Eu sempre me perguntei porque a saga ''Star Wars'' é tão aclamada pelo público e o porquê de sua magnitude entre os cinéfilos apaixonado pelo gênero sci-fi. Buscando respostas, resolvi dar início à minha maratona, seguindo religiosamente a ordem cronológica da saga (seguindo a famosa ordem Ernest Rister). O primeiro filme da série lançado em 1977, ''Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança'' é o mais indicado para os iniciantes que desejam conhecer e mergulhar de cabeça no universo da épica ópera espacial de George Lucas. O primeiro elemento que chama a atenção neste filme é o apuro técnico e visual que, se levarmos em conta a época de lançamento, concordaremos ser uma inovação surpreendente. Detalhes riquíssimos, uma história empolgante e personagens carismáticos conferem ao filme certa peculiaridade artística. A grandiosidade na direção de George Lucas também pode ser notada no desenvolvimento de seus personagens. Personagens que se tornaram icônicos graças à performance do elenco, apesar de eu ter achado a atuação de Mark Hamill fraca e sem o peso dramático que um protagonista poderia oferecer (dou como exemplo a cena onde o herói Luke Skywalker encontra seus tios mortos em Tatooine. Uma cena emblemática que, na minha opinião, não teve uma carga dramática plausível). Harrison Ford, Carrie Fisher e os hilários andróides interpretados por Anthony Daniels (C-3PO) e Kenny Baker (R2-D2) completam o eficiente elenco. A relação dos andróides para mim é uma das coisas mais divertidas no filme e é claro, não podemos esquecer do fiel companheiro de Han Solo, o estressado Chewbacca. Sou extremamente apaixonado pela épica e sedutora trilha sonora de John Williams que por si só já valeria o filme. As músicas orquestradas acompanham e engrandecem todas as elaboradas sequências. O excepcional tratamento dado à montagem acaba compensando toda fragilidade do roteiro e algumas falhas superficiais. Obra-prima com absoluta certeza! Mereceu todos os adjetivos bons para ter se tornado o clássico que se tornou.
São sete histórias. Algumas divertidas, outras exageradas e piegas demais. Mas Woody Allen, com seu humor ímpar, consegue ''avacalhar'' o livro sério sobre sexo de David Reuben e entrega uma comédia com momentos inspiradíssimos e com boas piadas ordinárias. Há, como sempre nos filmes de Allen, um elenco requintado. A presença de Burt Reynolds, Gene Wilder, John Carradine, Anthony Quayle e Lynn Redgrave, para mim é o que há de mais atraente no filme e acabam compensando todos os altos e baixos de alguns episódios.
Não há possibilidade nenhuma de apontar alguma imperfeição nesta verdadeira obra prima do cinema mudo. ''O Garoto'' é indiscutivelmente um dos (muitos) melhores trabalhos da filmografia de Charlie Chaplin. Um clássico que cravou seu nome na história do cinema com uma tocante história que faz rir e chorar ao mesmo tempo. “Um filme com um sorriso, e talvez uma lágrima…”, como diz a belíssima frase que introduz a película. Nada de efeitos visuais mirabolantes ou enredos muito complexos, o cinema de Chaplin era isso: premissas inocentes que ofereciam uma certa magia, uma válvula de escape para todas seqüelas deixadas pela Primeira Guerra Mundial. Não seria uma experiência tocante se não fosse pelo desempenho do jovem Jackie Coogan, carismático e convincente ao lado do eterno Vagabundo. Cativante, crítico e sublime. Um clássico que jamais perderá o charme e a ternura.
Discordo das muitas avaliações negativas que deram para esse filme. Eu, particularmente, gostei bastante desse longa de estréia do diretor Mickey Keating, principalmente por sua atmosfera de tensão e suspense. O roteiro é genial e traz uma idéia original sobre rituais satânicos como pretexto para a narrativa fluir de forma tenebrosa. A desconhecida atriz Lisa Marie Summerscales entrega uma performance convincente incrível. A cenografia e trilha sonora também fazem parte dos pontos positivos da película. O que me deixou desapontado foi o título ''RITUAL'' no crédito de abertura que soou para mim como uma descarada ''cópia'' do título do clássico ''O Exorcista''. Um bom passatempo para os amantes do gênero!
''Canção de Baal'' será mais prazeroso para quem conhece a obra do pensador e dramaturgo Bertolt Brecht, caso contrário, será apenas um filme confuso, um mosaico de referências soltas e colagens que precisa ser visto duas ou mais vezes. Obra muito pedante e experimental para meu gosto! Só valeu a conferida pela presença forte de Beth Goulart e Simone Spoladore e também pela primorosa direção de arte.
Com um cenário alpino deslumbrante e opressor, ''Força Maior'' revela um drama familiar denso e pungente. No começo pensei que o filme iria ser algum tipo de filme-tragédia estilo ''O Impossível'', mas quando o drama dos personagens são expostos na trama o filme toma uma proporção dramática interessante e magistralmente conduz o espectador a um ensaio sobre o laços familiares dilacerados e distanciamento conjugal. Os atores muito bem enquadrados e dirigidos por Ruben Östlund entregam uma sensação de fragilidade e conflitos em cena que conseguem dizer muito mais do que qualquer diálogo. Como na brilhante cena onde Ebba, junto com um casal de amigos, fala tudo o que pensa sobre a atitude covarde do marido e a câmera focada no rosto de Tomas reforça os mais desconcertantes sentimentos. Para mim, fora a cena da avalanche e a cena do ônibus, esse foi um dos melhores momentos da película. Outro grande destaque também é a trilha sonora composta por solos intensos de violinos que acabam dando grande ênfase na atmosfera glacialmente agonizante da trama. Resumindo, um filmaço! Uma pérola do cinema sueco que precisa ser descoberta por todos cinéfilos que amam cinema de verdade.
Filme cansativo, exasperante, hermético e altamente experimental. ''Os Monstros'', realizado pelo coletivo da produtora cearense Alumbramento, foi para mim um filme difícil de engolir. Tive vários motivos para querer abandonar a película mas como sou daqueles cinéfilos chatos e insistente não me dei por vencido! Mas uma coisa é certa no longa metragem e não podemos negar: a paixão e esforço dos realizadores. Com a cara e a coragem o coletivo cearense ousa na estética e nos planos e entrega uma narrativa com uma pretensiosa liberdade poética. Não agradará a todos, não me agradou nem um pouco, talvez agradará somente aos mais chegados no ''formato inovador''. Só dou uma estrela pela iniciativa e engajamento do coletivo, nada mais que isso.
A comédia de Chris Nelson aborda questões homossexuais sem apelar para a baixaria gratuita e o roteiro leve de Alan Yang planta situações tão divertidas que fica quase impossível não se simpatizar com a relação, descobertas e crise comportamental da dupla de amigos interpretado muito bem por Nicholas Braun e Hunter Cope. Claro que há clichês e estereótipos mas, no quesito diversão, o filme cumpre bem o seu papel e arranca boas risadas.
Macaulay Culkin em sua melhor fase como ator mirim. ''Riquinho'' representa muito mais do que um bom filme pra descontrair, representa o sonho de todas as crianças. Afinal, qual criança nunca desejou ter sua própria montanha-russa ou seu próprio McDonald's em casa? Felizes os cinéfilos que viveram a infância dos anos 90 e se deliciaram com filmes tão leves e ingênuos como esse. Vale pela nostalgia e pelo carismático Macaulay Culkin em uma época de glória.
Sabe aquele filme que você não dá a mínima no começo mas que acaba prendendo a atenção logo após algumas cenas e detalhes e te deixa curioso pra saber qual será o desfecho? Então, este sombrio ''Goodnight Mommy'' é um bom exemplo desse tipo de produção. Dirigido e escrito por Veronika Franz e Severin Fiala, o suspense austríaco nos envolve e nos deixa apreensivo já nas primeiras cenas por conta do mistério que se manifesta acerca da relação daqueles três personagens: a mãe e os irmãos gêmeos Lukas e Elias. Não sabemos se a incerta personagem de Susanne Wuest é realmente a mãe dos meninos e essa inquietante dúvida acaba deixando a narrativa ainda mais chocante e provocativa. Os gêmeos interpretados magistralmente pelos atores mirins Elias e Lukas Schwarz imprimem uma perturbadora personalidade, trazendo um excelente complemento atrativo para a atmosfera soturna da trama. Outras qualidades notáveis em ''Goodnight Mommy'' são a fotografia pálida e as paisagens bucólicas que conferem um certo desconforto. Enfim, excelente produção austríaca, um dos melhores terror/suspense psicológico para mim.
O achamboado ''faroeste pornô'' do cineasta Mário Vaz Filho é recheado de pérolas divertidíssimas e frases de efeito impagáveis (''Eu sou mulher até debaixo d'água, rola pra mim tem que ser por metro!"). O célebre Fernando Benini (aquele mesmo das famosas pegadinhas do programa de Silvio Santos!) se entrega sem problemas a esse tipo de produção depravada, suja e levada para o lado homossexual na maior parte do tempo. Atingindo resultados hilários, essa pérola da Boca do Lixo não é um filme para ser levado a sério (e ele mesmo não se leva), mas com certeza é uma grande e tosca bobagem para fazer rolar de rir.
Repleto de poesia, essa belissima obra de D. W. Griffith minimiza toda a fama de racista que o cineasta obteve logo após o seu ousado e polêmico ''Nascimento de uma Nação". Uma história cheia de mazelas e dureza em meio a uma fábula pungente representada de forma majestosa pela primeira-dama do cinema mudo, a atriz Lillian Gish. Linda performance de Gish. Parece até uma pintura romântica em movimento com sua beleza hipnotizante transpirando por todos os poros da película. Sua interpretação é densa, profunda , emocionante ao ponto de fazer valer todo o filme. Sem dúvidas mereceu o seu lugarzinho especial na badalada lista dos 1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER!
Narrando a odisséia criminosa do golpista Marcelo Nascimento da Rocha, o diretor Toniko Melo pincela com tons dramáticos as farsas do trambiqueiro e entrega uma obra desgarrada dos maneirismos do velho cinema nacional. Difícil não compará-lo com o ótimo ''Prenda-me se For Capaz'' mas ''VIPs'' está longe de ser uma mera cópia do filme de Steven Spielberg. Wagner Moura, em uma atuação dedicada, consegue fazer com que o filme tenha seu brilho próprio e envolva o espectador, gerando uma certa curiosidade para saber como será o fim da tamanha audácia do personagem. Claro que falando em termos cinematográficos, há uma grande romantização por trás da história real de Marcelo e, portanto, não podemos esperar por uma narrativa surrealmente convincente. Entretanto, a proposta se torna atraente quando é jogado em cena um interessante estudo de personagem e suas facetas, além de uma divertida aventura marginal. Vale muito a pena pela construção da história, por mais que o roteiro tenha alguns furos. Cabe destacar também a atuação firme de Gisele Fróes e o argentino Jorge D'Elia que dão um um gás interessante para a história. Enfim, ''VIPs'' acaba sendo afinal uma dessas boas surpresas tão raras de nosso estigmatizado cinema.
Depois de assistir a quadrilogia ''Máquina Mortífera'', essa escrachada comédia dirigida por Gene Quintano não podia passar despercebida. Cheia de referências e com um humor sensacional, ''Máquina QUASE Mortífera'' diverte e entretém de forma competente. Uma fanfarronice gostosa e um elenco recheado de atores de renome ditam as hilárias situações absurdas e gags visuais divertidíssimos. Clássico filme-paródia que vale cada piada em cena!
Mantendo a essência da série e respeitando o drama da idade dos protagonistas, ''Máquina Mortífera 4'' fecha a franquia com chave de ouro, garantindo muita diversão e um elenco interessante, que dessa vez conta com o humorista Chris Rock e o ótimo Jet Li, dando um belíssimo show ao mostrar toda a sua habilidade nas artes marciais. E é claro que o chato e divertido Leo Getz de Joe Pesci e a eficiente Rene Russo continuam abrilhantando a trama. Todos os filmes da franquia são bons e, apesar da ação frenética e da excelente qualidade de seus efeitos visuais, não considero esse melhor do que os três primeiros mas sim um respeitável e digno final do ciclo de uma aclamada e nostálgica série policial. Achei patética e desnecessária a cena dos protagonistas usando o ''gás do riso'' no dentista e o roteiro teve alguns pequenos deslizes mas no geral o filme soube finalizar a franquia de forma competente.
É indiscutível o talento que o diretor Richard Donner possui para fazer sequências da franquia sem perder as principais características e atrativos. O terceiro filme da série ''Máquina Mortífera'' continua dando conta do recado com suas boas piadas, mesclando ótimas cenas de perseguição e situações engraçadas (a cena inicial da explosão é impagável!) que garantem muita diversão. Donner constrói uma narrativa espetacular que se transforma numa boa aventura policial graças ao entrosamento entre Mel Gibson e Danny Glover, que é de fato a marca registrada da franquia. O plot policial é temperado com o bom humor de sempre de Joe Pesci e agora também com a presença de Rene Russo rendendo ótimos momentos. Adorei a imagem da capa com Joe Pesci escondido atrás dos protagonistas e os dizeres: ''and Joe Pesci''. Um trabalho de arte simples, porém muito descontraído. A trama se apóia em um gancho dramático quando os personagens Martin Riggs (Gibson) e Roger Murtaugh (Glover) começam a sentir o peso da idade e ambos conseguem deixar isso palpável em cena por conta das atuações impecáveis da dupla. A trilha sonora, outra marca registrada da série, se mantém robusta e envolvente em todo o filme e aliada à fotografia de Jan de Bont, que explora bem as cenas diurnas, a trama oferece um deleite técnico sedutor. Extremamente divertido, ''Máquina Mortífera 3'' é daqueles filmes policiais que se assiste com gosto!
O primeiro filme foi o pontapé inicial para uma das franquias mais promissoras do cinema e a continuação traz os mesmos méritos e diversão do filme anterior e com um acréscimo de peso no elenco: o divertido Joe Pesci. Mel Gibson e Danny Glover continuam esplêndidos e carismáticos e a química perfeita entre eles (e agora também Joe Pesci) move todo o filme e entrega momentos divertidíssimos e boas cenas de perseguição, tiroteio e luta. Poucas continuações conseguem ser tão boas quanto ao filme original mas ''Máquina Mortífera 2'' é uma destas poucas e mantém uma qualidade excelente, incomparavél com qualquer outra sequência do gênero. Uma diferença relevante entre o primeiro filme que merece atenção é o roteiro. Jeffrey Boam entrega um roteiro mais maduro, composto por temas polêmicos como o Apartheid na África do Sul. Ainda que inverossímil em alguns momentos, a trama não perde o fôlego e prende nossa atenção desde a primeira empolgante cena de perseguição. Nada mais nostálgico e divertido que essa franquia que preserva a boa mistura de ação policial, humor e drama.
Indiscutível clássico oitentista que me remete à juventude sempre que assisto e me traz as boas lembranças da família reunida na sala se divertindo com ''Máquina Mortífera'' no bom e velho vídeo cassete. Bota muitos filmes de ação/policial no chinelo e diverte muito mais do que as pretensiosas produções atuais do gênero. Se não fosse pela química perfeita entre a dupla de policiais interpretados iconicamente por Mel Gibson e Danny Glover, o filme não teria alcançado o status que tem hoje. Muitos tentaram ou tentarão copiar os personagens Roger Murtaugh e Martin Riggs mas até agora eu não vi nenhum filme que manteve o mesmo nível de entretenimento e o mesmo carisma de Glover e Gibson. Filme de ação OBRIGATÓRIO para todos cinéfilos!
Não entregou um final épico considerando a grandiosidade da franquia mas foi compensado pelas ótimas cenas de ação, pela carga dramática magistralmente desenvolvida e pela direção de arte competente. Atuação da ótima Jennifer Lawrence e a presença magnânima de Julianne Moore são um show à parte. Merece destaque o excelente trabalho de edição para o finado Philip Seymour Hoffman continuar dando as caras na trama. Para quem não sabe, o ator que interpreta Plutarch Heavensbee morreu tragicamente uma semana antes do final das filmagens do filme anterior e para não ser substituído o personagem foi finalizado com uma combinação de reescrituras, truques de câmera e efeitos especiais digitais.
Uma das minhas comédias insanas favoritas! Completamente nonsense, ''Kung Pow - O Mestre da Kung-fu-são'' brinca com os filmes de kung fu, acompanhado de redublagens mal feitas e nada sincrônicas, criando efeitos hilários impagáveis e toscamente interessantes. Filme imperdível para quem gosta do gênero trash e assim como eu, vai morrer de rir sempre que assiste. Nunca pensei que um filme com tantos defeitos propositais fosse me divertir tanto! Muito obrigado, Steve Oedekerk!
Trash com ''T'' maiúsculo! Tão grotesco, tão mal atuado, tão tosco...o que é ótimo para um filme do gênero! Muito gore e humor negro pontuam esse divertido filme de artes marciais e toda mediocridade dos efeitos especiais e da atuação garantem uma bagaçeira cinematográfica incrível. Para morrer de tanto rir com tantas besteiras juntas em um só filme!
De início, achei que esse filme de Mario Bava se tratava de mais um subproduto chinfrim do cinema trash mas acabei mudando de opinião logo após a confirmação de uma trama soberba, bem elaborada e que gradativamente vai causando tensão através do clima sufocante apoiado no cenário claustrofóbico criado por Bava. Reza a lenda que os atores passaram a maior parte do tempo dentro de um carro com os vidros fechados. Para os atores isso foi uma dolorosa experiência mas ao mesmo tempo reforçou a atmosfera asfixiante que consegue deixar o espectador apreensivo a todo o momento. O elenco eficiente, a trilha sonora de Stelvio Cipriani e o desfecho arrebatador pontuam essa grande obra-prima de Bava. Obra inesperada e pessimista, ''Rabid Dogs'' merece muito ser descoberta.
Se não fosse pelo quarteto estelar à frente do elenco - Jennifer Aniston, Kevin Costner, Shirley MacLaine e Mark Ruffalo -, essa seria uma esquecível comédia romântica como tantas outras. Para quem não viu o clássico que sustenta o enredo (A Primeira Noite de um Homem, do diretor Mike Nichols), vai encontrar nesse filme um agradável passatempo, mas será totalmente frustrante para aqueles que já conhecem o famoso caso de amor entre o jovem Ben Braddock (Dustin Hoffman) e a senhora Robinson (Anne Bancroft). Não espere por uma comédia livre de clichês ou arrebatadora. Sem reviravoltas emocionantes nem grandes ambições, ''Dizem Por Aí'' é apenas uma comédia para descontrair numa Sessão da Tarde. Vale pontos pela personagem divertida de Shirley MacLaine e algumas boas piadas sobre filmes.
Uma cinebiografia que me atraiu logo de cara pelo elenco espetacular e que depois me deu bons motivos para manifestar positivamente a minha opinião. Eu já sabia que não sairia da sessão do cinema desapontado pois afinal é Johnny Depp que estaria encarnando um dos mais famosos gângsters da história de Boston, James “Whitey” Bulger. E encarna o personagem magistralmente bem, com direito a uma maquiagem pesada que deixou o ator irreconhecível e assustador. Johnny Depp, com o talento e versatilidade de sempre, triunfa em cada cena e graças à combinação estrelar das sólidas interpretações do elenco de apoio (Benedict Cumberbatch, Kevin Bacon, Joel Edgerton, Rory Cochrane....) a trama ganha uma profundidade dramática impressionante. Fiquei fascinado pela impecável direção de arte. Em especial, a ambientação, a fotografia e o belíssimo trabalho de design nos créditos finais. Se não fosse pelo roteiro se prolongando em cenas violentas desnecessárias, eu daria 5 estrelas. Mas ''Aliança do Crime'' comete esse pequeno deslize mas nada que que tire o brilho desta obra de Scott Cooper, que merece ser vista e revista por todos que gostam de cinema de verdade.
Star Wars, Episódio IV: Uma Nova Esperança
4.3 1,2K Assista AgoraEu sempre me perguntei porque a saga ''Star Wars'' é tão aclamada pelo público e o porquê de sua magnitude entre os cinéfilos apaixonado pelo gênero sci-fi.
Buscando respostas, resolvi dar início à minha maratona, seguindo religiosamente a ordem cronológica da saga (seguindo a famosa ordem Ernest Rister).
O primeiro filme da série lançado em 1977, ''Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança'' é o mais indicado para os iniciantes que desejam conhecer e mergulhar de cabeça no universo da épica ópera espacial de George Lucas.
O primeiro elemento que chama a atenção neste filme é o apuro técnico e visual que, se levarmos em conta a época de lançamento, concordaremos ser uma inovação surpreendente.
Detalhes riquíssimos, uma história empolgante e personagens carismáticos conferem ao filme certa peculiaridade artística.
A grandiosidade na direção de George Lucas também pode ser notada no desenvolvimento de seus personagens. Personagens que se tornaram icônicos graças à performance do elenco, apesar de eu ter achado a atuação de Mark Hamill fraca e sem o peso dramático que um protagonista poderia oferecer (dou como exemplo a cena onde o herói Luke Skywalker encontra seus tios mortos em Tatooine. Uma cena emblemática que, na minha opinião, não teve uma carga dramática plausível).
Harrison Ford, Carrie Fisher e os hilários andróides interpretados por Anthony Daniels (C-3PO) e Kenny Baker (R2-D2) completam o eficiente elenco.
A relação dos andróides para mim é uma das coisas mais divertidas no filme e é claro, não podemos esquecer do fiel companheiro de Han Solo, o estressado Chewbacca.
Sou extremamente apaixonado pela épica e sedutora trilha sonora de John Williams que por si só já valeria o filme. As músicas orquestradas acompanham e engrandecem todas as elaboradas sequências.
O excepcional tratamento dado à montagem acaba compensando toda fragilidade do roteiro e algumas falhas superficiais.
Obra-prima com absoluta certeza! Mereceu todos os adjetivos bons para ter se tornado o clássico que se tornou.
#minhamaratonastarwars
Tudo o que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo (Mas …
3.5 384 Assista AgoraSão sete histórias. Algumas divertidas, outras exageradas e piegas demais.
Mas Woody Allen, com seu humor ímpar, consegue ''avacalhar'' o livro sério sobre sexo de David Reuben e entrega uma comédia com momentos inspiradíssimos e com boas piadas ordinárias.
Há, como sempre nos filmes de Allen, um elenco requintado. A presença de Burt Reynolds, Gene Wilder, John Carradine, Anthony Quayle e Lynn Redgrave, para mim é o que há de mais atraente no filme e acabam compensando todos os altos e baixos de alguns episódios.
O Garoto
4.5 584 Assista AgoraNão há possibilidade nenhuma de apontar alguma imperfeição nesta verdadeira obra prima do cinema mudo.
''O Garoto'' é indiscutivelmente um dos (muitos) melhores trabalhos da filmografia de Charlie Chaplin. Um clássico que cravou seu nome na história do cinema com uma tocante história que faz rir e chorar ao mesmo tempo. “Um filme com um sorriso, e talvez uma lágrima…”, como diz a belíssima frase que introduz a película.
Nada de efeitos visuais mirabolantes ou enredos muito complexos, o cinema de Chaplin era isso: premissas inocentes que ofereciam uma certa magia, uma válvula de escape para todas seqüelas deixadas pela Primeira Guerra Mundial.
Não seria uma experiência tocante se não fosse pelo desempenho do jovem Jackie Coogan, carismático e convincente ao lado do eterno Vagabundo.
Cativante, crítico e sublime. Um clássico que jamais perderá o charme e a ternura.
Ritual Macabro
2.0 47 Assista AgoraDiscordo das muitas avaliações negativas que deram para esse filme.
Eu, particularmente, gostei bastante desse longa de estréia do diretor Mickey Keating, principalmente por sua atmosfera de tensão e suspense.
O roteiro é genial e traz uma idéia original sobre rituais satânicos como pretexto para a narrativa fluir de forma tenebrosa.
A desconhecida atriz Lisa Marie Summerscales entrega uma performance convincente incrível.
A cenografia e trilha sonora também fazem parte dos pontos positivos da película.
O que me deixou desapontado foi o título ''RITUAL'' no crédito de abertura que soou para mim como uma descarada ''cópia'' do título do clássico ''O Exorcista''. Um bom passatempo para os amantes do gênero!
Canção de Baal
3.0 5''Canção de Baal'' será mais prazeroso para quem conhece a obra do pensador e dramaturgo
Bertolt Brecht, caso contrário, será apenas um filme confuso, um mosaico de referências soltas e colagens que precisa ser visto duas ou mais vezes.
Obra muito pedante e experimental para meu gosto! Só valeu a conferida pela presença forte de Beth Goulart e Simone Spoladore e também pela primorosa direção de arte.
Força Maior
3.6 241Com um cenário alpino deslumbrante e opressor, ''Força Maior'' revela um drama familiar denso e pungente.
No começo pensei que o filme iria ser algum tipo de filme-tragédia estilo ''O Impossível'', mas quando o drama dos personagens são expostos na trama o filme toma uma proporção dramática interessante e magistralmente conduz o espectador a um ensaio sobre o laços familiares dilacerados e distanciamento conjugal.
Os atores muito bem enquadrados e dirigidos por Ruben Östlund entregam uma sensação de fragilidade e conflitos em cena que conseguem dizer muito mais do que qualquer diálogo.
Como na brilhante cena onde Ebba, junto com um casal de amigos, fala tudo o que pensa sobre a atitude covarde do marido e a câmera focada no rosto de Tomas reforça os mais desconcertantes sentimentos. Para mim, fora a cena da avalanche e a cena do ônibus, esse foi um dos melhores momentos da película.
Outro grande destaque também é a trilha sonora composta por solos intensos de violinos que acabam dando grande ênfase na atmosfera glacialmente agonizante da trama.
Resumindo, um filmaço!
Uma pérola do cinema sueco que precisa ser descoberta por todos cinéfilos que amam cinema de verdade.
Os Monstros
2.7 19Filme cansativo, exasperante, hermético e altamente experimental.
''Os Monstros'', realizado pelo coletivo da produtora cearense Alumbramento, foi para mim um filme difícil de engolir. Tive vários motivos para querer abandonar a película mas como sou daqueles cinéfilos chatos e insistente não me dei por vencido!
Mas uma coisa é certa no longa metragem e não podemos negar: a paixão e esforço dos realizadores.
Com a cara e a coragem o coletivo cearense ousa na estética e nos planos e entrega uma narrativa com uma pretensiosa liberdade poética. Não agradará a todos, não me agradou nem um pouco, talvez agradará somente aos mais chegados no ''formato inovador''.
Só dou uma estrela pela iniciativa e engajamento do coletivo, nada mais que isso.
Saindo do Armário
3.0 199 Assista AgoraA comédia de Chris Nelson aborda questões homossexuais sem apelar para a baixaria gratuita e o roteiro leve de Alan Yang planta situações tão divertidas que fica quase impossível não se simpatizar com a relação, descobertas e crise comportamental da dupla de amigos interpretado muito bem por Nicholas Braun e Hunter Cope.
Claro que há clichês e estereótipos mas, no quesito diversão, o filme cumpre bem o seu papel e arranca boas risadas.
Riquinho
2.7 506 Assista AgoraMacaulay Culkin em sua melhor fase como ator mirim.
''Riquinho'' representa muito mais do que um bom filme pra descontrair, representa o sonho de todas as crianças. Afinal, qual criança nunca desejou ter sua própria montanha-russa ou seu próprio McDonald's em casa?
Felizes os cinéfilos que viveram a infância dos anos 90 e se deliciaram com filmes tão leves e ingênuos como esse.
Vale pela nostalgia e pelo carismático Macaulay Culkin em uma época de glória.
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista AgoraSabe aquele filme que você não dá a mínima no começo mas que acaba prendendo a atenção logo após algumas cenas e detalhes e te deixa curioso pra saber qual será o desfecho? Então, este sombrio ''Goodnight Mommy'' é um bom exemplo desse tipo de produção.
Dirigido e escrito por Veronika Franz e Severin Fiala, o suspense austríaco nos envolve e nos deixa apreensivo já nas primeiras cenas por conta do mistério que se manifesta acerca da relação daqueles três personagens: a mãe e os irmãos gêmeos Lukas e Elias.
Não sabemos se a incerta personagem de Susanne Wuest é realmente a mãe dos meninos e essa inquietante dúvida acaba deixando a narrativa ainda mais chocante e provocativa.
Os gêmeos interpretados magistralmente pelos atores mirins Elias e Lukas Schwarz imprimem uma perturbadora personalidade, trazendo um excelente complemento atrativo para a atmosfera soturna da trama.
Outras qualidades notáveis em ''Goodnight Mommy'' são a fotografia pálida e as paisagens bucólicas que conferem um certo desconforto.
Enfim, excelente produção austríaca, um dos melhores terror/suspense psicológico para mim.
Um Pistoleiro Chamado Papaco
3.5 241O achamboado ''faroeste pornô'' do cineasta Mário Vaz Filho é recheado de pérolas divertidíssimas e frases de efeito impagáveis (''Eu sou mulher até debaixo d'água, rola pra mim tem que ser por metro!").
O célebre Fernando Benini (aquele mesmo das famosas pegadinhas do programa de Silvio Santos!) se entrega sem problemas a esse tipo de produção depravada, suja e levada para o lado homossexual na maior parte do tempo.
Atingindo resultados hilários, essa pérola da Boca do Lixo não é um filme para ser levado a sério (e ele mesmo não se leva), mas com certeza é uma grande e tosca bobagem para fazer rolar de rir.
Lírio Partido
4.0 97 Assista AgoraRepleto de poesia, essa belissima obra de D. W. Griffith minimiza toda a fama de racista que o cineasta obteve logo após o seu ousado e polêmico ''Nascimento de uma Nação".
Uma história cheia de mazelas e dureza em meio a uma fábula pungente representada de forma majestosa pela primeira-dama do cinema mudo, a atriz Lillian Gish.
Linda performance de Gish. Parece até uma pintura romântica em movimento com sua beleza hipnotizante transpirando por todos os poros da película.
Sua interpretação é densa, profunda , emocionante ao ponto de fazer valer todo o filme.
Sem dúvidas mereceu o seu lugarzinho especial na badalada lista dos 1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER!
VIPs
3.3 1,0KNarrando a odisséia criminosa do golpista Marcelo Nascimento da Rocha, o diretor Toniko Melo pincela com tons dramáticos as farsas do trambiqueiro e entrega uma obra desgarrada dos maneirismos do velho cinema nacional.
Difícil não compará-lo com o ótimo ''Prenda-me se For Capaz'' mas ''VIPs'' está longe de ser uma mera cópia do filme de Steven Spielberg.
Wagner Moura, em uma atuação dedicada, consegue fazer com que o filme tenha seu brilho próprio e envolva o espectador, gerando uma certa curiosidade para saber como será o fim da tamanha audácia do personagem.
Claro que falando em termos cinematográficos, há uma grande romantização por trás da história real de Marcelo e, portanto, não podemos esperar por uma narrativa surrealmente convincente. Entretanto, a proposta se torna atraente quando é jogado em cena um interessante estudo de personagem e suas facetas, além de uma divertida aventura marginal.
Vale muito a pena pela construção da história, por mais que o roteiro tenha alguns furos.
Cabe destacar também a atuação firme de Gisele Fróes e o argentino Jorge D'Elia que dão um um gás interessante para a história.
Enfim, ''VIPs'' acaba sendo afinal uma dessas boas surpresas tão raras de nosso estigmatizado cinema.
Máquina Quase Mortífera
3.1 119Depois de assistir a quadrilogia ''Máquina Mortífera'', essa escrachada comédia dirigida por Gene Quintano não podia passar despercebida.
Cheia de referências e com um humor sensacional, ''Máquina QUASE Mortífera'' diverte e entretém de forma competente. Uma fanfarronice gostosa e um elenco recheado de atores de renome ditam as hilárias situações absurdas e gags visuais divertidíssimos.
Clássico filme-paródia que vale cada piada em cena!
Máquina Mortífera 4
3.4 216 Assista AgoraMantendo a essência da série e respeitando o drama da idade dos protagonistas, ''Máquina Mortífera 4'' fecha a franquia com chave de ouro, garantindo muita diversão e um elenco interessante, que dessa vez conta com o humorista Chris Rock e o ótimo Jet Li, dando um belíssimo show ao mostrar toda a sua habilidade nas artes marciais. E é claro que o chato e divertido Leo Getz de Joe Pesci e a eficiente Rene Russo continuam abrilhantando a trama.
Todos os filmes da franquia são bons e, apesar da ação frenética e da excelente qualidade de seus efeitos visuais, não considero esse melhor do que os três primeiros mas sim um respeitável e digno final do ciclo de uma aclamada e nostálgica série policial.
Achei patética e desnecessária a cena dos protagonistas usando o ''gás do riso'' no dentista e o roteiro teve alguns pequenos deslizes mas no geral o filme soube finalizar a franquia de forma competente.
Máquina Mortífera 3
3.4 160 Assista AgoraÉ indiscutível o talento que o diretor Richard Donner possui para fazer sequências da franquia sem perder as principais características e atrativos.
O terceiro filme da série ''Máquina Mortífera'' continua dando conta do recado com suas boas piadas, mesclando ótimas cenas de perseguição e situações engraçadas (a cena inicial da explosão é impagável!) que garantem muita diversão.
Donner constrói uma narrativa espetacular que se transforma numa boa aventura policial graças ao entrosamento entre Mel Gibson e Danny Glover, que é de fato a marca registrada da franquia.
O plot policial é temperado com o bom humor de sempre de Joe Pesci e agora também com a presença de Rene Russo rendendo ótimos momentos.
Adorei a imagem da capa com Joe Pesci escondido atrás dos protagonistas e os dizeres: ''and Joe Pesci''. Um trabalho de arte simples, porém muito descontraído.
A trama se apóia em um gancho dramático quando os personagens Martin Riggs (Gibson) e Roger Murtaugh (Glover) começam a sentir o peso da idade e ambos conseguem deixar isso palpável em cena por conta das atuações impecáveis da dupla.
A trilha sonora, outra marca registrada da série, se mantém robusta e envolvente em todo o filme e aliada à fotografia de Jan de Bont, que explora bem as cenas diurnas, a trama oferece um deleite técnico sedutor.
Extremamente divertido, ''Máquina Mortífera 3'' é daqueles filmes policiais que se assiste com gosto!
Máquina Mortífera 2
3.5 190 Assista AgoraO primeiro filme foi o pontapé inicial para uma das franquias mais promissoras do cinema e a continuação traz os mesmos méritos e diversão do filme anterior e com um acréscimo de peso no elenco: o divertido Joe Pesci.
Mel Gibson e Danny Glover continuam esplêndidos e carismáticos e a química perfeita entre eles (e agora também Joe Pesci) move todo o filme e entrega momentos divertidíssimos e boas cenas de perseguição, tiroteio e luta.
Poucas continuações conseguem ser tão boas quanto ao filme original mas ''Máquina Mortífera 2'' é uma destas poucas e mantém uma qualidade excelente, incomparavél com qualquer outra sequência do gênero.
Uma diferença relevante entre o primeiro filme que merece atenção é o roteiro.
Jeffrey Boam entrega um roteiro mais maduro, composto por temas polêmicos como o Apartheid na África do Sul.
Ainda que inverossímil em alguns momentos, a trama não perde o fôlego e prende nossa atenção desde a primeira empolgante cena de perseguição.
Nada mais nostálgico e divertido que essa franquia que preserva a boa mistura de ação policial, humor e drama.
Máquina Mortífera
3.7 327 Assista AgoraIndiscutível clássico oitentista que me remete à juventude sempre que assisto e me traz as boas lembranças da família reunida na sala se divertindo com ''Máquina Mortífera'' no bom e velho vídeo cassete.
Bota muitos filmes de ação/policial no chinelo e diverte muito mais do que as pretensiosas produções atuais do gênero.
Se não fosse pela química perfeita entre a dupla de policiais interpretados iconicamente por Mel Gibson e Danny Glover, o filme não teria alcançado o status que tem hoje.
Muitos tentaram ou tentarão copiar os personagens Roger Murtaugh e Martin Riggs mas até agora eu não vi nenhum filme que manteve o mesmo nível de entretenimento e o mesmo carisma de Glover e Gibson.
Filme de ação OBRIGATÓRIO para todos cinéfilos!
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
3.6 1,9K Assista AgoraNão entregou um final épico considerando a grandiosidade da franquia mas foi compensado pelas ótimas cenas de ação, pela carga dramática magistralmente desenvolvida e pela direção de arte competente.
Atuação da ótima Jennifer Lawrence e a presença magnânima de Julianne Moore são um show à parte.
Merece destaque o excelente trabalho de edição para o finado Philip Seymour Hoffman continuar dando as caras na trama. Para quem não sabe, o ator que interpreta Plutarch Heavensbee morreu tragicamente uma semana antes do final das filmagens do filme anterior e para não ser substituído o personagem foi finalizado com uma combinação de reescrituras, truques de câmera e efeitos especiais digitais.
Kung Pow: O Mestre da Kung-Fu-São
3.1 448Uma das minhas comédias insanas favoritas!
Completamente nonsense, ''Kung Pow - O Mestre da Kung-fu-são'' brinca com os filmes de kung fu, acompanhado de redublagens mal feitas e nada sincrônicas, criando efeitos hilários impagáveis e toscamente interessantes.
Filme imperdível para quem gosta do gênero trash e assim como eu, vai morrer de rir sempre que assiste.
Nunca pensei que um filme com tantos defeitos propositais fosse me divertir tanto! Muito obrigado, Steve Oedekerk!
A História de Ricky
4.0 143Trash com ''T'' maiúsculo!
Tão grotesco, tão mal atuado, tão tosco...o que é ótimo para um filme do gênero!
Muito gore e humor negro pontuam esse divertido filme de artes marciais e toda mediocridade dos efeitos especiais e da atuação garantem uma bagaçeira cinematográfica incrível.
Para morrer de tanto rir com tantas besteiras juntas em um só filme!
Cães Raivosos
4.1 99 Assista AgoraDe início, achei que esse filme de Mario Bava se tratava de mais um subproduto chinfrim do cinema trash mas acabei mudando de opinião logo após a confirmação de uma trama soberba, bem elaborada e que gradativamente vai causando tensão através do clima sufocante apoiado no cenário claustrofóbico criado por Bava.
Reza a lenda que os atores passaram a maior parte do tempo dentro de um carro com os vidros fechados.
Para os atores isso foi uma dolorosa experiência mas ao mesmo tempo reforçou a atmosfera asfixiante que consegue deixar o espectador apreensivo a todo o momento.
O elenco eficiente, a trilha sonora de Stelvio Cipriani e o desfecho arrebatador pontuam essa grande obra-prima de Bava. Obra inesperada e pessimista, ''Rabid Dogs'' merece muito ser descoberta.
Dizem Por Aí...
2.8 334 Assista AgoraSe não fosse pelo quarteto estelar à frente do elenco - Jennifer Aniston, Kevin Costner, Shirley MacLaine e Mark Ruffalo -, essa seria uma esquecível comédia romântica como tantas outras.
Para quem não viu o clássico que sustenta o enredo (A Primeira Noite de um Homem, do diretor Mike Nichols), vai encontrar nesse filme um agradável passatempo, mas será totalmente frustrante para aqueles que já conhecem o famoso caso de amor entre o jovem Ben Braddock (Dustin Hoffman) e a senhora Robinson (Anne Bancroft).
Não espere por uma comédia livre de clichês ou arrebatadora. Sem reviravoltas emocionantes nem grandes ambições, ''Dizem Por Aí'' é apenas uma comédia para descontrair numa Sessão da Tarde.
Vale pontos pela personagem divertida de Shirley MacLaine e algumas boas piadas sobre filmes.
Aliança do Crime
3.4 408 Assista AgoraUma cinebiografia que me atraiu logo de cara pelo elenco espetacular e que depois me deu bons motivos para manifestar positivamente a minha opinião.
Eu já sabia que não sairia da sessão do cinema desapontado pois afinal é Johnny Depp que estaria encarnando um dos mais famosos gângsters da história de Boston, James “Whitey” Bulger. E encarna o personagem magistralmente bem, com direito a uma maquiagem pesada que deixou o ator irreconhecível e assustador.
Johnny Depp, com o talento e versatilidade de sempre, triunfa em cada cena e graças à combinação estrelar das sólidas interpretações do elenco de apoio (Benedict Cumberbatch, Kevin Bacon, Joel Edgerton, Rory Cochrane....) a trama ganha uma profundidade dramática impressionante.
Fiquei fascinado pela impecável direção de arte. Em especial, a ambientação, a fotografia e o belíssimo trabalho de design nos créditos finais.
Se não fosse pelo roteiro se prolongando em cenas violentas desnecessárias, eu daria 5 estrelas.
Mas ''Aliança do Crime'' comete esse pequeno deslize mas nada que que tire o brilho desta obra de Scott Cooper, que merece ser vista e revista por todos que gostam de cinema de verdade.