A ideia é ótima e tinha tudo para ser um grande filme, mas não é. Esse parece ser o mal do cinema contemporâneo: ele é pretensioso.
O cinema contemporâneo, muitas vezes, confunde "inovar" com "reinventar a roda": "eu não preciso explicar o começo; eu não preciso dizer como termina; basta eu colocar uma dupla de bons atores, batendo papo durante 2 horas".
Ora, o cinema é a Arte de contar histórias - e ele pode fazer de tudo ao longo desse processo: pode ser social, político, provocativo, intimista, tudo; mas não pode deixar de cumprir o requisito principal: contar uma história.
Hoje há uma profusão de filmes pretensiosos por aí, cuja maneira de "inovar" é simplesmente fazer um filme sem pé e sem cabeça. São pseudoclássicos, que, na verdade, nem são filmes; são apenas ensaios acadêmicos gourmetizados.
Reassisti, depois de 10 anos, mas minha opinião não mudou muito desde então. Vi muitos comentários no sentido de que o foco é a relação entre pai e filho e não vejo dessa forma... pelo contrário: acho que foco foi justamente o que mais faltou. Filmes que optam por inícios e fins vagos e pouco detalhados devem se focar no desenvolvimento. Podemos ver isso em "Procura-se um amigo para o fim do mundo", mas não é o caso aqui. Essa sensação que muitos expectadores descrevem, de que o filme é "lento", "arrastado" é justamente por isso: não tem começo, não tem fim e o meio não é suficientemente profundo, os diálogos são rasos. Um exemplo bem sucedido de filme de estrada com foco nos diálogos é "O caminho (The way)", com Martin Sheen. Um início e um fim mais bem explorados trariam o equilíbrio necessário a essa narrativa, que não é ruim, mas é um daqueles semi-clássicos, que uns acham genial e outros acham apenas chato.
Não sou fã de animações, mas que grata surpresa! É simplesmente impecável! Galera aplaudiu de pé no cinema! A gente ri, chora e se identifica a cada cena. E, ao que tudo indica, quem viu esse e O Rei Leão, prefere Toy Story... menos bilheteria, mais arte. Assista sem medo: é um grande filme, tanto para adultos, quanto para crianças.
Parece que ninguém consegue ficar indiferente diante do documentário: ou adoram; ou odeiam. Em termos de produção cinematográfica, isso é bom. Nesse sentido, não se pode dizer que o documentário seja ruim; pode-se dizer, no máximo, que não é imparcial. Na verdade, essa sensação decorre da forma como ele foi construído: a despeito de parecer retratar o PT como vítima, na prática, ela não faz isso - mas parece... Por narrar a história mostrando uma sucessão de fatos que parecem fazer parte de um grande plano para derrubar o PT e por fazer críticas muito modestas à atuação do partido, fica parecendo que ela vitimiza o PT. Na verdade é uma crítica a um sistema político falido, mas, por conta de uma narrativa excessivamente benevolente com o PT, acaba parecendo uma peça publicitária para quem é antipático ao partido. De toda forma, o documentário mostra muitas coisas interessantes (e negligencia tantas outras). É uma obra interessante e que serve para provocar reflexão, mas não pode ser classificado como um retrato imparcial da recente história brasileira.
Excelente filme. Não é o primeiro a mostrar essa abordagem sobre o tema, mas o faz muito bem e a trama tem um clima de suspense, que prende a atenção do início ao fim. Para quem curte o tema, recomendo Coherence, outro filme na mesma linha.
Perfeição. Essa é a palavra que melhor descreve Stranger Things. Excelente temporada, com uma evolução muito natural, tanto da história, quanto dos personagens e das relações entre eles. Ambientação perfeita, caprichadíssima, ótima trilha sonora e com um ritmo excelente. Espero apenas que tenham o bom senso de não prolongar a série excessivamente.
Filme bom pra caramba! Não se intimidem com as críticas! É um filme sobre escolhas, sobre decisões - e as consequências. Muito bem feito, filme para pensar, para refletir. Aprovadíssimo.
Muito fraco. A trama gira muito mais em torno dos motivos de os satélites estarem fora de controle do que em torno dos desastres naturais em si. Para quem curte cinema catástrofe vai ser uma decepção. Para quem curte boas histórias de suspense, com tramas bem boladas e desfechos surpreendes, vai ser uma decepção também...
Ok. O filme é bem feito e rende bons sustos. A história é boa, o elenco é bom, os efeitos visuais são bons. Se vale 5 estrelas? Não, não vale. O novo palhaço mais parece a Rainha Cabeçuda e boa parte do clima original foi perdido. Não é um remake e nem é a parte 1 da história, mas algo entre essas duas coisas. Valeu o ingresso, sem dúvida, mas vou tomar a liberdade de dizer que prefiro o original, que também não é um filme 5 estrelas. Pra quem curtiu, sugiro que assistam ao original, para poder fazer uma comparação. 3 estrelas para esse, 3,5 para o original e 5 estrelas para o genial Stephen King, que foi mais bem sucedido em A Tempestade do Século e adaptações como O iluminado e Conta Comigo, esses, sim, produções 5 estrelas.
CALMA, pessoal! Lembrem-se de Lost e de como uma série que tenta inventar demais pode acabar se perdendo em si mesma... Uma história não pode ser feita só de reviravoltas, só de coisas imprevisíveis e inimagináveis... não tem como ser assim, ok? Tudo bem que nessa temporada houve algumas coisas que não funcionaram bem, mas são detalhes e não a primeira trombeta do apocalipse... Martin sempre surpreendeu e vai fazer isso de novo. É justamente por isso que está induzindo o público a pensar que GOT se tornou previsível. Ele precisava jogar a isca e esta 7ª temporada serviu pra isso. Mas vou concordar com 2 colegas que postaram aí: 1) Chamar de "Dany" foi, no mínimo, ridículo; 2) O personagem Euron tá mesmo sobrando na história, parece um desses caras que foi indicado por um patrocinador para fazer uma pontinha na série.... Agora é achar outras coisas para assistir até chegar a finale.
Bem, se não fosse "exagerado", não seria francês, né? Como é típico de uma vertente do cinema europeu, tudo tem um quê teatral, meio overreaction, meio nonsense. A história, na verdade, é muito boa e o seu ponto alto são as atuações impecáveis de todo o elenco. A fotografia também é excelente. O problema é que é tudo muito surreal: as atitudes, os diálogos, as reações, tudo é muito alegórico, conceitual. Os personagens dizem coisas, fazem coisas e tomam decisões que não têm verossimilhança, que não são críveis no mundo real. O bacana é que o filme é assim do começo ao fim, ou seja, é um exercício imaginativo, tudo muito platônico. Uma das coisas de que mais gostei foi da construção dos personagens e da evolução do clima, tudo num timing perfeito. Mas esse filme quase poderia ser enquadrado na categoria ficção fantástica: quase tudo nele é "atípico". É filme para deixar a mente viajar, num clima de fantasia mesmo. É uma abordagem diferente e interessante, mas que parece ter ficado restrita a um pequeno público, o que é uma pena, já que o filme vale cada minuto. É filme para cinéfilo mesmo. Destaque para as hot scenes surpreendentemente ousadas.
O melhor Kong de todos! Efeitos visuais perfeitos, roteiro ágil e já com a deixa para virar uma franquia de sucesso. Muita ação, bons sustos e sem aquela bobagem de amor romântico símio-humano. Realmente muito bom.
Aff... pra quem gostou dos predecessores, esse certamente será uma grande decepção. Os efeitos visuais são legais, mas não salvam o roteiro ridículo. Para quem curte sci-fi, Interestelar, A chegada e até mesmo Passageiros são pedidas muito melhores. Só assista Covenant em caso de emergência.
Filme de baixo orçamento, então não espere muito dos efeitos especiais. Infelizmente, o roteiro e as interpretações também não ajudam, mas vale como paliativo para os amantes de cinema-catástrofe, enquanto a gente espera algum filme que faça frente aos clássicos "O dia depois de amanhã", "A estrada", "Impacto profundo" e "Os últimos na Terra" - esse último totalmente introspectivo e nada consensual, mas eu gostei bastante.
Ideia pretensiosa, que acabou sendo comprometida por um roteiro fraco e interpretações medíocres. Para quem curte o tema, filmes como Coherence, Linha Mortal ou até mesmo About Time conseguiram resultados bem melhores. Parece que algum C.O. da Netflix curte tanatologia, porque investiram em muitas produções do tipo ultimamente: The OA, Glitch, The returned e este aqui, para citar algumas. Considerando que a parte "científica" é bastante fantasiosa, penso que teriam tido um resultado melhor se tivessem se concentrado na parte filosófica, nas questões que envolvem morte e vida e seus percalços. Espero que no futuro façam um remake mais caprichado. Vale apenas como curiosidade.
O roteirista só podia estar drogado quando escreveu isso... Tinha tudo para ser um filme bacana e vira uma história surreal, sem pé e sem cabeça. Na prática, pegaram umas 4 ou 5 ideias diferentes e tentaram juntar tudo numa história só... O resultado não poderia ser outro: uma colcha de retalhos que sai do nada e chega a lugar nenhum. Só não é um desastre completo por causa das excelentes atuações. Pra quem curte a temática sobre a morte, há opções muito melhores, como Minha Vida Sem Mim, Inquietos, A Cura e tantos outros.
Maluca demais para dizer que é "boa". Sempre fico com o pé atrás com essas séries que querem ser muito diferentonas. A ideia de uma pessoa aproximar 5 estranhos e cada um deles acabar tendo um certo propósito na vida do outro é interessantíssima. Mas a parte pseudocientífica da história corre o risco de colocar tudo a perder. Parece ter vindo na esteira de Stranger Things, mas não chega nem perto daquela. O melhor dessa série, por enquanto, é a construção de personagens e a relação entre eles, mas o mote da história em si, tem tudo para acabar se perdendo em si mesmo, ficando num limbo entre o suspense e a ficção, sem ser boa nem numa coisa, nem noutra.
Embora o argumento da série não seja original e já se tenha tentado filmar essa história inúmeras vezes, essa versão tem um diferencial importante: o dedo da NETFLIX a partir da 2ª temporada, já confirmada.
O mais legal dessa primeira temporada é que eles não dedicam muito tempo a tentar explicar o motivo de todas essas pessoas terem retornado, mas sim à questão de que o mundo e a vida para os quais voltaram não são mais o mundo e a vida que deixaram!
Este é um ponto interessantíssimo, meio na linha filosófica de que não se pode entrar 2 vezes no mesmo rio. A ideia de "voltar" da morte é fascinante apenas na medida em que se acredita que será possível retomar a vida que você tinha antes... Mas... e se não houvesse mais nada para o qual voltar?
A ideia é muito boa, acho legal sair do eixo EUA-Europa, a primeira temporada, embora tenha falhas na execução, consegue prender a atenção, apesar de parecer mais um piloto do que uma temporada propriamente dita, já que é muito curta.
No fim das contas, para quem se interessa pelo tema, essa série é muito mais interessante do que as infindáveis e repetitivas histórias sobre zumbis.
E tem tudo que uma boa história precisa: uma cidade pequena, um policial resignado, personagens enigmáticos e segredinhos sujos. Vale a experiência.
Não apenas a trama, mas também os próprios personagens são claramente inspirados na icônica série Queer as Folk... chega a beirar o plágio... O bacana é que a fórmula funciona e a produção foi bem feita, com boas atuações. Pra quem era fã da série, funciona como uma sessão revival. Curioso mostrar que as amizades podem ser relações parasitárias e o que parece ser apoio mútuo pode ser, no fundo, interdependência. As cenas no apartamento lembram muito o clima de Os Sonhadores. Apesar da falta de originalidade, o filme aborda questões profundas e de forma sutil, sem ser pretensioso, o que é muito legal. Na prática, eles vivem uma espécie de Síndrome de Peter Pan, mas que mal há em querer continuar vivendo como uma eterna criança? Talvez a gente se convença de que o tempo nos faz melhores simplesmente porque sabemos que não podemos pará-lo. Mas... e se pudéssemos?
Leva um tempo para o filme encontrar seu rumo, começa parecendo que vai ser mais um filme sobre homossexuais afetados, mas, aos poucos, as coisas tomam um rumo inesperado e o filme se revela extremamente pungente, daqueles que faz a gente realmente se sentir impactado. A história e a trama são simples, mas o discreto uso de flashbacks adicionou sensibilidade ao personagem e seu drama pessoal. Os diálogos são pretensamente profundos, mas nada que realmente convença. O destaque fica mesmo por conta do aspecto dramático e da interpretação dos protagonistas.
Muito bom. Apesar das críticas negativas, o fato é que o filme tem um pouco de tudo: romance, comédia, ficção científica, drama e ação. Para os puristas, acredito que possa ser realmente decepcionante, mas para quem procura entretenimento de boa qualidade, com efeitos visuais caprichados e sacadas que podem render um bom papo, é um prato cheio. E garanto que é não "romance água-com-açúcar", como alguns têm dito. O filme é bem feito e coloca o drama e o romance apenas na medida certa. Entretanto, para quem é fã sci-fi, sem dúvidas, vai ficar parecendo que falta algo, mas vale a pena assistir.
Uma grata surpresa! Filme barato e muito interessante. E pra quem presta atenção nos detalhes, matou a charada uns 20 ou 30 minutos antes (eu enxerguei apenas 2 evidências:
o copo que aparecia quebrado na mesa e depois aparecia inteiro na pia; e a pergunta sobre a plantinha, que já tinha sido feita antes,
mas deve ter havido outras que eu não vi...). Pra quem curte The Big Bang Theory, a trama remeteu a um dos episódios mais icônicos da SitCom, quando Sheldon explica para Penny sobre
1) O cometa não criou novas realidades; ele apenas abriu uma porta que conectou infinitas realidades que sempre existiram em paralelo;
2) Na verdade, os personagens não "saíam" de uma realidade para outra, mas iam criando novas realidades. Esse é o conceito de "infinitas infinitudes". Imaginem o seguinte: se eu existo em 2 realidades diferentes e, em algum momento, eu saio da minha realidade original e vou para a segunda realidade, agora não existem mais apenas 2 realidades, mas 4: a realidade 1, onde eu já existia e continuo existindo, sem nunca ter saído dela; a realidade 2, onde eu já existia e continuo existindo, sem nunca ter sido visitado por mim mesmo; a realidade 3, da qual eu saí e deixei de existir; e a realidade 4, onde, agora, existem 2 de mim...kkkk. É um conceito e tanto!
3) Curiosamente, por causa do conceito de infinitas infinitudes, os personagens, uma vez que tivessem deixado suas realidades originais, jamais conseguiriam voltar para elas. Mesmo que voltassem, como existem infinitas realidades, sempre haveria infinitas realidades para as quais eles jamais voltaram. Cada pequena mudança numa realidade, acaba criando infinitas novas realidades. Se não entendeu, pense da seguinte forma: quantos números existem na mega sena? 60. E quantas combinações de 6 números são possíveis entre eles? 50 milhões! É um número bem maior, né? Mas e se os números da mega sena fossem infinitos, quantas combinações seriam possíveis? Ora, infinitas combinações, mas... o número de combinações é sempre maior do que o número de elementos combinados... Então, o número de infinitas combinações possíveis é mais infinito do que o número de infinitos elementos! Bem doido isso, né?
A Luz no Fim do Mundo
3.4 75 Assista AgoraA ideia é ótima e tinha tudo para ser um grande filme, mas não é. Esse parece ser o mal do cinema contemporâneo: ele é pretensioso.
O cinema contemporâneo, muitas vezes, confunde "inovar" com "reinventar a roda": "eu não preciso explicar o começo; eu não preciso dizer como termina; basta eu colocar uma dupla de bons atores, batendo papo durante 2 horas".
Ora, o cinema é a Arte de contar histórias - e ele pode fazer de tudo ao longo desse processo: pode ser social, político, provocativo, intimista, tudo; mas não pode deixar de cumprir o requisito principal: contar uma história.
Hoje há uma profusão de filmes pretensiosos por aí, cuja maneira de "inovar" é simplesmente fazer um filme sem pé e sem cabeça. São pseudoclássicos, que, na verdade, nem são filmes; são apenas ensaios acadêmicos gourmetizados.
A Estrada
3.6 1,3K Assista AgoraReassisti, depois de 10 anos, mas minha opinião não mudou muito desde então. Vi muitos comentários no sentido de que o foco é a relação entre pai e filho e não vejo dessa forma... pelo contrário: acho que foco foi justamente o que mais faltou. Filmes que optam por inícios e fins vagos e pouco detalhados devem se focar no desenvolvimento. Podemos ver isso em "Procura-se um amigo para o fim do mundo", mas não é o caso aqui. Essa sensação que muitos expectadores descrevem, de que o filme é "lento", "arrastado" é justamente por isso: não tem começo, não tem fim e o meio não é suficientemente profundo, os diálogos são rasos. Um exemplo bem sucedido de filme de estrada com foco nos diálogos é "O caminho (The way)", com Martin Sheen. Um início e um fim mais bem explorados trariam o equilíbrio necessário a essa narrativa, que não é ruim, mas é um daqueles semi-clássicos, que uns acham genial e outros acham apenas chato.
Toy Story 4
4.1 1,4K Assista AgoraNão sou fã de animações, mas que grata surpresa! É simplesmente impecável! Galera aplaudiu de pé no cinema! A gente ri, chora e se identifica a cada cena. E, ao que tudo indica, quem viu esse e O Rei Leão, prefere Toy Story... menos bilheteria, mais arte. Assista sem medo: é um grande filme, tanto para adultos, quanto para crianças.
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KParece que ninguém consegue ficar indiferente diante do documentário: ou adoram; ou odeiam. Em termos de produção cinematográfica, isso é bom. Nesse sentido, não se pode dizer que o documentário seja ruim; pode-se dizer, no máximo, que não é imparcial. Na verdade, essa sensação decorre da forma como ele foi construído: a despeito de parecer retratar o PT como vítima, na prática, ela não faz isso - mas parece... Por narrar a história mostrando uma sucessão de fatos que parecem fazer parte de um grande plano para derrubar o PT e por fazer críticas muito modestas à atuação do partido, fica parecendo que ela vitimiza o PT. Na verdade é uma crítica a um sistema político falido, mas, por conta de uma narrativa excessivamente benevolente com o PT, acaba parecendo uma peça publicitária para quem é antipático ao partido. De toda forma, o documentário mostra muitas coisas interessantes (e negligencia tantas outras). É uma obra interessante e que serve para provocar reflexão, mas não pode ser classificado como um retrato imparcial da recente história brasileira.
Durante a Tormenta
4.0 901 Assista AgoraExcelente filme. Não é o primeiro a mostrar essa abordagem sobre o tema, mas o faz muito bem e a trama tem um clima de suspense, que prende a atenção do início ao fim. Para quem curte o tema, recomendo Coherence, outro filme
na mesma linha.
Stranger Things (2ª Temporada)
4.3 1,6KPerfeição. Essa é a palavra que melhor descreve Stranger Things. Excelente temporada, com uma evolução muito natural, tanto da história, quanto dos personagens e das relações entre eles. Ambientação perfeita, caprichadíssima, ótima trilha sonora e com um ritmo excelente. Espero apenas que tenham o bom senso de não prolongar a série excessivamente.
Vírus
2.6 693Filme bom pra caramba! Não se intimidem com as críticas! É um filme sobre escolhas, sobre decisões - e as consequências. Muito bem feito, filme para pensar, para refletir. Aprovadíssimo.
Tempestade: Planeta em Fúria
2.7 597 Assista AgoraMuito fraco. A trama gira muito mais em torno dos motivos de os satélites estarem fora de controle do que em torno dos desastres naturais em si. Para quem curte cinema catástrofe vai ser uma decepção. Para quem curte boas histórias de suspense, com tramas bem boladas e desfechos surpreendes, vai ser uma decepção também...
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraOk. O filme é bem feito e rende bons sustos. A história é boa, o elenco é bom, os efeitos visuais são bons. Se vale 5 estrelas? Não, não vale. O novo palhaço mais parece a Rainha Cabeçuda e boa parte do clima original foi perdido. Não é um remake e nem é a parte 1 da história, mas algo entre essas duas coisas. Valeu o ingresso, sem dúvida, mas vou tomar a liberdade de dizer que prefiro o original, que também não é um filme 5 estrelas. Pra quem curtiu, sugiro que assistam ao original, para poder fazer uma comparação. 3 estrelas para esse, 3,5 para o original e 5 estrelas para o genial Stephen King, que foi mais bem sucedido em A Tempestade do Século e adaptações como O iluminado e Conta Comigo, esses, sim, produções 5 estrelas.
Game of Thrones (7ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraCALMA, pessoal! Lembrem-se de Lost e de como uma série que tenta inventar demais pode acabar se perdendo em si mesma... Uma história não pode ser feita só de reviravoltas, só de coisas imprevisíveis e inimagináveis... não tem como ser assim, ok? Tudo bem que nessa temporada houve algumas coisas que não funcionaram bem, mas são detalhes e não a primeira trombeta do apocalipse... Martin sempre surpreendeu e vai fazer isso de novo. É justamente por isso que está induzindo o público a pensar que GOT se tornou previsível. Ele precisava jogar a isca e esta 7ª temporada serviu pra isso. Mas vou concordar com 2 colegas que postaram aí: 1) Chamar de "Dany" foi, no mínimo, ridículo; 2) O personagem Euron tá mesmo sobrando na história, parece um desses caras que foi indicado por um patrocinador para fazer uma pontinha na série.... Agora é achar outras coisas para assistir até chegar a finale.
Quando Se Tem 17 Anos
3.8 72Bem, se não fosse "exagerado", não seria francês, né? Como é típico de uma vertente do cinema europeu, tudo tem um quê teatral, meio overreaction, meio nonsense. A história, na verdade, é muito boa e o seu ponto alto são as atuações impecáveis de todo o elenco. A fotografia também é excelente. O problema é que é tudo muito surreal: as atitudes, os diálogos, as reações, tudo é muito alegórico, conceitual. Os personagens dizem coisas, fazem coisas e tomam decisões que não têm verossimilhança, que não são críveis no mundo real. O bacana é que o filme é assim do começo ao fim, ou seja, é um exercício imaginativo, tudo muito platônico. Uma das coisas de que mais gostei foi da construção dos personagens e da evolução do clima, tudo num timing perfeito. Mas esse filme quase poderia ser enquadrado na categoria ficção fantástica: quase tudo nele é "atípico". É filme para deixar a mente viajar, num clima de fantasia mesmo. É uma abordagem diferente e interessante, mas que parece ter ficado restrita a um pequeno público, o que é uma pena, já que o filme vale cada minuto. É filme para cinéfilo mesmo. Destaque para as hot scenes surpreendentemente ousadas.
Kong: A Ilha da Caveira
3.3 1,2K Assista AgoraO melhor Kong de todos! Efeitos visuais perfeitos, roteiro ágil e já com a deixa para virar uma franquia de sucesso. Muita ação, bons sustos e sem aquela bobagem de amor romântico símio-humano. Realmente muito bom.
Alien: Covenant
3.0 1,2K Assista AgoraAff... pra quem gostou dos predecessores, esse certamente será uma grande decepção. Os efeitos visuais são legais, mas não salvam o roteiro ridículo. Para quem curte sci-fi, Interestelar, A chegada e até mesmo Passageiros são pedidas muito melhores. Só assista Covenant em caso de emergência.
Zona Fria
2.0 18Filme de baixo orçamento, então não espere muito dos efeitos especiais. Infelizmente, o roteiro e as interpretações também não ajudam, mas vale como paliativo para os amantes de cinema-catástrofe, enquanto a gente espera algum filme que faça frente aos clássicos "O dia depois de amanhã", "A estrada", "Impacto profundo" e "Os últimos na Terra" - esse último totalmente introspectivo e nada consensual, mas eu gostei bastante.
A Grande Muralha
2.9 583 Assista AgoraVale como entretenimento.
Cinquenta Tons Mais Escuros
2.5 762 Assista AgoraAssisti por achar que não pudesse ser pior do que o primeiro. E não é. Mas é tão ruim quanto. Não perca seu tempo.
A Descoberta
3.3 388 Assista AgoraIdeia pretensiosa, que acabou sendo comprometida por um roteiro fraco e interpretações medíocres. Para quem curte o tema, filmes como Coherence, Linha Mortal ou até mesmo About Time conseguiram resultados bem melhores. Parece que algum C.O. da Netflix curte tanatologia, porque investiram em muitas produções do tipo ultimamente: The OA, Glitch, The returned e este aqui, para citar algumas. Considerando que a parte "científica" é bastante fantasiosa, penso que teriam tido um resultado melhor se tivessem se concentrado na parte filosófica, nas questões que envolvem morte e vida e seus percalços. Espero que no futuro façam um remake mais caprichado. Vale apenas como curiosidade.
Beleza Oculta
3.7 888 Assista AgoraO roteirista só podia estar drogado quando escreveu isso... Tinha tudo para ser um filme bacana e vira uma história surreal, sem pé e sem cabeça. Na prática, pegaram umas 4 ou 5 ideias diferentes e tentaram juntar tudo numa história só... O resultado não poderia ser outro: uma colcha de retalhos que sai do nada e chega a lugar nenhum. Só não é um desastre completo por causa das excelentes atuações. Pra quem curte a temática sobre a morte, há opções muito melhores, como Minha Vida Sem Mim, Inquietos, A Cura e tantos outros.
The OA (Parte 1)
4.1 980 Assista AgoraMaluca demais para dizer que é "boa". Sempre fico com o pé atrás com essas séries que querem ser muito diferentonas. A ideia de uma pessoa aproximar 5 estranhos e cada um deles acabar tendo um certo propósito na vida do outro é interessantíssima. Mas a parte pseudocientífica da história corre o risco de colocar tudo a perder. Parece ter vindo na esteira de Stranger Things, mas não chega nem perto daquela. O melhor dessa série, por enquanto, é a construção de personagens e a relação entre eles, mas o mote da história em si, tem tudo para acabar se perdendo em si mesmo, ficando num limbo entre o suspense e a ficção, sem ser boa nem numa coisa, nem noutra.
Glitch (1ª Temporada)
3.6 123 Assista AgoraEmbora o argumento da série não seja original e já se tenha tentado filmar essa história inúmeras vezes, essa versão tem um diferencial importante: o dedo da NETFLIX a partir da 2ª temporada, já confirmada.
O mais legal dessa primeira temporada é que eles não dedicam muito tempo a tentar explicar o motivo de todas essas pessoas terem retornado, mas sim à questão de que o mundo e a vida para os quais voltaram não são mais o mundo e a vida que deixaram!
Este é um ponto interessantíssimo, meio na linha filosófica de que não se pode entrar 2 vezes no mesmo rio. A ideia de "voltar" da morte é fascinante apenas na medida em que se acredita que será possível retomar a vida que você tinha antes... Mas... e se não houvesse mais nada para o qual voltar?
A ideia é muito boa, acho legal sair do eixo EUA-Europa, a primeira temporada, embora tenha falhas na execução, consegue prender a atenção, apesar de parecer mais um piloto do que uma temporada propriamente dita, já que é muito curta.
No fim das contas, para quem se interessa pelo tema, essa série é muito mais interessante do que as infindáveis e repetitivas histórias sobre zumbis.
E tem tudo que uma boa história precisa: uma cidade pequena, um policial resignado, personagens enigmáticos e segredinhos sujos. Vale a experiência.
Those People
3.3 179Não apenas a trama, mas também os próprios personagens são claramente inspirados na icônica série Queer as Folk... chega a beirar o plágio... O bacana é que a fórmula funciona e a produção foi bem feita, com boas atuações. Pra quem era fã da série, funciona como uma sessão revival. Curioso mostrar que as amizades podem ser relações parasitárias e o que parece ser apoio mútuo pode ser, no fundo, interdependência. As cenas no apartamento lembram muito o clima de Os Sonhadores. Apesar da falta de originalidade, o filme aborda questões profundas e de forma sutil, sem ser pretensioso, o que é muito legal. Na prática, eles vivem uma espécie de Síndrome de Peter Pan, mas que mal há em querer continuar vivendo como uma eterna criança? Talvez a gente se convença de que o tempo nos faz melhores simplesmente porque sabemos que não podemos pará-lo. Mas... e se pudéssemos?
House of Boys
3.8 20Leva um tempo para o filme encontrar seu rumo, começa parecendo que vai ser mais um filme sobre homossexuais afetados, mas, aos poucos, as coisas tomam um rumo inesperado e o filme se revela extremamente pungente, daqueles que faz a gente realmente se sentir impactado. A história e a trama são simples, mas o discreto uso de flashbacks adicionou sensibilidade ao personagem e seu drama pessoal. Os diálogos são pretensamente profundos, mas nada que realmente convença. O destaque fica mesmo por conta do aspecto dramático e da interpretação dos protagonistas.
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraMuito bom. Apesar das críticas negativas, o fato é que o filme tem um pouco de tudo: romance, comédia, ficção científica, drama e ação. Para os puristas, acredito que possa ser realmente decepcionante, mas para quem procura entretenimento de boa qualidade, com efeitos visuais caprichados e sacadas que podem render um bom papo, é um prato cheio. E garanto que é não "romance água-com-açúcar", como alguns têm dito. O filme é bem feito e coloca o drama e o romance apenas na medida certa. Entretanto, para quem é fã sci-fi, sem dúvidas, vai ficar parecendo que falta algo, mas vale a pena assistir.
Coerência
4.0 1,3K Assista AgoraUma grata surpresa! Filme barato e muito interessante. E pra quem presta atenção nos detalhes, matou a charada uns 20 ou 30 minutos antes (eu enxerguei apenas 2 evidências:
o copo que aparecia quebrado na mesa e depois aparecia inteiro na pia; e a pergunta sobre a plantinha, que já tinha sido feita antes,
o gato de Schrödinger...
Alguns aspectos interessantes para quem gosta de esquadrinhar a ficção científica:
1) O cometa não criou novas realidades; ele apenas abriu uma porta que conectou infinitas realidades que sempre existiram em paralelo;
2) Na verdade, os personagens não "saíam" de uma realidade para outra, mas iam criando novas realidades. Esse é o conceito de "infinitas infinitudes". Imaginem o seguinte: se eu existo em 2 realidades diferentes e, em algum momento, eu saio da minha realidade original e vou para a segunda realidade, agora não existem mais apenas 2 realidades, mas 4: a realidade 1, onde eu já existia e continuo existindo, sem nunca ter saído dela; a realidade 2, onde eu já existia e continuo existindo, sem nunca ter sido visitado por mim mesmo; a realidade 3, da qual eu saí e deixei de existir; e a realidade 4, onde, agora, existem 2 de mim...kkkk. É um conceito e tanto!
3) Curiosamente, por causa do conceito de infinitas infinitudes, os personagens, uma vez que tivessem deixado suas realidades originais, jamais conseguiriam voltar para elas. Mesmo que voltassem, como existem infinitas realidades, sempre haveria infinitas realidades para as quais eles jamais voltaram. Cada pequena mudança numa realidade, acaba criando infinitas novas realidades. Se não entendeu, pense da seguinte forma: quantos números existem na mega sena? 60. E quantas combinações de 6 números são possíveis entre eles? 50 milhões! É um número bem maior, né? Mas e se os números da mega sena fossem infinitos, quantas combinações seriam possíveis? Ora, infinitas combinações, mas... o número de combinações é sempre maior do que o número de elementos combinados... Então, o número de infinitas combinações possíveis é mais infinito do que o número de infinitos elementos! Bem doido isso, né?