Documentário com depoimentos emocionantes, que traz à memória o que foi o início da epidemia do HIV. Muito bem feito e também nos dá uma ideia da força e do nível de organização da comunidade LGBT em Frisco. Vale muito a pena assistir.
É a porra de um filme gospel!!!! Que droga, deveria haver um alerta no Filmow para esse tipo de palhaçada! É, disparado, um dos filmes mais ridículos que eu já vi. Até já assisti a outros filmes de propaganda cristã que eram razoáveis, como Prova de fogo, por exemplo. Mas esse é caricato, patético mesmo. Também, o que esperar de um filme cujo antagonista, que deveria ser uma espécie de gênio ateu da filosofia, é interpretado pelo Hércules???? kkkkkk.... Essencialmente, o filme retrata os ateus e os adeptos de religiões não-cristãs como pessoas malignas e egoístas, que perseguem os cristãos, tentando impedi-los de viverem sua fé... E o que é aquele redneck matador de patos como arauto da fé cristã??? Gente, que filme absurdo, aliás, nem dá pra chamar isso de filme, é uma peça publicitária fundamentalista, repleta do radicalismo puritano do sul dos EUA. Até quem acredita em deus deve sentir ânsia de vômito assistindo a uma bobagem dessas. Se você gosta de cinema, por favor, não perca seu tempo assistindo a esse lixo. Se você curte filmes questionadores, que abordem a questão da fé, há opções muito melhores, como o clássico Sob o sol de Satã.
Depois do péssimo Noé, agora vem essa outra decepção, que não se compara, nem de longe, com o clássico Os dez mandamentos (1957). Se eu tivesse visto nos cinemas, talvez me impressionasse com os efeitos visuais, mas, na telinha, sem toda a pirotecnia, esse filme revela toda a sua fraqueza. É uma releitura da fábula, que tenta dar algum cientificismo aos milagres descritos na bíblia e, com isso, perde o charme da magia, sem conseguir ter real credibilidade científica em suas proposições. E mostra um deus sádico, manifesto na imagem de uma criança psicopata.Se você ainda não viu, não perca os eu tempo.
Posso discordar, só um pouquinho? É tanta gente elogiando e dando nota máxima, que a gente até se constrange por não ter achado o filme tudo isso...kkkk. Olha, acho que pra se fazer uma justa avaliação dessa obra, é necessário dividi-la em diversos aspectos e analisar um a um. O problema é o que pessoal continua fazendo a mesma coisa: pegam um aspecto do filme e julgam a obra inteira a partir dele. Daí não é análise; é apenas tietagem. Tá, sob o aspecto de fundamentação científica, o filme é realmente excelente, porque leva em consideração tudo o que já está cientificamente comprovado e explora as mais modernas teorias sobre o espaço-tempo. Pra quem curte o tema e costuma assistir a documentários a respeito, é um prato cheio. Pra quem não está antenado no que os cientistas (e não os roteiristas) têm dito sobre o tema, há uma boa chance de a pessoa ter entendido tudo errado...kkkkk. Muito bacanas as cenas silenciosas no espaço sideral, já que o som não se propaga na vácuo e também há uma série de outros detalhes que fazem jus à verdadeira ciência e às teorias quânticas e da relatividade. O aspecto filosófico sobre a passagem do tempo, sobre o quanto pode ser difícil ser virtualmente imortal, enquanto a vida das pessoas que você ama continua sendo efêmera é outro ponto alto do filme (que também já foi bem explorado em filmes como O homem bicentenário e Entrevista com o vampiro). Mas não exagerem: os méritos do filme param por aí. As atuações, até mesmo a de Michael Caine, não têm nada de espetacular, são apenas medianas. O personagem de Matt Damon não é apenas clichê, mas ridículo mesmo. Mas o ponto mais fraco é, sem dúvidas, o roteiro: superconfuso e cheio de coisas mal explicadas: 1) A humanidade esgotou seus recursos e estava voltando à era das cavernas, mas todo mundo continuava
a Brand era apaixonada por um cientista que não aparece no filme, de repente o Cooper resolve atravessar o universo para ir resgatá-la, no melhor estilo príncipe-donzela.
Talvez o filme fosse mais eficiente se tivesse sido concebido em forma de franquia, dividido talvez em 3 sequências. De toda forma, o filme é bem criativo e interessante e vale a pena assistir, só que não é essa maravilha toda que o pessoal tem dito e só é mindfucker pra quem não entende os aspectos mais fundamentais da física moderna.
Volta e meia o cinema nacional tem nos surpreendido com algumas produções de altíssimo nível, como esta daqui. Pra começar, eu assisti ao filme achando que Guilherme Lobo fosse mesmo deficiente visual...kkkk. O garoto mandou muito bem, muito bem mesmo. O trio central funciona muito bem, embora eu considere a atuação de Tess Amorim um pouco abaixo da de seus colegas de elenco. Por medo de spoilers, eu nunca leio sinopses antes de assistir aos filmes, então eu estava achando que o longa seria a continuação da história do curta, do ponto em que havia parado. Entretanto, é uma versão estendida daquela mesma história (mas eu ainda espero por uma continuação, embora eu saiba que não vai rolar...kkk). Um aspecto muito interessante é o fato de que o filme, nem de longe, passa por um filme com temática homossexual - na verdade, a gente quase esquece desse aspecto. Não há como não comparar com "As vantagens de ser invisível" e eu fico com a produção nacional, talvez por ser menos pretensiosa. Há ainda a excelente trilha sonora. Destaque também para o personagem Fábio e a interpretação de Pedro Carvalho, que encarna um perfeito bullyer, com quem a gente quase consegue simpatizar...kkk. Outro aspecto interessante são as hot scenes, que foram trabalhadas com ousadia, mas sem apelação. Acho que faltou apenas um pouco mais de realismo na ambientação da escola, que realmente pareceu muito americanizada. Talvez justamente para poder tornar o filme um pouco mais internacional. De toda forma, é uma excelente produção, que vale cada minuto. Uma curiosidade: por incrível que pareça, quando fez o filme, Fabio Audi já estava com inacreditáveis 25 anos!
Parece que há uma sina com os blockbusters que retratam um mundo tomado pelas águas: depois do fiasco de Waterworld, vem esse Noé, que consegue a proeza de ser ainda pior do que aquele. Pegaram uma história que já é fantasiosa por natureza e, ao invés de acrescentarem-lhe elementos que lhe conferissem um pouco mais verossimilhança, fizeram exatamente o contrário: criaram um filme que é uma mistura de Transformers com Harry Potter e Percy Jackson, inclusive na escolha do elenco e na construção dos personagens. Quase tudo no filme é ruim, desde os defeitos especiais até o roteiro, mas nada é tão bizarro quanto o próprio personagem Noé, que é uma mistura de fanático religioso, ninja e psicopata beberrão. A história dos anjos caídos enclausurados na rocha é uma das ideias mais idiotas de todos os tempos! Chega a ser cômico! A única coisa que se salva é a montagem sobre a criação do mundo, claramente inspirada no documentário Cosmos, de Carl Sagan. Vi alguns usuários elogiando a montagem "bem diferente", mas, nesse caso, teria tido um resultado melhor se tivessem se baseado na epopeia de Gilgamesh ou no mito de Atrahasis, que são as verdadeiras fontes de inspiração para o mito bíblico do dilúvio, que nada mais é do que um dos maiores plágios da história da humanidade, revestido da doutrina cristã. Entretanto, não foram fiéis nem ao mito bíblico, nem aos mitos originais; pelo contrário: inventaram uma história absurda e tomaram emprestado o nome de uma história conhecida. Se queriam fazer cinema experimental, acho que um orçamento de 170 milhões de dólares é um grande desperdício: 3 universitários com uma câmera VHS seriam capazes de produzir obra semelhante, em troca de uma pepsi e um pastel. Não perca seu tempo com esse filme, nem tente ficar enxergando "arte" onde só existe incompetência: gostar do que a maioria das pessoas detesta não faz de você um cara cult.
Continua sendo uma ótima série, mas essa foi a mais fraca das 4 temporadas, com certeza. Além de a temporada ter sido muito curta, a história está começando a perder o ritmo. São muitas histórias paralelas, a ponto de que sequer conseguem conciliá-las todas num único episódio. Há tramas que ficam ausentes da série durante 2, 3 ou até mais episódios. Estão confundindo complexidade com confusão (erro fatal cometido em Lost, que podia ter sido uma das melhores séries da história e acabou virando uma piada). Além disso, aumentou muito a presença de elementos mágicos, o que acaba levando a série para outros rumos, a exemplo do que se vê em Senhor dos Anéis, Harry Potter e outras produções do gênero. Vai acabar ficando longa demais, porque está rendendo uma fortuna para os produtores. É uma pena. Mas vamos aguardar pela 5ª temporada, prevista para abril de 2015.
Diálogos sagazes, personagens muito bem construídos e interpretações impecáveis, num roteiro surreal demais para ser convincente - e que precisa ser dissecado para ser compreendido. Podemos dizer que o filme é uma grande metáfora, uma alegoria sobre tudo o que os relacionamentos são - e sobre tudo o que gostaríamos que fossem. Há muito para ser lido nas entrelinhas e, nesse sentido, a música tema é fundamental: "E então é isso / A história mais curta /Sem amor, sem glória". E o fantasma do ciúme, da insegurança, lembra muito o que se viu em Proposta Indecente, ao passo que os diálogos, forçosamente filosóficos, lembram o que se vê no pretensioso Sunset Limited. A produção pode render boas discussões sobre diversos temas, como a natureza do amor, os reais desejos humanos, o mecanismo da libido, as máscaras sociais, a importância da mentira nos relacionamentos e até mesmo sobre o alter ego. Apesar desses méritos, o filme está mais para "exercício de virtuosismo cinematográfico" do que para "obra-prima". Destaque para os diálogos de separação, muito distintos entre si, mas igualmente incisivos.
Nem que humanidade inteira passe os próximos mil anos tentando, ninguém vai conseguir fazer um filme tão clichê e estereotipado quanto esse. É uma espécie de versão gay de As Pontes de Madison, só que bem pior. A única coisa que salva o filme é que, pelo menos, os atores conseguem chorar. Não dá nem pra elogiar a fotografia, porque, num lugar como aquele, até eu filmaria lindas tomadas. Talvez pessoas bem jovens possam até gostar dessa produção, que alimenta a síndrome de Cinderela. No mais, não percam seu tempo.
Bem, parece que o Emílio de Mello conseguiu crescer um pouco dentro do personagem e melhorou em relação aos primeiros episódios. Ainda assim, pode melhorar mais. Outros usuários já perceberam que o ponto fraco da série são mesmo as atuações, a maioria com um quê de amadorismo: falas gramaticalmente impecáveis (e que soam invariavelmente artificiais). Também acho que existe um pouco de exagero na dose de transtornos que são despejados a cada episódio. Fico com a nítida impressão de que estão tentando impressionar o público e aí a história acaba ficando menos convincente. O próprio Contardo já disse que tudo o que é retratado na história está baseado em coisas que ele realmente já viu no consultório, mas certamente não viu todas essas coisas num espaço tão curto de tempo... Há momentos em que as falas do Antonini são colocadas forçosamente na história. Daí surgem frases feitas que não têm conexão nenhuma com o que está acontecendo e acaba ficando artificial demais. O roteiro também acaba deixando muitas pontas soltas ao mesmo tempo e isso dá a impressão de que os roteiristas estão meio perdidos. Acho que está faltando ajustar a fórmula, seguindo um roteiro um pouco mais parecido com o das séries norte-americanas: apenas um núcleo de ação (nesse caso, o consultório), com pinceladas nas histórias paralelas. Do jeito que está, acaba seguindo o modelo das novelas brasileiras, com inúmeras coisas acontecendo ao mesmo tempo, antes mesmo de haver uma construção mais sólida dos personagens. Lembra muito o que se via em Mandrake, com o Marcos Palmeira. Penso que deveriam ter começado com uma história mais focada e ir abrindo a trama aos poucos, na medida em que o mote principal começasse a perder fôlego. Assim, jogaram todas as cartas na mesa e provavelmente vão ter de inventar situações cada vez mais absurdas para manter esse ritmo alucinado. Entretanto, a série tem um potencial enorme e estou torcendo para que corrijam essas falhas. Os aspectos da psicanálise propriamente dita são interessantíssimos e trazem para as telas um tratamento incomumente profundo para temas que, via de regra, são discutidos apenas na superficialidade - e esse é o grande mérito dessa produção. É uma pena que não haja uma comunidade organizada pela HBO para que os produtores pudessem ter um feedback dos expectadores. Enfim, a série tem potencial. Agora é esperar pela 2ª temporada.
1) os 47 segundos de participação de Rodrigo Santoro (kkkkk...);
2) o fato de que, apesar de cada pessoa morta parecer ter a mesma quantidade de sangue de um boi adulto, ninguém se suja com o sangue dos outros... (kkkkk.... cada personagem mata uns 50 outros personagens, mas tá sempre limpinho, como se tivesse acabado de sair do banho...kkkk);
3) Eva Green.
Falando sério: quando a gente resolve assistir a um filme desses, a gente já sabe que não vai ver uma obra-prima do cinema... Acho que o filme faz bem aquilo a que se propõe: entreter, sem exigir muito do expectador. Nem todo filme precisa ser cult; tem filme que é feito apenas para entreter mesmo. Esse é um exemplo e, nisso, ele cumpre o objetivo. Nada mais.
1) A série se aventura a explorar alguns aspectos menos óbvios do comportamento homossexual (como os mecanismos psicológicos que podem definir os papéis de ativo ou passivo de cada parceiro, a relação com as mães, os conflitos de classe, os preconceitos com a idade etc);
2) Os personagens Patrick e Richie estão sendo muito bem construídos e carregaram essa primeira temporada praticamente sozinhos;
3) Coragem de focar num grupo etário mais velho.
Aspectos negativos:
1) É pouco realista e descreve a cidade de San Francisco como se fosse uma cidade exclusivamente de homossexuais;
2) É muito fechada no universo homossexual e tudo na história gira exclusivamente em torno disso (os caras só têm amigos gays, só frequentam lugares gays, só falam de macho, de pinto, de foda... todo mundo é gay...kkkk);
3) Exagera um pouco no sentimentalismo. D.R. de casal hétero já um saco; de casal gay, então, pior ainda...
Algumas pessoas têm dito que falta sexo, outros acham que está na medida certa, mas acho que poucos se deram conta de que parte da estranheza que esta série causa se deve ao fato de estar focada num grupo etário mais velho, acima dos 30 anos, quando a maioria das histórias sobre homossexuais focam-se em garotões sarados. Nesse sentido, a série é muito corajosa, mas está pagando o preço: audiências pífias, no Brasil e nos EUA (cerca de 350 mil expectadores por episódio). A despeito disso, parece que foi bem recebida pela crítica e por esse pequeno público, tanto é que a HBO já confirmou a produção da 2ª temporada. Entretanto, série tem de dar audiência para poder se manter no ar e, se eles não deixarem a história um pouco mais dinâmica, duvido muito que haja continuidade da produção. Apostaria numa 2ª temporada mais picante, com introdução de novos personagens, dando mais espaço para pessoas mais jovens e deixando os diálogos menos afetados. E, se não fizerem isso, podem pendurar a chuteira, porque não vai rolar 3ª temporada.
Já sou fã! Espero apenas que o Emílio de Mello continue crescendo dentro do personagem, pois parece que o ator ainda tem mais para oferecer. Não gostei muito dos trejeitos que ele está usando, pois me lembram muito aquele personagem que ele fez em Cazuza - O tempo não para. Ele parece meio afetado, mas sei lá, tudo está sendo supervisionado pelo próprio Contardo Calligaris (que, aliás, é um cara genial, que a gente ouve durante horas...). De toda forma, tudo ainda é muito incipiente e temos de dar tempo para a série e os personagens amadurecerem. O destaque fica para Bianca Vedovato (Marina) e Raul Barreto (Severino). Acho que a série promete - e com uma vantagem adicional: cada episódio é uma verdadeira aula sobre a mente humana.
Por incrível que pareça, os jovens atores se saem muito bem e, na verdade, carregam o filme, já que o roteiro é o ponto fraco dessa obra. A construção dos personagens foi pouco convincente e a história não consegue manter o foco, porque tentaram resumir o mundo e a vida dentro de um único filme: bullying, mundo dos esportes, homossexualidade, alcoolismo, drogas e muito mais, mas tudo tratado com superficialidade. De toda forma, o filme - e os atores - tem potencial. Merece um remake, com um bom diretor e um bom roteirista. Daí sim.
S-U-R-P-R-E-E-N-D-E-N-T-E!!! Esse é um daqueles filmes aos quais a gente assiste, sem esperar muito e, de repente, nos arrebata. História muito bacana, com boas atuações, boa fotografia e trilha sonora fantástica. A música final é incrível. O título já é sugestivo e a coragem de ir "contracorriente" é muito, muito bem trabalhada nessa obra sensível e inteligente. Emoções na medida certa, sem pirotecnia desnecessária. Só faltou um orçamento um pouco mais pomposo, para poder colocar uns efeitos especiais que tornassem a coisa toda um pouco mais convincente, mas, de certa forma, essa limitação acaba dando ao filme um aspecto quase teatral, que é bem interessante. A ideia de se poder fazer aquilo que se tem vontade, sem que ninguém "veja" é simplesmente genial. Engraçado a capacidade que temos de nos tornar invisíveis - e a cara de pau que temos em pedir que outras pessoas se tornem invisíveis por nós. Parece mesmo que "uma cidade pequena" ou "uma comunidade isolada" são uma receita para uma boa história. Acho que esse é o primeiro filme peruano a que assisto e fiquei muito, muito satisfeito. Aprovadíssimo e recomendadíssimo. E pra quem curtiu a música final, taí o link:
Já ouvi falar tanto deste filme, que realmente esperava mais. O filme é bom, retrata muito bem a questão das aparências e das máscaras sociais, mas não achei tão extraordinário assim. Além do mais, eu não sou um grande admirador de filmes com narrador e nem desse recurso de ficar mostrando cenas que só ocorrem na imaginação dos personagens. Aquele negócio de ficar mostrando pétalas de rosa para todos os lados é bem chatinho. Ainda assim, vale a pena assistir; só não vale a pena manter no HD.
A série é legal, prende bem a atenção e tem alguns personagens muito interessantes, com destaque para Dean Norris, que vive o Big Jim. A ideia de universos particulares sempre me fascinou. Infelizmente, algo me diz que vai seguir o mesmo rumo de Lost, que começou com a promessa de ser a melhor história de mistério de todos os tempos (com direito a ser capa da SuperInteressante...), mas acabou mais perdida do que sapo em cancha de bocha...kkkk. Mas essa aqui é assinada por ninguém menos que Stephen King e, até hoje, o que essa cara fez de pior já é melhor do que o melhor de muita gente...kkk. Ainda assim, a fórmula é velha e é copiada do próprio Stephen King, do excelente "A tempestade do século", que considero o melhor filme de terror que eu já vi: cidade pequena, isolamento por alguma questão fora do controle dos habitantes, um político falastrão, um(a) xerife incorruptível, objetos misteriosos, personagens com segredinhos sujos e por aí vai... Ou seja, são os mesmos personagens, num contexto diferente. Isso não quer dizer que seja ruim, mas o jeito é esperar pra ver.
Antes de mais nada, quero deixar uma coisa bem clara: eu adorei o filme. Isso não significa que eu seja incapaz de perceber suas falhas. Vamos começar pelos aspectos negativos:
1) Os primeiros 30 minutos são difíceis de vencer, sobretudo, por causa da montagem entrecortada, que dá ao filme todo um ritmo quase enfadonho. Sei que muita gente gosta desse formato - e, às vezes, ele até funciona - mas é um recurso que poucos diretores conseguiram usar com sucesso. Sei que é uma forma de construir os personagens e a trama aos poucos, mas, quando é usado com exagero, acaba fazendo com que o filme pareça um rascunho de um filme de verdade.
2) Como tantas outras adaptações, o roteiro deixa algumas lacunas, dentre as quais eu destaco: o desaparecimento do pai a uma certa altura da história e a situação que envolve o "acidente" com Celia, que fica realmente muito mal explicada.
3) Exageros: o grande mal deste filme (e de tantos outros) é o excesso... Falta sutileza no simbolismo e sobra sutileza na ação. Os caras realmente forçam a barra com o lance do vermelho e acabam sendo comedidos demais nas cenas de ação. Ficaria melhor se não mostrassem ação nenhuma, concentrando-se apenas nos desdobramentos dos fatos, ou então que mostrassem os acontecimentos na sua íntegra. Mas, do jeito que fizeram, ficou incompleto. Tudo bem não querer apelar para o grotesco, mas realmente exageraram na sutileza.
4) John Reilly está totalmente avulso na história; ele realmente destoa de tudo e de todos. Acho que foi uma péssima escolha, com aquela cara de bonachão, ele realmente não convence ninguém. Não é que seja mau ator, apenas está no papel errado.
Bem, dito isso, vamos combinar: que filmaço! Vamos agora aos aspectos positivos:
1) Nenhum clichê: em tempos em que a própria palavra "clichê" virou um clichê, este filme consegue uma proeza: contar a história de um filho problemático sem usar nenhuma das fórmulas prontas. Nada de famílias desfuncionais, bandas satânicas, desenhos macabros, símbolos nazistas, animais torturados (exceto pela morte de um bichinho, mas essa não conta...kkk). É a psicopatia na sua forma mais pura; é a natureza maligna do ser humano na sua condição mais primitiva.
2) Atuações: Tilda Swinton, Ezra Miller e Jasper Newell (jovem Kevin) estão perfeitos. Perfeita caracterização dos personagens, que realmente parecem mãe e filho, em todas as fases da vida. Que atuações brilhantes! Esse rapaz, Ezra Miller, promete: em poucos anos de carreira, ele já coleciona sucessos, com personagens marcantes e atuações impecáveis. Espero apenas que ele não se torne refém de seus próprios personagens e seja capaz de interpretar mais do que jovens introspectivos. Mas até aqui, tem se saído muito bem.
3) Realidade ampliada: vi algumas pessoas reclamando de que o filme não é muito realista, que uma criança jamais agiria daquela forma e tals. Bem, se a intenção fosse ver apenas "realidade", não existiria a menor razão de ser no próprio cinema... Poderíamos passar o dia assistindo a filmes caseiros, documentários sobre bichinhos e telejornais sensacionalistas. Esse é o grande barato da arte: não apenas mostrar a vida como ela é; mas também como poderia ser.
4) Freudiano ao extremo: esse filme é um prato cheio para os fãs de Freud! Tudo se concentra na relação mãe-e-filho. O pai - e todo o resto do mundo - são meros coadjuvantes. É o Complexo de Édipo levado ao extremo.
5) Estranhas formas de amar: essa é a coisa mais surpreendente do filme todo. Por incrível que pareça, a mãe e o filho se amam profundamente. É o amor cego, na raiz das palavras.
6) Cenas fortes: o negócio com as fezes, a reação dele à agressão sofrida (tornando-a refém de sua própria mentira) e a cena da masturbação são realmente perturbadoras. É filme para render um tratado de psicologia.
Finalmente, vale ratificar: é realmente um grande filme, com ótimas atuações e feito para mexer com a cabeça de qualquer um. Para quem curte histórias sobre crianças transtornadas, recomendaria ainda "O anjo malvado" e "O aprendiz"; para quem curte histórias sobre relacionamentos entre mães e filhos, as dicas são o francês "O sopro do coração" e o australiano "Amor sem pecado". Ah, apenas uma última reclamação: esse título não ajuda; poderia ser mais sugestivo.
Comecei a ver esse filme 3 vezes e, por alguma razão que nem sei dizer qual é, acabava não terminando. Foi melhor assim...porque hoje parece que eu estava com o espírito ideal para curtir o filme e acabei aproveitando-o ao máximo. O filme tem um quê de melancolia (inevitável tratando-se de um tema como esse), mas conduz a trama de uma forma surpreendentemente leve. Emoções na medida certa e dois personagens muito bem construídos e interpretados.
Fabuloso ver a naturalidade com que eles encaravam temas, situações e lugares que intimidariam a maioria de nós. E o que é aquela trilha sonora? Caraca, que trilha boa!
No início eu me sentia um pouco incomodado pela presença do Hiroshi, mas depois entrei no clima do filme e até isso começou a fazer sentido. Parece que ele era, ao mesmo tempo, uma espécie de alter ego e um sintoma de delírio mesmo.
Não há como não notar as semelhanças com a trama do clássico "Ensina-me a viver", mas a arte é assim mesmo: uma constante releitura da vida ou até mesmo uma releitura da própria arte.
De todas as coisas legais que esse filme mostra, a que eu mais gostei foi da naturalidade com que ela recebe a notícia de que ele fala com um fantasma. A despeito da temática do filme, acho que esse aspecto é o mais importante de todos. Digo isso porque, no fundo, o que mais queremos é encontrar uma pessoa que verdadeiramente aceite aquilo que somos, ainda que estejamos abaixo das expectativas do restante do mundo. Acho mesmo que essa é a grande sacada desse filme: mostrar 2 pessoas que, em nenhum momento, tentam mudar um ao outro, mas apenas se aceitam mutuamente e tentam aproveitar o breve período de tempo que resta diante de uma morte anunciada. Genial.
Muitos filmes já abordaram a questão de pacientes terminais e de como as pessoas lidam com a morte anunciada. Este filme poderia ser apenas mais um, mas, embora não tenha tido a preocupação de desviar-se de todos os clichês desse tipo de trama, conseguiu mostrar as coisas de modo mais realista, mais verossímil. Nada de pegar uma moto e sair pela Rota 66, mas apenas pequenos prazeres dos quais a vida priva muitos de nós. Nesse fim-de-semana eu também assisti ao exageradíssimo "Álbum de família", cujo tratamento das emoções humanas contrasta muito com o dado em "My life without me". Este último, bem mais contido, mais abafado, menos hollywoodiano.
Interessante o fato de que Ann quis viver uma paixão com outro homem, embora amasse seu marido - e, em nenhum momento, a gente sente raiva dela por isso. Na verdade, aquilo nem parece uma traição; parece apenas que ela está resgatando uma parte de sua vida que lhe foi roubada, parece que ela está apenas exercendo o seu direito de navegar por outros mares antes de partir.
O problema desse tipo de filme é que, se, por um lado, a verossimilhança é sua maior virtude, por outro, é também seu maior defeito... Afinal, quando a gente resolve assistir a um filme, apreciar uma obra de arte, a gente quer mais do que a gente já tem todos os dias. Gosto de filmes realistas, mas gosto ainda mais daqueles que extrapolam as janelas de nossas casas, que nos levam a lugares mais bonitos, ainda que idílicos...
De toda forma, é um bom programa. E, pra quem curte o tema, recomendaria os clássicos "Tudo por amor", "Somente elas" e também "Amor e outras drogas" e "One week" (e uma caixa grande de lenços).
Todos já viram inúmeros filmes que retratam os horrores da Segunda Guerra, os campos de concentração e a perseguição nazista aos judeus. Esse filme, no entanto, aborda uma faceta menos difundida do nazismo: a perseguição aos homossexuais. Talvez muita gente não saiba que os primeiros prisioneiros do regime nazista não eram prisioneiros de guerra; os primeiros campos de concentração surgiram já em 1934, assim que Hitler subiu ao poder. Nesses campos, eles começaram prendendo pessoas do seu próprio país, sob os mais diversos pretextos. Assim, Hitler perseguiu não apenas os judeus, mas também os negros, os ciganos, os homossexuais, os deficientes físicos e os opositores do regime. Conhecer essa história é fundamental para garantir que ela nunca mais irá se repetir.
Quanto ao filme em si, é tão triste - e revoltante - quanto poderia ser. O destaque fica por conta do "sexo virtual", das grandes atuações e de uma curiosa aparição de Mick Jagger.
Grandes atuações, num roteiro que mais parece uma novela mexicana. Muito exagero nas situações criadas. A opção por deixar em suspenso o fim da situação que envolve a personagem Ivy também foi um grande tiro no pé. Normalmente a gente diz que esperava mais, mas, nesse caso, eu, literalmente, esperava menos... menos exagero.
Estávamos Aqui
4.3 13Documentário com depoimentos emocionantes, que traz à memória o que foi o início da epidemia do HIV. Muito bem feito e também nos dá uma ideia da força e do nível de organização da comunidade LGBT em Frisco. Vale muito a pena assistir.
Deus Não Está Morto
2.8 1,4K Assista AgoraÉ a porra de um filme gospel!!!! Que droga, deveria haver um alerta no Filmow para esse tipo de palhaçada! É, disparado, um dos filmes mais ridículos que eu já vi. Até já assisti a outros filmes de propaganda cristã que eram razoáveis, como Prova de fogo, por exemplo. Mas esse é caricato, patético mesmo. Também, o que esperar de um filme cujo antagonista, que deveria ser uma espécie de gênio ateu da filosofia, é interpretado pelo Hércules???? kkkkkk.... Essencialmente, o filme retrata os ateus e os adeptos de religiões não-cristãs como pessoas malignas e egoístas, que perseguem os cristãos, tentando impedi-los de viverem sua fé... E o que é aquele redneck matador de patos como arauto da fé cristã??? Gente, que filme absurdo, aliás, nem dá pra chamar isso de filme, é uma peça publicitária fundamentalista, repleta do radicalismo puritano do sul dos EUA. Até quem acredita em deus deve sentir ânsia de vômito assistindo a uma bobagem dessas. Se você gosta de cinema, por favor, não perca seu tempo assistindo a esse lixo. Se você curte filmes questionadores, que abordem a questão da fé, há opções muito melhores, como o clássico Sob o sol de Satã.
John Wick: De Volta ao Jogo
3.8 1,8K Assista AgoraNem em GOT morre tanta gente....kkkk. O filme é ação. Só.
Êxodo: Deuses e Reis
3.1 1,2K Assista AgoraDepois do péssimo Noé, agora vem essa outra decepção, que não se compara, nem de longe, com o clássico Os dez mandamentos (1957). Se eu tivesse visto nos cinemas, talvez me impressionasse com os efeitos visuais, mas, na telinha, sem toda a pirotecnia, esse filme revela toda a sua fraqueza. É uma releitura da fábula, que tenta dar algum cientificismo aos milagres descritos na bíblia e, com isso, perde o charme da magia, sem conseguir ter real credibilidade científica em suas proposições. E mostra um deus sádico, manifesto na imagem de uma criança psicopata.Se você ainda não viu, não perca os eu tempo.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraPosso discordar, só um pouquinho? É tanta gente elogiando e dando nota máxima, que a gente até se constrange por não ter achado o filme tudo isso...kkkk. Olha, acho que pra se fazer uma justa avaliação dessa obra, é necessário dividi-la em diversos aspectos e analisar um a um. O problema é o que pessoal continua fazendo a mesma coisa: pegam um aspecto do filme e julgam a obra inteira a partir dele. Daí não é análise; é apenas tietagem. Tá, sob o aspecto de fundamentação científica, o filme é realmente excelente, porque leva em consideração tudo o que já está cientificamente comprovado e explora as mais modernas teorias sobre o espaço-tempo. Pra quem curte o tema e costuma assistir a documentários a respeito, é um prato cheio. Pra quem não está antenado no que os cientistas (e não os roteiristas) têm dito sobre o tema, há uma boa chance de a pessoa ter entendido tudo errado...kkkkk. Muito bacanas as cenas silenciosas no espaço sideral, já que o som não se propaga na vácuo e também há uma série de outros detalhes que fazem jus à verdadeira ciência e às teorias quânticas e da relatividade. O aspecto filosófico sobre a passagem do tempo, sobre o quanto pode ser difícil ser virtualmente imortal, enquanto a vida das pessoas que você ama continua sendo efêmera é outro ponto alto do filme (que também já foi bem explorado em filmes como O homem bicentenário e Entrevista com o vampiro). Mas não exagerem: os méritos do filme param por aí. As atuações, até mesmo a de Michael Caine, não têm nada de espetacular, são apenas medianas. O personagem de Matt Damon não é apenas clichê, mas ridículo mesmo. Mas o ponto mais fraco é, sem dúvidas, o roteiro: superconfuso e cheio de coisas mal explicadas: 1) A humanidade esgotou seus recursos e estava voltando à era das cavernas, mas todo mundo continuava
desfilando com pick ups enormes, movidas ao bom e velho combustível fóssil, embora houvesse naves de alta tecnologia;
da gravidade. Daí resolveram construir estações giratórias, que era exatamente o que o nave exploratória já fazia!
a Brand era apaixonada por um cientista que não aparece no filme, de repente o Cooper resolve atravessar o universo para ir resgatá-la, no melhor estilo príncipe-donzela.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraVolta e meia o cinema nacional tem nos surpreendido com algumas produções de altíssimo nível, como esta daqui. Pra começar, eu assisti ao filme achando que Guilherme Lobo fosse mesmo deficiente visual...kkkk. O garoto mandou muito bem, muito bem mesmo. O trio central funciona muito bem, embora eu considere a atuação de Tess Amorim um pouco abaixo da de seus colegas de elenco. Por medo de spoilers, eu nunca leio sinopses antes de assistir aos filmes, então eu estava achando que o longa seria a continuação da história do curta, do ponto em que havia parado. Entretanto, é uma versão estendida daquela mesma história (mas eu ainda espero por uma continuação, embora eu saiba que não vai rolar...kkk). Um aspecto muito interessante é o fato de que o filme, nem de longe, passa por um filme com temática homossexual - na verdade, a gente quase esquece desse aspecto. Não há como não comparar com "As vantagens de ser invisível" e eu fico com a produção nacional, talvez por ser menos pretensiosa. Há ainda a excelente trilha sonora. Destaque também para o personagem Fábio e a interpretação de Pedro Carvalho, que encarna um perfeito bullyer, com quem a gente quase consegue simpatizar...kkk. Outro aspecto interessante são as hot scenes, que foram trabalhadas com ousadia, mas sem apelação. Acho que faltou apenas um pouco mais de realismo na ambientação da escola, que realmente pareceu muito americanizada. Talvez justamente para poder tornar o filme um pouco mais internacional. De toda forma, é uma excelente produção, que vale cada minuto. Uma curiosidade: por incrível que pareça, quando fez o filme, Fabio Audi já estava com inacreditáveis 25 anos!
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraParece que há uma sina com os blockbusters que retratam um mundo tomado pelas águas: depois do fiasco de Waterworld, vem esse Noé, que consegue a proeza de ser ainda pior do que aquele. Pegaram uma história que já é fantasiosa por natureza e, ao invés de acrescentarem-lhe elementos que lhe conferissem um pouco mais verossimilhança, fizeram exatamente o contrário: criaram um filme que é uma mistura de Transformers com Harry Potter e Percy Jackson, inclusive na escolha do elenco e na construção dos personagens. Quase tudo no filme é ruim, desde os defeitos especiais até o roteiro, mas nada é tão bizarro quanto o próprio personagem Noé, que é uma mistura de fanático religioso, ninja e psicopata beberrão. A história dos anjos caídos enclausurados na rocha é uma das ideias mais idiotas de todos os tempos! Chega a ser cômico! A única coisa que se salva é a montagem sobre a criação do mundo, claramente inspirada no documentário Cosmos, de Carl Sagan. Vi alguns usuários elogiando a montagem "bem diferente", mas, nesse caso, teria tido um resultado melhor se tivessem se baseado na epopeia de Gilgamesh ou no mito de Atrahasis, que são as verdadeiras fontes de inspiração para o mito bíblico do dilúvio, que nada mais é do que um dos maiores plágios da história da humanidade, revestido da doutrina cristã. Entretanto, não foram fiéis nem ao mito bíblico, nem aos mitos originais; pelo contrário: inventaram uma história absurda e tomaram emprestado o nome de uma história conhecida. Se queriam fazer cinema experimental, acho que um orçamento de 170 milhões de dólares é um grande desperdício: 3 universitários com uma câmera VHS seriam capazes de produzir obra semelhante, em troca de uma pepsi e um pastel. Não perca seu tempo com esse filme, nem tente ficar enxergando "arte" onde só existe incompetência: gostar do que a maioria das pessoas detesta não faz de você um cara cult.
Game of Thrones (4ª Temporada)
4.6 1,5K Assista AgoraContinua sendo uma ótima série, mas essa foi a mais fraca das 4 temporadas, com certeza. Além de a temporada ter sido muito curta, a história está começando a perder o ritmo. São muitas histórias paralelas, a ponto de que sequer conseguem conciliá-las todas num único episódio. Há tramas que ficam ausentes da série durante 2, 3 ou até mais episódios. Estão confundindo complexidade com confusão (erro fatal cometido em Lost, que podia ter sido uma das melhores séries da história e acabou virando uma piada). Além disso, aumentou muito a presença de elementos mágicos, o que acaba levando a série para outros rumos, a exemplo do que se vê em Senhor dos Anéis, Harry Potter e outras produções do gênero. Vai acabar ficando longa demais, porque está rendendo uma fortuna para os produtores. É uma pena. Mas vamos aguardar pela 5ª temporada, prevista para abril de 2015.
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraDiálogos sagazes, personagens muito bem construídos e interpretações impecáveis, num roteiro surreal demais para ser convincente - e que precisa ser dissecado para ser compreendido. Podemos dizer que o filme é uma grande metáfora, uma alegoria sobre tudo o que os relacionamentos são - e sobre tudo o que gostaríamos que fossem. Há muito para ser lido nas entrelinhas e, nesse sentido, a música tema é fundamental: "E então é isso / A história mais curta /Sem amor, sem glória". E o fantasma do ciúme, da insegurança, lembra muito o que se viu em Proposta Indecente, ao passo que os diálogos, forçosamente filosóficos, lembram o que se vê no pretensioso Sunset Limited. A produção pode render boas discussões sobre diversos temas, como a natureza do amor, os reais desejos humanos, o mecanismo da libido, as máscaras sociais, a importância da mentira nos relacionamentos e até mesmo sobre o alter ego. Apesar desses méritos, o filme está mais para "exercício de virtuosismo cinematográfico" do que para "obra-prima". Destaque para os diálogos de separação, muito distintos entre si, mas igualmente incisivos.
Redwoods
2.9 17 Assista AgoraNem que humanidade inteira passe os próximos mil anos tentando, ninguém vai conseguir fazer um filme tão clichê e estereotipado quanto esse. É uma espécie de versão gay de As Pontes de Madison, só que bem pior. A única coisa que salva o filme é que, pelo menos, os atores conseguem chorar. Não dá nem pra elogiar a fotografia, porque, num lugar como aquele, até eu filmaria lindas tomadas. Talvez pessoas bem jovens possam até gostar dessa produção, que alimenta a síndrome de Cinderela. No mais, não percam seu tempo.
Naked As We Came
2.9 34Roteiro superconfuso, numa produção pretensiosa. Não perca seu tempo.
Psi (1ª Temporada)
4.3 81Bem, parece que o Emílio de Mello conseguiu crescer um pouco dentro do personagem e melhorou em relação aos primeiros episódios. Ainda assim, pode melhorar mais. Outros usuários já perceberam que o ponto fraco da série são mesmo as atuações, a maioria com um quê de amadorismo: falas gramaticalmente impecáveis (e que soam invariavelmente artificiais). Também acho que existe um pouco de exagero na dose de transtornos que são despejados a cada episódio. Fico com a nítida impressão de que estão tentando impressionar o público e aí a história acaba ficando menos convincente. O próprio Contardo já disse que tudo o que é retratado na história está baseado em coisas que ele realmente já viu no consultório, mas certamente não viu todas essas coisas num espaço tão curto de tempo... Há momentos em que as falas do Antonini são colocadas forçosamente na história. Daí surgem frases feitas que não têm conexão nenhuma com o que está acontecendo e acaba ficando artificial demais. O roteiro também acaba deixando muitas pontas soltas ao mesmo tempo e isso dá a impressão de que os roteiristas estão meio perdidos. Acho que está faltando ajustar a fórmula, seguindo um roteiro um pouco mais parecido com o das séries norte-americanas: apenas um núcleo de ação (nesse caso, o consultório), com pinceladas nas histórias paralelas. Do jeito que está, acaba seguindo o modelo das novelas brasileiras, com inúmeras coisas acontecendo ao mesmo tempo, antes mesmo de haver uma construção mais sólida dos personagens. Lembra muito o que se via em Mandrake, com o Marcos Palmeira. Penso que deveriam ter começado com uma história mais focada e ir abrindo a trama aos poucos, na medida em que o mote principal começasse a perder fôlego. Assim, jogaram todas as cartas na mesa e provavelmente vão ter de inventar situações cada vez mais absurdas para manter esse ritmo alucinado. Entretanto, a série tem um potencial enorme e estou torcendo para que corrijam essas falhas. Os aspectos da psicanálise propriamente dita são interessantíssimos e trazem para as telas um tratamento incomumente profundo para temas que, via de regra, são discutidos apenas na superficialidade - e esse é o grande mérito dessa produção. É uma pena que não haja uma comunidade organizada pela HBO para que os produtores pudessem ter um feedback dos expectadores. Enfim, a série tem potencial. Agora é esperar pela 2ª temporada.
300: A Ascensão do Império
3.2 1,6K Assista Agora3 coisas chamam a atenção no filme:
1) os 47 segundos de participação de Rodrigo Santoro (kkkkk...);
2) o fato de que, apesar de cada pessoa morta parecer ter a mesma quantidade de sangue de um boi adulto, ninguém se suja com o sangue dos outros... (kkkkk.... cada personagem mata uns 50 outros personagens, mas tá sempre limpinho, como se tivesse acabado de sair do banho...kkkk);
3) Eva Green.
Falando sério: quando a gente resolve assistir a um filme desses, a gente já sabe que não vai ver uma obra-prima do cinema... Acho que o filme faz bem aquilo a que se propõe: entreter, sem exigir muito do expectador. Nem todo filme precisa ser cult; tem filme que é feito apenas para entreter mesmo. Esse é um exemplo e, nisso, ele cumpre o objetivo. Nada mais.
Looking (1ª Temporada)
4.0 378 Assista AgoraAspectos positivos:
1) A série se aventura a explorar alguns aspectos menos óbvios do comportamento homossexual (como os mecanismos psicológicos que podem definir os papéis de ativo ou passivo de cada parceiro, a relação com as mães, os conflitos de classe, os preconceitos com a idade etc);
2) Os personagens Patrick e Richie estão sendo muito bem construídos e carregaram essa primeira temporada praticamente sozinhos;
3) Coragem de focar num grupo etário mais velho.
Aspectos negativos:
1) É pouco realista e descreve a cidade de San Francisco como se fosse uma cidade exclusivamente de homossexuais;
2) É muito fechada no universo homossexual e tudo na história gira exclusivamente em torno disso (os caras só têm amigos gays, só frequentam lugares gays, só falam de macho, de pinto, de foda... todo mundo é gay...kkkk);
3) Exagera um pouco no sentimentalismo. D.R. de casal hétero já um saco; de casal gay, então, pior ainda...
Algumas pessoas têm dito que falta sexo, outros acham que está na medida certa, mas acho que poucos se deram conta de que parte da estranheza que esta série causa se deve ao fato de estar focada num grupo etário mais velho, acima dos 30 anos, quando a maioria das histórias sobre homossexuais focam-se em garotões sarados. Nesse sentido, a série é muito corajosa, mas está pagando o preço: audiências pífias, no Brasil e nos EUA (cerca de 350 mil expectadores por episódio). A despeito disso, parece que foi bem recebida pela crítica e por esse pequeno público, tanto é que a HBO já confirmou a produção da 2ª temporada. Entretanto, série tem de dar audiência para poder se manter no ar e, se eles não deixarem a história um pouco mais dinâmica, duvido muito que haja continuidade da produção. Apostaria numa 2ª temporada mais picante, com introdução de novos personagens, dando mais espaço para pessoas mais jovens e deixando os diálogos menos afetados. E, se não fizerem isso, podem pendurar a chuteira, porque não vai rolar 3ª temporada.
Psi (1ª Temporada)
4.3 81Já sou fã! Espero apenas que o Emílio de Mello continue crescendo dentro do personagem, pois parece que o ator ainda tem mais para oferecer. Não gostei muito dos trejeitos que ele está usando, pois me lembram muito aquele personagem que ele fez em Cazuza - O tempo não para. Ele parece meio afetado, mas sei lá, tudo está sendo supervisionado pelo próprio Contardo Calligaris (que, aliás, é um cara genial, que a gente ouve durante horas...). De toda forma, tudo ainda é muito incipiente e temos de dar tempo para a série e os personagens amadurecerem. O destaque fica para Bianca Vedovato (Marina) e Raul Barreto (Severino). Acho que a série promete - e com uma vantagem adicional: cada episódio é uma verdadeira aula sobre a mente humana.
Aquarela - As Cores de uma Paixão
3.2 69Por incrível que pareça, os jovens atores se saem muito bem e, na verdade, carregam o filme, já que o roteiro é o ponto fraco dessa obra. A construção dos personagens foi pouco convincente e a história não consegue manter o foco, porque tentaram resumir o mundo e a vida dentro de um único filme: bullying, mundo dos esportes, homossexualidade, alcoolismo, drogas e muito mais, mas tudo tratado com superficialidade. De toda forma, o filme - e os atores - tem potencial. Merece um remake, com um bom diretor e um bom roteirista. Daí sim.
Contra Corrente
4.0 408S-U-R-P-R-E-E-N-D-E-N-T-E!!! Esse é um daqueles filmes aos quais a gente assiste, sem esperar muito e, de repente, nos arrebata. História muito bacana, com boas atuações, boa fotografia e trilha sonora fantástica. A música final é incrível. O título já é sugestivo e a coragem de ir "contracorriente" é muito, muito bem trabalhada nessa obra sensível e inteligente. Emoções na medida certa, sem pirotecnia desnecessária. Só faltou um orçamento um pouco mais pomposo, para poder colocar uns efeitos especiais que tornassem a coisa toda um pouco mais convincente, mas, de certa forma, essa limitação acaba dando ao filme um aspecto quase teatral, que é bem interessante. A ideia de se poder fazer aquilo que se tem vontade, sem que ninguém "veja" é simplesmente genial. Engraçado a capacidade que temos de nos tornar invisíveis - e a cara de pau que temos em pedir que outras pessoas se tornem invisíveis por nós. Parece mesmo que "uma cidade pequena" ou "uma comunidade isolada" são uma receita para uma boa história. Acho que esse é o primeiro filme peruano a que assisto e fiquei muito, muito satisfeito. Aprovadíssimo e recomendadíssimo. E pra quem curtiu a música final, taí o link:
http://www.youtube.com/watch?v=vHPLhPLKvCA
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraJá ouvi falar tanto deste filme, que realmente esperava mais. O filme é bom, retrata muito bem a questão das aparências e das máscaras sociais, mas não achei tão extraordinário assim. Além do mais, eu não sou um grande admirador de filmes com narrador e nem desse recurso de ficar mostrando cenas que só ocorrem na imaginação dos personagens. Aquele negócio de ficar mostrando pétalas de rosa para todos os lados é bem chatinho. Ainda assim, vale a pena assistir; só não vale a pena manter no HD.
Under the Dome: Prisão Invisível (1ª Temporada)
3.7 674A série é legal, prende bem a atenção e tem alguns personagens muito interessantes, com destaque para Dean Norris, que vive o Big Jim. A ideia de universos particulares sempre me fascinou. Infelizmente, algo me diz que vai seguir o mesmo rumo de Lost, que começou com a promessa de ser a melhor história de mistério de todos os tempos (com direito a ser capa da SuperInteressante...), mas acabou mais perdida do que sapo em cancha de bocha...kkkk. Mas essa aqui é assinada por ninguém menos que Stephen King e, até hoje, o que essa cara fez de pior já é melhor do que o melhor de muita gente...kkk. Ainda assim, a fórmula é velha e é copiada do próprio Stephen King, do excelente "A tempestade do século", que considero o melhor filme de terror que eu já vi: cidade pequena, isolamento por alguma questão fora do controle dos habitantes, um político falastrão, um(a) xerife incorruptível, objetos misteriosos, personagens com segredinhos sujos e por aí vai... Ou seja, são os mesmos personagens, num contexto diferente. Isso não quer dizer que seja ruim, mas o jeito é esperar pra ver.
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraAntes de mais nada, quero deixar uma coisa bem clara: eu adorei o filme. Isso não significa que eu seja incapaz de perceber suas falhas. Vamos começar pelos aspectos negativos:
1) Os primeiros 30 minutos são difíceis de vencer, sobretudo, por causa da montagem entrecortada, que dá ao filme todo um ritmo quase enfadonho. Sei que muita gente gosta desse formato - e, às vezes, ele até funciona - mas é um recurso que poucos diretores conseguiram usar com sucesso. Sei que é uma forma de construir os personagens e a trama aos poucos, mas, quando é usado com exagero, acaba fazendo com que o filme pareça um rascunho de um filme de verdade.
2) Como tantas outras adaptações, o roteiro deixa algumas lacunas, dentre as quais eu destaco: o desaparecimento do pai a uma certa altura da história e a situação que envolve o "acidente" com Celia, que fica realmente muito mal explicada.
3) Exageros: o grande mal deste filme (e de tantos outros) é o excesso... Falta sutileza no simbolismo e sobra sutileza na ação. Os caras realmente forçam a barra com o lance do vermelho e acabam sendo comedidos demais nas cenas de ação. Ficaria melhor se não mostrassem ação nenhuma, concentrando-se apenas nos desdobramentos dos fatos, ou então que mostrassem os acontecimentos na sua íntegra. Mas, do jeito que fizeram, ficou incompleto. Tudo bem não querer apelar para o grotesco, mas realmente exageraram na sutileza.
4) John Reilly está totalmente avulso na história; ele realmente destoa de tudo e de todos. Acho que foi uma péssima escolha, com aquela cara de bonachão, ele realmente não convence ninguém. Não é que seja mau ator, apenas está no papel errado.
Bem, dito isso, vamos combinar: que filmaço! Vamos agora aos aspectos positivos:
1) Nenhum clichê: em tempos em que a própria palavra "clichê" virou um clichê, este filme consegue uma proeza: contar a história de um filho problemático sem usar nenhuma das fórmulas prontas. Nada de famílias desfuncionais, bandas satânicas, desenhos macabros, símbolos nazistas, animais torturados (exceto pela morte de um bichinho, mas essa não conta...kkk). É a psicopatia na sua forma mais pura; é a natureza maligna do ser humano na sua condição mais primitiva.
2) Atuações: Tilda Swinton, Ezra Miller e Jasper Newell (jovem Kevin) estão perfeitos. Perfeita caracterização dos personagens, que realmente parecem mãe e filho, em todas as fases da vida. Que atuações brilhantes! Esse rapaz, Ezra Miller, promete: em poucos anos de carreira, ele já coleciona sucessos, com personagens marcantes e atuações impecáveis. Espero apenas que ele não se torne refém de seus próprios personagens e seja capaz de interpretar mais do que jovens introspectivos. Mas até aqui, tem se saído muito bem.
3) Realidade ampliada: vi algumas pessoas reclamando de que o filme não é muito realista, que uma criança jamais agiria daquela forma e tals. Bem, se a intenção fosse ver apenas "realidade", não existiria a menor razão de ser no próprio cinema... Poderíamos passar o dia assistindo a filmes caseiros, documentários sobre bichinhos e telejornais sensacionalistas. Esse é o grande barato da arte: não apenas mostrar a vida como ela é; mas também como poderia ser.
4) Freudiano ao extremo: esse filme é um prato cheio para os fãs de Freud! Tudo se concentra na relação mãe-e-filho. O pai - e todo o resto do mundo - são meros coadjuvantes. É o Complexo de Édipo levado ao extremo.
5) Estranhas formas de amar: essa é a coisa mais surpreendente do filme todo. Por incrível que pareça, a mãe e o filho se amam profundamente. É o amor cego, na raiz das palavras.
6) Cenas fortes: o negócio com as fezes, a reação dele à agressão sofrida (tornando-a refém de sua própria mentira) e a cena da masturbação são realmente perturbadoras. É filme para render um tratado de psicologia.
Finalmente, vale ratificar: é realmente um grande filme, com ótimas atuações e feito para mexer com a cabeça de qualquer um. Para quem curte histórias sobre crianças transtornadas, recomendaria ainda "O anjo malvado" e "O aprendiz"; para quem curte histórias sobre relacionamentos entre mães e filhos, as dicas são o francês "O sopro do coração" e o australiano "Amor sem pecado". Ah, apenas uma última reclamação: esse título não ajuda; poderia ser mais sugestivo.
Inquietos
3.9 1,6K Assista AgoraComecei a ver esse filme 3 vezes e, por alguma razão que nem sei dizer qual é, acabava não terminando. Foi melhor assim...porque hoje parece que eu estava com o espírito ideal para curtir o filme e acabei aproveitando-o ao máximo. O filme tem um quê de melancolia (inevitável tratando-se de um tema como esse), mas conduz a trama de uma forma surpreendentemente leve. Emoções na medida certa e dois personagens muito bem construídos e interpretados.
Fabuloso ver a naturalidade com que eles encaravam temas, situações e lugares que intimidariam a maioria de nós. E o que é aquela trilha sonora? Caraca, que trilha boa!
No início eu me sentia um pouco incomodado pela presença do Hiroshi, mas depois entrei no clima do filme e até isso começou a fazer sentido. Parece que ele era, ao mesmo tempo, uma espécie de alter ego e um sintoma de delírio mesmo.
Não há como não notar as semelhanças com a trama do clássico "Ensina-me a viver", mas a arte é assim mesmo: uma constante releitura da vida ou até mesmo uma releitura da própria arte.
De todas as coisas legais que esse filme mostra, a que eu mais gostei foi da naturalidade com que ela recebe a notícia de que ele fala com um fantasma. A despeito da temática do filme, acho que esse aspecto é o mais importante de todos. Digo isso porque, no fundo, o que mais queremos é encontrar uma pessoa que verdadeiramente aceite aquilo que somos, ainda que estejamos abaixo das expectativas do restante do mundo. Acho mesmo que essa é a grande sacada desse filme: mostrar 2 pessoas que, em nenhum momento, tentam mudar um ao outro, mas apenas se aceitam mutuamente e tentam aproveitar o breve período de tempo que resta diante de uma morte anunciada. Genial.
Filme ideal para assistir sozinho.
Minha Vida Sem Mim
4.0 807 Assista AgoraMuitos filmes já abordaram a questão de pacientes terminais e de como as pessoas lidam com a morte anunciada. Este filme poderia ser apenas mais um, mas, embora não tenha tido a preocupação de desviar-se de todos os clichês desse tipo de trama, conseguiu mostrar as coisas de modo mais realista, mais verossímil. Nada de pegar uma moto e sair pela Rota 66, mas apenas pequenos prazeres dos quais a vida priva muitos de nós. Nesse fim-de-semana eu também assisti ao exageradíssimo "Álbum de família", cujo tratamento das emoções humanas contrasta muito com o dado em "My life without me". Este último, bem mais contido, mais abafado, menos hollywoodiano.
Interessante o fato de que Ann quis viver uma paixão com outro homem, embora amasse seu marido - e, em nenhum momento, a gente sente raiva dela por isso. Na verdade, aquilo nem parece uma traição; parece apenas que ela está resgatando uma parte de sua vida que lhe foi roubada, parece que ela está apenas exercendo o seu direito de navegar por outros mares antes de partir.
O problema desse tipo de filme é que, se, por um lado, a verossimilhança é sua maior virtude, por outro, é também seu maior defeito... Afinal, quando a gente resolve assistir a um filme, apreciar uma obra de arte, a gente quer mais do que a gente já tem todos os dias. Gosto de filmes realistas, mas gosto ainda mais daqueles que extrapolam as janelas de nossas casas, que nos levam a lugares mais bonitos, ainda que idílicos...
De toda forma, é um bom programa. E, pra quem curte o tema, recomendaria os clássicos "Tudo por amor", "Somente elas" e também "Amor e outras drogas" e "One week" (e uma caixa grande de lenços).
Bent
3.8 206Todos já viram inúmeros filmes que retratam os horrores da Segunda Guerra, os campos de concentração e a perseguição nazista aos judeus. Esse filme, no entanto, aborda uma faceta menos difundida do nazismo: a perseguição aos homossexuais. Talvez muita gente não saiba que os primeiros prisioneiros do regime nazista não eram prisioneiros de guerra; os primeiros campos de concentração surgiram já em 1934, assim que Hitler subiu ao poder. Nesses campos, eles começaram prendendo pessoas do seu próprio país, sob os mais diversos pretextos. Assim, Hitler perseguiu não apenas os judeus, mas também os negros, os ciganos, os homossexuais, os deficientes físicos e os opositores do regime. Conhecer essa história é fundamental para garantir que ela nunca mais irá se repetir.
Quanto ao filme em si, é tão triste - e revoltante - quanto poderia ser. O destaque fica por conta do "sexo virtual", das grandes atuações e de uma curiosa aparição de Mick Jagger.
Álbum de Família
3.9 1,4K Assista AgoraGrandes atuações, num roteiro que mais parece uma novela mexicana. Muito exagero nas situações criadas. A opção por deixar em suspenso o fim da situação que envolve a personagem Ivy também foi um grande tiro no pé. Normalmente a gente diz que esperava mais, mas, nesse caso, eu, literalmente, esperava menos... menos exagero.