Assisti em sequência: Linha Mortal e Além da Morte. Perderam uma grande chance de dar continuidade ao de 1990. Ainda mais que colocaram o personagem Nelson. Poderia ter tido uma maior importância na obra.
Sou muito fã dessa fotografia dos anos 80 e início dos anos 90. Em meio a isso, o cenário com uma pegada noir (meio "coração satânico"): trilhos e sons de metrô, noite, fumaça, poças d'água etc. Realmente sou um nostálgico. Gosto do granulado na tela pra me lembrar que é cinema, e não aquela imagem lisa de muitas produções atuais.
Sobre a temática do filme, gostei. Quantos de nós o passado, os arrependimentos, ainda nos assombram. E como fazer para evitá-los ou, no mínimo, repará-los? Ainda há tempo?
Entre acertos e erros das produções atuais, vejo muita qualidade narrativa em um passado cada vez mais distante. Onde contar uma boa história era mais importante do que o fator ideológico.
Pra ser coerente, 2.5 de 5 é o que posso oferecer. Na primeira hora achei interessante. Agora, na hora subsequente, para tudo que quero descer. Uma miscelânea de acontecimentos, somada a uma moral (moralidade?) superficial.
Problema que o filme se levou demasiadamente a sério. E deu no que deu.
Filme é bem claro em sua divisão: a primeira 1h, uma comédia familiar; a segunda hora, um drama existencial. Sorrentino nunca me decepcionou, apesar de este não ser o meu filme preferido dele.
A Mão de Deus tem ótimos planos fotográficos, diálogos inteligentes, humor ácido e, claro, Maradona e o Napoli.
Acho que peca um pouco pela duração, mas nada que torne o filme enfadonho ou comprometa seu ritmo.
Ao longo do tempo, eu tenho tentado separar as obras literárias das adaptações audiovisuais, avaliando cada uma no seu mundo, sem me deixar influenciar. Mas confesso que é um exercício que requer bastante empenho, e ainda assim, a chance de sair derrotado é grande. E em On The Road a minha derrota se torna evidente. Não consegui fugir das comparações, principalmente por ser um livro que me marcou muito.
Achei péssima a escolha de atores tanto do Sal como do Dean. A sexualização exacerbada da Marylou (bem no auge da Kristen Stewart) e a falta de poesia no contexto geral do filme. Outro ponto são as cenas jogadas em tela, em pequenos recortes que ficam vagos e superficiais, faltando mais profundidade, e as escolhas de Voice-Over. Eu não sou muito adepto a essa técnica, mas neste filme, nesta obra em especial, deveria ser muito mais explorada. Sal Paradise tem tanto a dizer, ao mesmo tempo a adaptação quase o cala.
Por fim, esse livro deveria ser transformado em série (mesmo que de uma temporada), e não ser exprimida numa produção de 139 minutos. Foi frustrante, tanto quando o vi no cinema, quando o revi agora, na HBO Max.
Legítimo filme que o cara torce pro vilão estripar todos os "mocinhos" de tão chatos e sem carismas que são (mesmo eu gostando muito quando filmes resgatam personagens antigos, com os mesmos atores).
Mas depois de tanto filme ruim que fizeram na franquia, acho que esta Trilogia dá pro gasto, um bom entretenimento.
Recomendo o episódio sobre a produção do Halloween (1978) da série Filmes que Marcam Época, na Netflix. É show saber como este clássico foi criado.
Depois de assistir duas vezes o filme, pude chegar a seguinte conclusão:
1) O beijo na Mary foi pura imaginação do Reverendo. A cena anterior quando Jeffers tenta abrir a porta e ela está trancada, não tá lá por acaso.
2) Dentro dos muitos diálogos do filme, há dois que engatilham a explicação da cena final: sobre a esperança e o desespero estarem ligadas, e sobre o questionamento do último pensamento de Michael antes de tirar a própria vida.
Ou seja, interpretei o final sendo um último pensamento de Toller antes da morte (depois de ter tomado o "veneno") e uma analogia à esperança (Mary) e o desespero (Toller) estarem juntos.
Dito isto, Paul Schrader se aproxima de sua maior criação, Taxi Driver, com um roteiro cheio de questionamentos, conflitos e de uma angústia tocante. Vai para minha galeria de filmes indispensáveis.
Além da Morte
2.6 497 Assista AgoraAssisti em sequência: Linha Mortal e Além da Morte. Perderam uma grande chance de dar continuidade ao de 1990. Ainda mais que colocaram o personagem Nelson. Poderia ter tido uma maior importância na obra.
Enfim... decepcionante.
Linha Mortal
3.5 256 Assista AgoraSou muito fã dessa fotografia dos anos 80 e início dos anos 90. Em meio a isso, o cenário com uma pegada noir (meio "coração satânico"): trilhos e sons de metrô, noite, fumaça, poças d'água etc. Realmente sou um nostálgico. Gosto do granulado na tela pra me lembrar que é cinema, e não aquela imagem lisa de muitas produções atuais.
Sobre a temática do filme, gostei. Quantos de nós o passado, os arrependimentos, ainda nos assombram. E como fazer para evitá-los ou, no mínimo, repará-los? Ainda há tempo?
Entre acertos e erros das produções atuais, vejo muita qualidade narrativa em um passado cada vez mais distante. Onde contar uma boa história era mais importante do que o fator ideológico.
Observadores
3.0 420 Assista AgoraPra ser coerente, 2.5 de 5 é o que posso oferecer. Na primeira hora achei interessante. Agora, na hora subsequente, para tudo que quero descer. Uma miscelânea de acontecimentos, somada a uma moral (moralidade?) superficial.
Problema que o filme se levou demasiadamente a sério. E deu no que deu.
Bar Doce Lar
3.5 132 Assista AgoraGostei da sensibilidade. Inclusive, comprei o livro.
Caminhos da Memória
2.8 216 Assista AgoraBom noir futurista. Como entretenimento, é valendo. Gostei do final.
Os Muitos Santos de Newark: Uma História Soprano
3.3 109 Assista AgoraCara, que foi isso? Problema que a HBO agora tá mais preocupada em fazer filme "popular", que não caia no cancelamento, do que boas histórias.
Sério, se o filme fosse feito em 2008, a pegada seria outra. O foco (principal merda do filme) também seria outro.
Que puta decepção.
Só valeu pela ambientação da época.
O Demolidor
3.3 405 Assista AgoraProfético! Em muitos, muitos detalhes!
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraBah, achei que o filme não acabaria nunca. Sentimento de ser muito maior do que realmente é. Uma mistureba de gênero, tom e foco.
Como sátira, pode ter seu valor, mas fora isso, é desembocando e chato.
E aquele final? Ah, por favor...
A Mão de Deus
3.6 189Filme é bem claro em sua divisão: a primeira 1h, uma comédia familiar; a segunda hora, um drama existencial. Sorrentino nunca me decepcionou, apesar de este não ser o meu filme preferido dele.
A Mão de Deus tem ótimos planos fotográficos, diálogos inteligentes, humor ácido e, claro, Maradona e o Napoli.
Acho que peca um pouco pela duração, mas nada que torne o filme enfadonho ou comprometa seu ritmo.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraBom filme. Dinâmica de atuação e diálogos muito entrosados. Entretanto, longo além da conta. Cortaria no mínimo, vinte minutos.
Na Estrada
3.3 1,9KAo longo do tempo, eu tenho tentado separar as obras literárias das adaptações audiovisuais, avaliando cada uma no seu mundo, sem me deixar influenciar. Mas confesso que é um exercício que requer bastante empenho, e ainda assim, a chance de sair derrotado é grande. E em On The Road a minha derrota se torna evidente. Não consegui fugir das comparações, principalmente por ser um livro que me marcou muito.
Achei péssima a escolha de atores tanto do Sal como do Dean. A sexualização exacerbada da Marylou (bem no auge da Kristen Stewart) e a falta de poesia no contexto geral do filme. Outro ponto são as cenas jogadas em tela, em pequenos recortes que ficam vagos e superficiais, faltando mais profundidade, e as escolhas de Voice-Over. Eu não sou muito adepto a essa técnica, mas neste filme, nesta obra em especial, deveria ser muito mais explorada. Sal Paradise tem tanto a dizer, ao mesmo tempo a adaptação quase o cala.
Por fim, esse livro deveria ser transformado em série (mesmo que de uma temporada), e não ser exprimida numa produção de 139 minutos. Foi frustrante, tanto quando o vi no cinema, quando o revi agora, na HBO Max.
Round 6 (1ª Temporada)
4.0 1,2K Assista AgoraBléh!
Halloween Kills: O Terror Continua
3.0 684 Assista AgoraLegítimo filme que o cara torce pro vilão estripar todos os "mocinhos" de tão chatos e sem carismas que são (mesmo eu gostando muito quando filmes resgatam personagens antigos, com os mesmos atores).
Mas depois de tanto filme ruim que fizeram na franquia, acho que esta Trilogia dá pro gasto, um bom entretenimento.
Recomendo o episódio sobre a produção do Halloween (1978) da série Filmes que Marcam Época, na Netflix. É show saber como este clássico foi criado.
Lucky
4.1 193 Assista AgoraEra o filme com a temática e ritmo que eu estava procurando. Introspectivo, reflexivo... Perfeito.
Drácula (1ª Temporada)
3.1 419Caberia no "Contos da Cripta", que passava na Bandeirantes.
Decepção total.
Valeu apenas pela frase em relação ao monstro e o advogado.
Messiah (1ª Temporada)
3.8 165 Assista AgoraEssa série me fez bem...
Vai muito do que se está vivendo e no que se acredita. E é aí que a série acerta, ao não dar certeza dos fatos.
Um cético vai pensar de um jeito, um Cristão de outro, um agnóstico de outro e assim por diante.
Admito que temia pela série, visto às últimas produções da Netflix sobre o tema. Mas confesso que acertaram em Messiah.
The Deuce (3ª Temporada)
4.3 40 Assista AgoraSérie enxuta, focada em personagens reais, tocantes; mostrando com maestria o cenário de uma (as) época.
Entre às minhas prateleiras de séries vistas, The Deuce ocupa a mais alta.
David Simon se mostra um excepcional contador de história.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraUm estudo de personagem magnífico. E uma atmosfera que bebeu na fonte de Taxi Driver.
Oh Boy
3.7 92Estou refletindo...
O Escolhido (1ª Temporada)
3.0 67 Assista AgoraNovelesca. Irmã gêmea das séries da Globo. Desde fotografia, passando pelas atuações e finalizando em um roteiro extremamente verborrágico.
Personagens cansativos e chatíssimos, com alguns momentos pra lá de piegas.
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KTive que assistir com um balde do lado. Pois a cada 10 minutos vomitava dentro dele.
Agora, mais do que nunca, a esquerda utiliza-se destes novos dispositivos "popular" para tentar reescrever a história (outra vez).
Vindo de produções brasileiras, não me surpreende. Um setor esquerdopático quase em sua totalidade.
Dor e Glória
4.2 619 Assista AgoraSem elevação de voz. Sem gestos espalhafatosos. Banderas atua pelo olhar, e de maneira grandiosa. Excepcional!
Fé Corrompida
3.7 376 Assista AgoraSobre o final:
Depois de assistir duas vezes o filme, pude chegar a seguinte conclusão:
1) O beijo na Mary foi pura imaginação do Reverendo. A cena anterior quando Jeffers tenta abrir a porta e ela está trancada, não tá lá por acaso.
2) Dentro dos muitos diálogos do filme, há dois que engatilham a explicação da cena final: sobre a esperança e o desespero estarem ligadas, e sobre o questionamento do último pensamento de Michael antes de tirar a própria vida.
Ou seja, interpretei o final sendo um último pensamento de Toller antes da morte (depois de ter tomado o "veneno") e uma analogia à esperança (Mary) e o desespero (Toller) estarem juntos.
Dito isto, Paul Schrader se aproxima de sua maior criação, Taxi Driver, com um roteiro cheio de questionamentos, conflitos e de uma angústia tocante. Vai para minha galeria de filmes indispensáveis.
Que Raio de Saúde
3.9 143Esse documentário faz um tremendo desfavor à sociedade.
Quando no começo do documentário um dos especialistas diz que os carboidratos, amido e açúcar são os mocinhos, quase caí para trás.
Recomendo Pílula Mágica, sobre a dieta cetogênica, também tem na Netflix.