Ao final do filme, desaparece um pedaço de nós mesmos que ficou perdido na Itália do pós-guerra. Nos damos conta desse fato quando escorre as lágrimas pelos rostos do pai e do filho. O filme mostra uma sociedade italiana carente de justiça e desesperada pela sobrevivência. A maneira ingênua como o filme retrata o relacionamento entre o pai e o filho. Nesse espaço que nos falta após o filme pode ser encaixada uma bicicleta!
A interpretação das duas atrizes principais é algo inclassificável. A maneira como Charlize Theron assumiu a figuração da sociopata e encarnou sua transformação e transfiguração desde o primeiro assassinato é digna de todos os prêmios que a atriz recebeu. O filme proporciona no espectador um misto de sentimentos, ao mesmo tempo, sentimos pena e ódio da personagem principal. O "monstro" do título é humanizado. Uma mulher em desequilíbrio que revoltou-se contra as condições impostas por uma sociedade hipócrita, conservadora e excludente que alimentou seu "monstro" interior. Aileen é ao mesmo tempo, vítima e culpada. O final do filme expõe o lado mais falho da Justiça. Absolutamente nenhum crime justifica a pena de morte.
O filme escancara um sistema falido, corrompido e podre. Como pode ser humanizado uma tropa que recebe um tratamento como aquele? Aprendem, o tempo todo, a combater a violência utilizando a violência. E aquele lema: "É faca na caveira". A velha ideia de que bandido bom é bandido morto. Por que, a vida de um policial vale mais que a vida de um traficante? É por isso que não resulta em nada a guerra ao tráfico empreendida no Rio de Janeiro. A maneira como invadem as casas e utilizam da tortura como método de confissão. Me admira a inocência do povo brasileiro que assiste a esse filme como uma valorização da tropa. E ainda mais aquele que inflama sua ira contra o bandido e congratula o policial que mata inocente, porque no Brasil isso acontece o tempo todo.
Ladrões de Bicicleta
4.4 534 Assista AgoraAo final do filme, desaparece um pedaço de nós mesmos que ficou perdido na Itália do pós-guerra. Nos damos conta desse fato quando escorre as lágrimas pelos rostos do pai e do filho. O filme mostra uma sociedade italiana carente de justiça e desesperada pela sobrevivência. A maneira ingênua como o filme retrata o relacionamento entre o pai e o filho. Nesse espaço que nos falta após o filme pode ser encaixada uma bicicleta!
Monster: Desejo Assassino
4.0 1,2K Assista AgoraA interpretação das duas atrizes principais é algo inclassificável. A maneira como Charlize Theron assumiu a figuração da sociopata e encarnou sua transformação e transfiguração desde o primeiro assassinato é digna de todos os prêmios que a atriz recebeu. O filme proporciona no espectador um misto de sentimentos, ao mesmo tempo, sentimos pena e ódio da personagem principal. O "monstro" do título é humanizado. Uma mulher em desequilíbrio que revoltou-se contra as condições impostas por uma sociedade hipócrita, conservadora e excludente que alimentou seu "monstro" interior. Aileen é ao mesmo tempo, vítima e culpada. O final do filme expõe o lado mais falho da Justiça. Absolutamente nenhum crime justifica a pena de morte.
Tropa de Elite
4.0 1,8K Assista AgoraO filme escancara um sistema falido, corrompido e podre. Como pode ser humanizado uma tropa que recebe um tratamento como aquele? Aprendem, o tempo todo, a combater a violência utilizando a violência. E aquele lema: "É faca na caveira". A velha ideia de que bandido bom é bandido morto. Por que, a vida de um policial vale mais que a vida de um traficante? É por isso que não resulta em nada a guerra ao tráfico empreendida no Rio de Janeiro. A maneira como invadem as casas e utilizam da tortura como método de confissão. Me admira a inocência do povo brasileiro que assiste a esse filme como uma valorização da tropa. E ainda mais aquele que inflama sua ira contra o bandido e congratula o policial que mata inocente, porque no Brasil isso acontece o tempo todo.