando de forma até pessimista. Enfim, estou bem ansioso para as próximas.
Em vez de comentar sobre a temporada como um todo, o que eu acho difícil, prefiro comentar o que eu achei episódio por episódio. Mas no geral, achei uma temporada bem boa. Não entendi o hate que ela sofreu, já que pra mim continua sendo o que Black Mirror sempre foi: uma ficção científica, com sua parcela de episódios bons, mas também com sua parcela de episódios medíocres.
01 - USS Callister - 4/5
Já subverte as expectativas nos primeiros minutos de exibição. Fiquei imaginando como eles iriam fazer essa suposta paródia de Star Trek, e gostei de como inseriram ela dentro de uma trama tensa e instigante, que trata sobre frustrações e a psicopatia da vida privada, além de voltar com um tema que foi tratado também em White Christmas, sobre até onde uma I.A. pode ser considerada humana e ter seus sentimentos levados em consideração.
02 - Arkangel - 3/5
Tem uma premissa interessante, e discute um tema diferente, sobre superproteção parental, e como isso influência na vida dos jovens em seu desenvolvimento. Aliás, gostei de como o episódio reflete uma situação do seu início no seu final. Mas ainda assim, quando terminou, me causou uma sensação de indiferença, não que isso o torne ruim.
03 - Crocodile - 4/5
Estava achando esse episódio desinteressante em seu início, porém ele melhora muito em seu decorrer. Apesar da falta de um tema ou discussão (até tem algo ali envolvendo memórias, mas nada muito profundo), é um excelente exercício de gênero, resultando numa narrativa bem intrigante e bastante tensa, que vai te deixando cada vez mais grudado na cadeira, e te deixa assim até os últimos segundos do episódio.
04 - Hang the DJ - 5/5
Episódio espetacular. É um pouco chupinhado do filme O Lagosta, mas só em seu conceito, e não em desenvolvimento. Possui uma construção muito fluida e tocante, que trata sobre a sistematização das relações humanas, além de expor nossa necessidade de tornar mensurável algo que sabemos ser impossível de medir. Só que não, já que o twist no final desse episódio subverte completamente a construção que o episódio inteiro fez, e me deixou extremamente desnorteado, sem saber direito o que pensar sobre ele.
05 - Metalhead - 2/5
Puro exercício de estética. A direção até consegue, hora ou outra, criar cenas tensas, mas no geral é só um episódio raso e sem propósito, com um pseudo-desenvolvimento que também não leva a lugar nenhum. Pelo menos é um episódio curto, então não chega a ser cansativo a ponto de se tornar desprezível.
06 - Black Museum - 5/5
Que episódio legal. Engraçado e divertido, faz diversas referencias à outros episódios, e conta histórias muito interessantes, que mostram tecnologias que parecem excelentes à primeira vista, mas se revelam totalmente deturpadas. E o melhor é que poderiam ser histórias completas por si só, mas elas ainda servem pra contar um arco no geral.
Apesar do primeiro episódio ser excelente, e a reta final também ser boa, a série tem uma bela enrolada ali no meio dela, com muitos episódios arrastados e que demoram em avançar a trama. Ainda assim, é bem violenta, sanguinária, e trás temas e construções interessantes. Pena que tudo dissolvido em longos 13 episódios.
No meu comentário da 2ª temporada, falei que ficava divido com a série, pois gostava mais das partes que mostravam o processo criativo dos pratos, do que da biografia do chef. Enfim, depois disso, eu li e conversei sobre a série, e meio que entendi sobre o que a série é, e fui assistir essa temporada com outra visão. E eu gostei muito, muito mais. A verdade é que essa não é uma série sobre comida, e sim sobre pessoas, e aí sim, sua relação com a comida. E quando você vai com o mindset certo, você aprecia muito mais, que nem aconteceu comigo. Vou dizer que até deu vontade de rever as outras temporadas.
Sobre aparências, sobre relações familiares, sobre manter o status quo de uma situação prejudicial pra não sofrer com as opiniões alheias. Desenvolve muito bem suas situações e suas personagens, mostrando como tudo é muito complexo, tal qual a vida real. Atuações fantásticas, e ótima trilha sonora. Peca por uma coincidência no final, mas é de fato uma minissérie excepcional.
Room 104 é como um laboratório para os irmãos Duplass. Aqui, eles fazem todos os tipos de experimentação, seja com roteiro, seja com narrativa, e vêem o que sai. Infelizmente, nem todos os resultados são bons, mas na média, é uma série interessante, e diferente da maioria.
Muito boa, tal qual a primeira temporada. Inclusive, são até bem parecidas em termo de estrutura. Claro que a trama é diferente, e os personagens estão evoluídos. Pena que nem todos funcionam como os protagonistas - e teve um certo núcleo que me incomodou profundamente nessa aqui. Ainda sim é cativante, nostálgica e divertida em diversos momentos.
Continua no mesmo nível das anteriores. Divertida, engraçada e nonsense, ao mesmo tempo que provoca reflexões e constrói seus personagens de forma sútil. Tem uma trama ali por trás sendo construída, que apesar de ser instigante, eu não sei muito bem pra onde está indo. O hype é real, inclusive o meu para a próxima temporada.
Continua excelente. Engraçada, inteligente, reflexiva apesar de não parecer. Tem a parte de criação de universo ali, mas não me interessa tanto por enquanto. Prefiro mesmo o humor e o niilismo (desculpe, mas tive que usar essa palavra).
Resolvi assistir por causa do hype, e olha, ele não existe à toa, porque essa primeira temporada é excelente. O contraste entre a sua não aparente profundidade, com a engraçadíssima autoconsciência de que nenhuma daquelas situações fazem sentido, é genial. Além do mais, gostei que não é totalmente episódica. Tem uma continuidade ali, que apesar de sútil, serve pra não tirar o peso das situações passadas.
Excelente série. Concisa, com uma trama cativante, bons personagens, diálogos primorosos, ótima trilha-sonora, e uma cinematografia bela. Só peca por esquecer alguns núcleos pelo caminho, mas nada que não possa ser resolvido na próxima e extremamente aguardada temporada.
É engraçada em alguns momentos, e o personagens são divertidos, mas ainda não deu pra mostrar para o que veio, principalmente por ser muito curta. Mas vou continuar assistindo.
Enervante, angustiante, uma atmosfera quase torturante, assim como a situação daquelas personagens, sempre encurraladas tal qual a lógica visual da série apresenta elas, sem vida, sem esperança. Apesar de ter uma certa barriga no meio da temporada, não deixa de ser a excelente série que está sendo considerada. Um grande espelho de reflexo metafórico de nossa sociedade atual.
Não vou ser hipócrita de dizer que achei tão boa quanto as anteriores, pois não acho que foi. Principalmente no início da temporada, que estava um pouco arrastada até eu me acostumar com os novos personagens e a nova trama. Mas depois que isso aconteceu, a série decolou, e ficou muito boa mesmo. Gosto principalmente do senso de progressão e acontecimentos que ela criou, transmitindo de forma clara como se chegam a certos pontos e quais consequências eles causam. Enfim, gostei, e estou ansioso para a próxima.
Esse segundo livro mudou completamente o paradigma do universo de Avatar com o conceito do mundo espiritual. Devo dizer que gostei mais do caminho que a primeira temporada estava levando, com uma pegada mais política, mas mesmo assim gostei desse novo conceito mais místico e a nova escala que ele significa. Meus únicos problemas são que algumas coisas ficaram um pouco mal explicadas (não sei se elas serão explicadas futuramente), e a temporada tem uma bela queda de ritmo no meio dela, mas que é compensado pelos últimos episódios.
Assisti por acaso essa série, e devo dizer que é bem boa. Principalmente por parte do roteiro, que é cheio de um humor contraditório e sarcástico já característico do Louis C.K., além do elenco também ser engraçado. O maior problema pra mim na verdade é o fato disso estar preso dentro da fórmula já clichê das sitcoms americanas, com aquela risadinha de fundo irritante, e a estrutura episódica, o que impede a elaboração de tramas mais complexas. Não é uma obra-prima como Horace and Pete viria a ser, mas vai garantir umas boas risadas se você estiver disposto a assistir, e não se importar com o fato de ter sido cancelada, o que é uma pena, já que ela poderia ter evoluído bem mais.
Game of Thrones é um evento. Mesmo a série tomando decisões que não me agradaram, e sendo conduzida de formas toscas e apressadas em alguns momentos, com núcleos que não funcionam e apelam para o fan service, é sempre divertido discutir e comentar sobre ela. E apesar de coisas ruins, essa temporada ainda foi muito boa. Em questões de produção, por exemplo, ela foi primorosa, talvez a melhor até agora. Além disso, ela fez um ótimo trabalho em conduzir tudo para os finalmentes, com cenas de batalhas incríveis, e finalmente dando payoffs que tanto esperávamos. É uma série que, mesmo desagradando pontualmente, vai deixar aquele vácuo até a próxima temporada, que infelizmente vai ser a última. Os domingos vão voltar a ficar sem graça agora.
Depois das boas temporadas de Demolidor, da ótima temporada de Jessica Jones, da irregular temporada de Luke Cage e da péssima temporada de Punho de Ferro, chegamos no ponto final do que podemos chamar de primeira fase do universo Marvel na Netflix. E apesar de ser melhor do que as duas últimas séries, não conseguiu manter o nível posto pelas primeiras.
Continuando a trama do Tentáculo, que já tinha se iniciado nas séries do Demolidor e do Punho de Ferro, Defensores nos apresenta à líder do grupo, Alexandra (Weaver), e seu plano que, com a ajuda de Elektra (Yung) revivida, visa reunir os outros chefes do Tentáculo para capturar Danny Rand (Jones), já que necessitam do poder do Punho de Ferro para atingirem seu objetivo: a imortalidade. E é nesse cenário que os outros heróis se vêem envolvidos, e se unem para salvar a sua cidade.
Assim como foi em Vingadores no cinema, a Marvel aqui não tinha muito trabalho, já que todos os seus heróis já tinham sido apresentados antes. Então, era só nos dar a premissa, e desenvolver a relação de seus protagonistas dentro dela. E esse é um dos pontos que considero positivos da série, já que a interação entre eles se revela os momentos mais interessantes da trama, como no episódio do restaurante, que é focado nessa relação. E apesar de Cox, Ritter, Colter e Jones não oferecerem atuações extraordinárias (principalmente o último, que é bem medíocre), eles funcionam aqui.
Outro ponto positivo é a vilã de Weaver. Sempre mantendo uma postura de poder e autoridade na frente de outros, sejam companheiros ou inimigos, Alexandra também demonstra uma certa fragilidade e humanidade, especialmente em seus momentos com Elektra, agindo de forma quase que maternal para com a personagem. E mesmo sendo confiante em relação ao plano que projetou, ela não deixa de sugerir uma certa insegurança quando vê que este possa estar saindo de seu controle.
Porém, e infelizmente, é nela que começam os problemas da série. Repetindo uma fórmula que já se mostrou errada em Luke Cage - spoilers a seguir -, a decisão de matar Alexandra na metade da temporada se revela completamente desastrosa, deixando o cargo de vilão nas mãos de outros personagens que não possuem o mesmo carisma, e não terem sido desenvolvidos para serem.
Além disso, a série insiste em perder tempo com os núcleos e personagens secundários das outras séries, que poderiam até estarem presentes aqui, já que eles fazem parte desse universo. mas que não deveriam tirar tempo da trama principal para serem desenvolvidos.
Contendo ainda algumas cenas e diálogos constrangedores, como também cenas de ação pouco inventivas, Defensores pode até não ser um desastre, mas com certeza não supriu as expectativas que foram prometidas, o que pode fazer algumas pessoas saírem dela com um gosto amargo na boca.
Bem mais ou menos. A produção é até boa e convence, e a história, além de tratar de um tema interessante, é cativante. O problema é que ela se revela extremamente apressada, inserindo em uma mesma temporada um milhão de coisas, o que causa também passagens de tempo nada orgânicas. Junto disso, ainda tem as interpretações, que são em sua maioria medíocres, se salvando apenas um ou outro ator. Creio que melhore daqui pra frente (e eu espero que melhore), já que essa não é tudo isso que prometeram.
Acabei de terminar de assistir e ainda estou desnorteado. É a melhor temporada da série. É a mais melancólica e dramática de todas, com as tramas e discussões se desenrolando de forma envolvente. (Spoilers a seguir) A morte do Nate foi surpreendente, mas o que mais me impressionou foi a sequência final. Acho que nunca fiquei tão impactado e emocionado com o final de uma série. Fechou de forma perfeita a temática que foi abordada ao longo das 5 temporadas: de que a morte vai chegar pra todos nós, não importa se vai ser quando você tiver 40 ou 102 anos. Então, o melhor a se fazer é viver ela plenamente, seja como for. No fim, não é uma série sobre a morte, e sim sobre a vida, e o que fazemos no precioso tempo que temos dela.
Tava gostando muito dessa temporada. Foi a que eu estava mais gostando de assistir. Talvez pelo fato de eu já estar muito apegado aos personagens, e já estar envolvido em seus conflitos. Só que não sei porque eles tiveram que fazer aquela bosta no último episódio, com relação ao desfecho da Lisa.
O principal conflito do Nate durante a temporada foi ele tendo que lidar com a morte dela e, principalmente, lidar com o fato de não saber como ela tinha morrido. E eles inventarem aquele negócio com o cunhado sem nenhuma preparação foi uma desgraça sem tamanho.
Enfim, vamos pra reta final agora. Falam que é a melhor temporada, então estou ansioso.
Avatar: A Lenda de Korra (4ª Temporada)
4.2 192O meu maior problema com essa temporada é a sua megalomania no trecho final. Achei aquela loucura com robôs gigantes e raio lasers meio desnecessário. Mas tirando isso, foi uma boa temporada, que encerrou de forma satisfatória o arco da protagonista, e fez reflexos muito bons com a outra série, como também com o nosso mundo.
The Wire (2ª Temporada)
4.4 73Continua excelente, mas acho que decaiu o nível um pouco em relação a primeira. Mantém as qualidades da anterior, com os ótimos personagens, e uma trama muito bem desenvolvida, que mostra de forma muito categórica os caminhos que a investigação toma. Além disso, gostei que eles mantiveram o foco no núcleo dos traficantes da temporada passada, mesmo inserindo um novo completamente diferente, apesar de possuir conexões. Porém, o fato do núcleo dos policiais ter se distanciado tanto dos do traficantes quebrou um pouco do ritmo da temporada. Mas ainda assim, continua muito boa, e me deixou instigado para a próxima.
Avatar: A Lenda de Korra (3ª Temporada)
4.4 168Melhor temporada até agora. Cria uma trama cativante, que utiliza muito bem acontecimentos anteriores, e traz as melhores cenas de ação da série até agora. Além disso, apresenta bons novos vilões, que sintetizam o conflito que o mundo da série está enfrentando, que é como se reorganizar depois dos eventos disruptivos que aconteceram, e o embate entre ideologias que buscam formas diferentes de alcançar essa reorganização.
The Wire (1ª Temporada)
4.6 170Faz uma excelente história de investigação, mostrando de forma clara todos os passos e caminhos que os detetives tomaram, dando espaço pra mostrar como cada um teve sua contribuição para que aquele caso fosse resolvido. Mas o melhor mesmo é como a série também desenvolve a relação entre seus personagens, não só da parte dos policiais, como também da parte dos traficantes, e como também dos personagens adjacentes aquela situação. Gosto ainda de como é uma temporada que apesar de dar brechas pra continuação, ela encerra um arco nela própria, fazendo diversos ecos do começo com o final da temporada, e encerrando de forma até pessimista. Enfim, estou bem ansioso para as próximas.
Black Mirror (4ª Temporada)
3.8 1,3KEm vez de comentar sobre a temporada como um todo, o que eu acho difícil, prefiro comentar o que eu achei episódio por episódio. Mas no geral, achei uma temporada bem boa. Não entendi o hate que ela sofreu, já que pra mim continua sendo o que Black Mirror sempre foi: uma ficção científica, com sua parcela de episódios bons, mas também com sua parcela de episódios medíocres.
01 - USS Callister - 4/5
Já subverte as expectativas nos primeiros minutos de exibição. Fiquei imaginando como eles iriam fazer essa suposta paródia de Star Trek, e gostei de como inseriram ela dentro de uma trama tensa e instigante, que trata sobre frustrações e a psicopatia da vida privada, além de voltar com um tema que foi tratado também em White Christmas, sobre até onde uma I.A. pode ser considerada humana e ter seus sentimentos levados em consideração.
02 - Arkangel - 3/5
Tem uma premissa interessante, e discute um tema diferente, sobre superproteção parental, e como isso influência na vida dos jovens em seu desenvolvimento. Aliás, gostei de como o episódio reflete uma situação do seu início no seu final. Mas ainda assim, quando terminou, me causou uma sensação de indiferença, não que isso o torne ruim.
03 - Crocodile - 4/5
Estava achando esse episódio desinteressante em seu início, porém ele melhora muito em seu decorrer. Apesar da falta de um tema ou discussão (até tem algo ali envolvendo memórias, mas nada muito profundo), é um excelente exercício de gênero, resultando numa narrativa bem intrigante e bastante tensa, que vai te deixando cada vez mais grudado na cadeira, e te deixa assim até os últimos segundos do episódio.
04 - Hang the DJ - 5/5
Episódio espetacular. É um pouco chupinhado do filme O Lagosta, mas só em seu conceito, e não em desenvolvimento. Possui uma construção muito fluida e tocante, que trata sobre a sistematização das relações humanas, além de expor nossa necessidade de tornar mensurável algo que sabemos ser impossível de medir. Só que não, já que o twist no final desse episódio subverte completamente a construção que o episódio inteiro fez, e me deixou extremamente desnorteado, sem saber direito o que pensar sobre ele.
05 - Metalhead - 2/5
Puro exercício de estética. A direção até consegue, hora ou outra, criar cenas tensas, mas no geral é só um episódio raso e sem propósito, com um pseudo-desenvolvimento que também não leva a lugar nenhum. Pelo menos é um episódio curto, então não chega a ser cansativo a ponto de se tornar desprezível.
06 - Black Museum - 5/5
Que episódio legal. Engraçado e divertido, faz diversas referencias à outros episódios, e conta histórias muito interessantes, que mostram tecnologias que parecem excelentes à primeira vista, mas se revelam totalmente deturpadas. E o melhor é que poderiam ser histórias completas por si só, mas elas ainda servem pra contar um arco no geral.
O Justiceiro (1ª Temporada)
4.2 569Apesar do primeiro episódio ser excelente, e a reta final também ser boa, a série tem uma bela enrolada ali no meio dela, com muitos episódios arrastados e que demoram em avançar a trama. Ainda assim, é bem violenta, sanguinária, e trás temas e construções interessantes. Pena que tudo dissolvido em longos 13 episódios.
Chef's Table (3ª Temporada)
4.5 23No meu comentário da 2ª temporada, falei que ficava divido com a série, pois gostava mais das partes que mostravam o processo criativo dos pratos, do que da biografia do chef. Enfim, depois disso, eu li e conversei sobre a série, e meio que entendi sobre o que a série é, e fui assistir essa temporada com outra visão. E eu gostei muito, muito mais. A verdade é que essa não é uma série sobre comida, e sim sobre pessoas, e aí sim, sua relação com a comida. E quando você vai com o mindset certo, você aprecia muito mais, que nem aconteceu comigo. Vou dizer que até deu vontade de rever as outras temporadas.
Big Little Lies (1ª Temporada)
4.6 1,1KSobre aparências, sobre relações familiares, sobre manter o status quo de uma situação prejudicial pra não sofrer com as opiniões alheias. Desenvolve muito bem suas situações e suas personagens, mostrando como tudo é muito complexo, tal qual a vida real. Atuações fantásticas, e ótima trilha sonora. Peca por uma coincidência no final, mas é de fato uma minissérie excepcional.
Room 104 (1ª Temporada)
3.3 50Room 104 é como um laboratório para os irmãos Duplass. Aqui, eles fazem todos os tipos de experimentação, seja com roteiro, seja com narrativa, e vêem o que sai. Infelizmente, nem todos os resultados são bons, mas na média, é uma série interessante, e diferente da maioria.
Stranger Things (2ª Temporada)
4.3 1,6KMuito boa, tal qual a primeira temporada. Inclusive, são até bem parecidas em termo de estrutura. Claro que a trama é diferente, e os personagens estão evoluídos. Pena que nem todos funcionam como os protagonistas - e teve um certo núcleo que me incomodou profundamente nessa aqui. Ainda sim é cativante, nostálgica e divertida em diversos momentos.
Rick and Morty (3ª Temporada)
4.5 262Continua no mesmo nível das anteriores. Divertida, engraçada e nonsense, ao mesmo tempo que provoca reflexões e constrói seus personagens de forma sútil. Tem uma trama ali por trás sendo construída, que apesar de ser instigante, eu não sei muito bem pra onde está indo. O hype é real, inclusive o meu para a próxima temporada.
Rick and Morty (2ª Temporada)
4.6 245Continua excelente. Engraçada, inteligente, reflexiva apesar de não parecer. Tem a parte de criação de universo ali, mas não me interessa tanto por enquanto. Prefiro mesmo o humor e o niilismo (desculpe, mas tive que usar essa palavra).
Rick and Morty (1ª Temporada)
4.5 414Resolvi assistir por causa do hype, e olha, ele não existe à toa, porque essa primeira temporada é excelente. O contraste entre a sua não aparente profundidade, com a engraçadíssima autoconsciência de que nenhuma daquelas situações fazem sentido, é genial. Além do mais, gostei que não é totalmente episódica. Tem uma continuidade ali, que apesar de sútil, serve pra não tirar o peso das situações passadas.
Mindhunter (1ª Temporada)
4.4 804Excelente série. Concisa, com uma trama cativante, bons personagens, diálogos primorosos, ótima trilha-sonora, e uma cinematografia bela. Só peca por esquecer alguns núcleos pelo caminho, mas nada que não possa ser resolvido na próxima e extremamente aguardada temporada.
Seinfeld (1ª Temporada)
4.1 180É engraçada em alguns momentos, e o personagens são divertidos, mas ainda não deu pra mostrar para o que veio, principalmente por ser muito curta. Mas vou continuar assistindo.
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5KEnervante, angustiante, uma atmosfera quase torturante, assim como a situação daquelas personagens, sempre encurraladas tal qual a lógica visual da série apresenta elas, sem vida, sem esperança. Apesar de ter uma certa barriga no meio da temporada, não deixa de ser a excelente série que está sendo considerada. Um grande espelho de reflexo metafórico de nossa sociedade atual.
Narcos (3ª Temporada)
4.4 297Não vou ser hipócrita de dizer que achei tão boa quanto as anteriores, pois não acho que foi. Principalmente no início da temporada, que estava um pouco arrastada até eu me acostumar com os novos personagens e a nova trama. Mas depois que isso aconteceu, a série decolou, e ficou muito boa mesmo. Gosto principalmente do senso de progressão e acontecimentos que ela criou, transmitindo de forma clara como se chegam a certos pontos e quais consequências eles causam. Enfim, gostei, e estou ansioso para a próxima.
Avatar: A Lenda de Korra (2ª Temporada)
4.1 214Esse segundo livro mudou completamente o paradigma do universo de Avatar com o conceito do mundo espiritual. Devo dizer que gostei mais do caminho que a primeira temporada estava levando, com uma pegada mais política, mas mesmo assim gostei desse novo conceito mais místico e a nova escala que ele significa. Meus únicos problemas são que algumas coisas ficaram um pouco mal explicadas (não sei se elas serão explicadas futuramente), e a temporada tem uma bela queda de ritmo no meio dela, mas que é compensado pelos últimos episódios.
Lucky Louie (1ª Temporada)
4.1 4Assisti por acaso essa série, e devo dizer que é bem boa. Principalmente por parte do roteiro, que é cheio de um humor contraditório e sarcástico já característico do Louis C.K., além do elenco também ser engraçado. O maior problema pra mim na verdade é o fato disso estar preso dentro da fórmula já clichê das sitcoms americanas, com aquela risadinha de fundo irritante, e a estrutura episódica, o que impede a elaboração de tramas mais complexas. Não é uma obra-prima como Horace and Pete viria a ser, mas vai garantir umas boas risadas se você estiver disposto a assistir, e não se importar com o fato de ter sido cancelada, o que é uma pena, já que ela poderia ter evoluído bem mais.
Game of Thrones (7ª Temporada)
4.1 1,2KGame of Thrones é um evento. Mesmo a série tomando decisões que não me agradaram, e sendo conduzida de formas toscas e apressadas em alguns momentos, com núcleos que não funcionam e apelam para o fan service, é sempre divertido discutir e comentar sobre ela. E apesar de coisas ruins, essa temporada ainda foi muito boa. Em questões de produção, por exemplo, ela foi primorosa, talvez a melhor até agora. Além disso, ela fez um ótimo trabalho em conduzir tudo para os finalmentes, com cenas de batalhas incríveis, e finalmente dando payoffs que tanto esperávamos. É uma série que, mesmo desagradando pontualmente, vai deixar aquele vácuo até a próxima temporada, que infelizmente vai ser a última. Os domingos vão voltar a ficar sem graça agora.
Os Defensores
3.5 501Depois das boas temporadas de Demolidor, da ótima temporada de Jessica Jones, da irregular temporada de Luke Cage e da péssima temporada de Punho de Ferro, chegamos no ponto final do que podemos chamar de primeira fase do universo Marvel na Netflix. E apesar de ser melhor do que as duas últimas séries, não conseguiu manter o nível posto pelas primeiras.
Continuando a trama do Tentáculo, que já tinha se iniciado nas séries do Demolidor e do Punho de Ferro, Defensores nos apresenta à líder do grupo, Alexandra (Weaver), e seu plano que, com a ajuda de Elektra (Yung) revivida, visa reunir os outros chefes do Tentáculo para capturar Danny Rand (Jones), já que necessitam do poder do Punho de Ferro para atingirem seu objetivo: a imortalidade. E é nesse cenário que os outros heróis se vêem envolvidos, e se unem para salvar a sua cidade.
Assim como foi em Vingadores no cinema, a Marvel aqui não tinha muito trabalho, já que todos os seus heróis já tinham sido apresentados antes. Então, era só nos dar a premissa, e desenvolver a relação de seus protagonistas dentro dela. E esse é um dos pontos que considero positivos da série, já que a interação entre eles se revela os momentos mais interessantes da trama, como no episódio do restaurante, que é focado nessa relação. E apesar de Cox, Ritter, Colter e Jones não oferecerem atuações extraordinárias (principalmente o último, que é bem medíocre), eles funcionam aqui.
Outro ponto positivo é a vilã de Weaver. Sempre mantendo uma postura de poder e autoridade na frente de outros, sejam companheiros ou inimigos, Alexandra também demonstra uma certa fragilidade e humanidade, especialmente em seus momentos com Elektra, agindo de forma quase que maternal para com a personagem. E mesmo sendo confiante em relação ao plano que projetou, ela não deixa de sugerir uma certa insegurança quando vê que este possa estar saindo de seu controle.
Porém, e infelizmente, é nela que começam os problemas da série. Repetindo uma fórmula que já se mostrou errada em Luke Cage - spoilers a seguir -, a decisão de matar Alexandra na metade da temporada se revela completamente desastrosa, deixando o cargo de vilão nas mãos de outros personagens que não possuem o mesmo carisma, e não terem sido desenvolvidos para serem.
Além disso, a série insiste em perder tempo com os núcleos e personagens secundários das outras séries, que poderiam até estarem presentes aqui, já que eles fazem parte desse universo. mas que não deveriam tirar tempo da trama principal para serem desenvolvidos.
Contendo ainda algumas cenas e diálogos constrangedores, como também cenas de ação pouco inventivas, Defensores pode até não ser um desastre, mas com certeza não supriu as expectativas que foram prometidas, o que pode fazer algumas pessoas saírem dela com um gosto amargo na boca.
Vikings (1ª Temporada)
4.3 779Bem mais ou menos. A produção é até boa e convence, e a história, além de tratar de um tema interessante, é cativante. O problema é que ela se revela extremamente apressada, inserindo em uma mesma temporada um milhão de coisas, o que causa também passagens de tempo nada orgânicas. Junto disso, ainda tem as interpretações, que são em sua maioria medíocres, se salvando apenas um ou outro ator. Creio que melhore daqui pra frente (e eu espero que melhore), já que essa não é tudo isso que prometeram.
A Sete Palmos (5ª Temporada)
4.8 478Acabei de terminar de assistir e ainda estou desnorteado. É a melhor temporada da série. É a mais melancólica e dramática de todas, com as tramas e discussões se desenrolando de forma envolvente. (Spoilers a seguir) A morte do Nate foi surpreendente, mas o que mais me impressionou foi a sequência final. Acho que nunca fiquei tão impactado e emocionado com o final de uma série. Fechou de forma perfeita a temática que foi abordada ao longo das 5 temporadas: de que a morte vai chegar pra todos nós, não importa se vai ser quando você tiver 40 ou 102 anos. Então, o melhor a se fazer é viver ela plenamente, seja como for. No fim, não é uma série sobre a morte, e sim sobre a vida, e o que fazemos no precioso tempo que temos dela.
A Sete Palmos (4ª Temporada)
4.5 124Tava gostando muito dessa temporada. Foi a que eu estava mais gostando de assistir. Talvez pelo fato de eu já estar muito apegado aos personagens, e já estar envolvido em seus conflitos. Só que não sei porque eles tiveram que fazer aquela bosta no último episódio, com relação ao desfecho da Lisa.
O principal conflito do Nate durante a temporada foi ele tendo que lidar com a morte dela e, principalmente, lidar com o fato de não saber como ela tinha morrido. E eles inventarem aquele negócio com o cunhado sem nenhuma preparação foi uma desgraça sem tamanho.