Um roteiro inconsistente, superficialidade de personagens secundários e uma enxurrada de piadas rasas marcam esta comédia dirigida por Antônio Carlos da Fontoura, baseada no personagem criado por Miguel Paiva. Já li diversas vezes as tirinhas no jornal e confesso que me divertia bastante mas o filme não conseguiu extrair a mesma diversão dos cartuns. O carisma de Alexandre Borges, que dá vida ao ''gatão de meia idade'' da forma mais convincente possível, consegue oferecer qualidade aos momentos cômicos do filme. Algumas atrizes, como a marcante Cristiana Oliveira - interpretando uma hilária motoqueira sadomasoquista - e a charmosa Júlia Lemmertz, dão um toque especial ao elenco. Se ''Gatão de Meia Idade'' fosse adaptado para um formato de televisão, talvez se sairia melhor por conta de suas várias esquetes. Como cinema, a comédia é limitada, de aspecto amadora e sem boas surpresas.
Filme divertidíssimo e diferente de tudo que já assisti. Além de uma bela homenagem ao subgênero ''slasher movie'', ''Terror nos Bastidores'' faz uma brincadeira sensacional com metalinguagem e clichês do gênero de horror trash. Taissa Farmiga mostra na tela o talento herdado pela irmã mais velha, Vera Farmiga, e entrega uma atuação dedicada. O resto do elenco não é nada excepcional mas segura bem as pontas. Na parte técnica, principalmente os inspirados efeitos de câmera, fotografia e ângulos interessantes, o filme consegue oferecer um bom espetáculo visual. A trilha sonora é outro ponto positivo, com músicas cativantes e o famoso e assustador som “Ki ki – Ma ma”, marca registrada da franquia ''Sexta-Feira 13''. ''Terror nos Bastidores'' no final das contas é uma grande divertida bobagem que proporcionará boas risadas, principalmente para os fãs do horror trash oitentista. RECOMENDADÍSSIMO!
Há tempos que eu não me deparava com um suspense psicológico tão constante e que vá ganhando uma atmosfera inquietante cada vez mais forte. Não entendi o motivo de tantas críticas negativas que li a respeito do filme pois ''Bata Antes de Entrar'' tem uma premissa interessante, apesar de esbarrar em momentos trash e não ser nada original (remake do clássico filme B “Death Game”). O suspense de Eli Roth conseguiu atingir os níveis de insanidade suficientes para me prender até o final, infelizmente, com um desfecho confuso e apático. Keanu Reeves não entrega uma atuação excepcional mas se sai bem na pele do encarcerado Evan, apesar de ser prejudicado pelo mal desenvolvimento de seu personagem que de tão vulnerável acaba se tornando irritante. O destaque mesmo fica por conta das belíssimas Lorenza Izzo e Ana de Armas que, para mim, além de um refresco para nossos olhos, entregaram uma performance doentia absolutamente palatável. Visualmente bem produzido, a produção conta com uma boa fotografia e uma ambientação deslumbrante. O filme é competente ao criar uma boa atmosfera de tensão mas algumas cenas absurdas e fragilidade narrativa acabam enfraquecendo o suspense. No geral, ''Bata Antes de Entrar'' não é um filme para todos. Dividirá muitas opiniões e acho que só quem conhece as referências usadas por Eli Roth terão um maior aproveitamento da trama. Destaque para o monólogo de Keanu Reeves no terceiro ato. Uma belíssima cena que vale a pena ver duas vezes.
Como registro histórico, ''Within Our Gates'' é uma obra singular importantíssima. Sua inclusão na famosa lista ''1001 Filmes para Ver Antes de Morrer'' não foi à toa. No drama, produzido e dirigido por Oscar Micheaux, as atrocidades cometidas contra os negros surge como motor comportamental de uma época onde a intolerância racial estava escancarada e no auge da efervescência social. O caráter idealista é o que mais vale a apreciação da película. Já a estrutura narrativa e técnica se mantém irregular até o final, sendo a cena dos flashbacks para contar o passado da personagem Sylvia o melhor e mais significativo momento do filme.
Tem muita gente que torce o nariz para comédias nacionais e não tiro suas razões diante de tantas produções frustrantes e abarrotadas de clichês. ''O Casamento de Gorete'' é, infelizmente, um exemplo dessa safra de filmes e aposta mais em estereótipos do que uma comédia com identidade própria. Para os fãs da personagem Valéria das esquetes do programa humorístico ''Zorra Total'', será inevitável sentir uma fisgada de ''déjà vu'' durante a exibição da película. Apesar da protagonista do filme se chamar Gorete, fica evidente que o ator Rodrigo Sant'anna, talentoso e dono de um bom timing cômico, não consegue se desconectar de sua personagem transex da TV. A dupla Tadeu Mello e Ataíde Arcoverde salva o filme e consegue arrancar boas risadas com seus hilários personagens. A minúscula participação de Letícia Spiller e a atuação segura de Ricardo Blat garantem alguns bons momentos da narrativa. A película de Paulo Vespúcio Garcia tinha tudo para ser uma comédia engraçada e divertida mas erra feio ao explorar o universo homossexual com um tom caricato acima do normal. O resultado acaba sendo um filme mediano, banalizado por piadas forçadas e um humor histérico impalatável.
Eis aqui um filme português difícil de se degustar, abordando uma trama sociopolítica não muita divertida e capaz de entreter apenas uma pequeníssima parcela de espectadores. Este filme de José Fonseca e Costa me causou estranhamento desde sua primeira cena mas ao longo do enredo fui surpreendido positivamente pelas atuações críveis de Mário Viegas, Lia Gama e Milú. Sem esquecer dos destaques brasileiros Lima Duarte e Natália do Vale que mostram em cena um bom entrosamento com o elenco português. ''Kilas, O Mau da Fita'' é longo, cansativo e com muitas e muitas cenas estrambólicas. Talvez se eu tivesse assistido com legendas em português do Brasil e não apenas com o embaraçoso sotaque de Portugal eu poderia ter gostado mais da película.
Efeitos especiais capengas combinados com um roteiro repleto de falhas ocasionais ditam este execrável sci-fi de W.D. Hogan. É bem a cara das produções fuleiras do canal SyFy. Tosqueira de primeiro nível onde nada se salva, nem mesmo a participação de Christopher Lloyd, o eterno Dr. Emmett "Doc" Brown.
''Lavalantula'' é tão ruim e sem-noção que deve ser encarado como uma verdadeira comédia, um vagabundo filme B onde seus (d)efeitos especiais e atuações pífias confere ao sci-fi de Mike Mendez um show de aberração cinematográfica.
O roteirista Charlie Kaufman possui em sua bagagem filmes de peso como ''Quero ser John Malkovich'', ''Adaptação'' e o ótimo ''Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças''. Em seu recente trabalho, como roteirista e também diretor, Kaufman entrega mais uma obra extremamente humana e repleta de dilemas e metáforas interessantes. Utilizando o stop motion como recurso técnico na animação (uma ótima aliança com Duke Johnson), o cineasta faz com que o espectador se torne testemunha dos conflitos existenciais de Michael Stone, um palestrante motivacional de meia idade. Conforme a trama avança, o enredo supõe muitas surpresas. A principal delas, na minha opinião, é a sacada genial com a voz de Tom Noonan dublando ''todos os outros'' personagens e a ''quebra de paradigma'' na voz suave de Jennifer Jason Leigh. A dublagem na animação é uma das peças chaves para o total entendimento da proposta de Kaufman. Quando a insegura e tímida Lisa aparece em cena não demora muito para entendermos o título da animação e é através dessa belíssima personagem que conseguimos captar a mensagem kaufmaniana. É incrível o clima melancólico e, ao mesmo tempo, reflexivo que esta animação consegue alcançar. Com direito a cenas ousadas de sexo (para os desavisados, a animação não tem nada de infantil) e uma versão sorumbática da música ''Girls Just Wanna Have Fun'', ''Anomalisa'' é uma verdadeira aula de como se fazer um filme-cabeça e conseguir transmitir toda a emoção e profundidade sem cair na banalidade.
Do mesmo diretor do insosso ''Jessabelle - O Passado Nunca Morre'', este é do tipo de filme de terror que você assiste já sabendo que não irá ver nada de novo ou interessante. ''Visões'' dispara clichês a cada curva da narrativa mas o surpreendente desfecho acaba compensando algumas falhas. É o primeiro filme que vi Jim Parsons atuando fora da série ''The Big Bang Theory'' e simplesmente detestei a interpretação do ator que pelo visto só irá ser lembrado apenas pelo seu personagem Sheldon por um bom tempo. Mesmo não tendo atuações excepcionais e o roteiro se manter anêmico durante a maior parte do tempo, ''Visões'' é acima da média e vale uma conferida pela sua interessante reviravolta.
Belíssimo representante do cinema latino-americano. ''Cinco Dias sem Nora'' trata de forma singela e com humor inteligente as tradições religiosas e relações conflituosa de uma família. Um enredo com muita originalidade e um bom desenrolar mantém o espectador preso na história, construída de forma sutil pelas mãos de Mariana Chenillo. Excelentes atuações de Fernando Luján, Angelina Peláez e Enrique Arreola confere ao longa uma galeria de personagens interessantes que conseguem transmitir verossímilidade em cena. A história é carregada de um drama cômico divertidíssimo e todos os personagens, inclusive coadjuvantes, rendem bons momentos. Uma jóia fina do cinema mexicano que vale muito a conferida.
Como eu amo descobrir e me divertir com bizarrices cinematográficas! Filmes toscos sempre terão um lugarzinho especial na minha minha lista de filmes assistidos. O filme da vez agora é ''Cinderela Baiana'', uma obra vexaminosa, porém divertida, de Conrado Sanchez. O filme é uma tosqueira de proporções colossais, desde a produção paupérrima, passando pelo roteiro cheio de furos, diálogos vergonhosos e atuações grotescas. Repleta de cenas ridículas, o filme consegue divertir desintencionalmente, principalmente por conta de suas inúmeras falhas e aberrações. Ver a ''atriz'', cantora e dançarina Carla Perez e Lázaro Ramos atuando nesta preciosidade do cinema trash nacional é uma experiência deliciosamente hilária (ou vergonhosa!).
A adaptação do livro de Ben Mezrich para o cinema tem um detalhe que de cara, logo na excelente primeira cena do bar, a coloca em um patamar acima dos outros longas do gênero biográfico: DAVID FINCHER. Virei fã do diretor desde que fiquei de queixo caído com o seu excelente ''Garota Exemplar'' e aos poucos fui me interessando por sua inegável contribuição para a arte de fazer cinema. É muito interessante acompanhar o surgimento da idéia do Facebook e seu desenvolvimento através das mãos firmes de Fincher, que reconfirma aqui ser um dos melhores diretores do cinema atual. Fiquei completamente inebriado pela cinebiografia. Difícil tirar os olhos da tela e deixar de prestar atenção nos diálogos intensos e na agilidade do roteiro, construído de forma dedicada e com um primor técnico indiscutível. Outra qualidade notável do filme é seu elenco, formado por uma geração de novos atores promissores. Jesse Eisenberg - ótima escolha para o papel - retrata com maestria o gênio Mark Zuckerberg, entregando uma atuação competente e hipnotizante. Rooney Mara, Andrew Garfield, Armie Hammer, Justin Timberlake e vários outros bons atores coadjuvantes completam o riquíssimo elenco. A trilha sonora, maravilhosa e completamente conectada ao filme, eleva ao máximo todos os outros acertos técnicos presentes na película. Há sim um certo grau de inverossimilidade com a biografia do real Mark Zuckerberg, mas não perde a essência dos acontecimentos reais. Em todos aspectos, considero esta obra-prima de David Fincher absolutamente satisfatória. A direção de Fincher e toda sua atenção aos mínimos detalhes fazem de ''A Rede Social'' ser muito mais do que um simples filme sobre o criador do Facebook.
Peter Hedges segue à risca a cartilha da tradição Disney mesclando fantasia e romance, numa espécie de fábula excessivamente otimista. Traz algumas interessantes reflexões familiares em sua história mas peca no roteiro, cheio de tropeços e com uma incoerência nada palatável. Atores de peso como Jennifer Garner e Joel Edgerton (mal aproveitados!) entregam atuações apenas toleráveis, nada de tão especial ou marcante. O destaque fica por conta do ator mirim Cameron ''CJ'' Adams que consegue dar ao filme uma áurea mágica, marca registrada da Disney, através da doçura em seu olhar. A direção de arte, os aspectos visuais e a aconchegante trilha sonora são os principais pontos positivos que tornam o filme atrativo. A mensagem calorosa embutida na narrativa vai agradar aos mais sensíveis e aos pais que desejam adotar um filho. Não que eu seja insensível, mas para mim o filme ''A Estranha Vida de Timothy Green'' foi apenas um passatempo dispensável.
Documentário bacanérrimo, cheio de espontaneidade e nuances que revelam personagens pra lá de interessantes. O cineasta Rodrigo Felha trata a questão homossexual de forma cristalina, sem apelar para estereótipos. A comunidade LGBT do Rio de Janeiro empresta sua voz para nos guiar à uma realidade bastante crível, onde discussões sobre homofobia, aceitação e religião são vistas sob um prisma bastante delineado. Belíssimos depoimentos (pra mim, a declaração de Jean Wyllys, com sua combativa voz, valeu todo o documentário!) e um cenário amplamente sarapintado compõem este importante projeto. E por mais tímido e ineficiente que seja na densidade do tema, ''Favela Gay'' merece ser aplaudido com entusiasmo.
Por se tratar de Ridley Scott, eu esperava bem mais, confesso ter ficado com aquela sensação de que faltou algum quê a mais para o filme ser ainda mais interessante. O trabalho de retorno de Ridley não chega a ser tão inovador e ''Perdido em Marte'' acaba indo pelo caminho mais fácil, com alguns clichês e um evidente ''puxa-saquismo'' para o lado da China, um importante mercado para Hollywood. O filme é visualmente atraente, com excepcionais trabalho de câmera e fotografia, isso não podemos negar. A trama é conduzida de maneira clara, acessível e didaticamente divertida e não apela para o papo-cabeça maçante típico do gênero. Aliás, méritos devem ser dados a parcela de acertos científicos e o embasamento na realidade teórica da NASA. Eu não li a obra de Andy Weir, e sei que adaptações cinematográficas, normalmente, não são fiéis ao livro, mas neste sentido, o trabalho de adaptação de Ridley Scott reserva muitas boas surpresas, com uma divertida e otimista abordagem científica. Mas tenho minhas ressalvas, a principal delas: faltou um pouco mais de emoção nas cenas, eu achei a atuação de Matt Damon inconvincente e o ator não passou aquela sensação de vulnerabilidade perante sua situação embaraçosa no Planeta Vermelho. Outra coisa que me incomodou foi o mau aproveitamento de um elenco esforçado, no qual estrelas como Jessica Chastain, Kate Mara e Jeff Daniels possuem um certo limite em seus personagens, não oferecendo algo tão destacável na história. Resumindo, ''Perdido em Marte'' consegue divertir em alguns momentos, consegue nos ensinar como plantar batatas em Marte e consegue encher nossos olhos e ouvidos com o espetáculo visual deslumbrante e a boa trilha sonora. Ridley Scott voltou ao cenário cinematográfico com força total, porém não trouxe novidades em suas bagagens! Filme bom apenas, nada que justifique tamanha comoção!
Jóia preciosa do gênero sci-fi. Esta obra precursora e tão cultuada de Fred F. Sears é uma reunião de tudo que é bom e ruim dos anos 50 quando o assunto é ficção científica. Parte da notoriedade do longa se deve aos efeitos especiais, uma grande novidade na época, e mesmo que limitadíssimos e abarrotados de falhas, serviu de inspiração para muitos cineastas atuais, como Tim Burton. Discos voadores sempre foi um dos meus temas favoritos nos filmes de ficção científica e este ''embrião'' do gênero conseguiu prender minha atenção, cumprindo muitíssimo bem a função de divertir, sem exigir muita seriedade. Um dos maiores épicos da ficção científica na história do cinema e imperdível para qualquer cinéfilo fã do gênero. Merece uma conferida.
É impressionante como D.W Griffith nos consegue envolver com suas delicadas histórias. Já é o segundo filme desse renegado e controverso diretor que fiquei extremamente apaixonado pela trama e na torcida pela mocinha, mais uma vez protagonizada pela angelical Lillian Gish. Podemos dizer que ''Inocente Pecadora'' (Horizonte Sombrio/As Duas Tormentas) é um melodrama de qualidade ímpar. Mais uma vez Griffith imprime na tela um excesso de puritanismo, como havia acontecido em sua também linda obra ''Lírio Partido'', e com muita virtuosidade conduz uma narrativa vislumbrante, discursando sobre a submissão quanto às classes sociais, submissão da mulher e dos valores morais acerca do batismo. Sem dúvida, mais uma grande obra-prima de Griffith. Um belíssimo retrato da sociedade americana dos anos 20. Sem apuro técnico e visual, mas ainda sim formidável e repleto de poesia e significados.
Pontuado por um drama familiar poderoso e atuações consistentes, principalmente a de Mark Ruffalo, Zoë Saldaña e das pequenas notáveis Imogene Wolodarsky e Ashley Aufderheide (talentosas e naturais em cena!), ''Sentimentos Que Curam'' mostra a sucumbida relação entre pai e filhas, numa performance esforçada de um Ruffalo introspectivo que usa e abusa de momices e trejeitos para compor seu personagem maníaco-depressivo. Com isso, temos como resultado uma obra bastante singela e natural. Em algumas passagens o roteiro se entrega à morosidade e o filme não engrena, focando apenas no convívio do pai com as garotas e deixando a história cansativa. A trilha sonora é um dos pontos altos do filme, embalada por canções de grandes nomes da música e por belas composições do gênio Theodore Shapiro. Outro destaque é a fotografia, lindíssima, aliada à eficiente caracterização da época que traz a essência dos anos 70 para dentro da tela. Esta pequena jóia independente de Maya Forbes, que também assina o roteiro autobiográfico, trata de forma meiga a sua convivência com a doença de seu pai Donald Cameron Forbes. Com honestidade e sem apelar para o dramalhão hollywoodiano, a obra cumpre bem o seu papel de emocionar.
''Círculo de Fogo'' é um sci-fi com bons momentos e empolgantes cenas de ação. Possui um nível de entretenimento suficiente para ficar assistindo até o final, contudo fica evidente o uso abusivo de clichês e previsibilidade. A simplicidade do roteiro da película acaba se sobressaindo pois Guillermo del Toro consegue sair do lugar-comum ao conduzir uma inspirada batalha robô vs. monstros, se utilizando de um caloroso elemento nostálgico que vai divertir todos aqueles que já brincaram com robôs na infância ou já assistiram programas como Power Rangers ou Jaspion. Outro mérito da produção se encontra nos efeitos visuais e na trilha sonora, funcionando perfeitamente bem na execução da aventura científica. Na parte do elenco não dá pra exigir muita coisa já que ''Círculo de Fogo'' não conta com atores tão fenomenais, porém cada um entrega uma atuação competente na medida do possível. Blockbuster divertidíssimo, sem dúvidas, e com todas ferramentas necessárias para nos fazer vibrar e torcer como criança!
Talvez o melhor filme da nova trilogia, simplesmente espetacular, deixou de forma magnífica o terreno pronto para a épica jornada original de Luke Skywalker. Confesso que fiquei com um pé atrás quando fui assistir devido à enxurrada de críticas negativas ao episódio 1 e 2. Mas, FELIZMENTE, o filme me surpreendeu positivamente, pois prende do começo ao fim, com uma história empolgante que explica todas as pontas soltas deixadas nos episódios anteriores. George Lucas soube corrigir por completo as falhas de ''Ameaça Fantasma'' e ''Ataque dos Clones'' e entregou aqui sequências fenomenais e batalhas espetaculares suficientes para nos fisgar e voltar a acreditar na honradez da saga. Hayden Christensen se supera neste episódio de forma absolutamente satisfatória. Sua atuação aqui engrena e sua performance consegue com maestria nos oferecer o entendimento geral da origem do vilão Dather Vader. Ewan McGregor ainda continua firme e ativo na pele do herói Obi-Wan, sendo digno da majestosidade do Obi-Wan do Sir Alec Guinness. Os andróides R2-D2 e C-3PO são responsáveis pelos alívios cômicos do filme e devolvem um dos elementos característico da franquia que fez muita falta nos dois primeiros episódios da nova trilogia: o humor. Natalie Portman, ainda firme na atuação, continua brilhando em cena com sua Padmé Amidala. São tantas passagens marcantes em ''A Vingança dos Sith'' que fica difícil listar qual é a melhor. Obra conclusiva arrebatadora, tecnicamente perfeita, visualmente impecável e roteiro genial. Meu favorito da nova trilogia!
Não me causou algum tipo de deslumbramento como aconteceu no episódio 1. O roteiro ainda sofre com a chata politicagem, e agora pra piorar, também apresenta um romance xoxo entre Padme e Anakin. É uma sequência razoável apenas, longe de ser um filme ruim da saga. A atmosfera sombria, a trama repleta de mistérios e batalhas, os bons efeitos sonoros e visuais e algumas situações inéditas e empolgantes, como a luta de Yoda contra Conde Dookan, fazem parte dos pontos positivos mais impactante e chamativos do filme. Sem contar também nas inúmeras interessantes referências aos futuros eventos dos episódios 4,5 e 6 que somente os fãs mais atentos irão captar. O que conta como ponto negativo pro filme: furos de roteiro, a péssima e inexpressiva atuação de Hayden Christensen e a mal desenvolvimento do personagem Boba Fett na infância, levando em consideração sua importância na saga. Ficou devendo em muitas coisas mas certamente não deixa de ser um bom exemplar dessa nova trilogia.
Considerado a ''ovelha negra'' da saga (injustamente, ao meu ver!), este episódio possui bons momentos e como origem da jornada funciona de forma satisfatória, apesar de alguns deslizes. Uma coisa é certa: a essência da saga permanece neste capítulo e mesmo inferior com a obra original a trama se mostra empolgante. Para quem está acompanhando cronologicamente pela ordem de Ernst Rister, saber que o jovem Anakin se tornará a futuro vilão da saga e perceber algumas dicas geniais em cena, como a de Darth Vader aparecendo na sombra de Anakin, será uma prazerosa surpresa. Talvez o filme tenha errado na dosagem política do roteiro, deixando a narrativa muito séria, complexa e um tanto quanto arrastada e maçante. Com elenco competente em cena (Liam Neeson, Ewan McGregor e Natalie Portman excelentes em seus papéis), a nova épica aventura espacial de George Lucas cumpre o papel de mostrar aos fãs a origem da jornada de Luke Skywalker e companhia. Na parte técnica e visual a película ganha pontos positivos por sua deslumbrante fotografia, cenários de tirar o fôlego e efeitos sonoros espetaculares. A trilha sonora ainda permanece irretocável e nunca desaponta. Resumindo, para mim o episódio 1 foi um bom filme, por tantos comentários negativos e críticas dos fãs imaginava que iria me deparar com uma obra horrível e intragável. Ainda bem que me enganei!
Aqui neste episódio, a clássica jornada do herói Luke Skywalker ganha um novo alento com a aprimorada em todo conjunto da obra. Dessa vez, Mark Hamill pegou bem o espírito do personagem e entregou uma atuação melhor e mais expressiva do que no filme anterior. Não somente o personagem de Hamill, mas todos os outros principais ganharam um aprofundamento necessário para a exuberância da mitologia, sem deixar de lado as boas cenas de ação e diálogos memoráveis. E por falar em diálogo, foi uma deliciosa surpresa ouvir a famosa frase ''- Luke, I Am Your Father" pela primeira vez. Uma cena canônica da franquia que justifica a veneração dos milhares de fãs. A inclusão do importante e carismático Mestre Yoda neste capítulo eleva positivamente a construção da narrativa e me fez se apegar facilmente pela trama espacial. John Williams novamente engrandece a obra com a espetacular trilha sonora, principalmente pela ''Marcha Imperial'' que solidificou a colossalidade no desenvolvimento do vilão Darth Vader. Aventura épica, obra-prima precursora do cinema que faz jus ao seu lugar definitivo na cultura pop.
Gatão de Meia Idade
2.1 29Um roteiro inconsistente, superficialidade de personagens secundários e uma enxurrada de piadas rasas marcam esta comédia dirigida por Antônio Carlos da Fontoura, baseada no personagem criado por Miguel Paiva.
Já li diversas vezes as tirinhas no jornal e confesso que me divertia bastante mas o filme não conseguiu extrair a mesma diversão dos cartuns.
O carisma de Alexandre Borges, que dá vida ao ''gatão de meia idade'' da forma mais convincente possível, consegue oferecer qualidade aos momentos cômicos do filme.
Algumas atrizes, como a marcante Cristiana Oliveira - interpretando uma hilária motoqueira sadomasoquista - e a charmosa Júlia Lemmertz, dão um toque especial ao elenco.
Se ''Gatão de Meia Idade'' fosse adaptado para um formato de televisão, talvez se sairia melhor por conta de suas várias esquetes. Como cinema, a comédia é limitada, de aspecto amadora e sem boas surpresas.
Terror Nos Bastidores
3.4 448 Assista AgoraFilme divertidíssimo e diferente de tudo que já assisti. Além de uma bela homenagem ao subgênero
''slasher movie'', ''Terror nos Bastidores'' faz uma brincadeira sensacional com metalinguagem e clichês do gênero de horror trash.
Taissa Farmiga mostra na tela o talento herdado pela irmã mais velha, Vera Farmiga, e entrega uma atuação dedicada. O resto do elenco não é nada excepcional mas segura bem as pontas.
Na parte técnica, principalmente os inspirados efeitos de câmera, fotografia e ângulos interessantes, o filme consegue oferecer um bom espetáculo visual. A trilha sonora é outro ponto positivo, com músicas cativantes e o famoso e assustador som “Ki ki – Ma ma”, marca registrada da franquia ''Sexta-Feira 13''.
''Terror nos Bastidores'' no final das contas é uma grande divertida bobagem que proporcionará boas risadas, principalmente para os fãs do horror trash oitentista.
RECOMENDADÍSSIMO!
Bata Antes de Entrar
2.3 997 Assista AgoraHá tempos que eu não me deparava com um suspense psicológico tão constante e que vá ganhando uma atmosfera inquietante cada vez mais forte.
Não entendi o motivo de tantas críticas negativas que li a respeito do filme pois
''Bata Antes de Entrar'' tem uma premissa interessante, apesar de esbarrar em momentos trash e não ser nada original (remake do clássico filme B “Death Game”).
O suspense de Eli Roth conseguiu atingir os níveis de insanidade suficientes para me prender até o final, infelizmente, com um desfecho confuso e apático.
Keanu Reeves não entrega uma atuação excepcional mas se sai bem na pele do encarcerado Evan, apesar de ser prejudicado pelo mal desenvolvimento de seu personagem que de tão vulnerável acaba se tornando irritante.
O destaque mesmo fica por conta das belíssimas Lorenza Izzo e Ana de Armas que, para mim, além de um refresco para nossos olhos, entregaram uma performance doentia absolutamente palatável.
Visualmente bem produzido, a produção conta com uma boa fotografia e uma ambientação deslumbrante.
O filme é competente ao criar uma boa atmosfera de tensão mas algumas cenas absurdas e fragilidade narrativa acabam enfraquecendo o suspense.
No geral, ''Bata Antes de Entrar'' não é um filme para todos. Dividirá muitas opiniões e acho que só quem conhece as referências usadas por Eli Roth terão um maior aproveitamento da trama.
Destaque para o monólogo de Keanu Reeves no terceiro ato. Uma belíssima cena que vale a pena ver duas vezes.
Dentro de Nossos Portões
3.3 33 Assista AgoraComo registro histórico, ''Within Our Gates'' é uma obra singular importantíssima.
Sua inclusão na famosa lista ''1001 Filmes para Ver Antes de Morrer'' não foi à toa.
No drama, produzido e dirigido por Oscar Micheaux, as atrocidades cometidas contra os negros surge como motor comportamental de uma época onde a intolerância racial estava escancarada e no auge da efervescência social.
O caráter idealista é o que mais vale a apreciação da película. Já a estrutura narrativa e técnica se mantém irregular até o final, sendo a cena dos flashbacks para contar o passado da personagem Sylvia o melhor e mais significativo momento do filme.
O Casamento de Gorete
2.2 72Tem muita gente que torce o nariz para comédias nacionais e não tiro suas razões diante de tantas produções frustrantes e abarrotadas de clichês.
''O Casamento de Gorete'' é, infelizmente, um exemplo dessa safra de filmes e aposta mais em estereótipos do que uma comédia com identidade própria.
Para os fãs da personagem Valéria das esquetes do programa humorístico ''Zorra Total'', será inevitável sentir uma fisgada de ''déjà vu'' durante a exibição da película.
Apesar da protagonista do filme se chamar Gorete, fica evidente que o ator Rodrigo Sant'anna, talentoso e dono de um bom timing cômico, não consegue se desconectar de sua personagem transex da TV.
A dupla Tadeu Mello e Ataíde Arcoverde salva o filme e consegue arrancar boas risadas com seus hilários personagens. A minúscula participação de Letícia Spiller e a atuação segura de Ricardo Blat garantem alguns bons momentos da narrativa.
A película de Paulo Vespúcio Garcia tinha tudo para ser uma comédia engraçada e divertida mas erra feio ao explorar o universo homossexual com um tom caricato acima do normal. O resultado acaba sendo um filme mediano, banalizado por piadas forçadas e um humor histérico impalatável.
Kilas, O Mau da Fita
3.2 2Eis aqui um filme português difícil de se degustar, abordando uma trama sociopolítica não muita divertida e capaz de entreter apenas uma pequeníssima parcela de espectadores.
Este filme de José Fonseca e Costa me causou estranhamento desde sua primeira cena mas ao longo do enredo fui surpreendido positivamente pelas atuações críveis de Mário Viegas, Lia Gama e Milú. Sem esquecer dos destaques brasileiros Lima Duarte e Natália do Vale que mostram em cena um bom entrosamento com o elenco português.
''Kilas, O Mau da Fita'' é longo, cansativo e com muitas e muitas cenas estrambólicas.
Talvez se eu tivesse assistido com legendas em português do Brasil e não apenas com o embaraçoso sotaque de Portugal eu poderia ter gostado mais da película.
Zodíaco: Sinais da Destruição
1.4 17Efeitos especiais capengas combinados com um roteiro repleto de falhas ocasionais ditam este execrável sci-fi de W.D. Hogan.
É bem a cara das produções fuleiras do canal SyFy.
Tosqueira de primeiro nível onde nada se salva, nem mesmo a participação de Christopher Lloyd, o eterno Dr. Emmett "Doc" Brown.
Lavalantula
2.3 28''Lavalantula'' é tão ruim e sem-noção que deve ser encarado como uma verdadeira comédia, um vagabundo filme B onde seus (d)efeitos especiais e atuações pífias confere ao sci-fi de Mike Mendez um show de aberração cinematográfica.
Anomalisa
3.8 497 Assista AgoraO roteirista Charlie Kaufman possui em sua bagagem filmes de peso como ''Quero ser John Malkovich'', ''Adaptação'' e o ótimo ''Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças''.
Em seu recente trabalho, como roteirista e também diretor, Kaufman entrega mais uma obra extremamente humana e repleta de dilemas e metáforas interessantes.
Utilizando o stop motion como recurso técnico na animação (uma ótima aliança com Duke Johnson), o cineasta faz com que o espectador se torne testemunha dos conflitos existenciais de Michael Stone, um palestrante motivacional de meia idade.
Conforme a trama avança, o enredo supõe muitas surpresas. A principal delas, na minha opinião, é a sacada genial com a voz de Tom Noonan dublando ''todos os outros'' personagens e a
''quebra de paradigma'' na voz suave de Jennifer Jason Leigh. A dublagem na animação é uma das peças chaves para o total entendimento da proposta de Kaufman. Quando a insegura e tímida Lisa aparece em cena não demora muito para entendermos o título da animação e é através dessa belíssima personagem que conseguimos captar a mensagem kaufmaniana.
É incrível o clima melancólico e, ao mesmo tempo, reflexivo que esta animação consegue alcançar.
Com direito a cenas ousadas de sexo (para os desavisados, a animação não tem nada de infantil) e uma versão sorumbática da música ''Girls Just Wanna Have Fun'', ''Anomalisa'' é uma verdadeira aula de como se fazer um filme-cabeça e conseguir transmitir toda a emoção e profundidade sem cair na banalidade.
A Última Premonição
2.6 164 Assista AgoraDo mesmo diretor do insosso ''Jessabelle - O Passado Nunca Morre'', este é do tipo de filme de terror que você assiste já sabendo que não irá ver nada de novo ou interessante.
''Visões'' dispara clichês a cada curva da narrativa mas o surpreendente desfecho acaba compensando algumas falhas.
É o primeiro filme que vi Jim Parsons atuando fora da série ''The Big Bang Theory'' e simplesmente detestei a interpretação do ator que pelo visto só irá ser lembrado apenas pelo seu personagem Sheldon por um bom tempo.
Mesmo não tendo atuações excepcionais e o roteiro se manter anêmico durante a maior parte do tempo, ''Visões'' é acima da média e vale uma conferida pela sua interessante reviravolta.
Cinco Dias Sem Nora
3.7 32 Assista AgoraBelíssimo representante do cinema latino-americano.
''Cinco Dias sem Nora'' trata de forma singela e com humor inteligente as tradições religiosas e relações conflituosa de uma família.
Um enredo com muita originalidade e um bom desenrolar mantém o espectador preso na história, construída de forma sutil pelas mãos de Mariana Chenillo.
Excelentes atuações de Fernando Luján, Angelina Peláez e Enrique Arreola confere ao longa uma galeria de personagens interessantes que conseguem transmitir verossímilidade em cena.
A história é carregada de um drama cômico divertidíssimo e todos os personagens, inclusive coadjuvantes, rendem bons momentos.
Uma jóia fina do cinema mexicano que vale muito a conferida.
Cinderela Baiana
2.0 1,1KComo eu amo descobrir e me divertir com bizarrices cinematográficas!
Filmes toscos sempre terão um lugarzinho especial na minha minha lista de filmes assistidos.
O filme da vez agora é ''Cinderela Baiana'', uma obra vexaminosa, porém divertida, de Conrado Sanchez.
O filme é uma tosqueira de proporções colossais, desde a produção paupérrima, passando pelo roteiro cheio de furos, diálogos vergonhosos e atuações grotescas.
Repleta de cenas ridículas, o filme consegue divertir desintencionalmente, principalmente por conta de suas inúmeras falhas e aberrações.
Ver a ''atriz'', cantora e dançarina Carla Perez e Lázaro Ramos atuando nesta preciosidade do cinema trash nacional é uma experiência deliciosamente hilária (ou vergonhosa!).
A Rede Social
3.6 3,1K Assista AgoraA adaptação do livro de Ben Mezrich para o cinema tem um detalhe que de cara, logo na excelente primeira cena do bar, a coloca em um patamar acima dos outros longas do gênero biográfico: DAVID FINCHER.
Virei fã do diretor desde que fiquei de queixo caído com o seu excelente ''Garota Exemplar'' e aos poucos fui me interessando por sua inegável contribuição para a arte de fazer cinema.
É muito interessante acompanhar o surgimento da idéia do Facebook e seu desenvolvimento através das mãos firmes de Fincher, que reconfirma aqui ser um dos melhores diretores do cinema atual.
Fiquei completamente inebriado pela cinebiografia. Difícil tirar os olhos da tela e deixar de prestar atenção nos diálogos intensos e na agilidade do roteiro, construído de forma dedicada e com um primor técnico indiscutível.
Outra qualidade notável do filme é seu elenco, formado por uma geração de novos atores promissores.
Jesse Eisenberg - ótima escolha para o papel - retrata com maestria o gênio Mark Zuckerberg, entregando uma atuação competente e hipnotizante.
Rooney Mara, Andrew Garfield, Armie Hammer, Justin Timberlake e vários outros bons atores coadjuvantes completam o riquíssimo elenco.
A trilha sonora, maravilhosa e completamente conectada ao filme, eleva ao máximo todos os outros acertos técnicos presentes na película.
Há sim um certo grau de inverossimilidade com a biografia do real Mark Zuckerberg, mas não perde a essência dos acontecimentos reais.
Em todos aspectos, considero esta obra-prima de David Fincher absolutamente satisfatória.
A direção de Fincher e toda sua atenção aos mínimos detalhes fazem de ''A Rede Social'' ser muito mais do que um simples filme sobre o criador do Facebook.
A Estranha Vida de Timothy Green
3.9 1,3K Assista AgoraPeter Hedges segue à risca a cartilha da tradição Disney mesclando fantasia e romance, numa espécie de fábula excessivamente otimista.
Traz algumas interessantes reflexões familiares em sua história mas peca no roteiro, cheio de tropeços e com uma incoerência nada palatável.
Atores de peso como Jennifer Garner e Joel Edgerton (mal aproveitados!) entregam atuações apenas toleráveis, nada de tão especial ou marcante.
O destaque fica por conta do ator mirim Cameron ''CJ'' Adams que consegue dar ao filme uma áurea mágica, marca registrada da Disney, através da doçura em seu olhar.
A direção de arte, os aspectos visuais e a aconchegante trilha sonora são os principais pontos positivos que tornam o filme atrativo.
A mensagem calorosa embutida na narrativa vai agradar aos mais sensíveis e aos pais que desejam adotar um filho.
Não que eu seja insensível, mas para mim o filme ''A Estranha Vida de Timothy Green'' foi apenas um passatempo dispensável.
Favela Gay
4.0 67Documentário bacanérrimo, cheio de espontaneidade e nuances que revelam personagens pra lá de interessantes. O cineasta Rodrigo Felha trata a questão homossexual de forma cristalina, sem apelar para estereótipos.
A comunidade LGBT do Rio de Janeiro empresta sua voz para nos guiar à uma realidade bastante crível, onde discussões sobre homofobia, aceitação e religião são vistas sob um prisma bastante delineado.
Belíssimos depoimentos (pra mim, a declaração de Jean Wyllys, com sua combativa voz, valeu todo o documentário!) e um cenário amplamente sarapintado compõem este importante projeto. E por mais tímido e ineficiente que seja na densidade do tema, ''Favela Gay'' merece ser aplaudido com entusiasmo.
Perdido em Marte
4.0 2,3K Assista AgoraPor se tratar de Ridley Scott, eu esperava bem mais, confesso ter ficado com aquela sensação de que faltou algum quê a mais para o filme ser ainda mais interessante.
O trabalho de retorno de Ridley não chega a ser tão inovador e ''Perdido em Marte'' acaba indo pelo caminho mais fácil, com alguns clichês e um evidente ''puxa-saquismo'' para o lado da China, um importante mercado para Hollywood.
O filme é visualmente atraente, com excepcionais trabalho de câmera e fotografia, isso não podemos negar.
A trama é conduzida de maneira clara, acessível e didaticamente divertida e não apela para o papo-cabeça maçante típico do gênero. Aliás, méritos devem ser dados a parcela de acertos científicos e o embasamento na realidade teórica da NASA.
Eu não li a obra de Andy Weir, e sei que adaptações cinematográficas, normalmente, não são fiéis ao livro, mas neste sentido, o trabalho de adaptação de Ridley Scott reserva muitas boas surpresas, com uma divertida e otimista abordagem científica.
Mas tenho minhas ressalvas, a principal delas: faltou um pouco mais de emoção nas cenas, eu achei a atuação de Matt Damon inconvincente e o ator não passou aquela sensação de vulnerabilidade perante sua situação embaraçosa no Planeta Vermelho.
Outra coisa que me incomodou foi o mau aproveitamento de um elenco esforçado, no qual estrelas como Jessica Chastain, Kate Mara e Jeff Daniels possuem um certo limite em seus personagens, não oferecendo algo tão destacável na história.
Resumindo, ''Perdido em Marte'' consegue divertir em alguns momentos, consegue nos ensinar como plantar batatas em Marte e consegue encher nossos olhos e ouvidos com o espetáculo visual deslumbrante e a boa trilha sonora.
Ridley Scott voltou ao cenário cinematográfico com força total, porém não trouxe novidades em suas bagagens!
Filme bom apenas, nada que justifique tamanha comoção!
A Invasão dos Discos Voadores
3.5 42 Assista AgoraJóia preciosa do gênero sci-fi. Esta obra precursora e tão cultuada de Fred F. Sears é uma reunião de tudo que é bom e ruim dos anos 50 quando o assunto é ficção científica.
Parte da notoriedade do longa se deve aos efeitos especiais, uma grande novidade na época, e mesmo que limitadíssimos e abarrotados de falhas, serviu de inspiração para muitos cineastas atuais, como Tim Burton.
Discos voadores sempre foi um dos meus temas favoritos nos filmes de ficção científica e este ''embrião'' do gênero conseguiu prender minha atenção, cumprindo muitíssimo bem a função de divertir, sem exigir muita seriedade.
Um dos maiores épicos da ficção científica na história do cinema e imperdível para qualquer cinéfilo fã do gênero. Merece uma conferida.
Inocente Pecadora
4.0 46 Assista AgoraÉ impressionante como D.W Griffith nos consegue envolver com suas delicadas histórias. Já é o segundo filme desse renegado e controverso diretor que fiquei extremamente apaixonado pela trama e na torcida pela mocinha, mais uma vez protagonizada pela angelical Lillian Gish.
Podemos dizer que ''Inocente Pecadora'' (Horizonte Sombrio/As Duas Tormentas) é um melodrama de qualidade ímpar.
Mais uma vez Griffith imprime na tela um excesso de puritanismo, como havia acontecido em sua também linda obra ''Lírio Partido'', e com muita virtuosidade conduz uma narrativa vislumbrante, discursando sobre a submissão quanto às classes sociais, submissão da mulher e dos valores morais acerca do batismo.
Sem dúvida, mais uma grande obra-prima de Griffith. Um belíssimo retrato da sociedade americana dos anos 20.
Sem apuro técnico e visual, mas ainda sim formidável e repleto de poesia e significados.
Sentimentos que Curam
3.7 112 Assista AgoraPontuado por um drama familiar poderoso e atuações consistentes, principalmente a de Mark Ruffalo, Zoë Saldaña e das pequenas notáveis Imogene Wolodarsky e Ashley Aufderheide (talentosas e naturais em cena!), ''Sentimentos Que Curam'' mostra a sucumbida relação entre pai e filhas, numa performance esforçada de um Ruffalo introspectivo que usa e abusa de momices e trejeitos para compor seu personagem maníaco-depressivo.
Com isso, temos como resultado uma obra bastante singela e natural.
Em algumas passagens o roteiro se entrega à morosidade e o filme não engrena, focando apenas no convívio do pai com as garotas e deixando a história cansativa.
A trilha sonora é um dos pontos altos do filme, embalada por canções de grandes nomes da música e por belas composições do gênio Theodore Shapiro.
Outro destaque é a fotografia, lindíssima, aliada à eficiente caracterização da época que traz a essência dos anos 70 para dentro da tela.
Esta pequena jóia independente de Maya Forbes, que também assina o roteiro autobiográfico, trata de forma meiga a sua convivência com a doença de seu pai Donald Cameron Forbes. Com honestidade e sem apelar para o dramalhão hollywoodiano, a obra cumpre bem o seu papel de emocionar.
Círculo de Fogo
3.8 2,6K Assista Agora''Círculo de Fogo'' é um sci-fi com bons momentos e empolgantes cenas de ação. Possui um nível de entretenimento suficiente para ficar assistindo até o final, contudo fica evidente o uso abusivo de clichês e previsibilidade.
A simplicidade do roteiro da película acaba se sobressaindo pois Guillermo del Toro consegue sair do lugar-comum ao conduzir uma inspirada batalha robô vs. monstros, se utilizando de um caloroso elemento nostálgico que vai divertir todos aqueles que já brincaram com robôs na infância ou já assistiram programas como Power Rangers ou Jaspion.
Outro mérito da produção se encontra nos efeitos visuais e na trilha sonora, funcionando perfeitamente bem na execução da aventura científica.
Na parte do elenco não dá pra exigir muita coisa já que ''Círculo de Fogo'' não conta com atores tão fenomenais, porém cada um entrega uma atuação competente na medida do possível.
Blockbuster divertidíssimo, sem dúvidas, e com todas ferramentas necessárias para nos fazer vibrar e torcer como criança!
Star Wars, Episódio III: A Vingança dos Sith
4.1 1,1K Assista AgoraTalvez o melhor filme da nova trilogia, simplesmente espetacular, deixou de forma magnífica o terreno pronto para a épica jornada original de Luke Skywalker.
Confesso que fiquei com um pé atrás quando fui assistir devido à enxurrada de críticas negativas ao episódio 1 e 2.
Mas, FELIZMENTE, o filme me surpreendeu positivamente, pois prende do começo ao fim, com uma história empolgante que explica todas as pontas soltas deixadas nos episódios anteriores.
George Lucas soube corrigir por completo as falhas de ''Ameaça Fantasma'' e ''Ataque dos Clones'' e entregou aqui sequências fenomenais e batalhas espetaculares suficientes para nos fisgar e voltar a acreditar na honradez da saga.
Hayden Christensen se supera neste episódio de forma absolutamente satisfatória. Sua atuação aqui engrena e sua performance consegue com maestria nos oferecer o entendimento geral da origem do vilão Dather Vader.
Ewan McGregor ainda continua firme e ativo na pele do herói Obi-Wan, sendo digno da majestosidade do Obi-Wan do Sir Alec Guinness.
Os andróides R2-D2 e C-3PO são responsáveis pelos alívios cômicos do filme e devolvem um dos elementos característico da franquia que fez muita falta nos dois primeiros episódios da nova trilogia: o humor.
Natalie Portman, ainda firme na atuação, continua brilhando em cena com sua
Padmé Amidala.
São tantas passagens marcantes em ''A Vingança dos Sith'' que fica difícil listar qual é a melhor.
Obra conclusiva arrebatadora, tecnicamente perfeita, visualmente impecável e roteiro genial. Meu favorito da nova trilogia!
Star Wars, Episódio II: Ataque dos Clones
3.7 775 Assista AgoraNão me causou algum tipo de deslumbramento como aconteceu no episódio 1.
O roteiro ainda sofre com a
chata politicagem, e agora pra piorar, também apresenta um romance xoxo entre Padme e Anakin.
É uma sequência razoável apenas, longe de ser um filme ruim da saga.
A atmosfera sombria, a trama repleta de mistérios e batalhas, os bons efeitos sonoros e visuais e algumas situações inéditas e empolgantes, como a luta de Yoda contra Conde Dookan, fazem parte dos pontos positivos mais impactante e chamativos do filme. Sem contar também nas inúmeras interessantes referências aos futuros eventos dos episódios 4,5 e 6 que somente os fãs mais atentos irão captar.
O que conta como ponto negativo pro filme: furos de roteiro, a péssima e inexpressiva atuação de Hayden Christensen e a mal desenvolvimento do personagem Boba Fett na infância, levando em consideração sua importância na saga.
Ficou devendo em muitas coisas mas certamente não deixa de ser um bom exemplar dessa nova trilogia.
Star Wars, Episódio I: A Ameaça Fantasma
3.6 1,2K Assista AgoraConsiderado a ''ovelha negra'' da saga (injustamente, ao meu ver!), este episódio possui bons momentos e como origem da jornada funciona de forma satisfatória, apesar de alguns deslizes.
Uma coisa é certa: a essência da saga permanece neste capítulo e mesmo inferior com a obra original a trama se mostra empolgante.
Para quem está acompanhando cronologicamente pela ordem de Ernst Rister, saber que o jovem Anakin se tornará a futuro vilão da saga e perceber algumas dicas geniais em cena, como a de Darth Vader aparecendo na sombra de Anakin, será uma prazerosa surpresa.
Talvez o filme tenha errado na dosagem política do roteiro, deixando a narrativa muito séria, complexa e um tanto quanto arrastada e maçante.
Com elenco competente em cena (Liam Neeson, Ewan McGregor e Natalie Portman excelentes em seus papéis), a nova épica aventura espacial de George Lucas cumpre o papel de mostrar aos fãs a origem da jornada de Luke Skywalker e companhia.
Na parte técnica e visual a película ganha pontos positivos por sua deslumbrante fotografia, cenários de tirar o fôlego e efeitos sonoros espetaculares.
A trilha sonora ainda permanece irretocável e nunca desaponta.
Resumindo, para mim o episódio 1 foi um bom filme, por tantos comentários negativos e críticas dos fãs imaginava que iria me deparar com uma obra horrível e intragável. Ainda bem que me enganei!
Star Wars, Episódio V: O Império Contra-Ataca
4.4 1,0K Assista AgoraAqui neste episódio, a clássica jornada do herói Luke Skywalker ganha um novo alento com a aprimorada em todo conjunto da obra.
Dessa vez, Mark Hamill pegou bem o espírito do personagem e entregou uma atuação melhor e mais expressiva do que no filme anterior.
Não somente o personagem de Hamill, mas todos os outros principais ganharam um aprofundamento necessário para a exuberância da mitologia, sem deixar de lado as boas cenas de ação e diálogos memoráveis.
E por falar em diálogo, foi uma deliciosa surpresa ouvir a famosa frase ''- Luke, I Am Your Father" pela primeira vez. Uma cena canônica da franquia que justifica a veneração dos milhares de fãs.
A inclusão do importante e carismático Mestre Yoda neste capítulo eleva positivamente a construção da narrativa e me fez se apegar facilmente pela trama espacial.
John Williams novamente engrandece a obra com a espetacular trilha sonora, principalmente pela ''Marcha Imperial'' que solidificou a colossalidade no desenvolvimento do vilão Darth Vader.
Aventura épica, obra-prima precursora do cinema que faz jus ao seu lugar definitivo na cultura pop.