Embora Francisco Alves tenha sido chamado de "o rei da voz" (e, certamente, possuiu uma das vozes mais bonitas da música popular), é o Mário Reis quem roubou a cena nesse filme: Mário Reis representa na MPB a substituição da voz empostada (características de Vicente Celestino e Francisco Alves, por exemplo) pelo canto coloquial (daí até João Gilberto, Chico Buarque, Caetano Veloso e etc); da potência pela coloquialidade! Outra consideração acerca do filme: A CARMEN MIRANDA É MARAVILHOSA!!!
(Ahh, e a Linda Batista não trabalha neste filme, mas sim, sua irmã Dircinha)
A história mitológica de Tiradentes, à maneira como nos é ensinada até hoje, o transforma num mártir-herói representado à maneira de Cristo. Esse filme, desconstrói essa visão ufanista e confere uma medida bem mais humanizada à figura de Tiradentes.
A cena final diz muita coisa sobre as relações sob as quais se estruturou o Brasil, e que são fundamentadas até hoje!
“Alphaville” é uma tecnocracia; uma sociedade baseada na técnica e estruturada sobre a lógica. A automatização dos sujeitos, tal como numa sociedade de formigas e de cupins. Os sentimentos verdadeiros e a poesia são proibidos; e o Instituto de Semântica Geral, sob a égide do supercomputador Alpha 60, controla o acesso dos sujeitos às palavras. A bíblia dos moradores é um dicionário atualizado quase diariamente e que contém combinações de significantes e significados que, no momento, não apresentam riscos à continuidade da dominação. “A única verdade da arte é a sua capacidade de profanar o caráter sagrado de todas as verdades”. Não existem verdades absolutas, e a arte existe pra deslocar o sujeito do conforto do lugar-comum das suas crenças para motivá-lo à fazer perguntas sobre sua condição. A arte não traz respostas, antes, ela motiva à perguntas. Os habitantes de Alphaville, sob a dominação tecnológica, não acessam a arte e tampouco fazem perguntas. O uso advérbio “por que?”, que realiza perguntas, é proibido; Os sujeitos não questionam sua própria condição. Henri Dickson, metaforicamente, lembra a Lemmy Caution que até mesmo entre as formigas e os cupins existiram artistas, anos-luz atrás. É necessário silenciar a arte, desimpoderá-la para concentrar o indivíduo numa função estritamente lógica e funcional. Nesse sentido, o filme envelheceu muito bem. “Alphaville” é quase uma realidade. Recentemente estamos sendo expostos a episódios de tentativa de silenciamento da arte (o ataque do MBL à exposição “Queermuseum”; o cancelamento da peça “Jesus Cristo Rainha do Céu”; a censura à tela “Pedofilia”, de Alessandra Cunha, e etc; para citar apenas alguns exemplos). Esses eventos têm propósitos: impedir a visibilidade de obras de artes é cercar indivíduos dentro de crenças previamente estabelecidas como verdades absolutas.
À parte a polêmica da classificação do filme como um documentário, "Nanook, o Esquimó" é uma obra-prima. A fotografia casando-se perfeitamente com a trilha sonora e o enquadramento perfeito da câmera de Flaherty fazem desta, uma obra primorosa!
Gostaria de deixar registrado que: o boicote de parte dos coxinhas, vulgo paneleiros verdeamarelistas, não diminuirá em nada a grandiosidade desse filme.
"Aquarius" é, sem romantização, nem exagero, a própria vida na tela.
Desde a epígrafe do Lênin ao levantamento da bandeira vermelha (que fez meus olhos lacrimejarem). Algumas cenas chocam pelo realismo, como a da mãe que confronta o exército czarista carregando o filho morto no colo. E o carrinho de bebê que desce descontroladamente a escadaria de Odessa.
Observo nos comentários um grande "complexo de vira-lata" por parte dos avaliadores. Dizendo que o filme nem parece brasileiro. Pô, quanto desmerecimento para com o cinema nacional. "2 Coelhos" é um ótimo filme brasileiro que se parece com filme brasileiros. O Brasil produz ótimos filmes para além dos enlatados padrão EUA montados pela Globo Filmes.
O Bale, apesar de ser ótimo ator, conseguiu fazer o pior John Connor. E o filme possui muitas falhas e vácuos. O enredo não é ruim, mas a condução ficou péssima. Nem a Helena Bonham Carter salvou este filme!
Um filme sinestésico que mexe com todos os sentidos. Nele, principalmente a audição é agraciada com a bela trilha sonora. E a visão é provocada pela fotografia em branco e preto que cuidadosamente colore de vermelho o vestido de uma menina que caminha pelo gueto polonês como um anjo. O filme arranca lágrimas como se arrancam raízes da terra. É simplesmente maravilhoso.
O filme inspirou Orson Welles: isso é um grande elogio. A produção de "No Tempo das Diligências" parece à frente de seu tempo. O filme é visualmente belo. A sonografia e a trilha sonora são ótimas. Isso numa década em que tinha o faroeste quase se extinguido. A maneira como o filme foge dos clichês do gênero explorando o preconceito. E apresentado que a virtude dos excluídos é maior que a dos moralistas. O final do filme é de se ficar sem ar. E, claro, tem o John Wayne!!
O filme carrega uma curiosa sensualidade inocente. O casal de protagonistas, Julia Roberts e Richard Geere, estabelece uma "química" perfeita. A linda prostituta da Hollywood Boulvard. O, até então, ganancioso sedutor Richard Geere. No filme, os dois se mudam reciprocamente e de uma maneira bonita. E tudo ao som de Johnny Rivers.
Gostei da história do filme. Mas a produção, mesmo para um filme feito para a TV, não é boa. Até mesmo a trilha sonora do filme é fraca. Aos meus olhos, a atuação dos protagonistas, Ralph Fiennes e Susan Sarandon, é o que fortalece o filme. Que, repito, tem uma história boa.
A coreografia dos excelentes números musicais está carregadas de ironias sobre a vida e a morte. O filme ilustra de maneira irônica, debochada e autobiografada os excessos da vida de um diretor teatral e editor cinematográfico que poderia ser a vida do próprio Bob Fosse. A maneira como a personagem encara e flerta com a morte, tentando, o tempo todo, conquistá-la como fazia com as mulheres da sua vida culmina no beijo final e fatal.
Alô, Alô, Carnaval
3.5 11Embora Francisco Alves tenha sido chamado de "o rei da voz" (e, certamente, possuiu uma das vozes mais bonitas da música popular), é o Mário Reis quem roubou a cena nesse filme: Mário Reis representa na MPB a substituição da voz empostada (características de Vicente Celestino e Francisco Alves, por exemplo) pelo canto coloquial (daí até João Gilberto, Chico Buarque, Caetano Veloso e etc); da potência pela coloquialidade!
Outra consideração acerca do filme: A CARMEN MIRANDA É MARAVILHOSA!!!
(Ahh, e a Linda Batista não trabalha neste filme, mas sim, sua irmã Dircinha)
Porky's Contra-Ataca
3.0 41Dos três, consegui gostar um pouco (o mínimo) do segundo!
No mais, o Meat é um homão gostoso! Queria pra mim!!!
Porky's 2: O Dia Seguinte
3.1 64Achei melhor que o primeiro!!
Neste filme, pelo menos um pouco de seriedade se aproveita no meio de tanto besteirol machista e heteronormativo!
Amei a circuncisão nos membros da KKK, embora eu acho que tenha sido pouco!! FACISTA SE TRATA É NA MIRA DO FUZIL
Joaquim
3.6 71 Assista AgoraA história mitológica de Tiradentes, à maneira como nos é ensinada até hoje, o transforma num mártir-herói representado à maneira de Cristo. Esse filme, desconstrói essa visão ufanista e confere uma medida bem mais humanizada à figura de Tiradentes.
A cena final diz muita coisa sobre as relações sob as quais se estruturou o Brasil, e que são fundamentadas até hoje!
Alphaville
3.9 177 Assista Agora“Alphaville” é uma tecnocracia; uma sociedade baseada na técnica e estruturada sobre a lógica. A automatização dos sujeitos, tal como numa sociedade de formigas e de cupins. Os sentimentos verdadeiros e a poesia são proibidos; e o Instituto de Semântica Geral, sob a égide do supercomputador Alpha 60, controla o acesso dos sujeitos às palavras. A bíblia dos moradores é um dicionário atualizado quase diariamente e que contém combinações de significantes e significados que, no momento, não apresentam riscos à continuidade da dominação.
“A única verdade da arte é a sua capacidade de profanar o caráter sagrado de todas as verdades”. Não existem verdades absolutas, e a arte existe pra deslocar o sujeito do conforto do lugar-comum das suas crenças para motivá-lo à fazer perguntas sobre sua condição. A arte não traz respostas, antes, ela motiva à perguntas. Os habitantes de Alphaville, sob a dominação tecnológica, não acessam a arte e tampouco fazem perguntas. O uso advérbio “por que?”, que realiza perguntas, é proibido; Os sujeitos não questionam sua própria condição.
Henri Dickson, metaforicamente, lembra a Lemmy Caution que até mesmo entre as formigas e os cupins existiram artistas, anos-luz atrás. É necessário silenciar a arte, desimpoderá-la para concentrar o indivíduo numa função estritamente lógica e funcional. Nesse sentido, o filme envelheceu muito bem. “Alphaville” é quase uma realidade. Recentemente estamos sendo expostos a episódios de tentativa de silenciamento da arte (o ataque do MBL à exposição “Queermuseum”; o cancelamento da peça “Jesus Cristo Rainha do Céu”; a censura à tela “Pedofilia”, de Alessandra Cunha, e etc; para citar apenas alguns exemplos). Esses eventos têm propósitos: impedir a visibilidade de obras de artes é cercar indivíduos dentro de crenças previamente estabelecidas como verdades absolutas.
Um Assaltante Bem Trapalhão
3.7 93Eu quero muito agradecer ao Woody Allen pela cena do violoncelo! hahahahahah
Juno
3.7 2,3K Assista AgoraAstrud Gilberto, Kinks, Belle & Sebastian... Que amor de trilha sonora!!
Armadilha
2.2 589Um roteiro bom num filme pessimamente realizado. Direção horrorosa e atores péssimos. Meia estrela para o roteiro; outra meia para a trilha sonora.
O Senhor dos Anéis
3.2 119Que final horroroso
Nanook, o Esquimó
3.8 81 Assista AgoraÀ parte a polêmica da classificação do filme como um documentário, "Nanook, o Esquimó" é uma obra-prima. A fotografia casando-se perfeitamente com a trilha sonora e o enquadramento perfeito da câmera de Flaherty fazem desta, uma obra primorosa!
Maré, Nossa História de Amor
3.1 44 Assista AgoraAs atuações deixam um pouco a desejar, mas o formato e o enredo compensam.
A trilha sonora é o ponto máximo do filme!
Eros
3.6 34Wong Kar Wai, por que faz isso com a gente?
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraÀ pqp com esse governo golpista de merda.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraPrimeiramente, Fora Temer.
Gostaria de deixar registrado que: o boicote de parte dos coxinhas, vulgo paneleiros verdeamarelistas, não diminuirá em nada a grandiosidade desse filme.
"Aquarius" é, sem romantização, nem exagero, a própria vida na tela.
O Encouraçado Potemkin
4.2 343 Assista AgoraO marco cinematográfico do realismo soviético pós revolução. O filme é maravilhosamente ideológico.
Desde a epígrafe do Lênin ao levantamento da bandeira vermelha (que fez meus olhos lacrimejarem).
Algumas cenas chocam pelo realismo, como a da mãe que confronta o exército czarista carregando o filho morto no colo. E o carrinho de bebê que desce descontroladamente a escadaria de Odessa.
2 Coelhos
4.0 2,7K Assista AgoraObservo nos comentários um grande "complexo de vira-lata" por parte dos avaliadores. Dizendo que o filme nem parece brasileiro. Pô, quanto desmerecimento para com o cinema nacional. "2 Coelhos" é um ótimo filme brasileiro que se parece com filme brasileiros. O Brasil produz ótimos filmes para além dos enlatados padrão EUA montados pela Globo Filmes.
O Exterminador do Futuro: Gênesis
3.2 1,2K Assista AgoraSério, essa franquia deveria ter parado no segundo filme.
O Exterminador do Futuro: A Salvação
3.3 769 Assista AgoraO Bale, apesar de ser ótimo ator, conseguiu fazer o pior John Connor. E o filme possui muitas falhas e vácuos. O enredo não é ruim, mas a condução ficou péssima. Nem a Helena Bonham Carter salvou este filme!
A Lista de Schindler
4.6 2,3K Assista AgoraUm filme sinestésico que mexe com todos os sentidos. Nele, principalmente a audição é agraciada com a bela trilha sonora. E a visão é provocada pela fotografia em branco e preto que cuidadosamente colore de vermelho o vestido de uma menina que caminha pelo gueto polonês como um anjo. O filme arranca lágrimas como se arrancam raízes da terra. É simplesmente maravilhoso.
No Tempo das Diligências
4.1 143 Assista AgoraO filme inspirou Orson Welles: isso é um grande elogio. A produção de "No Tempo das Diligências" parece à frente de seu tempo. O filme é visualmente belo. A sonografia e a trilha sonora são ótimas. Isso numa década em que tinha o faroeste quase se extinguido. A maneira como o filme foge dos clichês do gênero explorando o preconceito. E apresentado que a virtude dos excluídos é maior que a dos moralistas. O final do filme é de se ficar sem ar. E, claro, tem o John Wayne!!
Uma Linda Mulher
3.8 1,6K Assista AgoraO filme carrega uma curiosa sensualidade inocente. O casal de protagonistas, Julia Roberts e Richard Geere, estabelece uma "química" perfeita. A linda prostituta da Hollywood Boulvard. O, até então, ganancioso sedutor Richard Geere. No filme, os dois se mudam reciprocamente e de uma maneira bonita. E tudo ao som de Johnny Rivers.
Bernard e Doris - O Mordomo e a Milionária
3.4 47 Assista AgoraGostei da história do filme. Mas a produção, mesmo para um filme feito para a TV, não é boa. Até mesmo a trilha sonora do filme é fraca. Aos meus olhos, a atuação dos protagonistas, Ralph Fiennes e Susan Sarandon, é o que fortalece o filme. Que, repito, tem uma história boa.
O Show Deve Continuar
4.0 126 Assista AgoraA coreografia dos excelentes números musicais está carregadas de ironias sobre a vida e a morte. O filme ilustra de maneira irônica, debochada e autobiografada os excessos da vida de um diretor teatral e editor cinematográfico que poderia ser a vida do próprio Bob Fosse. A maneira como a personagem encara e flerta com a morte, tentando, o tempo todo, conquistá-la como fazia com as mulheres da sua vida culmina no beijo final e fatal.
10 Coisas que Eu Odeio em Você
4.0 2,3K Assista AgoraUm clichê gostoso de se assistir.