Uma graça de documentário! Muito bom o resgate de fotos. Têm uma participação interessante dos tempos dos Originais do Samba e se propõem a fazer a discussão sobre questões raciais e a importância do papel controverso do Mussum em uma sociedade/televisão racista.
Belissímo e genuíno! Uma interessante perspectiva do exercito Curdo, ao mesmo tempo que aborda os dilemas da maternidade. A atriz principal, Golshifteh Farahani no papel de Bahar, cabe como uma luva ao papel. Bem rodado, sensível com bons diálogos.
BRAVO!!! Um filme que consegue abordar a Guerra do Iraque, a síndrome de Vira-Lata brasileira e a exploração do nordeste pelos estados sulistas em uma única cena. Embarcando na onda de realidades distópicas, a produção escancara problemas e feridas da sociedade brasileira cotidiana em uma pequena vila no interior de Pernambuco. A conexão com temáticas internacionais são latentes! Alguns diálogos nos lançam para reflexões sobre a identidade européia e a nossa constituição latina. Um filme genuinamente nordestino que resgata o cangaço e a força popular das comunidades sobreviventes do sertão. Ao meu ver, faltou a inserção efetiva de mulheres na complexidade da narrativa. Apesar da atuação brilhante e lésbica de Sônia Braga, o papel de Barbara Colen - central na trama - é um pouco sem perspectivas e efetividade. Lindos planos, excelente uso de drones, trilha sonora latente e elenco brilhante! De Buda Lira ator paraibano, Silvero Pereira performista a Lia de Itamaracá mestre dos tambores! Ao fim da minha sessão a sala de cinema não resistiu e aplaudiu aos gritos. Música do começo: Não Identificado na voz de Gal Costa
Eu gostei muito da filmagem, alguns planos são realmente muito bonitos e reflexivos. Nunca vi filmagens tão belas do Palácio como as que aparecem nesse filme. As cenas de Dilma e de Lula, das entrevistas e dos bastidores também são oportunas e de uma certa raridade. Porém, eu não gostei muito da narrativa. Ela deveria ser a grande estrela do documentário, mas a achei meio mórbida e de uma poética meio forçada. Ela traz pensadores muito alheios à cultura e a vivência brasileira, de forma que não me provocou comoção alguma, apesar de serem coerentes com uma reflexão política da democracia. Dessa forma, fazer uma comparação com "O Processo", outro documentário de temática similar foi inevitável. Acho sempre arriscado quando o documentarista se propõem a narrar os eventos, nesse caso, eu particularmente fui uma espectadora que ficou no meio do caminho. Mas, boto fé que outras pessoas tenham sido fisgadas pela narrativa. O ponto alto pra mim, foi a entrevista da funcionária da limpeza do Planato: "nunca tivemos direito de votar".
Está em cartaz no Festival Varilux em 2019. Narra a trajetória de um escritor, no final do século XIX em Paris. Buscando consolidar uma peça de sucesso. Tem um humor clichê, mas é um bom passatempo. Leve e tranquilo, foi capaz de tirar alguns risos e emocionar. Ao fim, uma cena que é feita no palco é contracenada em um cenário real e esse momento realmente surpreende o espectador pela perfeita execução de iluminação e enquadramento.
Genial. Belissima forma de abordagem a gentrificação. Impressionante como o protagonismo feminino é efetivo. Um filme como esses só poderia ter sido dirigido por uma mulher. Os enquadramentos são feministas, o roteiro é feminista, os diálogos são feministas. Tudo isso sem mencionar a palavra feminismo! Brilhante. Fazia tempos que não via um filme unir os dilemas da classe média com os dilemas da periferia. Ana passa por um despejo, a comunidade remoção. Qual é o efeito das grandes obras de entretenimento na vida das pessoas? No corpo das pessoas? Na alma das pessoas? Esse filme com certeza responde isso.
O filme tem uma função social importante. É muito interessante como a fragilidade da vida dessas pessoas é escancarada diante da brutalidade dos despejos para grandes construções de entretenimento. Porém, eu senti falta de algo. Achei os personagens mal situados, um pouco forçados. Faltou naturalidade na narrativa. Fiquei com a sensação de que quem escreveu o roteiro não era próximo o suficiente da realidade que estava retratando. Mas, é um bom filme no geral. A cena da personagem principal em meio as imagens de todos os lugares do mundo é o ponto alto.
Filme muito emocionante! Bem sucedido em abordar perspectivas de gênero na temática da ocupação. Usa a história de vida dos entrevistados para traçar a origem da ausência de moradia nas grandes cidades quando entrevista a mãe de três irmãos que habitam na comunidade do Pocotó em Recife. A equipe vai para o interior e lá registra uma vida de extrema pobreza, escassez, fragilidade e trabalho análogo à escravidão do povo campesino. Mostra bem o lado da organização de luta pelo direito à moradia, isso enriqueceu bastante o filme. Um filme mais do que necessário para pensar o debate do acesso a moradia.
"A janela do onibus bota a gente para pensar, especialmente quando a viagem é longa"
Muito interessante a diversidade de depoimentos colhidos! Tornam o filme rico com a perspectiva dos moradores, de acadêmicos e do poder público. Muito capazes de captar a realidade das queimadas de favela em São Paulo e a truculência do mercado imobiliário. Senti falta de mais cenas com os movimentos organizados dessas comunidades, sei que a Favela do Moinho por exemplo é bem mobilizada. O uso de Sabotagem e Racionais na trilha sonora também foi bem feito!
Poderia ter um roteiro mais ousado, entretanto caminha bem entre os aspectos religiosos da vida de Maria Bethânia. Além de ser capaz de fornecer um boa perspectiva da Mangueira. Faltou ousadia, mas foi bem feito e bem executado. Os diálogos entre as entrevistas são maravilhosos, quem as conduziu sobre linkar uma a outra. As perspectivas duplas sobre o mesmo evento dão graça ao filme.
Genial! Diálogos belíssimos de muito potencial reflexivo. O enredo é brilhantemente construído e a centralidade das protagonistas e de suas relações é mantida, a despeito da multiplicidade de temas abordados. As cenas dos cartões postais são uma grande sacada, trazem ao filme um ar nostalgico que nos faz sentir o pesar da distancia entre a que canta e a que não.
Simples e direto na mensagem. Sem grandes cenas de comoção, acaba por comover o telespectador justamente pela sutileza da violência que atinge os personagens. A fragilidade da adolescência é posta na tela e com ela a complexidade de lidar com ser gay. É um filme que entristece, mas é uma reflexão necessária. O quão dificil é a própria aceitação quando o mundo todo te diz que algo esta errado. Outro ponto curioso é o mergulho que o filme dá nos anos 90, deixam tudo meio melancólico em um tempo que romances de adolescente não envolviam smartphones.
É difícil dar uma boa nota a esse filme. Não é que ele seja intragável ou chato, muito pelo contrário, ele até consegue distrair e tirar risos do espectador, em alguns momentos. O problema é que falta qualidade no geral na produção, os diálogos são fracos e deslocados, a trilha sonora não convence, os papéis são clichés e pouco trabalhados não possuindo a menor profundidade, as cenas de luta são sem nexo, tudo ocorre sem por que ou para que. Os papéis femininos também são ridículos, o que não é mais aceitável em uma produção cinéfila em pleno 2018, a personagem principal da noiva é tão tosca e retrógrada que nem parece Michelle Williams, aliás não parece com nenhum mulher dos dias de hoje, para não comentar as doses de machismo nos diálogos, um dos diálogos finais é sobre Venom afirmando que Anne é propriedade sua. Sinceramente, não sei onde essa equipe executiva estava com a cabeça, um orçamento milionário e um retorno milionário também, mas configura-se como um filme de qualidade? Certamente não.
Combinação perfeita! Um blockbuster que acertou muito ao misturar as já conhecidas formulas de filmes de super heróis e reinos secretos sem a velha formula sexista, racista e démodé. Muito bem executado em cada parte, elenco amarradissimo e trilha sonora inovadora. Me arrependi por não ter visto no cinema.
Em primeiro lugar, é preciso cuidado. Partindo do pressuposto de que feminismo não é o posto de machismo e entendendo que diversas cenas do filme não são motivo de risos, creio que existem algumas coisas para se aproveitar. Eu gostei do filme, em linhas gerais. Mas é um daqueles que não da pra ver sem senso crítico, se não vira uma grande porcaria. Eu acredito que a inversão de papéis possibilitou a reflexão sobre a desnaturalização de alguns opressões. A cena que me conquistou nesse sentido, foi aquela em que um jovem rapaz de 15 anos relata ao personagem principal como uma garota a qual ele era apaixonado usou a situação para tirar vantagens sexuais dele. No decorrer da cena o telespectador percebe que o garoto, dentro daquela estrutura de opressão, não tinha a menor condição de decidir de forma livre se queria ou não ter relações com a garota. Levando a perceber que as mulheres iniciam a vida sexual de forma extremamente desigual e coercitiva, ainda nos anos de colégio. Existem diversas cenas nesse sentido, eu creio que é um daqueles filmes que é definido pela cabeça e pela perspectiva do espectador, mais do que nunca, ao invés de se autodefinir pela imagem na tela.
Final horrível! Inacreditável! O filme tem bons momentos e as duas atrizes fazem um bom papel, somados ao roteiro interessantíssimo. O que mais me incomodou foi a ausência de compromisso e sensibilidade de uma das personagens principais. O que me deixou sem entender se o filme era sobre um romance ou sobre a descoberta da sexualidade de uma das protagonistas.
É fundamental salientar que o documentário possui uma sensibilidade impar em relação a representação da mulher e as relações de gênero existentes. Diversos cortes e cenas simples colocam a mulher na tela em primeiro plano, para além do papel obvio de Dilma e Gleisi Hoffman. Há um dialogo interessantíssimo sobre aborto que Janaina Paschoal participa e uma fala de Dilma sobre como a mídia a retrata hora como louca hora como insensível que merecem especial atenção. Um documentário em todos os sentidos da palavra! Maria Augusta Ramos teve a sacada genial de filmar o processo do golpe institucional enquanto ele ocorria e isso trouxe para o documentário a sensação de que realmente se trata de um fato histórico documentado com precisão. A diretora em mesa redonda na estréia do filme em Recife no cinema São Luiz fez dois apontamentos importantes, um é que o documentário se trata de um relato "imparcial", bom nós sabemos que não há imparcialidade na produção artística, mas o que ela quis dizer com isso é que ela tentou realmente, como demonstra o nome, documentar "O PROCESSO" judicial, o tramite legal, os acontecimentos, não necessariamente as forças políticas de A ou B. O curioso é que mesmo documentando apenas "o processo", no sentido da lei, é impossível escapar da constatação de que uma grande injustiça foi feita. Ou seja... mesmo observando a olhos nus, mas atentos, se percebe que o processo foi uma farsa. O segundo é que a equipe dos denunciantes, compostos por pmdebistas, psdbistas e Janaina Paschoal não permitiram que a diretora filmasse suas reuniões, conforme fez a equipe de defesa de Dilma composta por Cardozo. Por isso há cenas de reuniões de um dos lados e não do outro. Bom documentário que refuta toda a cobertura da mídia, até agora não se sabe se o filme é sobre o processo de impeachment ou sobre O Processo de Kafka.
Em primeiro lugar, a descrição que o filmow faz do filme não tem quase nada a ver com seu enredo. Vamos ao que interessa! Filme curioso! Um grande classico do período, não pela sua similaridade com outras obras , mas por se tratar de um tipo de filmagem que rompeu com seu tempo! Enquadramentos inovadores! Os diálogos são regados de misoginia, forma caricata, que nos leva ao riso, desconforto e a tragédia logo em seguida por percebermos que o criminoso machista dos anos 1960 profere os mesmo discursos que namorados nos dias de hoje. Bom filme!
É impressionante como o filme leva a sério sua proposta de abordar o genocídio das mulheres indígenas nos Estados Unidos. Ele inicia repleto de cliches mas ao fim até os clichê tornam-se únicos! A dificuldade de sobreviver em um país que massacra sua cultura do povo indígena é da mesma crueldade da dificuldade de sobreviver em uma cultura que massacra sua condição feminina. Um suspense gostoso, bem filmado com a qualidade de um blockbuster mas sem a mesmice e levianidade do mesmo.
Maravilhoso! Um filme a frente do seu tempo. Possui um compromisso altíssimo com a produção da sétima arte, comprovado pela escolha da utilização do ballet de Paris que dança na tela com vestimentas lindas. Trata um triângulo amoroso sem cair na cliches machistas e nos leva ao riso pelo seu enredo. Recomendo!
Mussum, Um Filme do Cacildis
3.6 78 Assista AgoraUma graça de documentário! Muito bom o resgate de fotos. Têm uma participação interessante dos tempos dos Originais do Samba e se propõem a fazer a discussão sobre questões raciais e a importância do papel controverso do Mussum em uma sociedade/televisão racista.
Filhas do Sol
4.1 79Belissímo e genuíno! Uma interessante perspectiva do exercito Curdo, ao mesmo tempo que aborda os dilemas da maternidade. A atriz principal, Golshifteh Farahani no papel de Bahar, cabe como uma luva ao papel. Bem rodado, sensível com bons diálogos.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraBRAVO!!! Um filme que consegue abordar a Guerra do Iraque, a síndrome de Vira-Lata brasileira e a exploração do nordeste pelos estados sulistas em uma única cena. Embarcando na onda de realidades distópicas, a produção escancara problemas e feridas da sociedade brasileira cotidiana em uma pequena vila no interior de Pernambuco. A conexão com temáticas internacionais são latentes! Alguns diálogos nos lançam para reflexões sobre a identidade européia e a nossa constituição latina. Um filme genuinamente nordestino que resgata o cangaço e a força popular das comunidades sobreviventes do sertão. Ao meu ver, faltou a inserção efetiva de mulheres na complexidade da narrativa. Apesar da atuação brilhante e lésbica de Sônia Braga, o papel de Barbara Colen - central na trama - é um pouco sem perspectivas e efetividade. Lindos planos, excelente uso de drones, trilha sonora latente e elenco brilhante! De Buda Lira ator paraibano, Silvero Pereira performista a Lia de Itamaracá mestre dos tambores! Ao fim da minha sessão a sala de cinema não resistiu e aplaudiu aos gritos. Música do começo: Não Identificado na voz de Gal Costa
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KEu gostei muito da filmagem, alguns planos são realmente muito bonitos e reflexivos. Nunca vi filmagens tão belas do Palácio como as que aparecem nesse filme. As cenas de Dilma e de Lula, das entrevistas e dos bastidores também são oportunas e de uma certa raridade. Porém, eu não gostei muito da narrativa. Ela deveria ser a grande estrela do documentário, mas a achei meio mórbida e de uma poética meio forçada. Ela traz pensadores muito alheios à cultura e a vivência brasileira, de forma que não me provocou comoção alguma, apesar de serem coerentes com uma reflexão política da democracia. Dessa forma, fazer uma comparação com "O Processo", outro documentário de temática similar foi inevitável. Acho sempre arriscado quando o documentarista se propõem a narrar os eventos, nesse caso, eu particularmente fui uma espectadora que ficou no meio do caminho. Mas, boto fé que outras pessoas tenham sido fisgadas pela narrativa. O ponto alto pra mim, foi a entrevista da funcionária da limpeza do Planato: "nunca tivemos direito de votar".
Divino Amor
3.4 241Estou muito ansiosa! Futurismo brasileiro é uma aposta e tanto
Cyrano Mon Amour
3.9 31 Assista AgoraEstá em cartaz no Festival Varilux em 2019. Narra a trajetória de um escritor, no final do século XIX em Paris. Buscando consolidar uma peça de sucesso. Tem um humor clichê, mas é um bom passatempo. Leve e tranquilo, foi capaz de tirar alguns risos e emocionar. Ao fim, uma cena que é feita no palco é contracenada em um cenário real e esse momento realmente surpreende o espectador pela perfeita execução de iluminação e enquadramento.
A Incrivel História de Duas Garotas Apaixonadas
3.4 80É a mesma atriz que interpreta Tina em The L Word! Quero muito ver esse filme
Mormaço
3.4 33Genial. Belissima forma de abordagem a gentrificação. Impressionante como o protagonismo feminino é efetivo. Um filme como esses só poderia ter sido dirigido por uma mulher. Os enquadramentos são feministas, o roteiro é feminista, os diálogos são feministas. Tudo isso sem mencionar a palavra feminismo! Brilhante. Fazia tempos que não via um filme unir os dilemas da classe média com os dilemas da periferia. Ana passa por um despejo, a comunidade remoção. Qual é o efeito das grandes obras de entretenimento na vida das pessoas? No corpo das pessoas? Na alma das pessoas? Esse filme com certeza responde isso.
Inferninho
3.7 83O filme tem uma função social importante. É muito interessante como a fragilidade da vida dessas pessoas é escancarada diante da brutalidade dos despejos para grandes construções de entretenimento. Porém, eu senti falta de algo. Achei os personagens mal situados, um pouco forçados. Faltou naturalidade na narrativa. Fiquei com a sensação de que quem escreveu o roteiro não era próximo o suficiente da realidade que estava retratando. Mas, é um bom filme no geral. A cena da personagem principal em meio as imagens de todos os lugares do mundo é o ponto alto.
Quem Mora Lá
4.2 1Filme muito emocionante! Bem sucedido em abordar perspectivas de gênero na temática da ocupação. Usa a história de vida dos entrevistados para traçar a origem da ausência de moradia nas grandes cidades quando entrevista a mãe de três irmãos que habitam na comunidade do Pocotó em Recife. A equipe vai para o interior e lá registra uma vida de extrema pobreza, escassez, fragilidade e trabalho análogo à escravidão do povo campesino. Mostra bem o lado da organização de luta pelo direito à moradia, isso enriqueceu bastante o filme. Um filme mais do que necessário para pensar o debate do acesso a moradia.
"A janela do onibus bota a gente para pensar, especialmente quando a viagem é longa"
Limpam Com Fogo
4.5 6Muito interessante a diversidade de depoimentos colhidos! Tornam o filme rico com a perspectiva dos moradores, de acadêmicos e do poder público. Muito capazes de captar a realidade das queimadas de favela em São Paulo e a truculência do mercado imobiliário. Senti falta de mais cenas com os movimentos organizados dessas comunidades, sei que a Favela do Moinho por exemplo é bem mobilizada. O uso de Sabotagem e Racionais na trilha sonora também foi bem feito!
Fevereiros
4.3 35Poderia ter um roteiro mais ousado, entretanto caminha bem entre os aspectos religiosos da vida de Maria Bethânia. Além de ser capaz de fornecer um boa perspectiva da Mangueira. Faltou ousadia, mas foi bem feito e bem executado. Os diálogos entre as entrevistas são maravilhosos, quem as conduziu sobre linkar uma a outra. As perspectivas duplas sobre o mesmo evento dão graça ao filme.
Uma Canta, a Outra Não
4.2 45 Assista AgoraGenial! Diálogos belíssimos de muito potencial reflexivo. O enredo é brilhantemente construído e a centralidade das protagonistas e de suas relações é mantida, a despeito da multiplicidade de temas abordados. As cenas dos cartões postais são uma grande sacada, trazem ao filme um ar nostalgico que nos faz sentir o pesar da distancia entre a que canta e a que não.
O Mau Exemplo de Cameron Post
3.4 319 Assista AgoraSimples e direto na mensagem. Sem grandes cenas de comoção, acaba por comover o telespectador justamente pela sutileza da violência que atinge os personagens. A fragilidade da adolescência é posta na tela e com ela a complexidade de lidar com ser gay. É um filme que entristece, mas é uma reflexão necessária. O quão dificil é a própria aceitação quando o mundo todo te diz que algo esta errado. Outro ponto curioso é o mergulho que o filme dá nos anos 90, deixam tudo meio melancólico em um tempo que romances de adolescente não envolviam smartphones.
Venom
3.1 1,4K Assista AgoraÉ difícil dar uma boa nota a esse filme. Não é que ele seja intragável ou chato, muito pelo contrário, ele até consegue distrair e tirar risos do espectador, em alguns momentos. O problema é que falta qualidade no geral na produção, os diálogos são fracos e deslocados, a trilha sonora não convence, os papéis são clichés e pouco trabalhados não possuindo a menor profundidade, as cenas de luta são sem nexo, tudo ocorre sem por que ou para que. Os papéis femininos também são ridículos, o que não é mais aceitável em uma produção cinéfila em pleno 2018, a personagem principal da noiva é tão tosca e retrógrada que nem parece Michelle Williams, aliás não parece com nenhum mulher dos dias de hoje, para não comentar as doses de machismo nos diálogos, um dos diálogos finais é sobre Venom afirmando que Anne é propriedade sua. Sinceramente, não sei onde essa equipe executiva estava com a cabeça, um orçamento milionário e um retorno milionário também, mas configura-se como um filme de qualidade? Certamente não.
Pantera Negra
4.2 2,3K Assista AgoraCombinação perfeita! Um blockbuster que acertou muito ao misturar as já conhecidas formulas de filmes de super heróis e reinos secretos sem a velha formula sexista, racista e démodé. Muito bem executado em cada parte, elenco amarradissimo e trilha sonora inovadora. Me arrependi por não ter visto no cinema.
Eu Não Sou um Homem Fácil
3.5 737 Assista AgoraEm primeiro lugar, é preciso cuidado. Partindo do pressuposto de que feminismo não é o posto de machismo e entendendo que diversas cenas do filme não são motivo de risos, creio que existem algumas coisas para se aproveitar. Eu gostei do filme, em linhas gerais. Mas é um daqueles que não da pra ver sem senso crítico, se não vira uma grande porcaria. Eu acredito que a inversão de papéis possibilitou a reflexão sobre a desnaturalização de alguns opressões. A cena que me conquistou nesse sentido, foi aquela em que um jovem rapaz de 15 anos relata ao personagem principal como uma garota a qual ele era apaixonado usou a situação para tirar vantagens sexuais dele. No decorrer da cena o telespectador percebe que o garoto, dentro daquela estrutura de opressão, não tinha a menor condição de decidir de forma livre se queria ou não ter relações com a garota. Levando a perceber que as mulheres iniciam a vida sexual de forma extremamente desigual e coercitiva, ainda nos anos de colégio. Existem diversas cenas nesse sentido, eu creio que é um daqueles filmes que é definido pela cabeça e pela perspectiva do espectador, mais do que nunca, ao invés de se autodefinir pela imagem na tela.
Desobediência
3.7 721 Assista AgoraFinal horrível! Inacreditável! O filme tem bons momentos e as duas atrizes fazem um bom papel, somados ao roteiro interessantíssimo. O que mais me incomodou foi a ausência de compromisso e sensibilidade de uma das personagens principais. O que me deixou sem entender se o filme era sobre um romance ou sobre a descoberta da sexualidade de uma das protagonistas.
O Processo
4.0 240Aviso de Spoiler: foi golpe
O Processo
4.0 240É fundamental salientar que o documentário possui uma sensibilidade impar em relação a representação da mulher e as relações de gênero existentes. Diversos cortes e cenas simples colocam a mulher na tela em primeiro plano, para além do papel obvio de Dilma e Gleisi Hoffman. Há um dialogo interessantíssimo sobre aborto que Janaina Paschoal participa e uma fala de Dilma sobre como a mídia a retrata hora como louca hora como insensível que merecem especial atenção.
Um documentário em todos os sentidos da palavra! Maria Augusta Ramos teve a sacada genial de filmar o processo do golpe institucional enquanto ele ocorria e isso trouxe para o documentário a sensação de que realmente se trata de um fato histórico documentado com precisão. A diretora em mesa redonda na estréia do filme em Recife no cinema São Luiz fez dois apontamentos importantes, um é que o documentário se trata de um relato "imparcial", bom nós sabemos que não há imparcialidade na produção artística, mas o que ela quis dizer com isso é que ela tentou realmente, como demonstra o nome, documentar "O PROCESSO" judicial, o tramite legal, os acontecimentos, não necessariamente as forças políticas de A ou B. O curioso é que mesmo documentando apenas "o processo", no sentido da lei, é impossível escapar da constatação de que uma grande injustiça foi feita. Ou seja... mesmo observando a olhos nus, mas atentos, se percebe que o processo foi uma farsa. O segundo é que a equipe dos denunciantes, compostos por pmdebistas, psdbistas e Janaina Paschoal não permitiram que a diretora filmasse suas reuniões, conforme fez a equipe de defesa de Dilma composta por Cardozo. Por isso há cenas de reuniões de um dos lados e não do outro. Bom documentário que refuta toda a cobertura da mídia, até agora não se sabe se o filme é sobre o processo de impeachment ou sobre O Processo de Kafka.
Acossado
4.1 510 Assista AgoraEm primeiro lugar, a descrição que o filmow faz do filme não tem quase nada a ver com seu enredo.
Vamos ao que interessa! Filme curioso! Um grande classico do período, não pela sua similaridade com outras obras , mas por se tratar de um tipo de filmagem que rompeu com seu tempo! Enquadramentos inovadores! Os diálogos são regados de misoginia, forma caricata, que nos leva ao riso, desconforto e a tragédia logo em seguida por percebermos que o criminoso machista dos anos 1960 profere os mesmo discursos que namorados nos dias de hoje. Bom filme!
Terra Selvagem
3.8 594 Assista AgoraÉ impressionante como o filme leva a sério sua proposta de abordar o genocídio das mulheres indígenas nos Estados Unidos. Ele inicia repleto de cliches mas ao fim até os clichê tornam-se únicos! A dificuldade de sobreviver em um país que massacra sua cultura do povo indígena é da mesma crueldade da dificuldade de sobreviver em uma cultura que massacra sua condição feminina. Um suspense gostoso, bem filmado com a qualidade de um blockbuster mas sem a mesmice e levianidade do mesmo.
O Processo
4.0 240Quero muito ver, espero que venha a João Pessoa!
Sinfonia de Paris
3.7 133 Assista AgoraMaravilhoso! Um filme a frente do seu tempo. Possui um compromisso altíssimo com a produção da sétima arte, comprovado pela escolha da utilização do ballet de Paris que dança na tela com vestimentas lindas. Trata um triângulo amoroso sem cair na cliches machistas e nos leva ao riso pelo seu enredo. Recomendo!